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Dafra NH 190
Para competir com as gigantes
A Dafra amplia seu line up em 2020 com duas motos. A primeira a chegar é a NH 190, uma trail honesta que concorre com as motos das gigantes japonesas
Texto ISMAEL BAUBETA Fotos GUSTAVO EPIFÂNIO
ADafra busca crescer em terra de gigantes, tem estrutura para isso e conta com a parceria de players importantes como a indiana TVS, fabricante da Apache, e a taiwanesa Sym, que produz, entre outros, o Citycom 300, modelo mais vendido da marca. Depois de um bom tempo mantendo seu line up com mudanças apenas em modelos já existentes, a Dafra decidiu ampliar a linha com a trail NH 190 e com mais um scooter, o HD 300, ambos da Sym.
À primeira vista a NH 190 chama a atenção, suas linhas são angulosas, cheias de vincos e recortes, beira o exagero, mas tem bastante volume, o que valoriza o visual. O farol é subdividido com um foco para luz baixa e outro para alta. Embora seja uma trail, ela segue o conceito de sua concorrente direta Honda XRE 190, com dois para-lamas, um sobre a roda e outro sob o farol. De qualquer jeito o design foi bem cuidado e está muito melhor do que alguns produtos asiáticos costumavam apresentar, pois o quesito evoluiu muito com o tempo e a concorrência. Talvez o que mais destoou no desenho é a enorme ponteira que sai para cima, como se fosse uma moto de rali. Altura e posição Subindo na NH 190 a primeira impressão é de que o banco é mais baixo do que sua altura sugere, como se parte da espuma tivesse sido retirada para rebaixá-lo, inclusive a espuma mole faz sentir a base dura do banco, comprometendo o conforto. A altura do banco, segundo a ficha técnica da moto, é de 820 mm (na XRE são 836 mm), diferença pequena, mas a percepção é de que a NH é mais baixa.
DESAFIO A NH 190 aceita desafios, basta você ter espírito aventureiro para se divertir

motociclismo 28 FEVEREIRO 2020 ESTILO A NH 190 é bem estilosa e chama a atenção; os mais curiosos perguntam qual é

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A ergonomia da NH 190 é relativamente neutra, o guidão elevado por dois enormes risers fica muito próximo do piloto. Eu com meus 1,8 m fiquei com os cotovelos a 90°. O ideal é que estivessem ligeiramente menos flexionados, com o guidão mais adiantado. Parece que há pouco espaço para o piloto. As pernas ficam levemente flexionadas, mas a cintura da moto oferece bom encaixe para elas.
Em movimento Ao tentar dar a partida, estranhei. Mesmo com o corta-corrente em posição de desligado, o motor dá a partida, só não liga, não entendi. Uma vez ligado o motor você percebe a vibração, que não chega a incomodar e ela aumenta ao rodar em baixa e média rotação, mas em alta ela diminui.
VOLUME As proporções são generosas na dianteira e contrastam com a traseira afilada; o design das motos asiáticas melhorou muito nos últimos anos graças ao intercâmbio de profissionais e tecnologia do mundo globalizado

1 Painel digital é simples, mas bem resolvido 2 Punhos tradicionais poderiam ter melhor acabamento 3 Banco tem pouca espuma e compromete o conforto 4 Ponteira alta destoa do conjunto

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O motor monocilíndrico de 183 cm³, quatro válvulas e arrefecimento a líquido rende 18 cv a 8.500 rpm e 1,6 kgf.m a 7.500 rpm de potência e torque máximos respectivamente, quase 2 cv a mais do que a XRE 190. Por outro lado, tem um pouquinho menos de torque (0,03 kgf.m) que também chega a seu máximo 1.500 rpm depois que a Honda, o que explica a maior demora nas arrancadas da moto taiwanesa.
Na aceleração inicial ela parece chocha, precisa de giros para sair com mais rapidez, até as 3.000 rpm ela é preguiçosa, daí para cima melhora e tem respostas mais honestas. O motor precisa de gás para empolgar. Na estrada indo para a locação onde fotografamos chegou a marcar 133 km/h no painel, já na volta, com mais vento contra, não passou dos 122 km/h, o que não é ruim, diga-se de passagem. O câmbio de seis marchas tem engates macios, mas é preciso percorrer mais espaço com o pedal para engatar as marchas. A relação de câmbio poderia ter a primeira marcha um pouco mais curta para torná-la mais esperta nas arrancadas, já as marchas mais altas estão mais bem escalonadas.
As suspensões são bastante rígidas para o péssimo pavimento de uma cidade como São Paulo, e a consequência é a transmissão para o corpo do piloto de boa parte da vibração vinda do pavimento. Se o banco fosse mais macio, com espuma de melhor qualidade, o sofrimento do corpo seria menor. Por outro lado, por conta destas mesmas suspensões, é divertido contornar curvas com ela sempre aprumada e bem apoiada no chão.
Cilindrada 183 cm³ Potência máxima 18 cv a 8.500 rpm Torque máximo 1,6 kgf.m a 7.500 rpm Diâmetro x curso do pistão 63,5 mm x 57,8 mm Taxa de compressão 11,1:1. Quadro Tipo diamond em aço Cáster 26° Trail 145 mm Suspensão dianteira Garfo telescópico com 135 mm de curso Suspensão traseira Monoamortecedor com 145 mm de curso, ajuste pré-carga Freio dianteiro Disco de 288 mm, pinça de 2 pistões (Combinado) Freio traseiro Disco de 222 mm, pinça de 1 pistão Modelo do pneu Pirelli MT60 Roda dianteira 100/90 - 19” Roda traseira 130/80 - 17" Monocilíndrico, arrefecido a líquido DOHC I 4 válvulas I câmbio de 6 velocidades
MEDIDAS Comprimento • 2.068 mm Altura do assento • 820 mm Tanque • 11 litros Largura • 900 mm Entre-eixos • 1.405 mm Peso (OM) • 152 kg
Preço: R$ 12.890

PRIMEIRA IMPRESSÃO A NH 190 é bem resolvida visualmente, tem design moderno e chama a atenção. É verdade que o motor é um pouco preguiçoso em baixas rotações, mas fica mais esperto à medida que os giros sobem. Mesmo com a rigidez das suspensões, um pouco duras para a cidade, tem bom comportamento, inclusive oferecendo bastante diversão na estrada. O sistema de freio poderia ser mais preciso e o banco mais confortável. Os R$ 12.890 da etiqueta estão de bom tamanho. A iluminação em LED e a tomada USB são diferenciais na categoria. A concorrência é forte e a Dafra tem a seu desfavor uma rede de concessionárias bem menor que Honda e Yamaha. Mas vale a pena fazer um test ride para conhecer o modelo.
1 Spoiler e protetor de motor são itens de série 2 Tomada USB é diferencial na categoria 3 Freio traseiro é potente 4 Sistema dianteiro é impreciso

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Usando os freios Como manda a legislação, a NH 190 tem sistema de assistência às frenagens, no caso o freio combinado. Um disco na frente e outro atrás que ao ser acionado com o pedal, aciona instantaneamente o dianteiro. Notei que se você utilizar somente o traseiro a frente da moto abaixa bastante em comparação a outros modelos com sistema semelhante, sinal de que mais força de frenagem é levada para a pinça dianteira. O manete do freio dianteiro deixa claro que o freio é impreciso, há momentos em que o freio atua com pegada inicial mais agressiva,
em outros o manete endurece e exige mais força e ainda há momentos em que ele cede estranhamente como acontece quando o sistema entra em fadiga, mas é só apertar novamente o manete que ele volta ao estado normal.
Os R$ 12.890 pedidos pela NH 190 são justos, e isso significa que ela é 12% mais barata que a XRE 190 (R$ 14.490), mas a rede de concessionárias bem maior da Honda e a tradição da marca japonesa podem pesar na decisão dos motociclistas. Contudo, vale a pena fazer um test ride para quebrar paradigmas.

Você prefere gato ou lebre?

Você já deve ter caído alguma vez numa pegadinha que se encaixa no velho ditado de levar gato por lebre, certo? Pois é, a situação é bem mais comum do que se imagina quando o negócio é comprar algum componente para sua motocicleta, seja para reposição ou para customizá-la. Infelizmente há produtos de péssima qualidade por todos os lados, a invasão de produtos de baixo custo e péssima qualidade é generalizada e as lâmpadas também estão entre os itens que podem ser confundidos. Porém não vale a pena levar “gato” para casa quando o assunto é a sua segurança, afinal o bom funcionamento do farol de sua moto vai impedir situações de risco que muitas vezes você nem fica sabendo (afinal você pode ter sido notado a tempo antes de outro veículo passar pelo cruzamento de que você se aproxima ou de entrar em sua frente no corredor e fechar você ). E se o outro motorista não tivesse visto você? A Philips investe pesado em tecnologia e desenvolvimento de suas lâmpadas, por isso está sempre na vanguarda na criação de novos produtos com a utilização de materiais mais modernos, resistentes e de última geração.
Para aumentar a durabilidade das lâmpadas das motos a Philips desenvolveu uma tecnologia chamada ExtraDuty, que, com filamentos maiores e mais robustos e nova fixação da haste na parte superior do bulbo da lâmpada, confere quatro vezes mais resistência aos impactos do que uma lâmpada comum.
Outro componente crucial das lâmpadas é o vidro com o qual é feito o bulbo. A Philips utiliza vidro de quartzo, muito mais resistente a temperaturas extremas (2.650°C do filamento e 800°C em sua superfície) e de maior capacidade de irradiação da luz. Na tecnologia LED, a Philips também inova com as lâmpadas Ultinon, que são mais compactas e carregam muita tecnologia, como o SafeBeam (para projetar a luz no lugar certo, sem ofuscar), resistência a água e poeira (certificação IP65), ThermalCool (controle térmico para maior durabilidade) e tem resistência de 10G aos impactos, iluminando 130% mais, com durabilidade de até cinco anos e garantia de fábrica de dois anos. A Philips possui 100 anos no desenvolvimento de iluminação automotiva e inovações criadas em seus laboratórios se tornaram padrão mundial, por isso não é à toa que é a maior fornecedora de lâmpadas para indústria da motocicleta no Brasil e um em cada três carros no mundo utiliza lâmpadas Philips.
