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ANO IV Nº23 MARÇO/ABRIL 2013

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Plus Size: dicas para acertar

Vestibilidade Tamanhos na medida

Inspirações para o Inverno 2014

desfile Ellus

SPFW Verão 2014 brilha na Bienal

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carta ao leitor

Dois pesos e duas medidas

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o começo do ano perguntei a um executivo que atua no ramo de confecção como andavam as coisas, e ele respondeu que parecia que estava voltando de um ano de férias. As queixas sobre 2012 estão ocasionando mudanças de perspectivas e o planejamento a longo prazo está descartado para a maioria das empresas pois, embora as previsões já sejam bem melhores, a sensação é que o chão ainda não está firme para as fundações dos novos projetos. Eu vejo a indústria automobilística conseguindo resolver seus problemas, insinuando ameaças de demissão em massa, e me pergunto quem representa o nosso setor, um dos principais da economia e um dos que mais emprega, inclusive os menos escolarizados. Quem poderia ir até o governo com essa autoridade e buscar uma solução? Acho que até agora só conseguimos medidas paliativas que vão empurrando o problema para frente, e essa é uma das principais razões da continuidade do mau momento que o setor têxtil e de confecções atravessa. A afirmação de que a situação da indústria de confecção resulta da falta de competitividade é, a meu ver, absurda, pois o imposto para o carro importado é de mais de 35% sobre o preço, o que confere proteção à indústria nacional. A Anfavea, entidade que representa as montadoras, atua e consegue proteger as indústrias automobilísticas do Brasil. Quem nos protege? Quem resolve? Quem olha por nós? Por enquanto só Deus, e acho que ele está começando a se cansar dessa história. Tenha uma boa leitura e faça grandes negócios. Júlio César Mello Diretor-geral

juliocesar@oconfeccionista.com.br

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editorial

Respeito ao consumidor

A

Linha Direta

s semanas de moda de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas já começaram, trazendo as coleções para o Verão 2013/14. Lindos, esvoaçantes ou justos, os looks servem como uma luva nas modelos das passarelas. Afinal, foram feitos para esse biotipo: magras e altas. “São looks para modelos-cabides, não para uma pessoa comum”, como disse certa vez a consultora de moda Gloria Kalil. O fato é que mesmo as “pessoas comuns” estão tendo dificuldades de encontrar roupas que lhes sirvam adequadamente. Que dizer então dos gordinhos ou dos baixinhos? Ou das de quadril ou seios avantajados? Pela falta de um padrão de medidas e de tamanhos feito para atender a diversidade dos biotipos brasileiros, as confecções acabam se valendo de tabelas de medidas importadas ou adaptadas

por elas próprias. O resultado é um tiro no pé: são calças compridas não passam do quadril das mulheres, barras que precisam ser feitas, ternos que têm de ser ajustados, camisas que não fecham. Isso sem falar das roupas importadas, em que o tamanhos X numeração é bem variável. Sem dúvida, uma falta de respeito ao consumidor. Essa realidade, mostrada no documentário “Fora do Figurino - As Medidas do Jeitinho Brasileiro, em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, trouxe o assunto de volta à pauta, na matéria “Como acertar no tamanho?” Vale a pena refletir sobre o tema. Boa leitura! Vera Campos Editora editora@oconfeccionista.com.br

redação O Confeccionista editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769-0399 www.oconfeccionista.com.br

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Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br

Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br

Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br

Financeiro - Mauro Gonçalves financeiro@oconfeccionista.com.br

Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editor de Arte - Leandro Neves criacao@inovdesign.com.br Colaboraram nesta edição: Carlos de Oliveira, Dario de Limas Vanderlei Dorigon, Marcelo Souza da Silva (textos).

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Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Executivos de Negócios Leandro Galhardi leandro@oconfeccionista.com.br Assinaturas assine@oconfeccionista.com.br

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Impressão - UnionGraph Gráfica e Editora Tiragem - 14.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Redação - Rua Alcides de Almeida 184, Centro, São Bernardo do Campo, SP CEP 09715-265 - Fone: 11 4338 0055

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sumÁrio

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FOTO CAPA: Desfile Ellus no SPFW - Agência Fotosite

ANO IV • NÚMERO 23 • MAR/ABR • 2013

capa

SEÇÕES 10 Em Dia

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SPFW: Verão 2013/14

14

Inverno 2014: Temas sugeridos

36

Produção: Como acertar nos tamanhos?

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Mercado: Cuidados com o Plus Size

54

Tecnologia: Novidades em máquinas

ARTIGOS 30 Gestão de Estoques 52 Gestão 60 RH 64 Produção

Erratas: a matéria Novidades em Máquinas saiu truncada na edição anterior e está sendo republicada à pag. 54. O nome do presidente da Abit (Aguinaldo Diniz Filho) foi colocado indevidamente na ilustração da nota EM DIA – Revisão de Tributos, pag 10 da edição 22. Pedimos desculpas.

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FOTO: divulgação

em dia Paraná Business Collection

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), realizadora do Paraná Business Collection (PBC) em parceria com o Sebrae e o Conselho Setorial do Vestuário, anuncia novidades na organização da 8ª edição do evento, que acontece entre os dias 4 e 7 de junho, no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba (PR). A direção artística passa a ser assinada por Carlos Pazetto, profissional com mais de 17 anos no mercado de moda e luxo, que tem em seu portfólio clientes como Cartier, Marc Jacobs, Chanel, Louis Vuitton, Minas Trend, Ami Hot Spot e Claro Rio Summer. O comando da área de “Business” fica a cargo da EBE – Empresa Brasileira de Eventos, especializada em eventos coorporativos e de negócios. A 8ª edição do PBC contará com aproximadamente 80 expositores na área de “Business” e doze desfiles.

Fashion Rio e Business

A próxima edição do Fashion Rio, que acontece de 15 a 19 de abril, traz um novo salão dedicado a negócios de moda. A iniciativa é resultado da união de dois eventos, o Rio-à-Porter e o Fashion Business, e acontecerá no Centro de Convenções Sul América. A responsabilidade da gestão do novo salão é da Dupla Assessoria e da Escala Eventos, A coordenação fica a cargo de um Comitê Estratégico que discute políticas para o desenvolvimento da moda no Rio e do qual fazem parte o Governo do Estado do Rio de Janeiro; a Prefeitura do Rio de Janeiro; a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan); a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit); o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); o Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod); o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado do Rio de Janeiro (Sinditêxtil); o Sindiroupas; a Luminosidade Marketing e Produções, além das já mencionadas Escala e Dupla Assessoria.

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Minas Trend

Em sua 12 ª edição, o Minas Trend faz seu tradicional desfile de abertura no dia 8 de abril, no Expominas. Na passarela, 30 looks compostos somente por peças de marcas mineiras revelam o tema desta temporada: Tecnologia. No line up do evento, Victor Dzenk e Rogério Lima dividem a passarela na manhã do dia 9 de abril, no Parque das Mangabeiras. Entre as criações de Rogério, bolsas com estampas da coleção de Dzenk, que vem inspirada em Clara Nunes. No dia seguinte, 10 de abril, o trio de marcas Gig, Vivaz e Patrícia Motta apresentam suas coleções no Expominas, às 20h30.


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em dia Comércio on line

O Serviço Nacional de apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) lançou uma página na internet para o empreendedor que pretende montar uma loja virtual. O site http://www.sebrae.com.br/ setor/comercio-eletronico reúne dicas para abrir, planejar e gerir um negócio na web. Entre os assuntos abordados estão a formação do estoque, aumento nas vendas e design para lojas online. A página conta também com dados sobre leis nacionais, estaduais e defesa do consumidor, com enfoque no comércio eletrônico.

Salão + B

Porta a porta

Entre os dias 2 A Marisa, rede de moda feminina e moda íntima, e 4 de abril, a anunciou o programa “Agora a Marisa está onde você Abest (Associação estiver”, que disponibiliza o canal de venda direta Brasileira de porta a porta, complementar à loja virtual e às mais Estilistas) de 370 lojas físicas da rede. O projeto, ainda em promoveu o fase piloto, abrange os estados de Bahia, Goiás, Mato Salão +B, evento Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, São que chega à Paulo e o Distrito Federal, atendidos inicialmente segunda edição por cerca de 700 consultoras de estilo. Elas levarão consolidando a missão de gerar negócios e conteúdo aos domicílios um catálogo com opções de lingerie, criativo para o setor nacional de moda e design. moda feminina, acessórios e calçados. O pagamento Com expectativa de reunir 1.500 participantes entre é feito exclusivamente via cartão de crédito mas, empresários, buyers e profissionais, o salão ocorreu em breve, também será possível pagar com os no MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), em São Cartões Marisa, Marisa Itaucard e boleto bancário. A Paulo, e antecipou as criações de 37 marcas brasileiras expectativa é ter mais 10 mil consultoras de moda em roupas e acessórios para o Verão 2014. Foram e estilo até o final de 2013 e, em cinco anos, faturar, convidados para o evento 80 buyers de diversas regiões: aproximadamente, R$ 500 milhões com o canal. 70 nacionais e 10 internacionais, incluindo importantes lojistas estrangeiros. Além dos showrooms repletos de novidades, os visitantes puderam conhecer a produção e o conceito de design de diferentes A última edição da Texfair Home, realizada entre os dias 26 de Estados nos espaços destinados às fevereiro e 1º. de março reuniu 120 expositores, entre fabricantes Comunidades Criativas, APLs (Arranjos de artigos de cama, mesa, banho, cortinas, tapetes, carpetes e itens Produtivos Locais) da moda e também para conforto e decoração para o lar. Também participaram da

Texfair Home

feira indústrias de países com forte tradição têxtil como Portugal, Turquia, Índia e China. Segundo os promotores, a edição 2013 se caracterizou pelo foco nos negócios, o mix de produtos com alto valor agregado e a presença dos players do setor que garantem um público qualificado e com a real intenção de fechar negócios.

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Luar, Quentão e Bossa

FotoS: DIVULGAÇÃO

INVERNO 2014

Associação Brasileira de Estilistas apresenta direcionamentos para a temporada mais fria no ano baseada em temas que fazem alusão ao comportamento das várias regiões do país

“U

ma plataforma de referência para a estilistas, designers, artistas, estudantes de moda e outros profissionais que identificam e relacionam seu trabalho ao país. Esse é o propósito do livro +B Inspiração Brasil, lançado pela Associação Brasileira de Estilistas (Abest) com apoio do Sebrae e da Apex-Brasil. Em sua sexta edição, a publicação retrata o Inverno pela primeira vez e em três temas: Luar, Quentão e Bossa, reunindo uma narrativa dos estilos de vida encontrados em cada região do Brasil, pesquisas que inspiram artistas para a criação. Com 164 páginas e tiragem de 1.200 exemplares, +B Inspiração Brasil é ilustrado com imagens exclusivas,

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produzidas especialmente para os temas da temporada. “A finalidade do +B não é a de ditar tendências ou regras para o design e a moda, mas uma forma de narrar o Brasil em ângulos distintos, ampliando as formas de olhar para dentro do nosso país, de forma que os profissionais possam inspirar sua criação de forma bem brasileira, propiciando uma ampliação criativa no que é produzido aqui”, ressalta o presidente da Abest Valdemar Iódice. A coordenadora do projeto, Rose Andrade, explica que a narrativa da edição se baseia no comportamento das pessoas durante o inverno, de acordo com o estilo de vida nas regiões Sul, Norte e Nordeste e Sudeste


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INVERNO 2014

Quentão

Cores, alegria e calor. Da aristocracia à festa popular Quadrilha, dança, festa, música, fogueira, comidas típicas, arrasta-pé, cores quentes e alegres, bandeirinhas e animação. Com esse espírito, o Brasil celebra as festas juninas. Em especial no Norte e no Nordeste, esse período do ano ganha um colorido diferente, exuberante. Influenciada pela corte francesa no Brasil, a dança realizada aqui pela aristocracia nos séculos XVI e XVII se abrasileirou e se tornou popular. O tema fala da riqueza das rendas, das estampas, das cores quentes e do desejo de esquentar o corpo dançando, seguindo o compasso da zabumba no chão de terra batida. A mistura das tramas, a mescla de tecidos e a vibração da quadrilha faz a alegria dessa festa popular. do país. “Apontamos algumas direções que podem vir a ser um desejo para a criação de moda”, justifica.

Luar

As noites ficam mais belas no inverno, com céu limpo e estrelado O tema remete à beleza do céu no inverno no sul do Brasil. Com temperaturas mais baixas, a região fica ainda mais mágica com o luar e as estrelas iluminando as paisagens. Um verdadeiro convite para aproveitar a estação e enaltecer os mistérios e encantos de uma noite com céu azul escuro aveludado, com toques prateados dos pontos de luz mágicos procedentes do infinito.

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Bossa

Aconchego, música e vinho em boa companhia O tema se refere ao que é aconchegante no inverno: o retrato puro, simples, e o preto e branco das capas dos discos da Bossa Nova, o recolhimento e intimidade das metrópoles brasileiras. Em formas geométricas e com a cartela de cores em tons de branco e preto, com toques de neon e nuances de cinza, o tema transmite o encontro com a musicalidade, os acordes do violão que aquecem as noites frias das metrópoles nessa época do ano. A bossa traz minimalismo e o movimento concretismo nas artes plásticas e na arquitetura.

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estante Roupas, memórias e Croquis

Gestão de pessoas Assumir um cargo de liderança não é tarefa fácil. Todo líder, seja veterano, seja iniciante, enfrenta todos os dias uma avalanche de pressões e responsabilidades e ainda precisa acompanhar as mudanças tecnológicas que influenciam fortemente o mercado de trabalho. Em Fundamentos de Gestão, o leitor conta com respostas sobre como gerir melhor sua equipe e ajudar suas organizações a alcançar objetivos. Para tanto, traz estudos de casos baseados em situações reais e fictícias e exercícios para fixação do conteúdo. É indicado como livro-texto para os cursos de Administração, Processos Gerenciais e Gestão Empresarial, e faz parte da linha editorial da Editora Saraiva desenvolvida para atender aos cursos profissionalizantes e de graduação tecnológica, o SaraivaTEC. Título: Fundamentos da Gestão Autores: David A. DeCenzo, Stephen P. Robbins e Robert Wolter. Editora: Saraiva

Chega às livrarias no final de março o livro Ronaldo Fraga: caderno de roupas, memórias e croquis. A publicação reúne os temas e as inspirações do estilista Ronaldo Fraga para as coleções de 1996 a 2012. Nela, estão revelados detalhes dos projetos e referências retiradas da música, dança, literatura e de suas memórias. As páginas exibem traços característicos do artista formando um grande caderno de colagens. O livro ainda conta com textos das especialistas em moda Cristiane Mesquita e Costanza Pascolato. Título: Ronaldo Fraga: caderno de roupas, memórias e croquis Autor: Ronaldo Fraga Editora: Cobogó

“Sete vidas” de uma marca No mundo moderno, a marca passou a ter importância fundamental para a sobrevivência das empresas, podendo render a elas muito mais lucros, conforme seu peso. Com e exemplos do cotidiano, texto simples, conciso e claro, o autor lança um manual sobre as novas técnicas e procedimentos de fortalecimento de marcas. Voltado a empresários tanto de pequeno como de grande porte, o livro apresenta a metodologia de trabalho com as marcas, a importância da equipe interdisciplinar e, de forma inovadora, traça um paralelo entre os espaços comerciais e o design como instrumento preponderante nessa relação, contando ainda com o capítulo: Design, inovação e visão do futuro: sustentabilidade. Título: Branding - Design e Estratégias de Marcas Autor: Alvaro Guillermo Editora: Demais

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Passarela SPFW

VERÃO 2013/2014

FOTO: Divulgação/Agência Fotosite

Grifes mostram suas criações para a temporada em cinco dias de desfiles na Bienal de São Paulo

Mais uma vez, a cenografia da São Paulo Fashion Week teve efeito impactante sobre o público que, entre 18 e 22 de março, esteve no predio da Bienal para conhecer os direcionamentos do Verão 2013/14. Concebida pelos irmãos e designers Fernando e Humberto Campana para a 35ª edição do SPFW, teve como conceito central a sustentabilidade, aliando a simplicidade do essencial ao desenho inovador. “Tentamos criar um contraste entre a arquitetura de Oscar Niemeyer e a cenografia”, explicou Fernando Campana. “Nossa inspiração foi o Brasil, a natureza e os índios. Usamos a piaçava para cobrir os interiores e a madeira e o mandacaru para transportar o Parque Ibirapuera para dentro da Bienal. Já o papelão dourado cria um contraste entre o glamour da moda e a pureza da natureza”. Da mesma forma, “moda é inovação, é romper com as expectativas o tempo todo”, destacou Paulo Borges, criador e diretor criativo do evento. Segunda edição realizada de acordo com o novo calendário da moda, o evento tem como marca registrada o desafio e tem se firmado como uma plataforma de design e inovação no mundo. “Nós estamos sempre abertos para múltiplas possibilidades, preparados para parcerias e descobertas inesperadas.E isso fica mais uma vez evidente nesta edição, com esse registro único do universo criativo dos irmãos Campana”. Borges ressaltou ainda a importância da antecipação do calendário para que designers e confecções possam planejar, produzir e entregar suas coleções ao mercado.

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Balanço dos desfiles 1. Assimetrias: pontas para todos os lados em saias, shorts, vestidos e túnicas 2. Babados: em barras de saia, em tops, em decotes 3. Barriga de fora: não é novo, mas é muito presente 4. Silhueta box: são os coletes, tops e paletós curtos e quadrados, muitas vezes com mangas pelo cotovelo também quadradas. 5. Cores: muito branco, muito preto, muito branco e preto e cores fortes e brilhantes. Alguns tons pálidos também aconteceram. 6. Couro: matéria prima que se incorporou tranquilamente ao verão 7. Decote campeão: o decote da hora é sempre nas costas 8. Mídi: apesar de ser um comprimento que envelhece, foi muito visto. 9. Estampas: muito presentes em todas as coleções. Dos listrados aos florais aos étnicos e muitos mais. 10. Plástico: em roupas ou em acessórios. Toque ciber no visual. 11. Prata: sai o ouro, entra o prata. 12. Túnica mais calça: sobreposições que valem inlusive para túnicas e saias. 13. Vestidos: ou melhor, vestidinhos. Justos ou mais modernos - em forma de A ou de trapézio, os pequenos vestidos, curtos e limpos serão com certeza um grande hit da estação. Fonte: Chic - Gloria Kalil


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Passarela SPFW

Colcci Veio com a proposta “Geometric Garden”, uma mistura de estampas em que mesmo as florais têm como base as formas geométricas. Desenhos com referências islâmicas, listras e transparências são apontados como “hit da coleção”, ao lado das combinações de texturas em uma mesma peça.

Lino Villaventura Um trabalho de manufatura de tecidos recobertos de bordados e cristais. Entre os materiais, tafetá de seda pura, organza de seda pura, gaze de seda pura, tule irizado, tule de seda, cetim e jacquard de seda, nas cores preta, branca, ocre, lavanda, nude, esmeralda, vermelha, cobre, ouro, bronze, prata e estampas

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Passarela SPFW

Ellus

Uma viagem de moto pelo Oriente, principalmente pela Índia, foi a fonte de inspiração da coleção em que predominam os tons terrosos, areia, off-white, preto e algumas estampas florais. Como materiais, chamoix, seda metalizada, organza metalizada, denim, couro perfurado, cetim, jacquard e algodão com textura de ráfia

Ronaldo Fraga Em ano pré Copa do Mundo no Brasil, o estilista buscou inspiração no futebol dos anos 1930, 40 e 50. Os looks remetem a times, uniformes e emblemas fictícios, apresentados em forma de bermudas, shorts e camisetas, com bolas ou listras. Cartela de cores varia do marfim, branco, vermelho e preto a uma combinação de cores vibrantes, como verde limão, pink

Tufik Duek A obra do artista espanhol Pablo Picasso foi o ponto de partida de uma coleção bem-humorada, sofisticada e pincelada de referências bem apuradas. O trabalho com fibras naturais aparece com força em fendas reveladoras, franjas e recortes angulosos. Entre os materiais, jacquard, gabardine dupla, crepe maquinetado, crepe de seda, ráfia, linho e paetê

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ECONOMIA DE MATERIAL VELOCIDADE E ALTA PRECISÃO RÁPIDO RETORNO DE INVESTIMENTO

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Passarela SPFW Forum A coleção prioriza o uso de matérias-primas nobres e é composta de formas amplas, em evidência nas saias e decotes pronunciados que revelam a pele. As silhuetas mesclam referências das décadas de 1920 e 60. Entre os tecidos estão a laise, o algodão, a renda e as sedas. Destaque para os vestidos, peças chaves da estação

Neon A coleção ultracolorida, étnica e estampada que celebra a mulher Neon tem a China e a Índia como fonte de inspiração. Com tons e estampas exuberantes, a marca mostrou seu DNA em tops-caftans, volumes, cintura alta, pantalonas, túnicas e bons maiôs, em cores cítricas, verde, roxo, abóbora, vinho e amarelo.

Cavalera Coleção colorida, inspirada no soul dos anos 1970. Formas alongadas e fluidas misturadas com a aspereza do jeanswear. Para elas, saias e vestidos compridos com fendas, mini pantalonas e macacões, além de saia lápis, pantacurs e minissaias esvoaçantes. Para eles, camisas com misturas de estampas e blocos de cor, bermudas, e as clássicas camisetas com estampas irreverentes.

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Passarela SPFW Cori Alfaiataria menos rígida, fruto dos grafismos da obra do artista paulista Henrique Oliveira, com a utilização da linguagem esportiva. Entre os materiais, cetim, tear de seda, paetê multicolorido, panamá de seda com lã, tela de linho e crepe nas cores branca, off-white, manteiga, framboesa, tangerina, acqua e lavanda

Agua de coco A marca de beachwear se inspirou nas riquezas, misturas e diversidades “Do Brasil”. Destaque para estampas derivadas de fotografias reais produzidas pela marca. A vegetação está presente nas estampas trabalhadas em diferentes proporções, assim como as frutas tropicais.O estilo artesanal brasileiro é representado por tramas de palha. Aves e o Mar dourado também estão presentes

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dica do especialista Gestão DE ESTOQUES

Controle de dados é fundamental Na edição anterior de O Confeccionista, fizemos uma explanação geral sobre a gestão de estoques. Nesta edição, queremos abordar o tema de uma forma prática, demonstrando como aplicar as técnicas apresentadas anteriormente. O grande desafio do gestor industrial quanto ao estoque é responder a três perguntas: O que comprar? Quanto manter e/ou comprar? Quando comprar? Com o auxílio de sistemas de computação, há técnicas que podem ser utilizadas para se obter respostas a esses questionamentos. Um dos grandes problemas encontrados nas indústrias de confecção, principalmente nas de pequeno porte, está na escolha do software a ser usado. Há muitas opções no mercado, porém o que deve pesar na escolha são o atendimento (capacidade e disponibilidade de configurar o sistema às necessidades da empresa) e custo/benefício. O fato é que, por se tratar de uma atividade bastante dinâmica, com muitos materiais exclusivos, a gestão de estoque sem o software é quase impossível de ser realizada de forma eficiente. A ne-

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cessidade de utilizar o software não está relacionada ao tamanho da empresa, mas com a complexidade do processo e o mix de materiais que devem ser tratados. De forma geral, 99,99% das confecções (exceto as facções), precisam do auxílio desta tecnologia. Cabe à empresa buscar no mercado uma opção que se encaixe no seu perfil. O importante é ter uma ferramenta que ajude a gerenciar o processo determinante, ou seja, aquele que “produz dinheiro”. Independente do tamanho do sistema, as técnicas que serão apresentadas a seguir podem perfeitamente ser implementadas sem maiores dificuldades, sendo muito mais uma questão de boa vontade do que de dificuldade técnica. Aliás, não há dificuldade técnica nenhuma! 1) MRP- Material Requeriment Planning (Planejamento das necessidades de materiais) O objetivo de um sistema que utiliza a técnica de MRP é o de auxiliar no provisionamento de materiais com base em uma demanda como, por exemplo, os pedidos efetivados ou uma expectativa de ven-

O Confeccionista MAR/ABR 2013

Carlos de Oliveira Lima é Economista, Especialista em Consultoria EconômicoFinanceira de Empresas e em Desenvolvimento Regional. É sócio da Dulo & Lima Consultoria Empresarial e atua também como consultor do Sebrae/PR. carlos@pcpar.com.br

da para determinados itens. Deve haver, necessariamente, algum estudo sobre a demanda, pois sem demanda não há o que se planejar. De posse dos dados de demanda então é possível “rodar” o MRP, cruzando os dados de demanda com suas respectivas necessidades. Aí o sistema “explode” a necessidade de material para a demanda em questão. O sistema vai mostrar o saldo a comprar (pode ser negativo ou positivo). Esta técnica é aplicada com softwares de gestão cuja finalidade é tratar as informações relacionadas a materiais; requer as seguintes informações: • Ficha técnica bem elaborada (com todos os itens consumidos pelos produtos) • Correto cadastramento de todos os materiais, incluindo codificação e unidade de medidas corretos • Ordens de compras realizadas via sistema • Pedidos inseridos no sistema • Procedimentos organizacionais no estoque que dêem segurança ao gestor


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dica do especialista Gestão DE ESTOQUES Além disso, se faz necessário que o software esteja programado para efetuar as reservas (empenho) dos materiais e produtos acabados que já estão comprometidos com algum cliente. Paralelamente à técnica de MRP, outras técnicas de avaliação dos estoques ajudam o gestor a tomar decisões e a responder aos questionamentos elaborados no início (o que, quanto, quando?). De forma prática, a empresa precisa gerar a seguintes informações: 2) Estoque de segurança: também conhecido como estoque mínimo, representa uma quantidade que deverá sempre estar disponível, visando garantir o funcionamento da empresa caso haja alguma situação imprevista quanto às compras e/ou entregas por parte do fornecedor. Para calcular o estoque de segurança se faz necessário conhecer o TR–Tempo de Reposição de cada material. Por TR entende-se o tempo compreendido entre o momento que foi detectado a necessidade de compra até o momento que o material está disponível para uso (expresso em semana). Cada material possui um TR diferente. Esta informação deve estar no cadastro no software de gestão e deve ser atualizada sempre que houver mudanças nos parâmetros do fornecedor. De posse dessa informação, pode-se calcular o ES. Fórmula {ES} = (Média de consumo semanal X TR em semanas) 3) Ponto de Reposição: indica o momento em que deve ser liberada uma ordem de compra, expressa em uma quantidade. Fórmula {PR} = (Média de consumo semanal x TR em semanas) + ES 4) Lote de Reposição: indica a

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quantidade a ser comprada de forma a atender a demanda e manter o estoque de segurança. Para calcular o LR se faz necessário estabelecer quantas vezes se vai comprar determinado material no mês. Fórmula {LR} = (Média de consumo mensal ÷ Frequência de compra mensal) 5) Giro de estoque: este índice indica quantas vezes o material girou no mês, ou seja, quantas vezes o estoque se renovou neste período. É um indicador simples, mas que é de grande valia quanto às avaliações de estoques. Para se calcular o giro do estoque se fazem necessárias as seguintes informações: • Valor do Saldo inicial do período • Valor das entradas do período • Valor das saídas do período • Valor do saldo final do período • Valor do saldo médio do período Essas informações devem ser expressas em valor monetário.

empresa obter o menor custo de manutenção de estoques (entram aí custo de aquisição, custo de manter e administrar o estoque, custo do capital parado). Essa quantidade equilibra os custos de manutenção de estoques e o atendimento da demanda. Para a empresa poder fazer uso dessa informação se faz necessário um trabalho de custos capaz de quantificar as seguintes atividades: • Custo do setor de compras • Custo da estrutura de estoques (almoxarifado) • Quantificação e custeio dos pedidos de compras efetivados De posse destas informações pode então calcular o LEC. 8) Classificação ABC – Diagrama de Pareto: O diagrama de Pareto é um gráfico que demonstra a importância relativa de cada material se comparado ao total de material investido na empresa. Essa

Fórmula {Giro de estoque} = (Valor consumido no período ÷ Valor do estoque médio no período). 6) Tempo de cobertura: indica o tempo médio em que a demanda foi suprida com determinada quantidade em estoque. É uma análise oposta ao giro de estoque. Tempo de Cobertura = (30 dias ÷ Giro do estoque) 7) Lote Econômico de Compra (LEC): conforme o próprio nome diz, trata-se de uma quantidade a ser adquirida que possibilite à

ferramenta leva o nome do economista italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), que elaborou um estudo sobre a distribuição de renda na Itália em 1897, desenvolvendo então o famoso diagrama 80/20, onde ficou evidenciado que 80% da riqueza estava concentrada em 20% da população. Na década de 1950, engenheiros de produção aplicaram esse conceito na gestão de estoques, ampliando o diagrama para três classes (A, B e C). Desde então, esta é uma das principais

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Audaces Encaixe Especialista Início

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Opções

Visão

Moldes Cores dos pacotes

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Dobrados

Pacotes Relacionamento de piques Evidenciar

Janela

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Dobrados fora da dobra

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Informações

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PLANO Perda: 8.64%

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CÓS-50

CÓS-38

1 X: 428.79 Y: 0

Aproveitamento: 91.36% Encaixados: 120/120

Comprimento: 454.4 cm Largura: 160cm

Área: 6.64 m2 Perímetro: 10981.56 cm

Rend.consumo: 56.8cm/pacote (0%de perda) Rend.consumo: 0kg/ pacote (0%de perda)

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dica do especialista Gestão DE ESTOQUES ferramentas de gestão que pode ser aplicada em diversas situações, não só a estoques. Para a formação do gráfico, leva-se em consideração o percentual de dinheiro acumulado, conforme o Quadro 1. Para a formação do Diagrama de Pareto deve-se, conforme o Quadro 2: 1º. Valorizar o estoque (Custo x Qtde); 2º. Ordenar de forma decrescente de valor; 3º. Acumular os valores; 4º. Calcular o percentual acumulado; 5º. Definir as classes conforme Quadro 1. Uma vez realizados esses procedimentos pode-se construir os gráficos em vários formatos, como complemento de informação, pois já se tem as classes formadas nas três últimas colunas do Quadro 2. O Gráfico 1 demonstra, de uma forma visual, o que foi apresentado no Quadro 2. Pode-se observar que, na Classe A, 68,43% do dinheiro está concentrado em apenas 33,33 % dos itens. Na Classe B já se tem uma dispersão um pouco maior, com 25% do itens somando 12,3% do dinheiro; por outro lado, na Classe C tem-se o oposto da Classe A, com uma dispersão bem maior, com 41,67% dos itens absorvendo apenas 11,09% do dinheiro. A utilidade desta ferramenta está no fato de indicar que ações de melhor gerenciamento do estoque trará melhores resultados quando for direcionado para os itens de Classe A, pois são menos itens a serem gerenciados. Fonte: Rufino, Elimara Clélia. Gestão de Estoques. Brasília: SEBRAE,2009.

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Quadro 2 -­‐ Demonstrativo para formação do Diagrama de Pareto 1º e 2º Material Botão Tecido B Tecido C Tecido A

Saco plástico Caixa de Papelão Linha Zíper Etiquetas Tinta para impressora Papel p/ Ploter

Qtde

10.000 R$ 0,50 345 R$ 11,00 800 R$ 4,55 200 R$ 8,95 R$ 0,17 10.000 500 R$ 2,89 400 R$ 2,78 1.200 R$ 0,75 2.000 R$ 0,35 8 R$ 47,00 2 R$ 135,00

Canetas esferográficas 80 Total de itens = 12

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Custo Valor total % Valor % Classes Unitário Individual acumulado acumulado

R$ 0,75

R$ 5.000,00 R$ 3.795,00 R$ 3.640,00 R$ 1.790,00 R$ 1.700,00 R$ 1.445,00 R$ 1.112,00 R$ 900,00 R$ 700,00 R$ 376,00 R$ 270,00

24,05% 18,26% 17,51% 8,61% 8,18% 6,95% 5,35% 4,33% 3,37% 1,81% 1,30%

R$ 5.000,00 R$ 8.795,00 R$ 12.435,00 R$ 14.225,00 R$ 15.925,00 R$ 17.370,00 R$ 18.482,00 R$ 19.382,00 R$ 20.082,00 R$ 20.458,00 R$ 20.728,00

24,05% 42,31% 59,82% 68,43% 76,61% 83,56% 88,91% 93,24% 96,60% 98,41% 99,71%

R$ 60,00 0,29% R$ 20.788,00 100,00% R$ 20.788,00 100,00%

5º Valores % de nas Itens na classes classe

A

68,43%

33,33%

B

12,30%

25,00%

C

11,09%

41,67%


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Como acertar no tamanho?

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PRODUÇÃO

O Brasil é um país com grande diversidade étnica, mistura de raças e diferenças regionais, mas isso não justifica o descaso da indústria e do varejo ao oferecer ao consumidor roupas sem padrões de tamanhos POR VERA CAMPOS

J

á virou rotina – desagradável até – o consumidor não encontrar nas lojas roupas que sirvam adequadamente e com uma numeração que siga um mesmo padrão de tamanho. Variando conforme a confecção, o que se vê por aí são peças de uma mesma numeração não servirem na pessoa ou peças com numerações diferentes se encaixarem bem. Isso acontece tanto com homens e mulheres como bebês, crianças e jovens e traz uma série de consequências negativas para a indústria

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e o comércio, pois leva os consumidores a desistirem da compra ou os obriga a fazer ajustes nas peças. A insegurança é maior em compras feitas pela internet, o que inibe as vendas por esse canal, ou naquelas com o objetivo de presentear alguém, por ocasionar o transtorno da troca. A falta de coerência dos tamanhos de roupas também é problema para quem quer exportar, pois muitos países são muito exigentes em relação à padronização de medidas e especificação de tamanhos.


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PRODUÇÃO

Essa realidade foi levada às telas no documentário Fora do Figurino – As Medidas do Jeitinho Brasileiro, em cartaz em março/abril nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O filme se baseia em depoimentos de personalidades como Ana Maria Braga, Regina Duarte e do ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Miguel Jorge – além de profissionais da moda e de vários representantes da população brasileira – que falam sobre a dificuldade de encontrar ou produzir não só roupas mas também calçados e móveis no tamanho adequado ao porte dos brasileiros. “Isso é fruto da inexistência de tabelas que tenham como base as medidas da população. Por conta disso, como ponto de partida, a indústria acaba se valendo de tabelas de outros países e tenta adaptá-las ao corpo de seus clientes, o que nem sempre dá certo”, avalia o diretor e roteirista Paulo Pélico. “É claro que somos um país com grande diversidade étnica, mistura de raças e diferenças regionais, mas isso não é justificativa para o consumidor ser mau atendido, que é o que ocorre quando ele não encontra nas lojas algo que se adapte a seu corpo”, ressalta o diretor. Ele cita como o exemplo os Estados Unidos, país que tem uma diversidade talvez até maior que a brasileira e onde se pode comprar sem sustos, pois as etiquetas indicam as medidas de partes-chave do corpo, como cintura, tórax e comprimento das pernas. “Uma conhecida rede de lojas ameri-

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Miguel Jorge: "Ajusta terno, ajusta paletó, calça, é um inferno isso aí"

cana mantém 50 body scanners (em português, escaneadores de corpos) em seus pontos de venda, a fim de reunir e atualizar periodicamente as medidas de seus clientes. Essa é uma forma de bem atendê-los e de fidelizá-los”, afirma. Mas há ainda um longo caminho a percorrer no Brasil nesse sentido. Como mostrado no documentário, os depoimentos evidenciam a capacidade da população de contornar os problemas do cotidiano com o famoso “jeitinho brasileiro”, ou seja, com soluções próprias e muitas vezes paliativas, que não atingem a raiz da questão. No vestuário, por conta própria mandam cortar, ajustar, diminuir o que não lhes serve. Segundo o diretor, esse traço da identidade pode ser apontado como uma das causas de velhos problemas do país, “pois nos faz adiar soluções e perenizar dificuldades, com consequências onerosas para a sociedade”. De outro lado, a indústria e o varejo

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devem se esforçar para bem atender o consumidor. Para isso, é necessário, segundo Pélico, que haja empenho em se apurar as medidas dos brasileiros de cada região do país, que se estabeleçam padrões mínimos e máximos de tamanhos e se faça uma grade flexível de medidas, como ocorre nos Estados Unidos. “O governo brasileiro deveria apoiar e incentivar essa iniciativa”, observa o diretor.

Estudos pioneiros Estão em curso, no Brasil, pelo menos três estudos para estabelecer referenciais de medidas dos brasileiros. Uma delas é a do Senai Cetiqt, do Rio de Janeiro, que vem realizando há alguns anos – e de forma pioneira no Brasil - um estudo antropométrico da população brasileira na faixa etária de 18 a 65 anos. Com investimentos de R$ 5 milhões, feitos com recursos próprios, o Cetiqt saiu a campo para fazer a medição tridimensional do corpo de pessoas

Foto: Fora do Figurino/Divulgação

Fora do Figurino


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PRODUÇÃO de largura, e altura observa-se a forma humana em pé ou agachada e a sua forma 3D ao mudar no espaço. Em 2008 o INT adquiriu um scanner 3D a laser que desempenha as mesmas funções, só que com maior precisão.

Foto: Fora do Figurino/Divulgação

Baianas: " Geralmente a baiana tem aquela coisa grande...o 'pandeiro', né?

com body scanners. “O levantamento está sendo feito em diferentes cidades e regiões do País e fornecerá dados para se estruturar e segmentar de forma padronizada os corpos representativos da população brasileira, visando ao desenvolvimento de tabelas de medidas”, explica o coordenador do projeto, professor Flávio Sabrá, gerente de Inovação, Estudos e Pesquisas do Senai Cetiqt e Coordenador da Rede Moda, Têxtil, Confecção e Vestuário. “Para isso, estamos fazendo uma análise quantitativa corpórea com curva de acertos e definindo a incidência por tamanho e agrupamento, por região”, diz. Até agora foram apuradas pelo Cetiqt medidas de 6,5 mil brasileiros de todas as regiões do país. Falta ainda realizar medições em mais 3,5 mil pessoas, antes do estudo ser concluído. “Até julho de 2013 vamos finalizar as tabelas de medidas do Sudeste e dar continuidade às medidas dos outros estados/regiões brasileiras”, anuncia Sabrá. O

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estudo completo deve ser concluído até julho do ano que vem. “Os dados vão gerar tabelas de medidas padrão regionais e nacionais e poderão ser vir como referência para as confecções ajustarem a numeração de suas peças”, enfatiza.

Ergonomia no trabalho O Instituto Nacional de Tecnologia (INT), atualmente atrelado ao Ministério de Ciência, Tecnologia & Inovação, é outra entidade que vem realizando pesquisas antropométricas. Já nos anos 1980 identificou medidas do corpo para o dimensionamento de postos de trabalho e medidas do corpo em geral para confecção de vestuário, incluindo medidas da cabeça, dos pés e das mãos. Todas feitas de forma manual, por meio de paquímetros e apenas na região Sudeste do país. Em 2002 o ITN substituiu o método tradicional de medida pelo uso de scanners 3D. E com este equipamento está vindo uma nova utilização dos dados antropométricos. Além

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União de esforços Já existem no Brasil normas técnicas relativas a referenciais de medidas do corpo humano para vestuário infanto-juvenil e para roupas masculinas. São a ABNT NBR 15800 - Vestuário – Referenciais de medidas do corpo humano – Vestibilidade de roupas para bebê e infanto-juvenil, e a ABNT NBR 16060 – Vestuário -Referenciais de medidas do corpo humano - Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial. Elas foram elaboradas pela Comissão de Estudos do Comitê Brasileiro de Normalização Têxtil e Vestuário (CB-17), formado por representantes do setor (varejo e indústria), com o apoio de entidades setoriais, e avalizadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas em 2009 (a de roupas infanto-juvenis) e em 2012 (de padronização de roupas masculinas). O próximo segmento a ser abordado pelo CB-17 é o feminino, que representa mais da metade da produção das confecções no Brasil. “Esse trabalho exigirá muito esforço, pois trata-se de um mercado muito amplo em termos de volume e de variedade de peças”, diz a superintendente do CB-17, Maria Adelina Pereira. Mas o que são normas, afinal? São documentos estabelecidos por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes


ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado, define a ABNT. A adoção de normas pelo mercado, no entanto, não é compulsória. “É voluntária, como ocorre no resto do mundo”, destaca Maria Adelina. “As normas só se tornam obrigatórias a partir de uma legislação tipo: portaria, regulamento, decreto”, explica.

Vestibilidade As normas aprovadas pela ABNT tratam essencialmente da designação de tamanho de vestuário. Nesse caso, a designação do tamanho não é feita segundo a idade ou por numeração (38, 40, etc ou PMG), mas

com base em medidas de partes específicas do corpo humano, como tórax, quadril, cintura e estatura, entre outros, segundo a indicação de cada norma. A superintendente do CB-17 explica que essas novas normas não padronizam as roupas, mas sim, a forma de indicar para que tamanho de corpo a roupa foi projetada. “É o conceito de vestibilidade”, diz Maria Adelina. “Desde que a forma do corpo (conforme indicado pelas dimensões apropriadas) tenha sido determinada com exatidão, este sistema facilitará a escolha de roupas que se adaptam exatamente ao usuário”, completa. Para o consumidor conferir se aquela roupa desejada serve ou não, basta conferir as medidas, o que pode

ser feito com a fita métrica. A recomendação é a utilização de etiquetas que exibam um pictograma (desenho de uma figura humana) com a indicação das medidas de partes específicas do corpo para que aquela peça foi projetada ou uma tabelinha com as medidas principais. No infantil, utiliza-se a altura da criança; já no masculino, o perímetro do tórax e, para calças, o perímetro da cintura e comprimento entrepernas, entre outras. Para o feminino, deverão constar ainda medidas de busto e quadril. “Enquanto não tínhamos a conclusão dos trabalhos do INT e do CETIQT com relação ao levantamento antropométrico, fizemos os

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PRODUÇÃO

referenciais de medidas com base na experiência de diversas confecções, magazines , escolas e modelistas”, informa Maria Adelina. “A experiência se mostrou positiva, pois das muitas das empresas que têm utilizado as tabelas, tem aprovado”, afirma. “As normas não interferem na escolha das medidas da roupa, o que é normalmente deixado por conta do estilista, do modelista e do fabricante, que estão preocupados com o estilo, corte e outros elementos da moda”, diz a superintendente. Ela ressalta que as medidas em especificadas pelas normas são apenas uma referência, isto é, podem ser adaptadas pelas confecções ao seu público-alvo. “A vestibilidade favorece quem atende determinados perfis de público ou quer se especializar nisso”, destaca.

risório frente ao universo de cerca de 24 mil confecções de vestuário existentes no Brasil. Um convênio firmado entre a ABNT e o Sebrae, no entanto, possibilita que micro e pequenas empresas obtenham as normas gratuitamente, mediante cadastro. Nesse caso, basta entrar em

Adriane Galisteu: " Uma calça 38 numa loja fica enorme e em outra não entra nem na batata da perna"

Baixa adesão Até o início de abril deste ano a ABNT havia vendido 489 normas para o segmento infantil e 55 para o masculino, o que é um número ir-

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FotoS: Fora do Figurino/Divulgação

Regina Duarte: "Eu pego a tesoura e corto no tamanho que eu acho"

http://portalmpe.abnt.org.br/. A Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) disponibiliza a norma de vestibilidade masculina em seu site www.abravest.org.br. “A solução para o problema da inadequação da indicação dos tamanhos é uma bandeira levantada pela Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) há quase 20 anos”, ressalta o presidente da entidade Roberto Chadad. “Essa é uma forma de melhorar a qualidade da produção das confecções brasileiras e de aumentar sua competitividade”. “A padronização dos referenciais de tamanho do vestuário é tão importante para a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) que, além da participação do CB 17 da ABNT, ela tem um grupo de trabalho específico para dar suporte ao CB-17, visando otimizar as ações”, diz a gerente-executiva da entidade, Cleide Longo.#


Entidades que apoiam o CB-17 Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria de Não tecidos e Tecidos Técnicos ( Abint) Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais (Abrafas) Sindicato da Indústria de Especialidades Têxteis (Sietex) Sindicato do Vestuário do Estado de São Paulo (Sindivest-SP), Sindicato da Indústria do Vestuário Masculino (Sindiroupas -SP), Associação Brasileira das Indústrias de Tapetes e Carpetes (Abric), Associação Brasileira dos Fabricantes de Fibras Poliolefínicas (Afipol) Sindicato de Malharias e Meias no Estado de São Paulo (Simmesp)

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Mercado

Segmento de vestuário plus size está em expansão, mas exige conhecer bem esse público e ter cuidado no desenvolvimento e na modelagem das peças POR VERA CAMPOS

look Maison Zank

S

e, no Brasil, as confecções já têm dificuldades de encontrar medidas padrão para produzir roupas de acordo com o físico de seus clientes, o que dizer então das que atendem o público “plus size”, de pessoas acima do peso? De acordo com estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade da população brasileira (49%) com 20 anos ou mais está com excesso de peso. Na faixa etária dos 20 aos 24 anos, 48% das mulheres e 50,1% dos homens estão com sobrepeso. Se levadas em conta todas as faixas etárias da idade adulta, o sobrepeso atinge quase na mesma proporção mulheres de todas as faixas de renda. Das que têm renda

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Foto: DIVULGAÇÃO

FotoS: DIVULGAÇÃO

Elegantes e confortáveis

familiar de 1/4 de até um salário mínimo às que pertencem à faixa mais abastada (renda familiar acima de 5 salários), 40% a 49% delas estão acima do peso e cerca de 15% estão obesas. Já a proporção de homens com sobrepeso aumenta progressivamente de acordo com a renda familiar e atinge 30,9% dos que estão na faixa de até 1/4 do salário mínimo e 63,2 % dos que têm ganhos superiores a 5 salários mínimos. O mesmo ocorre com os índices de obesidade, que variam de 5,5% a 17,1%. Para a estilista Simone Azank, que desde 2005 mantém em São Paulo a Maison Zank, grife especializada em roupas para mulheres das classes A e B que estão acima do peso, o desafio


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Mercado

foi ainda maior, por se tratar de um público mais exigente. “Nossas peças acompanham as tendências da moda (não da modinha), têm desenhos exclusivos, tecidos nobres e modelagens que priorizam o caimento perfeito, uma das grandes preocupações das consumidoras plus size”, diz. A grife atende desde jovens até senhoras e oferece desde linha fitness, praia, casual até moda festa. Por coleção, são desenvolvidos cerca de 100 modelos, incluindo sapatos mais confortáveis, também criados por Simone. E toda a semana chegam produtos novos às cinco lojas da marca, localizadas nas rua Haddock Lobo e Ministro Rocha Azevedo, no requintado bairro dos Jardins, e nos shopping Morumbi, Cidade Jardim e JK.

FotoS: DIVULGAÇÃO

Maison Zank: looks para todas as ocasiões

Atenção à modelagem “Desde que fundei a Maison Zank, a parte mais importante do processo de criação sempre foi o da construção da modelagem, desenvolvida totalmente do zero. Por isso, aqui cada pessoa realmente é individual, respeitamos as suas medidas e as suas preferências. Não importa se a peça é casual, em seda ou alfaiataria. Quando vestidas, geram uma sensação incrível por caírem perfeitamente na estrutura do seu corpo”, explica Simone. Mas isso não foi tarefa fácil. Para obter uma modelagem que prioriza o conforto, a elegância, e que seja coerente com o tipo de corpo das brasileiras, foi preciso desenvolver uma tabela de medidas própria. “No início, recorri a referenciais de outros países, que evoluíram para uma tabela exclusiva, baseada na nossa clientela, e sempre aperfeiçoada”, conta a estilista. A mão de obra também teve

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de ser treinada. “Quem vem de fora não tem preparo para desenvolver e produzir plus size. É preciso ter os olhos voltados para esse tipo de corpo”. Já as equipes de costura que prestam serviços para a Maison são especializadas para cada tipo de tecido: sedas, jeans, etc. Tão importante quanto a modelagem e o conforto, segundo a empresária, é a escolha do tecido e do modelo apropriados. “Trabalhamos com seda 100% pura em camisaria e em vestidos, com modelagem mais ampla. Mas também utilizamos malhas e algodão com stretch para ressaltar formas, atentando, porém, para não

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ficar muito coladas à barriga, por exemplo. Estampas na vertical (que tendem a afinar a silhueta) são preferidas em relação às horizontais. As muito grandes também são deixadas de lado. Em relação a cores, Simone não faz restrições: cerejas, neon, turquesas são bem-vindas. “O ideal é colocar cores mais escuras nas peças da parte de baixo, mas procuramos oferecer o que o cliente gosta, como calças compridas brancas”, assinala. Também é importante é conhecer a consumidora, saber seu estilo, para poder produzir a peça certa para seu público.”Temos no computador o histórico de todos os clientes, de


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corpo plus: os com quadril e coxas maiores e os com seios ou costas avantajados, por exemplo. Como resolver isso? Marli diz que procura diversificar os formatos das peças para atender aos diferentes tipos de corpo e criar modelos específicos, pensados para favorecer todos os biotipos. “A cada coleção são desenvolvidos mais de 150 modelos, porém nem todos são aprovados no para serem produzidos”, conta.

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Biotipos diferentes Melinde: moda casual para mulheres maduras

tudo o que já compraram na loja e sua modelagem”, revela a empresária. A estratégia tem se mostrado acertada. Tanto que as vendas da Maison Zank vêm crescendo a taxas de 10% ao ano, em média. E o próximo passo será abrir franquias, para expandir a grife para outras cidades.

Respeito ao corpo “Se na moda para mulheres magras todas as tendências são mais facilmente aceitas e usadas, já na moda plus temos que ter um filtro e adaptar essas tendências ao corpo das mulheres GG”, afirma Marli Carli Licciardi, proprietária da Melinde Brasil, de São Paulo, que há 15 anos produz moda casual para mulheres maduras. “O primeiro cuidado é pensar em peças que valorizem e respeitem o corpo da mulher plus”, diz. Além do trabalho na modelagem, é necessário ter

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cuidado ao escolher acabamentos resistentes e tecidos que não marquem. Não há tecidos que não possam ser utilizados, mas devem ser adequados para uma modelagem específica. “Por exemplo, tecidos muito finos não serão usados para fazer calças e saias justinhas ou peças justas ao corpo. É uma questão de bom senso e também de experiência da equipe de criação”, ressalta. “O design não deve ser exagerado, e nem sonso, tem que ter informação de moda, porém adaptada ao dia-a-dia. Já na modelagem é fundamental observar o caimento das peças. A roupa deve respeitar o corpo e valorizar as formas da mulher, o tecido deve envolver o corpo sem apertar ou marcar, a peça deve se moldar sem deixar tecido sobrando, pois o excesso também desfavorece o visual”, ensina. Mas há diversos formatos de

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A falta de medidas padronizadas levou a empresa a desenvolver, experimentalmente, um padrão que atende seu público consumidor. “A modelagem foi sendo testada e adaptada no correr dos anos até chegarmos ao padrão atual”, completa a empresária. Para acertar na modelagem, a Melinde utiliza modelos de prova com biotipos e tamanhos diferentes. “Todas as peças são testadas e provadas em corpos do tamanho 44 e 50 antes de serem comercializadas. Nenhuma peça vai para loja sem ter sido aprovada nesses dois tamanhos”, revela. Na Melinde, todos os profissionais passam por um período de adaptação até chegar ao amadurecimento e conhecimento do perfil de produção da empresa. “Nossa modelista também é plus size e, por experiência própria, ela sabe como trabalhar a modelagem e conhece as dificuldades que as gordinhas enfrentam para encontrar roupas adequadas”. A produção é direcionada a seis lojas próprias em São Paulo (duas delas abertas de dois anos para cá) e uma virtual. As vendas vêm aumentando na média de 30% ao ano nos últimos


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três anos. O volume produzido também tem crescido: de 43 mil peças em 88 modelos diferentes para o Verão 2011, pulou para 50 mil peças em mais de 110 modelos diferentes no Verão de 2012. Os clientes de atacado são atendidos no showroom instalado na loja de fábrica e pela loja virtual. Para os próximos dois anos, os planos são de construir uma sede própria para poder ampliar a fábrica.

Mais mulher "A linha plus size é uma das que mais cresce na nossa confecção", diz

Lunender Mais Mulher: disfarçando imperfeições

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Edna Felipe, responsável pelo marketing da marca catarinense Lunender. "É um mercado carente e estamos apostando muito nele, porque o retorno está sendo bem positivo", declarou a executiva à BBC Brasil no final de março deste ano. A Lunender atua há cinco anos no segmento plus size com uma linha específica: a Lunender Mais Mulher que, ao lado da Primeiros Passos, Infantil, Juvenil e Adulto masculino e feminino, compõe o mix da empresa. Os produtos são direcionados a lojas multimarcas. “A Mais mulher atende um público formado por mulheres na faixa etária entre 20 a 50 anos que se identifica com a marca pelo fato das peças serem modernas e de acordo com o que elas buscam para o seu guarda-roupa”, explica a estilista da linha, Beatriz Martins Kuhn. “Quando desenvolvemos os produtos para esse público, pensamos em uma moda que respeite e valorize a beleza dessa mulher. São produtos de moda, mas trabalhados pela ‘engenharia do disfarce’ para que as imperfeições sejam camufladas. O setor de desenvolvimento e o de modelagem procuram sempre avaliar na moda o que realmente

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cai bem para esse público.”

Engenharia do disfarce Para Beatriz, o segredo está em saber trabalhar as limitações que o público plus tem, valorizando o que as mulheres desse segmento gostam (decotes, mangas diferenciadas, detalhes de laterais, etc) nos detalhes das peças, e escondendo o que não as agrada. “O produto é elaborado para deixar quem é bonita ainda mais bonita. Deve-se respeitar o estereótipo dessa mulher na hora da criação e avaliar bem a modelagem, que é a “alma do produto”, diz. Em relação às medidas, a opção foi desenvolver um padrão próprio. “Na Lunender sempre provamos a roupa para acertar a modelagem. Além disso, acompanhamos o mercado e estamos sempre estudando as medidas do corpo da mulher plus size”, explica a estilista. E para as que tem, por exemplo, ou o busto ou o quadril mais avantajado? “A alternativa é fazer uma coleção com um mix bem diferenciado que atenda a cada uma, usando a engenharia do disfarce nos detalhes. Para disfarçar o quadril e alongar, por exemplo, usamos recortes nas laterais das calças”, acrescenta. A estilista avalia que, em termos de cores, estampas e tecidos nada é proibido. “Vale o bom senso. Para acessórios e estampas procuramos sempre inovar de acordo com a moda dentro do que o público espera. As cores são as da moda e os tecidos, na medida do possível, são os que possuem uma gramatura maior dando uma pitada dos tecidos diferenciados”, finaliza.


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Capacitação e modernização: ferramentas para a competitividade O setor de confecção hoje passa por um momento bem delicado: ameaças estrangeiras, crise mundial, carga tributária pesadíssima e falta de incentivos são alguns dos desafios que o nosso segmento enfrenta hoje. Como se não bastasse isso, há ainda uma escassez de bons profissionais no mercado, o que causa grande rotatividade de pessoal nas empresas. A solução desses problemas não é nada fácil, mas para que o confeccionista possa sobreviver em meio a esse cenário, é preciso investir em gestão, controle e modernização. Sei que é complicado falar em investimento quando o mercado se mostra tão volátil, mas, para se manter firme diante aos desafios do mercado, ter um produto competitivo é fundamental, e para ser competitivo é preciso investimento, e não somente em máquinas, mas em processos e

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pessoas também, afinal não podemos esquecer que o funcionário é o nosso bem mais valioso. Comumente, quando falamos em modernização e investimento, a primeira ideia que nos vem à cabeça é a aquisição de máquinas e equipamentos. Hoje existe no mercado grande número de máquinas e equipamentos que podem elevar bastante a produção da empresa, mas é preciso lembrar que investimento em maquinário por si só não resolve o problema. De nada adianta adquirir uma enfestadeira e uma máquina de corte automática se não se tem um estudo mostrando o custo/benefício da compra desses equipamentos. Muitas empresas têm um potencial produtivo não aproveitado - e não por falta de equipamentos e sim por falta de gestão de recursos humanos e de processos, ou ainda

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Marcelo Souza da Silva é professor no SENAI CETIQT nas cadeiras de CAD de Modelagem, Tecnologia de Confecção Industrial, Planejamento e Processos de Risco e Corte, nos cursos Bacharelado em Design Habilitação Moda, Tecnólogo em Produção do Vestuário, Engenharia Têxtil e de Produção, e nos cursos técnicos e Confecção - Habilitação Vestuário

por problemas no planejamento e controle dos processos produtivos. Em sua maioria são problemas de ordem gerencial, que muitas vezes podem ser solucionados por meio de consultorias como as oferecidos pelo Sebrae e Senai. Uma consultoria técnica pode ser uma saída para o confeccionista que deseja orientações para melhorar a sua produtividade conseguir produzir com maior competitividade. Treinamentos e cursos de capacitação também são indicados para confeccionistas e funcionários que desejam se profissionalizar. Existem vários cursos ligados à área de produção que podem fazer a diferença em uma indústria de confecção. Cursos como PCP (Planejamento e Controle da Produção), Cronometragem, Cronoanálise, Custos para Confecção e Gerência de confecção, são alguns bons exemplos de curso que tanto o


confeccionista quanto gerentes, líderes e chefes de produção devem fazer. Esses cursos ensinam conceitos, técnicas e processos que, corretamente implantados e acompanhados, podem fazer uma grande diferença na produção. Muitas vezes confeccionistas e funcionários encontram dificuldades em fazer cursos e treinamentos por causa da falta de tempo. Uma saída para isso são cursos à distância, os chamados cursos EAD. Grandes instituições de ensino e empresas de capacitação oferecem cursos à distância, caso da FGV - a Fundação Getúlio Vargas (www.fgv.br/fgvonline), e da

Nasajon Educacional (www.nasajoneducacional.com.br), que oferecem cursos nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Administração empresarial e afins. O Senai e o Sebrae também oferecem cursos na modalidade EAD que podem ser muito interessantes para o confeccionista e seus funcionários. A modalidade de ensino à distância oferece a comodidade do aluno poder fazer o curso em seu tempo livre, mas engana-se quem acha que isso torna o curso mais fácil, pois o bom aproveitamento vai depender diretamente do esforço e disciplina do aluno. A participação em feiras e eventos do segmento de

confecção também é fundamental, pois em eventos desse tipo é apresentado o que existe de novo em termos de tecnologia e processos para o setor, além de palestras com especialistas de vários setores. Vivemos em um mundo globalizado onde o mais adaptado “sobrevive” às constantes mudanças que passamos, e para poder estar preparado e se adaptar é muito importante manter-se atualizado. Por isso mantenha-se atualizado, busque informações parcerias com instituições, clientes e até mesmo concorrentes. O importante é nunca se acomodar e manter a mente aberta para as possibilidades.

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Começando 2013 com o pé direito Agreste Tex em Caruaru em março, Feimaco e Tecnotêxtil em São Paulo, em abril. Veja o que alguns dos fornecedores de máquinas e soluções para confecções vão apresentar ao mercado

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O

s eventos esportivos que ocorrerão no País – Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) – prometem aquecer a economia. Ao se tornar o centro das atenções no planeta nesse período, o Brasil cria novas oportunidades de negócios, inclusive para o setor têxtil e de vestuário. Não à toa, os fornecedores de máquinas e equipamentos para confecções estão a postos para suprir as necessidades de seus clientes, colocando seu leque de produtos em exposição em várias feiras que acontecem já neste primeiro semestre do ano. Representante de marcas reconhecidas como Siruba, Brother, Sansei,

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Macpi, Suzuki e Japsew, a Andrade Máquinas é uma das que se mostra otimista em relação aos futuros negócios. “Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, o país terá grande exposição em âmbito mundial”, avalia a diretora de Marketing Danielle Andrada. Segundo ela, a empresa se esforça para mostrar aos clientes que, para conseguir um aumento na produção e melhorar a qualidade do produto final, é necessário investir em equipamentos melhores. Mas isso não é tarefa fácil, admite. “As empresas que vendem máquinas e equipamentos têxteis continuam sofrendo a concorrência desleal de equipamentos chineses com má qualidade e preços muito abaixo do mercado”, lamenta.


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Bordados em alta Otimismo também é a tônica na Tajima do Brasil, de máquinas de bordar. “Nos próximos anos, o Brasil estará em evidência e, com certeza, a economia, no geral, irá se aquecer, o mesmo acontecendo com o segmento de confecções”, avalia o diretor Comercial Eduardo Fuentes Molinero. Atenta a esse cenário, a empresa irá participar de três grandes eventos em 2013: AgresteTex,

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Máquina de corte MACPI

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Com sólida e ampla estrutura, a Andrade Máquinas tem matriz em Guarulhos/SP e filiais estrategicamente localizadas em São Paulo/SP, Caruaru/ PE, Maringá/PR e Blumenau/SC. “Apesar de 2012 ter sido um ano atípico para muitos setores da economia, inclusive para a área têxtil, inauguramos a filial de Blumenau”, frisa a diretora. Neste primeiro semestre, a Andrade Máquinas esteve presente na Feimaco – Feira Internacional de Máquinas e Componentes para a Indústria da Confecção, realizada entre 2 e 5 de abril no Anhembi, em São Paulo. “Foi um estande de 324m², localizado bem na entrada do pavilhão do Anhembi”, conta Danielle. Entre as novidades apresentadas estão a Caseadeira de Olho Sansei, 100% eletrônica, com 4 tipos de caseados diferentes e tamanho de até 45mm. A máquina, segundo a diretora de Marketing, oferece excelente velocidade de costura (2500 rpm), o que colabora para a eficiência na produção. Outros destaques são a sala de corte completa para jeans, com enfestadeira e mesa de corte, além das novas máquinas Brother e de uma impressora de tecidos.

Caseadeira Sansei

tar soluções sempre criativas, econômicas e viáveis para cada tipo de cliente. “Oferecemos um modelo de máquina de bordar adequado para os vários serviços na confecção - bonés, camisas, jaquetas, bolsas, calças, cobertores, etc, além de um amplo conjunto de opções em acessórios, (lantejoulas, cordões,etc...). A criatividade individual e as tendências mundiais de bordado determinarão o equipamento ideal”, completa o diretor.

Demanda crescente em Caruaru (de 5 a 8 de março), Tecnotêxtil, em São Paulo (de 15 a 18 de abril) e Maquintex, em Fortaleza, em agosto. “Vamos expor um mix de máquinas de pequeno e grande porte e destacaremos as técnicas utilizadas e as novas tendências no bordado”, revela Molinero. 2012 foi um ano de decisões importantes para a Tajima. Em abril daquele ano a multinacional japonesa se estabeleceu comercialmente no país por meio da Tajima do Brasil Comércio e Importação de Máquinas de Bordar e, com isso, deixou de trabalhar com distribuidores. “O desempenho da filial no segundo semestre daquele ano deixou claro que a decisão foi acertada. Agora é trabalhar muito em busca da eficiência e de novas conquistas”, diz o diretor Comercial, acrescentando que o objetivo da empresa é apresen-

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O bordado muitas vezes serve como atrativo, como uma forma das confecções atribuírem identidade à sua marca e uma estratégia para se diferenciar dos concorrentes. E a tendência de utilização desse recurso no vestuário continua crescente. Por isso, a fabricante de máquinas de bordar Barudan tem sido presença constante nas feiras que ocorrem não só em São Paulo, mas também e no Nordeste do país. “A região constitui um polo importante, que procuramos atender da melhor forma possível”, conta o diretor de Negócios Ricardo Liesegang. Na AgresteTex – Mostra de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil, que aconteceu de 5 a 8 de março em Caruaru/ PE, a empresa marcou presença com uma máquina de seis cabeças e outra de um cabeçote, os mais recentes lançamentos da marca. A bordadeira de seis cabeças é o modelo BEVY – Y906 que prende paetês automati-


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Máquinas de bordar Tajima

camente, “de forma que nenhuma outra máquina de bordar faz. A de uma cabeça é modelo BEVTS90ICA II, de nove agulhas”. Com novo design, esta máquina é mais rápida, mais silenciosa e faz bordados com definições e metragens muito bem definidos, explica. “É um modelo indicado para o setor de desenvolvimento das confecções fazer mostruários, ou para quem faz personalizações em quiosques de shoppings”. Liesegang conta que o desempenho da Barudan no Brasil transcorreu dentro do planejado em 2012. Ele atribui esse feito ao fato de não existir no mercado brasileiro outra empresa de bordados tão especializada, e que não descuida do atendimento. Em 2013, os esforços para manter mercado – e crescer – vão continuar. Neste primeiro semestre, a empresa participa ainda da Feimaco.

do”, afirma o diretor administrativo da Delta Equipamentos, Fabio Kreutzfeld. Produzindo, para o segmento de confecção, diversos modelos de Revisadeiras Automatizadas com controle de estiramento e a Relaxadeira de Malhas, além de outras máquinas e equipamentos para o segmento têxtil, a Delta Equipamentos teve um bom ano em 2012, quando cresceu 20%. “Penso que todo o trabalho de desenvolvimento, atendimento e marketing realizados fizeram com

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Crescimento e otimismo “Estamos com boas expectativas para 2013, levando-se em conta o atual otimismo do empresaria-

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Bordadeiras Barudan de 1 e 6 cabeças

que 2012 fosse o melhor da empresa nos últimos cinco anos”, sustenta. No primeiro semestre de 2013, a empresa participará da AgresteTex e da Tecnotêxtil. No mercado nordestino, a intenção é expandir negócios, ampliando a participação de 5% da região nos negócios. “Vamos propor novas opções de tecnologia para o setor, a fim de para satisfazer o empresariado do setor, cada vez mais atento às tecnologias para redução de custos, tempos de produção e padronização de processo, uma vez que esses fatores estão diretamente relacionados à qualidade do produto e ao atendimento ao cliente”, afirma o diretor. Em Caruaru, num estande de 35m², a Delta vai apresentou, por meio de vídeos, todo seu portfólio para Tinturaria e Acabamento. Expôs também uma solução inovadora no processo de relaxamento de malha acabada: a Relaxadeira de Malha Acabada RLX300, máquina que relaxa/descansa a malha antes do processo de corte, evitando assim a retração e desencaixe dos moldes. “Todo o descanso é feito em apenas dez minutos, e de rolo para rolo. Trata-se de uma tecnologia inovadora, brasileira e indispensável para o setor confeccionista”, assegura Kreutzfeld. Na Tecnotêxtil, a Delta irá expor lançamentos e o carro-chefe da empresa, a Embaladeira Automática de Rolos EWB700, juntamente com a Estação Hidro Aspersora EHR. O estande terá 60m².#


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Motivação Operacional, uma forte aliada Investimentos têm sido realizados na modernização de equipamentos industriais e em processos operacionais na indústria da confecção, sempre visando ao aumento da produtividade e da consequente rentabilidade das indústrias. A globalização assim o exige. No entanto, obter a maximização de resultados na industrialização não permite que se deixe de avaliar o desempenho dos operadores desses equipamentos. E aí se fará presente, de forma muito significativa, a motivação operacional. A motivação será o impulso estimulador que age como força orgânica, afetando as emoções, os pensamentos e todo o comportamento do operador, que se bem direcionado determinará bons resultados. Esta motivação, portanto,

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Dario Limas é Consultor e Professor, Engenheiro de Vestuário, Técnico em Estudos de Tempos e Movimentos, Técnico em MTM (MethodsTime Measuremet) e tem 50 anos de experiência em confecção

atuará em três funções inerentes ao comportamento humano: fornece energia, seleciona e dá direcionamento às atividades do operador. Entender esses mecanismos não é uma tarefa fácil, pois nunca haverá unanimidade nas reações de todos os que estão interagindo numa equipe operacional. É primordial compreender que ninguém motiva ninguém. O que pode ser devidamente gerenciado é o esforço de operadores em direção a bons resultados ou bons níveis de produtividade na atividade confeccionista. Daí se entenderá que a motivação é o estabelecimento de um clima organizacional que interferirá e atuará fortemente por dentro das pessoas e possibilitará que elas realizem o que almejamos alcançar.


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dica do especialista

E o papel de um bom gestor será jamais fazer com que os operadores simplesmente façam, mas, em especial, que queiram realizar de forma eficiente aquilo que almejamos ou que planejamos. Mandar não é tarefa difícil, mas quase impossível será conseguir que a ação se realize não vier associada a uma boa dose de motivação operacional. Há diferenças entre a motivação e a estimulação. Estas ações terão papéis importantes na obtenção dos resultados. A motivação acontecerá sempre na direção advinda de dentro para fora enquanto a estimulação é uma ação que acontece em sentido contrário. Ao gestor interessará sobremaneira distinguir estas duas etapas, muito frequentemente confundidas, imaginando a motivação quando se está realizando a estimulação. Desafiar um operador ou um grupo operacional a atingir determinado resultado previamente estabelecido caracterizará a estimulação. Traçar metas coerentes, criando um sistema de vantagens e de possibilidades promocionais poderá ser entendido como motivação. Motivar, portanto, será agir sobre um motivo que possa levar o operador a tentar atingi-lo, quer sejs requalificação profissional, ascensão profissional ou algo do gênero. Para resultados mais imediatos na produção, é

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Gestão RH

muito comum a aplicação de procedimentos de estimulação. Para a obtenção de bons resultados operacionais, será importante que os operadores se motivem muito mais pelos “motivos” deles e não só pelos seus, na posição de gestor. A motivação ou as ações comportamentais dos operadores atuarão como forças motoras na obtenção de suas necessidades e satisfações, sempre da maneira como é vista por estes mesmos indivíduos. E curiosamente, estes operadores só têm dois fortes motivos, que são: o desejo de sempre obter bons resultados e claro, o de evitar os maus. Um supervisor ou qualquer posição equivalente numa célula operacional gerará resultados na proporção de suas ações motivadoras ou desmotivadoras. Um equivoco encontrado com relativa frequência nas empresas confeccionistas é o de promover a cargo de chefia o melhor operador, desconhecendo-se um princípio elementar. Os bons operadores têm quase sempre a característica de introversão. Preferirão executar atividades manufatureiras e deixar de lado as ações primordiais de um chefe ou líder. Falar em motivação leva muitos gestores a pensarem em estimulá-la aplicando prêmios de produção. Se isso for implantado sem critérios de avaliação e de fixação de padrões

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de produção, estabelecimento de tempos padrões e capacidade operacional instalada, poderá trazer consequências nefastas ao processo produtivo. Um prêmio de produção não bem elaborado poderá ocasionar resultados contraditórios aos interesses da produtividade. Paralelamente, há de se atentar ao fato de que premios de produção têm sempre vida curta. Motivarão por cerca de dois meses e a partir daí, passarão a ser “sustentadores” dos resultados, não mais exercendo a função motivadora. Se nos aprofundarmos em estudos realizados por especialistas, veremos ainda que existem muitos fatores motivadores acima do pagamento de prêmios em dinheiro, simplesmente. São eles: o auto-reconhecimento, o status da função, a auto-estima, a segurança, a estabilidade e a proteção, as relações interpessoais, o ambiente de trabalho, os procedimentos gerenciais e de supervisão, além da política da empresa na gestão do pessoal. Invistam fortemente na qualificação e especialização de operadores, deixando de lado a afirmativa ouvida muito comumente, de que se qualificar e especializar operadores poderái perdê-los para a concorrência. Não será pior permanecer “eternamente” com eles sem qualificação e motivação?


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PRODUÇÃO

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Eficiência x Perdas na produção A indústria de confecção precisa melhorar constantemente a sua eficiência de produção, pois continuamente aparecem produtos similares no mercado com preços mais competitivos e qualidade paritária. Essa busca de melhoria é constante e sempre devemos procurar soluções para incrementar a produtividade nos processos produtivos. Em levantamentos de eficiência de produção em várias indústrias têxteis observamos que 30% a 60% do tempo disponível de uma determinada operadora é perdido, ou seja, em um dia de trabalho de 8,8 diárias (8:48`) horas seria equivalente a ficar sem produzir durante 2,64 a 5,28 horas. Dessa forma, os custos de produção aumentam, a lucratividade é comprometida e a indústria pode não sobreviver no mercado. Descrevo em seguida algumas

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perdas na produção das indústrias do vestuário, principalmente no setor de costura. Com certeza existem mais tipos de perdas que as relatadas neste artigo, porém pela experiência de mais de 10 anos de implantação de programas de melhoria nesse setor verifiquei que as perdas enumeradas a seguir são as que mais impactam no resultado das empresas:

Deslocamento das operadoras do posto de trabalho

Para melhoria da eficiência de sua indústria, umas das primeiras medidas é garantir que a operadora não saia do seu posto de trabalho, deslocando-se o mínimo possível para buscar os materiais para suas operações. Ou seja, são as peças e materiais que devem ir até a opera-


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dica do especialista

dora e não a operadora ir até estes. Isso já é um bom começo, pois evita perdas com deslocamentos, procura, conversas e descontinuidade do trabalho. A descontinuidade do trabalho vai gerar a perda por retomada de ritmo, ou seja, quanto maior o número de intervalos de início/parada/ reinício , maior será a variação de ritmo. Portanto, observamos que uma determinada perda pode se relacionar em causa e efeito a várias outras. Para minimizar essa perda, devemos planejar adequadamente o layout da fábrica e garantir o abastecimento da operadora através de um bom planejamento de fornecimento de materiais nos postos de trabalho.

Variação de Ritmo das operadoras

Na indústria de confecção e principalmente na costura, os processos são, em sua maioria, dependentes da habilidade manual das costureiras, por serem processos de difícil automatização. Sendo assim, o rítmo de trabalho também pode ser descontínuo, com oscilações que podem depender de várias circunstâncias e sobre as quais muitas vezes não temos controle, pois lidamos com comportamentos que variam conforme humor, fadiga, motivação e outros vá-

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PRODUÇÃO

rios fatores que tornam o processo instável. Dessa forma, na indústria de confecção é comum termos alternância de eficiência de uma operadora para outra. Um dos primeiros objetivos na busca da melhoria da eficiência é tentar minimizar essa variação de rítmo, que com certeza é uma das principais perdas de sua fábrica. A perda por variação de rítmo é de difícil percepção visual no grupo de costureiras. Somente uma observação individualizada e constante poderia demonstrar isso, o que na maioria das vezes é inviável. Para minimizar o problema é fundamental que o rítmo de execução das operações não seja determinado pela operadoras , mas pelo sistema de produção da fábrica. O sistema de produção deve gerar dependência entre operadores e fluxo constante de peças. Portanto, motivar o grupo, melhorar o ambiente de trabalho, oferecer participação em resultados, metas simples e claras nos postos de trabalho e monitoração periódica ajuda a reduzir significativamente essa perda.

Movimentação de peças

A movimentação de peças entre as etapas de produção deve ser constante e em pequenos volumes,

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de forma a não acumular estoque intermediário entre os postos de trabalho, o que se torna um importante fator que contribui para a baixa eficiência. É comum verificar vários lotes de peças espalhados por toda a fábrica esperando um próximo processo. Normalmente, quanto maiores os estoques intermediários, maior a improdutividade, pois a operadora este acomoda seu ritmo para baixo, à medida que percebe o volume suficiente produzido. Ou seja, os estoques intermediários favorecem a variação de rítmo. Essa situação de processo também dificulta a avaliação visual de rendimento por posto de trabalho, pois o estoque intermediário dificulta a contagem de peças produzidas em pequenos intervalos de tempo. Outra perda proveniente do acúmulo de estoques é a necessidade de ter um funcionário para movimentar esses lotes nas etapas de produção.O interessante é que cada processo seja abastecido automaticamente pela etapa precedente e assim sucessivamente. Esse problema pode ser corrigido com um bom plano de balanceamento de carga por modelo de produto a ser fabricado, e, posteriormente, com a aproximação dos postos de trabalho e melhoria do layout.


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