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energética
2) o apoio governamental é desigual em todo o mundo; 3) as infraestruturas existentes precisam evoluir; 4) os custos de produção ainda são elevados; 5) as técnicas de transporte e armazenagem são deficientes; 6) a alta perda de energia durante todas as etapas da cadeia de produção e transporte. Enfim, tecnologia promissora que certamente terá lugar de destaque no futuro, porém está longe de ser algo próximo e palpável para a realidade brasileira.
Recentemente, importantes empresas anunciaram a criação de uma joint venture com o objetivo de desenvolver e comercializar uma nova tecnologia de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês), que usará etanol como matéria-prima. O SAF, que usa matéria-prima não petrolífera, é uma alternativa de baixo carbono ao combustível de aviação tradicional, que oferece até 85% menos emissões de gases de efeito estufa, ou seja, mais um mercado gigantesco que se abre para o etanol.
Somando-se todo o potencial de aumento de produtividade agrícola e industrial com a possibilidade de novas usinas, mais o etanol de 2ª geração, mais a produção de biogás, mais a oportunidade de extração de hidrogênio das moléculas do etanol, mais o etanol de milho, não seria um disparate dizer que o etanol deveria estar na vanguarda da agenda política e ambiental quando falarmos de transição energética no Brasil.
Antes de importarmos aerogeradores e placas solares da China, carros elétricos dos EUA e da Europa, pagarmos royalties pelas tecnologias de produção e armazenagem de H2V, vamos olhar com carinho para o setor sucroenergético, começando pela simples ação de se avaliar antecipadamente os impactos catastróficos que uma mera desoneração tributária de combustíveis fósseis ou uma revisão atabalhoada das metas anuais de CBios podem causar ao setor. Recentemente, o novo presidente da Petrobras disse que a estatal vai investir em transição energética, que, dentro de 10 anos, o mundo não terá nem a mesma logística, nem a mesma relação de consumo com o setor de petróleo e energia, e vinculou ao desenvolvimento tecnológico essa mudança nas fontes de geração de energia. Meu caro amigo Jean Paul, olhe com carinho para o setor sucroenergético, a solução está aqui, ao alcance do País; a grama do vizinho não é, e nunca será, mais verde que a nossa. n