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A forma de se produzir energia de forma sustentável trata-se de uma das principais discussões da atualidade. Medidas para se produzir energia elétrica e combustíveis de forma que se minimize o impacto no meio ambiente e na saúde das pessoas vem sendo tomadas no mundo todo e discutidas constantemente em importantes eventos internacionais como nas Conferências das Partes (COPs) promovidas anualmente pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse contexto, o Brasil certamente é um dos países de maior destaque.
A produção e o consumo de etanol há muito tempo é uma tradição no nosso país, já que esta ocorre em larga escala por meio da cana-de-açúcar desde a década de 1970, quando foi implantado o Próalcool e, desde então, tem impactado positivamente e de forma contínua a geração de renda e trabalho para a população, promovendo desenvolvimento econômico de forma singular. Mais recentemente, inúmeras novas oportunidades vêm surgindo e prometem levar o setor de bioenergia para um pata-
A Política Nacional da Biocombustíveis, o RenovaBio, vem ganhando força nos últimos três anos, pode ser considerada um importante marco para o setor e tem um papel de enorme relevância no crescimento de biocombustíveis como o biometano, o bioquerosene de avião, o biodiesel e do próprio etanol, que tem ganhado força também por meio da sua produção a partir do milho. O aumento da oferta desses produtos irá tornar nos próximos anos a matriz energética brasileira cada vez mais sustentável.
Pesquisas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Agência Internacional de Energia (IEA) do ano de 2022 mostram que cerca de 45% da produção energética do Brasil utiliza-se de fontes renováveis. Esse número é 3 vezes maior quando comparado ao do resto do mundo, que possui apenas 15% da sua energia produzida a partir dessas mesmas fontes. Com a tendência de crescimento da energia sustentável no país, até o ano de 2050 deverá ser alcançada a neutralidade de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e a bioenergia terá um papel primordial neste acontecimento.
Para se ter uma ideia deste impacto, o biogás, por exemplo, tem 98% do seu potencial a ser ainda explorado atualmente, sendo conhecido como o “pré-sal caipira”. Podendo ser transformado em biometano e utilizado em veículos pesados como combustível sustentável ou queimado para a geração de energia elétrica, ele tem a vantagem de ser uma fonte de energia não intermitente, ou seja, que pode ser gerada durante todo o ano sem interrupção.
O crescimento da produção de biometano tende também a fazer com que haja um aumento da frota de caminhões que utilizem este combustível e não o diesel, isso gera não só um grande benefício ambiental, mas também eco-