2 minute read

e Comida nordestina arretada

O cardápio do restaurante Casa do Norte do Seu Gabin é destaque de Perdizes e privilegia a boa e autêntica comida nordestina.

Para falar do restaurante é preciso apresentar o seu dono. Paraibano de Bananeiras, José Arimatéia Silva, conhecido como Seu Gabin, saiu de sua cidade com destino à região sudeste. “Na primeira vez, vim para São Paulo, passei pelo Rio de Janeiro e voltei para a Paraíba. E quando retornei novamente para São Paulo, foi para iniciar um pequeno restaurante com mercearia de produtos típicos do nordeste. “Foi aqui em Perdizes onde moro que tudo começou. No próximo dia 12 de outubro, faremos 19 anos. Vamos fazer uma festa, com cantoria de viola e de re- pentistas nordestinos”, antecipa a programação.

Advertisement

Seu Gabin, circula com sua simpatia pelas mesas e saúda ou clientes que chegam para almoçar ou apenas para tomar uma caçacinha ou cerveja gelada. “No início, meus clientes eram mais os conterrâneos do nordeste. Hoje, calculo que 70% é de moradores da região e de outros bairros, que aqui vem para comer uma carne de sol com baião de dois, mocotó, costela de boi, galinha ao molho e feijoada na quarta e no sábado”, destaca Seu Gabin.

Ele revela que a carne de sol servida aqui é preparada por ele, com receita que aprendeu em Picuí (PB), “capital” da carne de sol. Duas a três vezes por semana, Seu Gabin faz compras na região do Mercado da Cantareira. “Assim garanto a qualidade do que sirvo aqui no restaurante”, comenta com humor.

Na Casa do Norte do Seu Gabin, além dos pratos nordestinos, o cliente encontra farinha d’água e de mandioca, feijão e fava, manteiga de garrafa, melado de cana e rapadura em barra, pimentas e cachaças de várias procedências, como a Pitu, por exemplo.

O paraibano Seu Gabin mantêm o sotaque da sua terra, “com muito orgulho” e a bandeira do seu estado está presente na jaqueta que usa. Flamenguista de coração, mas paulistano por vocação quer retribuir à cidade, “o que São Paulo deu à minha família desde que aqui cheguei” e tentou ainda sem sucesso, ser eleito para a Câmara de Vereadores da cidade. “Tenho propostas voltadas para o comércio com foco nos estacionamentos da Zona Azul. Acho que precisa ser melhorada para facilitar a vida dos clientes e dos comerciantes”. Não confirma, mas poderá se candidatar novamente.

O restaurante é simples e tem atendimento simpático por Seu Gabin e equipe. Durante a pandemia, quase fechou, informa. “Foi difícil manter a casa aberta, mas conseguimos”, e agradece aos clientes pelo apoio e conseguiu manter as portas abertas.

A Casa do Norte do Seu Gabin, tornou-se um ponto de encontro de amigos, trabalhadores e moradores da região além de músicos. Em alguns finais de semana, tem música ao vivo. Antes da pandemia, um bloco de carnaval que aqui fazia a concentração e a batucada entrava noite adentro. As festas juninas, típicas do nordeste, também reunia um bom número de pessoas, antes da pandemia. “Talvez a gente volte a fazer”, profetiza Seu Gabin.

Recentemente, o jovem escritor cearense de Ipueiras, Francisco Belchior Chaves de Almeida, o Belchior Chaves, aceitou o “desafio” de Seu Gabin para escrever um cordel sobre sua história e do restaurante. “Tenho livros de poesia e crônicas publicados, nunca havia escrito cordel. Aceitei o desafio do Seu Gabin e escrevi meu primeiro cordel que ele patrocinou a tiragem e distribuiu entre os amigos”, conta com orgulho. Uma prova que a Casa do Norte do Seu Gabin vai além da boa cozinha nordestina. (GA) facebook.com/casadonortedoseugabin

This article is from: