Jornal Santuário – nº 93, Jun. 2016

Ano IX Número 93

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Junho de 2016

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www.paieterno.com.br

Em clima de Romaria

Entrevista

O Missionário Redentorista Pe. João Paulo Santos fala sobre o tema da Romaria 2016 e explica como os devotos devem acolhê-lo e vivenciá-lo. [3]

Vivência

Conheça a história de religiosos que participam da Romaria por meio do trabalho missionário e também da experiência pessoal como filhos amados do Pai Eterno. [8 e 9]

Devoção

Capital da Fé de Goiás recebe de braços abertos os romeiros que vêm a Trindade para a Festa em louvor ao Divino Pai Eterno. [6 e 7]

O Jornal Santuário traz histórias de devotos que há muitos anos vivenciam a Romaria do Divino Pai Eterno. [11]

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno ARTIGO

EDITORIAL Corações em festa

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unho chega fazendo o coração de muita gente bater mais forte. O motivo é a Romaria do Divino Pai Eterno, que traz a beleza e a demonstração de fé e devoção de um povo que ama o Pai Eterno sem limites.

Nesta edição, vamos falar bastante sobre a Romaria. Nas páginas 6 e 7, você vai conhecer como são os preparativos das equipes que cuidam de cada detalhe da organização da Festa.

Entenda como essas equipes são divididas e conheça o trabalho de cada uma delas.

Acompanhe a entrevista concedida pelo Missionário Redentorista Pe. João Paulo sobre o tema da Romaria deste ano. Ele falou sobre o que nos leva a crer que “O Pai Eterno é Misericordioso” e ainda explicou como este assunto deve ser abordado e vivenciado pelos devotos do Pai Eterno.

(Página 3) Por falar em vivência, nas páginas 8 e 9, conheça a história de religiosos da Congregação do Santíssimo Redentor que, todos os anos, participam da Romaria, cumprindo a missão de levar Cristo aos fiéis, mas, também, vivenciam a mesma devoção ao Pai Eterno junto com eles.

E os fiéis do Pai Eterno sabem fazer bonito quando o assunto é fé e gratidão. Vamos conhecer o depoimento de alguns deles e compreender o motivo que sempre os leva à Romaria (Página 11). Sintonizados e em comunhão com a fé de nossas irmãs e irmãos, vamos juntos, mais uma vez, experimentar o amor do Pai Eterno que é tão misericordioso. Boa leitura!

Junho de 2016

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R.

Misericórdia sempre? Ou, só de vez em quando?

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temática da Misericórdia proposta pelo Papa Francisco no ano passado está em alta na Igreja. Sistematicamente, o tema da Misericórdia está sendo aplicado aos documentos da Igreja, simpósios, congressos, retiros, estudos, encontros teológicos, citações em artigos de revistas e artigos monográficos, temas de cantos litúrgicos e religiosos... Bem como, inspirando temas de festas religiosas pelo Brasil e mundo a fora.

Isso é muito bom, naturalmente. O Papa Francisco afirma “que sempre é tempo de misericórdia”. O ser humano sempre se mostrou muito hábil na arte de reinventar a vida. Basta surgir uma situação nova de vida e ele está pronto para o desafio. Sua capacidade criativa o faz audaz, destemido, ousado. Alçar voos, desbravar terras, ir à conquista de novos horizontes e desafiar seus próprios limites são apenas algumas virtudes humanas. É assim que sempre caminhou a humanidade.

Vivemos numa época de difíceis e profundas transformações sociais. Tempos de expectativas, de muitas interrogações e poucas respostas. Ao passo que isso aproxima o ser humano de Deus, pode também afastá-lo para longe do Criador. Tudo depende do modo como cada um se vê perante a vida. De acordo com o Cardeal Walter Kasper, “o afastamento de Deus leva o homem a afastar-se da natureza e dos seus semelhantes”. Deste modo, a pessoa humana pode tornar-se insensível e fechada à graça e à misericórdia do Pai Eterno em sua vida. Principalmente, quando dela mais precisa.

Frei Luiz Turra diz “que muitos homens e mulheres sofrem por viverem à superfície de si mesmos e da história”.

Segundo Francisco, a humanidade de

nosso tempo precisa tanto de misericórdia “porque é uma humanidade ferida, uma humanidade que possui feridas profundas que não sabe como curá-las ou acredita que não é possível curá-las”. Sofrimentos diários e dores constantes podem levar o ser humano a perder a esperança diante da vida. Consequentemente, esquecer a ternura de Deus. O que para a humanidade seria um caos total.

Sabemos que nenhuma forma de amor humano pode fazer uma pessoa plenamente realizada e feliz. A felicidade é uma conquista que tem origem no esforço diário, cotidiano. Ela é superação. É conquista feita com braço forte. Ela não acontece por acaso, de forma sistemática. Ou, como num passe de mágica ou num instante de magia. Portanto, ela não acontece por acaso na vida de uma pessoa. Nesse sentido, uma vida ativa dentro da comunidade Igreja favorece a confiança em Deus na superação dos limites e fracassos humanos, bem como, a perceber que Deus aproxima de nós justamente quando dele mais precisamos.

Segundo a Bula Misericordiae Vultus, n°. 12b, “é determinante para a Igreja e para a credibilidade de seu anuncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até o perdão e o dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto aos homens”.

Falar de misericórdia em tempos atuais é mérito do Papa Francisco? Ou, uma ação do Espírito Santo inspirada a partir das experiências pastorais de um homem

de Deus acostumado com as durezas da vida nas ruas de Buenos Aires como uma “primavera na Igreja”? Assim diz Francisco: “Na realidade, Deus mostra-se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o Seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade”.

A misericórdia de Deus para nós é semelhante à água contida permanentemente num imenso lençol freático. Ela está sempre lá, circulando de um lugar para outro do subsolo aguardando que algum peregrino sedento, dela precisando matar a sede, escave o solo até encontrá-la gratuitamente pura, límpida, inodora, insípda e incolor. Para Kasper, ela é “a vontade salvífica e universal de Deus que por Sua misericórdia nos elegeu e chamou à vida e em virtude do qual Jesus Cristo se entregou por nós na Cruz”.

Então, que falemos muito da misericórdia de Deus. Que ela não se canse de ser anunciada, praticada e vivida em todos os cantos e lugares onde possa haver um coração humano que dela precise. E aprendamos, pois, que não basta apenas falar de misericórdia. É preciso fazer e ser, a exemplo de Cristo, o rosto da misericórdia do Pai Eterno!

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Ano da Misericórdia e as indulgências

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Papa Francisco declarou o início do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula Misericordiae Vultus (Rosto da Misericórdia), no dia 8 de dezembro de 2015 e se estenderá até o dia 20 de novembro de 2016, quando celebraremos Jesus Cristo Rei do Universo. Este é um Ano Santo Extraordinário e nos convida, para que, de maneira mais intensa, nosso olhar esteja fixo na misericórdia do Pai Eterno.

Como sinal permanente do aspecto da misericórdia, a Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma, foi aberta significando um caminho extraordinário de salvação. As dioceses também foram chamadas a expressar esse gesto, abrindo uma Porta Santa na catedral ou em outro lugar de apreço pastoral para a diocese. Em nossa Arquidiocese, a Porta Santa foi instalada no Santuário Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mais conhecida como Matriz de Campinas.

O Ano Santo é um convite a intensificar a fé por meio de peregrinações, obras de misericórdia, de uma oração mais intensa e

consistente, um convite a passar pela Porta Santa, seja em Roma ou na diocese, fazer sua confissão para receber o perdão dos pecados e, ao mesmo tempo, acolher e perdoar àqueles que lhe tenha ofendido, lutar pela corrupção pessoal ou social, receber a indulgência, participar da Eucaristia, fortalecer a prática ecumênica e procurar estar sempre em um processo de conversão.

Uma característica particular do Ano Santo é a indulgência. Ela é a remissão devida aos pecados, cuja culpa já foi perdoada. Pois, cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoada a culpa dos pecados cometidos, mas não a pena. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No Sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, ha-

bilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).

Para receber a indulgência, o fiel é chamado a realizar sua peregrinação rumo à Porta Santa e, como sinal de verdadeira conversão, é importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia.

Podemos pedir indulgências para os que faleceram, rezando por eles para que o rosto misericordioso do Pai Eterno os liberte de qualquer resto de culpa e possa abraçá-los na felicidade sem fim. Os doentes e idosos vivendo a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da Sua paixão, morte e ressurreição indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança este momento de provocação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será, para eles, o modo de

obter a indulgência jubilar.

A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras de misericórdia pessoalmente, obterá a indulgência jubilar. As obras corporais: dar de comer aos famintos; dar de beber aos que têm sede; vestir os nus; acolher o estrangeiro; visitar os enfermos; visitar os encarcerados; sepultar os mortos. As obras espirituais: aconselhar os duvidosos; ensinar os ignorantes; admoestar os pecadores; consolar os aflitos; perdoar as ofensas; suportar com paciência as injustiças; rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos. Aproveitemos ainda o tempo deste Ano Jubilar da Misericórdia para irmos ao encontro do Senhor que nos chama à vida em plenitude.

Pe. Idemar Costa, C.Ss.R. Missionário Redentorista

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Junho de 2016

ENTREVISTA: PE. JOÃO PAULO santos

Romaria da Misericórdia A Romaria do Divino Pai Eterno é um período em que a fé, o amor ao Pai e a devoção são vivenciados e expressados a todo instante em todos os romeiros que participam desse momento abençoado e de graça.

Este ano, o tema escolhido vai ao encontro da proposta do Ano Santo da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco. E, para saber mais sobre esse assunto e como ele está sendo tratado na Romaria, o Jornal Santuário entrevistou o Missionário Redentorista Pe. João Paulo Santos, que falou um pouco sobre como os romeiros devem vivenciar esse tema em suas vidas.

JORNAL SANTUÁRIO - Porque o tema “O Pai Eterno é Misericordioso” para a Romaria deste ano?

PE. JOÃO PAULO - A Igreja celebra o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. É um ano especial de meditação sobre a questão fundamental a propósito do Deus da nossa fé e, consequentemente, permite a Igreja recordar sua origem, vocação e missão. A questão fundamental é: quem é o Deus da nossa fé? Em Jesus Cristo, Esse Deus é revelado como Pai, ainda mais, Pai de misericórdia eterna. A Festa em louvor ao Divino Pai Eterno exerce uma grande função catequética na vida de muitos cristãos devotos, por isso, esta é uma ocasião especial para reafirmar a experiência de fé à luz do que insistentemente nos revela a Sagrada Escritura: que o Divino Pai Eterno é um Deus misericordioso.

Como este tema está sendo tratado na Romaria?

Bem, sabendo da importância do tema e da missão catequética deste Santuário Basílica, os temas propostos para cada dia da Novena formam um sumário de elementos importantes da nossa vida contidos na bula papal para o Ano Extraordinário da Misericórdia, Misericordiae Vultus. Partindo da imagem de Deus revelada a nós como Pai Eterno misericordioso; Jesus Cristo, rosto misericordioso do Pai; Espírito Santo, força de miseri-

córdia do Pai que atua em nossa vida; formando assim a Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, comunhão de amor. Em seguida, as várias dimensões do nosso ser Igreja como: Sacramento de misericórdia, apostolado da misericórdia, o serviço da caridade, a família como Igreja doméstica tendo como exemplo Maria, Mãe de misericórdia. Deste modo, podemos dar a nossa resposta à misericórdia de Deus com a proclamação solene do nosso “creio” como adesão pessoal e comunitária a este projeto de vida e o consequente testemunho do Deus da nossa fé, isto é, testemunho da misericórdia.

Como os devotos devem vivenciar este tema na prática durante a Romaria e em todos os outros dias da vida?

Antes de tudo, o tema geral da Romaria se desenvolve pouco a pouco.

Durante os dez dias, a proposta é que seja um grande retiro. Portanto, para vivenciar, é preciso se esforçar para acompanhar a meditação de cada dia, oferecida nas Missas e Novenas. Depois, saber que a ação do Espírito Santo na história faz com que cada filho, filha do Pai Eterno, fazendo a experiência da Sua misericórdia, assuma os novos desafios que surgem em tempos e em circunstâncias específicas.

O tema da misericórdia não termina com os dez dias da Romaria, mas, ao

fazer essa experiência, cada fiel se torna capaz de reinterpretar e encarnar na história a força misericordiosa do Pai Eterno. Afinal, “todos o que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus. E vós não recebestes um espírito de escravos para recair no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos pelo qual clamamos: ‘Abbá, Pai’” (Rm 8,14-15).

Qual é a mensagem que o devoto, romeiro do Pai Eterno, deve levar para casa com este tema?

A imagem que temos de Deus determina a nossa identidade. O que se propõe com esta meditação é justamente recuperar ou recordar a imagem bíblica de Deus, que por Sua vez não

é uma figura ausente, mas é o Pai que nos acompanha com olhar de ternura sempre. Por isso, o chamamos de Pai Eterno. Ao mesmo tempo, esta meditação deve permitir que cada devoto seja capaz de olhar para o ser humano, de um lado cheio de potencialidades, de outro marcado por fragilidades, e reconhecer que o Divino Pai Eterno se permite manifestar em nossas forças e, também, em nossa carne ferida.

Levando para casa esta mensagem, cada devoto poderá, no cotidiano da vida, tornar visível e expressa essa misericórdia do Pai Eterno realizando ações de misericórdia, atendendo o clamor de Jesus: “sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Temário da Romaria 2016

Tema central: O Pai Eterno é Misericordioso 1º Dia – O Pai Eterno manifesta a Sua misericórdia (Solenidade da Natividade de São João Batista) 2º Dia – Jesus Cristo: rosto misericordioso do Pai Eterno 3º Dia – Conduzidos pelo Espírito Santo: força de misericórdia do Pai Eterno 4º Dia – Santíssima Trindade: mistério de um Deus misericordioso 5º Dia – Igreja: Sacramento de misericórdia 6º Dia – Apóstolos da misericórdia do Pai Eterno (Solenidade de São Pedro e São Paulo) 7º Dia – Família: comunidade de amor, lugar da misericórdia do Pai Eterno 8º Dia – Misericordiosos como o Pai Eterno: a lei da caridade 9º Dia – Maria, Mãe de misericórdia 10º Dia – Creio no Pai Eterno, misericordioso

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Junho de 2016

Caminhos ao Novo Santuário Devotos podem aproveitar a Romaria de 2016 para conhecer de perto a obra do Novo Santuário

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ansiedade e curiosidade de ver o Novo Santuário do Divino Pai Eterno concluído cercam todos os romeiros e devotos a cada avanço da obra. Todos aqueles que, de alguma forma – seja por meio de doação, trabalho ou até mesmo por oração – colaboram com a construção da Nova Casa do Pai, querem ver a obra pronta e ficam na expectativa do resultado final de um projeto que foi sonhado e está sendo realizado com muito amor e dedicação.

Para aqueles que não podem visitar de perto a construção do Novo Santuário, a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) mostra, por meio de seu trabalho de evangelização nos meios de comunicação, todos os detalhes dessa grande edificação.

Para quem pode ver a obra de perto, detalhes da construção podem ser vistos da capela construída em um mirante que fica próximo ao campo

de obras. O local permite vista panorâmica e privilegiada de tudo o que está sendo feito, além, inclusive de poder rezar pela obra.

Acesso à obra Para quem pretende ir até a Romaria do Divino Pai Eterno, este ano, e ver de perto a Nova Casa do Pai, existe alguns caminhos de acesso.

O mais conhecido é pela Rodovia dos Romeiros, GO-060, que liga Goiânia (GO) a Trindade (GO).

Esse trajeto é de 17 quilômetros e é o mais utilizado pelos milhares de devotos que visitam a Capital da Fé de Goiás. Quem vai por essa rodovia, no sentido Goiânia-Trindade, e quer visitar a obra do Novo Santuário, deve seguir até o Portal da Fé, na entrada da cidade. De lá, é preciso fazer o retorno, como se voltasse a Goiânia e em cerca de 500 metros, entrar em uma estrada de chão que

conduz à Capela do Cruzeiro.

Esse trajeto pode ser feito também pelos romeiros que vêm pelo lado oposto da rodovia, de cidades como Santa Bárbara (GO), São Luiz de Montes Belos (GO), Iporá (GO), e do estado do Mato Grosso. Depois de passar pelo ponto onde fica o Portal da Fé, é só seguir para a estrada de chão.

O trajeto a partir do Santuário Basílica é o seguinte: ao sair pela entrada principal o devoto deve seguir pela Rua Irany Ferreira e virar à direita na Rua Dom Pedro II até o semáforo. Em seguida, deve virar de novo à direita, na Av. Manoel Monteiro e, novamente, à esquerda, na Rua Senhor do Bonfim que leva a uma estrada de chão que conduz à Capela da obra.

A rodovia GO-469 também serve de acesso à Capital da Fé de Goiás. Ela sempre foi utilizada por romeiros vindos do interior de Goiás,

principalmente os carreiros do Pai Eterno. De um lado ela liga cidades como Inhumas (GO) e Goianira (GO) a Trindade. Por outro lado, municípios como Abadia de Goiás (GO) e Guapó (GO). Quem optar por esse caminho, deve seguir até a Av. Dr. Édio Ortiga Fredigo, seguir até a Av. Manoel Monteiro, onde fica a Vila São José Bento Cottolengo, e virar à direita na Rua Senhor do Bonfim que leva a uma estrada de chão que vai para a Capela da obra.

Outra via também utilizada é a GO-050, que liga Trindade a cidades como Palmeiras de Goiás (GO) e Jandaia (GO). Vindo pela GO-050 o romeiro deve pegar a Av. Goiany Prates à esquerda, logo depois virar à direita na Rua Major Manoel Alves, depois virar, novamente, à direita na Av. Manuel Monteiro e à esquerda na Rua Senhor do Bonfim que chegará na estrada de chão que é acesso para o Novo Santuário.

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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Rio Verde

Ao vivo

Missa de Envio

Empreendimento

No dia 12 de junho, o Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, Pe. Robson de Oliveira, celebrou uma missa no 12º dia da Trezena de Santo Antônio. A festa foi realizada pela Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Verde (GO), que é administrada pelos Missionários Redentoristas.

Porta Santa

A Romaria 2016 começou no dia 24 e o Programa Pai Eterno está apresentando edições ao vivo. A apresentadora Talitta Di Martino e toda sua equipe levam, de segunda a sexta, muitas informações e detalhes sobre o que acontece em tempo real na maior Festa do mundo dedicada ao Pai Eterno. São dois horários: às 7h45 e às 10h45.

A celebração das 17h30, do dia 18 de junho, foi especialmente dedicada aos colaboradores e voluntários responsáveis pela realização da Romaria 2016. A Missa de Envio foi presidida pelo Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, Pe. Robson de Oliveira, no Santuário Basílica de Trindade (GO).

A Porta Santa é uma das novidades da Romaria 2016. Instalada no quilômetro zero da via de pedestres, ela fica na Rodovia dos Romeiros, onde os fiéis podem passar em busca da indulgência plenária concedida pelo Papa Francisco.

Para que o ritual seja completo, o romeiro precisa participar da Missa e receber a Eucaristia. Caso o cristão não se sinta em estado de graça, a orientação é buscar, antes, o Sacramento da Confissão. Feito isso, ele reza um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai na intenção do Papa Francisco.

A Porta ficará instalada até o dia 5 de julho.

Clipe

A TV Serra Dourada, afiliada do SBT, voltou a produzir o tradicional clipe especial da Romaria do Divino Pai Eterno. A produção foi feita em parceria com a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) com a música “Romaria”, de autoria do cantor e compositor Walter José. O clipe já foi gravado por vários nomes da música brasileira e, este ano, o escolhido foi o cantor Amado Batista.

No dia 17 de junho tiveram início, em Trindade (GO), as atividades do Hotel Liguori, um empreendimento da Congregação dos Redentoristas de Goiás. A arrecadação será revertida para o trabalho da entidade, presente em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal.

Um dos principais objetivos é desenvolver, em breve, parcerias com outros hotéis e pousadas para fomentar e fortalecer o turismo religioso local.

Responsabilidade socioambiental

Obras Sociais Redentoristas levam às comunidades carentes lições de como cuidar do meio ambiente Aproveitando a temática da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) deste ano, que é “Casa comum: nossa responsabilidade”, as Obras Sociais Redentoristas, prepararam inúmeras ações de conscientização da comunidade, realizadas ao longo de todo o ano nos Centros Sociais. O objetivo é levar a experiência do cuidado com o meio ambiente aos mais diversos contextos do dia a dia.

As ações vão desde seminários até oficinas práticas de cuidados com o meio ambiente. Elas terão a colaboração de diversos parceiros que ajudam nas ações que vão ser desenvolvidas, buscando sempre o apego sustentável. “Nossa expectativa é que a comunidade em geral possa ser tocada por esses temas de modo que o zelo pelo meio ambiente, bem como a misericórdia, manifestada no amor ao próximo e a todas as coisas criadas por Deus, sejam intensificadas no cotidiano de cada um, em especial nos nossos Centros Sociais”, explica o diretor das Obras Sociais Redentoristas, Pe. Reinaldo Martins.

Atividades

Dentro da programação, já foi realizado um seminário que apresentou ações sustentáveis para o dia a dia, ajudando a concientizar a comunidade para a economia e a preservação do meio ambiente. E também, Oficinas de Reaproveitamento Alimentar, que serão repetidas ao longo de todo o ano, onde as colaboradoras das Obras Sociais e donas de casa da comunidade aprenderam a fazer várias receitas de uma nova forma. “Nós queremos mostrar aos assistidos, familiares e nossas cozinheiras dos Centos Sociais o quanto é importante reaproveitar os alimentos e ter uma alimentação saudável, rica, nutritiva”, explicou a coordenadora de evangelização das Obras Sociais, Neide Alves.

Outras atividades vão incentivar o cuidado com o meio ambiente por meio de troca de materiais recicláveis por alimentos; a construção de uma praça sustentável, onde hoje fica um terreno baldio; o plantio de mudas de árvores na nascente de um córrego, em Trindade (; oficinas de artesanatos com materiais reciclados; plantio de horta vertical e questões de desmatamento ambiental. Tudo isso somado ao destaque da importância do uso adequado da água.

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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Trabalho intenso Religiosos, voluntários e profissionais se dedicam aos trabalhos da Romaria 2016. O objetivo é oferecer uma boa acolhida aos romeiros

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Romaria do Divino Pai Eterno tem mobilizado devotos do Brasil inteiro a percorrer o trajeto rumo à Casa do Pai. Em Trindade (GO), a expectativa dos organizadores é grande e os preparativos tiveram início meses antes. Por isso, as equipes de trabalho vêm se preparando para receber cada um desses filhos e filhas do Pai Eterno.

No Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, os responsáveis pela limpeza, ornamentação, segurança e atendimento já estão com seus trabalhos intensamente.

A colaboradora Isabel de Fátima é responsável pela equipe de limpeza. Para ela, a Romaria é sempre um momento de muita alegria onde é possível sentir todo o amor dos devotos pelo Pai. “Trabalho aqui há 14 anos e é sempre muito gratificante participar deste momento de fé e de festa dedicados ao Divino Pai Eterno”, conta.

Outra equipe que também tem trabalhado muito é a da liturgia, afinal, este é o ponto alto de toda a Romaria do Divino Pai Eterno. É por meio dela que os católicos revivem e experimentam a celebração do mistério da Vida, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Nas Missas, Novenas e pregações, os fiéis poderão refletir profundamente sobre a misericórdia do Divino Pai Eterno, que este ano foi a inspiração para a escolha do tema central da Romaria: “O Pai Eterno é Misericordioso”.

As leituras são escolhidas de acordo com o tema e têm a finalidade de ajudar a exaltar o amor do Pai e a fortalecer a fé de cada um, levando os cristãos a participarem da oração, junto com Jesus, que é dirigida ao Pai e ao Espírito Santo. É por meio da liturgia que a Igreja auxilia os devotos a encontrarem as raízes de sua fé.

Manutenção Muitas pessoas trabalham para que tudo ocorra de forma harmoniosa e sem perder de vista o seu principal motivo: o Divino Pai Eterno. A equipe de limpeza, por exemplo, fica o tempo todo a postos para cuidar da manutenção da igreja durante os intervalos entre uma missa e outra, com o objetivo de receber os romeiros com a Casa do Pai sempre bem limpa e bonita. “É um trabalho pesado, nós lavamos, limpamos, jogamos água, trocamos o lixo, mas tudo é feito de uma forma tranquila e sempre dá certo”, conta Isabel de Fátima.

A equipe responsável pela alimentação também trabalha muito, não só durante a Romaria. O Missionário Redentorista Ir. Alcízio Rodrigues Borges, que coordena este grupo há mais de uma década, conta que nos meses que antecedem a Romaria os integrantes se reúnem, dividem as tarefas e decidem o que será servido durante os dez dias. “Nós optamos por uma comida de qualidade, com grande variedade de verduras e legumes, com inspiração na comida goiana”, conta o irmão.

Durante todo o período da festividade, são oferecidas quatro refeições diariamente (café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta). A comida é preparada para servir a todos os profissionais, colaboradores e voluntários, que trabalham para que a Romaria aconteça. Irmão Alcízio explica ainda que este ano há pessoas novas na equipe, além de outras adaptações, que têm como objetivo, servir uma comida cada vez mais gostosa e saudável para todos. “A cada ano, nós avaliamos o que precisa ser melhorado e modificado para que todos possam trabalhar de maneira eficiente, pois é uma grande responsabilidade servir comida para tantas pessoas”, afirma o religioso.

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Segurança Durante os dez dias de Romaria, 24 de junho a 3 de julho, milhares de devotos deverão passar pela Capital da Fé de Goiás. Apesar de ser uma festa religiosa, muitos romeiros ficam preocupados com a segurança da cidade, para tranquilizá-los, a Polícia Militar preparou uma força-tarefa durante o período.

O principal objetivo é inibir a ação de possíveis marginais que tentam tirar proveito da grande movimentação em Trindade e da distração das pessoas. De acordo com o Ten. Cel. Paulo Henrique Segato, do 22º Batalhão da Polícia Militar, a maior preocupação é com os devotos que muitas vezes utilizam joias e equipamentos eletrônicos de alto valor, pois são objetos chamativos para pessoas más intencionadas.

“Fizemos contato com o prefeito e ele já sinalizou que vai colaborar conosco com o monitoramento por câmeras. São 20 pontos, espalhados pela cidade, que contribuirão muito para o policiamento. Com este reforço espero realmente que a gente consiga inibir a ação dos marginais”, disse.

A Polícia também possui um plano estratégico preparado para agir durante a Festa. Mas, para que as ações sejam melhor efetivadas, os policiais também contam com a colaboração dos romeiros para que tudo ocorra sem nenhum transtorno. “É importante que os romeiros evitem carregar pacotes volumosos e objetos de valor, para que não sejam uma vítima fácil dos marginais”, explica Segato. Os devotos também devem procurar uma autoridade policial caso tenham algum problema, porque isto ajuda o trabalho dos oficiais a tornar a festividade ainda mais segura.

O Corpo de Bombeiros também conta com uma estratégia preparada para rece-

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ber os romeiros e garantir o seu bem-estar e segurança. De acordo com o Ten. Cel. Emerson Divino Ferreira, comandante da 1ª Companhia Independente Bombeiro Militar, toda a equipe de bombeiros e as viaturas já estão sendo preparadas. “Fizemos todo um planejamento com relação à busca de efetivo junto ao comando geral. Viaturas foram preparadas para estar todas em condições e também preparamos panfletos com orientações de como evitar acidentes e como as pessoas podem evitar de passar mal”, explica.

Geralmente, a maioria das ocorrências atendidas pelos bombeiros durante a Festa da Romaria são pessoas com mal súbito, queda de pressão, desmaio etc. “Cerca de 70% a 80% dos casos são de mal súbito, em virtude da época que tem o clima muito seco, calor intenso.

As pessoas buscam fazer o trajeto entre Goiânia e Trindade a pé e ele é um pouco longo. Muitas vezes, elas se esquecem de se alimentar e acabam sendo pacientes do Corpo de Bombeiros”, completou Emerson Divino.

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A Romaria pelo olhar dos religiosos

Durante a Romaria, religiosos cumprem sua missão por meio do trabalho e da atenção aos devotos do Pai Eterno e experimentam momentos de fé e alegria pessoal

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rindade (GO) recebe anualmente muitos devotos do Divino Pai Eterno. Todos com uma história ou experiência de amor com o Pai. Muitos vêm para agradecer e pedir bênçãos, sobretudo no período da Romaria. Somente no ano passado, passou pela Capital da Fé de Goiás cerca de 2,8 milhões de pessoas durante os dez dias da Romaria.

Um sentimento comum a cada um destes devotos é a vontade de vivenciar e sentir, em Trindade, o amor do Pai Eterno.

Entre os devotos que vão à Romaria, existem pessoas de muita fé que além de experimentar este amor divino, também se dedicam ao trabalho missionário de ser uma ponte de amor entre os fiéis e a Trindade Santa. São os religiosos. Pessoas que escolheram servir ao Pai Eterno e ao próximo, levando a Palavra de Deus e incentivando, na vida das pessoas, o mesmo percurso dos caminhos de Jesus.

Vida e missão

Eles estão por toda parte. Sempre disponíveis a atender todos os fiéis em suas necessidades, por meio dos Sacramentos. Eles auxiliam nas Missas, nas Novenas, nas procissões, orações do terço, alvoradas, vigílias, batizados, nos atendimentos das confissões e ainda participam em várias atividades que garantem uma Romaria bem planejada e organizada. Mas, muito além de ser um ambiente de tra-

balho, a Romaria é para os religiosos um ambiente de alegria, onde também expressam a fé pessoal que possuem no Pai Eterno.

O Missionário Redentorista, Pe. Henrique Strehl, conta que há mais de 25 anos participa da Romaria do Divino Pai Eterno. Para o sacerdote, a Romaria é como um grande retiro espiritual, em que ele procura rezar com o povo, ouvir a Palavra de Deus, fazer as celebrações bem feitas e viver a fé com as pessoas.

“Durante a Romaria consigo ver a expressão da fé em Deus. Percebo a forma filial como o povo olha Deus. Deus é Pai. Da consciência de sermos filhos desse Pai é que vem nossa alegria e nossa confiança.

Um Pai bondoso, Pai misericordioso, que nos ama com aquele amor infinito; verdadeiro Pai mesmo.

E a gente sente uma confiança ilimitada neste Deus que nos ama. Aí então vem o agradecimento, o louvor, os pedidos de alguma graça que precisamos”, explica Pe. Henrique.

O missionário destaca que um dos aspectos que mais aparece na Romaria é a conversão. “A Romaria faz com que os católicos, digamos assim, acomodados, se tornem fervorosos. A Romaria é um local da misericórdia de Deus”, conta.

O Missionário Redentorista, Ir. Diego Joaquim conheceu Trindade ainda criança, ele conta que quando viu o Santuário no alto do morro pensou até

que fosse um observatório espacial. Aos 11 anos de idade, o religioso fez sua primeira romaria a pé e ao chegar no Santuário, participou da missa da madrugada, no pátio. “Eu estava exausto, com sono, mas feliz, mesmo sem saber o motivo”, destacou.

Com o cansaço, ao voltar para casa, ele disse que nunca mais ia fazer aquilo mas, sua fé foi mais forte: “Quando ia chegando o tempo da Festa, a vontade de fazer a romaria ia crescendo, e eu reunia a turma para a caminhada. E fiz isso por muitos anos, enquanto fui compreendendo quem era o Pai Eterno, Jesus e o Espírito Santo”.

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Há muitos anos participando todos os anos da Romaria, Ir. Diego Joaquim conta que o evento, para ele, é muito mais que uma ocasião de trabalho, mas um momento de reabastecimento da fé para a missão. A liturgia das Missas e das Novenas sempre o faz rezar e refletir sobre o amor do Pai Eterno que age no mundo e também nele. E revela o que mais o emociona: “O que mexe comigo são as expressões de fé das pessoas. Ouvir as histórias e testemunhos dos romeiros, que pedem e agradecem graças, ou que simplesmente louvam... Não tem como uma pessoa passar pela Romaria e, contemplando tudo isso, não se deixar tocar. Penso que, mais forte que a pregação dos missionários e bispos, é o testemunho das pessoas que anuncia com vigor o quanto o Pai Eterno nos ama e nos quer bem”.

O Missionário Redentorista Pe. Aragonês de Jesus Parreira esteve pela primeira vez na Romaria no ano de 2006, ele conta que era o primeiro ano dele como seminarista. “Eu tinha 15 anos de idade e foi uma das experiências vocacionais que me deram

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base para minha vocação sacerdotal. Foi uma experiência forte, por poder vislumbrar a expressão de fé do povo”, diz.

Hoje, já consagrado, Pe. Aragonês conta que carrega no coração o mesmo sentimento de dez anos atrás. “A Romaria representa para mim poder contemplar o amor do Pai. E precisamos sempre mais nos convencer desse amor. A vivência disso nos remete a contemplar o grande amor que o Pai Eterno sente por cada um de nós e, na Romaria, temos a oportunidade de contemplar todo o processo de salvação, criação, toda a expressão de amor emanada de Deus”, conclui.

Para o Missionário Redentorista Ir. Isael Rodrigues, a Romaria representa um forte momento de fé. O religioso conta que, desde pequeno, via a avó participar da Romaria e ela voltava para casa muito contente e de fé renovada. Ele esteve na Romaria, pela primeira vez, no ano de 2009, quando entrou para o seminário. Esta foi a oportunidade para entender o que acontecia com os sentimentos de sua avó:

“Percebi o porquê dela ter tanta fé no Pai Eterno. A Romaria é uma fé que ultrapassa as diversas formas de explicações racionais. Sem dúvida é uma experiência grandiosa e ao mesmo tempo simples, que dá força e vigor para continuar a caminhada de fé”.

Ao longo dos anos que tem participado da Romaria, o religioso destaca que nas manifestações de amor e devoção do povo, se vê claramente uma fé que não é mascarada por teorias. “É uma fé afetiva e concreta que faz a pessoa ter força pra poder largar todos os afazeres e vir pra Trindade. Na Romaria, expressam aquilo que fazem silenciosamente no cotidiano”, disse. O Ir. Isael diz ainda que diante dessas expressões, ele observa que Deus escapa a toda pomposidade e se faz presente no olhar dos romeiros. Este pensamento do Ir. Isael vai ao encontro do que diz Pe. Henrique Strehl sobre uma das características da Romaria: a religiosidade popular. “É o povo que comanda a festa. Não é uma festa para intelectuais, com linguagem difícil. É popular e simples, como é nosso povo”, completa Pe. Henrique.

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a Fotos: Web

Moda

Alegria

Uma marca japonesa desenvolveu um tecido chamado Hitoe a partir de nanofibras que podem medir a frequência cardíaca do usuário e a quantidade de calorias perdidas enquanto se utiliza a roupa. O tecido funciona junto com um aplicativo para smartphone e deve ser lançado no final do ano. No Brasil, uma marca desenvolveu uma linha de roupas tecnológicas que age como repelente de mosquitos. Em sua composição, há uma substância chamada permetrina (presente também em repelentes) que impede a passagem do mosquito pelas fibras das roupas.

Trânsito O Papa Francisco refletiu sobre as características de verdadeiros cristãos. A maior delas é a alegria: “A carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha. Está conosco”. Para o pontífice, esta alegria vem da profunda fé em Deus, de que Ele nunca abandona Seus filhos, principalmente durante os momentos difíceis. Além disso, Francisco afirmou que todo cristão tem a missão de levar esta alegria aos que mais precisam e que ainda não experimentaram o amor de Jesus.

Bento XVI A data de ordenação sacerdotal de Joseph Ratzinger, em 29 de junho em 1951 em Frisinga, foi recordada com uma cerimônia solene realizada no dia 28 de junho na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano.

A celebração dos 65 anos de ordenação de Bento XVI teve a presença do Papa Francisco e do Papa emérito, que foi presenteado com um volume sobre o sacerdócio, realizado especialmente para a data.

Uma nova lei de trânsito foi sancionada no final de maio, ela obriga que o motorista utilize o farol baixo na estrada durante o dia. A multa para quem não cumprir a nova regra será de R$ 85 e 4 pontos na carteira. Anteriormente, o uso do farol em estradas só era exigido durante o período noturno e em túneis (o tempo todo) para carros, caminhões e ônibus; os motociclistas já eram obrigados a utilizar o farol em todos os horários.

Estiagem

Tesouro O museu polonês de Auschwitz-Birkenau revelou a descoberta de um pequeno tesouro dentro de uma das suas peças. No local são expostos utensílios e acessórios perdidos dos judeus que foram para o campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial e, dentro de uma pequena xícara, foi encontrado um anel e um colar que estavam num fundo falso. As joias foram descobertas durante a manutenção de rotina. De acordo com pesquisas, elas foram produzidas entre os anos de 1921 e 1931. As peças agora também farão parte do acervo do museu.

Aplicativo O Google lança até setembro um novo aplicativo de mensagem, semelhante ao WhatsApp, chamado Allo. O diferencial deste aplicativo é estar integrado ao buscador da empresa, o objetivo é simplificar a comunicação e reduzir o trabalho de digitação, para isso ele vai utilizar a tecnologia da inteligência artificial, como os teclados que sugerem respostas e palavras. O Allo também é capaz de “ler” emojis e fotografias, um diferencial deste aplicativo é a possibilidade de criptografar mensagens e decidir se elas serão apagadas após sua leitura.

O Estado do Pernambuco vem sofrendo com a seca nos últimos meses, foi decretada situação de emergência para que as cidades afetadas possam receber ajuda. Dos 185 municípios pernambucanos, 70% deles foram prejudicados pela forte estiagem. O decreto de situação de emergência permite que o Estado receba ajuda do governo federal para minimizar os estragos e também que a população receba auxílio para saciar as necessidades básicas. A principal medida é que as cidades recebam abastecimento com carrospipa. Foram disponibilizados 250 veículos para o agreste pernambucano e 83 para a região do agreste.

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O que te leva à Romaria?

A devoção e o amor a Deus Pai levam muitos devotos a Trindade ao longo de todo o ano.

No período da Romaria, a presença das filhas e dos filhos amados do Pai Eterno se torna ainda mais intensa.

Independente do modo como vão para Trindade – a pé, a cavalo, de bicicleta, carro de boi ou carro de passeio – cada um dos devotos têm um sentimento particular que o atrai até a Capital da Fé de Goiás. Para entender um pouco mais sobre o que os leva à Romaria, o Jornal Santuário conversou com algumas pessoas que fazem questão de vivenciar a fé no Pai Eterno, em Trindade, durante a Romaria. Vamos conferir!

“Meus pais começaram a Romaria há mais de 60 anos. Eu, particularmente, vou há exatamente 50 anos. Ir à Romaria de Trindade, para mim, é como mergulhar em um mundo de sonhos, glórias, fé e amor. Ela faz parte da minha vida como uma longa tradição familiar, e todos os anos nossa família se reúne para agradecer as bênçãos recebidas do Divino Pai Eterno. Nossa fé é inabalável. Pretendo continuar indo enquanto vida eu tiver.”

Aparecida Moreira - Itapuranga (GO)

(Aparecida [com blusa rosa] ao lado da família na área externa do Santuário onde acontecem as missas campais)

“A tradição de ir até ao Divino Pai Eterno veio do meu avô, da minha avó, passou para o meu pai, minha mãe, chegou até mim, passei para meus filhos e agora meus netos também estão seguindo. Basta ir ao Divino Pai Eterno que tudo na vida se encaminha. Na hora que parte para o caminho de Trindade tudo muda de sentido, tudo se ajeita. Para nós é uma grande satisfação, é uma grandeza pegar o caminho certo da vida. E é lá na Romaria que é o caminho certo. Nos braços do Pai Eterno.”

Arthur Franco de Almeida – Cezarina (GO)

“O que me leva a Romaria de Trindade é, principalmente, a fé que tenho no Divino Pai Eterno. Mas também vou para cumprir promessa por uma graça alcançada. Há alguns anos, fiz uma promessa ao Pai Eterno: eu iria percorrer a Rodovia dos Romeiros a pé em agradecimento. Porém, quando alcancei a graça, não pude cumpri-la de imediato, pois tive um problema no joelho que me impossibilitava de caminhar por longas distâncias. Esperei por um tempo, aguardando meu joelho melhorar. No ano passado, senti vontade de ir e chamei minha mãe para me acompanhar. Fiquei um pouco receosa de que o meu joelho pudesse não aguentar.

Mas, graças ao Divino Pai Eterno, deu tudo certo. Fui. Cumpri minha promessa e estou imensamente feliz, agora com as duas graças.”

“Sou muito devota do Divino Pai Eterno e sou muito grata por todas as coisas que Ele tem realizado na minha vida. Uma delas é a vida do meu pai, que vem de uma gestação gemelar.

Quando minha avó ficou grávida, a gestação foi muito difícil, eles nasceram prematuros e a chance deles sobreviverem era somente por um milagre. E minha avó pediu ao Divino Pai Eterno para fazer um milagre na vida deles e Ele fez. Hoje eu estou aqui para contar essa história. Meu tio ficou bem e meu pai ficou bem.

Todos os anos eu vou a pé para Trindade, faço a minha procissão, a minha devoção, vou rezando o terço, agradecendo por todas as bênçãos que Ele tem realizado em minha vida.”

Francislaine Cândida de Fátima Goiânia (GO)

(Francislaine ao lado do esposo em frente à Igreja Matriz de Trindade)

Rona Buss – Goiânia (GO) “Vou a Romaria de Trindade para agradecer pela vida, buscar enriquecimento para a alma e fortalecer a alegria cristã na cidade do Pai Eterno, nossa Trindade santa. E melhor ainda é poder vivenciar isto em família.”

Marta Buss – Silvânia (GO)

(Rona [à direita] e sua mãe Marta [à esquerda] no portal instalado na entrada de Trindade, após percorrerem os 17km de Goiânia a Trindade)

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Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R.

O Pai Eterno é Misericordioso A

Os pobres e abandonados são os primeiros endereçados da misericórdia

misericórdia não nos pede qualidades, nem méritos. Em si, ela é pura gratuidade. Já por si é a maior de todas as virtudes. O coração da misericórdia pulsa por redenção.

Nele, não cabem recompensas. Isso porque a ação do Pai Eterno nasce de uma grandeza constante, sem restrições, pronta a nos humanizar. Nisso consiste a Sua onipotência. Fiel à bondade que O move, Ele acolhe a todos na incondicional soberania de Seu amor. A ternura de Deus não vê as diferenças que excluem, mas enxerga prontamente o sofrimento que solicita a inclusão de cada um, em especial, dos mais pobres e abandonados. São eles os primeiros endereçados da misericórdia.

Durante a Festa do Divino Pai Eterno, a nossa missão é proclamar, com ações e depois com palavras, que o rosto de Deus é misericórdia. Ele faz a nossa mensagem passar da bela retórica aos gestos concretos. Onde a dor impera, não somos juízes da moral nem reguladores da doutrina, mas servos da ação misericordiosa do Pai, que cura os feridos da vida com o bálsamo da compaixão e o remédio salutar da esperança.

Todas as vezes que agimos com unidade no trabalho missionário, com respeito à dignidade do outro, com consideração àqueles que estão à nossa volta, com a disposição de servi-los: a Misericórdia se faz carne novamente! Longe de um agrado açucarado, a sua correta aplicação não diminui a importância dos Sacramentos, nem enfraquece a vivência da fé.

Neste tempo em que nos aproximamos de mais uma Romaria, muitos romeiros vêm a Trindade expressar sua fé e amor, através da oração, do louvor, da súplica e também do agradecimento ao Divino Pai Eterno. É momento de se reunir com muita emoção a milhares de irmãos que, durante os dez dias de Festa, chegam a todo momento à Casa do Pai. Essa é uma forma de proclamar e reavivar a fé vivenciada pelo povo e fundamentada no amor de Deus. É vivenciar a experiência de encontro com o Pai, tendo a certeza de que Ele nos ama e nos recebe de braços abertos, por misericórdia.

Tenhamos esta certeza: O Pai Eterno é misericordioso. Para que assim possamos seguir em frente com nossas vidas, contemplando o amor que Ele tem por nós. E muito mais que isso, façamos com que esse amor ultrapasse as barreiras e se prolifere por meio da ação do Espírito Santo em cada um de nós. Esse mesmo Espírito é o que nos une como irmãos e nos permite enxergar no irmão a face de Jesus Cristo.

Quando olhamos para os nossos irmãos e vemos o rosto de Cristo, temos a capacidade de seguir os exemplos Dele, amando o próximo sem nenhuma distinção, ou divisão de classe, cor, gênero etc. É por meio desse olhar de santidade que podemos também enxergar que todos somos fracos, e mesmo assim, o Pai Eterno nos acolhe, nos ama e nos perdoa, porque é grande a Sua misericórdia para conosco. A partir do momento em que seguimos os Seus exemplos, somos

capazes de ter compaixão pelo outro, amando-o, perdoando-o, sendo misericordioso, como o Pai é misericordioso (cf. Lc 6,36).

A nossa fé e devoção são simples, porém fortes. E é neste período de Romaria que elas se fortalecem ainda mais com a reunião do povo de Deus, do romeiro, do peregrino, daquele que crê, confia e se entrega ao Pai Eterno. A fé é um dom, uma certeza que não estamos sozinhos neste mundo, pois é nela que nos reconhecemos como filhos amados do Pai Eterno. Pela fé nos convertemos e realizamos muitas obras de amor. É ela que promove todo o bem e nos faz alcançar a misericórdia divina. Pela fé, Deus age em nossas vidas, nos faz sentir o Seu amor e a Sua misericórdia, nos converte e nos traz muitas bênçãos.

Durante esse período festivo, que nos proporciona momentos de oração, reflexão e aproximação com Deus, a nossa fé é fortalecida para que nossa caminhada seja contínua. Temos, então, a oportunidade de falar com o Pai Eterno e aprender com Ele, nos tornando mais sábios e fortes, pois encontramos o caminho para a solução de angústias e conflitos.

Em meio às grandes dificuldades, pela oração, a pessoa é sustentada pelo amor misericordioso de Deus. À medida que nos deixamos conduzir por essa experiência da fé, os problemas deixam de ser o fundamento de nossa vida, pois um só é o fundamento: o Divino Pai Eterno.

Então, na entrega confiante da vida ao Senhor, alcançamos a paz que o

mundo não pode oferecer. Ele nos concede conforto sempre que entregamos a nossa vida à Sua Providência Divina.

Esta paz e a certeza da Sua misericórdia divina é uma dádiva que Ele oferece para nós que cremos, amamos e buscamos viver com fé.

Assim, acreditamos em um Deus que nos cria no amor, espera na fé e salva na misericórdia. Nossa missão é sermos homens e mulheres de esperança, pessoas prontas para proclamar ao mundo a nossa fé. Busquemos a experiência, a paz e a misericórdia do Pai, para que nosso testemunho seja fruto daquilo que vivenciamos. Estejamos preparados para os desafios que a espiritualidade cristã nos provoca. É fazendo a experiência da misericórdia que compreendemos o valor das verdades que fundamentam a vida cristã. Nessa direção, o Santuário Basílica existe para que os filhos do Pai Eterno se sintam nele acolhidos, reconciliados e fortificados para viver de acordo com o Evangelho da misericórdia. Permitamos, então, que o Pai nos fite nos olhos e nos conduza ao encontro com os redimidos. Eles têm muito a nos ensinar. Abençoada festa a todos!

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e Presidente-fundador da Afipe