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Junta de Freguesia de Oliveira S. Mateus

Senhores Automobilistas, A realização da Feira Anual de S José e respetiva Festa Religiosa, no domingo dia 19 de março, implica as seguintes alterações ao trânsito rodoviário:

>TRÂNSITO PROIBIDO, na Rua Eva Machado Guimarães, das 09h00 às 19h00 na freguesia de Oliveira S Mateus

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A Junta de Freguesia de Oliveira S. Mateus apela aos senhores automobilistas para que estejam atentos aos percursos alternativos e pede a compreensão de todos pelos incómodos causados

Oliveira S Mateus

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

Domingos Peixoto

Certamente que o governo demorou muito tempo a ter a perceção de que havia graves constrangimentos na habitação, não por que não houvesse quem chamasse a atenção para a situação; os inquilinos queixavam-se, os partidos de esquerda davam-lhes voz…

Tudo isto parece muito estranho, ao fim de tantos anos a tomar medidas para a irradicação das barracas, para a substituição de casas degradadas, para a construção de casas novas a fim de corresponder à procura que a constituição de novas famílias exigia, nada faria prever que tal drama se colocasse a milhares de famílias!

Porém se fossemos capazes de fazer uma retrospetiva isenta e desapaixonada facilmente chegaríamos à conclusão que os resultados não poderiam ser outros…

A política das cooperativas de construção quase foi abandonada; a construção de habitações pelos municípios a preços controlados é ínfima para as necessidades; acreditou-se que os “mercados” através da sacrossanta lei da oferta e da procura resolveria o problema Para ajudar ainda estavam para chegar mais duas formulas mágicas de dar solução: “os Vistos Gold (VG) e o AL”!

E se pode ter sido verdade que no concernente aos VG estes proporcionaram incremento significativo da construção de edifícios de

Políticas de habitação

luxo, não terá sido menos verdade que não tiveram resultados proporcionais ao nível da resolução de problemas habitacionais dos portugueses, e, diga-se, nunca terá sido esse o seu fim.

Já no que concerne ao AL este acabou por ter um efeito contrário, desde logo porque em muitos casos os inquilinos tradicionais dos “cascos fundadores” das nossas cidades e vilas foram “corridos” das suas habitações, agravando assim as carências habitacionais; mas também e sobretudo porque a restauração e requalificação dessas casas nunca visou criar habitações permanentes ou de médio prazo Dir-se-á, com verdade, que nos dois casos o turismo sofreu um incremento muito grande e foi uma grande ajuda à economia portuguesa. Mas é por isso mesmo que os governos têm que tomar opções tributárias para ajudar a regularizar e a compensar mais valias, sacrifícios e esforços Olhemos, por exemplo, para Famalicão Depois das Lameiras, Vila Arminda, Tripeira e aqueloutro ali ladeado pelas ruas D Sancho I e São Julião o que mais se fez do género na cidade? Sim, fizeram-se, talvez, centenas de prédios, mas, então, porque não está resolvido o problema da habitação no Concelho?

Como se justifica sabermos que há mais de 800 agregados familiares a precisar de uma casa com rendas adequadas às suas posses?

Parece-me que a resposta é muito simples Em Famalicão como no país os bancos “investiram e apoiaram fortemente” o imobiliário, só que não foi no que dizia respeito às construções de manifesta carência dos famalicenses e dos portugueses Os que precisam de casa não podem satisfazer as condições exigidas pelos bancos e pelos detentores de casas a granel, quer para aquisição quer para arrendamento de habitação permanente

A construção em Famalicão, aliás como no país, está em alta, são disso exemplo os muitos projetos que o próprio município anuncia como aprovados, as dezenas de cartazes, a propaganda na imprensa, nas redes sociais, as gruas ao alto e a movimentação de terras e equipamentos de apoio à construção um pouco por todo o concelho E, no entanto, a carência de habitação persiste, os estudantes do ensino superior e tecnológico continuam em dificuldades de alojamento Algo não está bem no reino da habitação, em Famalicão e no país A Mabor, como muitas outras empresas e instituições no concelho contribuíram para o desenvolvimento e o progresso de Famalicão e dos famalicenses, mas não foram “só os saudosistas de Umas Casas Portuguesas”, antes pelo contrário, que ajudaram na melhoria da habitação