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VESTIR · Nº 78 · MODATEX · Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios · Setembro 2017 · Publicação Semestral · Distribuição Gratuita

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Nota Editorial As empresas e as respostas formativas que possam satisfazer as crescentes necessidades em termos de recursos humanos foram, desde sempre, um dos pilares da missão do Modatex. Por isso, nesta edição falámos com vários empresários do sector ITV para percebermos qual a importância do desenvolvimento de produto num contexto em que a internacionalização lhes lançou novos desafios. As suas respostas, para além de nos ajudarem a perceber a melhor forma de os apoiarmos, são também um bom retrato da realidade de um sector que, mais do que sobreviver, se reinventou e se valorizou. A oferta formativa do Modatex, por ser diversificada e deslocalizada, tem sido um apoio fundamental para que as empresas nacionais possam continuar a crescer e esse é mais um motivo de orgulho para o nosso Centro. Estamos igualmente orgulhosos do reconhecimento que tem sido dado à nossa formação, bem como ao talento dos nossos formandos, que continua a ser reconhecido através de prémios e da presença em grandes eventos. São algumas dessas histórias de sucesso que apresentamos nesta edição e que nos fazem acreditar num futuro prometedor para o nosso sector.

2  O impacto do desenvolvimento de produto na formação e vice-versa

20  Notícias Breves

4  A importância do Desenvolvimento de Novos Produtos (DNP)

24  Open Day Modatex

7  O desenvolvimento de produto nas empresas

25  Iniciativas de responsabilidade social

10  Inovação nos sectores têxtil e vestuário

26  Oferta Formativa Modatex

11  Comércio externo português de têxteis e vestuário

29  InterColor

14  As novas tendências em materiais e equipamentos

32  Talento do Modatex presente na ModaLisboa

17  Acompanhamento do Plano Estratégico

36  Portugal Fashion

18  Relatório após-venda · 1º semestre de 2016

46  Portugal Fashion Internacional

19  Visitas Institucionais

49  i-com · Modatex foi escolhido para o primeiro Data Fashion Hackathon

Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios

Propriedade MODATEX – Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios Rua Professor Augusto Nobre, 483 4150-119 Porto www.modatex.pt

Coordenação técnica Sónia Pinto, Rosário Araújo, Ricardo Moura e Porto de Ideias

Registo ERC Inscrição Nº 113412

Redação e Publicidade Porto de Ideias

Editor MODATEX · Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios

Design Gráfico Ricardo Moura

Diretora Sónia Pinto

Conselho Editorial José Manuel Castro, João Costa, José Robalo, Jaime Regojo, Américo Paulino

Colaboração ATP, CITEVE, Porto de Ideias, CENIT, formandos dos cursos de Design de Moda, Vânia Moreira, Inês Oliveira, Diana Silva e Técnicos do Modatex

Publicação Periódica Periodicidade Semestral Tiragem 3000 Exemplares Impressão Greca Artes Gráficas Rua do Tronco 984, Armazém A 4465-274 S. Mamede de Infesta Depósito Legal 345913/12


Fotografias Diana Silva

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O impacto do desenvolvimento de produto na formação e vice-versa

o Técnico/a de Tecelagem, Técnico/a de Malhas e Técnico/a de Máquinas de Confecção, as áreas do intangível Comercial, Marketing de Moda, Logística e Distribuição, assim como as saídas profissionais orientadas para a produção como a Costura Industrial, Modista, Métodos e Tempos de Trabalho, Qualidade e as Operação produtivas na fiação, tecelagem, malhas, tinturaria, estamparia e acabamentos. O Desenvolvimento de Produto, na sua amplitude máxima de competências da fileira têxtil e vestuário, abrangente a todas as áreas profissionais de forma interligada, tem como resultado na formação profissional competências de banda larga, assim como competências de maior grau de complexidade - dos materiais aos produtos e às tecnologias - que propiciem de forma cada vez mais profícua o trabalho multidisciplinar dos novos recursos a lançar no mercado. O Modatex dispõe de oferta formativa realizada através do Catálogo Nacional de Qualificações, organizada em cursos qualificantes para jovens e adultos, com estágio curricular em empresa para o desenvolvimento de atividades relacionadas com o curso, assim como de oferta formativa de aperfeiçoamento e reconversão para os ativos do setor e de serviços às empresas em formação de áreas de especialização ou em consultoria. Para além da formação profissional, o Modatex desenvolve também nas diversas saídas profissionais do setor têxtil e vestuário, assim como em áreas transversais, o Reconhecimento, a Validação e a Certificação de Competências profissionais.

O desenvolvimento de produto na alavancagem do comércio internacional têxtil e vestuário, desde a conceção do produto orientado para o mercado até ao momento em que o mesmo está disponível para o consumidor final, no tempo competitivo do “time-to-market”, é o desafio que se tem colocado para a qualificação dos novos recursos para o setor têxtil e vestuário. O Modatex tem estado envolvido na perceção do mercado devido ao relacionamento de proximidade com as empresas. A oferta formativa do Modatex tem este desígnio do olhar para o setor no seu todo e nas diferentes regiões do país, proporcionando ao mercado cursos de formação profissional nas saídas profissionais emergentes, que propiciem também a nova inserção profissional de jovens e adultos. As saídas profissionais no âmbito do desenvolvimento de produto desenvolvem-se de forma multidisciplinar nas competências relacionadas com a criatividade pelo Design de Moda, na estrutura de tecidos pelo Técnico/a Especialista em Design Têxtil para tecelagem e pelo Debuxador de Dobby e Jacquard, a estrutura de malhas pelo Técnico/a Especialista em Design Têxtil para malhas, a criatividade na estamparia pelo Técnico/a Especialista em Design Têxtil para estamparia, a construção de base de moldes com suporte em sistema CAD pelo Modelista de Vestuário e os acabamentos têxteis pelo Técnico/a de Enobrecimento Têxtil. Associado à organização dos sistemas produtivos nas várias áreas da fileira têxtil e vestuário, o Modatex desenvolve um conjunto de saídas profissionais: Técnico/a de Fiação, 3


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CITEVE

A importância do Desenvolvimento de Novos Produtos (DNP) O desenvolvimento de novos produtos tem-se tornado num dos fatores chave para a competitividade das empresas. O aumento da concorrência, as rápidas mudanças tecnológicas, a diminuição do ciclo de vida dos produtos e a maior exigência por parte dos consumidores exigem das empresas agilidade, produtividade e alta qualidade que dependem necessariamente da eficiência e eficácia da empresa neste processo. O sucesso no desenvolvimento de novos produtos depende, de facto, da capacidade da empresa na conversão de ideias em realidades comerciais, sendo essencial que, além da definição minuciosa do produto, haja também uma definição clara de negócio.

O processo de DNP, etapas e fatores relevantes A conceção e desenvolvimento de produto é um processo dinâmico e evolutivo, assente numa metodologia estruturada que engloba um conjunto de fases/etapas, atividades, tarefas e decisões. Genericamente, as principais etapas envolvidas são a definição do conceito do produto, materialização do conceito de produto e validação e lançamento do produto.

IDEIA E CONCEITO DO PRODUTO

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

LANÇAMENTO DO NOVO PRODUTO E VARIANTES

·· Seleção e análise da ideia; ·· Análise das necessidades do mercado; ·· Design do conceito do produto ·· Planeamento do desenvolvimento do produto; ·· …

·· Análise das necessidades dos utilizadores ·· e definição dos requisitos e especificações técnicas; ·· Desenvolvimento cientifico-tecnologógico; ·· Prototipagem e “Scaling up” ·· Testes e validação de desempenho; ·· …

·· Definição do modelo de negócio; ·· Lançamento do novo produto no mercado; ·· Seguimento e avaliação do produto no mercado; ·· Desenvolvimento e lançamento de variantes do produto; ·· …

Monitorização económica e financeira, otimização do produto e processo, análise de falhas, Benchmarking, documentar ações, decisões…

Figura 1. Etapas relevantes no processo DNP

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Ao longo de todo o processo são utilizadas diversas ferramentas e técnicas de apoio (ex. Benchmarking, Brainstorming, Análise Swot, Análise de falhas, Estudos de mercado, QFD, etc.), sendo fundamental ter em consideração o equilíbrio entre o TTM (time-to-market), custo, características e performance do produto e o custo com todo o processo, incluindo os aspetos relacionados com a logística, marketing e comercialização. Refira-se que não existe um modelo ideal de DNP. O fundamental é que a empresa sistematize a sua Metodologia de Desenvolvimento de Produto de acordo com o setor em que se enquadra e a respectiva estrutura. A adopção de um modelo de referência para o DP facilitará o trabalho da empresa na definição da metodologia a seguir em cada um dos seus projectos de DP, visto que esta depende do tipo de novo produto e do Time-to-market. Pretende-se com isto minimizar os erros associados à falta de recursos quer humanos, tecnológicos, materiais e financeiros, quer à falta de comunicação entre os vários intervenientes. Refira-se que um dos aspetos mais desafiadores no processo de desenvolvimento de produto são as relações humanas e a transferência de ideias e conhecimentos entre indivíduos e entre grupos funcionais. Neste contexto, o sucesso do processo de DP de

uma empresa depende da sua capacidade na definição do seu modelo de referência e na seleção/otimização da metodologia a seguir para cada projeto de desenvolvimento de produto.

YEXS Blusão de alpinismo multifuncional (P&R Têxteis)

PERMAC Sistema de vestuário de proteção inteligente para fins militares e defesa (Damel)

WETGRAS Sistema de relva sintética inovadora, com um comportamento mais próximo da relva natural (Safina)

SeaB2 Blusão com sistema de flutuação integrado (Damel)

RETEXMED Soluções têxteis reutilizáveis para combate à infeção hospitalar (Crispim Abreu)

NEWLIGHT Estruturas têxteis com capacidade de promover efeitos de luz (Têxteis Penedo)

Cork-a-Tex Tecidos com fio revestido com aditivos de cortiça (SEDACOR)

iTechInovCar Soluções inovadoras de iluminação e sensorização/atuação para o interior do automóvel (Simoldes Plásticos).

A importância do estabelecimento de parcerias

Fotografias CITEVE

Em qualquer empresa, a conjugação de diferentes competências e saberes e a criação de equipas de desenvolvimento de produto multidisciplinares e interdisciplinares desempenham um papel crucial. O envolvimento e estabelecimento de parcerias entre fornecedores, clientes e entidades do Sistema Tecnológico e Científico, tendo em vista o desenvolvimento de novos materiais, soluções e processos, apresentam também indubitavelmente mais-valias para as empresas. O CITEVE, consciente da importância e impacto destes factos no desenvolvimento e competitividade da indústria portuguesa, tem vindo a desenvolver parcerias com empresas e outras entidades do SCT para o desenvolvimento de produtos inovadores nas mais variadas áreas de aplicação e tipologia de produto das quais se destacam a área do Desporto e lazer, Proteção, Saúde, Mobilidade, Habitat e Mar. São exemplos de produtos inovadores desenvolvidos com base na metodologia de referência de DNP e colaboração do CITEVE:

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As tipologias de novos produtos e fatores de sucesso A área de aplicação e a tipologia do novo produto a desenvolver determinam a complexidade e duração do processo, exigindo diferentes níveis de envolvimento, monitorização e número de ciclos de acertos. As tipologias de novos produtos podem ser agrupadas como: Primeiro produto do tipo, Nova geração de produto, Derivação de produto e Renovação de produto.

Produtos Existentes

Produto novos

Não existem aplicações idênticas no mercado

Nova geração do Produto

Primeiro produto do tipo

Existem aplicações idênticas no mercado

Renovação de produto

Derivação de produto

Figura 2. Tipologia de novos produtos (adaptação da matriz Ansoff )

O Primeiro produto do tipo fornece por completo novas capacidades e atributos, apresentando assim maior vantagem na relação preço/desempenho sobre outros produtos alternativos. A transformação da ideia-produto é longa. A Nova geração de produto engloba produtos com novas capacidades/novas funcionalidades, sendo para este tipo de produto o TTM (time-to-market) de fundamental importância. A Derivação de produto diz respeito a produtos provenientes de uma base standard, mas que são desenvolvidos para novos mercados. Têm como vantagem o facto de, em grande parte, a conceção e o processo do novo produto já existirem. A Renovação do produto consiste em melhorias acrescidas relativamente aos produtos antecedentes e é nesta categoria que se inclui grande parte dos desenvolvimentos de produtos; O sucesso de um novo produto dependerá da sua contribuição para o mercado, do TTM (time-to-market) e da aptidão de uma organização em converter ideias em realidades de produtos comerciais. Este processo requer um bom trabalho de cooperação entre as várias áreas funcionais da empresa, nomeadamente ao nível das funções de comercial e marketing, desenvolvimento de produto e do processo produtivo. Serão ainda minimizados os riscos se: ·· O produto for totalmente inovador, tecnologicamente mais avançado, com maior valor acrescentado e apresentar novas funcionalidades, etc.; ·· Existir um conceito bem definido antes da fase de desenvolvimento, existindo uma visão clara do mercado-alvo e dos benefícios que o produto vai oferecer; ·· Existir sinergia tecnológica e de marketing com as linhas actuais ·· O mercado for fortemente atrativo. 6


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O desenvolvimento de produto nas empresas

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Quatro empresários falam sobre a importância do desenvolvimento de produto e da forma como este processo se desenvolve. Para as empresas, esta é uma forma de responderem às necessidades do mercado e de fidelizarem os clientes, mas também de tornarem a produção mais eficaz e sustentável.

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Sandro Sousa Responsável de Marketing na empresa Ana Sousa

Qual a importância do desenvolvimento de produto para a sua empresa? O desenvolvimento de novos produtos é para nós um fator estratégico e necessário para continuar no mercado. É, sem dúvida, um meio importante para a criação e sustentação de uma competitividade saudável. A implementação de novos produtos sustenta a expectativa nos clientes habituais e a surpresa naqueles que nos descobrem. De que forma é desenvolvido este processo? Há múltiplas formas de obter ideias e dos nos inspirarmos para um novo produto. Mas tudo provém de uma estratégia com orientação para o mercado no qual estamos posicionados ou para aquele que pretendemos atingir com o produto em questão. A seleção dessas ideias resulta de uma avaliação das características ou atributos que antecipa a promessa que o produto apresenta para as nossas clientes. Após a seleção partimos para o desenvolvimento do mesmo, mas sempre com a preocupação na transformação do conceito do produto em algo tangível e acessível.

Filipe Prata General Manager da LaGofra

Qual a importância do desenvolvimento de produto para a sua empresa? Na LaGofra, o desenvolvimento completo de produto é feito exclusivamente para a nossa marca Daily Day. Para os restantes clientes, o desenvolvimento é sempre feito a partir do seu próprio design, podendo iniciar-se na prototipagem ou em momentos mais avançados. A importância que o desenvolvimento de produto assume dentro da empresa é, desde logo, a diversificação do negócio com a inclusão de produtos de marca própria. Naquilo que importa aos demais clientes, é um acrescento de serviço com vista à fidelização do cliente e, não menos importante, ao controlo dos custos industriais com objetivos de eficiência. De que forma é desenvolvido este processo? As formas podem ser diversas, apesar de todas terem os mesmos momentos finais. Para as situações mais extensas, as do desenvolvimento de raiz, o processo segue um caminho tradicional, começando pela definição dos

conceitos que darão origem às coleções, seguida da escolha das matérias-primas e silhuetas. O mais antecipadamente possível procura-se construir protótipos, durante o desenvolvimento dos moldes e, após as primeiras aprovações, seguir para a construção de uma amostra. Quando todo este processo é encerrado com sucesso, procede-se à graduação e sua verificação. Após este momento, considera-se o produto desenvolvido e pronto para produção. Em todo este processo são envolvidos os quadros internos com funções de design, modelação, aprovisionamentos, corte de amostras e confeção de amostras. Para a realidade específica da LaGofra, o desenvolvimento de produto tem o envolvimento da direção de produção a partir do momento que antecede a construção de amostras.

Diálogos Pioneiros Susana Ribeiro, responsável de comunicação

Qual a importância do desenvolvimento de produto para a sua empresa? Temos como principal objetivo o desenvolvimento de coleções ajustadas às exigências do mercado que o cliente necessita de satisfazer. Para tal, contamos com o Departamento de Desenvolvimento, constituído por especialistas das diferentes áreas, permitindo que os modelos criados pelo cliente superem os objetivos pretendidos, ou então, através da oferta de variadíssimas linhas, para que este possa selecionar as que mais se adequam à sua marca/coleção. A Diálogos Pioneiros reconhece, assim, a elevada importância do processo de desenvolvimento de produto. Acreditamos que um bom desenvolvimento é a chave para uma boa produção. Sendo assim, a equipa de desenvolvimento tem a importante tarefa de transformar os desejos do cliente em protótipos que possam ser, mais tarde, colocados na linha de produção. De que forma é desenvolvido este processo? O desenvolvimento de produto é um processo demorado. Os desenvolvimentos podem demorar entre 4 a 8 semanas a serem executados, dependendo, claro, da quantidade e complexidade dos produtos a desenvolver. O cliente poderá idealizar o produto pretendido através de folhas técnicas, desenhos, protótipos ou imagens, que podem não reunir toda a informação necessária para a construção de um protótipo viável. Desta forma, é necessário um processo de recolha aprofundada de informação, 9

contemplando várias perguntas e respostas, assim como sugestões do ponto de vista técnico. Quanto mais detalhada e explícita for a informação, melhor se irá desenvolver o processo, indo ao encontro daquilo que foi idealizado pelo cliente. Esta recolha de informação é um passo extremamente importante e o primeiro passo para uma produção de sucesso. Além do desenvolvimento do produto em si, podemos desenvolver os materiais que melhor se adequem às necessidades dos clientes. O desenvolvimento contempla várias fases. Primeiramente é elaborado um molde em formato digital; escolhemos este formato por ser facilmente editável e controlável. Posteriormente, é feita uma maquete do produto, uma construção primária do mesmo, cuja função é aferir se o molde está corretamente elaborado, permitindo ao cliente avaliar fisicamente a forma e as dimensões do produto. Na fase seguinte, é elaborado o protótipo, de forma a analisar o produto de forma mais aprofundada. Por fim, são elaboradas as amostras, já com os materiais finais e que deverão ser um modelo do produto final saído da linha de produção. Após a aprovação do cliente, o produto está, finalmente, apto para ser reproduzido em escala.

Noel Ferreira Administrador da Empresa A. Ferreira & Filhos

Qual a importância do desenvolvimento de produto para a sua empresa? A importância é muito grande, pois é onde tudo começa. Temos dois designers. Uma para a nossa marca de bebé Wedoble e outra que assegura o privat label, tanto no knitwear como no têxtil-lar. De que forma é desenvolvido este processo? É um pouco como todas as empresas. Na Wedoble, passa por analisar as vendas da coleção homóloga anterior, “beber” as tendências da próxima estação e trabalhar. Em vPL, e como somos expositores na PV/Paris, a componente tendências marca mais a coleção. Procuramos um equilíbrio de jogos, pois temos desde o J3 até ao J14, mais o sem costuras em 5, 7, 8 e 15.


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CENIT

Fotografia Diana Silva

Inovação nos sectores têxtil e vestuário

De acordo com os dados disponíveis no Eurostat, compilados no âmbito do Community Innovation Survey (CIS) relativo ao ano 2014 (abrange empresas com pelo menos 10 pessoas ao serviço), os gastos em inovação das empresas do sector têxtil ascenderam a 67,94 milhões de euros, enquanto no caso das empresas do sector de vestuário este valor atingiu os 33,03 milhões de euros. A grande proporção deste investimento prende-se com a aquisição de máquinas, equipamento e software (representou 66% do total investido em ambos os sectores). Considerando as despesas associadas com a investigação e desenvolvimento (I&D) realizada internamente, este valor foi de aproximadamente 18,19 milhões de euros nas empresas do sector têxtil e de aproximadamente 3,79 milhões de euros nas empresas do sector de vestuário. Comparando com os resultados do CIS 2012, verifica-se um crescimento de 125% no valor associado aos gastos realizados no âmbito do sector têxtil, enquanto no caso do sector de vestuário o crescimento dos gastos em I&D interna foi de quase 260%. Considerando a proporção de empresas que estão continuamente

envolvidas em atividades de I&D interna, de acordo com os dados disponíveis no CIS 2014, esta percentagem é de 17,3% no caso do sector têxtil (acima dos 11,6% indicados em 2012) e de 5,1% no caso do sector de vestuário (acima dos 3,5% indicados em 2012). Por seu lado, também aumentou a proporção de empresas que estão ocasionalmente envolvidas em atividades de I&D interna, sendo esta percentagem de 22,2% no sector têxtil (acima dos 16,5% indicados em 2012) e de 10,3% no sector de vestuário (acima dos 2,5% indicados em 2012). Desenvolvendo a análise com base no tipo de inovação (independentemente de outro tipo de inovação), verifica-se com base nos dados do CIS 2014 que, no âmbito das empresas do sector têxtil, a principal preponderância prende-se com a inovação de processo, seguida pela inovação de produto, inovação de marketing e inovação organizacional. No que se refere às empresas do sector de vestuário, o destaque vai para a inovação de processo, seguida pela inovação organizacional, inovação de marketing e inovação de produto.

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CENIT

Comércio externo português de têxteis e vestuário

Os produtos têxteis e vestuário representaram no primeiro trimestre de 2017 uma proporção de 9,7% do total das exportações portuguesas de bens, apresentando um valor na ordem dos 1.363,75 milhões de euros. A quota anual dos produtos têxteis e vestuário no total das exportações de bens registou uma evolução positiva no ano 2016, sendo verificada uma proporção de 10,1%, acima dos 9,7% registados no ano 2015, mas abaixo dos 10,3% registados em 2010 e dos 13,2% verificados em 2005. De referir que as exportações totais de bens cresceram 35,0% entre 2010 e 2016, enquanto as exportações de têxteis e vestuário registaram uma subida de 31,7% em igual período.

Exportações de têxteis e vestuário De acordo com os dados do INE, o valor das exportações portuguesas de têxteis e vestuário registou uma subida de 7,4% no primeiro trimestre de 2017, relativamente ao período homólogo de 2016. Este resultado surge da subida de 6,2% registada nas exportações destinadas ao mercado Intra-UE e da subida de 14,3% registada nas exportações destinadas ao mercado Extra-UE. As exportações destinadas ao mercado Intra-UE representaram 84% do valor exportado, ficando cifradas nos 1.144,00 milhões de euros, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE representaram 16% do valor exportado e ficaram cifradas nos 219,75 milhões de euros. De referir que o valor das exportações portuguesas de têxteis e vestuário registou uma evolução positiva no ano 2016 (ficou cifrado nos 5.060,48 milhões de euros), evidencianAnúncio Coletânea 230x80 Modatex.pdf

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do uma subida de 5,1% relativamente ao ano anterior. Este resultado surgiu na sequência de uma subida de 7,7% nas exportações destinadas ao mercado Intra-UE, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE registaram uma descida de 7,0%. Analisando a evolução ao longo dos primeiros três meses do ano 2017 das duas principais categorias de produtos (com uma quota conjunta acima dos 60% das exportações), verifica-se que as exportações de vestuário de malha (categoria 61) cresceram 6,2%, enquanto as exportações de vestuário exceto malha (categoria 62) registaram uma subida de 6,1%. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE cresceu 5,1% (representou 93% do total exportado, cifrado em 521,83 milhões de euros) e o mercado Extra-UE registou uma subida na ordem dos 21,6% (representou 7% do total, cifrado em 41,75 milhões de euros) nos primeiros três meses de 2017, relativamente a igual período de 2016. As exportações de vestuário exceto malha (vestuário em tecido) destinadas ao mercado Intra-UE aumentaram 4,9% (representou 88% do total, cifrado em 241,80 milhões de euros), enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE cresceram 16,2% (representou 12% do total, cifrado em 31,58 milhões de euros). Relativamente ao desempenho das duas principais categorias no ano 2016, verificou-se uma subida de 12,1% nas exportações de vestuário de malha (categoria 61), enquanto as exportações de vestuário exceto malha (categoria 62) registaram uma subida de 0,1%. No caso do vestuário de malha, o mer-

cado Intra-UE registou uma subida na ordem de 12,8%, enquanto o mercado Extra-UE cresceu 3,2%. As exportações de vestuário exceto malha destinadas ao mercado Intra-UE subiram 0,8% em 2016, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE decresceram 5,1%. No que se refere às exportações de outros têxteis confecionados (categoria 63, terceira principal com uma quota acima de 10% das exportações), que incluem a grande proporção dos têxteis-lar, foi registada uma subida de 6,2% nos primeiros três meses de 2017, resultante de uma subida de 4,6% no mercado Intra-UE (representou 73% do total, cifrado em 110,43 milhões de euros) e uma subida de 10,9% no mercado Extra-UE (representou 27% do total, cifrado em 40,65 milhões de euros). Durante o ano 2016 as exportações de outros têxteis confecionados (categoria 63) evidenciaram um crescimento de 1,3%, resultante de uma subida de 4,8% no mercado intracomunitário e uma descida de 6,5% no mercado extracomunitário. Para além das três principais categorias de produtos, salienta-se nos primeiros três meses de 2017, entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem de 3% do valor total das exportações de têxteis e vestuário), o desempenho: dos tecidos de malha (categoria 60) com uma subida de 17,2%; dos tecidos impregnados e revestidos (categoria 59) com uma subida de 13,3%; dos artigos de algodão (categoria 52) com uma subida de 12,8%; das pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (categoria 56) com uma subida

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Exportações de matérias têxteis e suas obras HS2 50

Descritivo Seda (fios e tecidos)

Importações de matérias têxteis e suas obras

JAN-MAR 2016

JAN-MAR 2017

Δ% 2016/17

JAN-MAR 2016

JAN-MAR 2017

Δ% 2016/17

67 033

59 847

-10,7%

4 601 125

2 315 702

-49,7%

51

Lã (fibras, fios e tecidos)

13 980 938

17 061 088

22,0%

24 275 870

23 783 910

-2,0%

52

Algodão (fibras, fios e tecidos)

39 686 227

44 763 495

12,8%

129 508 824

146 472 569

13,1%

53

Outras fibras vegetais (fibras, fios e tec.)

783 548

1 220 193

55,7%

17 043 876

12 711 394

-25,4%

54

Filamentos sintéticos ou artificiais

21 546 041

24 245 112

12,5%

88 230 187

87 813 841

-0,5%

55

Fibras sintéticas ou artificiais, desc.

55 931 144

62 494 520

11,7%

66 416 728

67 197 768

1,2%

56

Pastas, feltros e cordoaria

64 306 379

72 067 957

12,1%

21 923 540

24 884 705

13,5%

57

Tapetes e outros revestimentos

21 103 022

19 798 185

-6,2%

16 082 568

17 513 495

8,9%

58

Tecidos especiais e tufados

27 243 582

26 111 853

-4,2%

13 903 472

11 680 345

-16,0%

59

Tecidos impregnados e revestidos

57 026 397

64 595 638

13,3%

29 622 464

34 142 090

15,3%

60

Tecidos de malha

36 931 406

43 283 754

17,2%

26 054 470

28 031 233

7,6%

61

Vestuário e seus acessórios, de malha

530 856 893

563 585 575

6,2%

229 263 313

235 195 543

2,6%

62

Vestuário e seus acessórios, exc. malha

257 609 690

273 383 456

6,1%

251 121 708

253 042 784

0,8%

63

Outros têxteis confecionados

:

Total

de 12,1%; e das fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (categoria 55) com uma subida de 11,7%.

Principais mercados de destino Considerando o conjunto das exportações portuguesas de têxteis e vestuário nos primeiros três meses do ano, verifica-se que o principal mercado de destino é a Espanha, com uma proporção de 32,6% e um valor na ordem dos 444,41 milhões de euros. Na segunda posição encontra-se a França, com uma proporção de 13,4% e um valor na ordem dos 182,22 milhões de euros. Nas posições seguintes encontram-se: Alemanha com uma proporção de 9,5% e valor de 129,60 milhões de euros, Reino Unido com 8,0% e valor de 109,41 milhões de euros e Estados Unidos (único mercado extracomunitário entre os dez principais destinos de exportação) com 5,4% e valor de 72,97 milhões de euros. A listagem dos principais destinos das exportações de têxteis durante os primeiros três meses de 2017 é encabeçada pela Espanha, com uma quota de 18,7% e um valor de 98,45 milhões de euros (registou uma subida

142 243 570

151 081 616

6,2%

36 442 718

39 025 602

7,1%

1 269 315 870

1 363 752 289

7,4%

954 490 863

983 810 981

3,1%

de 5,4% em relação a igual período de 2016). Nas posições seguintes encontram-se: França com uma quota de 13,5% e um valor de 71,10 milhões de euros (subida de 12,9% em relação ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 9,0% e um valor de 47,33 milhões de euros (subida de 11,3% em relação ao período homólogo), Estados Unidos com uma quota de 8,9% e um valor de 47,12 milhões de euros (subida de 8,1% em relação ao período homólogo) e Reino Unido com uma quota de 6,3% e um valor de 33,43 milhões de euros (descida de 1,0% em relação ao período homólogo). Relativamente à listagem dos principais destinos das exportações de vestuário durante os primeiros três meses de 2017, esta é também encabeçada pela Espanha, com uma quota de 41,3% e um valor de 345,96 milhões de euros (registou uma subida de 1,9% em relação a igual período de 2016). Nas posições seguintes encontram-se: França com uma quota de 13,3% e um valor de 111,12 milhões de euros (subida de 1,0% em relação ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 9,8% e um valor de 82,27 milhões de eu-

ros (subida de 16,3% em relação ao período homólogo), Reino Unido com uma quota de 9,1% e um valor de 75,97 milhões de euros (subida de 4,1% em relação ao período homólogo) e Países Baixos com uma quota de 4,5% e um valor de 37,51 milhões de euros (subida de 18,0% em relação ao período homólogo).

Importações de têxteis e vestuário A balança comercial portuguesa é tradicionalmente excedentária no conjunto das matérias têxteis e suas obras, tendo apresentado nos primeiros três meses de 2017 uma taxa de cobertura de 139%. De referir que, ao longo do período de 2005 a 2016, a taxa anual de cobertura nas matérias têxteis e suas obras registou a proporção mínima em 2010 (112%) e a máxima em 2005 (136%). De acordo com os dados do INE, observou-se nos primeiros três meses de 2017 uma subida de 3,1% no valor das importações portuguesas de produtos têxteis e vestuário, ficando estas cifradas nos 983,81 milhões de euros. Esta subida foi o resultado da subida de 1,8% registada nas importações provenientes de origens Intra-UE (representaram

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Matérias têxteis e suas obras

4 097 353 759

4 229 078 550

4 352 314 964

4 087 790 958

3 501 234 149

3 843 827 669

4 166 848 470

4 126 658 190

4 288 147 151

4 617 235 287

4 813 710 893

5 060 482 656

Vestuário e seus acessórios, de malha

1 690 392 263

1 753 637 878

1 763 951 959

1 666 681 468

1 468 228 783

1 537 816 786

1 627 024 854

1 589 679 614

1 699 457 568

1 841 347 879

1 883 270 712

2 111 966 838

851 973 947

843 793 660

871 944 968

817 417 314

687 858 334

763 694 317

831 454 596

883 136 744

849 768 200

939 135 652

990 719 682

992 058 010

Vestuário e seus acessórios, exceto de malha

12


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76% do total, ficando cifradas nos 749,45 milhões de euros) e do aumento de 7,4% nas importações de origens Extra-UE (representaram 24% do total, ficando cifradas nos 234,36 milhões de euros). De referir que o valor das importações portuguesas de têxteis e vestuário registou uma evolução positiva no ano 2016 (ficou cifrado nos 3.916,04 milhões de euros), evidenciando uma subida de 2,3% relativamente ao ano anterior. Este resultado surgiu na sequência de uma subida de 2,1% nas importações provenientes do mercado Intra-UE, enquanto as importações provenientes do mercado Extra-UE registaram um aumento de 3,2%. A representatividade das importações nos primeiros três meses de 2017 foi composta, por ordem decrescente, pelas seguintes categorias de produtos: vestuário exceto malha, representou 25,7% do valor total das importações; vestuário de malha, representou 23,9%; artigos de algodão, representou 14,9%; filamentos sintéticos ou artificiais, representou 8,9%; e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas, representou 6,8%.

Principais mercados de origem Considerando o conjunto das importações portuguesas de têxteis e vestuário nos primeiros três meses do ano, verifica-se que o principal mercado de origem é a Espanha, com uma proporção de 36,7% e um valor na ordem dos 360,74 milhões de euros. Na segunda posição encontra-se a Itália, com uma proporção de 10,9% e um valor na ordem dos 107,07 milhões de euros. Nas posições seguintes encontram-se: Alemanha com uma proporção de 7,5% e valor de 73,84 milhões de euros, França com 7,2% e valor de 70,72 milhões de euros e Índia com 6,2% e valor de 60,55 milhões de euros. A listagem das principais origens das importações de têxteis durante os primeiros três meses de 2017 é encabeçada pela Espanha, com uma quota de 20,0% e um valor de 98,96 milhões de euros (registou uma subida de 0,9% em relação a igual período de 2016). Nas posições seguintes encontram-se: Itália com uma quota de 13,1% e um valor de 64,70 milhões de euros (subida de 1,8% em relação

ao período homólogo), Índia com uma quota de 10,2% e um valor de 50,59 milhões de euros (subida de 28,2% em relação ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 9,0% e um valor de 44,52 milhões de euros (subida de 2,1% em relação ao período homólogo) e Turquia com uma quota de 6,8% e um valor de 33,94 milhões de euros (subida de 25,2% em relação ao período homólogo). Relativamente à listagem das principais origens das importações de vestuário durante os primeiros três meses de 2017, esta é também encabeçada pela Espanha com uma quota de 53,6% e um valor de 261,78 milhões de euros (registou uma descida de 1,1% em relação a igual período de 2016). Nas posições seguintes encontram-se: França com uma quota de 10,3% e um valor de 50,13 milhões de euros (subida de 0,3% em relação ao período homólogo), Itália com uma quota de 8,7% e um valor de 42,37 milhões de euros (descida de 10,0% em relação ao período homólogo), Alemanha com uma quota de 6,0% e um valor de 29,32 milhões de euros (subida de 35,9% em relação ao período homólogo) e China com uma quota de 4,3% e um valor de 20,97 milhões de euros (subida de 0,1% em relação ao período homólogo).

Portugal: exportações de têxteis e vestuário (valor, 1.000.000 EUR) 6,000 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Vestuário (M€)

2011

2012

2013

2014

2015

Têxtil (M€)

M€

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Vestuário (M€)

2 542

2 597

2 636

2 484

2 156

2 302

2 458

2 473

2 549

2 780

2 874

3 104

Têxtil (M€)

1 555

1 632

1 716

1 604

1 345

1 542

1 708

1 654

1 739

1 837

1 940

1 956

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TÉCNICOS DO MODATEX NA TECHTEXTIL / TEXPROCESS

As novas tendências em materiais e equipamentos

Optitex, Audaces, Gerber e Human Solutions aparecerem com a novidade do 3D e novas ferramentas que visam acompanhar toda a inovação da têxtil. Destacam igualmente os sistemas simplificados, como é o caso de manequins robóticos com comando à distância, que podem ser configurados com as medidas pretendidas. As novidades no sistema de corte automático para o ramo têxtil e automóvel e a renovação em maquinaria de ilhós para todo o sector têxtil mereceram também a atenção dos representantes do Modatex.

Num sector como o ITV, em que a inovação é constante, é essencial que os formadores do Modatex estejam a par das mais recentes novidades. As visitas a feiras internacionais, como a Techtextil / Texprocess, são essenciais para acompanhar esta evolução. A visita dos colaboradores do Modatex a estes eventos foi bastante útil para que ficassem a conhecer as novas tendências em materiais e equipamentos. Estes eventos, que decorreram em maio na Messe Frankfurt, na Alemanha, foram visitados por dez técnicos do Modatex. A Techtextil é a principal feira internacional de têxteis técnicos e não-tecidos e contou com cerca de 2800 expositores, entre eles 25 portugueses. Numa edição que teve como tema “Conectando o Futuro”, os visitantes ficaram a conhecer as novas tendências de indústrias como o têxtil e o automóvel, entre outras. Simultaneamente decorria a Texprocess, considerada a principal feira internacional para a indústria têxtil e materiais flexíveis. O vestuário funcional e os têxteis inteligentes tiveram lugar de destaque neste evento. Durante a visita, os colaboradores do Modatex conheceram algumas das inovações em tecidos, malhas, acabamentos e estampados. Assistiram também ao desfile “Innovative Apparel Show”, que garantiu dois prémios a Mariana Almeida, formanda que recentemente iniciou o Percurso de Modelação de Vestuário (Vida Ativa), no Modatex – Porto. As novidades na área da estamparia digital, os tecidos inteligentes e os novos materiais, como entretelas elásticas e adesivos, foram algumas das inovações para o vestuário e calçado desportivo divulgadas. Os colaboradores do Modatex destacaram também a criação de novas matérias associadas a fins medicinais, bem como as preocupações com as questões ambientais, traduzidas, por exemplo, na criação de novas fibras naturais e sintéticas. Em termos de equipamentos, salientam o facto de sistemas como

Conhecimentos para partilhar Nesta experiência, os colaboradores do Modatex consideram que “o contacto com a inovação da tecnologia, matérias e materiais das empresas nacionais e internacionais foi bastante enriquecedor para todo o grupo que, desta forma, adquiriu novos conhecimentos para uma futura partilha com os outros”. A impressão digital foi um dos grandes focos da Texprocess. “Tendo em conta que a tendência geral será a individualização, a procura por produtos personalizados está a aumentar na indústria de vestuário. Com esse facto, a impressão digital têxtil está a tornar-se numa das tecnologias mais orientadas para o futuro das empresas que processam têxteis e vestuário. Os acabamentos têxteis também estão muito bem evidenciados no ramo automóvel”, sublinham. Na Techtextil os colaboradores do Modatex tomaram contacto com inovações têxteis, estruturas tridimensionais, lâmpadas de LED, elétrodos e sistemas de sensores integrados em têxteis e vestuário, bem como com novos acabamentos multifuncionais. “O desejo de mostrar que a indústria têxtil é capaz de se reinventar e atrair parceiros como a indústria eletrónica e a biotecnologia foi de grande notoriedade em toda a feira, indo ao encontro do tema principal do evento “O Espaço”, conceitualmente organizado na magnífica exposição “Living in Space”, referiram. 14


Fotografia Messe Frankfurt

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EUROPA

FEIRAS DE FILEIRA TÊXTIL

FEIRAS DE MODA - CRIANÇA

FEIRAS DE MODA - ADULTO

Poznan Fashion Fair | Next Season - Pozan – 5 a 7 de setembro

Colombiamoda - 25 a 27 de julho

Premium / Seek / Panorama - Berlim - 4 a 6 de julho

Baltic Textile & Leather - Lituânia - 19 a 21 de outubro

NY Fashion Week

Mode City - Paris - 8 a 10 de julho

Performance Days - Munique - 8 e 9 de novembro

Children's Club NY - 6 a 8 de agosto

FEIRAS TÊXTEIS-LAR E DECORAÇÃO

FEIRAS DE FILEIRA TÊXTIL

Formex - Estocolmo - 23 a 26 de agosto

Expotextil Peru - 19 a 22 de outubro

Pure London - 23 a 25 de julho CIFF - Copenhaga - 9 a 11 de agosto CPM - Moscovo - 30 Agosto a 2 Setembro Momad - Madrid - 1 a 3 de setembro Whos' Next - Paris - 8.11 de setembro PV Manufacturing - 19 a 21 de setembro FEIRAS DE MODA - CRIANÇA Playtime - Paris - 1 a 3 de julho Bubble London - 16 e 17 de julho CIFF - Copenhaga - 9 a 11 de agosto CPM - Moscovo - 30 Agosto a 2 Setembro Kind&Jugend - Colónia - 14 a 17 de setembro PV Manufacturing - 19 a 21 de setembro

Maison & Objet - Paris - 8 a 12 de setembro Intergift - Madrid - 20 a 24 de setembro

FEIRAS TÊXTEIS - LAR E DECORAÇÃO Colombiamoda - 25 a 27 de julho

FEIRAS TÊXTEIS TÉCNICOS

NY Now - 20 a 23 de agosto

A+A - Düsseldorf - 17 a 20 de outubro

Expotextil Peru - 19 a 22 de outubro

Performance Days - 8 e 9 de novembro Medica - Düsseldorf - 13 a 16 de novembro

ÁSIA FEIRAS DE MODA - ADULTO Fashion World Tokyo - 11 a 13 de outubro

AMÉRICA FEIRAS DE MODA - ADULTO

FEIRAS TÊXTEIS (FIOS, TECIDOS, ACABAMENTOS E ACESSÓRIOS)

Colombiamoda - 25 a 27 de julho

Intertextile Shanghai Apparel Fabrics – 11 a 13 de outubro

Magic Las Vegas - 14 a 16 de agosto

Jitac European Textile Fair - 17 a 19 de outubro

FEIRAS TÊXTEIS (FIOS, TECIDOS, ACABAMENTOS E ACESSÓRIOS)

NY Fashion Week

Milano Unica - Milão - 11 a 13 de julho

PooltradeShow - 7 a 9 de maio

The London Textile Fair - 19 e 20 de julho

Project - 16 a 18 de julho

Munich Fabric Start - Munique - 5 a 7 de setembro

MRKET - 16 a 18 de julho

Première Vision - Paris - 19 a 21 de setembro PV Fabrics PV Yarns PV Accessories

Coterie - 17 a 19 de setembro

FEIRAS TÊXTEIS - LAR E DECORAÇÃO Interior Lifestyle Living - Tokyo - 20 a 22 de novembro

Edit - 17 a 19 de setembro Stitch - 17 a 19 de setembro Sourcing@Coterie - 17 a 19 de setembro

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PARTICIPOU COMO CONVIDADA NO TAITAJA2017

Joana Queirós, formanda de Design de Moda no Modatex, continua a preparar-se para representar Portugal no WorldSkills Abu Dhabi 2017, que terá lugar de 14 a 19 de outubro. Em maio, participou no Taitaja2017, o Campeonato Nacional das Profissões finlandês, que decorreu em Helsínquia. O convite para a participação do Modatex surgiu durante o Campeonato Europeu das Profissões, que teve lugar em Gotemburgo no ano passado, e em que o Modatex participou na categoria de Tecnologia de Moda. Os organizadores da prova finlandesa ficaram impressionados com a qualidade da formação e com a prestação das duas formandas portuguesas, pelo que quiseram contar com a presença de uma aluna do Modatex numa prova que incluiu 53 categorias e mais de 500 concorrentes. Joana Queirós integrou a prova de Moda Feminina na qualidade de convidada internacional sendo, aliás, a única aluna não finlandesa nessa categoria. Esta participação foi uma excelente oportunidade para que pudesse treinar para o WorldSkills. A prova de Moda Feminina era composta por 5 módulos. No primeiro, teve cerca de uma hora para fazer o desenho do vestido; o draping e a moulage foram a etapa seguinte, com um prazo de execução de uma hora e meia. Nos módulos 3 e 4 Joana Queirós teve 14 horas para a modelação e confeção de um vestido. Tal como acontece neste tipo de provas, a última fase da participação foi a utilização do conteúdo de uma caixa mistério. A preparação para o WorldSkills é intensa e, poucos dias depois de ter regressado da Finlândia, Joana Queirós esteve no Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto a executar, em ambiente real, provas práticas de preparação. Em Abu Dhabi Portugal será representado por 17 jovens.

Fotografia Diana Silva

Joana Queirós prepara WorldSkills

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ACOMPANHAMENTO DO PLANO ESTRATÉGICO

Objetivos atingidos

O Relatório de Acompanhamento do Plano Estratégico mostra que os objetivos traçados estão a ser atingidos. As avaliações são extremamente positivas, sendo vários os indicadores que atingem os 100%. Em termos de promoção do reconhecimento nacional e internacional, a avaliação é extremamente positiva. Depois de analisados os dados relativos, por exemplo, à taxa de satisfação de ex-formandos e entidades, às candidaturas aprovadas em projetos internacionais, à promoção de ofertas aos ex-formandos, ao relacionamento com entidades ou à divulgação do Modatex, verifica-se que os objetivos traçados foram atingidos quase na totalidade. Nesta área, destacam-se as atividades de divulgação e as candidaturas a projetos internacionais que foram aprovadas. No que diz respeito à promoção da satisfação de clientes, foram avaliados indicadores como a taxa de entidades beneficiárias/ total de entidades registadas; taxa de inserção à saída da formação dos cursos qualificantes; taxa de avaliação global da atividade; taxa de formandos das ações qualificantes abrangidos pelo prémio de assiduidade; implementação do sistema, certificações e prazos. Mais uma vez, a avaliação foi bastante positiva, atingindo os 90%. Uma avaliação igualmente positiva foi conseguida em termos de promoção da inovação e adaptação da oferta formativa e/ou serviços (99%). Em termos de ações, destacam-se a promoção de ajustamentos à estrutura curricular dos cursos e/ou a criação de novos e a realização de ações de formação; neste

último indicador, sublinhe-se que a taxa de execução em relação ao número de formandos atingiu os 147%. As ações de encaminhamentos para formação ou RVCC e de sessões de júri de certificação profissional atingiram plenamente os objetivos definidos. Os objetivos financeiros, nomeadamente no que concerne à melhoria da Gestão Financeira/aumento das receitas próprias, alcançaram igualmente uma avaliação de 99%. Neste campo foram avaliados indicadores como a taxa de execução orçamental, o cumprimento de prazos estipulados e a implementação de procedimentos. A otimização de processos de gestão administrativo-financeiros foi igualmente bem-sucedida, graças à redução da rutura de stocks mínimos, à monitorização de prazos de entrega, identificação de matérias-primas e consumíveis standard com o histórico da média consumo por ano e redução do gap entre o valor do cabimentado/comprometido vs. o valor executado. A otimização das infraestruturas incidiu sobre aspetos como o índice de desempenho das diferentes plataformas, a implementação do sistema, o novo site, índice de disponibilidade dos serviços TIC e grau de maturidade em segurança da informação, o número de viaturas substituídas, a percentagem de execução das obras aprovadas para melhorias físicas dos edifícios, a verificação e controlo das salas e equipamentos e a taxa de execução das parcerias por troca de serviços. Mais uma vez, foram praticamente atingidos os objetivos traçados.

A promoção da comunicação organizacional cumpriu também os objetivos traçados, quer no que respeita ao número de utilizadores, às reuniões de técnico-pedagógicas, às reuniões setoriais ou ao número de propostas de melhorias validadas. No que respeita ao incentivo de desenvolvimento de competências, a avaliação geral atingiu os 98%. Foram analisados indicadores como a percentagem de colaboradores abrangidos por Planos de Formação Interna, o número médio de horas de formação interna por colaborador, a percentagem de colaboradores das áreas de formação em ações de formação, o nível de desempenho dos colaboradores, a satisfação dos colaboradores, a taxa de colaboradores em atualização técnica das empresas, a taxa de execução do plano de feiras planeadas e o número de participação em seminários. A promoção de aquisição de novas competências atingiu também o grau máximo na avaliação, tendo sido analisados indicadores como a taxa de execução de ações, a taxa de avaliação global e o nível de qualificação do formador avaliado nas ações de formação. Em termos de Qualidade, o desempenho da auditoria, o índice de AC, AP e NC implementadas e o relatório de revisão SGQ foram os indicadores analisados, todos com uma avaliação de 100%.

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RELATÓRIO APÓS-VENDA · 1º SEMESTRE DE 2016

Ex-formandos recomendam Modatex

Formandos e clientes estão satisfeitos com os serviços prestados pelo Modatex. Os inquéritos relativos ao 1º semestre de 2016 traduzem uma opinião bastante positiva sobre a formação e os serviços disponibilizados pelo centro. Com o objetivo de conhecer o grau de satisfação dos ex-formandos e das empresas e avaliar em que medida pode melhorar e inovar os serviços, o Modatex realiza, semestralmente, a Avaliação Após-Venda das ações de formação e serviços prestados terminados no semestre anterior. No que diz respeito à formação, foram enviados mais de 800 questionários e, embora a taxa de resposta tenha sido baixa, a análise dos dados permite tirar conclusões importantes relativamente à satisfação dos formandos. O questionário era composto por seis questões fechadas. Na primeira pergunta os formandos eram questionados sobre a forma como tinham tomado conhecimento da existência do Modatex. Quase um terço dos inquiridos (31,8%) respondeu que tinha sido através de amigos; numa análise por Unidade Orgânica (UO), concluiu-se que é na Covilhã que esta forma de divulgação é mais frequente, atingindo os 50%. O website (28,2%) e o IEFP (18,8%) foram outros meios relevantes no que diz respeito ao modo como os formandos ficaram a conhecer a oferta formativa do centro. Os dados, quando analisados por modalidade de formação, indicam que na Formação Modular | Vida Ativa (VA) e na Formação Modular | Extra CNQ (Extra CNQ) foi pelo IEFP que os inquiridos tiveram conhecimento do Modatex (33,3% e 40%, respetivamente). A segunda questão pretendia avaliar o grau de satisfação com a formação realizada no Modatex e os inquiridos deveriam escolher, numa escala de 1 (Mau) a 5 (Excelente), a classificação que fosse ao encontro do seu índice de satisfação. Foram avaliados os seguintes fatores: Atendimento e seleção dos formandos; Aplicabilidade dos Conhecimentos Adquiridos; Credibilidade | Qualidade do Modatex; Qualidade da Formação; (Re)Integração no mercado de trabalho. A média global é de 3,97 e o item em que os inquiridos mostram um maior grau de satis-

fação é a Credibilidade | Qualidade do Modatex (4,22), um valor bastante semelhante ao que foi atribuído à Qualidade da formação (4,19). A (Re)Integração no mercado de trabalho (3,49) foi o indicador que teve uma avaliação mais baixa (3,5) mas, mesmo assim, positiva. Analisando por UO, a tendência global de satisfação na Credibilidade | Qualidade é confirmada em Lisboa (4,76), Covilhã (4,81) e Barcelos (4,00). No Porto, o mais elevado índice de satisfação é registado na Aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos, com uma média muito próxima da Qualidade da formação (4,15 e 4,13 respetivamente). Os inquiridos de Vila das Aves mostram-se mais satisfeitos com o Atendimento e seleção dos formandos (4,50).

Elevado índice de empregabilidade A terceira pergunta era: “Atualmente colabora em alguma empresa, se sim qual?”. Ao analisarmos as respostas rececionadas, concluiu-se que a maioria dos inquiridos (53,8%) está a trabalhar. No Porto, Lisboa e Vila das Aves predominam as respostas positivas; a maioria dos inquiridos colabora com alguma empresa (58,7%, 50% e 66,7% respetivamente). Na Covilhã e em Barcelos esta percentagem está abaixo da média (45,5% e 48,3%). Verifica-se que estão empregados predominantemente os inquiridos da VA (65,5%) e extra CNQ (63,6%). No CET e FM a percentagem de inquiridos que respondeu sim a esta questão é muito próxima da percentagem que respondeu não (CET: 50% e FM: 49,3%). Ainda no âmbito desta pergunta, era pedido aos ex-formandos que tinham respondido “Sim” para que identificassem a situação. Assim, e tendo em conta as respostas, a maioria dos inquiridos está colocada na empresa em que frequentou a prática em contexto de trabalho (38,1%). Uma tendência que é mais visível no Porto (66,7%), Covilhã (50%) e Vila das Aves (62,5%). Em Lisboa, a maioria das respostas foi “Empresa de outro setor” (75%). Já em Barcelos, a resposta mais frequente foi “Outra empresa do setor da indústria têxtil e vestuário” (46,2%). A mesma tendência é verificada numa análise por modalidade de formação; a maio18

ria dos inquiridos está colocada na empresa em que frequentou a prática em contexto de trabalho, mas na modalidade FM predomina a resposta “Empresa de outro setor”. À questão “Segue o Modatex nas redes sociais?”, 68,4% respondeu afirmativamente; Porto e Vila das Aves foram as UO onde esta tendência foi mais expressiva: (72,9% e 80% respetivamente). As respostas à quinta pergunta (Recomendaria o Modatex?) revelam bem a satisfação dos ex-formandos, já que 93,2% disseram que sim. Em Lisboa, Covilhã e Vila das Aves todos os inquiridos disseram que recomendariam o Modatex; em Barcelos 96,6% responderam sim. No Porto 87,5% responderam afirmativamente. Na análise por modalidade de formação, a modalidade extra CNQ registou 100% de respostas positivas; a percentagem de inquiridos da FM e da VA que responderam sim está muito próxima da média do centro (94,4% e 93,1% respetivamente). A última questão - Deseja receber a newsletter do Modatex? – teve respostas maioritariamente positivas, sendo que muitos dos inquiridos responderam “não” por já receberem esta publicação. Ainda no âmbito da inovação e melhoria da qualidade dos serviços, foi igualmente enviado um questionário após-venda para todas as entidades em que o Modatex prestou serviços orçamentados/faturados. O questionário era constituído por três perguntas: duas fechadas e uma aberta. A percentagem de respostas foi baixa, mas permitiu verificar que os clientes do Modatex estão satisfeitos com os serviços prestados, sendo que a média de todas as respostas é de 4,98, numa escala de 1 a 6. Das UO com registo de respostas, Lisboa é a que tem uma percentagem de satisfação inferior à média (4,57). Covilhã, por sua vez, supera a média (5,38). Metade dos inquiridos respondeu afirmativamente quando questionado sobre se desejaria receber a newsletter do Modatex. Na última questão eram pedidas sugestões para melhoria dos serviços do Modatex, mas esta pergunta não obteve qualquer resposta.


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Secretário de Estado do Emprego visitou Modatex Lisboa O Secretário de Estado do Emprego, Dr. Miguel Cabrita, visitou no dia 31 de maio a delegação do Modatex em Lisboa. Para além da divulgação da oferta formativa no sector têxtil na região da Grande Lisboa e Vale do Tejo, esta visita institucional permitiu também que o Secretário de Estado tivesse oportunidade de visitar algumas salas onde decorria formação, bem como de dirigir algumas palavras aos colaboradores do Modatex Lisboa. Seguidamente foram formalizados dois protocolos: a parceria entre o Modatex e a Associação para o Desenvolvimento Rural e Produtos Tradicionais do Concelho de Avis (ADERAVIS) tem como objetivo o desenvolvimento de um percurso formativo de Costura para Desempregados nessa localidade, diversificando assim a oferta formativa e potenciando a inserção profissional através de iniciativas empreendedoras qualificantes. Foi também assinado um protocolo de colaboração com a Junta de Freguesia da Penha de França, visando a realização de coordenados, no âmbito do Projeto de Marchas Infantis. Depois, foi realizada a tomada de posse da Diretora, Sónia Pinto, reconduzida no período de 20172020. Seguiram-se intervenções do Conselho de Administração.

Visitas Institucionais

Modatex visitado pela direção da Swiss Textiles A direção da Associação têxtil da Suíça, Swiss Textiles, visitou no dia 2 de junho a sede do Modatex, no Porto. Esta associação que, tal como o Modatex, participa na Intercolor, esteve em Portugal, tendo visitado também várias empresas do sector têxtil e vestuário. A equipa da Swiss Textiles teve a oportunidade de conhecer a atividade formativa do Modatex, bem como o modelo de desenvolvimento do trabalho da equipa portuguesa na elaboração da proposta apresentada na Intercolor. Lisboa: visita de alunas do Lycee Octave Feuillet A delegação de Lisboa do Modatex recebeu em maio um grupo de sete alunas do Lycee Octave Feuillet, uma escola profissional situada em Paris, França. As alunas, finalistas da formação de Bordados, foram acompanhadas pela professora de Design desta escola especializada nos ofícios da Moda, como bordados de pedras, plumas, corseterie ou chapelaria. O Lycee Octave Feuillet integra, tal como o Modatex, o Projeto Fashion and Performance (Erasmus +), no âmbito do qual se realizou esta

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visita. Além da ficar a conhecer o Modatex e as suas diferentes áreas de atividade, este grupo visitou também os vários espaços da delegação e trocou impressões com os formandos do curso de Técnico de Desenho de Vestuário. Formadores do IES visitam Modatex Porto A sede do Modatex, no Porto, recebeu no dia 17 de maio a visita de Carmen García e Alba Rodriguez, formadoras do do IES (Instituto de Educação Secundária) Santa Engracia de Madrid, um Instituto de formação para Design Moda, Modelação e Confeção. Esta escola situa-se em Madrid e está vocacionada para a indústria de vestuário, com cursos formativos de grau médio e grau superior. As duas representantes da escola espanhola ficaram a conhecer espaços formativos, tendo também contactado com os formadores e formandos. As formadoras do IES inteiraram-se também sobre o desenvolvimento prático dos cursos do Modatex. As duas instituições vão partilhar os seus planos formativos e materiais pedagógicos, promovendo também a troca de experiências. Alunas lituanas visitam Modatex Lisboa A delegação do Modatex em Lisboa recebeu no dia 3 de março a visita de seis alunas da escola Kaunas Applied Art School, da Lituânia. Esta visita foi realizada através da organização European Projects Development - EPD, no âmbito do Programa Erasmus+, representado pelo Dr. Bruno Carromeu. Esta pequena delegação de alunas da Lituânia teve a oportunidade de conhecer as instalações e colocar diversas questões, assim como de assistir à formação teórica e prática que decorria nas instalações do Modatex.


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Formandas confecionaram calças para o Grupo Cantares de Teivas As formandas da ação Modelista de Vestuário, que está a decorrer nas instalações da Entredesafios, em Viseu, entregaram no dia 1 de junho seis calças típicas do traje de Teivas ao Presidente do Grupo Cantares de Teivas. As calças foram executadas nas unidades de formação de modelagem e costura, no âmbito da atividade integradora desta ação. Esta colaboração surgiu da parceria entre o Modatex e Associação Cultural, Recreativa e Social de Teivas, com o intuito de dar resposta a uma necessidade do grupo de cantares desta associação.

Notícias Breves

Ação de formação em Peniche Na sequência do protocolo existente entre o Modatex e a Câmara Municipal de Peniche, está a decorrer no Museu de Rendas de Bilros, em Peniche, uma ação de formação profissional para desempregados, que envolve 15 formandas da região. No dia 9 de junho realizou-se a sessão de abertura da ação Confeção e Desenvolvimento de Projetos, com duração de 825h e que termina em fevereiro de 2018. Estiveram presentes a Diretora do Modatex, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Peniche e uma representante do Centro de Emprego de Oeste Norte. O objetivo desta formação será o de desenvolver projetos de confeção com a aplicação da Renda de Bilros de Peniche, que culminará com uma exposição dos trabalhos desenvolvidos no último percurso formativo. Formanda do Modatex conquista 3º lugar do Concurso Jovens Criadores 2017 Rita Falcão Monteiro, formanda de Design de Moda do Modatex Porto, alcançou o 3º lugar do Concurso Jovens Criadores 2017, cujo desfile final teve lugar no passado dia 3 de junho no Convento dos Lóios, em Santa Maria da Feira. A formanda recebeu como prémio apoio na área do empreendedorismo jovem. O coordenado apresentado, designado Transmutation, procura trabalhar o vestuário como

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forma adaptável e transmutável sobre o corpo, jogando com assimetrias e com a dicotomia rigidez – flexibilidade. Usando denim em look total, em contraste com um tecido texturado, as duas peças podem ser usadas de mais do que uma maneira e ser adaptadas on-the-go. Com este coordenado procurou subverter-se a linguagem do denim, aplicando-o num look mais elaborado e sofisticado, mantendo o seu carácter contemporâneo. A formanda contou com o apoio do Modatex. Formandas de Modelação de Vestuário-CAD do Modatex Covilhã em visita de estudo As formandas da Ação de Modelação de Vestuário – CAD do Modatex Covilhã realizaram no dia 5 de abril uma visita de estudo à empresa Twintex e ao Atelier de Costura Ana Nisa (Fundão). Esta atividade teve como objetivo dar a conhecer a realidade do mercado laboral, preparando as alunas para a Formação Prática em Contexto de Trabalho. As formandas elogiaram a organização das empresas e constataram as diferenças entre a produção industrial e um atelier. Modatex participou em reunião do projeto “Fashion and Performance” O Modatex participou na segunda reunião transnacional do “Fashion and Performance”, que decorreu em Berlim, Alemanha, nos dias 20 e 21 de abril. Este encontro teve lugar na OSZ Bekleidung und Mode e contou com a participação de quatro colaboradores do Modatex. A próxima reunião de projeto terá lugar em novembro deste ano em Roma, Itália. No próximo ano está prevista a realização de um encontro no Modatex Porto. O Modatex é parceiro do “Fashion and Performance”, que reúne oito escolas e centros de formação na área da Moda e do Vestuário e que tem como objetivo trabalhar a relação entre a moda e o espetáculo nas suas diferentes vertentes.


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Apresentação do Tema de Vida “Fazer Aprendendo” Os formandos da Ação Serralheiro Mecânico de Manutenção apresentaram as atividades desenvolvidas no âmbito do Tema de Vida no dia 13 de junho, na delegação do Modatex na Covilhã. O Tema de Vida, intitulado “Fazer Aprendendo”, foi desenvolvido com a colaboração da Formação Base e Formação Tecnológica. O objetivo deste trabalho foi a construção de um charriot e de um painel expositivo, bem como a utilização de diferentes materiais reciclados na execução de trabalhos para decoração de montras, com inspiração nos Santos Populares. Os formandos fizeram a apresentação deste projeto a todos os colaboradores, formadores e formandos das ações a decorrer no Modatex, seguindo-se uma sardinhada. No final foi eleita a montra mais criativa e feita a entrega do respetivo prémio, como forma de incentivo à participação e trabalho em equipa. RVCC PRO na empresa Avelfabrics A empresa Avelfabrics, S.A. em Avelar (Leiria) recebeu no dia 27 de abril sessões de júri no âmbito das certificações RVCC PRO, dando assim seguimento ao trabalho que o Modatex, em parceria com as empresas, tem realizado para que o sector ITV possa enfrentar os desafios do mercado. Nestas sessões de júri foram certificados 16 colaboradores na saída profissional de Operador de Tecelagem e dois profissionais na saída profissional de Operador de Logística. Barcelos: Sessão fotográfica assinalou final do 2º percurso de Modelação de Saia O curso Vida Ativa – Modelação de Vestuário, do Polo de Barcelos do Modatex, realizou a sessão fotográfica do Projeto Saia, assinalando assim o fim do 2º percurso do curso – Modelação de Saia. Este projeto individual permitiu a cada formanda a passagem pelas diferentes etapas da obtenção do produto (saia). A primeira fase foi a pesquisa de um croqui de saia de

acordo com o gosto individual; de seguida modelaram, realizaram o plano de corte e cortaram, tendo como última etapa a confeção do artigo. Todo este processo permitiu demonstrar a aquisição dos conhecimentos adquiridos durante a formação.

verão a realizar na delegação de Lisboa do Modatex. Para além da grande adesão por parte dos visitantes a estas iniciativas, a presença do Modatex despertou igualmente um enorme interesse por parte dos mais jovens, tendo sido registadas mais de 30 pré-inscrições para formação.

Trabalhos de moulage em exposição no Modatex Lisboa A delegação do Modatex em Lisboa expôs os trabalhos de 14 formandas do curso de moulage, que decorreu nesta delegação entre dezembro do ano passado e 15 de março deste ano. Estes trabalhos demonstram o resultado positivo da aprendizagem e são bem reveladores dos conhecimentos adquiridos pelas formandas durante a formação.

Sessões de Júri RVCC no Modatex Covilhã O Modatex – Delegação da Covilhã realizou no dia 21 de abril duas sessões de Júri de Certificação de RVCC Profissional, tendo sido certificadas 13 colaboradoras da empresa Twintex – Indústria de Confecções, Lda., na saída profissional de Costureira Industrial de Tecidos. Nesse mesmo dia realizou-se no Modatex-Delegação da Covilhã uma sessão de certificação RVCC PRO na saída profissional de Técnico de Logística, em que participaram três formandos. A Twintex desenvolveu este projeto de Qualificação dos seus Recursos Humanos, proporcionando as condições para que fosse desenvolvido o reconhecimento técnico e a realização do júri de certificação em contexto real de trabalho. O júri de certificação foi composto por elementos da Equipa Técnica da área da confeção do Modatex e por um representante da ANIL.

Certificações RVCC nas empesas do Grupo Valerius Decorreu no dia 19 de abril mais uma sessão de júri de certificação de RVCC Profissional na saída Profissional de Costureiro/a Industrial de Tecidos nas Empresas do Grupo Valerius (Valerius Têxteis S.A., Junius Têxteis S.A. e Erius Têxteis S.A.). O júri de certificação foi composto por elementos da Equipa Técnica da área da Confeção do Modatex e por uma representante da ANIVEC/APIV. Desta sessão resultou a emissão de 33 Certificados Profissionais.

Serralheiros Mecânicos de Manutenção visitam Empresas Celtejo e Delphi Os formandos da ação Serralheiro Mecânico de Manutenção, a decorrer na Delegação do Modatex na Covilhã, realizaram no passado dia 10 de abril uma visita técnica a empresas do distrito de Castelo Branco. Esta visita decorreu no âmbito das UFCDs de Manutenção e Pneumática. Durante a manhã os formandos tiveram oportunidade de visitar a empresa Celtejo S.A., localizada no concelho de Vila Velha de Rodão. No período da tarde os formandos deslocaram-se ao concelho de Castelo Branco para visitar a empresa Delphi S.A., que se dedica à produção de componentes automóveis, com enfoque para cablagens.

Modatex desafiou criatividade dos visitantes da Futurália O Modatex marcou presença na Futurália, evento dedicado à divulgação de ofertas formativas que decorreu na FIL, em Lisboa, entre 29 de março e 1 de abril. Para além de dar a conhecer os seus cursos e respetivas saídas profissionais, o Modatex promoveu também dois concursos que desafiaram a criatividade dos visitantes. O concurso de ilustração criativa, em que os visitantes eram convidados a vestir um croqui usando diversas cores e materiais, foi um enorme sucesso, tendo sido avaliados 250 croquis. O concurso de fotografia registou 91 participações. Os vencedores destes passatempos vão participar num workshop de

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Vila das Aves: formandos apresentaram “O ABC da Logística” Decorreu no dia 21 de abril, no Modatex – Polo Vila das Aves, a apresentação da 1ª atividade integradora do curso EFA de Técnico/a de Logística com o tema: “O ABC da Logística”. Este foi o culminar do trabalho realizado por formandos e formadores nos três meses iniciais. Na sessão de apresentação os formandos apresentaram as bases os conceitos da sua formação aos colaboradores Modatex, equipa de formadores e restante comunidade formativa. Os formandos basearam-se em duas apresentações PowerPoint e dois vídeos informativos, que versaram sobre os temas: Cadeias de Abastecimento do Petróleo e seus Derivados; Logística – conceitos e Regras de Levantamento de Cargas Manuais. Formar para Empregar na empresa Dantas & Silva No dia 18 de maio teve lugar o arranque do último percurso da Vida Ativa Formar para Empregar – Confeção de Peças de Vestuário, promovido pelo Modatex – Polo de Barcelos na empresa Dantas & Silva em Vila Verde, Braga. Para este último percurso – Prática em Contexto de Trabalho (320 horas), prosseguiram 14 formandas, com o objetivo da integração no mercado de trabalho. Este projeto resultou do trabalho sinérgico entre o Modatex, o Centro de Emprego de Braga e a empresa Dantas & Silva, Lda. Modatex Barcelos elaborou túnicas para “Braga Romana” O Modatex – Polo de Barcelos, em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional de Braga - Mazagão, produziu 158 túnicas romanas, representativas dos vários ofícios do tempo dos Romanos para a participação na 14ª edição de “Braga Romana – Reviver Bracara Augusta”, que decorreu no centro histórico de Braga entre os dias 24 e 28 de maio. Na realização deste trabalho estiveram envolvidos formadores e alunos do Curso de Vida Ativa Técnicas


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de Qualidade Aplicadas à Indústria Têxtil e do Vestuário. O Modatex agradece à equipa formativa envolvida e ao grupo de formandos todo o esforço e empenho que demonstraram na elaboração do trabalho para esta iniciativa. Modatex promove caminhada de sensibilização ecológica Decorreu no dia 20 de maio, numa iniciativa conjunta entre o Modatex e a Haco Etiquetas, uma caminhada à Lagoa dos Conchos, na Serra da Estrela. O objetivo principal da caminhada era a sensibilização dos participantes para importância da preservação do meio ambiente. Um objetivo plenamente atingido, já que os intervenientes recolheram o lixo que iam encontrando pelo caminho, uma atitude que foi imitada pelos outros caminhantes. No final da caminhada, todo o lixo reunido (garrafas, camisolas, lenços de papel, sacos, placas de zinco, entre outros materiais) foi colocado junto de um depósito para posterior recolha. Trabalhos de formandas em exposição na Gardutêxtil O Modatex possui um protocolo de colaboração com a empresa Gardutêxtil sediada no Fundão, que tem como objetivo a concretização de projetos formativos na área da Indústria Têxtil e Vestuário, de forma a responder às necessidades de qualificação dos habitantes deste concelho. No âmbito deste protocolo, encontra-se a decorrer um Percurso de Formação de Costura Industrial, que inclui, no final do mesmo, uma componente de Formação Prática em Contexto de Trabalho. Motivadas pela vontade de aprender e de fazer sempre mais e melhor, as formandas conceberam e confecionaram, no âmbito das UFCDs 1803 – Operações de Acabamentos de Peças e 1804 – Noções de Modelagem, várias peças de vestuário, que foram expostas na referida empresa. Modatex integra rede de centros do programa Qualifica Foi lançado no dia 6 de março o Programa Qualifica, uma iniciativa

do Estado que deverá abranger cerca de 600 mil pessoas até 2020 e que tem como objetivo a educação de adultos. O objetivo deste programa é que, até 2020, metade da população ativa conclua o ensino secundário; por outro lado, pretende-se aumentar o número de adultos em atividades de aprendizagem ao longo da vida. Para tal, está a ser ampliada a rede de centros Qualifica, que serão responsáveis pelo encaminhamento para ofertas de ensino e de formação profissional e pelo desenvolvimento de processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Assim, o Modatex, enquanto entidade formadora vocacionada para o sector ITV, passa também a integrar esta rede de centros Qualifica, contribuindo para este objetivo de aumentar não só as qualificações da população, mas também de garantir processos de aprendizagem ao longo da vida e, consequentemente, mais empregabilidade.

na empresa Diálogos Pioneiros, em Braga. Este último percurso – Prática em Contexto de Trabalho (320 horas), contou com 8 formandos. Este projeto resultou do trabalho sinérgico entre o Modatex, o Centro de Emprego de Braga e a empresa Diálogos Pioneiros. Este foi um projeto concebido para dar resposta às necessidades da empresa através de uma oferta formativa ajustada à procura de profissionais qualificados na área da confeção de produção de marroquinaria. Modatex participou em projeto do INA O Modatex participou na 2ª edição do projeto “Showcasing de Boas Práticas de Valorização de Pessoas”, promovido pelo INA – Direção Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas. O centro apresentou candidaturas nas categorias “Comunicação Interna” e “Responsabilidade Social”. A sessão de apresentação teve lugar no dia 15 de março, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa. Foram entregues certificados de participação e apresentadas as boas práticas que foram submetidas a este projeto. A sessão contou também com a presença do Instituto de Informática, que partilhou o processo de implementação da boa prática “PAI - Programa de Acolhimento e Integração”.

Final da ação de formação no âmbito do Erasmus Os 15 formandos e dois professores do Liceu Tecnológico Costache Conachi, da Roménia, que participaram numa ação de formação em contexto prático no Modatex Lisboa, concluíram no dia 26 de janeiro o seu curso. Esta ação, desenvolvida em parceria com a Casa da Educação e o Modatex, tinha como objetivo a obtenção de competências técnicas ao nível da tecnologia das máquinas, modelagem, corte e confeção de acessórios e diferentes peças de vestuário e teve a duração de 44 horas. Os formandos concretizaram dois projetos: um kit de costura e o corte e confeção de uma blusa. No final da ação de formação o grupo de alunos e de formadores visitou a empresa Dinis & Cruz.

Sessões de júri RVCC no Porto No dia 15 de março decorreram na sede do Modatex, no Porto, sessões de júri nas profissões de Modelista de Vestuário, Costureiro/a Industrial de Tecidos, Técnico/a de Marketing e Técnico/a Comercial, que levaram à certificação de 10 profissionais. Para além das saídas profissionais da área de Educação e Formação para a Indústria Têxtil e Vestuário, o Modatex realiza também formação profissional e RVCC PRO em saídas profissionais da área de Educação e Formação do Comércio, com impacto no setor têxtil e vestuário, como o Técnico/a Comercial, Técnico/a de Vendas,

Formar para Empregar na empresa Diálogos Pioneiros No dia 16 de março teve início o último percurso da Vida Ativa Formar para Empregar – Produção de Acessórios de Moda, promovido pelo Modatex – Polo de Barcelos

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Técnico/a de Marketing, Técnico/a de Logística, Técnico/ de Distribuição, Técnico/a de Comunicação e Serviço Digital, Técnico/a de Vitrinismo, Operador de Logística e Operador de Distribuição. Formandas do Modatex em masterclass na ISPO Munique Joana Cardinal e Carla Campos, formandas de Design de Moda no Modatex, participaram numa masterclass pela ISPO Academy, que se realizou entre 2 e 6 de fevereiro, em Munique, na Alemanha. Estas sessões de formação decorreram durante quatro dias, destinando-se a jovens que tenham concluído no último ano formação em Design de Moda, permitindo-lhes o contacto com outros jovens designers de todo o mundo e com pessoas influentes no sector desportivo. Esta plataforma de apoio a jovens talentos de Design procura transmitir-lhes os conhecimentos necessários para que possam desenvolver produtos inteligentes e inovadores. Motivada pela inovação e sustentabilidade material, esta masterclass foi marcada pelo Design Challenge Active Rebellion. Golas Isabelinas expostas em Barcelos O Polo de Barcelos do Modatex recebeu no passado dia 6 de março uma exposição de “Golas Isabelinas” realizadas pela turma de Modelação de Vestuário – Vida Ativa. Estes trabalhos surgiram na sequência da UFCD Introdução à História da Moda e as peças em exposição remetiam para um acessório muito em voga nessa época histórica. Estas golas tinham como objetivo realçar o pescoço feminino, dando-lhe mais elegância e fazendo com que parecesse mais longo. Formandas de Lisboa mostram trabalhos na Penha de França Na sequência do protocolo existente entre o Modatex e a Junta de Freguesia da Penha de França, para realização de formação profissional para desempregados, teve início em junho do ano passado uma Ação de Formação na área de “Costureiro/a Modista”.


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Durante a formação, as formandas elaboraram trabalhos, que foram mostrados numa exposição que decorreu no Polo da Morais Soares da Junta de Freguesia. O objetivo desta exposição foi dar a conhecer os trabalhos das formandas, aproveitando o simbolismo do Dia Internacional da Mulher. Entrega certificados a formandos da extensão de Lousada Foram entregues no dia 1 de fevereiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lousada, os certificados aos formandos que concluíram a ação de formação em Confeção de Peças de Vestuário, iniciada em fevereiro de 2016 na extensão do Modatex em Lousada. A cerimónia contou com a presença de Delegado Regional do Norte do IEFP, do diretor do Centro de Emprego de Penafiel, Presidente e Vereadores da Câmara Municipal de Lousada, do presidente do Conselho de Administração do Modatex, bem como de representantes das empresas que colaboraram no processo formativo. Dos 16 formandos que concluíram a formação, 13 ficaram inseridos na empresa onde fizeram estágio e um integrou os quadros de outra empresa do sector ITV. Dois formandos procuravam inserção profissional à saída da formação. Ex-formandas do Modatex apresentaram criações com chocolate Teve lugar no passado dia 4 de março, no Centro Cultural das Caldas da Rainha, uma passagem de modelos com apontamentos de chocolate, que contou com a presença de três ex-formandas do Modatex. Teresa Samissone (ex-formanda do curso de Modelista Industrial), Ana Sabino (ex-formanda do curso de Modelista Industrial e formadora do Modatex na área de Moulage) e Mónica Gonçalves, ex-formanda de Design de Moda, conceberam e apresentaram ao público 18 criações com adereços e figurinos em chocolate da autoria do Chef Paulo Santos. Este desfile antecedeu o Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, que se realizou entre março e abril.

Programa ERASMUS + e que teve início em novembro do ano passado. Este projeto tem como objetivo fazer a ligação entre sistemas de ensino e formação profissional e o mercado de trabalho, abrangendo países como Portugal, Espanha, Itália, Portugal e República Checa. Estão envolvidos especialistas no ensino e formação profissional, membros sectoriais representativos da indústria têxtil e instituições educativas responsáveis pela regulação e implementação do ensino e formação profissional. Para além do Modatex e da ATP em Portugal, integram este projeto a Asocación de Empresas de Confección y Moda de la Comunidad de Madrid, Formacion y Educacion Integral e Comunidad de Madrid (Espanha), ATOK - Asociace Textilniho-Odevniho Kozedelneho Prumyslu e Textilni zkusebni ustav (República Checa), Made in Vicenza e CONFORM - Consulenza Formazione e Management (Itália).

Divulgação de oferta formativa na Qualifica O Modatex esteve presente na Qualifica – Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, que teve lugar na Exponor, em Matosinhos, de 16 a 19 de março. Durante a sua participação neste evento de divulgação de ofertas formativas, o Modatex promoveu um concurso de fotografia, que contou com 83 participantes, e em que o objetivo era promover a partilha de uma imagem através da página do Modatex no Facebook. Durante a presença na Qualifica decorreu também um concurso de ilustração. Participaram 16 visitantes e três deles foram premiados com uma inscrição no curso de verão “Introdução ao Design de Moda”. Outra das atividades promovidas foi a construção do “Coelhinho Modatex”, usando uma máquina de costura presente no espaço do Modatex. Este desafio à criatividade teve bastante sucesso junto dos visitantes, já que foram feitos 300 coelhinhos em tecido. No sábado, dia 18 de março, o stand do Modatex recebeu também a presença do Secretário de Estado do Emprego. A formanda Joana Queirós, que participará no Campeonato do Mundo das Profissões, em Abu Dhabi, em outubro deste ano, esteve presente no espaço Skills deste evento. Porto recebeu workshop de Marketing A sede do Modatex, no Porto, recebeu no dia 27 de março um workshop realizado por Charlie Cutler, administrador da Carvalho Custom, sobre a estratégia de marketing desta empresa. O workshop teve como destinatários os alunos da ação de formação de Marketing de Moda, que decorreu no Porto em regime pós-laboral. Esta ação teve a duração de 100 horas, tendo como destinatários ativos do setor têxtil e vestuário. Modatex parceiro do projeto MODATOP O Modatex é parceiro do MODATOP (Moda Training on Practice), um projeto europeu financiado pelo

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OPEN DAY MODATEX

Jovens conhecem formação com futuro

O Modatex voltou a abrir as portas para dar a conhecer a sua oferta formativa. O Open Day Modatex, que teve lugar no Porto, Lisboa, Covilhã, Barcelos e Vila das Aves, incidiu sobre áreas de formação com boas perspetivas de empregabilidade e ficou marcado por uma grande adesão por parte dos mais jovens. O Open Day de Design de Moda, que decorreu no passado dia 24 de março, no Porto, contou com a presença de 36 jovens que frequentam o 12º ano de escolaridade e que tiveram oportunidade de contactar com formadores e formandos do curso de Design de Moda, ficando assim a conhecer melhor a forma como o Modatex desenvolve esta atividade formativa. Joana Queirós, formanda que vai participar Worldskills, partilhou a sua experiência com este grupo de jovens, potenciais candidatos ao curso de Design de Moda. Durante este Open Day foi apresentada a oferta formativa do Modatex, incluindo o workshop de verão “Introdução ao Design de Moda” e o curso de Design de Moda. No final, os jovens participaram no concurso de Ilustração de Moda. Em maio teve novamente lugar um Open Day dedicado ao Design de Moda no Modatex Porto. Desta vez, a iniciativa contou com a presença de alunos da Escola Secundária do Padrão da Légua, que visitaram o espaço físico em que decorre esta formação e aproveitaram para colocar questões aos formandos do 3º ano do Curso de Design de Moda. Foram ainda convidados a participar num concurso de ilustração promovido pelo Modatex.

car questões e esclarecer dúvidas pontuais. De seguida, visitaram o Centro, de forma a poderem conhecer as várias áreas de intervenção existentes na Delegação da Covilhã, nomeadamente: Fiação, Tecelagem, Modelação, Corte, Confeção, entre outras. Em maio a delegação da Covilhã recebeu o Open Day de Tecelagem. Neste dia, 35 participantes tiveram a oportunidade de conhecer de forma mais detalhada esta saída profissional. Para além das Técnicas do Modatex, estiveram presentes neste Open Day uma Técnica do Centro de Emprego, um formador da área e um ex-formando que terminou em 2012 uma Ação de Técnico de Tecelagem. Este ex-aluno, que neste momento se encontra integrado no mercado de trabalho, deu o seu testemunho relativamente à aprendizagem obtida no âmbito do seu percurso formativo, tendo também partilhado aspetos da sua experiência profissional. O Open Day de Fiação teve no dia 14 de junho e contou com a presença de 32 visitantes. Durante a apresentação foram explicados os objetivos desta área. Os participantes puderam também conhecer os materiais utilizados, bem como os vários tipos de máquinas destinadas a preparar as matérias-primas, designadamente a lã e misturas, transformando-as em fio. Além da presença de uma Técnica do IEFP, o Open Day contou também com uma ex-formanda que apresentou o seu testemunho. Revelou que antes de iniciar a formação nunca tinha trabalhado nesta área e reconheceu que a aprendizagem obtida foi importante, permitindo-lhe a inserção profissional. Este testemunho mostrou aos visitantes que a empregabilidade após a formação é elevada devido à necessidade de mão-de-obra nesta área.

Covilhã Na Covilhã, o primeiro Open Day do ano foi dedicado à saída profissional de Metedeiras de Fios, tendo contado com a presença de cerca de 30 participantes, que assim puderam conhecer de forma mais detalhada esta saída profissional, através de uma sessão de esclarecimento. Nesta sessão, para além das Técnicas do Modatex, estiveram presentes uma Técnica do Centro de Emprego da Covilhã, uma formadora da área e duas ex-formandas que frequentaram uma Ação de Metedeiras de Fios em 2015 e que neste momento se encontram integradas no mercado de trabalho. Estas ex-formandas partilharam com os participantes do Open Day a sua experiência e os conhecimentos obtidos no âmbito do seu Percurso Formativo/Profissional. Ao longo da sessão, os participantes tiveram oportunidade de colo-

Open Day “O ciclo do produto” em Lisboa Decorreu no dia 27 de abril, na delegação de Lisboa, um Open Day dedicado ao tema “O Ciclo de Vida do Produto”. Os participantes tiveram oportunidade de conhecer a oferta formativa existente no centro de formação, bem como as saídas profissionais relacionadas com o Sector Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios. Durante esta iniciativa, e para além de aprenderem um pouco mais sobre todo o processo de criação do produto, os visitantes puderam conhecer as salas de formação e interagir com formandos e formadores. O próximo Open Day sobre este tema terá lugar no dia 26 de outubro. 24


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INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Modatex solidário

O Modatex continua a apoiar iniciativas solidárias, dando assim seguimento à política de responsabilidade social que tem desenvolvido desde a sua fundação e que tem contado sempre com a colaboração de formandos, formadores, funcionários e parceiros.

Em abril, o Modatex – Polo de Barcelos organizou uma Feira Solidária com o objetivo de apoiar o Centro de Acolhimento Temporário “Casa dos Sonhos” da APAC – Associação de Pais e Amigos das Crianças de Barcelos. Esta foi mais uma iniciativa inserida na política de responsabilidade social do centro e no compromisso assumido pelo Modatex Barcelos em apoiar, durante o ano de 2017, a APAC – Associação de Pais e Amigos das Crianças de Barcelos O saldo do evento foi bastante positivo, quer pela quantia monetária alcançada, quer pela adesão do público local a esta causa. O Modatex agradece às empresas têxteis locais, que contribuíram com os seus produtos, assim como a todos os formandos dos cursos que estão a decorrer no Modatex – Polo de Barcelos. O valor angariado (910Euros) foi entregue no dia 21 de abril à Diretora Técnica do Centro de Acolhimento Temporário “Casa dos Sonhos”, Vânia Gonçalves.

Formandas do Modatex Lisboa criaram livro para a Acreditar No dia 28 de abril, na delegação do Modatex Lisboa, foi entregue à Associação Acreditar o Livro Infantil Sensorial, o produto final do Projeto de grupo da ação de formação Costureira Modista. Esta ação decorreu entre maio de 2016 e fevereiro de 2017 e contou com 15 formandas que conceberam e desenvolveram este livro sensorial. Cada página do livro contém um cenário diferente e personagens diversas, de forma a dar “asas” à imaginação de cada criança, transportando-a para aventuras distintas. O objetivo primordial é proporcionar às crianças um mo-

mento visual agradável, dinâmico e de boa disposição. Em março, em parceria em parceria com a Junta de Freguesia da Falagueira-Venda Nova, o Modatex Lisboa promoveu uma sessão de sensibilização com o tema “Moda, Modas e Mercado Laboral”, uma iniciativa inserida no âmbito do Dia Internacional da Mulher, que decorreu no espaço da Amadora Inova. Dinamizada pela coordenadora do curso de Design de Moda do Modatex Lisboa, esta iniciativa teve como destinatárias mulheres que estão em situação de desemprego e que procuram inserção profissional, abordando temas como o marketing pessoal, moda e códigos de vestuário para uma entrevista de emprego.

Modatex assina protocolo de colaboração com a PPACDM-Covilhã O Modatex e a APPACDM- Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Covilhã assinaram em março um protocolo de cooperação que tem como objetivo a colaboração entre as duas instituições na orientação de projetos de vida e eventual encaminhamento para percursos de formação para os utentes e familiares da associação. O Modatex poderá também promover atividades pontuais destinadas a pais e utentes. Depois da assinatura do protocolo teve lugar uma visita alargada às instalações da APPACDM, em que os representantes do Modatex puderam ficar a conhecer instalações e valências de enorme qualidade ao dispor dos utentes, pais e amigos do cidadão deficiente mental. 25

Modatex colabora com a Plataforma Paje O Modatex e Plataforma PAJE – Apoio a Jovens (ex) Acolhidos – Associação assinaram a 10 de fevereiro um acordo de colaboração que tem como objetivo promover e potenciar a construção de percursos individuais de qualificação escolar e/ou profissional dos jovens apoiados por esta instituição. A PAJE pretende promover a inclusão social e laboral de jovens adultos que viveram acolhidos, apoiando em situações burocráticas quotidianas e aconselhamento. No âmbito deste acordo, e tendo como objetivo a educação/formação profissional destes jovens, as duas entidades comprometem-se a contribuir para o acesso e utilização da rede nacional de Centros Qualifica aos jovens e/ou adultos com baixas qualificações, identificando soluções formativas ajustadas às suas necessidades. O Modatex, enquanto instituição de formação de referência, contribuirá assim para reforçar a qualificação destes jovens através da oferta formativa que disponibiliza.


VESTIR78

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

BARCELOS

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Técnico de Comunicação e Serviço Digital

Curso Aprendizagem

4

Jovens com «25 anos e 9º ano de escolaridade

3746

19/06/2017

Confeção de Peças de Vestuário ( Empresa Junius)

Vida Ativa

2

/ 18 anos / 6º ano escolaridade / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

795

a definir

Técnicas de Tinturaria e Acabamentos - Laboratório

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade (12º Ano preferencialmente) / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1120

15/05/2017

Técnicas de Comércio Externo - Têxtil e Vestuário

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 12º Ano / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1770

12/06/2017

Marketing

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 12º Ano / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1 520

19/06/2017

Métodos e Tempos de Trabalho

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade (12º Ano preferencialmente) / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1350

05/06/2017

Transformação e Adaptação de Peças de Vestuário

Vida Ativa

2

/ 18 anos / 6º ano escolaridade / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

400

19/06/2017

Modelação de Vestuário

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade (12º Ano preferencialmente) / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1880

18/09/2017

Técnicas da Qualidade Aplicada à ITV

Vida Ativa

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade (12º Ano preferencialmente) / Desempregado inscrito no Centro de Emprego

1770

16/10/2017

Técnicas de Tinturaria (Iniciação e Avançado)

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

200

16/05/2017

Planeamento e Gestão da Produção (Lean Manufacturing) Têxtil e Vestuário

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

75

15/05/2017

Controlo da Qualidade Laboratorial

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

50

12/06/2017

Técnicas Comerciais

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

150

23/05/2017

Empreendedorismo e Criação de Micronegócios

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

17/05/2017

Team Bulding (com inteligência emocional & PNL)

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

75

17/05/2017

Língua Inglesa Aplicada à ITV

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

50

10/05/2017

Iniciação ao Corte

Modular

2

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

25

20/05/2017

Tingimento e Acabamento em Peça Confecionada - Efeitos Especiais

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

25

20/05/2017

CAD - Modelação Assistida por Computador

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

300

20/05/2017

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

90

09/06/2017

Formação Pedagógica Inicial de Formadores Gestão do Tempo e Organização do Trabalho

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

25

10/06/2017

Colorimetria

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

19/06/2017

Identificação de Tecidos

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

25

17/06/2017

Técnicas de Acabamentos Têxteis

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

125

13/06/2017

Comércio Internacional Têxtil

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

50

05/07/2017

Construção em digital de caderno de encargos com croqui técnico

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

75

10/07/2017

Controlo da Qualidade na Confeção

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

175

13/09/2017

Fileira Têxtil de A Z

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

300

12/09/2017

Costura Aperfeiçoamento

Modular

2

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

225

12/09/2017

Lean Six Sigma - Management

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

175

03/10/2017

Modelação Aperfeiçoamento

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

75

07/10/2017

26


VESTIR78

Eletricidade e Eletrónica

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

150

03/10/2017

Francês

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

04/11/2017

Informática

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

150

04/11/2017

Espanhol

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

06/11/2017

Alemão

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

13/11/2017

Mandarim

Modular

4

/ 18 anos / 9º ano escolaridade / Empregado ou Desempregado

100

20/11/2017

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

COVILHÃ

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Modelista de Vestuário

Aprendizagem

4

Jovens> 15 e < 25 anos ano

Operador de Tecelagem

Formação modular - Vida ativa

2

Adultos > 18 anos ano de escolaridade

Operador de Fiação

EFA - Profissional

2

Eletricista de Instalações

Formação modular - Vida ativa

Artes Têxteis

Duração

Início

3975

09/2017

Inferior 9º

1170

07/2017

Adultos > 18 anos escolaridade

9 º ano de

1010

07/2017

2

Adultos > 18 anos ano de escolaridade

Inferior 9 º

1960

09/2017

Formação modular - Vida ativa

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9 º ano de

300

10/2017

Modelista de Vestuário

Formação modular - Vida ativa

4

Adultos > 18 anos escolaridade

12 º ano de

1820

10/2017

Técnicas de Comércio externo Têxtil e Vestuário

Formação modular - Vida ativa

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9 º ano de

1520

09/2017

Iniciação à Modelação

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9º ano de

50

07/2017

Prevenção e combate a incêndios

Formação Modular

2

Adultos > 18 anos ano de escolaridade

Inferior 9º

25

09/2017

Inglês

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9º ano de

150

10/2017

Organização do posto de trabalho

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9º ano de

25

09/2017

Língua espanhola - área comercial têxtil

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9 ano de

50

07/2017

Ilustrador (Desenho vetorial - criação de imagens)

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9 º ano de

50

07/2017

Liderança e motivação de equipas

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9 ano de

50

11/2017

Socorrismo

Formação Modular

4

Adultos > 18 anos escolaridade

9º ano de

75

11/2017

Formação Pedagógica Continua de Formadores

Formação de Formadores

-

Adultos > 18 anos escolaridade

12º ano de

30

09/2017

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

LISBOA

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Moulage *

Formação Modular Extra CNQ

não confere nível

≥18 anos

100

06/2017

Modista de Atelier *

Formação Modular Extra CNQ

não confere nível

≥18 anos

610

09/2017

Análise e Concepção do Produto *

Formação Modular Extra CNQ

não confere nível

≥18 anos

45

09/2017

Costura Iniciação - Pós-Laboral *

Formação Modular CNQ

não confere nível

≥18 anos

225

09/2017

Modelagem I - Sábados *

Formação Modular CNQ

não confere nível

≥18 anos

175

06/2017

Indesign-Pós-Laboral *

Formação Modular CNQ

não confere nível

≥ 18 anos ≥ 9º ano

50

10/2017

Corpetes - Pós-Laboral *

Formação Modular CNQ

não confere nível

≥ 18 anos ≥ 9º ano

125

10/2017

Informática

Vida Ativa

não confere nível

≥ 18 anos

225

10/2017

* Ação sujeita a valor de inscrição, consulte os nossos serviços

27


VESTIR78

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

PORTO

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Técnico de Comunicação e Serviço Digital

Curso Aprendizagem

4

Jovens com «25 anos e 9º ano de escolaridade

3746

19/06/17

InDesign

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

50

01/07/17

Ilustração Digital

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

50

01/07/17

Modelação de Vestido e Camisa

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 9º ano

300

01/07/17

Técnico/a de Logística

EFA

4

≥ 23 anos ≥ 12º ano

2 045

01/07/17

Modelista de Vestuário

Aprendizagem

4

≥ 18 anos ≥ 9º ano

3660

01/09/17

Técnico/a de Comunicação e Serviço Digital

Aprendizagem

4

≥ 18 anos ≥ 9º ano

3746

01/09/17

Técnicas de Comércio Externo - têxtil e vestuário

VIDA ATIVA

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

1 770

01/09/17

Comércio Internacional Têxtil

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 9º ano

75

01/09/17

Costureiro/a Modista

EFA

2

≥ 23 anos ≥ 9º ano

1 010

01/09/17

Design de Moda

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

4425

01/10/17

Transformações e Adaptações de peças de vestuário

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 9º ano

400

01/10/17

Photoshop

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

50

01/10/17

Illustrator

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 12º ano

50

01/10/17

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

MARCO DE CANAVESES

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Técnico/a Especialista em Design Têxtil para Malhas

Especialização Tecnológica

5

≥ 18 anos ≥ 12º ano

1585

09/17

Máquinas Rectas

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 9º ano

350

09/17

Técnico/a de Malhas

Aprendizagem

4

≥ 18 anos ≥ 9º ano

3 675

10/17

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

LOUSADA

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Transformação e Adaptação de Peças de Vestuário

Vida Ativa

---

≥ 18 anos ≥ 6º ano

600

07/2017

Modelação de Vestuário

Formação Modular

---

≥ 18 anos ≥ 9º ano

1 200

09/2017

OFERTA FORMATIVA MODATEX

PLANO 2017

VILA DAS AVES

Curso

Modalidade

Nível

Destinatários

Duração

Início

Modelista de Vestuário

Aprendizagem

4

Jovens entre 14 e 24 anos, 9º ano de escolaridade ou superior, sem conclusão do 12º ano

3625

03/07/2017

Técnicas de Comércio Externo

Formação Modular Certificada- Vida Ativa

4

Desempregados / >=18 anos / >=9º ano de escolaridade

1770

03/07/2017

Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Formação Pedagógica Inicial de Formadores

4

Formadores / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

90

03/07/2017

Máquinas de Confeção

Formação Modular Certificada- Vida Ativa

4

Desempregados / >=18 anos / >=9º ano de escolaridade

1250

10/07/2017

Inglês

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

150

10/07/2017

Formação Pedagógica Contínua de Formadores

Formação Pedagógica Contínua de Formadores

4

Formadores / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

30

12/07/2017

Técnicas de Tinturaria - Avançado

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

100

04/09/2017

Operador de Tecelagem

Formação Modular Certificada - Vida Ativa

2

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

520

11/09/2017

Técnicas de Qualidade Aplicadas à ITV

Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

1770

11/09/2017

Alemão

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

150

12/09/2017

Métodos e Tempos Aplicados à ITV

Formação Modular Certificada - Vida Ativa

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

1395

18/09/2017

Gestão do Tempo e Organização do Trabalho

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

75

02/10/2017

Espanhol

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

100

10/10/2017

Língua Inglesa Aplicada à ITV

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

50

16/10/2017

Lean Six Sigma - Management

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

175

06/11/2017

Illustrator

Formação Modular Certificada

4

Empregados/Desempregados / >= 18 anos / >= 9º ano de escolaridade

50

12/11/2017

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VESTIR78

REDS

Encontro Intercolor Primavera/Verão 2019

OVER VEIL

AFTER GLOW

GREENS

BLUES

A Intercolor é uma organização internacional sem fins lucrativos criada em 1963 e que conta atualmente com a participação de 16 países: Alemanha, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Hungria, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido, Suíça, Tailândia e Turquia. As reuniões da Intercolor decorrem sazonalmente, duas vezes por ano, sendo organizadas de forma rotativa entre os países membros do grupo, e constituem um fórum de discussão sobre cor. A ANIVEC/ APIV é o representante oficial de Portugal e o Modatex a instituição designada como entidade executora, pelo que desenvolve a proposta portuguesa e representa a ANIVEC/APIV nestes encontros. As propostas de cor nacionais são elaboradas com base na análise do contexto macroeconómico de Portugal, bem como nos valores nacionais e estilo de vida, contando com uma equipa transdisciplinar - Fátima Leite (Artista Plástica), Nuno Gregório (Designer de Moda), Diana Silva (Fotografa), Inês Castelo Branco (Marketing de Moda) e Victor Gonçalves (Designer de Comunicação). Entre os dias 24 e 26 de maio, 2017 foram apresentadas por Isabel Moutinho & Luís Parada, na cidade de Banguecoque, Tailândia, as propostas de cor para a estação Primavera/Verão 2019. O anfitrião desta edição foi inFASH Thailand Institute of Fashion Research, que recebeu os membros da Intercolor, colaboradores do Instituto e imprensa nas instalações TETRIS Building, Rajamangala University of Techonology Krungthep, uma referência no ensino da área da moda e lifesyle.

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Proposta portuguesa de conceito para a estação Primavera/Verão 2019 A REALIDADE Para explicar a ideia inerente a esta proposta, começaremos pela retrospetiva dos conceitos que temos vindo a explorar. RECONCILIATION foi o conceito apresentado para a estação Verão 2016. Focalizado no reencontro com o passado, na aceitação do erro e da imperfeição e ainda na velocidade como condição Sine qua non do nosso quotidiano. Uma forma de estar que pode transformar as sociedades e, consequente, mudar os padrões instituídos. Na estação Outono/Inverno 2016/2017, concluído o processo de reconciliação com o passado e com a inevitabilidade dos factos, voltamo-nos para o modus operandi da cidade do Porto. Apresentamos o princípio DO IT TOGETHER enquanto fundamento do conceito Maker Society. A constatação do crescimento da cidade do Porto, alcançando uma visibilidade inimaginável, sugere-nos novos caminhos. A opção que exploramos para a estação Verão 2017 foi THE END OF POSSIBILITIES, uma ideia que não significa o encerramento de um capítulo, muito pelo contrário, preconiza novas realidades e oportunidades. No Outono/Inverno 2017/2018, constatando que não existem impossíveis, abordamos as ideias: Re-act, Re-think, Re-locate, Re-turn, Re-peat, Re-flect, Re-evolution, Re-define, Re-member e Re-demption. Factos interligados que traduzem o paradoxo de apreciar a diversidade para praticar a monotonia - RE-CULTURE. No Verão 2018 abraçamos o conceito UTOPIA, para responder aos diversos níveis de realidade que, entretanto, emergiram. O pensamento utópico permitiu-nos oferecer retratos de sociedades ideais, que não são mais do que esperanças estrategicamente colocadas no nosso horizonte. No Outono/Inverno 2018/2019 refletimos sobre a pertinência da Poesia - WHY POETRY? Porque através da poesia refletimos sobre o mundo, sobre a nossa própria vida e acerca da forma como a encaramos. Para o Verão 2019 propõe-se simplesmente a REALIDADE. Realidade que será a globalização vivida localmente.


VESTIR78

ENCONTRO INTERCOLOR

Outono · Inverno 2018 · 2019

O Encontro Intercolor Outono/Inverno 2018/2019 reuniu entre 23 e 25 de novembro de 2016, na cidade de Londres, especialistas em cor oriundos de 16 países. O resultado do trabalho desenvolvido durante estes dias é uma proposta de cor concertada entre os países participantes na Intercolor, tendo em consideração os ambientes transversais às diferentes realidades e mercados. Um conjunto de cores sem vínculo a qualquer mercado ou produto, divididas por várias paletas e seus respetivos temas. Logo, trata-se de uma gama de cor com caráter genérico e abrangente, que tem como objetivo servir como inspiração e orientar. A proposta portuguesa para a estação Outono/Inverno 2018/2019 segue essa matriz de construção, propondo temáticas e paletas generalistas, que deverão ser sempre ajustadas ao produto quando utilizadas pela ITV.

Proposta portuguesa de cor para a estação Outono/Inverno 2018/2019 Porquê Poesia? Porque a Poesia é a forma mais forte de expressão cultural portuguesa e porque, desde o final do século XIX até aos inícios do século XXI, não nasceu uma geração que não tivesse grandes poetas. E porquê Fernando Pessoa? Porque todas as grandes questões acerca da filosofia, religião e política estão presentes na sua obra com uma incisiva singularidade. As suas reflexões são cada vez mais um

dos poucos focos de resistência de que dispomos contra a desumanização que se vem abatendo sobre a sociedade contemporânea. Cada poema seu é um alerta contra a acomodação, alimentando em cada um de nós o desejo de liberdade como conquista pessoal.

serenidade epicurista. Uma espécie de reação ao exagerado subjetivismo da arte produzida atualmente. A escrita elegante de um Calcário ao Luar combina com a suavidade da casca de uma Samambaia, iluminando também os tons Caramelo e Moka que lhe seguem. Um espectro de leveza que permite aceitar com calma e lucidez a imposição das Cinzas de um Rosa Velho. A relatividade e a fugacidade de todas as coisas são conferidas pela profundidade de um Azul resgatado ao mar, enaltecida por Verdes Marinhos e pela ilusão de um Azul Céu. A paleta é pontuada por Brilhos Iridescentes em analogia à transitoriedade dos momentos.

Alberto Caeiro

Fernando Pessoa encarnava Alberto Caeiro quando não sabia, ou sequer calculava, o que iria escrever. Este foi o mote para que nesta paleta, fruto de pura e inesperada inspiração, fosse criada uma combinação de cores que propõe esquecer as ideias prontas, voltando-se para o real e para as suas imprecisões. Uma escolha suportada pela aceitação do que a natureza nos concede e pontuada pelo convívio com as suas turbulências. O Azul Ultramarino encrespado acompanha a pureza da lã expressa num Vermelho Aurora. Um Cru Erva-Prata e o Verde Xisto lembram a geada matinal nos campos repletos de Verde Jardim. Os escuros Castanho Barba de Milho e Roxo Figo, antecedem os meios-tons Casca de Cebola, Pau D´Arco, Casca de Carvalho e Erva Príncipe, pintando os sentidos de cenários de outono.

Álvaro de Campos

Campos é o filho indisciplinado da sensação, pensa para sentir. Ele experimenta as sensações de forma tão febril e sendo tão excessivo que a determinado momento parece esgotar-se, caindo numa espécie de apatia melancólica, ou devaneio nostálgico. A paleta proposta reflete este comportamento; em certa medida é prosaica, exclamativa e eufórica. O Azul Petróleo, o Roxo Hortênsia, o Amarelo Frésia, o Laranja Abóbora, o Vermelho Aurora e Borgonha são um conjunto de cores mergulhadas no quotidiano e no anonimato da cidade, que espelham um sentir cosmopolita e urbano, encontrando novas sensações nos contrastes entre cores quentes e cores frias. Impacientes e buliçosas, as cores estabilizam com o Azul Vapor, Verde Espuma e um Brilho Azul.

Ricardo Reis

A intemporalidade das preocupações de Ricardo Reis, nomeadamente a angústia do homem perante a brevidade da vida e a inevitabilidade da morte, a interminável busca de estratégias de limitação do sofrimento que caraterizam a vida humana inspiraram uma paleta de

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FALL WINTER 2018_19 PORTUGUESE COLOUR PROPOSAL INTERCOLOR CONGRESS LONDON · NOVEMBER 2016

WHY POETRY? ALBERTO CAEIRO 19-3950 TPX

18-1550 TPX

12-0710 TPX

16-6116 TPX

19-0230 TPX

19-1121 TPX

19-1718 TPX

16-1144 TPX

18-1154 TPX

18-1018 TPX

15-0525 TPX

13-1006 TPX

19-1034 TPX

14-0115 TPX

14-4203 TPX

WHY POETRY? ÁLVARO DE CAMPOS 18-4718 TPX

14-0852 TPX

16-1260 TPX

18-1550 TPX

19-1617 TPX

19-2009 TPX

13-4409 TPX

WHY POETRY? RICARDO REIS 11-0809 TPX

15-1309 TPX

19-1015 TPX

18-1031 TPX

17-1230 TPX

17-1506 TPX

18-4032 TPX

15-4712 TPX

14-5711 TPX

13-4103 TPX


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MAIS UM PRÉMIO CONQUISTADO POR EX-FORMANDA

Talento do Modatex presente na ModaLisboa

A última edição da ModaLisboa, que teve lugar entre 9 e 12 de março no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, deu a conhecer as propostas de designers nacionais para o próximo outono/inverno. Mais uma vez, os ex-formandos do Modatex estiveram em destaque.

“Boundless” foi o tema escolhido para uma edição que levou a ModaLisboa para um novo cenário: o CCB. Durante três dias várias gerações de designers mostraram as coleções para o outono/inverno 2017/18. Mariana Laurência e Rita Afonso, ex-formandas de Design de Moda no Modatex Lisboa, apresentaram as suas coleções na plataforma Sangue Novo, destinada a novos criadores, enquanto Patrick de Pádua esteve presente na plataforma LAB. Os formandos do Modatex têm conquistado, nos últimos anos, várias distinções neste evento de moda e Rita Afonso deu seguimento a esta série de bons resultados, tendo vencido o prémio Fashion Clash. A jovem, que tem já no seu currículo o prémio Fashion Hub for Guimaraes 2012, e que já foi finalista do concurso Acrobatic, foi a representante portuguesa no Fashion Clash, que teve lugar em Maastricht, na Holanda. Na ModaLisboa Rita Afonso apresentou a coleção “Sou jarra, mas eu grito”, que pretende homenagear todos os gritos das mulheres ao longo da história, especialmente “as que quiseram ser artistas e se remediaram com as chamadas artes menores”. Mariana Laurência, que concluiu a formação em Design de Moda em 2016, estreou-se na ModaLisboa com “Fantasies don’t meet reality”, uma coleção que teve como ponto de partida os peep shows, que inspiraram as silhuetas e grafismos. Patrick de Pádua, ex-formando do Modatex Lisboa e vencedor, em 2015, do Kaltblut Award, é já presença habitual na ModaLisboa. Para a próxima estação fria propõe “Weapon of Life”, uma coleção com elementos militares e assumidamente streetwear, em que a silhueta é alongada através de sobreposições. A paleta de cores varia entre o bordeaux e o verde seco, com apontamentos de preto e branco; entre os materiais utilizados estão o burel, o pelo e o neoprene. 32


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Fotografia ModaLisboa

RITA AFONSO

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Fotografia ModaLisboa

MARIANA LAURÊNCIA

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Fotografia ModaLisboa

PATRICK DE PÁDUA

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40ª edição Portugal Fashion

Moda com assinatura Modatex

Susana Bettencourt, formadora de Design de Moda no Modatex Porto, apresentou WEAR’ART, uma coleção inspirada no novo mundo das redes sociais. Durante a pesquisa, a designer entrou em contacto com vários artistas, trocando ideias e conceitos. Assim nasceu uma coleção “que defende a arte na moda, paixão que a designer tem batalhado para manter, mesmo com a nova dinâmica e perceção destruída pela fast fashion”. Tal como tem sido hábito nas coleções anteriores, Susana Bettencourt cruza tecnologia e artesanato. Neste desfile no Portugal Fashion colaborou com a marca de calçado Birkenstock. Luís Buchinho, igualmente formador no curso de Design de Moda no Modatex Porto, criou “This is the Sea”, uma coleção inspirada no litoral português, com linhas urbanas e peças intemporais. O designer apostou em silhuetas longas, com um look composto por camadas, com saias e calças sobrepostas, retratando a fusão do masculino vs. feminino. Os materiais utilizados refletem este ambiente náutico: estampados de seda com motivos de pedras e argila, tecidos elásticos com elementos gráficos retirados dos barcos de pesca, lanifícios com tratamento leather, rendas e redes revestidas com foil e gabardines de algodão e nylon. A paleta de cores é neutra e sóbria, usando o preto, argila, azul-marinho e antracite, mas com apontamentos de vermelho e branco. Nesta estação Luís Buchinho estabeleceu uma parceria com o grupo Ergovisão para o desenvolvimento de uma linha de óculos de sol. No último dia do evento o público presente na Alfândega do Porto ficou também a conhecer as propostas de Hugo Costa, formador de Design de Moda no Modatex, para o outono/inverno. A coleção “Amundsen” foi inspirada pelo explorador norueguês Roald Engelbregt Gravning Amundsen, que liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul (1911), tendo também sido o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte e a primeira pessoa a chegar a ambos os polos. Esta coleção procura representar a necessidade de exploração do desconhecido por parte do ser humano. Carla Pontes, igualmente formadora no Modatex, apresentou a sua 10ª coleção no Portugal Fashion. “Wind” recupera elementos de criações anteriores. Inspirada pela representação simbólica dos ventos, usa a modelação para descobrir e depurar os modelos que apresenta. Foram eliminadas as costuras, realçando o conforto. Escolheu texturas e toques macios, em materiais que privilegiam o algodão e as lãs. A paleta apresenta uma forte incidência nas cores neutras, sendo composta por pretos, tons de cru, cinzas e azul céu, iluminados pelo contraste da tonalidade toranja. A coleção da Dielmar, intitulada “The master”, teve o contributo de Rita Gaspar (ex-formanda de Design de Moda no Modatex Lisboa), um dos elementos do departamento de estilismo da marca. Esta coleção conjuga a perícia artesanal com simples códigos sartoriais e um design minimalista intemporal.

O Portugal Fashion mostrou, durante quatro dias, as propostas dos designers e marcas nacionais para o próximo outono/inverno. Na 40ª edição do evento, o Modatex voltou a mostrar porque é uma referência no Design de Moda: formadores e ex-formandos mostraram toda a sua criatividade e talento. Depois da abertura em Lisboa, no segundo dia do Portugal Fashion a passerelle esteve entregue à nova geração de criadores, com a apresentação de coleções da plataforma Bloom a ter lugar no Palácio dos CTT. Carla Alves, ex-formanda de Design de Moda no Modatex Porto, deu a conhecer as novas propostas da marca Amorphous. “M002 Origem” é “um manifesto que procura questionar a origem do ser humano, enquanto ser dotado de sensibilidade, inteligência, valores morais e consciência”. Numa coleção que é também um “statement” contra a escravatura moderna e a crise de valores da moda, a jovem criadora reflete sobre as consequências do consumo desenfreado na dignidade humana e no ambiente. Pedro Neto, que também fez a sua formação em Design de Moda no Modatex Porto, apresentou “Afloat”, uma coleção que tem como ponto de partida o quadro The Lady of Shalott, de John Williams Waterhouse. Os tecidos escolhidos (veludos, pelos curtos, rendas, malha cardada, apontamentos de paiettes, acabamentos impermeáveis, lurex e plissados irregulares) e as silhuetas cintadas e femininas contribuem para uma figura alongada e esguia. Sara Maia, ex-formanda de Design de Moda, inspirou-se na série #Mirror, do artista plástico Roy Lichestein. As linhas diagonais dão profundidade e dimensão às peças, numa coleção em que o preto é o elemento principal e base de todas as cores primárias, enquanto as malhas tricotadas adicionam um jogo de textura e grafismo. Katty Xiomara, ex-formanda e atual formadora do Modatex, levou até à passerelle do Centro Português de Fotografia “El toro enamorado de la luna”, coleção que já tinha apresentado na Semana da Moda de Nova Iorque. A inspiração chegou dos universos misteriosos da floresta e das criaturas que a povoam, “do dramatismo da noite e na interminável esperança do dia”. O preto noite é usado como base para os brilhos do luar, traduzidos em tons de branco nacarado e prata estelar. O tom frio do azul noite contrasta com os tons quentes das madeiras e folhas. Katty Xiomara optou por formas limpas e depuradas, mas com um volume ondulante e natural; os tecidos usados são ricos e texturados, dividindo-se entre os leves e fluídos e outros estruturados e compactos. Pela passerelle passou também o desfile da marca Pé de Chumbo, criada por Alexandra Oliveira, ex-formanda do Modatex. Nesta coleção são desenvolvidos três temas com tons distintos, com tons que vão desde o preto até ao bege, passando pelo azul, verde e beringela com toques de camel. Os looks descontraídos dos camisolões e vestidos de lãs grossas misturam-se com rendados e folhos. 36


AMORPHOUS · CARLA ALVES

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


KATTY XIOMARA

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


SARA MAIA

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


ALEXANDRA OLIVEIRA · PÉ DE CHUMBO

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


HUGO COSTA

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


SUSANA BETTENCOURT

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


CARLA PONTES

Fotografia PortugalFashion

Fotografia PortugalFashion


LUIS BUCHINHO

Fotografia PortugalFashion


Fotografia PortugalFashion

DIELMAR · contributo de RITA GASPAR


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PORTUGAL FASHION INTERNACIONAL

Moda portuguesa viaja pelo mundo

As principais capitais da moda mundial receberam os criadores portugueses. Formadores e ex-formandos do Modatex voltaram a marcar presença no mais recente roteiro internacional do Portugal Fashion, que passou por Londres, Paris, Nova Iorque e Roma. O projeto Next Step 2016-2017 continua a levar a moda nacional às principais capitais da Moda e, como não podia deixar de ser, os formadores e ex-formandos do Modatex estão entre os representantes da criatividade portuguesa nos principais eventos mundiais. Em janeiro a Paris Fashion Week Menswear recebeu as propostas de Hugo Costa, formador no curso de Design de Moda, para o outono-inverno. Ainda em janeiro, mas em Roma, foi a vez de outra formadora do Modatex, Susana Bettencourt, participar na Altaroma, uma iniciativa que também contou com as presenças da marca Pé de Chumbo (de Alexandra Oliveira, ex-formanda do Modatex) e Estelita Mendonça. Susana Bettencourt apresentou uma coleção que cruza o seu gosto pelo knitwear com a tecnologia com o handmade. A Pé de Chumbo propõe, para o próximo outono-inverno, uma paleta de cores diversificada: “do preto até ao bege, passando pelo azul, verde e beringela com toques camel”. As propostas para ocasiões mais festivas apresentam um brilho subtil nos rendados com folhos. Nos looks mais casuais, existem “jogos de lãs grossas num encanastrado de cores e riscas, que se misturam com camisolões e vestidos soltos em tiras de malha, para usar descontraidamente”. A New York Fashion Week também recebeu a moda portuguesa, representada por Katty Xiomara (formadora no curso de Design de Moda do Modatex) e Miguel Vieira. “O universo misterioso da floresta e as suas criaturas, o dramatismo da noite e a interminável esperança do dia” inspiraram Katty Xiomara, que teve como ponto de partida a música dos Gipsy Kings, “El Toro Y La Luna”. Propostas que apresentam uma variação entre as tonalidades pastel, que vai dando espaço a diferentes pantones de azul, até chegar ao preto. Alexandra Moura apresentou as suas propostas para a estação fria na London Fashion Week a 20 de fevereiro. Carlos Gil e Pedro Pedro participaram na Milano Moda Donna, a 26 de fevereiro. O encerramento deste roteiro internacional aconteceu já em março, com a presença de mais um formador do Modatex: Luís Buchinho esteve na Paris Fashion Week com a coleção “This is the sea”. São peças intemporais que têm como inspiração o ambiente marítimo da costa portuguesa. 46


Fotografias PortugalFashion

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PEDRO PEDRO

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MIGUEL VIEIRA Fotografias PortugalFashion


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i-com Modatex foi escolhido para o primeiro Data Fashion Hackathon

Doze formandos e ex-formandos do Modatex participaram no primeiro Data Fashion Hackathon, uma iniciativa inserida na I-COM Global, uma conferência internacional sobre smart data marketing que no decorreu no Porto durante o mês de abril. Este concurso tinha como objetivo promover o uso da informação como matéria-prima da criatividade em moda, construindo uma ponte entre a conferência e a comunidade de moda da cidade. Os formandos e ex-formandos do Modatex foram desafiados a criar, num curto espaço de tempo, um look vanguardista inspirado nos vencedores dos prémios de criatividade da I-COM. Foram inicialmente selecionados 16 jovens criadores, sendo escolhidos 12 escolhidos finalistas: Artur Dias, Catarina Magalhães, Filipe Augusto, Inês Esteves, Joana Queirós, Patrícia Augusta, Patrícia Brito, Sara Oliveira, Sérgio Sousa, Stephanie Hawkins, Vânia Moreira e Vera Gomes. Todos os finalistas tiveram de complementar os seus looks com maquilhagem, cabelo e acessórios diferentes. Os trabalhos foram apresentados durante um desfile que teve lugar durante o I-COM Gala Awards Dinner, no Palácio da Bolsa, no dia 25 de abril e avaliados por um júri composto por profissionais da indústria da moda. 49



Fotografias I-COM · Data Fashion Hackathon


Fotografia I-COM · Data Fashion Hackathon


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VÂNIA MOREIRA

Como se desenvolveu o projeto vencedor do Data Fashion Hackathon

Vânia Moreira venceu a competição Data Fashion Hackathon, um desafio da I-COM Global em que alunos e ex-alunos do Modatex foram desafiados a criar, num curto espaço de tempo, um look vanguardista inspirado nos vencedores dos prémios de criatividade da I-COM. Formada em Design de Moda pelo Modatex, possui ainda uma licenciatura anterior em Arquitetura Paisagista. Em outubro de 2016 apresentou a colecção “Memorabilia”, no Espaço Bloom do Portugal Fashion. É atualmente Designer de Moda na empresa FSM - Indústria de Confecções SA. O projeto vencedor Data Fashion Hackathon surgiu a partir do briefing do concurso, que abordava a importância do processo de captura dos dados informáticos como mais-valia para o crescimento de determinada “entidade”, refletindo sobre um caso específico; o jornal britânico “The Guardian”. Vânia Moreira procurou então compreender o jornal desde 1821, data em que foi fundado. Durante a pesquisa encontrou imagens do jornal, um retrato de John Edward Taylor, o fundador, e uma imagem referente ao centenário do mesmo, em 1921, sendo este o seu ponto de partida para a definição do tema: “Scalability. From the origin till now”. “Scalability é a capacidade de um sistema ou rede para lidar com uma quantidade crescente de dados de forma a alargar o seu

potencial com o obejetivo de acomodar esse crescimento. Inspirei-me no crescimento do ‘The Guardian’ desde o seu início até à atualidade, refletindo principalmente sobre a importância da ‘origem’ como base para criar algo consistente e intemporal”, explicou.

Os materiais No casaco foi usada uma mistura de lã com toque de caxemira em xadrez “Príncipe de Gales”, enquanto no vestido foi utilizada popeline branca de algodão. Estes materiais remetem para as imagens encontradas na pesquisa. Seguindo a mesma linha, a designer optou por tons neutros; como os cinzas/pretos no casaco, contrastando com o branco no vestido. “Relativamente às formas, a ideia que pretendia transmitir (sendo que numa fase inicial, foi pedida a ilustração de três coordenados) era a de projetar três silhuetas crescentes em volume e comprimento, tendo assim acabado por desenvolver volumes exagerados em termos de vestibilidade das peças”, revelou.

Etapas de desenvolvimento do trabalho “Na fase inicial, após reflexão sobre o briefing, procurei definir o tema e logo a partir daí

o tipo de silhuetas que pretendia, assim como as cores e a tipologia dos materiais, sendo necessário estruturar um dossier para apresentar à organização do concurso. O mesmo iria ser avaliado, sendo depois selecionados os 12 participantes para ‘construir’ apenas um dos três coordenados ilustrados inicialmente apresentados”, referiu Vânia Moreira. Depois de ter sido selecionada, e dado que o tempo era escasso, a ex-formanda do Modatex tentou estruturar o seu trabalho com o objetivo de rentabilizar o pouco tempo disponível: “Avancei para a modelação das peças, realizando protótipos durante este processo de forma a avaliar o fitting, as volumetrias, pensando em simultâneo nos acabamentos que pretendia. Assim que consegui estimar os gastos de materiais para cada peça adquiri as quantidades necessárias e avancei para o corte. Este processo teve de ser bem ponderado, uma vez que implicava gastos de cerca de 10m de tecido por peça”. Vânia Moreira admitiu que “a parte final de confeção das peças acabou por se tornar um pouco mais complexa do que pensava inicialmente, tanto pelos metros de material que tive de manusear sobre a máquina como pelos metros que foi necessário franzir manualmente”. No entanto, tudo acabou por correr da melhor forma: “O resultado final correspondeu ao que tinha planeado em termos de volumetrias e de fitting das peças”.

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DR


Croqui Vânia Moreira

DR

“Após o desenvolvimento criativo do coordenado, onde se explorou a forma e os pormenores da peça vs o tema, foi realizada uma representação técnica sob a forma de croqui técnico. No croqui técnico representou-se a peça de vestuário final, com as respetivas especificações de design e correspondências técnicas.

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DR


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Ilustração Vânia Moreira


Neste momento, termina o processo de design e inicia-se o processo de desenvolvimento técnico do produto com o objectivo de concretização da peça final. Com o seguinte exemplo pretende-se ilustrar como se passa de uma planificação bidimensional para um produto final tridimensional, neste caso a construção da manga do casaco. O processo inicia-se com a análise da vestibilidade, onde se define qual o molde base a utilizar; neste caso, uma manga base de casaco largo.

MOLDE BASE

Posteriormente, realiza-se a transformação do molde base da manga, adaptando-a às especificações de design definidas no croqui técnico.

TRANSFORMAÇÃO

MOLDE BASE


É então elaborado um protótipo com o objectivo de testar a vestibilidade da manga e o seu comportamento na peça, analisando-se se a passagem do bidimensional para o tridimensional foi alcançada. Se necessário, realizam-se alterações à transformação de modo a obter a vestibilidade pretendida.

MOLDE FINAL

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Após aferição do protótipo final, procede-se à validação dos moldes finais e ao corte da peça final no material escolhido para a mesma.

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DR

Após aferição do protótipo final, procede-se à validação dos moldes finais e ao corte da peça final no material escolhido para a mesma. Em conclusão, o processo de concretização de produto inicia-se com uma visão global da peça, é reforçado pela análise individual das suas componentes, obtendose sucesso quando a sua combinação resulta no respeito pela vestibilidade pretendida e definida pelas especificações do design.


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Fotografia I-COM · Data Fashion Hackathon


INÊS OLIVEIRA

Inês Oliveira, 25 anos de idade, Castelo Branco. Licenciada em Artes Plásticas · Multimédia, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Frequentou a terceira edição da Academia RTP com um projecto de cinema documental, e participou na concepção e redação do programa Makers, exibido pela RTP2. Estudou ainda Ilustração Científica, no departamento de biologia da Universidade de Aveiro. Actualmente frequenta o CET de Design Têxtil · Estamparia, no Modatex.






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