3 minute read

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL vs. PC BUILDER

A inteligência artificial veio para ficar. Explorei a sua capacidade para criar um conceito de um computador pessoal e/ou respectivo modding e de como este seria executado, na realidade.

ONDE GERAR IMAGENS?

Advertisement

Existem várias plataformas onde podem criar imagens com recurso a IA, umas mais avançadas e outras mais simples. Para o meu dia-a-dia, o Canva e o NightCafe têm sido suficientes. Se quiserem algo acima da média, a minha sugestão é o Midjourney. Para todos estes sistemas, a qualidade dos prompts ou das keywords faz toda a diferença. Como exemplo, para este artigo usei as instruções «desk computer case» e «inspired by Marvel».

O Desafio

Depois de ver as sugestões das várias IA e absorver as suas ideias de computador de secretária (foi engraçado ver que um deles foi mesmo uma secretária), começou a procura por componentes que poderiam transformar tudo em realidade. Sobretudo nas sugestões do Spider-Man, o formato de uma caixa vertical tornou-se evidente e foi essa a minha decisão.

Hardware

Em termos de caixas em formato vertical a mais sonante é a NZXT H1. Lembra, sem dúvida, uma XBOX Series X, tem vidro temperado, múltiplos furos para refrigeração, fonte de alimentação e dissipador a água incluído. Isto limita-nos a escolha de uma motherboard a um modelo mini-ITX, mas como o lado gamer bate mais forte, a ASRock Z790M-ITX/WiFi acaba por ser uma boa opção: toda em preto, é compatível com RGB e com os mais recentes processadores Intel. A memória RAM também tinha de ser de baixo perfil e, dado que o RGB destas não se vê, a minha sugestão passa pelas Corsair Kit 32GB (2 x 16 GB) DDR5 5600MHz Vengeance Black CL36, que têm um padrão muito interessante nas chapas de refrigeração. Já a placa gráfica, como a podemos ver através do vidro temperado, algo na linha da Asus GeForce RTX 4090 ROG Strix Gaming OC 24GD6X DLSS3, que tem as cores necessárias e RGB, é a cereja no topo do bolo.

Modifica O

Para a pintura da caixa, escolhi azul em todo o interior e laterais, vermelho na base, assim como nos pés e no topo. Na frente, onde fica o vidro temperado, fica uma impressão 3D da cara do nosso aracnídeo preferido, pintada com as mesmas tintas da caixa. Tal como na sugestão, a malha vermelha em 3D seria extendida às duas laterais, cobrindo muito levemente as perfurações da refrigeração. Os spray Montana 94 continuam a ser os meus preferidos para estas pinturas, também pela facilidade em encontrar os tons exactos que procuramos. Por menos de quinze euros, incluindo verniz de finalização e fazem toda a diferença.

Os sistemas de inteligência artificial são capazes de nos colocar fora da zona de conforto de formas muito criativas e, com isso, aprender coisas que fogem ao normal.

Interior

As sugestões que me fizeram lembrar o Venom foram muito fortes para dar ênfase aos imensos cabos, tudo um pouco caótico, mas com um certo sentido. Para que ficasse tudo perfeito no interior, e mesmo com muito trabalho manual, a minha escolha recaiu em cabos modulares em vermelho e azul: encontrei no Etsy vários criadores de versões à medida. Para dar um pouco de luz, juntaria uma fita LED ARGB, perto do painel de vidro, configurada para um modo que iluminasse lentamente, simulando uma cidade durante a noite (alguns programas referem estes modos como ‘City Light’ ou ‘Stars at Night).

EM TODA A HORA, EM TODO O LADO

A luta por optimizar a minha produção de conteúdos continuou durante o mês de Abril. Descobri ferramentas super úteis para a disponibilização, organização, conversão e identificação de ficheiros, que são magníficas e relativamente simples de utilizar, agora que já compreendo um bocadinho mais sobre “homelabbing”. A primeira delas, o Syncthing, está disponível para todos os sistemas operativos e permite criar um conjunto de ficheiros sincronizados numa rede local, ou remotamente, entre todos os dispositivos. Esta sincronização acontece por P2P, como os ficheiros torrent, de forma segura e utilizando muito poucos recursos. Desta forma, criam uma pasta de ficheiros a que querem ter sempre acesso: no meu caso, é perfeito para partilhar ficheiros de trabalho entre os vários equipamentos, como templates, guidelines de conteúdos ou até exemplos de e-mails. Se a vossa ideia for a de fazer backups, sugiro o Kopia.

Conclus O

O exercício de pensar como é que podemos levar uma modificação (ou montagem) do zero ao resultado final é uma forma muito inteligente de treinar as nossas capacidades criativas, neste mercado que se começa a tornar muito repetitivo. A isto, junta-se o quão divertida é a aventura de criar imagens por IA e o quão improváveis são alguns resultados.

Outra ferramenta para quem produz muitos conteúdos, e os quer arquivar de forma mais eficiente, é o Tdarr. Com este software é possível definir rotinas e automatismos do tipo condicional, que avaliam os ficheiros e actuam se necessário. No meu caso, tenho uma zona de arquivo morto (cold storage) com ficheiros já publicados e que, só num caso de catástrofe, posso vir a reutilizar. Para poupar espaço em disco, o Tdarr avalia a resolução e o bitrate e faz transcoding para um formato que ocupa menos, com uma perda de qualidade mínima. Assim, posso utilizar vários computadores como nodes e distribuir trabalho e recursos que estejam parados, executando a tarefa mais rápido.

Até ao próximo mês!

This article is from: