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CONSIDERAÇÕES FINAIS: VOLTANDO AOS TRÊS TIPOS DE CAPITAL
O desenvolvimento da avaliação de Aprendizagem no Mundo PISA 2025 só foi possível devido à convergência dos diferentes tipos de capital descritos acima. O apoio político de uma agenda de pesquisa e desenvolvimento por parte dos países participantes do PISA tem sido forte. A avaliação inovadora incluída em cada ciclo do PISA é, agora, vista como um espaço seguro para testar inovações importantes no projeto de tarefas e modelos analíticos que podem ser transferidos para os domínios de tendência de Leitura, Matemática e Ciências, ou que podem servir de inspiração para o desenvolvimento de avaliações nacionais, uma vez que seu valor seja comprovado.
Reconhecendo a necessidade de múltiplas iterações na concepção de tarefas e de extensos processos de validação para escolhas analíticas e de projeto por meio de laboratórios cognitivos e estudos-piloto, o Conselho de Administração do PISA forneceu os apoios financeiro e político necessários para iniciar o desenvolvimento do teste cinco anos antes da coleta dos dados principais. Recursos adicionais foram disponibilizados por fundações de pesquisa que reconheceram o valor das avaliações inovadoras.
O desenvolvimento da avaliação também foi conduzido por um grupo de especialistas com diferentes formações disciplinares: especialistas no assunto trabalharam lado a lado com psicometristas, estudiosos em análise de aprendizagem e especialistas em design de UI/UX. Essa fertilização cruzada foi importante para abrir espaço para os novos métodos de identificação de evidências em ambientes de aprendizagem digital, mantendo em mente o objetivo central de atingir métricas comparáveis que gerem interpretações válidas de diferenças de desempenho entre países e grupos.
Esse novo teste do PISA representa apenas uma incursão inicial no empreendimento de avaliações inovadoras. Conforme argumentado na publicação Innovating Assessments to Measure and Support Complex Skills, precisamos de novas avaliações disciplinares e interdisciplinares para fornecer uma descrição exaustiva da qualidade das experiências educacionais em todos os países. Vários desafios também permanecem, sobretudo no vértice de interpretação do Triângulo de Avaliação. Fóruns internacionais, como PISA ou IEA, têm um papel a desempenhar na coordenação de demandas políticas e na facilitação de um consenso sobre quais peças do quebra-cabeça precisamos montar, e quais devem ser as prioridades para o curto prazo e além. Há mais do que ampla evidência de que a avaliação inovadora de competências educacional e socialmente significativas é desejável e possível. As evidências também sugerem que a cooperação e a colaboração em escala global podem ser a melhor e a única maneira de alcançar esses avanços.