Mala-Direta Oficina Brasil - Dezembro 2023

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ANO XXXIII NÚMERO 393 DEZEMBRO 2023

AVALIAÇÃO DO REPARADOR Conheça detalhes técnicos da Ram Classic equipada com um motor V8 HEMI PÁG. 20

REPARADOR DIESEL Entenda os fatores que aceleram o processo de desgaste dos componentes internos do motor Diesel PÁG. 34

TÉCNICA Os fluidos refrigerantes do ar-condicionado estão em constante evolução. Aprenda todos os detalhes de cada tipo de fluido e qual sistema utiliza

Feliz Dia do Reparador A Volkswagen encarta nessa edição um calendário exclusivo para você registrar cada dia de sucesso de 2024

PÁG. 56

CONSULTOR OB O que é um sistema OBD? Entenda esse sistema de alta importância nos veículos atuais PÁG. 46

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EDITORIAL

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Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

OBRIGADO, REPARADOR! w w w . o f i c i n a b r a s i l . c o m . b r DIRETOR GERAL André Simões GERENTE COMERCIAL Carlos Souza GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS Átila Paulino GERENTE DE REDAÇÃO Wellyson Reis GERENTE DE PERFORMANCE Shelli Braz GERENTE DE TI Tiago Lins PUBLICIDADE Julianna Miras – Execultiva de Contas QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES Talita Assis - Auxiliar de Atendimento DESIGNER Daniel Victor PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Margraf Editora e Indústria Gráfica Ltda.

FALE CONOSCO

ATENDIMENTO AO LEITOR Talita Caroline Assis leitor@oficinabrasil.com.br De 2° a 6°, das 8h30 às 18h Tel. (11) 2764-2881 PUBLICIDADE anuncie@oficinabrasil.com.br ON-LINE wellyson.reis@oficinabrasil.com.br RH rh@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO financeiro@oficinabrasil.com.br CINAU cinau@oficinabrasil.com.br CARTAS Rua: Alameda Santos, 1800 - 5° Andar São Paulo - SP, CEP: 01418-102

Chegamos ao fim de mais um ciclo de 365 dias. Não é á toa que dezembro é conhecido por ser um período de reflexão, um mês em que somos mais gratos por tudo que conquistamos, além de olharmos com mais valor para todos os percalços que tivemos de enfrentar para chegar no término de mais um ano. Por isso, não faltam motivos para comemorar! Dia 20 de dezembro é uma data especial: Dia do Reparador Independente. Nada mais justo do que ter um dia reservado para homenagear aqueles que trabalham arduamente o ano todo a fim de manter a imensa frota de automóveis do país na ativa. Por este motivo, nós, da Oficina Brasil, queremos te agradecer, amigo reparador. A Oficina Brasil só consegue ser o veículo de comunicação que é graças a todos vocês, profissionais automotivos. Todas as edições temos o cuidado de trazer o melhor conteúdo do setor e neste mês não seria diferente. Aliás, este editorial vai ser diferente! Mais uma vez queremos parabenizar e demonstrar todo nosso apoio e respeito por vocês, classe tão importante que foi considerada “serviço essencial” no período mais dificil em que vivemos. Enquanto o mundo parava, vocês mantinham as engrenagens funcionando. Ao levar conteúdo técnico para as mais de 53 mil oficinas assinantes, buscamos impactar de forma positiva o dia a dia na garagem, fazendo a diferença na qualificação profissional de mais de 200 mil reparadores. Vocês são os maiores influenciadores da cadeia automotiva, por isso merecem toda essa atenção e dedicação de nossa parte com conteúdos cada vez mais especializados. O seu papel, caro amigo reparador, é reconhecido não só por nós, mas por toda a indústria automotiva. Um profissional

Oficina Brasil é uma publicação (mala direta) do Grupo Oficina Brasil (ISSN 2359-3458). Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 34 anos, atinge de forma comprovada 71% das oficinas do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nossa mala direta são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O Grupo Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação de conteúdo, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões, informações técnicas e gerais publicadas em matérias ou artigos assinados não representam a opinião deste veículo, podendo até ser contrárias a ela. Nós apoiamos: Filiado a:

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que é o principal decisor da marca de carro que a população compra. Portanto, fique de olho nos resultados da pesquisa “Imagem das Montadoras” que trouxemos por aqui. Nesta apuração destacamos a percepção dos reparadores perante as principais montadoras do país, afinal, só um profissional qualificado e experiente pode falar sobre o assunto com maestria, não é mesmo? Ademais, este mês marca a revelação de uma emocionante novidade: o lançamento do novo site Oficina Brasil em 15 de dezembro de 2023. Este portal promete oferecer uma rica variedade de conteúdos destinados a aprimorar o seu cotidiano na oficina, proporcionando soluções que facilitarão diagnósticos precisos. Não apenas isso, mas também será palco para a introdução de inovações e tecnologias que chegam a uma surpreendente velocidade De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, somente no Brasil, há mais de 100 milhões de veículos registrados. Ou seja, todos eles já passaram — ou passarão — pelas mãos de um reparador independente. Uma frota deste porte não conseguiria existir sem a manutenção feita por estes profissionais. Percebeu o tamanho da importância do seu trabalho? Tenha motivos para se orgulhar de ser quem você é! Que no próximo ano nossa parceria se fortaleça ainda mais e que você, reparador, continue desempenhando um papel vital na manutenção, reparo e segurança dos veículos. O setor automotivo agradece e confia. Grupo Oficina Brasil

DADOS DESTA EDIÇÃO • • •

Tiragem: 55.000 exemplares; Distribuição nos correios: 54.400 (até o fechamento desta edição) Percentual aproximado de circulação auditada (IVC): 98,9%

COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE - GARANTIAS EXCLUSIVAS NO MERCADO DE MÍDIA IMPRESSA Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferenciais: 1º. Nossa base de assinantes é totalmente qualificada por um sistema de “permission marketing” que exige do leitor o preenchimento de cadastro completo e que prove sua atuação no segmento de reparação; 2º. Atingimos, comprovadamente, 53 mil oficinas, o que equivale a 71% dos estabelecimentos da categoria no Brasil; 3º. Possuímos Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Comunicação), garantindo que a mala direta está chegando às mãos do assinante qualificado; 4º. Registro no Mídia Dados 2020 como o “maior veículo do segmento do País”; 5º. Único veiculo segmentado que divulga anualmente o CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO. Este número é auditado pela BDO Brasil e em 2021 o investimento em Correio foi de R$ 1.373.346,51 (hum milhão, trezentos e setenta e três mil, e ciquenta e um centavos), para garantir a entrega anual em nossa base qualificada de oficinas; 6º. Estimulamos nossos anunciantes à veiculação de material do tipo “Call to Action” para mensuração do retorno (ROI); 7º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho (ROI) fique aquém das expectativas do investidor.

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ÍNDICE 6

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MERCADO Acompanhe mais um boletim exclusivo do Pulso do Aftermarket

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REPARADOR DIESEL

IMAGEM DAS MONTADORAS

10 Saiba a percepção dos reparadores sobre as principais montadoras do país AVALIAÇÃO DO REPARADOR

20 RAM CLASSIC: Ela é grandalhona, imponente e tem um motor V8

DO BAÚ 26 FUNDO Ford Escort: conheça a história deste clássico nacional

FUSCA AO TESLA 28 DO Explorando a Compreensão, Interpretação e Testes no Sistema Elétrico do Airbag

30

GESTÃO O desafio da mão de obra na reparação e a importância da formação interna

34

REPARADOR DIESEL Manutenção na picape Amarok exige mais cuidados e aplicação de peças confiáveis

Amarok na Bancada: Investigando Causas e Soluções para Problemas no Motor

34

42 TECNOLOGIA No lugar dos retrovisores dos caminhões

temos agora câmeras digitais avançadas! CONSULTOR OB

46 Desvendando o Sistema OBD:

Compreendendo sua evolução! TÉCNICA

55 Saiba os detalhes da unidade que

gerencia a bomba elétrica de combustível DIRETO DO FÓRUM

62 Bravo 1.8 ano 2013 perde aceleração, veja como esse caso foi solucionado!

Pág. 49

:: Números CAL

(Central de Atendimento ao Leitor)

CONTATO Cartas..........................................................................0 E-Mails........................................................................2 Telefonemas.......................................................... 10 Site..........................................................................119 WhatsApp.............................................................. 26 Total...................................................................... 157 SOLICITAÇÕES Assinaturas................................................................6 Alterações de Cadastro...................................113 Outras...................................................................... 93 Total........................................................212 Dados referentes ao período do mês de Novembro/2023

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42 ??

28 DO FUSCA AO TESLA

TECNOLOGIA

TÉCNICA

A manutenção adequada do sistema de airbag é de extrema importância para garantir o seu funcionamento eficaz em caso de colisões

Entenda a evolução do sistema de retrovisores por câmeras digitais do caminhão Mercedes-Benz Actros e veja como fazer uma manutenção adequada

André Miura te ajuda a explorar os desafios para um diagnóstico e manutenção em DCUs - Bombas de ARLA. Confira e se torne uma especialista no assunto!

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Job:

Reg


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Job: REN128-RevOficinaBrasil -- Empresa: DPZT -- Arquivo: REN0128-pag-simples-oficina-brasil-265x30cm-com-corte 5_pag001.pdf

Registro: 203003 -- Data: 16:02:32 01/12/2023

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MERCADO

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BOX, BOX, BOX! Em meio a despedidas e reflexões, adentramos a última matéria de mercado do ano. PULSO DO AFTERMARKET revela que o segundo semestre testemunhou uma agitação contínua, seguindo uma tradição histórica Átila Paulino

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m mais uma mensuração, o PULSO DO AFTERMARKET registrou que o mês de novembro foi mais um mês de muito movimento nas oficinas mecânicas. Para os leitores mais atentos e amantes da Fórmula 1, o título “BOX BOX BOX” é muito emblemático. Os relatórios do PULSO apontam que os veículos também estão indo mais para os “BOXs” (oficinas) neste segundo semestre, algo que já acontece historicamente e se prova mais um ano. Esse crescimento é puxado pelas férias escolares, viagens e datas comemorativas, assim as oficinas naturalmente são mais aquecidas e o principal tipo de serviço é o que chamamos de “REVISÃO DE FÉRIAS”. Aquela revisada básica para saber como estão os freios (pastilha, disco, fluido), baterias, amortecedores, óleo do motor, filtros gerais, pneus, fluido de arrefecimento, lâmpadas, etc... itens importantes uma viagem com a família. Nestas revisões de férias que geralmente es-

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Acumulado de 01 de Janeiro a 02 de Dezembro de 2023: + 13,42% MÉDIA DE PASSAGENS: 108 CARROS POR MÊS 55,00%

45,00%

42,36%

41,65%

40,91% 33,08%

35,00%

27,93%

26,84% 27,32% 25,00%

15,00%

22,49%

21,15%

21,79% 17,86%

18,92% 12,70%

13,62%

8,73%

5,00%

20,50%

22,49% 20,91%

17,05% 17,03%

12,96% 4,67%

7,26%

25,04%

7,30%

17,70%

15,30%

23,31%

22,61% 20,40%

20,33% 19,14%

13,58%

11,00%

13,36%

12,67% 8,94%

9,29%

7,49%

2,32%

-0,48%

-5,00%

8,24%

-3,09% -4,32%

-7,66% -8,74%

-10,43% -15,00%

-25,00%

-25,62%

-35,00%

MOVIMENTO REAL

MÉDIA HISTÓRICA

Média de passagens nas oficinas, medida pela CINAU em 14 estados que abrigam aproximadamente 90,96% da frota circulante no País

tão presentes os produtos que a CINAU classifica como fast moving itens, ou seja, os produtos de giro rápido e que são mais consumidos nas oficinas mecânicas. Nos últimos 3 anos, vimos o fenômeno Aftermarket crescer 33% e de acordo com a nossa projeção podemos alcançar mais 15% neste ano, chegando a incríveis quase 50% de crescimento acumulado pós-pandemia. Outro fenômeno que vimos nos últimos anos,

para os amantes da F1, está relacionado ao desempenho do carro de F1 da equipe RED BULL RACING, guiado pelo piloto holandês Max Verstappen. Este jovem piloto de apenas 26 anos cravou seu 3 º título mundial consecutivo e se juntou a uma seleta lista de tricampeões da principal categoria do automobilismo. Entre os nomes estão os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet, além de Niki Lauda. Depois deste paralelo

entre F1 e AFTERMARKET, podemos focar no PULSO DO AFTERMARKET, que mensurou o movimento das oficinas até o dia 02/12/23, no qual foi possível confirmar que 2023 será mais um ano de muito crescimento. Até a data da mensuração, chegamos a 13,42% de crescimento no movimento das oficinas, agora é hora de apertar os cintos, colocar balaclava, capacete, vestir as luvas, pois como dissemos o Aftermarket está acelerado

e quem sabe bateremos 15% ao final da “reta” de 2023. Agora, para aqueles que querem saber mais sobre seus produtos, serviços, comportamentos das marcas, sobre a ótica daquelas que realmente fazem o Aftermarket acontecer – as oficinas mecânicas – os consultores da CINAU estão totalmente à disposição para um bate-papo. Até o próximo PULSO DO AFTERMARKET.

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UM 2024 DE NOVOS CAMINHOS

Acesse aqui nosso site

O final do ano é sempre um momento de reflexão. Pensar no que passou, nos desafios que estão por vir e, é claro, traçar uma rota rumo aos novos objetivos. Porque cada um tem seu ponto de partida. Mas o importante é que que estaremos juntos do início ao fim do seu destino. Desejamos que esse percurso seja cheio de conforto, segurança e tranquilidade. Feliz ano novo, amigos.

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No trânsito, escolha a vida!

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Feliz Dia do Reparador!

A você, que dedica seu coração às ferramentas para enfrentar os desafios da mecânica com coragem e determinação, destacamos sua habilidade em superar as rápidas transformações tecnológicas. É notável que mais de 80% da frota de carros, tanto nacionais quanto importados, é mantida por vocês, reparadores brasileiro. Esse feito não passa despercebido pelo mundo, já comprovamos que para um profissional da mecânica, nenhum obstáculo é grande demais. Caro reparador, reconheça seu valor como testemunha da luta diária. Cada dia é uma oportunidade para valorizarmos sua contribuição em nosso país. Lembre-se sempre: os carros param por falta de peças, não por falta de um bom reparador como você.

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Parabéns pelo seu Dia! A Ford acredita no seu trabalho e no seu desejo de entregar o melhor. Vocês são nossos parceiros em manter os veículos Ford em movimento, garantindo a segurança, confiança e qualidade para todos. Para ajudá-lo a realizar a manutenção de nossos veículos de acordo com as especificações, estamos enviando a você uma tabela de aplicação de lubrificantes Motorcraft e Omnicraft. A Motorcraft, é uma marca com mais de 50 anos de tradição, oferece lubrificantes desenvolvidos e testados especificamente para os veículos Ford. E com a Omnicraft, você utiliza peças de reposição de alta qualidade nos veículos de outras montadoras. Agradecemos pelo seu Trabalho.

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IMAGEM DAS MONTADORAS

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CINAU divulga mais uma edição da Pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS Trazemos com exclusividade a 23º edição da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS elaborada pela CINAU. O consagrado estudo identifica a percepção dos reparadores sobre as montadoras

E

m dezembro é comemorado o mês do reparador, ou podemos dizer mês do “vendedor de carros”, pois foi isso que descobrimos com a nossa pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS 2023. É sabido que, quem mantém a frota circulante no Brasil são as oficinas mecânicas, não por incapacidade técnica das concessionárias, mas por capilaridade e quantidade de veículos rodando em território brasileiro. Atualmente, são mais de 45 milhões de carros que compõem o que chamamos de frota circulante, ou seja, carros que estão “rodando” em vias nacionais. Hoje o Grupo Oficina Brasil possui uma série de mecanismos e conseguimos identificar que a retenção das concessionárias está cada vez menor, o que chamamos de “índice de retenção”, ou seja, a capacidade da montadora de manter o dono do carro realizando as manutenções na sua rede de concessionárias. Quando avaliamos estes mecanismos não nos assustamos, pois temos carros 2022/2021 sendo reparados nas oficinas independentes. É claro que este indicador varia de montadora para montadora e em algumas marcas de veículos, o dono do carro abandona a concessionária mesmo antes do fim da garantia. Mas aí fica a pergunta: Este carro não está dentro do período de garantia? Pois bem, deixemos de lado esta discussão e vamos para os fatos. Diante desta dinâmica de mercado ditada pela preferência do dono do carro, são as mais de 74 mil oficinas independentes que mantêm toda frota de veículos circulando no Brasil, o que classificamos de “rede terceirizada,

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que quando bem ‘treinada’ esta rede terceirizada ajuda e muito na imagem que as montadoras passam para os donos dos carros. Em resumo: as oficinas independentes têm papel crucial no ecossistema das montadoras, pois além de comprarem peças via rede oficial (concessionárias) atuam ressoando para os donos dos carros tudo que as montadoras oferecem em pacotes de tecnologia nos seus veículos. Muitas vezes as oficinas acabam descobrindo falhas ou macetes de reparos antes mesmo da rede oficial ou engenharia da montadora, o conhecimento é tão vasto

que acabam sabendo mais até que o próprio vendedor da concessionária, pois são eles, os reparadores, que conhecem a “cozinha” de cada montadora. Como diz aquela velha máxima, quer conhecer um bom restaurante visite a sua cozinha primeiro. Neste sentido classificamos o reparador brasileiro como um “ótimo vendedor de carros” e conhecedor das cozinhas das Montadoras, pois eles estão todos os dias frente a frente com os produtos das montadoras, sendo desafiados, seja pela dificuldade de encontrar peça, por mecânicas nem um pouco amigáveis, por

ajustes, calibrações e diagnósticos que necessitam de equipamentos específicos. Teremos mais analogias utilizando restaurantes, continuem com a leitura. A relação de confiança entre o reparador e os donos de carros é algo muito antigo. Geralmente esta relação de confiança é familiar, passando de geração em geração, tendo o reparador de confiança da família. O ciclo de confiança e de influência é tão grande do profissional com os donos dos automóveis que praticamente tudo que envolve carro é perguntado para o reparador, desde combustível, passando por

tecnologia, lubrificante, dificuldade de reparação, preço das peças, consumo de combustível, até que pneu ele deve utilizar, pois bem este é o verdadeiro papel do pós-vendas. REPARADOR, um ótimo “vendedor” de carros! Como dissemos no início desta matéria a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS 2023 repetiu sua mensuração sobre o poder de influência dos reparadores independentes junto ao dono do carro na hora da compra de um veículo novo ou usado e o resultado é impressionante. Para conseguimos identificar

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AUDAZ / ZF

Mês do Mecânico no ZF [pro]Tech tem ainda mais motivos para comemorar.

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12 o “quantum” de influência o reparador independente exerce uma função de “vendedor”, a equipe da CINAU incluiu duas perguntas no questionário da pesquisa deste ano. Foram elas: 1º. Ao comprar um veículo, seu cliente lhe vê como um consultor pedindo sua opinião sobre qual marca e modelo comprar? 2º. Caso positivo, quantos clientes por mês, em média, pedem sua opinião sobre MONTADORAS e MODELOS DE VEÍCULOS? Resultados: 91% dos profissionais ouvidos na pesquisa deste ano responderam que SIM à primeira questão e a média de consultas soma 9,5 vezes por mês. Estas informações nos permitem montar a seguinte equação: 74.180 oficinas no Brasil x 91% oficinas que são consultadas pelos seus clientes na hora da compra de um carro x 9,5 eventos por mês x 10 meses (fechamento desta edição) chegamos à incrível marca de 6,4 milhões de consultas no ano! Mas por qual motivo dizemos que o reparador é um “ótimo vendedor de carros”? De acordo com a FENABRAVE foram vendidos até o mês de outubro de 2023 1,74 milhões de carros novos. E de acordo com a FENUTO neste mesmo período, acumulado 10 meses, foram comercializados 7,39 milhões de carros, o que perfaz um montante de 9,13 milhões de carros novos e usados até o último dia de outubro de 2023. Conclusão: Quase 70% dos carros comercializados de janeiro a outubro de 2023 passaram pela opinião do reparador independente. Este dados nos chamou muita atenção, pois quando avaliamos a relação do dono do carro com o reparador, chegamos a uma variável repleta de nuances e subjetividade que é a tal da confiança, ao mesmo tempo sabemos que o reparador independente não ganha qualquer bônus das montadoras

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IMAGEM DAS MONTADORAS por suas indicações, o que torna tudo isso ainda mais interessante, pois estamos diante de um “vendedor” isento, qualificado e não comissionado. Além disso a pesquisa foi mais a fundo para entender como estão os produtos e serviços das montadoras sob a ótica das oficinas. Como isso tem sido percebido pelos reparadores? Será que as montadoras estão fazendo a lição de casa? Como está o abastecimento de peças dos veículos das montadoras “X” e “Y”? Vejamos mais adiante. Primeiramente perguntamos para os reparadores quais as montadoras eles cla ssif ica m entre melhores e piores de modo geral, ou seja, sem qualquer ponderação ou atributo e o fenômeno “carro asiático” aparece neste ranking de MELHOR MONTADORA. Para driblarmos esta visão enviesada de percepção, listamos 9 atributos dos quais os reparadores responderam o grau de importância entre cada um deles, servindo como uma média ou fator de ponderação entre os atributos. Pois o que é mais importante, confiança na marca ou preço? Site das Montadoras ou condições comerciais na concessionária? Os 9 atributos que julgamos serem importantes para os reparadores são: - Acesso a informações técnica oficiais: Disponibilização de literatura técnica, esquemas, boletins. - Atendimento nas concessionárias: Conjunto de atitudes que as concessionárias de uma marca adotam em relação ao reparador. - Condições comerciais na

concessionária: Facilidades e políticas de preços diferenciadas para reparadores. -Confiança na marca: Todo o conjunto de experiências pessoais e coletivas em relação a marca e aos produtos. - Disponibilidade de peças: Acesso a literatura técnica, esquemas, boletins e instruções de como proceder para identificar um problema e como resolvê-lo, com indicação sobre identificação do componente a substituir. - Facilidade de reparação: Facilidade na troca do componente

e facilidade em ajustar o veículo após o reparo. - Preço das peças: Custo de aquisição de peças para os veículos da marca, tanto no canal oficial (concessionárias) quanto no canal independente (aftermarket). - Sites das montadoras: Portal ou área específica para os reparadores. - Treinamento e palestras: Cursos, palestras, vídeos, reuniões técnicas, seminários próprios ou patrocinados por uma montadora. Realizamos esta ponderação para o que chamamos de marcas prevalencentes ou seja, 13 montadoras que somadas ultrapassam 95% da frota reparável. Para os leitores mais atentos, sempre tentamos trazer um pouco de exemplos reais, ou algumas analogias para deixar o entendimento mais simples e fugirmos

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um pouco da técnica que na sua grande maioria das vezes é mais complexa. Exercício: Como você faz para avaliar entre melhor e pior hotel para hospedagem. Provavelmente você classificaria com base em alguns fatores que são mais ou menos importantes. Essa somatória de fatores traduz a sua experiência ou expectativa naquele hotel. Deste modo, podemos eleger alguns atributos importantes para avaliação de um hotel como por exemplo: Qualidade das Refeições, Limpeza dos ambientes, Acomodações, Conforto, Infraestrutura, Atendimento e Recepção, Localização, Nível de Ruído Externo, entre outros. Sendo assim cada característica listada acima tem seu grau de importância e isso varia de pessoa para pessoa. Para finalizar a avaliação, a somatória de votos para um determinado hotel atrelada a uma ponderação dos atributos ditada pelo “peso” (grau de importância) é o cálculo para avaliação final do hotel. É nesta grande analogia que acabamos de explicar como é calculado o IRO: Índice de Recomendação da Oficina. Já em relação à questão do feedback técnico sobre o comportamento da frota no pós-vendas terceirizado a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS revela um outro indicador que é IRP – Indice de Reparabilidade. Para obtenção deste indicador a equipe da CINAU realizou um levantamento no qual os reparadores manifestaram dificuldades na reparação dos veículos.

Estas fontes são o FÓRUM OFICINA BRASIL e o CDI (Centro de Documentação de Informação), que é operado pelo Grupo Oficina Brasil. Nestes mecanismos ficam registrados e descritos os “tickets” envolvendo as dificuldades técnicas dos profissionais com veículos de todas as marcas e foram solucionados de forma colaborativa no caso do FORUM OFICINA BRASIL ou informativa pelos consultores técnicos que operam o CDI. A equipe da CINAU compila estes registros de forma quantitativa. Para composição do IRP desta edição da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS reuniu dados destas duas fonte e referentes aos últimos 10 meses. A fórmula é simples, e compara diretamente a frota circulante estimada da montadora “X”, com a quantidade de registros de dúvidas dificuldades registradas nestes dois sistemas e envolvendo a montadora “X”. Uma conta direta, assim quando menor for o indicador isso significa que o “número de panes difíceis” é menor, já um IRP maior aponta para uma frota problemática do ponto de vista técnico. Dada à complexidade dos dados apresentados a equipe da CINAU fica á disposição dos interessados em esclarecer dúvidas ou aprofundar o entendimento dos resultados, basta entrar em contato no e-mail cinau@oficinabrasil.com.br. Montadoras de veículos Premium Como o material da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS acabou ficando muito extenso decidimos revelar na próxima edição da mala-direta OFICINA BRASIL os resultados envolvendo outras montadoras. Boa Leitura!

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IMAGEM DAS MONTADORAS

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ACESSO A INFORMAÇÕES TÉCNICAS: RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

VOLKSWAGEN

26,7%

35,3%

27,8%

26,7%

FIAT

19,0%

15,5%

13,1%

16,6%

GM

16,5%

13,1%

12,5%

13,4%

TOYOTA

5,2%

-9,4%

-11,7%

-10,3%

HONDA

1,9%

-9,8%

-12,9%

-12,1%

HYUNDAI

-2,6%

-10,9%

-15,2%

-16,8%

JEEP

-4,5%

-12,4%

-

-

FORD

-4,6%

-4,1%

4,1%

3,2%

RENAULT

-4,8%

-1,4%

3,4%

1,8% -19,1%

10º

NISSAN

-5,2%

-12,3%

-18,9%

11º

MITSUBISHI

-5,8%

0,1%

1,3%

1,1%

12º

CITROËN

-19,9%

-2,0%

-2,1%

-4,6%

13º

PEUGEOT

-21,9%

-1,6%

1,4%

-2,9%

ATENDIMENTO NAS CONCESSIONÁRIAS: RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

VOLKSWAGEN

24,2%

17,9%

19,2%

GM

16,5%

13,8%

18,8%

FIAT

15,5%

14,4%

8,8%

TOYOTA

8,3%

4,6%

8,4%

HONDA

4,2%

7,5%

3,6%

JEEP

-3,2%

-1,6%

-

HYUNDAI

-3,2%

0,8%

-6,7%

NISSAN

-6,5%

-3,6%

-56,4%

MITSUBISHI

-7,1%

-1,3%

-8,1%

10º

RENAULT

-7,5%

-8,4%

-5,6%

11º

FORD

-7,7%

-17,2%

-4,8%

12º

PEUGEOT

-15,4%

-15,2%

-12,1%

13º

CITROËN

-18,1%

-11,5%

-15,7%

CONDIÇÕES COMERCIAIS NAS CONCESSIONÁRIAS:

Jornal_Dez.indb 14

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

VOLKSWAGEN

23,8%

19,1%

15,6%

16,3%

GM

19,6%

14,0%

18,4%

11,8%

FIAT

18,7%

15,5%

8,9%

8,4%

TOYOTA

3,2%

3,5%

-6,9%

-4,8%

HONDA

2,5%

5,8%

-6,9%

-5,7%

HYUNDAI

-3,6%

-0,1%

-9,6%

-6,0%

JEEP

-4,6%

-1,7%

-

-

NISSAN

-4,8%

-3,5%

-10,1%

-9,2%

RENAULT

-6,2%

-7,3%

1,0%

-1,8%

10º

FORD

-6,7%

-17,8%

-1,9%

-1,7%

11º

MITSUBISHI

-7,8%

-1,5%

-0,1%

0,4%

12º

CITROËN

-16,8%

-11,0%

-4,8%

-4,4%

13º

PEUGEOT

-17,1%

-15,1%

-3,6%

-3,3%

14/12/2023 10:00:08


IMAGEM DAS MONTADORAS

CONFIANÇA NA MARCA:

15

Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

DISPONIBILIDADE DE PEÇAS EM MODO GERAL:

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

TOYOTA

22,9%

12,2%

11,9%

11,3%

VOLKSWAGEN

27,2%

22,6%

26,5%

25,8%

HONDA

16,5%

10,8%

4,6%

6,9%

FIAT

23,5%

15,5%

11,5%

11,1%

VOLKSWAGEN

14,6%

17,9%

9,8%

7,9%

GM

23,2%

19,1%

18,3%

17,8%

GM

11,4%

13,6%

8,8%

7,6%

TOYOTA

5,4%

2,0%

0,5%

0,1%

FIAT

9,7%

10,5%

-0,8%

-0,6%

HONDA

0,9%

4,6%

-0,4%

-0,3%

HYUNDAI

2,3%

2,0%

-14,3%

-12,6%

HYUNDAI

-3,5%

-2,6%

-16,3%

-13,1%

MITSUBISHI

-0,3%

-9,0%

-0,1%

-0,2%

JEEP

-4,6%

-9,2%

-

-

NISSAN

-3,5%

-6,9%

-11,7%

-9,3%

NISSAN

-6,1%

-8,8%

-15,5%

-13,4%

JEEP

-5,5%

-12,8%

-

-

MITSUBISHI

-7,2%

-2,8%

-5,2%

-5,6%

10º

FORD

-5,8%

-16,3%

0,2%

0,6%

10º

RENAULT

-7,5%

-4,4%

-3,2%

-4,2%

11º

RENAULT

-10,7%

-2,2%

1,3%

-0,4%

11º

FORD

-10,7%

-14,6%

-2,8%

-3,9%

12º

CITROËN

-23,0%

-10,2%

-6,3%

-7,4%

12º

CITROËN

-18,7%

-11,5%

-8,4%

-8,6%

13º

PEUGEOT

-28,7%

-9,5%

-3,4%

-3,8%

13º

PEUGEOT

-21,7%

-9,7%

-5,0%

-5,6%

FACILIDADE DE REPARAÇÃO DOS MODELOS/MECÂNICA MAIS "AMIGÁVEL“

PREÇO DAS PEÇAS DE MODO GERAL

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

VOLKSWAGEN

22,3%

23,2%

23,4%

24,5%

FIAT

27,5%

17,7%

17,7%

19,7%

GM

22,3%

24,1%

26,3%

22,6%

VOLKSWAGEN

27,1%

23,1%

25,0%

24,8%

FIAT

20,4%

13,5%

13,8%

13,1%

GM

22,6%

19,1%

24,1%

18,9%

TOYOTA

9,0%

1,6%

5,6%

5,4%

TOYOTA

0,6%

-0,4%

-4,5%

-1,7%

HONDA

5,4%

2,0%

-1,8%

2,6%

HONDA

-2,9%

0,6%

-5,6%

-3,9%

HYUNDAI

-2,2%

-2,9%

-5,5%

-3,3%

HYUNDAI

-4,6%

-0,4%

-11,5%

-17,2%

NISSAN

-4,5%

-13,5%

-8,2%

-5,0%

RENAULT

-4,8%

-4,7%

0,8%

-1,6%

MITSUBISHI

-4,9%

-4,0%

-8,5%

-10,1%

NISSAN

-5,2%

-10,1%

-8,7%

-6,2%

FORD

-5,5%

-6,1%

-2,9%

-2,3%

JEEP

-7,5%

-9,0%

-

-

10º

JEEP

-6,5%

-10,1%

-

-

10º

FORD

-8,0%

-12,1%

-5,0%

-4,8%

11º

RENAULT

-8,0%

-3,5%

-2,5%

-5,5%

11º

MITSUBISHI

-11,9%

-2,8%

-12,2%

-9,1%

12º

CITROËN

-22,5%

-12,6%

-20,1%

-19,0%

12º

CITROËN

-14,8%

-10,4%

-13,1%

-14,1%

13º

PEUGEOT

-25,4%

-11,7%

-19,6%

-22,9%

13º

PEUGEOT

-18,1%

-10,6%

-7,0%

-5,1%

Jornal_Dez.indb 15

14/12/2023 10:00:09


16

IMAGEM DAS MONTADORAS

SITES DAS MONTADORAS ESPECÍFICOS PARA REPARADORES:

Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

TREINAMENTOS E PALESTRAS TÉCNICAS DADOS PELAS MONTADORAS:

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

RANKING

MONTADORAS

2023

2022

2021

2020

VOLKSWAGEN

28,1%

25,8%

27,1%

24,3%

VOLKSWAGEN

45,9%

57,8%

59,7%

58,7%

FIAT

19,0%

13,9%

19,4%

21,9%

FIAT

15,1%

4,4%

6,7%

2,2%

GM

15,4%

18,9%

12,5%

8,1%

GM

8,8%

1,2%

4,6%

0,8%

RENAULT

-3,9%

1,9%

1,2%

-2,6%

RENAULT

-6,4%

FORD

-4,5%

1,0%

2,5%

4,2%

FORD

MITSUBISHI

-6,1%

2,8%

0,8%

3,2%

HONDA

CITROËN

-19,9%

1,8%

0,4%

2,3%

TOYOTA

-20,7%

1,6%

0,5%

2,7%

HYUNDAI

MITSUBISHI

10º

JEEP

11º

NISSAN

PEUGEOT

HONDA

-16,1%

10º

HYUNDAI

-17,2%

11º

JEEP

Não se Não se Não se Não se Aplica* Aplica* Aplica* Aplica*

12º

NISSAN

-15,9%

12º

CITROËN

13º

TOYOTA

-14,8%

13º

PEUGEOT

Jornal_Dez.indb 16

Não se Não se Aplica* Aplica* 0,1%

0,2%

Não se Não se Aplica* Não se Não se Aplica* Aplica* Aplica*

14/12/2023 10:00:09

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IMAGEM DAS MONTADORAS

Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS ATRIBUTOS MARCA / CANAL

ATRIBUTOS

CANAL

DISPONIBILIDADE DE PEÇAS EM MODO GERAL - NOTA

8,11

CANAL

ATENDIMENTO NAS CONCESSIONÁRIAS - NOTA

7,50

CANAL

PREÇO DAS PEÇAS DE MODO GERAL - NOTA

7,39

CANAL

CONDIÇÕES COMERCIAIS NAS CONCESSIONÁRIAS RANKING IRP 2022 2023 NOTA

7,32

MARCA / CANAL MARCA MARCA MARCA MARCA MARCA

MÉDIAS RANKING

1º FIAT 0,47 0,33 2º VOLKSWAGEN 0,57 0,51 ATRIBUTOS 3º GM 0,58 0,47 MÉDIAS RANKING 4º HONDA 0,75 0,88 CONFIANÇA NA MARCA - NOTA 8,59 1º 5º TOYOTA 0,79 0,98 ACESSO TÉCNICAS OFICIAIS DAS 6º A INFORMAÇÕES HYUNDAI 0,8 1,11 8,34 2º MONTADORAS NOTA 7º FORD 0,91 0,92 FACILIDADE DE REPARAÇÃO DOS MODELOS/MECÂNICA 8º RENAULT 1,11 1,07 7,90 3º MAIS "AMIGÁVEL" 9º NISSAN - NOTA 1,19 1,85 TREINAMENTOS E PALESTRAS TÉCNICAS DADOS PELAS 10º PEUGEOT 1,2 1,32 7,80 4º MONTADORAS - NOTA 11º JEEP 1,45 3,61 SITES 12º DAS MONTADORAS CITROENESPECÍFICOS 2,08PARA 1,78 7,40 5º REPARADORES - NOTA 13º MITSUBISHI 3,36 2,79 HISTÓRICO IRO E IRP

RANKING 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º

IRO VOLKSWAGEN FIAT GM TOYOTA HONDA HYUNDAI NISSAN JEEP MITSUBISHI FORD RENAULT CITROËN PEUGEOT

2023 18,6% 13,0% 12,1% 4,8% 2,5% -1,9% -3,6% -3,6% -4,4% -4,6% -4,7% -13,4% -14,8%

2022 14,9% 4,5% 6,8% 2,1% 1,6% -3,3% -3,5% -6,6% -1,0% -7,6% 0,8% -4,6% -4,2%

2021 13,9% 4,1% 6,6% -0,1% -1,2% -6,7% -7,8% -1,1% -0,4% 1,9% -3,5% -2,1%

RANKING 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º

IRP FIAT VOLKSWAGEN GM HONDA TOYOTA HYUNDAI FORD RENAULT NISSAN PEUGEOT JEEP CITROEN MITSUBISHI

2023 0,47 0,57 0,58 0,75 0,79 0,8 0,91 1,11 1,19 1,2 1,45 2,08 3,36

2022 0,33 0,51 0,47 0,88 0,98 1,11 0,92 1,07 1,85 1,32 3,61 1,78 2,79

RANKING Jornal_Dez.indb 18 1º 2º

IRO VOLKSWAGEN FIAT

2023 18,6% 13,0%

2022 2021 14,9% 13,9% 4,5% 4,1%

2020 13,7% 5,3% 6,0% 0,0% -0,9% -4,7% -4,0% -1,5% -0,5% -1,1% -3,9% -2,5%

2020 13,7% 5,3%

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AVALIAÇÃO DO REPARADOR

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Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

RAM CLASSIC – A clássica picape com motor V8 5.7 HEMI com 400 cv de potência A enorme picape, que rouba olhares por onde passa, dessa vez foi para a oficina conhecer a opinião técnica dos reparadores Kaic Sales kaic.sales@oficinabrasil.com.br

A

picape Ram - ou como era denominada antigamente Dodge Ram – é uma lenda americana, uma marca ou símbolo para alguns amantes das caminhonetes. Ela disputa o segmento de mercado norte-americano de picapes grandes, mas aqui podemos enquadrá-la no grupo das Super Picapes, por ser bem maior que as picapes comuns, como a Ranger, a Hilux e a S10; ou melhor, podemos posicionar essas caminhonetes como médias e, assim, a Ram passa a ocupar o cargo de picape grande no mercado nacional, por conta do valor equiparado partindo de: R$ 365.150,00. A versão Classic abordada aqui é da quarta geração da 1500, que foi lançada em 2008 nos Estados Unidos, e convive com a quinta geração, que é vendida como 1500, com mais itens de luxo e um design mais atual, porém quase R$ 100 mil mais cara. O fato dessa versão pertencer a uma geração mais antiga se percebe diretamente no design: os faróis ficam em posição abaixo da linha superior da grade e surgem como uma continuação dos para-lamas, visual que remete muito à versão antiga e que pode ser considerado, por olhares mais críticos, como um pouco ultrapassado. Mas ainda é de tirar o fôlego ver uma Ram Classic rodando por aí – melhor

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ainda na cor vermelha. Os faróis têm projetores de dupla função, mas são halógenos, e o led só pode ser encontrado nas DRLs, outro ponto que pode levar críticas, pois um carro nesse valor ter um conjunto de iluminação mais antigo é algo que não irá agradar a todos. CAMINHONETE SÍMBOLO A história da linha de cami-

nhonetes Ram remonta à década de 1980, quando a Chrysler Corporation começou a usar a marca “Ram” para suas picapes e veículos comerciais. Vamos dar uma olhada nas principais fases dessa história: - Primeira Geração (1981 1993): A linha de picapes Dodge Ram foi introduzida em 1981 como parte da linha de veículos comerciais da Dodge. Essas picapes apresentavam um design

mais aerodinâmico e distintivo em comparação com as gerações anteriores. A linha incluía uma variedade de opções de motores e tamanhos de carroceria. - Segunda Geração (1994 2001): Em 1994, a Dodge Ram passou por uma reformulação significativa. Foi nessa época que o design externo inconfundível da grade dianteira com a forma de big rig (caminhão grande) foi introduzido. A Ram 1500, a 2500 e a 3500 foram as principais configurações disponíveis, cada uma projetada para atender a diferentes necessidades de carga e reboque.

- Terceira Geração (2002 2008): A Ram continuou a evoluir em termos de design, desempenho e recursos. Durante esse período, foram introduzidas várias inovações, incluindo a disponibilidade do motor HEMI e melhorias na capacidade de reboque. - Quarta Geração (2009 2018): Em 2009, a Ram tornou-se uma marca independente sob a empresa-mãe Chrysler Group LLC (mais tarde, tornou-se parte da FCA – Fiat Chrysler Automobiles). Essa geração da Ram 1500 introduziu um chassi mais leve, melhor eficiência de combustí-

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AVALIAÇÃO DO REPARADOR

vel e uma cabine mais espaçosa. Durante esse período, a Ram também expandiu sua presença no mercado de caminhonetes de serviço médio com o lançamento da Ram 2500 e da 3500 Heavy Duty. - Quinta Geração (2019 atual): A Ram 1500 de quinta geração foi lançada em 2018 como modelo de 2019. Essa geração continuou a inovação, apresentando um chassi híbrido de aço e alumínio, bem como uma suspensão traseira independente para melhorar o conforto de condução. É importante notar que, durante a evolução da linha, a Ram expandiu seu alcance para incluir uma variedade de modelos, desde picapes de meia tonelada até caminhonetes pesadas para serviço médio e pesado. Além disso, a marca Ram tornou-se conhecida por oferecer uma ex-

Jornal_Dez.indb 21

periência mais luxuosa e recursos inovadores em suas picapes, competindo não apenas em desempenho, mas também em conforto e tecnologia. RAM CLASSIC A Ram Classic geralmente se refere a uma versão mais acessível ou a uma geração anterior da Ram 1500. A Ram 1500 é uma picape de porte médio/grande conhecida por seu design robusto, desempenho potente e recursos inovadores. A Ram Classic, muitas vezes, é oferecida como uma opção mais econômica para aqueles que desejam a confiabilidade e capacidade da Ram 1500, mas com um preço mais acessível. Essa versão mantém o design e as características de uma geração anterior da Ram 1500, proporcionando aos consumidores

uma opção de compra mais acessível em comparação com os modelos mais recentes e totalmente redesenhados. A estratégia de oferecer versões Classic permite que a Ram se faça presente em uma variedade de segmentos de mercado, atendendo tanto à demanda por inovação e atualizações quanto à necessidade de opções mais acessíveis para consumidores que buscam um veículo de trabalho robusto. A Ram Classic tem 581 cm de comprimento, 201,7 cm de largura, 197 cm de altura e um entre-eixos de 357 cm. Mas todo esse tamanho vai atrapalhar o cotidiano e o uso de quem mora nas grandes cidades. Ela ocupa facilmente duas vagas na garagem devido ao seu comprimento e largura, e em alguns casos a altura e a largura impedem que ela sequer passe pelo portão. Quem vive em prédios residenciais terá problemas com isso. A Ram Classic está equipada com um motor V8 HEMI de 5,7 litros, gerando até 400 cv de potência e 56,7 kgfm de torque, sendo possível, assim, uma capacidade de reboque de mais de 3,5

21

Dezembro 2023 • oficinabrasil.com.br

toneladas. Para auxílio a essa capacidade, a Ram tem três modos de tração: 4×2, 4×4 High e 4×4 Low (reduzida). Do tipo part-time, a caixa de transferência BorgWarner 48-12 tem os modos 4x4 High e 4x4 Low (reduzida). O motorista comanda tudo eletronicamente por meio dos botões ao lado do seletor rotativo do câmbio, no painel de instrumentos. Quanto ao espaço interno, a Ram Classic dispensa comentários. Por conta do entre-eixos de 357 cm, meio metro maior que caminhonetes médias, os ocupantes podem desfrutar de um espaço bem amplo em qualquer um dos cinco lugares disponíveis. Para o motorista, o espaço é bom e a posição de pilotagem melhor ainda. A Ram possui, inclusive, não só ajuste eletrônico nos bancos, mas também nos pedais de freio e acelerador, garantindo conforto para motoristas de diferentes alturas. Nos bancos de trás não há briga por centí-

metros, já que o assento é largo e possui espaço para que os ocupantes possam esticar as pernas. MOTOR 5.7 HEMI O motor HEMI, que significa “Hemispherical Combustion Chamber” (Câmara de Combustão Hemisférica, em português), é um tipo de projeto de motor que ganhou destaque principalmente pela sua eficiência e desempenho excepcionais. Desenvolvido pela Chrysler Corporation nos anos 1950, o motor HEMI é conhecido por sua distintiva forma de câmara de combustão, que é hemisférica. A característica hemisférica da câmara de combustão do motor HEMI permite uma melhor eficiência na queima do combustível. Nesse design, os pistões se movem em direção a uma cúpula na parte superior da câmara de combustão, uma maneira mais eficaz de se realizar a combustão do ar e do combustível. Isso re-

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sulta em uma queima mais completa e eficiente, proporcionando maior potência e torque em comparação com outros designs de motores. Uma das vantagens distintas do motor HEMI é sua capacidade de gerar altos níveis de potência a baixas rotações. Isso é especialmente benéfico para veículos que precisam de força e torque instantâneos, como em aplicações de veículos off-road ou de alto desempenho. Além disso, a capacidade de respiração aprimorada do motor HEMI contribui para um som de escape característico que é amplamente reconhecido pelos entusiastas automotivos. Os motores HEMI têm sido amplamente utilizados em uma

Jornal_Dez.indb 22

AVALIAÇÃO DO REPARADOR

variedade de veículos, desde carros de passeio até caminhões e SUVs. Sua presença nas pistas de corrida também ajudou a solidificar a reputação do motor HEMI como uma força a ser reconhecida em termos de desempenho e confiabilidade. Ao longo dos anos, o design do motor HEMI passou por evoluções e aprimoramentos, incorporando tecnologias modernas para atender aos padrões de eficiência de combustível e emissões. No entanto, a essência do motor HEMI, com sua câmara de combustão hemisférica, continua a ser uma marca registrada de desempenho na indústria automotiva. Em resumo, o motor HEMI é mais do que uma peça de en-

genharia: é um ícone na história automotiva, representando potência, eficiência e uma abordagem inovadora para o design de motores. Com a desativação de cilindros (MDS), a central do motor corta a alimentação de combustível e as faíscas das velas e fecha as válvulas de admissão e escape em quatro dos oito cilindros durante acelerações leves – como em velocidade de cruzeiro na estrada, quando a potência total não é necessária. O motor pode trabalhar até 40% do tempo com metade dos cilindros desativados. Outro sistema inteligente é o da grade dianteira com aletas ativas, as quais se mantêm fechadas sempre que possível, ajudando no aquecimento rápido na partida e reduzindo o arrasto aerodinâmico em movimento. Elas só abrem (automaticamente) quando isso se torna absolutamente necessário para otimizar o arrefecimento. A função de desativação só é realizada por conta do sistema hidráulico dos tuchos de aberturas de válvulas, que são controlados eletronicamente. Por esse motivo, mais uma vez, alertamos sobre o cuidado com o óleo lubrificante, pois qualquer alteração nesse sistema irá causar divergência no funcionamento, gerando possíveis avarias no motor V8, que possui um custo de reparo bem alto. NAS OFICINAS Nas oficinas que visitamos, a palavra que mais escutamos quan-

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do citamos a Ram foi “confiança”. Todos concordam que a caminhonete conquistou a fama de robustez e durabilidade durante sua história. Nossa primeira passagem foi na FEMAP – Oficina Especializada, localizada na Avenida Agenor Couto de Magalhães, 413, Jardim Regina, São Paulo – SP. Fomos atendidos pela Larissa e pelo Fernando, que juntos fundaram e gerenciam a oficina dos seus sonhos! Fernando, com seu profundo amor pelas marcas específicas de carros, tornou-se uma enciclopédia quando o assunto é Dodge, Chrysler, Jeep, Ram e Fiat. É incrível conversar com ele e observar todo o seu conhecimento e domínio sobre as marcas. Seu entusiasmo é contagiante, e ele viu na raridade dessas marcas uma oportunidade para criar algo único. Larissa, por sua vez, trouxe uma perspectiva diferente para a

mesa, utilizando uma abordagem estratégica, desenvolvendo parcerias e estratégias de marketing, enquanto Fernando garantia que a qualidade técnica da FEMAP fosse inquestionável. Juntos, Larissa e Fernando começaram a FEMAP do zero, baseando-se no conhecimento técnico de Fernando e na visão empreendedora de Larissa. Sem investimento inicial, confiaram em seu próprio potencial e na capacidade de se diferenciarem em um mercado saturado. A Dodge Ram Classic 2023, equipada com o motor 5.7 HEMI, impressionou os técnicos da oficina especializada FEMAP com sua robustez mecânica. O motor oferece um desempenho notável, combinando potência e eficiência. A integração entre os sistemas elétricos e mecânicos demonstra uma engenharia sólida, proporcionando uma experiência de condução suave. O câmbio também

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se destaca pela sua precisão, contribuindo para uma transmissão eficiente de potência. Em resumo, a Dodge Ram Classic 2023 recebeu elogios pela excelência em detalhes de mecânica e elétrica, destacando-se como uma opção confiável e potente. Os técnicos da oficina FEMAP identificaram alguns pontos de atenção na Dodge Ram Classic 2023 com motor 5.7 HEMI. Notaram que, embora a potência do motor seja impressionante, o consumo de combustível pode ser considerado elevado em comparação com outros modelos. Além disso, a complexidade eletrônica do veículo pode tornar diagnósticos e reparos mais desafiadores, exigindo ferramental especializado. Alguns componentes, especialmente os relacionados à eletrônica, podem ter custos mais elevados de substituição. No entanto, é importante destacar que essas considerações não comprometem significativamente a qualidade geral do veículo, mas representam áreas que podem exigir mais atenção e cuidado durante a manutenção. A equipe técnica da FEMAP deixou alguns recados importantes sobre a manutenção da Ram: Para preservar o desempenho e a durabilidade da Dodge

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AVALIAÇÃO DO REPARADOR

Ram Classic 2023 com motor 5.7 HEMI, é essencial manter cuidados específicos com óleos e arrefecimento. Certifique-se de seguir as recomendações do manual do proprietário para os intervalos de troca de óleo. Utilizar o tipo e a viscosidade adequados é crucial para garantir a lubrificação eficaz do motor. No que diz respeito ao sistema de arrefecimento, monitore regularmente o nível e a qualidade do líquido refrigerante. Mantenha-o dentro dos limites recomendados e substitua-o conforme as orientações do fabricante. Verifique se não há vazamentos no sistema de arrefecimento para evitar superaquecimentos que possam causar danos ao motor. Além disso, realize inspeções periódicas em filtros de óleo e de ar. Substitua-os conforme necessário para garantir um fluxo adequado de ar e uma filtragem eficaz. Esses cuidados simples contribuem para manter o desempenho e a confiabilidade do veículo a longo prazo. Para preservar a Dodge Ram Classic 2023 com motor 5.7 HEMI, considere as orientações específicas para esse modelo: Manutenção específica: Siga o plano de manutenção recomendado pela Dodge para o modelo

2023, atentando-se aos intervalos de troca de óleo, substituição de filtros e demais verificações. Sistema de arrefecimento: Dê atenção especial ao sistema de arrefecimento, verificando regularmente o nível e a qualidade do líquido refrigerante. Certifique-se de que não há vazamentos no sistema. Pneus e suspensão: Monitore o estado dos pneus e realize alinhamento e balanceamento conforme necessário. Isso contribui para um desgaste uniforme e mantém a estabilidade do veículo. Uso adequado: Respeite as orientações do manual do proprietário quanto à capacidade de carga e reboque. Utilizar o veículo dentro das especificações recomendadas prolonga a vida útil dos componentes. Diagnóstico eletrônico: Em virtude da complexidade eletrônica, fique atento a luzes indicadoras no painel. Caso alguma anomalia seja identificada, realize diagnósticos em uma oficina especializada para evitar problemas mais sérios. Ao investir tempo e cuidado específico no modelo Dodge Ram Classic 2023 5.7 HEMI, você contribuirá para a durabilidade e bom desempenho do veículo ao longo do tempo.

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Logo após essas observações, fomos até outra oficina para buscar outras opiniões e detalhes da manutenção da Ram Classic. Visitamos então a oficina AG III, localizada na avenida Casa verde, 3064, Casa Verde, São Paulo – SP, e lá fomos atendidos pelo Amauri e pelo Vitor, pai e filho que dividem as funções dentro da oficina. Eles foram uma das primeiras oficinas especializadas na linha Chrysler/Dodge/Jeep, atuando no mercado há 31 anos. A AG III nasceu da necessidade de novas opções para manutenção de veículos das marcas Chrysler, Jeep e Dodge face às escassas ofertas no mercado. A missão da empresa é prestar um serviço de qualidade num ambiente limpo e agradável, com preços justos e atendimento personalizado, buscando a satisfação dos clientes e atendendo às suas necessidades e expectativas. Durante a avaliação do modelo, Amauri e Vitor rasgaram elogios à marca Ram. Eles alegam que trabalhar com esses modelos é muito gratificante e satisfatório, ainda mais quando abordamos um V8 HEMI. Amauri, como especialista nesse modelo, destaca alguns pontos importantes: Na suspensão, podemos enxergar todo o cuidado da marca

em criar um veículo que esteja preparado para os desafios propostos, como por exemplo o de suportar altas cargas. Para isso, a Ram Classic é equipada na traseira com uma suspensão com eixos rígidos com braços quíntuplos, isto é, cinco braços mecânicos que fazem a sustentação do eixo, fora uma barra estabilizadora. Na dianteira, é usada uma suspensão com braço em “Y” de amortecimento duplo, amortecedor com mola no centro. Sistema de desligamento dos cilindros: para auxiliar na redução de consumo de combustível, o motor V8 5.7 possui um sistema de desligamento de cilindros em baixa velocidade, que é comandado por meio do acionamento eletrônico dos quatro solenoides que controlam o fluxo de óleo do motor nos tuchos hidráulicos, fechando a válvula de admissão no cilindro escolhido pelo módulo do motor. Por esse controle ser muito sensível, é necessário utilizar o fluido lubrificante correto e na quantidade correta especificada pelo fabricante, sendo indispensável a manutenção preventiva do veículo. As avaliações técnicas completas e outros conteúdos estão disponíveis no nosso canal do YouTube, com muito mais informação.

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Tecnologia para a vida

Linha de Iluminação Bosch Durabilidade e alta qualidade Com produtos de 12 e 24 volts, a Bosch proporciona uma linha completa de iluminação para os veículos dos seus clientes, com qualidade original e muito mais durabilidade. Tudo isso com a tecnologia de quem é líder mundial no mercado de autopeças. Então, nada melhor do que garantir toda a linha e disponibilizar na sua oficina. Procure um distribuidor Bosch da sua preferência e saiba mais em: autopecasbosch.com

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Ford Escort Ghia 1989, uma versão para quem apreciava o conforto o e requinte Anderson Nunes

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Brasil dos anos de 1980 ficou marcado na história pela recessão econômica e pelos diversos planos econômicos criados pelo governo federal com o propósito de controlar a inflação, que chegou a 300% ao ano. Como toda a economia, a indústria automotiva foi um dos segmentos que foi fortemente impactada por esse cenário de perda de poder aquisitivo dos consumidores. A Ford começou a década revendo todo o seu portfólio de produtos. O primeiro modelo a inaugurar essa nova fase foi o sedã Del Rey, que tinha a difícil missão de ser o carro-status da marca, que visava suprir a lacuna deixada pela Maverick e, em médio prazo, também substituir o próprio Galaxie. Na outra ponta a Ford tinha como objetivo criar bases para que a unidade brasileira fosse um polo de exportação de veículos e motores, além de componentes eletrônicos (pela subsidiária Philco). Para cumprir essa meta o presidente da filial brasileira, Lindsey Halstead, anunciou um plano de investimento de 500 milhões dólares até 1984. Esse montante foi alocado para o desenvolvimento de um “carro mundial”, que tinha a missão de compartilhar componentes em escala global com o intuito de reduzir os custos de produção, além de também ser exportado para outros países. Desse modo, a Ford dava início no Brasil aos estudos de um carro médio-pequeno para preencher a lacuna entre o Corcel II e o Del Rey: tratava-se do Escort, apresentado na Europa em 1981 e que chegava em sua terceira

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Texto e fotos: Anderson Nunes

geração com um visual mais aerodinâmico, motor transversal, tração dianteira e suspensão independente nas quatro rodas. EM SINTONIA COM A EUROPA O Escor t foi lançado no Brasil em agosto de 1983. Em uma época de mercado fechado e modelos desatualizados em projeto, o Escort brasileiro estava em sintonia estética ao europeu. Pela primeira vez no Brasil eram apresentadas, de forma simultânea, as carrocerias de três e cinco portas, com linhas agradáveis e de certo ponto inovadoras, em que chamava a atenção a traseira que recebia um “meio volume”, uma espécie de rabeta, que favorecia além da aerodinâmica, mais espaço para a bagagem. A Ford batizou esse conceito de “Aerolook”, mas o mercado condicionou a chamá-lo de “dois volumes e meio”. O visual aerodinâmico era reforçado pela frente em cunha,

com faróis retangulares, grade em plástico com formato de veneziana, recursos estes que colaborava para o baixo coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,38 até então o menor dos veículos nacionais, além disso havia uma ampla área envidraçada que beneficiava a visibilidade. O Escort media 3,97 metros de comprimento e seu entre-eixos era de 2,39 m, podia acomodar com conforto quatro passageiros. Apresentava um acabamento interno bem executado, mesmo nas versões de entrada. O porta-malas podia transportar 385 litros de carga. E por fim, a garantia contra corrosão, de três anos, era a maior oferecida no Brasil até aquele momento. Se visualmente tanto o modelo brasileiro quanto o europeu se igualavam, sob o capô, no entanto, as similaridades desapareciam. Enquanto no Velho Continente o Escort recebia a nova geração de motores batizada de CVH, que trazia comando de válvulas de cabeçote

e cabeçote fundido em alumínio, aqui no Brasil foi decidido, por questões de custos, manter o veterano motor de origem Renault de quatro cilindros com comando de válvulas no bloco. Retrabalhado pela engenharia brasileira para obter um menor consumo e um melhor desempenho, o trem de força recebeu a denominação de CHT, sigla para câmara de alta turbulência. Para chegar uma equação entre potência e economia, os engenheiros focaram na atualização do comando de válvulas, nas válvulas de admissão e escape e na instalação de um novo carburador da marca Weber. Na versão básica o trem de força era o 1,35 litro, que quando abastecido no álcool rendia 63,5 cv, ou a gasolina debitava 56,8 cv. Já nas versões L e GL recebia o motor de 1,6 litro com potência de 73 cv no álcool e na gasolina 66 cv. Os motores eram acoplados ao câmbio manual de quatro marchas para a versão de entrada (cinco velocidades

opcional) e as demais recebiam câmbio de cinco marchas. Uma novidade era o ajuste automático da folga da embreagem, por meio de catraca no próprio pedal, que mantinha na mesma posição mesmo com desgastes do disco. AO GOSTO DOS MAIS EXIGENTES Dois meses após o lançamento do Escort, a linha era ampliada com a chegada da versão Ghia – estúdio italiano f undado em 1916 e que em 1970 foi incorporado pela Ford e passou a designar os níveis superiores de acabamento da marca. A variante Ghia oferecia um conjunto refinado: vidros e travas elétricos, vidros com efeito dourado, limpador de para-brisa com intervalo ajustável e indicadores de desgaste do freio, nível de combustível, óleo e líquido de arrefecimento. Os bancos de veludo e o relógio azul no teto eram itens adicionais

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Com uma rapidez raramente vista na indústria automotiva brasileira, em 1987 o Escort brasileiro ficava em sintonia com o seu similar europeu em termos visuais, com destaque para os para-choques envolventes em plástico

Denominado CHT E-Maxx, o motor 1,6 litro ganhava peças móveis internas mais leves e um novo carburador de corpo duplo, receita para ganhar potência com economia de combustível

Ghia recebia calotas plásticas mais elaboradas

de requinte. Entre os poucos opcionais havia o teto-solar e o ar-condicionado. Visualmente se destacava das versões mais simples pela inclusão dos frisos cromados ao redor dos faróis e lanternas traseiras, outro diferencial eram as calotas integrais e o discreto brasão Ghia fixado nos para-lamas. O painel de instrumentos era completo com conta-giros, além disso vinha de fábrica toca-fitas autorreverse e porta-fitas no console central. Já os passageiros do banco traseiro contavam ainda com luz de leitura e porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros. O Escort brasileiro nas carrocerias de três e cinco portas foi exportado entre os anos de 1984 a 1986 para a Suécia, Finlândia e Noruega. Nos países escandinavos o modelo recebia as designações GL e GLX, e motor CHT 1,6 litro a gasolina. Após o fim do programa de exportação do Escort para os países escandinavos no fim de 1986, a Ford do Brasil encerrou a produção da carroceria de cinco portas. VISUAL RENOVADO O Escort foi reestilizado

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Acabamento com padrão Ford, na versão Ghia os bancos recebiam revestimento em veludo

na Europa no início de 1986 – batizado de Mk IV, e com uma rapidez sem precedentes até então, chegava pouco depois, em agosto, ao Brasil. Ao custo de 28 milhões de dólares, era um montante significativo para manter o modelo competitivo no mercado nacional, já que era naquele momento o segundo veículo mais vendido, perdendo somente para o Chevrolet Monza. De linhas mais suaves, os para-choques passavam a ser de plástico e integrados à carroceria, sendo que o dianteiro incorporava a “grade” de uma só entrada de ar, capô ganhava uma forma mais acentuada que colaborava para uma redução no coeficiente aerodinâmico que agora era de Cx 0,36. Na traseira, a tampa do porta-malas recebia um desenho mais retilíneo nas extremidades, já as lentes das lanternas agora eram lisas e rentes à carroceria. Por fim as calotas nas versões GL e Ghia recebiam um novo desenho e passavam a ser confeccionadas em nylon-11, de menor custo de produção. O interior era marcado pelo novo painel de linhas arredondadas, os instrumentos tinham

Painel de instrumentos apresentava um desenho mais curvilíneo, com atenção à disposição dos comandos mais práticos e de fácil acesso

agora iluminação indireta (por trás). Também foi dada maior atenção à ergonomia com trava das portas juntos junto das maçanetas, comando da buzina na almofada do volante (antes, na alavanca esquerda da coluna de direção) e por fim novos comandos de setas, luzes e limpador de para-brisas. Na parte mecânica o motor de 1,35 litro dava adeus à linha de montagem. Já o motor de 1,6 litro passava por reformulações internas e ganhava novos pistões, anéis, virabrequim e volante do motor, com foco na diminuição de atritos e mais econômico. Na suspensão os amortecedores de todos os modelos passaram a ser do tipo pressurizados. Outra boa novidade ocorreu na linha 1988, quando a linha Escort ganhou um novo tanque confeccionado em plástico, uma primazia entre os carros nacionais. A capacidade aumentava de 48 para 65 litros, conferindo maior autonomia, principalmente nas versões a álcool.

Os instrumentos traziam uma elegante grafia e na versão Ghia o conta-giros era item de série, além de diversas luzes-espia que alertavam para o baixo nível de água no reservatório do limpador de para-brisa e desgastes das pastilhas de freio

RELEMBRAR OS ANOS DE 1980 Dentro da gama de versões oferecidas pela Ford na linha Escort aqui no Brasil, os modelos Ghia e XR-3 conversível foram os que tiveram os menores índices de vendas. Segundo uma reportagem veiculada pela revista Quatro Rodas de maio de 1986, o Escort Ghia era responsável, por apenas 9% das vendas totais da linha Escort. Hoje é uma das variantes mais raras de se encontrar, ainda mais em bom estado de originalidade. É o caso do Ford Escort Ghia ano 1989 de propriedade do médico José Oscar Monteiro Hermano, morador da cidade de São José dos Campos, interior de SP. Segundo o dono, sua admiração pela linha Escort começou ainda na juventude, quando passaram pela sua garagem um modelo 1989 e posteriormente um 1993. “Sempre que saio para dar um passeio com o Escort sou parado

Escort brasileiro chegava em 1983 e o destaque era a ampla linha de versões, com opções para todos os gostos; em primeiro plano ao lado do XR-3 vermelho estava a versão Ghia, a mais luxuosa do catálogo

por alguém que vem conversar e contar casos relacionados ao modelo”, diz sorridente. O modelo que ilustra a reportagem, a luxuosa versão Ghia, representa bem o renome que a Ford criou em torno desse acabamento. Externamente chama a atenção os dois brasões do estúdio italiano fixados nos para-lamas dianteiros. Os frisos cromados percorrem todo o perímetro da tampa do porta-malas e lanternas. E por fim, as calotas com desenho elaborado que num primeiro olhar faz nos crer serem rodas de liga-leve. Internamente o atrativo é o acabamento bem executado, sendo que os bancos confortáveis são revestidos em um veludo de tom cinza. O ar-condicionado é um outro atrativo, pois é bastante potente e deixa a cabine bem gelada em pouco tempo. Soma-se a isso acessórios como clássico relógio digital fixado próximo ao retrovisor. São pontos que o Hermano pontua no Escort. “A família adora fazer viagens neste Escort Ghia, que além de muito confortável e tem comodidades como ar-condicionado, bom espaço para a bagagem e oferece um bom desempenho na estrada. Viajar com o modelo é voltar no tempo e relembrar os anos 80”, relembra.

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DO FUSCA AO TESLA

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Aula 15: Como entender, interpretar e testar o sistema elétrico do airbag A manutenção adequada do sistema de airbag é de extrema importância para garantir o seu funcionamento eficaz em caso de colisões e, consequentemente, para a segurança dos ocupantes do veículo Fotos e ilustrações: Marcio Ferreira

Marcio Ferreira adm2@ecumix.com.br

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odo teste que for executado no sistema de airbag requer que a bateria do veículo seja desligada e preferencialmente que os capacitores sejam descarregados, mas isso pode gerar problemas posteriores como a perda do código de acesso ao sistema de som por exemplo, por esse motivo o cliente deve ser avisado verbalmente e também em uma observação no checklist de entrada do veículo e com a assinatura do cliente Todos os componentes pirotécnicos do sistema (ex. bolsas e pré-tensionadores) não podem ser testados com multímetros, nestes casos devemos retirar os equipamentos e testar o sistema utilizando a ferramenta que simula uma resistência no seu lugar. Conhecidas essas informações preliminares vamos analisar o esquema elétrico propriamente dito. Neste sistema do GM Classic vemos a alimentação pós-chave no borne 05, o borne 30 vai ligado na unidade de comando da carroceria no borne B15, no conector de diagnóstico no borne 12 e no painel de instrumento no borne 30 que também através do seu borne 26 vai ligado no borne 06 da unidade do airbag, o borne 07 vai ligado no aterramento, os bornes 04 e 03 vão ligados na bolsa do passageiro nos bornes

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1 e 2 respectivamente, os bornes 02 e 01 passam pelo clock spring (mola do relógio) atrás do volante e se ligam na bolsa do motorista nos bornes 1 e 2. Cada vez que se vira o volante a mola do relógio se enrola e desenrola, isso gera um desgaste mecânico na fita de

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ligação e esta fita se rompe perdendo a ligação com a bolsa do volante, e por consequência acendendo a espia do airbag no painel e gerando o código de bolsa do lado do motorista no scanner de diagnóstico, esse é um dos defeitos mais frequentes no sistema e sempre pre-

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DO FUSCA AO TESLA cisamos analisar o esquema elétrico e identificar em que ponto está interrompido. Neste sistema do GM Cobalt vamos analisar da parte superior para a inferior, vemos primeiro as ligações da bolsa do passageiro, depois a ligação da bolsa do motorista e também destacada a mola do relógio, daí vemos que neste sistema já contamos com os pré-tensionadores dos cintos do motorista e passageiro com isso aumentando a eficiência do sistema de airbag, o módulo também recebe a informação do afivelamento do cinto do motorista, temos uma espia no painel que indica se a bolsa do lado do passageiro está desabilitada e isso pode ser selecionado no interruptor que desabilita, isso é usado por

exemplo para se colocar uma cadeira de bebê no banco do passageiro. Depois vemos a ligação com o conector de diagnóstico, a alimentação pós-chave é fornecida pela caixa de fusíveis do vão do motor, já a ligação direta da bateria vem da caixa de distribuição da bateria, neste e em vários sistemas de airbag temos o aterramento também na carcaça do módulo, observem que temos um ligado no borne a19 e um simbolizando a carcaça. Como já alertamos anteriormente nos testes, toda a parte pirotécnica deve estar com simulador e nunca fazer os testes com o módulo solto de sua fixação no veículo. Neste sistema do GM Trailblazer já é bem mais comple-

to, começando pelas bolsas do motorista e passageiros, depois a bolsa do joelho do motorista, as duas cortinas do teto e as duas bolsas localizadas nos bancos os dois pré- tensionadores dos cintos. Este sistema conta com 7 sensores de impacto que o módulo usa para a estratégia de qual ou quais bolsas serão acionadas dependendo do local e intensidade da colisão, contamos com a espia de aviso de desativação do airbag do passageiro e o interruptor para isso, como vimos no sistema anterior. Vamos nos deter um pouco mais na ligação do borne B44 vejam que ele está ligado ao sensor de ocupação do banco do passageiro, esse sensor está localizado no acento do

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banco e o borne B44 também está ligado aos 4 interruptores dos cintos dos passageiros que também serão usados pelo módulo para determinar quais bolsas serão acionadas no momento de colisão, o interruptor do cinto do motorista tem uma ligação separada no módulo, em seguida vemos a ligação com o módulo de controle da carroceria para ser ativada a comunicação de dados. Vamos nos atentar que a ligação do conector de diagnóstico entra e sai do sensor de ângulo do volante e só depois segue até o módulo onde podemos ver um resistor de 120 Ohms para estabilizar a rede de comunicação, temos mais uma ligação do borne 01 do conector ao borne A15 do módulo a alimentação vem da

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CIV e o seu aterramento no borne A19. Como cada vez mais os carros, desde os modelos mais básicos, vêm equipados com o sistema de airbag, o seu reparo requer sempre muito estudo e atenção no esquema elétrico, e no diagnóstico preciso para um reparo assertivo, mas é um seguimento em muita ascensão e com isso bem lucrativo valendo muito ser agregado nos serviços da oficina.

TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO VEÍCULO SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM.

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GESTÃO

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AULA 83 – Formando mão de obra Como podemos solucionar o problema da falta e verdadeiro apagão da mão de obra na reparação automotiva? Formando nova e qualificada mão de obra, dentro de casa! Ou seja, devemos fazer parte do processo de formação! Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br

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ão é algo novo, nem aplicado apenas no setor automotivo. É uma questão de formação de pessoas e profissionais, principalmente no setor de serviços, a mão de obra, ou melhor escrevendo, a falta de mão de obra. O mercado está tão carente de profissionais, quem nem mecânico ruim consegue ficar desempregado, imaginem então a dificuldade de se encontrar um bom! É quase impossível! ESTÁ FALTANDO MÃO DE OBRA EM SUA REGIÃO? Nos últimos anos, principalmente após e até mesmo durante a pandemia, o preço dos carros zero quilômetro subiram demais, e isso ref lete diretamente nas oficinas independentes, pois quanto mais caro o carro novo, maior é a dificuldade para trocar de veículo e mais se investe em manutenção preventiva ou corretiva no patrimônio que o cliente já possui. É mais barato e seguro cuidar do carro usado ou seminovo a investir muito e até mesmo em financiamentos para um carro novinho. E as oficinas estão podendo crescer, com novos e maiores espaços físicos, uma reforma e ampliação, mais elevadores para aumentar a produtividade, e maior a necessidade de contratação,

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dentro de casa mesmo, sem vícios, sem padrões externos. CONCLUSÃO

e então temos uma falta perceptível de encontrar mão de obra. QUAL CAMINHO DEVEMOS SEGUIR PARA AS GERAÇÕES FUTURAS? Primeiro, o assunto é valorização, com maiores salários, ganhos mais atrativos, pois se for para pagar pouco, terá poucos interessados nas vagas anunciadas. Então ter um plano de carreira de uma oficina forte, pode fazer muita diferença no desejo do colaborador escolher por trabalhar com você, e mais ainda, desejo de ficar! Hoje há muito assédio de oficinas maiores, ou até mesmo concessionárias, em buscar pessoas já bem treinadas e que trabalham em oficinas pequenas ou médias, e esse assédio começa com um salário bem mais alto. Portanto, faça ações, ou crie

benefícios, que criem o desejo ou mesmo necessidade, para não perder um colaborador. FORMAÇÃO DE BASE É UM CAMINHO FORTE E SEGURO Uma das soluções que conseguimos implantar recentemente é a formação de pessoas dentro da própria oficina. Com uma escola dentro da própria empresa. Assim às 18 horas fecha a oficina, e às 18:30 horas abre a escola. E com muitos alunos sendo formados, temos a possibilidade de recrutamento de alguns para a nossa empresa, e mais ainda para o mercado absorver. Uma outra formação de base que fazemos é estar sempre com um ajudante por mecânico produtivo. Assim teremos mecânicos mais produtivos, já que tem um ajudante quase que particular, teremos uma boa mão de obra bem treinada,

Formar e fazer um profissional para o mercado deve ser um pensamento muito positivo dentro da cabeça dos gestores e gestoras do Brasil. Transformar um auxiliar de mecânico nível C em mecânico nível A é algo transformador dentro de uma empresa com pensamentos fortes. E este profissional pode não ficar por toda a vida na sua empresa, e está tudo bem também, afinal de contas o mercado é aberto e muitos podem querer ter outras experiências ou até mesmo ter carreira solo, ou seja, abrir a sua própria empresa. O que sempre uso como referência é melhor ter funcionários que recebem treinamentos e são bem produtivos e eles saírem no futuro, a ter pessoas que ficam comigo durante anos ou até décadas, mas não são treinadas e são improdutivas. E a melhor coisa que pode acontecer é a pala-

vra gratidão, quando você forma pessoas e principalmente quando é o primeiro professor ou o que primeiro deu a chance para trabalhar e aprender, esta pessoa será eternamente grata a você, marcando a sua participação na vida profissional de quem você fez parte da formação. Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial!

PRÓXIMOS TEMAS Aula 84 Nível de cargos Aula 85 Recepção do Cliente Aula 86

Identificação das falhas relatadas

Aula 87

Não use algumas palavras!

Abraço a todos e até o próximo mês e $UCE$$O! Apoio:

Mecânico de Autos Profissional, Bacharel em ADM de Empresas, diretor da Auto Mecânica Scopino, idealizador do movimento Oficina Forte, professor do Umec e da TV Notícias da Oficina VW, integrante GOE e dos Mecânicos Premium, ministra treinamentos e palestras por todo o Brasil. Contrate um professor que tem uma empresa e experiência no setor automotivo.scopino@automecanicascopino. com.br - Instagram: @professorscopino @oficinaforte

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2023 chegou ao fim. Um ano repleto de aprendizado, desafios e muitas conquistas. Juntos, realizamos muito, aplicando tecnologia e inovação, fortalecidos por nosso compromisso com a longevidade e sucesso de nossa empresa, colaboradores, parceiros, mercado e principalmente, dos nossos clientes, seja no aftermarket ou nas montadoras. Agradecemos por todo seu trabalho e dedicação, que o próximo ano seja de oportunidades e muito mais sucessos. Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Estaremos juntos em 2024, movendo o que importa!

Assista a mensagem que a Dana preparou para você. @canaldana

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dana.com.br

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REPARADOR DIESEL

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Amarok equipada com motor 2.0 chegou na oficina sem potência e barulho no cabeçote Fotos: Gaspar

Para os especialistas em picapes, a Amarok tem defeitos crônicos e ao fazer o orçamento é preciso ter certeza do tamanho do problema e executar o serviço completo e aplicando peças confiáveis Antonio Gaspar de Oliveira

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uando a picape Amarok chegou na oficina, era possível identificar um barulho vindo do motor, além da informação do cliente, dizendo que o carro estava sem desempenho adequado. Pode até parecer estranho, mas esta picape estava com todo sistema de pós-tratamentos dos gases do escapamento original e nenhum componente foi removido para melhorar o desempenho e a potência do motor. Como não havia registros de códigos de falhas no módulo da injeção e o barulho no motor persistia, a sugestão foi para remover o cabeçote e fazer um diagnóstico com a maior precisão possível. (Fig.1 e 2) Com a autorização do cliente, foi realizada a remoção do cabeçote e com a inspeção cuidadosa em cada cilindro, logo ficou evidente a folga excessiva dos pistões. Estas folgas fora do padrão entre os cilindros e os pistões poderiam justificar a falta de potência e o barulho, mas para uma Amarok, é melhor verificar na parte do virabrequim para ter a certeza que não haverá mais surpresas. Um serviço deste porte exige cuidados, tempo e um bom investimento para recuperar o funcionamento correto do motor, isso assusta qualquer proprietário deste tipo de picape.

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3 Observando os periféricos do motor, foi possível identificar sinais de ferrugem no no sistema de arrefecimento, principalmente na região do vaso de expansão e nas galerias de água no cabeçote e no bloco do motor. (Fig.3 a 5) Os possíveis problemas de aquecimento do motor contribuíram com os danos, mas se houve deficiência no sistema de lubrificação por um período longo de uso, então a soma destes fatores pode ter gerado o desgaste anormal nas paredes dos cilindros. Mesmo que o cliente não

aprove o orçamento da reforma do motor ou troca por um motor parcial comprado na rede autorizada VW, é interessante entender os fatores que aceleraram o processo de desgaste dos componentes internos do motor. Sabemos que nem sempre é dada a devida atenção para o sistema de arrefecimento e o sistema de lubrificação do motor, principalmente da Amarok. O uso deste tipo de veículo tem sido maior em ambientes urbanos e os motores diesel não combinam muito bem com

estas condições, em que o uso por tempos curtos e com baixas acelerações acaba caracterizando como uso em regime severo do motor. Um motor frio injeta mais

O ideal é que a picape funcione com o motor na temperatura de trabalho e com acelerações mais elevadas para que todos os sistemas funcionem adequadamente.

5 combustível e o excesso escoa entre o pistão e as paredes dos cilindros, indo para o cárter e contaminando o óleo lubrificante, que vai perdendo as propriedades de lubrificação, aumentando as fricções e os desgastes dos componentes móveis do motor. Neste caso do motor da Amarok, que as paredes dos cilindros sofreram desgastes prematuros, podemos imaginar o restante do demais componentes móveis como bronzinas de bielas e de mancais. (Fig.6 e 7) O sistema de lubrificação é muito sensível e qualquer alteração nas folgas de óleo, como desgaste de bronzinas de mancais, já compromete a pressão de trabalho do circuito de lubrificação do motor. Com a pressão reduzida pelas fugas de óleo através das

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REPARADOR DIESEL

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9 6 folgas nos mancais, o volume de óleo em circulação diminui e a temperatura aumenta porque o óleo lubrificante também tem a função de transferir o calor interno do motor para os trocadores de calor. Quando a troca do óleo é realizada em períodos de 20.000 Km, as chances de surgir problemas de desgastes precoce é potencializada quando combinada com uso diário do veículo em cidades e por tempo em torno de 15 minutos. Com estas condições, o motor não atinge a sua temperatura ideal de funcionamento, a lubrificação está deficiente pela contaminação do diesel injetado em excesso e o resultado é mais serviços para as oficinas. Os motores utilizados atualmente não têm mais tolerâncias de retíficas como os motores mais antigos, que eram mais robustos, com mais materiais para serem trabalhados no caso de reforma do cabeçote e do bloco do motor. Para garantir o funcionamento adequado dos motores atuais, que geram mais potência e são mais leves, é neces-

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8 sário que o sistema de arrefecimento seja muito eficiente, lembrando que este sistema depende do sistema de lubrificação para transportar o calor interno gerado nas partes mais quentes do motor, que é a região da câmara de combustão. Quando um injetor de óleo pulveriza a parte inferior do pistão que está muito quente, o calor é transferido para o óleo, que suporta o calor intenso sem alterar suas características de lubrificação e leva para a parte externa do motor para reduzir a temperatura nos trocadores de calor. (Fig.8 a 10) Para o funcionamento correto do sistema de arrefecimento do motor da Amarok, é preciso que a porcentagem de

aditivo seja no mínimo de 40 % para a proteção do sistema. Se, por razões climáticas, for necessária uma proteção anticongelante mais forte, a parte de aditivo no líquido de arrefecimento do motor poderá ser aumentada. Contudo, a parte de aditivo no líquido de arrefecimento do motor não poderá ultrapassar 60%, porque assim a proteção anticongelante volta a diminuir e o efeito arrefecedor piora. O aditivo do líquido de arrefecimento do motor comprado na rede autorizada VW pode ser reconhecido pela coloração lilás. A mistura de água e aditivo do líquido de arrefecimento oferece uma proteção anticongelante até

-25 °C, protege as partes de liga leve no sistema de arrefecimento contra corrosão, impede o depósito de cálcio, que obstrui as passagens internas do radiador e aumenta o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento, acima dos 100 graus centígrados. Ao reabastecer o líquido de arrefecimento do motor, deve ser utilizada uma mistura de água destilada, evite o uso de água da torneira ou da chuva, e no mínimo 40% do aditivo do líquido de arrefecimento do motor G 13 ou G 12 plus(++) (TL-VW 774 G), ambos de cor lilás, para alcançar uma alta proteção anticorrosiva. Uma mistura de G 13 com o líquido de arrefecimento do

motor G 12 plus (TL-VW 774 F), G 12 (cor vermelha) ou G 11 (cor verde azulado) piora muito a proteção anticorrosiva e, por este motivo, deve ser evitada. (Fig.11 a 12) Nunca misturar aditivos do líquido de arrefecimento do motor originais com outros líquidos de arrefecimento não liberados pela Volkswagen. Se o líquido no reservatório do líquido de arrefecimento do motor não estiver rosa (a cor é resultado da mistura do aditivo do líquido de arrefecimento do motor lilás com água destilada), e sim, por exemplo, marrom, o G 13 foi misturado com outro líquido de arrefecimento do motor não indicado. Nesse caso, o líquido de arrefecimento do motor deve ser trocado imediatamente. Do contrário, podem ter como consequência graves deficiências de funcionamento ou um dano no motor e no sistema de arrefecimento. Caso isso aconteça dentro do período de garantia e que o motor sofreu alguma avaria, a VW vai entender que a manutenção não foi correta pelo uso indevido de produtos diferentes dos que estão especificados e homologados.

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Evolução do sistema de retrovisores por câmeras digitais do caminhão Mercedes-Benz Actros-Parte1 Fotos e ilustrações: Gaspar

MirrorCam ou câmera espelho está na segunda geração, avançando para se adequar às rodovias e necessidades dos motoristas para garantir uma condução segura em todas as condições climáticas e durante a noite Antonio Gaspar de Oliveira agaspar@hotmail.com

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s inovações tecnológicas são muito dinâmicas e a cada momento chegam novidades que nos surpreendem com mudanças que estavam resistindo ao tempo desde a invenção do automóvel. O espelho retrovisor tem a sua origem pela necessidade de ter uma visão da estrada logo atrás do carro e isso aconteceu no final de 1800 e início de 1900 em algumas competições automotivas. (Fig.1 e 2) Durante todo este período, o espelho retrovisor reinou sozinho em automóveis e caminhões, mas em 2018 a Mercedes-Benz iniciou a produção em série de caminhões equipados com a MirrorCam / câmera espelho / espelho digital. O sistema funciona com duas câmeras, uma instalada do lado superior externo direito da cabine e a outra do lado esquerdo. A imagem é projetada em dois monitores verticais de 15 polegadas instalados em cada coluna interna do caminhão, em uma posição semelhante à do espelho convencional, só que do lado interno. (Fig.3 a 6) Isso é o resultado do avanço nas aplicações das câmeras digitais em todas as áreas, até chegar nos veículos e substituindo o espelho retrovisor convencional instalado nas portas. A tecnologia aplicada nas

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2 câmeras digitais faz mais do que simplesmente substituir o espelho retrovisor convencional, permitindo uma ampliação na forma de observar tudo o que acontece nas laterais e na parte traseira do veículo. Pode parecer que as câmeras digitais vão eliminar definitivamente os espelhos retrovisores convencionais, mas não é o que observamos em um caminhão Mercedes-Benz Actros 2023 com dois espelhos auxiliares convencionais externos com

visão ampliada instalados do lado direito da cabine, um na janela do passageiro, apontado para baixo, conhecido como espelho de meio-fio e o outro posicionado para o para-brisas, também apontado para baixo, utilizado durante manobras e para ver o que está à frente da cabine. (Fig.7) Mesmo com todos os recursos tecnológicos das câmeras digitais, os caminhões continuam com pontos cegos e estes espelhos são utilizados para

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5 minimizar estes locais sem a visão do motorista, que pode provocar acidentes devido à falta de visibilidade durante as mudanças de faixas, manobras e até nos semáforos quando uma moto ou um carro para em

6 um dos pontos cegos do caminhão. Isso pode até contrariar algumas informações extremamente otimistas, alegando

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8 que a eliminação dos espelhos tradicionais e os de grande angular montados nas portas permite uma área visível maior à esquerda e à direita das colunas da cabine, mas na prática, os retrovisores tradicionais e os digitais estão atuando conjuntamente. Os retrovisores digitais permitem uma visão mais ampla durante as curvas, quando a parte traseira da carreta fica fora do ângulo de visão do motorista, pois o sistema de controle e processamento das imagens permite a rotação da câmera na direção do raio interno de uma curva, deixando a extremidade traseira da carreta sempre visível. (Fig.8) O caminhão sai de fábrica com a configuração padrão para uma carreta, mas o motorista pode alterar essa configuração para o uso de carretas duplas. Algumas carretas modernas já possuem um sistema autônomo no qual a carreta transmite os seus dados geométricos ao sistema de controle de imagens e o motorista ainda pode ajustar manualmente o raio de giro através do interruptor de quatro posições instalado na porta. Pensando em economia de combustível, o desenho aerodinâmico das câmeras reduz significativamente o consumo de combustível quando com-

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9 parado com o desenho tradicional dos espelhos e segundo os engenheiros da Mercedes-Benz, que fizeram testes em túnel de vento, pode reduzir o consumo de combustível em 1,3 por cento em comparação com retrovisores tradicionais montados nas portas. A visão traseira do caminhão fica prejudicada durante as chuvas, pois há acúmulo de gotas no espelho externo e no vidro da janela da porta, mas utilizando a nova tecnologia de espelhos digitais com a lente que possui um revestimento especial, a posição elevada da câmera no veículo, uma cobertura acima da lente da câmera e o sinal digital da imagem para o monitor na cabine, o embaçamento e a sujeira dificilmente afetam o sistema. Nos dias frios e úmidos com temperaturas abaixo de 15 graus Celsius, as câmaras aquecem automaticamente, permitindo sempre uma visão limpa e caso seja necessário, a função de aquecimento pode ser ativada manualmente. (Fig.9) Outra função importante está nas linhas indicadoras de distância, que acendem no monitor do sistema de espelho

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digital para ajudar os motoristas a calcular as distâncias dos objetos e dos veículos que se aproximam atrás do caminhão. São três linhas fixas exibidas juntas: A linha mais próxima do topo da tela indica uma distância de 100 metros; A linha do meio indica uma distância de 50 metros; A terceira linha a partir do topo da tela indica uma distância de 30 metros. A linha mais baixa na parte superior da tela é uma linha ajustável que o motorista pode ajustar com precisão para marcar o final da carreta no nível do solo. (Fig.10) Cada vez que uma carreta diferente é engatada no caminhão, é de vital importância que o motorista verifique e ajuste este indicador. Para configurar o final da linha da carreta é preciso seguir algumas instruções. Antes de ativar o modo de calibração, certifique-se de que o conjunto (carreta e ca-

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minhão) esteja em linha reta e em solo nivelado. Sentado no banco do motorista e usando o painel de controle montado na porta, coloque um marcador que você possa ver claramente no final da carreta e ative o modo de calibração de ajuste de final da carreta. Para ativar este modo de calibração, gire a chave duas vezes em 10 segundos. O modo de calibração será ativado automaticamente quando uma carreta equipada com EBS for acoplada ao caminhão. Combinando as informações de assistência integradas com o sistema de espelho digital, o motorista pode avaliar três situações quando estiver dirigindo: 1. Quando existe distância suficiente para entrar em uma faixa ou virar;

TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO JORNAL SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM.

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2. Identificar o espaço na parte traseira da carreta durante as manobras; 3. Após a ultrapassagem, voltar com segurança para a faixa da direita novamente. Em situações de pouca luminosidade, como ao entardecer, o espelho digital oferece uma vantagem sobre os espelhos tradicionais montados nas portas. Os monitores mostram uma imagem muito mais brilhante do que a luz natural, consequentemente, o motorista recebe imagens mais definidas. (Fig.11 e 12) O brilho da tela pode ser ajustado às condições de iluminação para que o motorista não fique ofuscado pelo brilho da tela. Continua na próxima edição!

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Antonio Gaspar de Oliveira é Tecnólogo

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A evolução da comunicação OBD (On-Board Diagnostics) Ilustrações: Jordan Jovino

O objetivo do sistema OBD é detectar e alertar o condutor sobre possíveis falhas ou anomalias que possam comprometer o desempenho, a segurança ou o meio ambiente Jordan Jovino

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BD é a sigla para On-Board Diagnostics, que significa Diagnóstico de Bordo em português. Trata-se de um sistema eletrônico que monitora o funcionamento dos principais componentes e sistemas do veículo, como motor, transmissão, freios, suspensão, emissões etc. O QUE É UM SISTEMA OBD? O sistema OBD é composto por uma série de sensores, atuadores e módulos eletrônicos que se comunicam entre si por meio de um protocolo padronizado. Esses dispositivos coletam e processam dados sobre o estado e o funcionamento do veículo e os armazenam na memória do módulo de controle eletrônico (ECU). Quando o sistema OBD identifica uma falha ou uma condição fora dos parâmetros normais, ele aciona uma luz de advertência no painel do veículo (geralmente chamada de luz da injeção eletrônica ou luz do motor) e registra um código de falha (DTC) na memória da ECU. Esse código pode ser lido por meio de um equipamento específico chamado scanner ou leitor de código de falha, que permite ao mecânico ou ao proprietário do veículo diagnosticar e corrigir o problema. (Fig.1) PARA QUE SERVE O SISTEMA OBD?

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1 O sistema OBD é um sistema de diagnóstico eletrônico que monitora o funcionamento dos componentes do motor e do sistema de emissões do veículo. O sistema OBD é capaz de detectar falhas ou anomalias nesses componentes e alertar o condutor através de uma luz indicadora no painel, chamada de MIL (Malfunction Indicator Lamp). Além disso, o sistema OBD armazena os códigos de falha na memória do módulo de controle eletrônico (ECU), que podem ser acessados por meio de um scanner ou leitor de código. Esses códigos fornecem informações sobre a origem e a natureza da falha, facilitando o diagnóstico e a reparação do problema. PROTOCOLOS OBD Os protocolos OBD1 são sistemas de diagnóstico de bordo usados em veículos fabricados antes de 1996. Esses protocolos permitiam que os mecânicos acessassem informações sobre a operação do motor e outros componentes, bem como códigos de falhas que indicavam possíveis problemas. No entanto, os proto-

colos OBD1 não eram padronizados e cada fabricante usava seu próprio conector, fiação e método de comunicação. Isso dificultava a compatibilidade entre diferentes marcas e modelos de veículos e exigia ferramentas específicas para cada um. Além disso, os protocolos OBD1 ofereciam informações limitadas e não cobriam todos os sistemas do veículo, como controle de emissões ou segurança. (Fig.2) SISTEMA OBD2 O sistema OBD2 é um padrão de diagnóstico de bordo que permite a comunicação entre os sensores e os módulos eletrônicos do veículo. O objetivo do sistema OBD2 é monitorar o funcionamento dos componentes relacionados às emissões de poluentes, como o catalisador, a sonda lambda, o sistema de injeção eletrônica e o sistema de recirculação dos gases de escape. O sistema OBD2 também pode detectar falhas ou anomalias nesses componentes e armazenar códigos de erro na memória do módulo de controle do motor. Esses códigos podem ser lidos por um scanner ou um aplicativo conectado à porta

2 OBD2 do veículo, que geralmente fica localizada sob o painel ou próximo à alavanca de câmbio. O OBD2 é capaz de identificar e registrar diversos tipos de problemas que afetam o desempenho e a eficiência do motor, como falhas na ignição, no sistema de injeção, no catalisador, na sonda lambda, entre outros. O OBD2 também monitora os níveis de emissão de poluentes, como o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio, e alerta o motorista quando esses níveis ultrapassam os limites estabelecidos pela legislação ambiental. PROTOCOLOS OBD2 Os protocolos OBD2 são os sistemas de comunicação usados pelos veículos para transmitir informações sobre seu status e operação. Esses protocolos permitem que os dispositivos de diagnóstico acessem os dados

armazenados na unidade de controle do motor (ECU) e detectem possíveis falhas ou mau funcionamento. Os protocolos OBD2 são classificados em cinco tipos com base no tipo de conector, tensão, velocidade de transmissão e formato da mensagem. São eles: ISO 9141-2, ISO 14230-4 (KWP2000), ISO 15765-4 (CAN), SAE J1850 (PWM e VPW) e ISO 11898 (CAN). Cada protocolo tem suas vantagens e desvantagens, e nem todos os veículos suportam todos os protocolos. Portanto, é importante conhecer o protocolo que nosso veículo usa antes de comprar um dispositivo de diagnóstico OBD2. (Fig.3) PROTOCOLO J2534 O protocolo J2534 é um padrão que define como reprogramar e diagnosticar as unidades de controle eletrônico (ECUs) dos veículos. Ele permite o uso de um úni-

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Número do pino Nome do PIN 1

Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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SAE J1850 Bus+

Pino positivo do barramento do protocolo. Ele usa o protocolo Variable Pulse Width e é normalmente encontrado em veículos da General Motors.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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Terra do Chassi

O terra do sistema (incluindo chassis).

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Terra de Sinal

O terra do sistema (incluindo chassis).

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CAN High ISO 15765-4, SAE J2284

CAN High Pin. Segue um protocolo CAN de 2 fios com velocidade de 1 Mbps.

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ISO 9141-2 / ISO 14230-4 K Line

Pino da linha K. Segue um protocolo de comunicação serial assíncrono.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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SAE J1850 Bus-

Pino negativo do barramento do protocolo. Segue o protocolo de Largura de Pulso Variável.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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Fabricante

Este pino não é padrão e depende do fabricante do veículo. Não é necessário para a comunicação normal.

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CAN Low ISO 15765-4, SAE J2284

CAN Low Pin. Ele usa um protocolo CAN de 2 fios na velocidade de 1 Mbps.

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Linha L ISO 9141-2 / ISO 14230-4 (opcional)

Pino K-line. Ele usa um protocolo de comunicação serial assíncrono.

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Energia da bateria do veículo

Conecta-se à bateria do veículo para alimentar as ferramentas de digitalização. Tipo "A" 12V/4A; Tipo "B" 24V/2A

4 3 co dispositivo e software para se comunicar com diferentes ECUs de diferentes fabricantes. O J2534 é suportado pela maioria dos veículos modernos que cumprem o protocolo OBD-II. O J2534 fornece uma interface comum para técnicos e desenvolvedores acessarem a rede do veículo e executarem várias tarefas, como atualização de firmware, limpeza de códigos de falha, leitura de dados do sensor e muito mais. O J534 é um hardware igual um scanner que permite que o usuário acesse os veículos mais modernos de diferentes montadoras, utilizando o software original da montadora. POR QUE FOI DESENVOLVIDO O SISTEMA J2534? O sistema J2534 foi desenvolvido para padronizar a comunicação entre os veículos e os equipamentos de diagnóstico, permitindo que diferentes fabricantes e modelos possam ser acessados por uma única interface (Hardware). Esse sistema facilita a realização de testes, ajustes e atualizações nos sistemas eletrônicos dos veículos, reduzindo os custos e o tempo de manutenção. O sistema J2534 também possibilita a utilização de softwares de diagnóstico de terceiros, ampliando as opções dos profissionais da área. PASS TRHU Pass trhu automotivo é um sistema que permite atualizar o

5 software dos veículos através de uma conexão com o fabricante. Esse sistema facilita o diagnóstico e a correção de falhas, além de oferecer novas funcionalidades e melhorias de desempenho. O pass trhu automotivo requer um equipamento específico, que pode ser adquirido por oficinas e concessionárias autorizadas. O equipamento se conecta ao veículo por meio de uma interface padrão, chamada OBD-II, e ao fabricante por meio de uma rede de internet. Assim, o fabricante pode enviar as atualizações de software diretamente para o veículo, sem a necessidade de intervenção manual. O pass trhu automotivo é uma tecnologia que traz benefícios tanto para os proprietários dos veículos quanto para os profissionais da área. Os proprietários podem ter acesso a novas funcionalidades e melhorias de desempenho, além de economizar tempo e dinheiro com a manutenção preventiva. Os profissionais podem oferecer um serviço mais rápido e eficiente, além de se manterem atualizados com as novidades do mercado. (Fig.4) SECURITY GATEWAY Um security gateway automotivo é um dispositivo que protege a rede de comunicação de um veículo contra ataques externos. Ele funciona como uma barreira

entre os diferentes domínios do veículo, como o sistema de entretenimento, o sistema de controle do motor, o sistema de frenagem e o sistema de diagnóstico. O security gateway verifica a autenticidade e a integridade das mensagens que circulam na rede, e bloqueia aquelas que são suspeitas ou maliciosas. Além disso, ele pode criptografar e descriptografar as mensagens para garantir a confidencialidade dos dados. O security gateway é essencial para a segurança cibernética dos veículos modernos, que estão cada vez mais conectados e inteligentes. (Fig.5) SISTEMA OBD3 O sistema OBD3 (Terceira Geração) é um sistema de diagnóstico a bordo que permite que os veículos se comuniquem com as autoridades ambientais e de trânsito por meio de uma conexão sem fio. O objetivo deste sistema é reduzir as emissões poluentes e melhorar a segurança rodoviária, através da detecção e comunicação de qualquer anomalia ou avaria no funcionamento do motor ou dos sistemas de controle de emissões. O sistema OBD3 também pode ativar o modo de operação limitada ou restrita do veículo, ou mesmo desativá-lo completamente, se for detectada uma violação grave das normas ambientais ou de trânsito. O sistema OBD3 está programado para ser implementado nos Estados Unidos a partir do ano de 2025, e espera-se que seja estendido a outros países no futuro.

Descrição

“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br

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TÉCNICA

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Indicador de nível de combustível com mau funcionamento Veremos nesta aula os detalhes da unidade que controla o funcionamento da bomba elétrica de combustível de baixa pressão, que altera consideravelmente o funcionamento do sistema de alta pressão de combustível. Professor Scopino scopino@automecanicascopino.com.br

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o de mo s t e r a lg u m a s reclamações quando o cliente chega na oficina. Indicador de depósito incorreto? Cabo rompido no módulo do combustível? Ruído de assobio forte durante a abertura da tampa do depósito ou do fecho do depósito? O problema poderá estar no sistema de ventilação do depósito. Em caso de um defeito no sistema de ventilação do depósito pode ocorrer uma forte formação de vácuo no tanque de combustível. Isso pode provocar uma contração excessiva do tanque de combustível. O módulo de alimentação de combustível é composto pela tampa do flange e pelo reservatório com o sensor do depósito e a bomba de combustível. Graças a essa estrutura bipartida, o módulo de alimentação de combustível consegue compensar alterações do tamanho do tanque de combustível até uma determinada faixa (fig. 1).

ATENÇÃO AO CONTATO DO SENSOR LOGO ABAIXO DA TAMPA DO MÓDULO DE COMBUSTÍVEL

Muitos casos de falhas na indicação do nível de combustível podem estar relacionados ao mau contato em seus terminais. E sempre que temos um mau contato teremos uma alteração em sua resistência elétrica, e claro, na alteração desta grandeza elétrica teremos alteração na indicação do nível de combustível no marcador do painel de inst r u mentos. A utilização de combustível adulterado potencializa esta falha com maior corrosão dos terminais elétricos. É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto. Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos.

Se a formação de vácuo se intensificar em demasia, por exemplo, devido ao gelo, e o tanque de combustível contrair excessivamente, os cabos do sensor do depósito podem ser cortados (fig. 2). E esta falha pode ser completa, ou seja, irá parar totalmente a marcação no painel, ou ainda gerar uma falha intermitente. COMENTÁRIOS DE REPARADOR PARA REPARADOR

Professor Scopino, Mecânico de Autos Profissional e Embaixador da marca Pierburg no Brasil

TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO VEÍCULO SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM.

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TÉCNICA

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Ar-condicionado na Europa e Estados Unidos avança com a utilização do refrigerante HFO-1234yf Fotos e ilustrações: Gaspar

Os continentes Europeu e Norte-Americano adotaram o uso do fluido refrigerante HFO-1234yf no ar-condicionado automotivo para atender às metas de preservação ambiental do planeta. E os demais países? Antonio Gaspar de Oliveira agaspar@hotmail.com

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té chegar no estágio atual de melhorias no sistema de climatização automotiva, que inclui o uso de fluidos refrigerantes menos agressivos ao meio ambiente, foram desenvolvidos três tipos de fluidos refrigerantes, conforme a tecnologia de cada época e considerando também os efeitos negativos causados ao meio ambiente. O principal efeito de dano ambiental foi a destruição parcial da camada de ozônio que protege todos os seres vivos do planeta contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta vindos diretamente do sol. O fluido refrigerante R12 foi muito utilizado até a década de 1990, conhecido como CFC – cloroflúorcarbono – quando liberado na atmosfera durante as manutenções do sistema de ar-condicionado, atinge altitudes elevadas na atmosfera, chegando até as camadas de ozônio localizadas na estratosfera. (Fig.1) Quando o CFC é atingido pela radiação solar ultravioleta, se desintegra e libera o cloro. Na sequência o cloro reage com o ozônio, diminuindo a sua concentração, transformado em oxigênio (O2). É neste momento que a catástrofe inicia, pois o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios

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1 ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio e tem mais, o cloro pode reagir com os átomos de oxigênio livres na estratosfera e formar mais átomos de cloro, que ampliam a destruirão as moléculas de ozônio. O processo de recuperação natural é lento e as possibilidades de recomposição são otimistas devido ao fim do uso deste tipo fluido refrigerante nos sistemas de ar-condicionado. Mesmo com tantas informações, ainda encontramos pessoas afirmando que não há nada de errado em lançar estes poluentes na atmosfera e que as mudanças nos tipos de fluidos refrigerantes são apenas para os fabricantes destes fluidos ganharem mais dinheiro! (Fig.2) O ciclo evolutivo de melhorias dos fluidos refrigerantes pode ser descrito em três tipos utilizados nos sistemas de ar-condicionado automotivo. O fluido refrigerante R12 (fréon), foi muito utilizado até 1995, como o refrigerante universal, funcionou bem e de cus-

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3 to barato, esfria até se tornar um líquido próximo ao ponto de congelamento da água, absorvendo muito bem o calor. O uso extensivo de fréon acabou contribuindo para o rápido esgotamento da camada de ozônio e por isso que o fréon foi banido de todos os carros a partir de 1995. O fluido refrigerante que sucedeu o R12 foi o R134a, selecionado por sua eficácia e baixo risco de inflamabilidade, este fluido refrigerante é mais amigo da camada de ozono, mas não é mais amigo do ambiente. O R134a contém gases de efeito estufa que não se decompõem rapidamente e, portanto, contribuem para o aquecimento do planeta que caracteriza as alte-

rações climáticas. Após 26 anos utilizando o R134a como substituto do R12, agora temos o substituto do R134a, que é o R1234yf. (Fig.3) Este novo fluido refrigerante funciona tão bem como os seus antecessores, ao mesmo tempo que se decompõe em componentes inofensivos em pouco tempo, quando comparado com os demais fluidos refrigerantes. ✓ R12: 100 anos; ✓ R134a: 10 anos; ✓ R1234yf: 3 anos. A única desvantagem do R1234yf é que ele é inflamável, no entanto, pegar fogo nos carros não está sendo um problema na Europa e nos Estados Unidos. (Fig.4 )

A comprovação da eficiência deste fluido refrigerante está no número de veículos fabricados e comercializados desde a sua implantação, que revela uma quantidade perto de 200 milhões de veículos usando HFO-1234yf até o final de 2022, sendo cerca de 175 milhões somente nos Estados Unidos e na Europa, com vendas adicionais em outras partes do mundo, inclusive aqui no Brasil. Os fabricantes de automóveis continuarão a usar o HFC-134a principalmente em mercados onde o GWP<150 não é exigido ou incentivado. Apesar da transição gradual para o HFO-1234yf em lugares como Europa e América do Norte, que exigem ou incentivam fluidos refrigerantes com GWP <150, a maioria dos novos veículos do mundo continuou a usar HFC-134a. Isso se deve às vendas contínuas de veículos que usam HFC-134a na China e em outros países menos desenvolvidos, inclusive pelos EUA e Brasil A regulamentação denominada como Diretiva 2006/40/ CE, relativa às emissões de sistemas de ar-condicionado em veículos motorizados, seguiu a aplicação gradualmente em três fases para os fabricantes se adequarem à novas regras de controle de poluição do sistema de ar-condicionado. Fase 1: A partir de 21 de junho de 2008; Fase 2: A partir de 1 de janeiro de 2011 (adiada para 1 de janeiro de 2013; Fase 3: A partir de 1 de janeiro de 2017.

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58 Os mercados Europeu e Norte Americano são pioneiros no uso do fluido refrigerante HFO-1234yf, enquanto o resto do mundo continua a fabricar os veículos utilizando HFC-134a . Os números impressionam, pois quase um bilhão de veículos foram fabricados globalmente desde 2013, quando o refrigerante HFO-1234yf foi introduzido comercialmente pela primeira vez. Considerando que a maioria dos veículos foram equipados com ar-condicionado e aproximadamente 200 milhões de veículos em todo o mundo estão equipados com sistemas HFO-1234yf, conclui-se que até 800 milhões, aproximadamente 80% dos veículos fabricados desde 2013 continuaram a utilizar HFC-134a. No final de 2022, a maioria dos fabricantes globais de au-

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tomóveis continuavam a usar HFC-134a quando fabricavam ou vendiam veículos em países que não estabeleceram regras ou incentivos para a transição do fluido refrigerante HFC-134a e o HFO-1234yf. Outros mercados adotaram o HFO-1234yf também em

sistemas de ar-condicionado automotivo, incluindo Japão e Coreia do Sul. No entanto, os veículos com sistemas HFC-134a continuaram a ser produzidos e vendidos na China, que é o maior mercado automotivo do mundo, Índia, Brasil e outros países. Quando um carro importado chegar na oficina para manutenção do sistema de climatização, é importante identificar qual fluido refrigerante está aplicado, isso pode ser feito verificando etiquetas no compartimento do motor, formato das tomadas de serviço e no manual do carro tem esta informação. (Fig.5)

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DIA DO MECÂNICO A capacidade de diagnosticar, cuidar e manter os nossos carros em dia, deve ser comemorada! Em homenagem ao Dia do Mecânico, a Monroe Amortecedores celebra aqueles que tornam nossos caminhos mais seguros. Agradecemos a todos esses profissionais que possuem o talento como sua melhor ferramenta. Juntos, tornamos cada viagem mais segura e confortável.

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Diagnóstico e Manutenção avançada em DCUs – Bombas de ARLA – Parte I Não é de hoje que os sistemas de pós-tratamento SCR estão rendendo muito trabalho para o reparador, por conta da sua peculariedade na geração de falha na ECU

Nesta série, vamos considerar algumas das principais manutenções nos sistemas mais usados no nosso país. O sistema de pós-tratamento SCR possui uma dificuldade bem particular na reparação – a geração de falhas no sistema informadas pelos módulos eletrônicos é muito genérica. Quando temos uma falha no sistema, em geral ela será identificada como “falta de eficiência catalítica no sistema SCR”, ou, “falha no sistema de pós-tratamento”. Portanto, quando temos a luz acesa no painel e uma falha no scanner, a causa real pode estar em qualquer elemento do sistema. Não conseguimos pela falha ou sintoma condenar nenhum dos componentes de imediato. Se faz necessária uma ferramenta de análise especial com funções específicas para testes de cada elemento eletrônico, eletromecânico e hidráulico do sistema SCR para, através de uma sequência técnica e lógica, eliminar possibilidades até que chegamos à verdadeira causa do problema. IMAGEM 1 Essas análises são basicamente as seguintes: 1. Análises via scanner de diagnóstico (códigos de falhas); 2. Teste de eficiência catalítica (para confirmar que temos uma falha no sistema SCR); 3. Análises na química do ARLA 32 (quantidade de ureia e análise de minerais); 4. Testes nos sensores comuns periféricos do sistema (temperatura, nível, pressão etc.); 5. Testes no sensor de Nox; 6. Dosagem de ARLA (ml

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Bomba (reservatório) 2. Saída para o Dosador 3. Retorno do ARLA para o reservatório 4. Conector da eletroválvula de ar para a Bomba 5. Conector elétrico da Bomba

Fotos: André Miura

André Miura andremiura@chiptronic.com.br

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2 vs tempo); 7. Análise avançada da DCU ou Bomba (tanto da função geral final de dosagem quanto dos elementos internos da Bomba); 8. Teste de eficiência catalítica final (para confirmação da solução da falha). Quando eliminamos causas periféricas e chegamos à conclu-

são de que a falha do sistema está na DCU (Dosing Control Unit) encontramos para cada sistema algumas falhas recorrentes. Vamos analisar nesta matéria um desses sistemas, bem como sua principal falha recorrente – sistema EMITEC. IMAGEM 2 SISTEMA EMITEC

Este sistema é muito usado em nosso país e está presente em várias montadoras, como Ford, MAN, dentre outras. O sistema EMITEC tem a particularidade de trabalhar com ar e ARLA, portanto possui elementos para trabalho pneumático e hidráulico. Devido a este fato, o sistema apresenta algumas falhas recorrentes em sua parte superior – os cabeçotes. A mistura do ar comprimido com o reagente causa algumas falhas relacionadas a cavitação. Essas falhas serão analisadas mais à frente neste artigo. Primeiro, vamos conhecer o sistema em linhas gerais, suas entradas e saídas. IMAGEM 3 1. Entrada de ARLA na

SISTEMA DE CABEÇOTES DA BOMBA Diferente de outros sistemas de DCUs, no sistema EMITEC a mistura do ARLA com o ar ocorre dentro da própria bomba. Essa é a principal funcionalidade dos cabeçotes superiores. Quando o ARLA entra pelo “inlet” da bomba, ele é succionado pela membrana da bomba de diafragma através de uma válvula unidirecional mecânica (composta por mola e esfera de vedação). Após a sucção, o ARLA é bombeado com pressão nominal do sistema para uma câmara de mistura. Enquanto isso, o ar também é direcionado através de uma eletroválvula reguladora de ar para o interior dos cabeçotes e para a câmara de mistura. Dentro dessa câmara, o ar e o ARLA são misturados e seguem sob pressão para o “outlet” da bomba (consequentemente para o bico dosador externo). O retorno (backflow) da bomba também é controlado por uma válvula unidirecional mecânica. IMAGEM 4 / IMAGEM 5 As conexões e elementos do cabeçote superior são: 1. Válvula unidirecional de admissão (junto ao filtro de entrada – peneira); 2. Câmara da válvula unidirecional de retorno; 3. Câmara de mistura (AR + ARLA). IMAGEM 6 As conexões e elementos do cabeçote superior são:

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vida útil do sistema. O excesso de minerais aliado a ação do ar comprimido cavita a câmara e suas laterais, ocasionando vazamento e perda de pressão do sistema. A perda de pressão impossibilita a dosagem adequada do reagente para o bico dosador. IMAGEM 7 Para a manutenção é necessário efetuar a troca do jogo de cabeçotes, bem como suas juntas de vedação e válvula unidirecionais. Um cuidado importante é estar atento à qualidade dessas peças, não raro os cabeçotes podem vir com vias obstruídas (sem furos, impossibilitando a passagem do reagente). Além disso, é importante verificar se há estanqueidade nas válvulas unidirecionais, teste que pode ser feito usando uma bomba de vácuo manual. VALIDAÇÕES EM BANCADA

7 1. Válvula de entrada de ARLA na câmara de mistura; 2. Válvula de entrada de ar na câmara de mistura; 3. Válvula unidirecional de escape; 4. Câmara da válvula unidirecional de admissão; 5. Câmara de sucção e pressurização do ARLA; 6. Câmara de ar; 7. Conector do aquecedor do ARLA.

FALHA COMUM DO SISTEMA As falhas mais comuns do sistema EMITEC estão nas funcionalidades do cabeçote, podendo estar relacionadas às válvulas unidirecionais, às juntas de vedação entre camadas e à câmara de mistura. As falhas principais estão relacionadas à câmara de mistura ar e ARLA. Isso ocorre por conta da cavitação resultante ao longo do tempo, devido a ARLA de má qualidade comumente utilizado em algumas ocasiões ao longo da

Para um correto diagnóstico de que a causa da falha do sistema SCR é a Bomba e para que, após as manutenções, seja possível validar o reparo e garantir 100% de eficiência, é de suma importância efetuar uma simulação em bancada. Para isso, é possível através de ferramenta de funções especiais submeter a bomba a testes de dosagem completos bem como de seus elementos internos. IMAGEM 8 Para avançar no ramo da reparação dos sistemas SCR são necessários conhecimentos avançados da eletrônica embarcada interna das DCUs. Especialize-se nessa área que ainda tem escassez de mão de obra especializada! Na próxima parte desta série de artigos, consideraremos mais um sistema de bombeamento e uma falha comum. Não perca!

André Miura é Diretor e proprietário da Chiptronic Tecnologia Automotiva TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO JORNAL SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM.

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O Corsa Classic ano 2015 falhando

Diagnóstico: Com o histórico de quatro passagens por oficinas diferentes e sem encontrar a solução, vários diagnósticos foram realizados. Após o abastecimento com gasolina, ficava com cheiro forte dentro do carro e por isso foi retirado o tanque mas nenhum vazamento foi encontrado. Também foram trocados os cabos de velas, as velas, bobina e os bicos passaram por uma limpeza e mesmo com t udo isso não foi possível encontrar o defeito. Quando foi sugerido fazer a troca dos bicos, o cliente desistiu de arrumar o carro e continuou usando com falhas e consumindo muito combustível

e isso foi há seis meses. Agora na oficina, o scanner identificou muitas falhas presentes e passadas que foram apagadas mas os testes básicos foram realizados e até a compressão de cilindros foi conferida. Conversando com os mecânicos da concessionária GM, informaram que já tinham pego 4 carros com este mesmo defeito e para eles a solução era fazer uma atualização do módulo da injeção ou fazer a troca.

Solução: com a sugestão da concessionária GM de fazer a troca ou atualização do módulo da injeção, o cliente conseguiu o aporte financeiro e o serviço de reprogramação foi feito e o carro já rodou mais de 500 Km sem apresentar defeito. Foi um alívio para o cliente, que agora está usando o carro que funciona sem os antigos defeitos.

Diagnóstico: com a utilização do scanner foi identificado o código de falha P 0340 – sensor de fase. Interessante observar que após apagar este código de falha, o motor recupera seu desempenho e funciona normalmente mas este pode ser um daqueles defeitos intermitentes que pode deixar o cliente e o dono da oficina preocupados, porque pode voltar. Outros reparadores que já

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pegaram este tipo de defeito sempre aconselham fazer a troca do sensor justamente porque pode voltar o defeito. Os relatos dos reparadores é que este defeito sempre volta e gera transtorno entre a oficina e o dono do carro. Solução: o sensor de fase deste carro aparenta uma certa fragilidade que compromete o seu tempo de uso, gerando defeito mesmo com quilometragem baixa. Com o apoio dos reparadores do Fórum informando que o ideal

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Bravo 1.8 ano 2013 perde aceleração Defeito: Chegou na oficina com a luz da injeção acesa no painel e o motor perde aceleração devido à rotação que não passa da metade da sua capacidade de giro

GM Cruze 1.8 flex com reservatório de água cheio de óleo

Fotos: Divulgação

Defeito: Com apenas 15 mil km rodados, este carro já passou por quatro oficinas e o cliente já sem paciência e sem dinheiro continua reclamando das falhas e do consumo elevado de combustível.

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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 130 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site. Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.

Defeito: Este carro tinha muito serviço para ser feito, mas o que estava intrigando era a presença de óleo dentro do reservatório de água e não era pouco. Foi trocada a junta do cabeçote porque estava queimada e agora falta descobrir de onde está vindo o óleo. Diag nóst ico: no motor deste carro tem um sistema de troca de calor do óleo por onde a água passa e é um dos suspeitos para estar gerando esta mistura de óleo na água. Neste trocador de calor tem uma junta de borracha que deve ser verificada, pois poderia ser a causa do defeito.

Resfriador do óleo

Solução: realmente valeram as orientações compartilhadas pelos participantes do Fórum e verificando o trocador de calor, foi encontrada a junta de borracha que estava com defeito e com a colocação de uma junta nova, o defeito foi resolvido e a água do reservatório ficou limpa.

seria realizar a troca do sensor para garantir a solução definitiva do problema, assim foi feito e com o sensor novo instalado, a luz da injeção apagou e o carro voltou a funcionar sem problemas. A ajuda dos colegas de profissão sempre facilita encontrar soluções, por mais desafiador que possa parecer.

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