A Voz da Glória edição 035 - Setembro 2018 - Ano II 1

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DIZIMO É ASSUNTO DE FAMÍLIA (PE RONILDO APARECIDO DA ROSA) Compreendemos e vivemos o dízimo porque conforme determinou em seu coração, não com fazemos parte da comunidade. Quem não pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá participa na comunidade tem grandes com alegria” (2Cor 9,7). O critério para avaliar a dificuldades para compreender a dinâmica do qualidade de nosso dizimo não está na quantidade dízimo… Eu, como padre, sou dizimista também e que entregamos, mas na intensidade que vivemos acredito que o dízimo é o melhor meio de sustento esta entrega. Determinar livremente no coração e da missão da comunidade de fé. Com o dízimo, o dar sem pesar e nem por obrigação vale muito mais dizimista vive a partilha e abre o coração para o do que quanto “por cento” devo entregar como outro. Deus não precisa do dinheiro, mas Ele quer dízimo do meu salário. precisar de pessoas que saibam doar um pouco de Continuemos nesta experiência de sermos dizimistas tudo que recebeu (os talentos, os serviços com a consciência de nossa responsabilidade pela voluntários, o tempo de atenção e de acolhimento construção do Reino de Deus. Assim, com certeza, ao outro e, também, – por quê não? – os bens seremos testemunhas e promotores de uma sociedade justa e solidária. Isso é, de fato, materiais). A frase bíblica que mais devemos aprofundar, no evangelizar… Com amizade e cheio de esperança, caso do dízimo, é a seguinte: “Cada um dê votos de plena alegria! ________ O TANTO QUE A GENTE AMOU (PE FÁBIO DE MELLO)

Se você quiser descobrir a qualidade da sua por uma razão boba, minha gente! A gente teve vida, a qualidade daquilo que você está medo de esbarrar na nossa fraqueza. Muitas vezes fazendo da sua vida, é só você descobrir o tanto a gente desiste das pessoas que são difíceis na nossa que você ama. O que qualifica a nossa vida, porque aquelas pessoas quando são difíceis existência é o tanto que a gente ama. Não é o diante de nós, nos mostram o que que a gente tem tanto que a gente tem de dinheiro no banco, de mais frágil, pode observar! As pessoas que mais não é o carro que a gente conseguiu comprar, te incomodam na vida são aquelas que mostram não é o emprego. Não, tudo isso é importante, as suas fraquezas refletidas nas fraquezas dela. E tudo isso pode nos trazer muitas alegrias, e não geralmente, a gente joga essas pessoas pela janela, é nenhum problema. a gente desiste delas. Agora, o que qualifica a sua vida mesmo, você A gente não ama do jeito que precisa amar por pode ter certeza, é o tudo o que você amou. uma razão simples, a gente tem medo de Porque até mesmo o dinheiro só tem significado enfrentar os nossos limites, a gente tem medo de se você tiver alguém que você ama pra gastar esbarrar nos nossos limites, nos nossos defeitos. Por com você. Não é verdade? isso que ás vezes o nosso amor é tão pouco Por isso, a matéria humana da santidade é o qualificado, porque amar é você esbarrar nos amor, não tem outro caminho. defeitos o tempo todo, amar é você esbarrar nos Eu não sei se Deus estará muito preocupado limites do outro que são seus também. com esse monte de coisas que a gente costuma Por isso que cada vez que você estiver diante do achar que o agrada, eu acho que Deus está desafio de desanimar de alguém, pense se essa mesmo de olho no tanto que a gente ama. covardia vale a pena no mundo de hoje, não seja Porque é o tanto que a gente ama que covarde! Porque no momento em que você não modifica o mundo. É o tanto que a gente se doa desiste do outro, de alguma forma você também em pequenas partes, nos gestos, é que faz a não desiste de você. Porque cada vez que você diferença na vida das pessoas. Pode observar. esbarra nesse limite, para, e permite que ele lhe Não é o tanto de vezes que você foi à missa, que paralise, você também não vai além. Não jogue você se confessou. nada pela janela sem antes saber a razão. Não Pode ser que isso não altere em nada a ordem espere as pessoas morrerem para você descobrir o das coisas, mas é o tanto que a gente ama. É o quanto elas eram especiais na sua vida. tanto que a gente perdoa, que a gente olha nos Às vezes nós precisamos aprender a duros golpes, olhos, é o tanto que a gente não desiste. É o às vezes duros golpes que a gente aprende. Ás tanto que a gente preserva a vida nas vezes nós só sabemos mensurar o tamanho do pequenas coisas. E disso, ninguém sabia. A gente outro depois que ele foi embora, depois que desiste tão fácil ás vezes. perdemos. Por causa de um amor não Quantas vezes você desistiu das pessoas? qualificado. A gente desperdiçou o tempo em que Quantas vezes a gente desistiu dos nossos sonhos, estava com ele, a gente teve medo dos defeitos, a quantas vezes a gente jogou fora os nossos gente teve medo de esbarrar nos limites, a gente sonhos pela janela, quantas vezes a gente jogou preferiu desistir. Que esse não seja o seu caso, que fora os nossos projetos porque a gente desistiu essa não seja a sua história!" por ______Pastoral da Comunicação - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Coordenação – Sérgio Calado Fadul Jr Agentes participantes no boletim: Willians / Elydia Site: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Telefone: (21) 2225-0735 Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: solicite agora a adesão do Machado s/nº04- Catete – Rio de Janeiro – Tel: (21) 2225-0735 A Voz da GlóriaLargo 09/09/2018 – Página

Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado 09/09/2018 - Edição 35 - Ano 2

AVISOS PAROQUIAIS A PASTORAL DA CARIDADE SOCIAL Solicita doações para os irmãos de rua. MISSA EM HONRA SÃO MIGUEL ARCANJO Dia 12 de setembro, quarta-feira às 20:00 TRÍDUO DE NOSSA SENHORA DAS DORES Dias 12, 13 e 14 de setembro. CINE PASCOM ADULTO E KIDS dias 15 de setembro com “O Pequeno Príncipe” para as crianças e “O livro de Henry” para a família. SEMANA BÍBLICA dos dias 24 a 28 de setembro

AS MISSAS DOMINICAIS a partir do dia 23 de setembro serão nos horários de 7:00, 8:30, 10:00, 12:00, 17:00, 18:30 e 20:00

O PEQUENO PRÍNCIPE O LIVRO DE HENRY

UM JESUS EM SAÍDA... UM SURDO QUE MAL PODIA FALAR... EFFATHÁ!

Não é a primeira vez que surpreendemos Jesus em deambulações por territórios “proibidos” para a ortodoxia judaica. Para aquele tempo de horizontes fechados, o Mestre anuncia claramente que está “em saída” para fazer do mundo a sua pátria e das terras dos famintos da palavra o seu púlpito. É neste território da Decápole, terra de pagãos inveterados, que Ele se depara com uma surdez-mudez não apenas passível de se abrir à sua Palavra, mas capaz de a “apregoar intensamente”. Este Evangelho desafia os agentes da Evangelização a suprimirem todo o cepticismo esterilizante, a não “escolherem” locais “mais propícios” para a sementeira da palavra. Afinal, temos é de abandonar-nos ao movimento do Espírito que “sopra onde quer” e continua a surpreender as nossas lógicas e programas. Tocar-lhe com os dedos, onde a sensibilidade do tacto é mais intensa, colocar-lhe na língua a sua própria saliva são sinais de um profundo envolvimento. Tudo nos faz recordar a criação do ser humano. O milagre torna-se um ícone da criação. Este surdo-mudo é recriado, ganha a fisionomia original. Mas seria apenas uma cura física? As preces mais imediatas são pelos males físicos. Ambicionamos o bem-estar, a ausência de dor e pedimos milagres apenas com este fim. No entanto, todos nós somos portadores de chagas íntimas para as quais nem nos lembramos de pedir socorro. Pedimos ninharias, bens temporais que se esfumam, e não pedimos o Espírito Santo! A nossa surdez espiritual, a nossa gaguez, para o testemunho, precisa do remédio da saliva de Jesus, empapada de Palavra, precisam do toque sensibilíssimo dos seus dedos, que destilam a caridade, precisam do som da sua voz que acorda o caos. E nós também podemos ser instrumentos de Jesus para que outros possam abrir-se. E isto não se faz sem atenção e solicitude. ___

Só Jesus pode encher as nossas palavras vazias, só Ele nos pode dizer novamente abre-te. Não é um “abre-te Sésamo!” mágico, é uma verdadeira recriação. O verbo vem num tom imperativo, mas nada tem a ver com uma ordem gratuita, é antes um apelo à confiança. Este, como todos os milagres de Jesus, não é feito à distância de uma varinha de condão. Jesus envolve-se profundamente nele e demanda o envolvimento de outros. O milagre começa por uma oração de intercessão: “trouxeram-lhe”! O surdo mudo está rodeado de uma comunidade orante. Como é grande a força da oração de intercessão! Mas depois tudo se desenrola na privacidade. Jesus retira-o, elege-o. Respeita-o ao ponto de o preservar dos olhares alheios! O admirável Mestre dá ao miraculado o protagonismo da cura. É como se dissesse: “Tens capacidade de te abrires, não sou eu que te abro, apenas bato à tua porta. A abertura depende de ti, da tua disponibilidade para o acolhimento.” Jesus pede sempre uma colaboração no milagre, desde o vinho de Caná, pelo pão da multiplicação até ao milagre da última Ceia. Quando eu peço um “dá-me pão” Ele dá depois de me ensinar a lançar a semente à terra e passada a faina da colheita e da cozedura. Caros amigos e amigas é assim que Ele continua a dizer-nos: “Effathá!” ao toque surpreendente da sua graça, à saliva fecundante do seu Evangelho!


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