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HISTÓRIA E ANÁLISES DO BAIRRO NEVES

Mapa de Ponta Grossa

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Fonte: Geoweb Ponta Grossa

Ponta Grossa, localizada no segundo planalto e distante aproximadamente 118 quilômetros da capital Curitiba, no contexto histórico-econômico do Paraná, teve elevada importância desde o movimento do tropeirismo, com a pecuária, até a industrialização, fortificada pela soja e os novos entroncamentos rodoviários; que ditaram, morfologicamente, os traçados da região central e dos bairros da cidade (MONASTIRSKY,1997).

Ao longo destes quase dois séculos, foi se desenvolvendo, resultando em crescentes núcleos urbanos que transformaram a espacialidade inicialmente rural (GOMES, 2009)

Na Lei nº 14 532, que se refere à organização territorial do município, pode-se identificar a delimitação da cidade em 17 bairros e, dentre eles, está o Neves (PONTA GROSSA, 2022)

Considerado um bairro majoritariamente residencial, vem se desenvolvendo e preenchendo no passar dos anos. Sua história inicial relaciona-se diretamente ao que pôde ser visto no Sul do Brasil como um todo: marcado pela imigração europeia. Os alemães e italianos figuraram entre as principais etnias desta cultura (WALDMANN, 2021).

Em 1878, para Ponta Grossa, aproximadamente 2 440 russo-alemães foram encaminhados e, a este grupo, distribuídos lotes, objetivando o fortalecimento da mão de obra na região Paralelamente, com a abertura dos trajetos estabelecidos como caminho tropeiro, chácaras foram surgindo, ocupadas principalmente pelas famílias Borsato e Nadal (WALDMANN, 2021)

Esta última dedicava, em seu terreno, às culturas agrícola, pecuária, vinícola, olaria e leiteira, onde outrora fora conhecida como Colônia Otávio no final do século XIX. Posteriormente, a região ocupada pela família tornou-se a comunidade Neves em menção ao antigo proprietário, o francês Jean News, popularmente chamado de João Neves, dando nome ao bairro (MILÉO; MARTINS, 1986).

O bairro, que adjacente e confundindo-se com Uvaranas, complementa o norte da cidade de Ponta Grossa. Em características fortemente ruralistas até a década de 1960, começou a modificar-se ao preencher, com loteamentos, as variadas chácaras que dividiam a localidade (LAROCCA JUNIOR, 2020)

Construção do Conjunto Habitacional 31 de Março

Fonte: Ivo Bittencourt Filho (sd)

Hoje, fazem parte do Neves:

VILA ANA RITA

VILA MARIANA

CHÁCARA NEVES

JARDIM CONCEIÇÃO

VILA REBOUÇAS

NÚCLEO JARDIM CONCEIÇÃO

JARDIM VIDA SADIA

CONJ HABIT RIO PITANGUI

PARQUE DAS ANDORINHAS

CHÁCARA CÂNDI

JARDIM LAGOA DOURADA I

JARDIM LAGOA DOURADA II

RESIDENCIAL LONDRES

JARDIM PANAMÁ

Conjunto Habitacional Jardim Conceição

Fonte: Moisés Francisco (sd)

8 21

CONJ HABIT 31 DE MARÇO

JARDIM GIANNA I

JARDIM GIANNA II

VITTACE GIANNA

CONJ SOCIAL REAL

CONJ HABIT RIO VERDE

RESIDENCIAL COSTA RICA

JARDIM DAS FLORES

SAN MARTIN

As vilas foram formalizadas, inicialmente, pelas configurações de conjuntos habitacionais (MILÉO; MARTINS, 1986); isto é, loteamentos conformados tanto pela COHAPAR - Companhia de Habitação do Paraná, com o 31 de Março (1967), Rio Verde (1981) e Jardim Conceição (1989), como pela PROLAR – Companhia de Habitação de Ponta Grossa, com o Pitangui (1991), Costa Rica (2015), dentre outros. Há, ainda, aqueles em que foram idealizados como residência para alocar pessoas originárias de áreas consideradas de risco, como o Jardim Panamá (2014) (PORTAL COMUNITÁRIO, 2014) e, assim, a morfologia do bairro foi modificando (Figura 2), preenchendo os vazios urbanos (PORTAL COMUNITÁRIO, 2016)

Através da visualização de imagens capturadas por satélite e disponibilizadas através da plataforma Google Earth, percebe-se o preenchimento dos vazios urbanos no bairro. A evolução demonstrada tem um recorte temporal de 18 anos.

E hoje, quando pensam no Neves, muitos dos moradores citam:

Linha de cima, da esquerda para a direita: Colégio Estadual 31 de Março, Escola Municipal Alda Rebonato, Antiga Casa do Sr Bortolo Nadal - Tombada em 2003 e Lago Rio Verde-Pitangui

Linha debaixo, da esquerda para a direita: Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Mercado Kamarão e Conjunto Habitacional 31 de Março

Mobilidade Urbana

Os deslocamentos e a mobilidade urbana vão além do uso motorizado, mas se enquadram no fazer caminhar Para isso, a análise dos espaços busca definir o quão estes lugares podem ser convidativos para esta circulação a pé e que esta seja realizada com autonomia.

A área de estudo foi dividida em trechos interrompidos entre si por cruzamentos, totalizando 1 258 unidades, observando-se as seguintes características: sentido da via, largura de via, qualidade da via, presença de estacionamento, largura das calçadas, qualidade das calçadas, acessibilidade nas calçadas, obstáculos nas calçadas, ciclovia e topografia.

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Padrões de Vias

Mapa

Fonte:

Na síntese das informações, classificou-se em cinco características a qualidade das calçadas Divididas entre excelente, bom, regular, ruim e péssimo, mostram como está a situação d b i

Comparação da Qualidade das Vias (%)

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