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VOLUNTÁRIAS Grupo de mulheres trabalham em prol de famílias.
a DE comu NID
As Amigas Arteiras das tardes de segunda
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Amigas se reúnem para fazer o bem
Elas são animadas e se dedicam voluntariamente a trabalhar em benefício do próximo. Elas são as Amigas Arteiras da Comunidade São Camilo.
O grupo de mulheres tem cerca de trinta integrantes. Vinte e cinco delas são mais frequentes e elas se encontram nas tardes de segunda ou nas manhãs de sexta para costurar peças para o bazar. Antes da pandemia, eram dois bazares. Um, antes do Dia das Mães e outro, antes do Natal. Depois de dois anos, promoveram um bazar no final de setembro. Toda a receita é para manter o funcionamento da casa e o material utilizado na confecção das peças.
Com idade variando entre 52 e 80 anos e de várias profissões. Arquitetas, professoras, dentistas, educadora infantil e donas de casa que dedicam algumas horas na semana neste trabalho. Simpáticas, dizem que “aqui é um paraíso”. Esse trabalho alegra e as une mais. Todas são integrantes da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima de Pompeia que cedeu a residência que lhes serve de sede. É na oficina de costura onde produzem as peças que são vendidas no bazar. Na entrada da casa há uma capela e aos sábados às 17h é celebrada uma missa por um padre da paróquia e é aberta a toda a comunidade.
seu trabalho voluntário têm por objetivo acolher famílias que trazem seus filhos para consulta e tratamento da cistinose nefropática, doença genética rara caracterizada pelo acúmulo de cristais de cistina em todo o organismo, principalmente nos rins e nos olhos e acomete mais crianças. Afeta um a dois indivíduos por 100 mil nascidos vivos. Esses pequenos pacientes são atendidos no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Para receber essas famílias, a casa tem três suítes. As famílias têm cama e um enxoval completo para passar os dias que forem necessários. As famílias são oriundas de todos os estados brasileiros. Além dos quartos, têm à disposição uma cozinha onde podem cozinhar de acordo com seus hábitos alimentares. Toda a alimentação é fornecida pelas Amigas Arteiras. Um livro com fotografias conta a história das crianças que aqui estiveram e é mostrado com orgulho e carinho. Casas de acolhimento como esta existem em outros bairros da cidade.
A manutenção da casa é dividida entre as Amigas Arteiras. Não recebem nenhum tipo de subsídio, informam. Tudo é muito bem organizado. A capela e os santos – com destaque para são Camilo – são sinais da fé das Amigas, mas lembram que aqui não se pergunta qual é a religião, o partido político ou a opção sexual de quem acolhem.

O grupo é aberto para novas voluntárias ou voluntários. “Não é preciso saber costurar ou ter alguma habilidade específica. É só aparecer”, avisam. Aceitam e recebem, esporadicamente, doações de alimentos não perecíveis (leite, arroz, feijão, material de higiene e limpeza) que são destinados às famílias acolhidas.
Também aceitam linhas e tecidos em algodão que serão transformados em bolsas, tapetes, sacolas retornáveis, enfeites de Natal, porta-joias, panos de prato bordados, puxa-sacos e outros itens que serão vendidos no bazar. Elas aceitam encomendas. (GA)
O bazar aconteceu em 24 de setembro Um pouco do trabalho das Amigas Arteiras





