
2 minute read
MEMORIAL: A HISTÓRIA DO CONSELHO DE ADMINSITRAÇÃO
Jair Maurino Fonseca (2º e 3º Mandatos)
Eleito novamente representante dos empregados no Conselho de Administração em 2009, Jair Maurino Fonseca enfrentou uma das mais diretas tentativas de privatização da Celesc. Logo em sua segunda reunião no retorno ao Conselho de Administração, um golpe arquitetado por representantes do Governo Estadual e acionistas minoritários (PREVI e Lírio Parisotto) quase fez com que a Celesc deixasse de ser pública, do dia para a noite.
Advertisement
Pautada como "Melhoria de Governança Corporativa", a privatização da Celesc aconteceria com uma mudança no nível de governança da Celesc na Bolsa de Valores, fazendo com que o Estado de Santa Catarina não fosse mais o acionista majoritário. Às escondidas, sem debate com a sociedade a maior estatal catarinense seria alienada. No Boletim do Conselheiro nº 02, Jair comentava: "nesta composição o Estado ficaria apenas com 20,2% das ações da empresa. Assim, o controle passaria para um aglomerado de acionistas, em sua maioria privados. Então viria a cartilha das privatizações que houve nas demais empresas de distribuição do país - pouco investimento, mau atendimento e muito dividendo distribuído aos ferozes acionistas".
Jair entrou em contato com a Intercel para organizar a resistência. Para não correr o risco de alertar os golpistas, a Intercel decidiu mobilizar apenas dirigentes sindicais para ocuparem a reunião do Conselho. No dia da reunião, cerca de 50 dirigentes dos sindicatos da Intercel e da Intersul (coletivo sindical de eletrcicitários que atua na Eletrosul), ocuparam o auditório Osvaldo Camilli, na Administração Central, acompanhados pelo ex-representante dos empregados no Conselho de Administração e Deputado Estadual, Lício Mauro da Silveira. A presença dos dirigentes sindicais e do Deputado estadual impediu que o ponto fosse apreciado.
Nos dias que se seguiram, os trabalhadores se mobilizaram, o então presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira convocou uma reunião na Assembleia Legislativa e deixou o comando da empresa, afirmando não compactuar com nenhuma tentativa de privatização. O restante do mandato foi de muito embate com Previ e Parisotto. Em 2012, os trabalhadores reelegeram Jair para um terceiro mandato, onde ele representou os Celesquianos até 2015.
O golpe do novo mercado é um dos maiores exemplos da importância da união entre trabalhadores, sindicatos da Intercel e representação dos empregados no Conselho de Administração. Apenas uma representação capacitada e forjada na luta dos trabalhadores, com histórico de defesa da categoria pode, ao lado dos sindicatos, mobilizar os celesquianos para defender a Celesc Pública. E esse é o maior compromisso do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc.


