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ADOTE UMA PRAÇA ENFIM, A PRAÇA

Enfim, a Praça!

textos LU ZUÊ fotos MARCO CEZAR

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SIM! O GRUPO HABITASUL ENTROU NA HISTÓRIA E ELA VAI SAIR DO PAPEL – E DA IMAGINAÇÃO DAS PESSOAS – PARA SE TRANSFORMAR EM UM ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA, CONTEMPLAÇÃO E LAZER PARA QUEM VISITA OU VIVE EM FLORIPA

Ela, no caso, é a Praça Forte São Luís, uma estrutura que será construída em uma área pública de cerca de 2 mil m² – outrora ocupada pelo Forte São Luís da Praia de Fora, que lhe empresta o nome –, localizada entre as avenidas Jornalista Rubens de Arruda Ramos (a nossa Beira-Mar Norte) e Mauro Ramos, na esquina com a rua Bocaiúva.

Faz tempo que aquele pedaço de terra estava merecendo ser tratado com carinho e atenção, complementando com beleza e função social uma área valorizada e com vista extremamente privilegiada. Entretanto, até chegarmos aqui, a história foi longa e com muitos capítulos (veja box). Mas agora, vai!

Em setembro, por meio do programa Adote uma Praça – iniciativa da Associação FloripAmanhã – o Grupo Habitasul adotou formalmente a Praça Forte São Luís, e já em outubro deu início às obras, que não demandarão gasto público. Trata-se de uma parceria público-privada, em que a Prefeitura municipal participa com a cessão do terreno e o adotante se responsabiliza pela construção e manutenção do espaço – esse, aliás, é um dos mais significativos da Capital.

Para o presidente do Grupo Habitasul, – que empreende em Santa Catarina desde 1980 –, Sérgio Ribas, essa ação é como

uma retribuição ao Estado e a Florianópolis. “Este é o lugar onde encontramos, há várias décadas, a oportunidade de desenvolver nossos negócios e, desde então, sempre procuramos contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento social e econômico do Estado e da Capital”, afirmou.

O projeto da Praça – doado pelo Beiramar Shopping – foi elaborado pelo Escritório JA8, da arquiteta Juliana Castro, e tem como propósito tornar o local atrativo, integrando a beleza natural aos elementos idealizados e valorizando a história de forma não literal. A ideia é criar um ambiente acolhedor, propício para lazer, convivência e contemplação. “Entendemos que a localização privilegiada da Praça nos permite trabalhar com elementos paisagísticos especiais com plasticidade marcante e que remetam à história do lugar”, explicou Juliana Castro. E nesse contexto, a água é o elemento de destaque do projeto, o que é lembrado pelo diretor de Negócios do Grupo Habitasul, José Mateus. “Elementos que valorizam a água estão presentes de diversas formas. O espelho d’água que a Praça vai ter é único, e não temos dúvidas de que esse se tornará um espaço turístico diferenciado de Florianópolis”, pontuou.

Esse é um exemplo muito importante da viabilidade e importância das parcerias público-privadas. Por meio do programa Adote uma Praça, por exemplo, mais de 100 espaços públicos foram revitalizados na Capital sem a utilização de recursos públicos. No caso da construção da Praça Forte São Luís, por exemplo, o Grupo Habitasul deve investir cerca de R$ 3,5 milhões, encerrando essa “longa história” com Floripa ganhando uma Praça mais do que especial, em um espaço nobre e – até agora – mal aproveitado. Sem dúvida, um final feliz!

Tudo é único

Na assinatura a adoção, Zena Becker (Prefeitura), Jaime de Souza (FloripAmanhã), Sérgio Ribas (Habitasul) e o prefeito Topázio Neto

Se a história do terreno e o projeto da Praça já são especiais, outra grata surpresa tem a ver com o tapume que limita a área durante a construção. O artista visual Wagner Wagz, integrante do projeto Street Art Tour – projeto apoiado pela Prefeitura por meio da Fundação Franklin Cascaes –, é o responsável pela intervenção, que começou a ser criada exatamente no dia da assinatura do termo de adoção. Quer conhecer um pouco da história do terreno onde está sendo construída a Praça Forte São Luís?

Então vamos voltar ao ano de 1770, quando a Ilha era governada por Francisco Souza de Menezes e a Coroa Portuguesa buscava defender a todo custo suas terras. Aqui, por exemplo, estabeleceu um sistema de fortificações para enfrentar ataques, e para evitar a pirataria e contrabando na Baía Norte, em 1771 construiu o Forte São Luís, composto por uma bateria, quartel da tropa, quartel do comandante e cozinha (todos em uma única edificação), e uma casa de pólvora, um pouco mais isolada.

Mas, 68 anos depois, a realidade já era outra, e a Revolução Farroupilha chegava em nosso território. Em 1839 o Forte foi a leilão, e segundo o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral foi vendido “por um preço menor do que valia a cantaria de seus portões”. A única condição era a de que a edificação deveria ser demolida, pois havia o medo de que fosse tomada pelos revolucionários.

Fortaleza destruída, a área ficou abandonada por um longo tempo até que, no início do século XIX, o local recebeu a instalação de uma fonte. Foi transformado primeiro em um largo e depois virou uma praça (ali onde fica a Praça Lauro Muller, ao lado do Hotel Majestic).

Em 1928, quando foi construído o último trecho da Avenida Mauro Ramos, a área original do Forte foi dividida, e até a década de 1990 o local onde será construída a Praça abrigava feiras.

Antes disso ainda, em 1976, o então prefeito da Capital, Esperidião Amin, viu cair por terra a ideia de transformar a área em praça. Ele foi informado pelo Comando do Exército (então proprietário do terreno) sobre planos para a construção de um edifício de apartamentos destinado a oficiais.

Foi só 40 anos depois, em dezembro de 2016, que o Exército cedeu o terreno ao município, com o compromisso de que ali deveria ser construída uma Praça. Em 2018, foi feita a cessão oficial e nesses últimos quatro anos a Prefeitura, entidades e movimentos representativos da comunidade lutaram para que o espaço fosse adotado. Isso agora é uma realidade, pelas mãos do Grupo Habitasul.

Uma praça para chamar de nossa

O prefeito Topázio Neto (centro) apresenta o Termo de Adoção junto às lideranças que participaram do processo

O 7 de setembro de 2022 foi mesmo muito especial. No mesmo dia em que o Brasil comemorou 200 anos da Proclamação da Independência, Floripa ganhou um presente que esperava há muito tempo: o Grupo Habitasul abraçou mais um projeto pela cidade e formalizou a adoção da Praça Forte São Luís, na Avenida Beira-Mar Norte

E foi com festa! Nem a chuva atrapalhou o evento, que reuniu autoridades, entidades representativas da comunidade, representantes do Exército Brasileiro (que cedeu o terreno para a cidade), e jornalistas na brasserie ‘L’Ile”, que fica ao lado do terreno. Em comum entre os presentes, a felicidade pela viabilização de um projeto tão importante para a cidade.

Por meio do Programa Adote uma Praça – iniciativa da Associação FloripAmanhã – mais de 100 espaços públicos já foram revitalizados sem a utilização de recursos públicos, mas a adoção da Praça Forte São Luís tem um sentido especial. A história foi longa, cheia de idas e vindas e muitas dúvidas.

Agora é esperar para ver o resultado e aproveitar o espaço. A assinatura da formalização da adoção aconteceu no próprio terreno, em numa tenda especialmente montada para o evento. Marco Cezar estava lá, registrando tudo. Confira!

Rodrigo Rossoni dos Santos, Paulo Garbugio e Neri dis Santos Juliana Castro, Andrea Druck e Zena Becker Roberto Katumi e Valter Gallina

Jorge Lacerda e Adir Gentil Andrea Druck e Péti Druck Topazio Neto, Pericles Druck e Marili Druck

Silene Roehrig, Lara e José Mateus

Wagner Wagz Turma da Habitasul

Cerimônia Péti Druck, Andrea e Pericles Druck

Beatriz Dutra e Márcia Dutra

Sérgio Ribas Luiz Bond, Zena, Paulo Scarduelli e Aline Cabral Daniela Gentil e Adir Gentil

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