Milénio Stadium - Edição 1525 - 2021-02-26

Ano XXX edição nº 1525

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

mileniostadium.com

Créditos: Stella Jurgen

Cruzamento de culturas

Trudeau: Moderna vai entregar 1,3 milhão de doses em março

P25

apresentador Cristina Da Costa convidados Tony Mark Catarina Balça

Temas em discussão

Toronto cancela eventos presenciais até 1 de julho

P28

Benfica e Braga caem na Liga Europa

1. Análise do situação política - nacional e internacional 2. A pandemia de Covid-19 - ponto da situação 3. Os casamentos inter-raciais e interétnicos – cruzamento de culturas

Krystle Ferreira, B.A. (Hons), LLB

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P47

sexta-feira às 18h

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MILÉNIO | EDITORIAL

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

EDITORIAL

Previsão Meteorológica Previsão Meteorológica toronto 26 de fev - 4 de março 22 de Fevereiro toronto Sexta-feira Sexta-feira Sábado Sábado DOMingo DOMingo Segunda-feira Segunda-feira Terça-feira Terça-feira Quarta-feira Quarta-feira Quinta-feira Quinta-feira

Cartoon by Stella Jurgen

Então, você é de onde?

Manuel DaCosta Editorial

Numa cidade como Toronto, quando se conhece alguém pela primeira vez, a questão acima é inquirida com frequência. E porquê esta questão? Em primeiro lugar, porque as pessoas são curiosas e em segundo a curiosidade pela origem das pessoas alimenta uma combinação de visões racistas, curiosidade cultural ou cria uma opinião baseada na sua importância pessoal em relação ao país de origem.

O

mundo está a girar a um ritmo acelerado, independentemente da pandemia global que não tem fim à vista. Na corrida para vencer outros países que tentam o mesmo, a expansão extraterrestre continua com a chegada do Perseverance Rover da NASA a Marte. Se a NASA consegue cumprir este feito, por que raio não podemos ter um processo de vacinação sem obstruções que estão a contribuir para a morte e desespero de muitos? Bom Dia Sr. Trudeau?

A teia de aranha que a cultura é hoje é um tópico explorado e debatido esta semana, na edição do Milénio Stadium. As populações movem-se devido à imigração, a perseguições ou à procura de uma melhor qualidade de vida e assim a identidade cultural do mundo está a ser desafiada de várias formas. Obviamente que a segregação de sociedades continua a providenciar barreiras à liberdade de expressão de muitos e, portanto, desponta na diluição de elementos culturais em várias partes do mundo.

Outro fator é a religião, o fanatismo e o racismo que perpetuam como prática em vários países. A divisão entre os ricos e os pobres continua a ser um espinho que impede a igualdade do ter e não ter, garantindo o isolamento da identidade cultural dos mais pobres.

No Canadá, é a Toronto e Ontário que a maioria dos portugueses chama de casa e, sendo assim, será o foco da transição de uma transformação cultural exemplar, tal como a conhecemos. As áreas fora de Toronto estão muito mais avançadas na transição de uma cultura especifica para abraçar outros costumes, integrando-se assim na sociedade canadiana. O foco dos portugueses em Ontário é um exemplo da infusão de circunstâncias, atuais e futuras, que criarão uma confusão inumerável daquilo que hoje chamamos de “a experiência portuguesa”. Num mundo de múltiplas etnias e tradições, quem é que pratica a cultura portuguesa? Os imigrantes que desejam ser integrados noutras sociedades serão continuamente desafiados pelas oportunidades da sociedade na pertença ao país em que vivem. No Canadá, Toronto é a capital de casamentos mistos. Todas as etnias, claro que com algumas exceções, estão a escolher parceiros de outras raças e tradições, tendo como resultado crianças que nascem em casas confusas onde são faladas três ou mais línguas. 45 porcento da segunda geração de imigrantes que são casados e/ou vivem juntos estão a fazê-lo com alguém de outra raça ou etnia. Na terceira geração essa percentagem chega aos 68.

Considerando apenas estas duas estatísticas, podemos assumir que, a menos que se seja muçulmano, que por acaso tem as taxas mais baixas de casamentos inter-raciais por causa das crenças religiosas, a identidade cultural desaparecerá indepen-

dentemente das tentativas dos provedores de tradições que apelam à proteção e promoção da identidade cultural, sem admitir que se está a tornar uma batalha perdida.

Os casamentos interétnicos podem ser uma experiência positiva e podem engrandecer as vidas dessas pessoas ao introduzir um novo nível de diversidade que de outra forma não poderia ser encontrado. A preservação da cultura só pode ser alcançada se abraçarmos as mudanças que estão por vir, que irão desafiar o nosso processo de pensamento padrão. Isto permitir-nos-á abraçar a mudança em benefício da próxima geração. A cultura portuguesa não se baseará na comida, no vinho e no folclore.

Será muito mais do que isso, o que incluirá um processo de pensamento extremamente pessoal acerca da nossa história e daquilo que nos diferencia dos outros. No futuro, não podemos permitir que a insensibilidade ou a ignorância sejam os professores da nossa cultura. A honestidade sobre quem somos e uma mensagem com significado irão conduzir os nossos filhos e netos à mesa, para consumir o melhor que este belo país a que chamamos Portugal tem para oferecer. Não precisamos de assimilação cultural, mas é fundamental que aceitemos e respeitemos as alianças entre as pessoas que respeitam a visão de outros, independentemente das suas preferências sexuais, cor ou práticas culturais. O futuro irá ensinar-nos uma lição que nunca pensámos ser obrigatório aprender. Espere e veja.

Fique bem.

Versão em inglês

P. 15

2° 2° 7° 1° 6° 9° 2° -3° -1° -7° 4° -6° 4° -5°

Ano XXIX- Edição nº 1525 26 de fevereiro a 4 de março de 2021 Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5 Telefone: 416-900-6692 Direção: Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com Madalena Balça Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com Marketing: José M. Eustáquio Vice-Presidente, MDC Media Group Inc. jm.eustaquio@mdcmediagroup.com Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com Publicidade: Rosa Bandeira Telefone: 416-900-6692 info@mdcmediagroup.com Colaboradores do jornal: Adam Care, Adriana Marques, Aida Batista, Anselmo Borges, Augusto Bandeira, Catarina Balça, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Inês Barbosa, Inês Carpinteiro, Joana Leal, Lizandra Ongaratto, Luís Barreira, Luísa Silva Geraldes, Manuel Luís, Paulo Gil Cardoso, Paulo Perdiz, Rosa Bandeira, Telma Pinguelo, Vincent Black.

Cartoonista: Stella Jurgen Traduções: Inês Carpinteiro e David Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

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MILÉNIO | CAPA

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Primeiros imigrantes portugueses casavam sobretudo entre si

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CAPA

José Silva casou em 1872 com Lucy Kwatleematt. Crédito: DR.

Quem conhece um pouco da comunidade portuguesa que se fixou em Toronto sabe que muitas histórias de amor surgiram nos clubes portugueses, nos célebres bailes que juntavam famílias de todas as regiões de Portugal. Muitos dos portugueses que emigraram para o Canadá nos anos 50, 60 e 70 casavam entre si, até porque existia algum preconceito dentro das famílias para ter um genro ou uma nora de outra cor.

José Carlos Teixeira, geógrafo e professor da Universidade da Colúmbia Britânica. Crédito: DR.

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uem o diz é o geógrafo José Carlos Teixeira, professor da Universidade da Colúmbia Britânica, que explica que nas primeiras gerações de portugueses existia “uma certa resistência”, até porque a maioria dos imigrantes portugueses era originária de áreas rurais onde não existia tanta diversidade cultural na sua região como é característico das grandes áreas urbanas.

Mas motivos como a falta de domínio da língua inglesa e a uma fraca adaptação à sociedade canadiana também são fatores que contribuíam para uma baixa taxa de casamentos inter-raciais de portugueses com outros grupos étnico-raciais, sobretudo nos primeiros anos de imigração.

A conclusão do luso-canadiano é baseada em 40 anos de investigação em três províncias canadianas – Ontário, Quebec e Colúmbia Britânica- e não tem por base nenhum estudo académico e/ou estatísticas.

As estatísticas desenvolvidas pelo Governo canadiano incluem os portugueses no grupo dos imigrantes europeus, onde estão também imigrantes oriundos da Irlanda, Escócia, Inglaterra, Itália, Roménia, Ucrânia, Polónia, isto para citar apenas alguns.

Mas se por um lado os portugueses evitavam misturar-se com pessoas de outra cor, os casamentos com pessoas de diferentes grupos étnicos já eram mais naturais.

Um bom exemplo disso foram as uniões de portugueses com italianos, que começaram entre os anos 50 e 80 e que ainda hoje se mantêm. “Fomos sempre abertos a casamentos com outros grupos étnicos, de preferência brancos. Os portugueses tinham uma maior afinidade sociocultural e religiosa com os italianos - o catolicismo, o futebol, a gastronomia, a cultura de fazer

o próprio vinho em casa, etc. -, tudo isso ajudava na aproximação das duas culturas”, conta José Carlos Teixeira ao Milénio Stadium.

O facto de os dois grupos étnicos viverem próximos também ajudou a que alguns casamentos acontecessem. “O Little Portugal e a Little Italy estavam um ao lado do outro, tanto em Toronto (Ontário), como em Montreal (Quebec) os portugueses eram vizinhos de bairro dos italianos. Os filhos frequentavam as mesmas escolas e os pais eram colegas de trabalho na construção, nas fábricas e nas limpezas, era assim sobretudo na primeira geração”, adiantou.

A grande mudança, na opinião do académico, acontece nos anos 70 e 80. Com a descolonização de África e com a implantação da democracia em Portugal, muitos portugueses que residiam em Portugal e nas antigas colónias emigram para o Canadá e “contribuem para um maior grau de aceitação/abertura em relação a casamentos com pessoas de cor e/ou de outras origens étnicas”.

As novas gerações, a segunda e a terceira, que já nasceramaqui, são por norma mais flexíveis na questão dos casamentos inter-raciais porque já não têm a barreira linguística e já está mais integrada na sociedade canadiana. “A segunda e a terceira geração são mais socializadas, têm um grau de instrução maior e estão por isso mais integradas no mosaico cultural canadiano.

Dos contatos que mantenho com estudantes universitários de origem portuguesa a conclusão a que chego é que a cor e/ou a origem étnica é um assunto irrelevante na hora de decidir com quem casar. E ainda bem que assim é porque vivemos no século XXI e a diversidade cultural é considerada

uma riqueza e não uma desvantagem ou algo que nos deva embaraçar”, explicou.

Embora alguns portugueses mostrem alguma resistência em relação ao casamento interracial, sobretudo os da primeira geração de imigrantes no Canadá, o caso de José Silva ou “Portuguese Joey”, como era mais conhecido, é um exemplo único de inclusão. “José Silva, que era natural do Pico, nos Açores, ao ser o primeiro europeu branco a casar com uma indígena na Colúmbia Britânica provou que nós temos valores únicos.

As comunidades indígenas foram e continuam a ser muito discriminadas ao longo dos séculos, mas este português foi muito bem aceite pela comunidade indígena da época e conquistou um lugar especial na nossa história colectiva”, contou.

Apesar do Canadá ser um dos países mais multiculturais do mundo, não significa que ainda não existam preconceitos nesta matéria. O investigador defende que a educação é o caminho para a inclusão social e cultural e não tem dúvidas de que os casamentos interraciais podem ser uma “excelente ponte” para acabar com o racismo, independentemente de ser relacionado com a cor, a origem étnica, a orientação religiosa e/ou sexual.

Em declarações ao nosso jornal José Carlos Teixeira lançou um repto: “Gostava que esta questão fosse mais estudada a nível académico e quem sabe se pelo próprio Governo para compreendermos melhor o impacto dos casamentos inter-raciais na construção da sociedade canadiana que se quer cada vez mais inclusiva, justa e igual”.

Joana Leal/MS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Tamari Kitossa - Sociólogo e professor na Brock University, St Catharines. Crédito: DR.

Canadá está a tornar-se mais tolerante?

As famílias canadianas estão a mudar e ca da vez existem mais famílias que resultam da mistura de diferentes grupos étnicos. O tema ainda continua a ser tabu, mas uma coisa é certa: as famílias do futuro vão continuar a ser diferentes das que tínhamos até aqui e por isso é de esperar que o mosaico cultural canadiano seja cada vez mais diverso.

Embora o casamento interracial nunca tenha sido proibido no Canadá, tal como chegou a ser nos EUA até 1967, a maioria dos casamentos ainda continua a ser entre pessoas do mesmo grupo étnico.

N

o Canadá em 2011 as uniões de facto entre pessoas de grupos étnicos diferentes representavam apenas 4.6%, qualquer coisa como cerca de 360.000 casais. Os números são da Statistics Canada e são os mais recentes que foram disponibilizados pela agência nacional de estatísticas.

Em 1991 estes casais eram apenas 2.6% da população e em 2001, cerca de 3.1%.

Em declarações ao Milénio Stadium, o sociólogo Tamaru Kitossa, professor na Brock University em St. Catherines e especialista na matéria argumenta que este ligeiro aumento é apenas simbólico. “Alguns podem dizer que o Canadá se está a tornar mais tolerante. Outros podem dizer que o multiculturalismo está a resultar para produzir menos antagonismo racial. Outros também podem defender que o Canadá está prestes a tornar-se uma sociedade menos raceless and colour-blind. Mas porquê dizer tudo isto quando as First Nations, 5% da população, corresponde a quase 24% dos presos federais enquanto os africo-canadianos que correspondem a 3% da população, são mais de 10% dos presos federais”, explica.

A agência nacional de estatísticas conclui também que existem determinados grupos que são mais propensos a uniões interraciais. Em primeiro lugar surgem os japoneses, seguidos logo depois dos latinos e dos negros. Mas duas das maiores minorias do Canadá- a população de origem chinesa e sul-asiática- tinham o menor número de casais que se tinham misturado com outros grupos raciais.

Para Kitossa, que sublinha que a raça é uma construção social e política e que os ibéricos (portugueses e espanhóis), italianos, gregos e outros europeus de Leste só foram considerados brancos no Canadá “nos últimos 50 a 100 anos”, e de acordo com o Employment Equity Act, só existem dois grupos raciais: aborígenes e minorias, enquanto que os census canadianos incluem uma gama mais ampla de grupos raciais. O sociólogo sustenta ainda que “pessoas de diferentes cores se têm vindo a misturar desde o início dos tempos” e que por isso a questão já não deveria ter relevância em 2021.

Questionado pelo nosso jornal se nestes casos uma das culturas se sobrepõe à outra, o especialista defende que todos os modelos são válidos, até porque mesmo que uma criança seja educada com duas culturas, no final pode até identificar-se mais com uma delas. “Na minha opinião julgo que a forma como um casal inter-racial educa os seus filhos não interessa a ninguém”, rematou.

Para a Statistics Canada as uniões inter-raciais refletem um aspeto da diversidade das famílias que pode variar de acordo com características geracionais de um dos elementos do casal, com o local de nascimento e com uma determinada minoria étnica. O facto de morar numa área rural ou urbana também parece interferir nas uniões inter-

-raciais. Cerca de 5% destes casais moravam em áreas urbanas, enquanto que apenas 1.4% vivia em áreas rurais. De todas as cidades canadianas que a agência comparou em 2011, Vancouver tinha a percentagem mais elevada de casais inter-raciais, cerca de 8.5%. O tempo de permanência no país também é um dado importante porque enquanto que apenas 12% dos casais que tinha um membro da primeira geração dessa minoria étnica se misturava, a percentagem subiu para 51% nos casais inter-raciais com elementos da segunda geração de canadianos.

Sobre esta questão, Kitossa faz ainda uma outra leitura. “Pessoas com mais rendimentos têm mais probabilidades de virem a ter uniões e de, mas isto não pode ser muito generalizado ao ponto de assumirmos que a classe média é mais tolerante. Pode significar apenas que quando as pessoas se conhecem na universidade partilham os mesmos valores. As pessoas tendem a casar com quem vive próximo delas a nível geográfico e acho que isto é ainda mais válido na era da internet”, justificou.

Uma união mista significa que um dos membros do casal pertence a uma minoria e o outro não, ou também pode significar que os dois elementos do casal pertencem a minorias diferentes. Segundo o Instituto for Social and Economia Research, em 2000 a Inglaterra tinha a percentagem mais elevada do mundo ao nível das relações interraciais.

Uma sondagem da Ipsos conduzida em 2019 revelou que 15% dos canadianos nunca casariam com alguém de uma raça diferente. A sondagem mostrou ainda que no grupo de participantes que tinha esta opinião, cerca de 20% tinha o ensino secundário e 19% residia na província de Ontário. A

sondagem ouviu a opinião de cerca de 1000 pessoas e atrás de Ontário surgia o Quebec com cerca de 15%.

Em sentido oposto, na Colúmbia Britânica a percentagem de pessoas que não quer ter um casamento inter-raciais, comparativamente com Ontário, era apenas de 9%.

Na sondagem conduzida pela Ipsos cerca de 6% das pessoas não tem nenhum problema em casar com alguém de outra raça.

Em 2019 o grupo que enfrentava mais racismo eram os muçulmanos (59%), seguidos dos negros (31%) e dos indígenas [First Nations] (27%).

Algumas pessoas são mais motivadas para casarem alguém da mesma origem, algo que pode ser influenciado pela religião, tradições culturais, língua e/ou gastronomia. Um aspeto relevante na questão dos casamentos inter-raciais é o preconceito que existe, às vezes dentro da própria família e noutros casos na própria sociedade em geral.

Uma sondagem de 2009 do Angus Reid Institute encontrou taxas surpreendentemente baixas de aceitação para diferenças religiosas. Ainda assim a tolerância aumenta quando as duas pessoas acabam por casar. Nesta sondagem apenas 28% das pessoas que foram ouvidas disseram que tinham uma opinião positiva sobre o islamismo, enquanto que 39% disse que aceitaria que um dos seus filhos casasse um muçulmano. A sondagem sugere que a religião continua a ser a questão mais fraturante na sociedade canadiana, mais do que a cor ou o grupo étnico. Mas, por outro lado, a sondagem também aponta que ainda existe esperança para que o amor fale mais alto do que o preconceito.

Joana Leal/MS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Histórias de amor e fé O casamento é um dos passos mais importantes que um casal que se ama decide tomar. A ideia de compartilhar as vidas e construir uma em comum ainda habita os sonhos e é desejada por muitas pessoas ao redor do mundo. Para que essas uniões deem certo não existe receita, porém alguns ingredientes acabam sendo comuns nos casamentos mais duradouros. O amor, respeito, parceria e sintonia de ideias costumam ser citados como elementos importantes para o êxito de uma união. Porém, todos sabemos que o amor não obedece a regras e nem segue caminhos seguros.

Mas até que ponto ele consegue superar obstáculos como diferentes crenças religiosas, costumes e culturas, e ainda assim, prevalecer?

Helen Dantas, escritora e palestrante. Crédito: DR.

N

essa edição vamos contar duas histórias com enredos e desfechos opostos, mas com alguns elementos em comum: mulheres brasileiras, imigrantes no Canadá e que aqui se apaixonaram e casaram com homens de diferentes etnias e religiões, e o impacto que isso teve na vida delas.

Livro de Helen Dantas disponível na Amazon. Crédito: DR.

“Eu estava cega por amor”. Quem faz a afirmação é Helen Dantas, hoje escritora e palestrante. Uma mulher muito mais madura e bem diferente daquela que chegou no país, no final da década de 80, e se apaixonou perdidamente por um imigrante muçulmano, com o qual acabou por se casar, e por causa disso teve que abrir mão de crenças e costumes da vida que conhecia.

Hoje, ela consegue ver com clareza que aquele relacionamento, apesar do sentimento genuíno envolvido, dificilmente sobreviveria. Ele, muçulmano nascido no Oriente Médio, e ela uma brasileira católica. Dois mundos completamente distintos.

A história desse casamento interétnico e religioso começa quando Helen chega a uma cidade canadense com a intenção de aperfeiçoar o inglês e abrir uma escola de idiomas na sua terra natal. Aqui conheceu o ex-marido. A paixão foi fulminante. Foi uma questão de meses para que o namoro evoluísse para o casamento civil: “Olhando para trás, vejo que tomamos essa decisão tão rápido, porque sabíamos que tanto a minha família, quanto a dele seriam contra”.

Apesar do amor entre os dois, a cultura da família do marido interferiu de tal forma que Helen teve que se converter, e casou-se também no religioso, numa cerimônia tipicamente muçulmana. Apesar disso, a escritora e palestrante confidencia que em seu coração permaneciam os valores católicos, ainda que não pudessem ser praticados. Ela conta que o marido não exigia que ela praticasse a religião dele, mas diz que era constantemente julgada por não se comportar como uma “verdadeira muçulmana”. O sofrimento se acentuava aos domingos pela manhã, quando a brasileira via as famílias indo à missa, hábito comum na igreja católica, e que ela não podia praticar.

Exercia a fé de maneira individual e secreta, rezando a Deus todas as noites.

Da união de 23 anos o casal teve duas filhas, que hoje são maiores de idade. Sem o direito de ensinar a religião católica às filhas, também preferiu que elas não seguissem por obrigação a do pai. A brasileira conta que conseguiu dar a oportunidade para que elas fossem livres para exercerem a fé da maneira que quisessem.

Com o passar dos anos, a sensação de se sentir “prisioneira” da própria vida só aumentava. “Independente de qual for o relacionamento inter-racial ou inter-religioso, o amor não sobreviverá se temos que apagar os nossos valores, crenças, culturas e passado”, avalia a escritora e palestrante, que julga que o abismo cultural entre ela e o marido só se acentuava com o tempo: “O casamento me fez perder a essência da minha personalidade, mas quando tive a coragem de aceitar os meus erros, procurar soluções e pensar no futuro, consegui a minha liberdade de volta. Não podemos mudar o nosso passado, mas sim a trajetória do nosso futuro, e foi o que eu fiz. Se não tivesse tomado uma atitude, com certeza estaria infeliz, ainda submissa e casada.”

A decisão pela separação não foi fácil e partiu de Helen. O processo de divórcio chegou ao fim em 2013. A ideia de escrever um livro sobre a própria vida e contar os detalhes da sua história, foi uma forma de catarse, como ela mesma explica. Também existia a vontade de que as filhas, e outras mulheres mundo afora, pudessem aprender com sua história e principalmente não abrir mão de sua essência em prol de um relacionamento. O livro “Encontro com

Daniel (esq.), Chen Harpaz, Bruna Sanches-Harpaz e Samuel (dir.). Crédito: DR.

a verdade”, em inglês recebeu o título de “Unveiling the truth”, e as duas versões estão à venda na Amazon e também disponíveis nas bibliotecas públicas canadenses.

Ela decidiu reescrever a própria história, garantindo que dessa vez não iria entregar o controle de sua vida nas mãos de ninguém. “Todo mundo erra, eu errei por tomar decisões precipitadas e esconder de todos a minha angústia, mas criei forças e lutei para ter de volta a minha liberdade.

Hoje, eu posso dizer, eu sou uma mulher livre e feliz!”

Mas se por um lado o casamento de Helen não acabou com o típico final feliz, Bruna Sanches contou-nos uma história diferente.

Para a fotógrafa brasileira de 31 anos, que mora no Canadá desde os oito anos de idade, as diferenças de crenças e cultura entre ela e o marido não foram empecilho, mas sim, fortaleceram a união.

Ela é cristã, e o marido, o empresário Chen Harpaz, de 39 anos, israelense de família judia. O casal se conheceu quando Chen visitava familiares em Toronto. Um primo dele, amigo de Bruna, foi quem os apresentou. A partir daí, os caminhos dos dois se cruzaram e desde então trilham a mesma direção. Chen não voltou mais para Israel, e depois de um ano e meio eles decidiram se casar e permanecem juntos desde então. Entre eles a religião nunca foi um ponto de discórdia ou tensão: “Nós temos nossa crença, mas não somos radicais.

Adaptamos certas tradições a nossa maneira de ser ao que melhor nos convém”, conta Bruna. Nenhum dos dois segue com rigor os preceitos difundidos pelas doutrinas cristãs ou judias.

O casal, hoje com dois filhos, um de sete e outro de três anos, faz questão apresentar e introduzir as crianças aos rituais das duas religiões. A “fusão” deu certo e é bem administrada pelas famílias. Da mesma forma que celebram o Hanukkah e acendem velas e jantam em família na sexta-feira à noite no Shabat, típicas festividades judaicas, comemoram o Natal e a Páscoa, datas cristãs, entre outros feriados. Bruna diz que admira muitos aspectos da religião judaica, portanto não se opôs quando o marido decidiu que os dois filhos seriam circuncisados. Os meninos, no entanto, não são oficialmente considerados nem judeus nem cristãos.

“Nós não tivemos uma conversa formal sobre esse assunto, foi tudo muito natural. Decidimos que queríamos que nossos filhos vivenciassem o que as duas religiões proporcionam, e mais tarde podem optar...

Claro que o fato de não sermos religiosos fervorosos, facilitou a adaptação das diferentes tradições e culturas religiosas”.

Mas Bruna concorda que a convivência harmônica entre casais de diferentes religiões nem sempre se dá de forma tão tranquila, e sabe disse porque já vivenciou outra relação inter-religiosa, onde haviam mais regras.

Esses são exemplos que nos mostram que a religião pode tanto unir quanto separar um casal. A fé e os valores de cada pessoa são muito particulares, e para que a relação tenha sucesso e necessário que haja respeito e liberdade de escolha entre os parceiros, para que ambos se sintam realizados.

Lizandra Ongaratto/MS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Créditos: Camões TV

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Megan Boakye

“The more we embrace each other, the better” Manuel DaCosta esteve à conversa com Megan Boakye – uma mulher empreendedora, proprietária de uma empresa gráfica, dedicada a design e planeamento de eventos: desde casamentos, a eventos sociais e corporativos.

M

egan nasceu em Regina, Saskatchewan, e veio aos 21 anos para Toronto, para estudar Fashion Communications (com minor em Marketing). É em Toronto que atualmente desenvolve a sua atividade profissional.

Casada desde novembro de 2018 com Kwasi Boakye, originário do Gana, Megan partilha a experiência de vida deste casal que mistura duas etnias e culturas distintas.

Nesta conversa ficou clara a importância da aceitação familiar e uma integração social facilitada num país, por si só, já multirracial, apesar de Megan sentir que há ainda um caminho longo a fazer por parte da sociedade.

Manuel DaCosta: What was your parent’s reaction when you told them you were going to marry a man of colour?

Megan Boakye: Nothing! They embraced him! I met him at the Ryerson (University) gym. We were friends for a long time before dating. There was really no shift with my parents. They have stepped in when they needed to, but they have always been open minded. (…) My dad always said, between my sister, my brother and I, I’m the one he worries about least, because I ask a lot of questions and I do whatever I need to do to figure things out. But when Kwasi came into the family - I don’t know if it’s because I was friends with him before, so they knew about him - it was a pretty seamless relationship.

MDC: So there was a seamless integration, there was no negativism involved whatsoever? They didn’t discourage you in any way?

MB: No, absolutely not. It’s crazy how the world is so small. My husband’s job took him to Regina, Saskatchewan, to go to school. My parents were at his graduation and my nieces were at the front of the line watching him. My parents had always let

the face of my business, I want people to definitely.

We are talking about interracial relationsee me”? ships: Kwasi is not losing his culture in me!

MB: Right, and I say that to them but the If we have children, they’re not going to more they talk to me about what they have lose their culture because they’re mixed! I been through, I feel a little bit ignorant want them learning his traditions, I want thinking “why not?”, because we have them learning my traditions. I think the MDC: Have you ever noticed any challenalways been “why not?”, we never had to more we embrace each other the better it ges? People possibly not being as kind as deal with it. So, when they’re telling me will get but there’s still going to be those they should be when they see the two of they want to build their business first, get systemic problems that are going to take so you as a couple? all their clients and then be the face of their much more work and for me to sit here and MB: Yes, yes, and surprisingly people as- business. It makes me so sad. First of all besay what will solve it... sume it’s from older individuals and it’s cause they have to deal with that! not always. Unfortunately, we have had It’s the same with my husband. He is very MDC: It’s difficult. people turning face to the wall when in an private, so we don’t talk too much about MB: Yes, it’s so difficult! elevator before and we’ve had two situeverything he has done or gone through ations that opened my eyes a lot more… but even getting to a place of power is alMDC: Looking at the culture of Ghana and people were treating Kwasi, not specificmost like they have to kind of flow under looking at Regina, Saskatchewan’s culally me, in a different way. Servers, waitthe radar until they get there. They have to ture, how have you been able to mix both ers, for example, they were literally talkget there, a little bit quitter, and then once cultures and practice them? Or do you? ing to just me and wouldn’t even look at they are in that place of power they want Kwasi. I like to lean on the side of “no, that to make change, which they need to. It’s MB: Yes! I’m always asking Kwasi “what didn’t happen”, because I’ve never had to can I do?” Kwasi speaks Twi, so I’ve been required! deal with it before. trying to learn. I feel I sound silly (laughs) when I’m trying to learn but I know for his MDC: How are we going to get there?

MDC: It’s better to pretend it didn’t hapsake it would be great if we could speak MB: I don’t know, it’s going to be a long pen…

Twi with each other because he speaks that road… with his mom, with his family, with his MB: Right. Kwasi also doesn’t like to influfriends, and I don’t like that I don’t know ence my thoughts. He likes to wait and see MDC: I’m sure your husband has frustrawhat they’re saying when they’re sitting if I see that it’s happening before he jumps tions as to why these things happen and beside me (laughs)! Not only that, it’s just to conclusions. We’ve had situations and why is not moving up as fast as it should their way of living life. When I go to Ghana, actually both of them were in the States. be… When he sees some people getting everybody, and it doesn’t matter if they’re There’s racism in Canada…there’s racism ahead of him that are probably not more rich, poor, they’re all wonderful, gracious everywhere, but the two specific situations qualified than him… people! Not just to me but to each other! I that stand up the most were in the States. want my future kids – if we have any – to MB: Exactly! see that! I want them to embrace everyMDC: As much as we are a country made up of ethnicities, it seems to me that we are MDC: How can we get rid of these things thing – from the food that they eat to the way of living, laid back and appreciative of still far from embracing all the colours of that stand in the way of progress? the things that matter! But on my side, I’m our country properly...

MB: That’s a loaded question because dokind of a mix – Austrian, my grandmother MB: Of course. And even in my indus- ing these social media posts and people was French, so I’m a mix of everything, try I have had women of colour, that I’m reading some articles, they listen to some so we didn’t have any specific traditions, friends with, saying they don’t want to quotes. All that is bringing attention to the more just Canadians holidays and things be the face of their own businesses right subject, to the problem at hand, but it’s not like that. now and I get it, because I know. Kwasi diving as deep as it needs to be. I wasn’t gohas been educating me and my friends ing crazy on social media with everything MDC: One day your kids will be learning have been education me as well. This is that was going on because to me it requires traditions of Ghana and Canada and they’ll just something I simply have not had to actually speaking with people about this be very happy. deal with. So, when they tell me these matter. But solving the problem? I think we made strides, for sure, which is fan- MB: Absolutely. things it’s absolutely heart wrenching.

Transcrição: Catarina Balça/MS tastic but there’s so much further that we MDC: They internalize these thoughts and need to go. I think that these multiculturfeelings. When and how are they going to al relationships, different cultures, interbe coming out and say “look, I want to be twining with each other is going to help, us (my siblings and I) find our path. As a creative, I always got questions like, and I know it was never a malicious thing, “Oh great, that’s your hobby, but what are you going to do for a career?” (laughs).

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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- Eduarda Lee Sousa-Lall Nesta edição do jornal Milénio Stadium, tentamos perceber de que forma casais compostos por pessoas de etnias diferentes se encaixam de forma a se complementarem.

L

arry Lall & Eduarda Lee Sousa-Lall estão juntos há praticamente 23 anos.

Num tempo em que as ligações inter-raciais ainda não eram tão comuns, o amor superou qualquer obstáculo que pudesse surgir no caminho. Uma família criada na base do respeito pelas culturas distintas, pelos costumes, música, comida e língua diferentes, mas que se misturam num entusiasmante e rico percurso de vida.

italiana e meu pai, José Eduardo Santos e Sousa (JESS), de origem portuguesa. O meu pai chegou ao Canadá em 1954. Na viagem de regresso a Lisboa para visitar a sua família, ele embarcou no Navio “Saturnia” em Nova Iorque @ 1956. Foi neste navio que ele conheceu a minha mãe (nascida em Nova Iorque), também em viagem para Roma com a família dela para as férias. Nenhum dos dois falava a língua um do outro, mas conseguiram comunicar um com o outro à distância durante mais ou menos um ano, já que as línguas portuguesa e italiana são semelhantes. O amor dos meus pais sobreviveu à conversa negativa de pessoas que pensavam que eles deviam casar-se com alguém da sua própria origem étnica ou país. Os meus pais são casados há 64 anos.

A minha irmã Marisa e eu fomos criadas numa família rígida. No entanto, a decisão de quem e quando casar nunca nos foi imposta pelos nossos pais. A ênfase era adquirir uma educação pós-secundária. Também vou partilhar convosco que os meus sogros maravilhosos, ambos de Trinidad, fariam 64 anos de casados este ano se estivessem vivos. O meu sogro era um “scholar” e foi convidado a vir para o Canadá em 1969 para ensinar. O desejo dos meus sogros era a felicidade do filho e que ele também fizesse o ensino superior. O amor não tem limites nem fronteiras! O amor vai perdurar e superar as diferenças étnicas e minha família será abençoada e enriquecida!

MS: Sentiu em algum momento algum tipo de discriminação pela circunstância de se ter casado com um homem de Trinidad e Tobago?

ELSL: Não, eu não sofri discriminação por ser casada com um trinitário-tobagense. O Larry também não se incomodou em ser casado com uma mulher luso-italo-ameLarry, Eduarda, Chayodom e Natanael. Crédito: DR ricana-canadiana. No entanto, quando estamos em público, algumas pessoas ficam Milénio Stadium: A Eduarda é filha de mãe curiosas e perguntam-me se o meu marido italiana e pai português. Este facto, de certo é português, especialmente na nossa comodo, facilitou a sua união a uma pessoa de munidade. Quando o Larry é questionado etnia diferente? sobre as suas origens e ele menciona TriEduarda Lee Sousa-Lall: Tenho orgulho nidad & Tobago, algumas pessoas pergunde ser filha dos meus pais – a minha mãe tam se a sua esposa também é do seu país.

Nina (nee Lombardo) Sousa, de origem Quando morávamos em Kuwait, as pessoas

Créditos: DR

“O amor não tem limites nem fronteiras!” ficavam extremamente curiosas quanto às seus sobrenomes lusos e estão familiarizanossas origens, especialmente quando eu dos com o idioma. respondia em árabe ou quando viam o LarMS: A Eduarda sente que de certo modo foi ry e eu junto com os nossos filhos. necessário um de vós absorver mais a culMS: Como conciliaram as tradições e cul- tura do outro? tura de origem de cada um? O que é que ELSL: Absolutamente não! O Larry e eu no vosso dia a dia permanece da cultura de partilhamos as semelhanças e celebramos cada um? a diversidade! Eu amo a energia, a culináELSL: Em primeiro lugar, a minha família ria e as tradições que são praticadas na bela ergue seis bandeiras na nossa casa - o nosso Ilha de Trinidad & Tobago. As tradições são lar - Canadá / EUA / Trinidad e Tobago / uma mistura de Índio Nativo do CARIB e Tailândia / Portugal / Itália e Brasil com um Índio Oriental misturado com as tradições toque árabe! Só isso já é motivo de come- Anglo-Saxãs. O povo de Trinidad e Tobago moração! O Larry e eu, junto com os nossos é inequivocamente um grupo feliz e posifilhos adolescentes nascidos na Tailândia, tivo, independentemente do que esteja a vivemos um estilo de vida positivo, diverso acontecer ao seu redor. Talvez seja a paisae multicultural, que abrange todos os países gem marinha, o sol e as palmeiras! Nas mimencionados. Devo reiterar que os nossos nhas lentes, há uma diferença notável - os filhos estão acostumados a ouvir palavras portugueses são muito mais sérios do que em português, italiano e tailandês faladas os trinitário-tobagenses. Eles transformam em casa. Tanto as tradições do Larry quan- sempre algo negativo em algo positivo! Eu to as minhas são semelhantes até um certo penso que talvez o Larry é que teve que se ponto. Acima de tudo, comida não preci- ajustar à minha formação europeia, um bosa de passaporte e a família, independen- cadinho mais séria! temente das suas origens étnicas, celebra a diversidade na mesa partilhando uma MS: Considera que os casamentos interrefeição. Nascida e criada em Nova York, -raciais e interétnicos podem ser enriqueeu mudei-me para o Canadá ainda adoles- cedores para a sociedade? cente. A minha casa era “uma salada misELSL: Absolutamente, sim! Eu acredito que ta” com tradições e culturas portuguesas e o amor, respeito e compromisso um com o italianas com um toque americano! Quanoutro irão suportar qualquer um dos dedo nos mudámos para o norte da fronteisafios e pressões que a sociedade colocará ra, a minha família acabou de adicionar o num casamento ou união interracial e inteelemento canadiano à mistura! Ambos os rétnica. Com o coração e a mente abertos, países europeus são tão semelhantes cula sociedade definitivamente se beneficiará turalmente, gastronomicamente, tradicioao abraçar as vibrantes e diversas cultunalmente e linguisticamente. ras, culinárias, músicas e línguas que esses Quando conheci o Larry aqui em Toronto, casamentos têm a oferecer. Embora os esa transição para a sua cultura de Trinidad tereótipos e a discriminação existam glofoi fácil. Como eu sou uma cidadã global, balmente, o Canadá tornou-se uma nação o meu paladar estava acostumado à culi- em transe no multiculturalismo, que abriu nária indiana preparada no estilo Trini. as portas para casamentos ou uniões interHá portugueses que se estabeleceram em -raciais e interétnicas. Foi e é inevitável! O Trinidad nos anos 1800 e trouxeram a sua que é importante, porém, é valorizar e resprópria cozinha, tradições, cultura e músi- peitar a sua própria herança e viver as suas ca. Podemos encontrar especiarias e doces, próprias tradições. Além disso, é essencial principalmente pasteis da nata, na ilha. Os criar tradições mescladas dentro da famíbisavós do Larry chegaram em Trinidad e lia para serem orgulhosamente partilhadas Tobago vindos da Índia. Além disso, alguns com a sociedade!

Catarina Balça/MS dos primos paternos do Larry são descendentes de portugueses, e ainda carregam os

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Julian, Tino, Nathan, Camille, Ismail, Jamie. Photo: DR.

É só preciso amar 1989. Jamie was the female team captain do together that’s aligned to her heritage is and I was the male team captain. This was Chinese New Year. the start of our friendship and eventually JDS: We celebrate like the Portuguese for our relationship.

Easter, Christmas and New Year. Our bigAlthough the sport brought us together, gest yearly celebration is Chinese New Year it did not necessarily unite our ethnic and (typically in February) – the main focus of cultural differences. That said, I do believe how we celebrate all these cultural events our common interest in the sport com- or holidays is always through lots of great bined with the fact our sport attracted ath- traditional food. letes/participants from such a wide variety of different ethnic, religious and cultural MS: Tino comes from a Catholic family and backgrounds, enabled us to develop greater upbringing but is an atheist. Jamie comes Milénio Stadium: Given the fact you are levels of awareness, tolerance, respect and from a Muslim religion but not a practicing from different ethnicity and cultural backMuslim. When you started dating was this appreciation for diversity and inclusion. grounds; did it create any doubt at the start already the case or did you move away JDS: We wouldn’t have met if it wasn’t for of your relationship? from religion in order to have more harTKD, so yes, very crucial. mony in your relationship?

Tino DosSantos: For me personally I never had any doubts or concerns about dating MS: Throughout the years, have you al- TDS: Religion played a huge part in my upJamie because of the fact she was from ways had mutual respect for each other’s bringing and who I am today. The values Hong Kong. My own life journey, expericulture? If yes, what do you do, day to day, my parents taught me were predominantly ences, environment, have enabled me to based on our Catholic upbringing and I’m from each other’s cultures? grow into an adult who has learned to see grateful to my parents for the way they other people as “human beings” first be- TDS: Absolutely. I love to celebrate cultural raised me and my siblings and the values fore their ethnicity or cultural background. differences and take great pride in the fact they taught us.

That said, I was very aware that my family our beautiful children also have the same would see Jamie through their own eyes, passion and appreciation. The most com- As I grew older and entered adulthood, retheir upbringing, life experiences, beliefs, mon is food. As a family we love Portu- ligion became less prominent in my life. By unconscious or conscious biases and not guese food, Chinese Food and many more the time I met Jamie I considered myself an types of Asian food. Our family loves trad- atheist but still had, and to this day, have necessarily through my own eyes. itional Cod Fish dishes as well as many of respect for all other religious beliefs. I reJamie DosSantos: Not at all. Although our fish and seafood dishes. Same goes for spected the fact Jamie was born into a Musboth my parents were born and raised in traditional Chinese dishes, such as Duck, lin family and was a non-practicing MusHong Kong, they were both children of Jamie and Tino. Photo: DR. lim. For me personally religion was never Lobster, Crab and Seafood Noodle dishes. mixed racial marriages. My mother was Most of the holiday celebrations we do as a factor in who I dated or who I would end mainly of Chinese/British descent and my a family are aligned to Portuguese trad- up marrying someday. verdade é que quando há uma união father of Malaysian/Chinese descent. Matitions because of the presence of my large entre duas pessoas de culturas, cosJDS: Yes it was. ter of fact Hong Kong is a very diverse culPortuguese family here in Canada. We all tumes, tradições distintas, há tamture. get together for many of the traditional bém uma ligação incontornável a todas MS: In relation to your children, do you holidays, anniversaries, birthdays, etc., essas diferenças. No entanto, Tino e Jamie think they are a byproduct of either culMS: You both have a passion for the same and we celebrate with great food, wine, somaram as coisas boas de cada um dos latures or more from one culture over the sport. Do you believe this played a crucial and music. On the other hand, Jamie’s dos e fazem questão de viver com ambas as other culture? role in uniting both worlds? only direct family here in Canada is her culturas bem vincadas no seu dia a dia.

Claro que, e como ambos afirmam, existe TDS: Yes, we actually met after making dad, who has lived with us for the past 20 TDS: Absolutely they have deep roots of sempre discriminação por parte daqueles the Canadian National Taekwondo Team in years. The most common celebration we both cultures. That said, due to the fact

Juntos há 30 anos, casados há praticamente 25. Agostinho (Tino) - de origem portuguesa; veio para o Canadá tinha 11 anos -, e Jamie - nascida em Hong Kong, a viver em terras canadianas desde os 19 -, são o exemplo perfeito do casamento inter-racial bem-sucedido! As peças do puzzle encaixaram em absoluto e muito se deve ao respeito mútuo que nutrem um pelo outro, que acaba por inevitavelmente se refletir no respeito também pela etnia de cada um.

A

que não entendem esta equação, mas Jamie faz questão de deixar claro que nada disso a afeta porque, simplesmente, prefere não prestar atenção a quem vê “subtração” e não “adição”.

Desta ligação nasceram três filhos, Julian, Nathan e Camille.

Nesta edição do jornal Milénio Stadium ficamos a conhecer melhor este casal e a perceber de que forma contornam os meandros das diferenças culturais e étnicas.

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they were raised in Canada, my immediate Portuguese family have always been a significant presence in their lives and they grew up in very close relationships with their Portuguese cousins, I strongly believe our children relate to Portuguese culture more than Chinese.

Even though our children only speak English and simply relate more as Canadian, I believe our children have personalities and certain character attributes that align more with either their Portuguese or Chinese parent’s background. For example, our eldest son Julian displays character attributes more closely aligned to his Chinese grandfather; whereas our middle son Nathan is 100% Portuguese when it comes to food and love of Portuguese National Football Team. And then there is our daughter Camille who is a combination of both cultures in character attributes, food preference, culture, etc.

JDS: Absolutely both! They are probably more Portuguese than Chinese, because we are a very close knit family, especially because all the kids (cousins) are very close in age and grew up spending weekends and summers together. Tino is very close to his siblings, we spent a lot of time together. We also want our kids to grow as a strong family unit.

MS: English is your common language.

What is left or still used of your first language?

TDS: I still speak Portuguese primarily when I’m with my 3 eldest siblings, my aunts and uncles. Jamie still speaks Chinese (Cantonese) regularly at home because we’ve been fortunate that her father has lived with us for the past 20 years. That said, they speak minimal Chinese because her father is fluent in English.

We never taught our children either Portuguese and/or Chinese (Cantonese) and this is something that in hindsight we now regret and our children have made it clear

to us they wish we had taught them either language or both.

JDS: I speak Cantonese with my family (older generation), I prefer English cause my Chinese is not very strong.

MS: At any time in your relationship did you ever feel or experience any type of discrimination for having a partner of a different ethnic culture?

TDS: Yes from people who unfortunately were raised in an environment of less tolerance, but in my humble opinion, mainly from lack of understanding and ignorance. I’m the first of my siblings to marry outside of our culture and Portuguese heritage and I’m so grateful my parents, siblings, aunts, uncles and entire extended family welcomed Jamie with open arms into our Portuguese family and showed her nothing but love; and as John Lennon

once said “All you need is Love” and that’s what I truly believe that matters most for us as human beings.

JDS: In my opinion, everyone experiences discrimination, it’s just how you deal with it. Easy answer is I don’t care so I don’t pay attention.

Catarina Balça/MS

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Here’s The Thing Manuel DaCosta entrevista Carlos Lopes

Amor sem fronteiras Na semana em que o Milénio Stadium discute a questão de casamentos inter-religiosos, inter-raciais e interétnicos, e como as diferentes culturas se misturam e se transformam com essas relações, o convidado de Manuel DaCosta no programa veiculado pela Camões TV, “Here’s the thing”, foi Carlos Lopes, imigrante português, natural dos Açores, e que já vive em Toronto há 27 anos.

C

arlos é homossexual assumido, casado com um parceiro equatoriano, e durante a entrevista avalia a evolução da comunidade portuguesa aqui no Canadá em relação a temas sensíveis, como a aceitação da homossexualidade e relações com pessoas de outros países ou raças. Admite que ainda faltam organizações ou grupos de apoio na comunidade sobre a causa gay, que poderiam ajudar aqueles que ainda sofrem com o preconceito ou falta de aceitação. Além disso, contou sobre sua união e a maneira natural como a sua cultura portuguesa se mantém, e acaba se misturando com a do parceiro, seja através da culinária, costumes ou idioma. Carlos também falou sobre o que acha que é preciso fazer para que as gerações mais novas continuem a cultivar as tradições portuguesas, para que dessa forma essa cultura não se perca através das gerações.

Manuel DaCosta: Por que emigraste para o Canadá?

Carlos Lopes: Nos anos 90 não havia muito o que crescer em S. Miguel, é uma ilha pequena, os trabalhos eram limitados então. Eu como tinha família aqui, pensei que o meu destino também era o Canadá, e quando cheguei aos 18 anos decidi então emigrar. Era o “american dream” para a gente. No caso dos

açorianos, era mais o desejo de vir para o Ca- imersão na cultura para me adaptar à cultura canadiana. nadá do que para os Estados Unidos.

MDC: Tu como eras gerente do El Convento Rico, que também já está fechado há um ano e era um ponto de encontro na College Street, que dava vida a esta rua, como tem sido este ano passado para ti já que todos os CL: Quando eu vim para cá eu já tinha 18 eventos foram cancelados e discotecas foanos, então eu lá vivi as festas populares, ram fechadas? de freguesias, Carnaval... essas comemorações todas que ficam com a gente. E quando CL: Como é um clube que serve a comujá estava aqui, claro, comecei a fazer ami- nidade toda, não e só o “gay culture”, ali zades com outros portugueses e procurei vê-se gente de todas as raças, portuguesas, seguir fazendo parte da cultura portuguesa, espanhóis, Médio Oriente. Eu sinto a falta, então íamos a bailes, festas de Carnaval, do sinto a falta da vida de antes da pandemia, Senhor da Pedra, Dia de Portugal, eu tentei tem sido um ano bem difícil. Todos temos agarrar-me o máximo que pude na cultura, que adaptar a situação e mais cedo ou mais porque quando se vem pra cá ainda jovem, tarde tudo vai abrir outra vez. como foi meu caso, é fácil perder à essas referências, especialmente se não tens muita MDC: Desde que chegaste a Toronto, com família aqui. Eu dependia dos meus amigos certeza a tua família já sabia da tua orientação sexual em Portugal, mas como tens para estar exposto à cultura portuguesa. visto a evolução da vida gay?

MDC: Quando deixaste os Açores com 18 CL: Para mim é como ver um programa de anos e chegaste ao Canadá sentiste algum televisão, a evolução que tenho visto nos tipo de choque cultural? Ou integraste-te últimos 27 anos. Realmente vi a mudança, facilmente? sempre me senti bem cá no Canada, em CL: Não foi um choque porque eu conhe- Portugal não me sentia tão bem, era jovem, cia muitas pessoas que viajavam, já que eu a aceitação era diferente. trabalhava na área do turismo em Portugal e, portanto, fui mais exposto a pessoas de MDC: Portugal é um país completamente diferentes nacionalidades. Apesar de ser católico, achas que a religião afetava muito de uma freguesia pequena, mudei-me para a forma como eras aceite?

Ponta Delgada e vivi lá alguns anos, estava CL: Exatamente, mas também já evoluiu. mais em contato com a cultura de outros Portugal tem evoluído muito nestes últipaíses. Claro, o Canadá é um país multiculmos 27 anos, não estou lá, mas vejo isso. tural então eu adaptei-me. Comecei a falar Mas aqui a evolução foi muito mais rápida, inglês imediatamente porque não vivi com nunca me senti rejeitado, sempre me senportugueses e sim com canadianos, então ti incluído, nunca me senti rejeitado, nem o inglês foi forçado, além de que via muita maltratado. Talvez uma coisa aqui e ali, televisão, lia os jornais, na época não hamas nada que me impactasse e me fizesse via redes sociais, então realmente foi uma MDC: Tu já vieste para cá com uma certa idade, então a tua cultura foi formada nos Açores. O que é que da tradição ou cultura açoriana permanece contigo?

sentir mal.

MDC: Como vês a vida gay na comunidade portuguesa?

CL: Eu sinto que há muitos portugueses que têm medo de assumir aquilo que são e alguns casados, eu não tenho muita experiência com amigos casados, mas mesmo certos amigos que são assumidos e que têm medo de se expor, por causa das famílias.

Estou a falar tanto de homens como mulheres. Há ainda famílias que não aceitam, e claro, isso para uma pessoa que cresce sendo gay e não pode se expressar da maneira que é, é muito difícil.

MDC: Isso pode ser notado na evolução das organizações gays dentro da comunidade portuguesa que realmente, a bem dizer, não existem, e as pessoas não estarem à par do que se passa. Achas que não haver essas organizações que educam as pessoas tem sido negativo dentro da comunidade?

CL: Claro, qualquer pessoa que se sente fora da sociedade precisa de um lugar onde possa ir e sentir-se bem, sentir que as pessoas gostam dela, onde se possa expressar, e realmente nós tínhamos o Arco Íris, que foi um grupo que por muitos anos ajudou muito a comunidade gay e LGBT. Infelizmente com o tempo as pessoas afastaram-se, por uma razão ou por outra, então os jovens de hoje, portugueses LGBT, não têm aquele grupo de maiores, pessoas assim como eu, e outras pessoas que faziam parte da organização para poderem conversar, ou se quiserem um conselho, mas também há outros grupos a nível nacional que estão aí para ajudar.

MDC: O teu parceiro é do Equador. E isso e muito comum na comunidade gay, casais

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Créditos: Camões TV

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que são formados por pessoas de diferentes etnias, é difícil serem dois portugueses. Por que achas que isso acontece?

CL: Os tempos. Os tempos evoluíram, as famílias começaram a aceitar mais, e de certa maneira talvez tenham sido forçadas a aceitar, porque sendo português tu vais para uma escola multicultural onde tu conheces uma pessoa que seja latina, ou da Índia ou Oriente Médio. E se te apaixonas por essa pessoa, isso não tem a nada a ver com a cultura portuguesa, tem a ver com os sentimentos da pessoa, então muitas famílias foram forçadas a aceitar isso, e claro que com o tempo, a comunidade também aceitou.

MDC: Quando se juntam duas culturas, por exemplo, um português e um equatoriano, como no vosso caso, como é que vós balançais o que fazeis, e como lidam com as diferentes culturas, para que nenhuma desapareça ou uma sempre prevalece em relação à outra?

CL: Falando do meu caso, para nós é importante a comida. Ele cozinha muito bem, então eu tenho a sorte de comer comida equatoriana quase todos os dias, já eu como não sou tão bom na cozinha, ele tem pouca sorte. Mas vamos a restaurantes portugueses, temos amigos portugueses que cozinham comidas típicas, e ele adora a nossa comida.

Nos primeiros três anos da nossa relação ele não podia viajar e eu ia a Portugal, a S. Miguel, ver a minha família e sempre dizia que esperava muito pelo dia que ele pudesse conhecê-los, conhecer a minha cultura.

E de facto, isso aconteceu há dois anos, ele foi comigo e apaixonou-se. Ele adora S. Miguel, adorava comprar uma pequena casa um dia nas Sete Cidades, apaixonou-se por lá. Adorou a comida, nossas festas, tudo. Eu

já tinha sido exposto à cultura dele porque essa chance. viajei muito ao Equador em trabalho, e foi MDC: Em relação à vossa família,, há aceiassim que nos conhecemos. tação por parte deles, em função de serem MDC: Se tu fosses comparar a cultura dos de países diferentes?

Açores com a do Equador, já que já passaste CL: Claro, a minha família abriu as portas lá algum tempo, o que mais admiraste despara ele, do fundo do coração, adoraramsa cultura e o que achaste mais interessan-no. Teve a curiosidade por ele ser equatote? riano, em relação à culinária, idioma, essas CL: Muitas pessoas pensam que o Equador, questões. Eu tive que aprender o espanhol, assim como outros países da América Lati- na verdade já sabia um pouco, mas torneina, são países de terceiro mundo, porque é -me fluente por causa da relação. O portua informação que lhes chega. Mas a minha guês ele tenta, a gente ri-se muito às vezes experiência cultural foi incrível, sim, tem da maneira como ele pronuncia certas papartes que te levam atrás, como a cultura, lavras, é divertido, e ele está a tentar meas comidas, os indígenas, os edifícios, a lhorar o português dele também. arquitetura...mas são países também que já evoluíram muito, têm cidades incríveis, MDC: O que pensas que faria falta para reamodernas, alta tecnologia, tudo. Então fo- cender o fogo cultural português dentro de quei-me em tudo, não apenas num aspeto um país como o Canadá, afinal nós somos e acho que a maioria das pessoas deveria imigrantes, tentamos manter um pouexplorar um pouco mais. Muita gente, por co da nossa cultura e, ao mesmo tempo, exemplo, vai sempre ao Caribe, mas se ti- abraçando muitas outras culturas que aqui vessem a oportunidade de viajar para ou- vivem. O que achas que faria a diferença, tros países encontrariam uma cultura in- para que não perdessemos tudo completamente, já que esse parece ser o caminho crível. que seguimos?

MDC: Achas que por estares envolvido no CL: Toronto é uma cidade muito multiculdia a dia com uma pessoa do Equador e a tural, temos o Little Italy Festival todos os partilhar hábitos culturais típicos desse anos, Greektown, Chinatown e são lugares país, de alguma maneira diminuiu o teu inmuito conhecidos, e as pessoas de outras teresse pela cultura portuguesa? culturas querem experimentar as comidas, CL: Não, absolutamente nada. Eu se tivesse tradições, música, tudo isso. Os portuguemais oportunidades de me expor mais ain- ses estão a perder isso porque não estão a da à cultura portuguesa, eu faria. Continuo por a mesma vontade de antes, penso que a gostar da minha comida, de viajar a Por- depende dos líderes da comunidade, das tugal, tenho o sonho de fazer uma viagem pessoas que têm a capacidade de fazer esses pôr Portugal inteiro, desde o Porto até ao eventos, festas, se eles se juntassem, deiAlgarve. Conheço muito pouco do país, xassem as políticas de lado, e trouxessem apenas os Açores, São Miguel, duas outras aquelas nossas tradições de volta, a comuilhas, mas Portugal tem uma cultura linda nidade adoraria isso. e eu quero conhecer mais, assim que tiver

LUSO LIFE

issue 008 available now

MDC: Cerca de 60% da 3ª geração casa-se com pessoas de outras etnias, portugueses por exemplo, com gregos, italianos, além de outras. E muitas vezes uma língua vai predominar, muitas vezes é o inglês, e já não se pratica a língua-mãe, e muitas vezes o casal opta por uma língua. E os filhos crescem numa confusão, não sabem que língua falar, e acabam por falar inglês. Serão essas crianças e jovens que teremos que atrair. Achas que já perdemos a batalha?

CL: Não, acho que ainda existem muitas oportunidades. É só uma questão da comunidade se juntar. Daquilo que me lembro bem, nos últimos três anos por exemplo, dizia a meu parceiro, “vamos à Parada de Portugal” e já não sentia o mesmo fervor do passado, acho que trazendo isso de volta vai atrair a nova geração, eles vão querer fazer parte disso.

MDC: Se tu fosses dar uma mensagem para a comunidade como um homem gay que gostava de ver certas coisas acontecerem na comunidade, seja alguma organização de apoio, algo do tipo, o que gostavas que acontecesse no futuro para que houvesse mais inclusão?

CL: Eu acho que as pessoas têm que chegar à conclusão que ninguém escolhe ser diferente. É uma questão genética, já nascemos da maneira que somos. O que é muito triste é deixar uma pessoa sofrer a vida toda porque tu não queres aceitar a maneira como a pessoa é. Então para aqueles muitos pais que não aceitam, que não querem aceitar, pensem o quanto o seu filho ou sua filha está a sofrer por não serem amados da maneira que querem ser amados.

Transcrição: Lizandra Ongaratto

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MILÉNIO | CAPA

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Créditos: DR

Entre a cor e o desejo

um tópico de carácter muito relevante. Assunto que já predomina na nossa e em quase todas as sociedades há vários séculos. O assunto “da mescla de raças”.

Cristina Da Costa Daí o meu título. Entre a cor e o desejo.

Opinião Toda a vida percebi que as raças se misturavam, que não era a cor da pele que ditava o seu bem-estar, o estado da alma, Muito bom dia e excelente sexta-feira nem tão pouco o estado do coração.

Casais de várias etnias que se conhecem para quem nos lê. e decidem partilhar as vidas em comum. spero-os bem e com muita saúde para Subsequentemente tendo filhos e vivendo podermos, em conjunto, continuar a sem preconceitos. Ora penso eu, se são os casais que vão viver juntos e partilhar uma “empurrar” esta fadiga por diante.

Esta semana, com este mês a findar, mais vida por que Diabo é que os demais têm de

E

opinar? De se opor? De julgar? Desde os anos da escravatura que existem relações inter-raciais. Tantos e tantos fazendeiros abusavam e procriavam com as escravas.

Claro que nunca admitindo que os filhos seriam seus na maior parte dos casos. Não obstante, já havia o desejo, a mística da cor, do cheiro da pele, da química que se produz entre um casal que se quer bem, que se deseja, não olhando a mais nada, nem a mais ninguém.

Pergunto eu novamente...

Com o decorrer dos séculos, dos tempos, das eras e com tanta inovação e modernismo à mistura, porquê retroceder?

Questão de ética? Quem a tem? Quem a utiliza?

Questão de diferença de culturas, diferentes religiões? Enfim. São escolhas e situações que quando o desejo e a cor se unem, ficam de certeza em segundo plano.

Não vamos julgar. Cada um de nós enquanto cidadão livre e a viver em regime de democracia, tem por direito fazer e optar pelas escolhas que mais julgar acertadas.

Se as famílias ou as sociedades não concordarem, pois bem, temos pena. E o que é e vale o que vale.

Mais não digo.

Cuidem-se e até já.

LUSO LEADERS FORGING AN INCLUSIVE WORLD #choosetochallenge

March 9 at 4pm (EST), live on CamõesTV & Facebook

Joana Vicente Executive Director & Co-Head, TIFF

Josie Scioli

Deputy City Manager City of Toronto

Desiree Lopes

Director of Programs, Future Skills Centre, Ryerson University

presented by

Moderated by:

Angie Câmara

MEDIA GROUP INC

mileniostadium.com Editorial

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

MILÉNIO | CAPA

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English version

So, where are you from?

Toronto and Ontario is where most Portuguese call home in Canada and it’s therefore where the focus will be for the transitioning of cultural transformation as we know it. Areas outside of Ontario are much further along in the conversion from a specific culture to embracing other customs thus entrenching themselves into Canadian society. The focus of Portuguese in Ontario is as an example he world is turning at a rapid pace of the current and future infusion of cirin spite of a global pandemic which cumstances which will create a confused has no end in sight. Extra-terrestrial expansion continues with the landing of NASA’s Perseverance Rover on Mars racing to beat other countries trying to do the same. If NASA can achieve a feat of this magnitude, why on earth can’t we get a vaccination program to proceed without the bumps which are contributing to death and despair amongst so many. Hello Mr. Trudeau?

The spider-web which culture is today is a topic being explored and discussed in this week’s Milenio Stadium. As populations move due to immigration, persecution or looking for a better quality of life, the world‘s cultural identity is being challenged in many ways. Of course segregationist societies continue to provide barriers to freedom of speech and expressionism of many thus the dilution of cultural elements in many parts of the world.

Other factors such as religion, bigotry and racism are still practiced in other countries contributing to divisionary human rights situations. The division between rich and poor remains a thorn preventing equality of the have’s and have not’s thus ensuring the cocooning of cultural identity of the poorest.

In a city such as Toronto, the above question is constantly asked when you meet a person for the first time. And why this question? Firstly people are nosy but secondly curiosity about people’s backgrounds feeds a combination of racist views, cultural curiosity or creates an opinion based on your personal importance and the country of your origin.

T

Também estamos disponíveis na

myriad of circumstances of what we now might call “the Portuguese Experience’.

Who fully practices Portuguese culture in a world of multiple ethnicities and traditions? Immigrants who wish to integrate in other ethnicities within other societies will be continually challenged to assimilate in the country they live in and becoming part-time Luso Canadians. Toronto is the mixed-marriage capital of Canada. Every ethnicity , with of course some exceptions, are choosing partners from other races and

backgrounds resulting in children often born into confused homes where three or more languages are spoken . 45 per cent of second generation immigrants who are married and /or living common-law are doing so with someone of a different race or ethnicity. By the third generation it raises to an incredible 68 per cent. Considering these two statistics alone we can assume that unless you are Muslim, who happen to have the lowest rates of interracial marriages because of religious beliefs, cultural identity will disappear regardless of attempts by the purveyors of traditions that trumpet the protection and promotion of cultural identity while not admitting that it’s becoming a loosing battle. Interethnic marriages can be a positive experience and enhance people’s lives by introducing a level of diversity not found otherwise. The preservation of culture can be achieved only by embracing the on-coming changes which will challenge our standard thought process. This will allow us to embrace change for the benefit of generations to come. Portuguese culture will not be about food, wine and folklore. It will be about much more which will include a very personal thought process about our history and what differentiates us from others. We cannot allow insensitivity or ignorance to be the teachers of our culture in the future.

Honesty about who we are and meaningful messaging will bring our children and grandchildren to the table to consume the best of the offerings of the beautiful country we call Portugal. We do not need cultural assimilation but we do need to accept and respect alliances between peoples who respect the vision of others regardless of sexual preferences, colour and cultural practices. The future will teach us lessons we never thought were required learning.

Wait and see.

Be well.

Manuel DaCosta/MS

, para todo o Canadá,aos domingos, entre as 10 e o meio-dia Esta semana

Patinamos no Dovercourt Hoses Natural Ice Rink que nasceu graças ao esforço e dedicação dos habitantes do bairro Aplaudimos a extraordinária capacidade vocal de Fernando Pereira, um dos maiores artistas portugueses Reencontramos a natureza e o interior de Portugal com o documentário Wildlings de Tiago Cerveira Analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable E voltamos a viver a vida bem portuguesa de Bem-Vindos a Beirais

segunda a sexta das 05h00 às 09h00

domingo das 08h00 às 09h30

domingo das 09h30 às 10h30

sexta das 18h00 às 19h00

domingo das 11h00 às 12h00

domingo quinta das das19h00 09h30àsàs21h00 10h30

domingo das 12h00 às 13h00

domingo das 17h00 às 19h00

segunda a quarta e sexta das 17h00 às 21h00

segunda segunda aa sexta sexta das 21h00 à 01h00 das 21h00 às 5h00

sábado das 19h00 às 20h00

sábado das 20h00 às 21h00

segunda a sexta das 09h00 às 13h00

terça das 17h00 às 18h00

segunda a sexta das 13h00 às 17h00

sábado e domingo das 13h00 às 17h00

A MELHOR MÚSICA, OS MELHORES CONTEÚDOS E A MELHOR COMPANHIA

Destaques do dia, notícias de Portugal, dos países da lusofonia e ainda economia, negócios, finanças e curiosidades interessantes.

Desde as últimas notícias aos destaques do entretenimento, passando pela ciência, tecnologia, cinema e estilo de vida.

Com Nuno Miller Seg-Sex 7h

Seg-Sex 11h

Um programa voltado para aqueles que curtem a boa música, com os clássicos dos anos 80, 90 e 2000, e os hits do momento.

Muita animação, juntando a melhor música para o seu regresso a casa e uma variedade de informações que não pode perder.

Nesta edição trazemos o projeto “Wildlings” que entre outras ações incluiu a realização de um documentário, que recebeu o Prémio Juventude Panorama Regional - Tiago Cerveira é o responsável pela direção de fotografia e montagem deste trabalho. Fomos ainda visitar o Banco Alimentar Contra a Fome de Aveiro e conversar com o seu presidente, Lúcio Carlos, sobre a situação neste tempo de pandemia.

Seg-Sex 14h

Seg-Sex 18h

Sáb 14h30

No Timeline desta semana, a Adriana Marques e a Catarina Balça falam-nos do fim dos Daft Punk, mostram-nos David Beckham e a sua faceta de cantor e ainda nos baralham com uma fotografia que se tornou viral pela ilusão de ótica que cria.

Manuel DaCosta conversa esta semana com Craig Bromell, antigo presidente da Toronto Police Association. A segurança na sociedade atual e os desafios que se levantam diariamente a quem tem a missão de nos defender dominaram a conversa que poderá acompanhar em mais um Here’s the thing.

No Body&Soul desta semana vamos desmistificar a ideia de que dormir com plantas no quarto faz mal. Fique a conhecer seis plantas que são ótimas para ter no seu quarto para limpar o ar, produzir mais oxigénio e proporcionar um sono mais tranquilo.

Sáb 18h

Sáb 21h

Dom 16h

Álvaro Covões, fundador e diretor-geral da Everything is New, uma das maiores promotoras de eventos em Portugal. Um dos primeiros espetáculos que organizou contou com a Rainha do Fado, Amália Rodrigues.

Fique por dentro do maravilhoso mundo do espetáculo através desta conversa entre o Paulo Perdiz e o Álvaro Covões.

O Espaço Mwangolé continua com as celebrações do Black History Month e esta semana Francisco Pegado vai conversar com o atleta e explorador Mario Rigby.

Espaço Mwangolé o seu ponto de encontro mesmo distante da sua terra natal.

Our host Stella Jurgen brings the Bata Shoe Museum to you with an interview with the Creative Director and Senior Curator Elizabeth Semmelhack. Lakeview Village Murals by Peru Dyer Jalea and Rowell Soller. A new video release by the Shuffle Demons.

Dom 17h

Dom 18h30

Dom 21h

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MILÉNIO | OPINIÃO

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

OPINIÃO

Fim do cristianismo na Europa?

1 Anselmo Borges Opinião

Quem nasceu num contexto de cristianismo tradicional talvez nunca se tenha dado verdadeiramente conta do que o cristianismo significou na História.

1

Na sua base, está Jesus de Nazaré, que nasceu uns 4 ou 6 anos antes da nossa era — isto deve-se a um engano do monge Dionísio, o Exíguo, encarregado de estabelecer no século VI o novo calendário. Filho de Maria e de José, teve uma juventude despercebida, trabalhou duramente em vários lugares como artesão.

Foi discípulo de João Baptista, por quem foi baptizado, mas fez uma experiência avassaladora de Deus como Abbá (querido Papá), que o chamava a anunciar e a testemunhar o seu Reino, o Reino de Deus, Reino da verdade, da justiça, do amor, da alegria para todos. Uma notícia boa e feliz.

A vida pública foi curta.

Em Jesus, o Reino de Deus estava actuante. Preocupou-se com a saúde das pessoas, com que não passassem fome. Curou doentes, física e psiquicamente doentes.

Comia com prostitutas e pecadores públicos. A causa de Deus é a causa dos seres humanos e, por isso, proclamava com os profetas estas palavras postas na boca de

Deus: “Ide aprender: eu não quero sacrifícios, mas justiça e misericórdia”. Ousava declarar: “O Sábado é para o Homem e não o Homem para o Sábado”: a saúde, a justiça, a misericórdia estão acima do culto.

Por isso, entrou em conflito com o Templo, os sacerdotes, os escribas, os doutores da Lei... Assim, Jerusalém e Roma uniram-se, numa coligação de interesses religiosos e imperiais, para o crucificar. Ele podia ter negociado, mas não: foi até ao fim, para dar testemunho da Verdade e do Amor.

Os horrores da crucifixão não têm descrição. Os romanos consideravam-na tão humilhante que só a aplicavam aos escravos e estrangeiros. “Meu Deus, meu Deus, porque é que me abandonaste?”, rezou Jesus, sempre confiante: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

Aparentemente, foi o fim. O enigma da história do cristianismo é como é que os discípulos, que tinham voltado, desiludidos, às suas vidas, pouco tempo depois estavam outra vez reunidos e foram anunciar que aquele Jesus crucificado é o Cristo, o Messias salvador. O que é que se passou naquele intervalo?

Como escreveu J. Duquesne, a História não pode dizer se Jesus está vivo ou se morreu para sempre, “o que pode dizer é que se passou alguma coisa naqueles dias, um acontecimento que, abalando aqueles homens e mulheres, abalou o mundo.” A ressurreição, mistério central do cristianismo, não é um facto verificável historicamente, ela é um “obscuríssimo mistério”, como diz o filósofo e teólogo Andrés Torres Queiruga. Na sua obra célebre A verdadei-

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960 St. Clair Avenue West, Toronto, Ontario (647) 748-0960 PioneersGallery.ca

ra história de Jesus, E. P. Sanders, da Universidade de Oxford, conclui que é muito o que sabemos do Jesus histórico. “Nada é mais misterioso do que a história da sua ressurreição”, mas “sabemos que, depois da sua morte, os seus seguidores fizeram a experiência de algo que descreveram como a ‘ressurreição’: a ‘aparição’ de uma pessoa, que tinha realmente morrido, agora viva, mas transformada. Eles acreditaram nisso, viveram-no e morreram por isso.”

Neste processo, criaram um movimento que cresceu e se estendeu pelo mundo.

“Sabemos quem Jesus era, o que fez, o que ensinou e porque morreu; e, talvez o mais importante, sabemos como inspirou os seus seguidores, que, por vezes, não o entenderam, mas que lhe foram tão fiéis que mudaram a História.”

Essa experiência pessoal do Jesus vivo foi igualmente tão avassaladora para São Paulo que ele, de perseguidor dos cristãos, se tornou apóstolo, fez milhares e milhares de quilómetros, incansavelmente, a pé, a cavalo, de barco, para levar a Boa Nova de Jesus, o Crucificado-Vivente, desde a costa sul da actual Turquia, a bacia do mar Egeu (Filipos, Tessalónica, Atenas, Corinto), até Roma e projectando ir à Hespanha...

Mas São Paulo, na história do cristianismo, não é só fundamental pela universalidade que lhe deu. O seu papel decisivo consiste também na reflexão crítica sobre a identidade da fé cristã e as consequências sócio-políticas da sua verdade: Deus, ressuscitando Jesus, revela que está com Ele, com a sua mensagem do Evangelho, que é ele que tem razão. O teólogo François Vou-

ga viu bem, quando escreveu que a ressurreição de Jesus, o crucificado, “implica uma revolução do olhar sobre a pessoa humana”. “Se realmente Deus se revelou como o Pai de um crucificado que perdeu tudo quanto um ser humano pode perder para lá da adopção de Filho, é claro que as linhas de separação religiosas, culturais e sociais pertencem agora a um mundo ultrapassado. A universalidade deve ser pensada como o reconhecimento individual de cada sujeito humano, sejam quais forem a sua nacionalidade, as suas pertenças, o seu sexo: “Já não há nem judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher” (Carta aos Gálatas 3, 28). Por isso, “ninguém, nem em Israel, nem na Grécia, nem em Roma, poderia, por exemplo, imaginar que mulheres ensinem, presidam à Ceia do Senhor ou sejam enviadas de uma cidade a outra como apóstolas”.

Foi pelo cristianismo que veio ao mundo a ideia de pessoa e da sua dignidade inviolável.

Lentamente, o cristianismo estendeu-se por toda a Europa, e a Europa foi cristã até aos séculos XVII-XVIII. O que se passou para que, num trabalho recente, o jesuíta Victor Codina, possa escrever: “Assistimos agora na Europa a um verdadeiro colapso da fé cristã..., o cristianismo é culturalmente irrelevante e foi exculturado. É um inverno eclesial europeu.”

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Anselmo Borges é Padre e professor de Filosofia

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

MILÉNIO | OPINIÃO

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“Cancel Culture”

Vincent Black

Opinion

Is cancel culture effective???

O

ver the past year whether on social media or in conversation with folks, the buzz word “cancel culture” keeps popping up in conversation and seems to have taken over the ongoing narrative in many discussions. I have found that many use this expression very loosely and really don’t have an idea of what this really means.

What does “cancel culture” mean?

Cancel culture is a phenomenon of promoting the cancelling of people, brands and even shows and movies due to what some consider to be offensive or problematic remarks or ideologies.

Now this cancel cultures in one form, or another has been around forever in many instances, and cancelling something was second nature. Today this cancellation culture has taken a very dangerous turn and the way it is being used can create very serious issues to come.

Let me explain….

The seriousness of cancel culture today has originated mainly in the United States with the dethroning of President Trump.

Because Trump and his MAGA movement or let’s… make America great again has divided the country with divided factions.

With over 73 million people voting for Trump and the republican party this represents almost 50% of the voting public.

Due to this divide between the left-wing democrats and the Trump movement, it

has created an utter hatred for each other and the two parties, namely the Trump supporters.

This newly AOC movement in the United States and their influence on the new President and his supporters, has forced the Biden administration to adopt many of their recommendations.

In other words, if you were behind any Trump policies or associated with anything Trump…this has created the Trump derangement syndrome and all things Trump have been or will be cancelled. This movement has put a new twist to the cancel culture and has brought it to the forefront of todays discussions.

This new political movement has taken on a very personal attack mode against the republicans and anything Trump. The cancellation of programs and the cancellation of policy has been done without consultation or any thought put into it. On a personal note, l would say that l would be more of a democrat thinker with conservative economic onions but cancelling all things republican or Trump at the stroke of a pen because of spite…is not a good message to send out moving forward. You don’t have to agree with either parties’ platforms but making change just for the sake of change because you hate the former president is totally wrong and there will be blood shed due to these separations. Yes, you heard correctly…the divide is so deep and real, that because of this cancel culture, you will see a civil war type divide among folks.

There will be a resistance coming forward by many against this cancel culture mentality and just because someone may not agree with your opinion, doesn’t give you the right to cancel that thought or platform someone is putting forward. This new cancel culture will create so much animosity if there is no equal time given to both

sides. We still live in a free society along with free speech and freedom to speak your mind especially on political issues.

Power has given the new democrats a newfound life and they want to control free speech and freedom to express one’s self, cancelling anything that the democrats don’t agree with is very dangerous.

There is no single accepted definition of cancel culture, but at its worst, it is about unaccountable groups successfully applying pressure to punish someone for perceived wrong opinions. The victim ends up losing their job or is significantly harmed in some way well beyond the discomfort of merely being disagreed with.

Today, everything and everyone can be cancelled if the internet collectively decides that it needs to be so. Once a movement starts and you are on the wrong side, this collectively move mainly through social media and the internet can and will destroy you or your company. Sounds like free speech and freedom to express really does not exist, and in many ways it never did.

Social media and the internet can be a great asset but can also be used to destroy you. Over the past few years, cancel culture has entered the mainstream lexicon, thanks to social media. Today the term has become central to public debate across politics, culture and media. In short, cancel culture refers to the practice of withdrawing support for a person or company – often on social media – based on their views or actions.

The current pandemic has only served to increase the cultural impact of the internet on society. Ever since the physical world went into lockdown, people have been spending a record amount of time online.

At the same time, social isolation has further facilitated online interaction. Thus, sparking a renewed wave of social activ-

ism amplified by many groups. Cancel culture has proven to be an effective method to identify the actions taken by individuals and corporations to rectify mistakes. Recently, in light of social justice movements such as Black Lives Matter Movement and MeToo, during an election year, cancel culture has been used to take down racist statues, rename buildings named after icons, call out celebrities and prominent figures in society and address racist, sexist, or homophobic views or ideologies.

Seems like cancel culture has affected every aspect of our existing culture and has tourn and ripped apart a great deal of our past. This movement seems to have an answer for everything that gets in its way…. if you are not on the right side, you may be either cancelled or eliminated.

Twitter’s cancel culture is the most talked about in recent days with many famous people being banned from the twitter handle including former President Trump who had millions of followers. Talk about selective decisions on who gets to vent on twitter and who gets banned for life or eliminated from the twitter platform. A small select group of elitists get to decide what you can read, speak or observe opinions that need to be heard whether you agree with or not. Twitter’s cancellation of accounts has fueled the cancel culture discussion to where lines have been drawn in the sand.

This comes down to freedom of speech and a select group that control todays social media highways have figured out how to control all aspects of our lives.

Looks like cancel culture is alive and well.

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MILÉNIO | OPINIÃO

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

mileniostadium.com

Esta pandemia vai-nos deixar excelentes recordações Muito do que se faz no dia a dia, tantas vezes apetece dar a conhecer como opinião.

A

contece a todos e muitas vezes torna-se numa surpresa quando assim acontece.

Esta pandemia vai-nos deixar excelentes recordações.

Sim, recentemente decidi por iniciativa própria e mesmo sem sintomas nenhuns ir fazer o teste ao dito vírus tão falado. Achei que como nunca tinha feito e mesmo sem ter nenhum sintoma que deveria fazer, como muitos o têm feito, ou a maioria o faz.

Registei-me online e bem cedo lá estava na porta à espera. Posso dizer que encontrei profissionais excelentes, muito educados e com um cuidado acima do esperado, muito atenciosos e preocupados com qualquer pessoa que entrava, rápidos no despachar do serviço. Fiquei muito admirado, com a presença de muita criança, uma das grandes surpresas para mim. Não esperava ver tanta criança fazer o teste, mas o que mais me surpreendeu foi depois de eu ter respondido a tudo que me perguntavam me dizerem “o Sr. não precisa de fazer o teste”.

Eu muito rápido disse: “Mas eu quero fazer e se tiver de pagar para isso assim o farei, se falta fizer”. Continuavam a tentar con-

um pingo no nariz como acontece no inverno, não há que ficar assustado. Fiquei a saber que se alguém estiver em contacto com uma pessoa que tenha testado positivo, durante um período de tempo superior a 15 minutos, aí deve-se fazer o teste logo de seguida. Há uma grande percentagem que pode vir a testar positivo. No caso de ser uma passagem rápida pode-se esperar um tempo a ver se os sintomas aparecem.

Nada de entrar em pânico dependendo da situação de cada um, neste caso a saúde de cada pessoa, também fiquei a saber que o pior de tudo é grupos, muita gente junta e basta haver um positivo para contaminar todos em pouco tempo. A distância é o mais importante e sempre com máscara. Se assim o fizermos em pouco tempo tudo fica normal.

Tanto se fala e se diz, mas parece que muitas não são acertadas, os próprios entendidos o dizem.

No meio de tudo andamos a ouvir tanta versão que Créditos: DR

Augusto Bandeira

Opinião

vencer-me que não precisava de fazer e explicavam o porquê, mas eu como escorpião que sou disse “eu quero fazer”. Assim lá veio uma doutora falar com uma educação e uma paciência, daquelas difíceis de encontrar, e com outras palavras lá explicou e quase me convenceu a não fazer, mas lá se conformou e aprovou a minha vontade de fazer o dito teste. Das coisas mais simples que já vi. Eu sinceramente ficava assustado sempre que ouvia falar no teste, e quando dou por mim já estava pronto. Passadas 24 horas, resultado negativo.

Depois perguntava a mim próprio porque é que tomei uma decisão deste tipo. Não tinha resposta porque é daquelas coisas que nem nós conseguimos saber ao certo a razão de tal e ficamos a pensar “será que tirei o lugar a alguém?”. Foi isso mesmo que pensei, mas também fiquei com a consciência tranquila porque já andava há muito a pensar em fazer o dito teste. Fiquei a saber que um simples espirro não deve assustar, até

Ajudamo-lo com os seus impostos, para que possa fazer outras coisas.

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chegamos a um ponto sem saber o que fazer e foi uma das razões que me levou a fazer o teste - depois de tanto ouvir diferentes versões achei por bem ir fazer e recomendo a quem não se sente confortável faça e façam perguntas, só assim é que se aprende.

Meus caros leitores isto deu-me para chegar a uma conclusão, algo que eu já vinha dizendo há muito tempo - afinal os políticos falam, falam, mas poucas dizem acertadas. Então se o pior contágio vem de grandes grupos deixam que certas lojas continuem abertas onde mal se pode andar lá dentro com tanta gente, (não vou fazer publicidade), deixam as companhias de aviação andar cheias durante horas com as pessoas a respirar o ar uns dos outros, deixam andar os transportes públicos a abarrotar de gente…? Desculpem, mas alguma coisa está mal. E aquelas lojas que se consegue controlar o público com números reduzidos mediante o seu espaço - tipo, sapatarias, lojas de roupa, cabeleireiros, restaurantes etc. -, esses não podem porquê?

Muito fácil de perceber, são pequenos.

Quase fiquei convencido que os verdadeiros entendidos na matéria estão proibidos de falar. Esta é a minha opinião porque de saúde não percebo, se percebesse seria médico, mas não estudei medicina.

Façam bem a vocês próprios e façam sempre muitas perguntas. Ao fazer bem o bem receberá. Com o teste feito posso dizer que aprendi pouco, mas algo importante que ninguém me tinha dado tão boa explicação.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

MILÉNIO | OPINIÃO

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A Covid VS

Créditos: DR

violência doméstica!

Luis Barreira Opinião

Os portugueses, salvaguardando algumas infelizes exceções que não colocam em causa a regra, parecem ter (desta vez…) aceitado o compromisso exigido pelo Estado de Emergência em que nos encontramos, respeitando as normas mais rígidas deste novo confinamento. E os efeitos não se fizeram esperar: menos óbitos; menos infeções; menos internamentos e mais pessoas salvas desta pandemia.

O

s apelos, as multas agravadas, o policiamento mais robusto e as interdições, além do medo provocado pela memória das mais de 3600 mortes por Covid, entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro deste ano, permitiram um claro e progressivo desanuviamento no cenário pandémico em que nos encontrávamos, exibindo agora valores semelhantes àqueles em que nos situámos, antes do “relaxamento” do Natal e Fim de Ano de 2020.

No entanto, ainda é cedo para lançar foguetes, no que diz respeito ao abrandamento do confinamento, sob pena de vermos a situação retroceder, nomeadamente enquanto não tivermos uma boa parte da população vacinada e mais claros conhecimentos sobre o efeito das atuais vacinas

perante as variantes do coronavírus que têm invadido o país.

Se o confinamento da população em geral, aumentado pelo teletrabalho e o fecho das escolas, tem permitido reduzir os efeitos da pandemia, não é claro que não produza efeitos colaterais nocivos à nossa sociedade, sobretudo às nossas famílias.

Não me refiro explicitamente aos confrangimentos psicológicos que afetam certos extratos da nossa população, nomeadamente os mais jovens e todos os ansiosos pela “liberdade total”! Estamos de facto numa “guerra” contra um inimigo invisível e mortífero, mas se fosse de facto uma guerra convencional, como aquelas que atingiram as nossas anteriores gerações, como nos sentiríamos envergonhados ao comparar os sacrifícios que agora nos são pedidos, com aqueles que eles sofreram!? E nós estamos cá porque eles sobreviveram!

Ao referir-me aos efeitos perniciosos sobre as nossas famílias, em consequência do confinamento a que estamos sujeitos, sem esquecer as consequências na pobreza em extratos da população desempregada, refiro-me mais especificamente a outra “pandemia” que, teimosamente, persiste na nossa sociedade: a violência doméstica!

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha alertado para um aumento exponencial (60%) da violência doméstica no mundo, durante o confinamento imposto pela pandemia da Covid-19.

Em Portugal, entre 22 de março e 3 de maio do ano passado, em pleno período de isolamento, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) reportou que foram denunciados 683 casos de violência

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doméstica, sendo que 83% foram vítimas do sexo feminino e 17% de homens. Numa análise mais detalhada conclui que as agressões ocorreram em contexto de intimidade, com 12,6% sobre crianças e 14,9% sobre idosos. O estudo revela igualmente a enorme prevalência dos homens como agressores o que, considerando os inúmeros exemplos publicamente conhecidos através dos média, reforça a convicção de que a nossa sociedade continua a ser extremamente homofóbica. De notar, no entanto, que em 2020 se verificou um pequeno decréscimo dos casos conhecidos de violência doméstica, em relação a anos anteriores, mas a intervenção de novos fatores, como o confinamento dos agregados familiares, com a vigilância mais apertada das mulheres face à presença dos companheiros, a sua dificuldade no aconselhamento fora do lar, assim como as contrariedades em encontrar vagas nas residências protegidas pelo Estado e o medo da dependência económica no difícil período de ausência de empregos que atravessamos, podem inverter a perceção dessa pequena tendência de decréscimo nos casos de violência doméstica.

Poderíamos pensar que estes indesejáveis indicadores terão tendência a desaparecer com a renovação de gerações, partindo do pressuposto que as gerações mais novas, com maior desenvolvimento cultural e diferentes formas de livre relacionamento, se afastam dos negativos comportamentos sociais tradicionais da nossa sociedade. Mas tal não é verdade!

O Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro 2020, realizado desde 2017 e par-

ticipado por jovens do 7° ano ao 12° ano de escolaridade, revelou que 58% de jovens que namoram ou já namoraram reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência física, verbal, psicológica, relacional ou sexual por parte de atual ou ex-companheiro/a e não menos grave… 67% de jovens consideram como natural algum dos comportamentos de violência. Como explicar esta desconformidade comportamental?

Há quem atribua estas situações à repetição de exemplos parentais vividos pelos jovens, à ausência educativa dos progenitores e à falta de um ensino escolar vocacionado para combater estes dramas sociais. Porventura, todas estas razões são, em diferentes dimensões, responsáveis por esta “epidemia” social que nos envergonha, fere e mata! É bem verdade que a nossa sociedade está hoje muito mais aberta a discutir este tipo de problemas (que antes se subjugava ao dogma “Entre marido e mulher ninguém deve meter a colher”) e as denúncias de vizinhos, familiares e amigos têm ajudado à deteção de muitos casos. Também não é menos verdade que o Estado português tem tomado bastantes medidas coercivas contra os agressores e reforçado as ações de vigilância e atuação policial. No entanto, o problema persiste!

Para que não se torne um problema endémico às nossas sociedades é preciso que cada um de nós aja em conformidade, não aceitando calar-se perante esta primitiva forma de estar no mundo!

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MILÉNIO | OPINIÃO

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Os demónios estão à solta Paulo Pisco Opinião

Por aqui se vê como a direita portuguesa anda em plena agitação para defender o seu espaço vital, usando para isso a defesa da honra do mais condecorado militar da guerra colonial, figura mítica do Estado Novo e do Império. Os demónios estão à solta. A democracia que se cuide.

A

ao tenente-coronel. Porém, quem mais instrumentalizou o seu falecimento foi a extrema-direita, que o Chega e a sua retórica venenosa ajudou a sair do armário, adensando o ambiente tóxico que se vive com a legitimação e respaldo às piores atitudes que têm vindo a ser indecorosamente normalizados na sociedade portuguesa, como o racismo, a xenofobia, a intolerância e a radicalização de posições, seja em que matérias for, com muita manipulação e desinformação à mistura.

Há um paralelo interessante com esta situação que vem dos Estados Unidos da normalização pelo reconhecimento. Muito recentemente morreu também um dos maiores provocadores da ultra-direita, chamado Rush Limbaugh. Provocador por natureza, estava entre os prediletos de Donald Trump, ao ponto do ex-Presidente lhe ter entregue a medalha da Liberdade, a mais alta distinção existente nos Estados Unidos. E Limbaugh não se distinguiu pelo seu humanismo ou solidariedade, pela tolerância ou filantropia. Distinguiu-se por ser um racista inflamado e declarado inimigo do islamismo, pelos ataques aos valores democráticos e às instituições, pela sua misoginia e aversão ao feminismo, pelo negacionismo climático e dos efeitos da pandemia de covid-19.

E em Portugal também a banalização de atitudes extremistas tem, infelizmente, feito o seu caminho. À boleia das reações à morte de Marcelino da Mata surgiu uma petição de uma intolerância chocante a pedir a expulsão do cidadão português Mamadou Ba. A expressão “vai para a tua terra” volta assim à cena, depois de André Ventura já ter feito o mesmo em relação a Joacine Katar Moreira, numa repetição vergonhosa que desvirtua o humanismo português forjado ao longo de séculos de convivência com povos em todos os continentes.

Este episódio surgiu depois de Mamadou Ba ter considerado Marcelino da Mata um sanguinário que não merecia qualquer consideração, o que o líder do CDS levou a mal.

Rodrigues dos Santos reagiu infantilmente pedindo a sua demissão imediata do grupo de trabalho contra o racismo a que pertence, por ter insultado o valeroso e mais medalhado combatente da guerra colonial.

E, como não podia deixar de ser, também o Chega se indignou, anunciando que ia fazer queixa na Procuradoria por “ofensa grave à memória de pessoa falecida”.

E por aqui se vê como a direita portuguesa anda em plena agitação para defender o seu espaço vital, usando para isso a defesa da honra do mais condecorado militar da guerra colonial, figura mítica do Estado Novo e do Império.

Os demónios estão à solta. A democracia que se cuide.

Crédito: Alfredo Cunha/PB

s cerimónias evocativas que culminaram com um voto de pesar na Assembleia da República realizadas em memória do tenente-coronel Marcelino da Mata, considerado pela ditadura um herói da guerra colonial, geraram uma agitação que revelou, mais uma vez, os buracos negros que a guerra colonial deixou, mas também um retrato da sociedade portuguesa e do atual panorama político. Os votos apresentados no Parlamento por dois partidos de direita e um de extrema-direita (PSD, CDS e Chega) não podem deixar de ser ideológicos, sendo que jamais os partidos de esquerda poderiam fazer algo semelhante, pela óbvia conotação que a história de vida do tenente-coronel tem com a ditadura. Pode alegar-se o que quer que seja sobre o percurso de Marcelino da Mata, sobre a sua vida e as suas dificuldades, sobre a sua bravura ou, através dele, a homenagem que se faz a todos os combatentes e pode até depurar-se o voto para o tornar mais neutro, como fez a Comissão de Defesa da Assembleia da República, fundindo aqueles três votos num único. O problema é que a neutralidade neste caso é impossível. O nome só existe, porque o personagem tem uma história indissociavelmente ligada ao Estado Novo e à Guerra Colonial. A sua vida é totalmente inseparável das mais de duas mil missões de combate que lhe valeram inúmeros louvores e do mito que se criou à sua volta. Falar de Marcelino da Mata é evocar a guerra colonial, tal como Salazar é indissociável da ditadura e Mário Soares da consolidação da democracia. Outra coisa diferente é respeitar a condição dos combatentes, vítimas de um tempo e de um regime que não lhes dava outra alternativa, que nunca tiveram o devido reconhecimento pelo que passaram durante e após a guerra. Mesmo o tão ansiado estatuto do antigo combatente só em 2020 foi aprovado, por impulso de um governo socialista, depois de ter andado a patinar durante décadas. A verdade é que a sociedade portuguesa nunca soube lidar com os fantasmas da guerra colonial e uma certa polarização na discussão que agora se verifica é disso O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico certamente uma consequência.

Os votos que as direitas apresentaram Paulo Pisco não podiam ser senão equívocos na sua Deputado do PS mensagem, sendo inevitável que ressaltasse algum saudosismo por detrás do elogio

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MILÉNIO | OPINIÃO

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Habitat Créditos: DR

Lar é onde está o coração.

- Plínio, o Velho

Aida Batista Opinião

No passado domingo, fazia a minha habitual caminhada quando o telemóvel tocou. Era uma amiga a dizer-me que, às duas da manhã, me tinha visto na televisão. Percebi logo que se tratava de um programa, em que participei há anos, que abordava questões ligadas à e/imigração. Informei-a que havia sido feito há bastante tempo, embora não me recordasse da data, e que a RTP1 o exibia de vez em quando. Movida pela curiosidade, fiz a busca e fui revê-lo. Faz este ano 10 anos, sem que o tema tenha perdido atualidade.

H

á uma década, recebi uma chamada para ser entrevistada no Porto.

Quando lá cheguei, pensei que a

morada estava errada, já que me deparei com um prédio em construção: paredes de tijolo e cimento à mostra, pilares de betão, e a escada, que tivemos de subir, sem qualquer proteção lateral. O local, onde estava instalado todo o equipamento para a gravação, tinha uma parede decorada com molduras de vários formatos e estilos. Achei interessante e perguntei porquê? A jovem que me iria entrevistar explicou-me que, depois de ler um texto meu, se tinha deparado com a importância que havia dado às molduras. Ou seja, o local das entrevistas seria o mesmo para todos os entrevistados, mas o cenário mudaria em função daquilo que havia sido captado da alma de cada um.

Nunca mais havia pensado na questão das molduras, mas, desta vez, senti vontade de ir à procura delas no texto do meu “Passaporte Inconformado”. Encontrei-a na crónica que dediquei a uma exposição de fotografias emToronto, na sessão inaugural das cerimónias que celebravam os 50 anos da chegada oficial dos portugueses ao Canadá. Levei uma turma de estudantes alguns descendentes dos pioneiros - que

identificavam lugares, pais, avós, familiares e conhecidos. Nessa altura, percebi que aqueles rostos tinham ganhado vida e estavam ser transportados para um tempo e um lugar que, apesar da distância, moravam na memória dos que neles se reconheciam.

Escrevi, então: “A moldura não é apenas um remate decorativo da reprodução de um momento daquerriotipado a preto e branco. Ela fixa um pedaço de História, estabelece-lhe uma fronteira que avança e recua conforme o tamanho do sonho vivido; dá voz aos silêncios verbalizados em gestos de ternura; demarca as fronteiras da saudade de um tempo em que partida rimava com despedida e deixava uma ferida por sarar. A moldura segura a água do mar do verbo que, ousado, quis ir mais longe e conhecê-lo por dentro, passando a conjugar-se emigramar.”

Também não voltara a pensar na simbologia do cenário escolhido e, sem nunca ter voltado a falar com a realizadora, penso que hoje entendo melhor a intencionalidade de ter sido escolhido um prédio inacabado, tanto mais que o documentário começa

com uma citação de Plínio, o Velho – “Lar é onde está o coração”. Se uma casa é feita de paredes em construção, o lar é o espaço onde, à semelhança de Penélope, se tecem os laços afetivos de quem o habita, trama diariamente urdida com fios de diferentes texturas, consoante os borbotos que escapam à dobadoura da roca da vida. Contrariamente ao erguer das paredes, escoradas numa planta onde não faltam os cálculos de engenharia que lhe ditam a segurança, o lar resulta do trabalho de equilibristas, que, movendo-se num trapézio suspenso, sabem dar as mãos para evitar as quedas desamparadas.

O título “Habitat” foi também bem escolhido, se atendermos à etimologia da palavra - 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo “habitare” -, que nos remete para as condições relacionadas com o viver num determinado espaço, cabendo a cada um de nós fazer dele casa ou lar, segundo o material que usarmos nos acabamentos da sua construção.

Monumentos aos Combatentes da Guerra do Ultramar nas Comunidades Portuguesas

Daniel Bastos Opinião

No decurso do mês de fevereiro assinalam-se os 60 anos do início da Guerra do Ultramar (1961-1974), um período de confrontos bélicos entre as Forças Armadas Portuguesas e os Movimentos de Libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, que constitui um dos acontecimentos mais marcantes da história nacional e africana de expressão portuguesa do séc. XX.

U

m conflito bélico dramático, trágico e traumatizante para mais de um milhão de portugueses, que prestaram serviço militar nas três frentes de combate, onde tombaram cerca de 8.300 soldados, assim como para as populações angolanas, guineenses e moçambicanas, cujo número total de vítimas, entre guerrilheiros e civis, terá sido superior a 100 mil mortos.

A densidade vivencial e o impacto da também conhecida como Guerra Colonial na sociedade portuguesa têm sustentado ao longo das últimas décadas a inauguração no território nacional de inúmeros

monumentos de homenagem aos militares mortos, e que rondam já cerca de três centenas.

No cômputo da lista de monumentos alusivos aos Combatentes da Guerra do Ultramar, que se encontram assinalados pela Liga dos Combatentes (LC) no livro “Monumentos Aos Combatentes da Grande Guerra e do Ultramar”, grande parte deles construídos no séc. XXI, e que segundo o tenente-general Chito Rodrigues, Presidente da LC, são “a expressão de um sentimento profundo nacional acerca do que foi a guerra colonial e dos sacrifícios que o povo português fez nesse conflito”, destaca-se ainda a existência de quatro monumentos construídos no seio das comunidades portugueses no Canadá e nos Estados Unidos.

No Canadá, onde se estima que na atualidade vivam mais de meio milhão de luso-canadianos, o primeiro monumento a ser erigido em memória dos combatentes que tombaram na guerra do Ultramar foi inaugurado em 2009, na cidade de Winnipeg, capital da província de Manitoba.

Projetado pelo arquiteto português Varandas dos Santos, o memorial impulsionando pela Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra de Manitoba e Núcleo da Liga dos Combatentes de Portugal em Winnipeg, e concretizado com o apoio da Província de Manitoba, da Liga dos Combatentes, da Comunidade Luso-Canadiana, da Associação Portuguesa de Manito-

O historiador Daniel Bastos (dir), com um percurso alicerçado no seio das comunidades portuguesas, visitou em 2019 o monumento de homenagem aos antigos combatentes da Guerra do Ultramar na cidade de Oakville, junto a Toronto, na companhia do ex-combatente e presidente da Assembleia Geral da Associação Cultural 25 de Abril em Toronto, Artur Jesus (esq.). Crédito: DR.

ba e da Chapel Lawn Memorial Gardens, invoca os militares do passado, presente e futuro.

Em 2012, a cidade de Oakville, junto a Toronto, capital da província de Ontário onde se estima que vivam mais de 20 mil antigos combatentes da Guerra do Ultramar, assistiu à inauguração, no cemitério Glen Oak Memorial Garden, de uma estátua em homenagem aos militares portugueses e canadianos mortos em situações de guerra.

O monumento, concebido em conjunto pelo arquiteto Varandas dos Santos e pelo

comendador José Mário Coelho, e impelido pela Associação dos Ex-combatentes do Ultramar Português no Ontário, foi instalado no talhão denominado “Nossa Senhora de Fátima”. O monumento, que contou com apoios financeiros da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e da Liga de Combatentes de Portugal, sobressai pela existência de vários elementos, dos quais se destacam uma Cruz de Cristo e um capacete de um soldado, tendo ainda a inscrição: “Sacrificados em vida, respeitados na morte”.

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MILÉNIO | LOCAL

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

LOCAL

O lider do OLP na conferência virtual desta semana. Photo by Cole Burston

Liberais de Ontário lançam plataforma para eleições do próximo ano dos os habitantes de Ontário. Na conferência de imprensa de terça-feira (23) dirigida aos media étnico-culturais Coteau defendeu que esta é a maior consulta de sempre que o Partido Liberal de Ontario (OLP) já fez até hoje.

Michael Coteau e Kate Graham concorplataforma #TakeTheMike foi de- reram no ano passado para a liderança do senvolvida pelo MPP Michael Coteau partido, mas Steven Del Duca acabou por (Don Valley East) e pela candidata vencer com 58.8% dos votos em março do Kate Graham e quer ouvir a opinião de to- ano passado. Del Duca foi ministro dos

Os liberais de Ontário, que estão em terceiro lugar, lançaram esta semana uma plataforma online onde qualquer pessoa pode participar e dar a sua opinião sobre setores que devem ser uma prioridade para o próximo Governo de Ontário.

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Transportes e da Economia quando Kathleen Wynne era Premier de Ontário, mas foi derrotado em 2018 pelos conservadores.

Para contribuir para a plataforma não precisa de ser membro do partido e durante as próximas cinco semanas vão ser abordados dois tópicos por dia. Long-term care, saúde, economia, alterações climatéricas, educação e affordable housing são apenas alguns dos grandes temas sobre os quais os liberais esperam receber feedback.

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A conferência de imprensa contou com a presença de 18 medias étnico-culturais e uma das questões levantadas pela Canadian Ethnic Media Association foi se os liberais iam continuar a apoiar estes media que perderam muitas receitas por causa da pandemia. A presidente Madeline Ziniak recordou que que a antiga Premier Kathleen Wynne se tinha comprometido a investir $7 milhões e Del Duca explicou que enviou uma carta ao Premier Doug Ford no início da pandemia a alertar para a urgência deste problema e prometeu que se for eleito vai voltar a rever este montante porque, entretanto, a situação agravou-se.

O líder do OLP disse que a recuperação da economia da província só pode acontecer com as pequenas e médias empresas e criticou o Governo de Ford pela pouca experiência que tem demonstrado até aqui.

“O meu avô costumava dizer-me que a experiência é muito importante. Os empresários precisam de um Governo que os apoie e o Governo de Doug Ford não tem estado à altura”, disse. Del Duca também criticou o Governo conservador por só agora avançar que as 34 unidades de saúde de Ontário iam ter de criar os seus próprios planos de vacinação e acusou Ford de deixar os médicos de família de parte.

Atualmente o OLP tem cerca de 75.000 membros e uma das preocupações dos liberais é fazer refletir na máquina partidária a diversidade étnico-cultural da província que os liberais defendem que tem sido historicamente sub-representado – mulheres e comunidades BIPOC (negros, indígenas e pessoas de cor) e LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros).

Depois de quase 15 anos no poder sob Wynne e do mandato do ex-Premier Dalton McGuinty, os liberais foram reduzidos ao terceiro lugar na legislatura de Ontário, atrás dos conservadores de Ford e dos novos democratas de Andrea Horwath.

Os eleitores devem ir às urnas em 2 de junho de 2022.

Joana Leal/MS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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MILÉNIO | LOCAL

travar a transmissão do vírus. Alguns dos eventos já confirmaram que vão passar a virtuais, como é o caso da Toronto Marathon, do Juno Awards ou do Pride Parade, mas outros ainda estão a tentar perceber se existem condições para realizar um evento virtual. O TD Toronto Jazz Festival é um desses eventos que ainda está a avaliar se existem condições para avançar para vircancelamento da CNE em 2020 geautarca John Tory fez o anúncio tual.

Por outro lado, as celebrações do Dia do rou um prejuízo económico no vanuma conferência de imprensa color de $6 milhões e em 2019 tinham letiva e avançou que a proibição se Canadá no Mel Lastman Square já foram passado pelo recinto cerca de 1,5 milhões mantém nas celebrações do Dia do Cana- canceladas.

JL/MS de pessoas. dá. O objetivo é proteger a saúde pública e A Royal Winter Fair acontece desde 1922 nas duas primeiras semanas de novembro. É a maior feira agrícola indoor do mundo e junta cerca de 300.000 visitantes todos os anos.

JL/MS

CNE e Royal Winter Fair estão a planear abrir ao público no verão

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Os residentes de Toronto que esperavam ver a maioria das restrições de saúde pública suspensas e um regresso ao normal no verão, receberam esta quarta-feira (24) a notícia de que a autarquia de Toronto cancelou oficialmente todos os eventos presenciais, administrados e aprovados pelo município até 1 de julho.

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Toronto vai ter uma nova sala de espetáculos

Cafés e bares podem candidatar-se ao CaféTO

Créditos: DR

Aqui estão algumas notícias positivas para o futuro de dois eventos icónicos de Toronto que foram cancelados no ano passado devido à pandemia. Os funcionários da Exposição Nacional Canadiana (CNE) dizem que estão a planear abrir ao público em setembro e a Royal Winter Fair planeia abrir em novembro. Ambos estão a seguir de perto a informação que é disponibilizada diariamente pelo Governo e para já acreditam que vão ter condições para abrir.

Créditos: DR

Créditos: DR

Toronto cancela eventos presenciais até 1 de julho

eventos por ano, inclusive convenções, eventos corporativos, lançamento de produtos, espetáculos de entrega de prémios e eventos desportivos.

A empresa avança que o espaço é projetado para “uma nova geração de fãs que pensa de uma forma diferente sobre escolhas e experiências de entretenimento”. O teatro vai ser criado pela empresa de design Populous e pretende ter uma “expressão e acordo com a página oficial da moderna de um teatro para uma nova era”.

JL/MS OverActive Media o pavilhão de eventos vai poder receber até 200

O grupo OverActive Media está a planear construir um complexo com capacidade para ter 7.000 pessoas sentadas.

O pavilhão pode ser usado para fins de entretenimento ou de desporto. O projeto vai custar quase $500 milhões e está programado para ficar concluído em 2025. O grupo planeia ainda construir um teatro e um hotel no Exhibition Place.

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ano passado. Esta foi a forma que o município encontrou para apoiar os empresários da restauração que têm vivido dias difíceis devido aos efeitos da pandemia.

De acordo com um comunicado de imprensa do município, a segunda fase das candidaturas vai abrir logo depois do encerramento da primeira fase. Quem fizer a inscrição na segunda fase só pode montar a esplanada em junho, antes do s esplanadas podem começar a ser fim de semana do Dia do Canadá JL/MS montadas a partir de meados de maio, quase dois meses antes do

Os bares e restaurantes que estão interessados em candidatar-se ao programa da autarquia de Toronto CaféTO podem fazê-lo a partir desta sexta-feira (26). A primeira fase das candidaturas decorre até 26 de março e a iniciativa pretende ajudar bares e restaurantes a expandir o seu espaço para servir refeições em esplanadas exteriores.

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MILÉNIO | CANADÁ

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Here’s The Thing Manuel DaCosta Interview with Craig Bromell

“We live in a very imperfect world and officers are only human” - Craig Bromell

Last week, for Here’s The Thing (Camões TV), Manuel DaCosta interviewed Craig Bromell. With the intent to understand the behind the scenes of law enforcement, there’s no one better to enlighten us than Bromell who was a police officer for 26 years. He also served as President of the Toronto Police Association from 1997 to 2003 and served as Director to the Canadian Police Association. Bromell wrote a book “The Cop Father” and started a podcast with the same name which purpose is to give a voice to the police, sharing their stories and their reality.

B

esides his years of public service, Bromell became a radio personality with is show “The Bromell Show” on AM640. He is not new in the entertainment industry as he was the executive director of the TV series “The Bridge”.

Today, he is the CEO of his security company, Bromell Associates, and he is the President of The Building Union of Canada.

MDC: You have been a busy man during all these years.

al way. In a city like Toronto, thousands of calls come to the radio, to dispatch police officers to different communities and they always end up satisfactory in the vast majority of the time, 99% of the time people are satisfied with the service they received from the police. That doesn’t get talked about enough.

We only ear about the bad apple on the front-page news and the Cop Father podcast intends to educate on what really is going on behind the scenes, the real hero stories and the amount of suffering that police officers are going through now. That was the idea, because I don’t see anybody else doing it. I protected police officers my all life, being the President of the Toronto Police Association and that was on the most rewarding job I have ever had... protecting those who protect others. That led to everything else I’m doing now, I’m involved in various projects, security, construction and I’m lucky, I have people calling me telling me what is going on.

MDC: Speaking to some of my friends in the police force, it seems to me that the morale is quite low due to the pressures you have mentioned and the cops not receiving enough recognition for all the good work they do. In most cases, even after the investigation and after being absolved for everything, the news still don’t project that in a proper way. I’m glad they have a voice with you to tell their stories.

CB: That’s true, even though I have run unions in the past, I just didn’t believe in retiring. We keep working, it keeps us young and keeps the mind going. And I have been lucky too, I had great opportunities throughout my life to move on to other ventures. After being a police officer for 26 years here in Toronto, I was led to CB: Any police officer… they just want to do their jobs. They are expected to do other things that I really enjoyed in life. many jobs that they should not be doing.

MDC: Being a police officer for that many The social work side of this shouldn’t be years gave you a good foundation and in- law enforcement. They are out there to sight knowledge for everything you have keep the community safe against criminals and people that take advantage of done after that. the vulnerable. That’s the way it was deCB: Law enforcement personal kept me signed. All the social work and other side appraise on what is going on behind the shows going on, that wasn’t designed for scenes. The Cop Father podcast is really law enforcement. Any of your viewers, about what is going on behind the scenes. when they need help from the police, they The way police officers are affected everywant them to be there as fast as they can, where in the world also affects the comthey don’t want them doing other issues munities at large. We always want them they shouldn’t be bothering with. They to do their job, according to the way they are there for emergency situations, to fight were trained, but now there is a lot of crime and to solve crime. All the other politics behind the scenes that affects the side issues going on, they don’t want to be frontline personal, now more than ever. I part of it. I think, there has to be a voice didn’t really saw anybody supporting the out there, someone that’s not intimidatfrontline, which 98% of police officers ed. Being antipolice is a multibillion-dollar are really doing their jobs in a profession-

industry in North America. People make a lot of money being antipolice, whether they are doing it on purpose or not. As far as I’m concern, all the governments cave in too much. The vast majority of people still want police doing what they are doing now. We live in a very imperfect world and officers are only human and we will make mistakes once in a while.

MDC: I see the politics involved and, in many cases, they are easy targets for political opportunism. As you know, special interest groups will always have the ear of the Mayor and the Police Board. It’s tough when they don’t have people defending them. What do you think about the changes with the Police Chief being an interim Chief during the pandemic? Who should be taking over the Police Chief position, should it be someone from the city or a recruiter from outside?

CB: First of all, I think we should be concerned that it’s taking so long. They have been doing interviews and obviously haven’t come across with who they want, whoever that person is. I heard they are searching globally to a position like this.

You have to remember, when they pick the Chief and they go for an interview, they only have to satisfy seven people, that’s the Police Service Board. To break it down even more, you only need to have 4 people, out of 4 million people, supporting you. There will be some City and Provincial politics involved, because both governments are represented on the Police Service Board. It shouldn’t be taking this long. It’s a no-win position, it’s almost like you signing a blanc resignation. You sign it and we will fill the date to when we are not satisfied with your work. It’s hard to be a Police Chief anywhere without political interference at the highest level.

The concern from the frontline is that they don’t want someone that will come in and just agree with City Hall or, the antipolice side of this, without listening to the frontline personal. I believe that in a city like Toronto, there’s enough talent and it should always come from within the police service, that person knows the service better than anybody else. What I have always thought is that however gets the job as Chief should pick their own Command, so the Deputy Chiefs below should come

from the new Chief. If they want, they can clean the house and pick who they want.

I always thought this was an issue because if people at City Hall or the Police Service Board are not happy with your performances at command, the new Chief, as long as he/she keeps the Deputies, doesn’t stand a chance because we are old school.

MDC: It’s a governance and trust issue. Do you think the current mayor and councillors are behind the police or there’s still a division out there thinking the existing council is so left wing?

CB: I don’t want to say left or right. I’m very disappointed to some of what John Tory, the Mayor, has done. Somethings it looks like he is doing backflips to try to satisfy people that are not pro law and order. I think some members of City Council are like that, even when I ran the Police Union in Toronto it was the same thing.

We believed in educating those people on what is really going on out there. Last year, a discussion came up about all these issues within the black community and they wanted to start renaming streets after prominent black citizens. I’m fine with that but at the same time they were never talking about renaming streets after some police officers who were murdered or killed in the line of duty. Why wouldn’t you do both at the same time? I expected that from the Mayor. Even in other communities, let’s do it, I think it’s a good thing, but a really big part of our society is the police. They control everything, if the crime is down, you will have better real estate values, more tourism. There are certain parts of the world where you don’t go buy a house or go on vacation because the crime is really bad. Thus, it’s important that the police keep the crime down. What is wrong with naming streets after officers who have died in the line of duty? That was never talked about, so the frontline was very upset with that. The police should be included in that conversation, especially the officers, we had many in Toronto and in the Province of Ontario, who have died protecting us.

MDC: As this city changes, becoming more and more complex with ethnic divisions, the police have a tougher job accommodating every custom and tradition from

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every community. That will be one of the biggest issues in the future. Just recruiting people to accommodate all ethnicities will not work.

CB: If you call 911, I think there are 150 different languages. It’s a beautiful thing in the city that we have different communities and different groups from around the world, and if you call 911, they cover every language from every community group that lives here in the city of Toronto. That makes what the city is today, a global city.

But we have a tendency to bow to make too much of a big deal of small groups that are going to get the media coverage. The grandstanding that goes by some politicians at City Hall is to appease these small groups. Sometimes it makes me sick because I truly believe, when it’s all said and done, including the groups that are antipolice, everybody still calls the police when they need help, that hasn’t and will not change. In this City or in this Province, in this Country, 95% of the people that are in trouble are going to call the police because something is wrong.

If you are out working and your wife or husband and kids are home by themselves and someone is breaking in, you are calling 911. You don’t care what the situation was, you want the police to get there as fast as possible and when that cop is responding to that, they are not asking questions on what’s the color or sex of the victim or where are they from. They will rush there as fast as they can, no matter who the person that is in trouble, they don’t care, they never have.

The grandstanding on the back of that, I think it should make a lot of us disgusted because 98% of the officers out there are doing their job. That’s the officer you want showing up at your house when you need help.

MDC: It’s unfortunate that a lot of disturbers make a living out of an anti-cop approach. Unfortunately, mainstream media gives a voice to these groups and in many cases the message is not balanced.

This week, on Milenio Stadium, we will be covering the business on Cannabis and the status of the industry. Having always been in security including providing it for three years for the cannabis industry, you have first-hand knowledge on what is going on

with the industry. Right now, most companies are disarray, and I don’t know how many will survive, considering that 80% of pot is still sold through the black market. What is your experience with this?

CB: The black-market side of Cannabis, both recreational and medicinal, is 60 to 80%, of which 30 to 40% is organized crime. Since it has gone legal, there are still unsolved murders and robberies involving Cannabis. It’s a huge concerned because of the organized crime side of it. For some reason, in the city of Toronto they are only making It a city bylaw offense, where outside the city they are laying criminal charges. So, we have a couple hundred legal stores, that follow the government rules, the store fronts are open, and most people are doing it online now because of the virus. There are still half a dozen stores that are completely illegal, and they are affecting the official side and I’ve been told that the reason they keep going is because the city of Toronto only made it a bylaw, so they get a fine instead of getting arrested or having criminal charges. Besides, there are still 77 municipalities in this province that have not yet jumped to the legal side of Cannabis, meaning the black market operates there. As long as the black-market dominates more than 60% this will never work. Believe me, you can get the law enforcement to change that 60% to 10 or 20% in six months, if there was an appetite for it, which I don’t think there is.

MDC: The Ontario Government has a 77% markup on the sale of Cannabis products.

CB: When the government has this kind of markup and now is authorizing stores in every corner, as fast as they can, I don’t believe the retailers can make money and the black-market will stay as it is.

CB: If you have a retail store under the Cannabis Act, which is legislated in the Province, you have to pay taxes, you are in a competitive world and need to keep the prices at a certain value. While the black-market doesn’t pay taxes, they are up 20 to 30% and it’s a cash industry. So, I would never get involved in that industry until the black-market is controlled, I would never get involved in any investment in any company that is trying to go by the book, they don’t have a chance.

When this all ting started, it was the Holy

Grail of investments, but a lot of people gave lost money on this, because the government hasn’t done enough to control the black-market. There’s no investment in enforcement. As long as the black market is controlling the industry, it will never work.

You mentioned the big seizure of plants, that is a spit in the ocean compared to what is out there. The number may sound impressive, but that’s small. I believe in recreational and especially medicinal, I have seen how it helps people, whether is mental health, bad back or cancer, it does work.

MDC: In 2020, between July and October, were seized 122,000 illegal plants of MDC: Why don’t governments get beCannabis in Ontario. Is the illegal growth hind it? of Cannabis plants proliferated in some CB: They are going to fall back on excusspecific areas and who controls it? es as there’s too many things going on. We CB: It’s organized crime, whatever that haven’t talked about it, but defunding the definition is, it’s vicious, violent people. police means that you are not going to be They are in the intimidation world and able to build an enforcement able to focus when you find out there’s a few dozens of on black-market Cannabis. Being tough on municipalities in the province that don’t law and order is really a taboo statement, want to have anything to do with the legal I believe in it and I’ve seen results. I think side, for whatever reason. Those are the they are afraid of the backlash. Somebody groups, the bikers, the organized crime, should say: give us six months, we will condealing with the Cannabis side. It’s like trol this. No matter what investing market, anything on the black-market, whether Cannabis will control things going up and it’s prostitution, gambling, throw Can- down. Last year the industry suffered and nabis on that and we have a big problem. outside of Cannabis any other investments Until they control it, the industry doesn’t will suffer too. It has been a disaster, no doubt about it. I think they may have 400 stand a chance. stores in Ontario. The Ontario Cannabis MDC: We will never be able to control the Store is doing a good job, they are trying black-market completely. In 2018, when but they are frustrated. They want to shut Cannabis was legalized, there was a huge down these illegals now. They don’t want runup on the IPOs and everyone investing a storefront that is making a lot of money, billions. Now Aurora Cannabis just re- simply getting a bylaw and the cops are ported 292 million lost in the second quar- frustrated too. I think they don’t have the ter, from 1.3 billion lost last year. There stomach for it because it’s not the political are 1.2 billion grams of weed stored across think to do, shutting down the black marCanada, which is enough to supply for ket. However, if you look at the numbers, three years. How can the industry survive? the black-market side of it it’s still a violent world and to me it’s sickening they are not CB: It can’t. I agree with you that the doing more. I would not invest one dollar black-market will always be around, but in the industry right now. it shouldn’t be 68% of the industry, let’s cut it back to 10 or 20%. If we cut it back MDC: Which is unfortunate because the by half, industries as Aurora will be doing industry employs a lot of people and it cremuch better or not losing a billion dollars ates a lot of revenue. here and there. Otherwise, they don’t have a chance. Whether it’s the federal, provin- CB: This has nothing to do with the virus, it cial or municipal government there should was all happening before. be an offense that is a bylaw offense. It should be arrestable, there should be some MDC: I appreciate your input and really serious charges, proceeds of crime, traf- enjoyed our conversation. I wish you luck ficking of a substance, all that piled on. with your blog “The cop father”. Thank Just In the province, I know you could get you for being with us. a couple hundred law enforcement officers together to be concentrated on just that, laying criminal charges and shutting down these black-market industries.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Alberta inaugurou sistema de agendamento de vacinação com linhas telefónicas congestionadas As linhas telefónicas dos Serviços de Saúde de Alberta ficaram congestionadas quando a província inaugurou o seu sistema de agendamento de vacinação contra a COVID-19 esta quarta-feira (24).

Trudeau: Moderna vai entregar 1,3 milhão de doses em março O primeiro-ministro Justin Trudeau confirmou esta quarta-feira (24) que a Moderna vai cumprir a sua obrigação contratual de entregar 2 milhões de doses da vacina COVID-19 até ao final de março.

Trudeau adiantou que a empresa, sediada em Massachusetts, ia enviar 460.000 doses durante a semana de 8 de março e 840.000 doses a partir de 22 de março.

Q

uando o primeiro-ministro canadiano revelou os números de entrega de vacinas da Moderna disse que o Canadá vai receber no primeiro semestre mais vacinas do que tinha sido prometido inicialmente.

A Pfizer, o outro fornecedor atual de vacinas do Canadá já confirmou que vai cumprir com o envio de quatro milhões de

vacinas até ao final de março. Depois de a Moderna e a Pfizer entregarem as vacinas, o país vai ter doses suficientes para vacinar 3 milhões de pessoas com duas doses cada.

A Pfizer interrompeu a entrega de vacinas por causa das obras na fábrica da Bélgica para aumentar a capacidade de produção, mas agora está a enviar centenas de milhares de doses por semana. Entre abril e junho a Pfizer deve entregar mais de 10 milhões de vacinas.

Segundo a ministra de Serviços Públicos e Compras depois do país receber cerca de 23 milhões de doses de vacinas, espera conseguir vacinar mais de 11 milhões de pessoas. O Canadá está atrás de grande parte do mundo ocidental no que diz respeito ao número de doses que foram administradas até agora.

Os EUA vacinaram cinco vezes mais pessoas per capita do que o Canadá e o Reino Unido vacinou 6,5 vezes mais pessoas. O líder conservador Erin O’Toole disse esta quarta-feira (24) que até ao final de março menos de 8% da população canadiana vai ser vacinada, um número muito baixo quando comparado com outros países do G7. O’Toole acusou Trudeau de criar um plano de compra de vacinas que garantiu uma terceira vaga de COVID-19 no Canadá. O líder conservador explicou que o país vai ter de vacinar 300.000 pessoas por dia para cumprir a meta do primeiro-ministro de vacinar todos que desejam receber uma vacina até setembro.

CBC/MS

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O

sistema abriu para todos os habitantes nascidos em 1946 ou antes e segundo a província, cerca de 43.000 pessoas conseguiram fazer uma reserva. As linhas telefónicas abriram às 8 da manhã e muitas pessoas queixaram-se que não tinham conseguido fazer reserva.

Com o site online também existiram problemas e algumas pessoas queixaram-se que não conseguiram fazer a reserva. Tanto a polícia de Calgary como a de Edmonton pediram aos habitantes de Alberta para não ligarem para o 911 para fazer este tipo de marcação, mas ainda assim segundo as autoridades de segurança 100 pessoas ligaram para a linha de emergência para fazer uma reserva.

As autoridades de saúde de Alberta pediram às pessoas que não conseguiram fazer reserva para voltarem a tentar mais tarde, tanto pelo telefone como através do site. A província já administrou mais de 186.000 doses da vacina.

CBC/MS

Alguns passageiros no aeroporto de Toronto foram multados porque se recusaram a cumprir quarentena em hotel

N

o entanto algumas das pessoas recusaram-se a cumprir as regras que entraram em vigor esta semana e foram multadas no valor de $880 de acordo com os regulamentos da província. O governo federal exige agora que qualquer pessoa que viaje para o Canadá e que aterre nos quatro aeroportos internacionais-Toronto, Calgary, Vancouver ou Montrealfique em isolamento num dos vários hotéis disponíveis para fazer quarentena pelo menos durante três dias.

Os passageiros só podem sair depois de terem um teste negativo à COVID-19. Depois de saírem do hotel continuam a ter de

ou oficial de quarentena durante o período de 14 dias, seja no que diz respeito a testes, trânsito para locais, estadia obrigatória no hotel ou durante a quarentena em casa ou outro local adequado, incorre numa multa que pode ir até$ 750.000 ou pena de prisão de seis meses. As autoridades de saúde de Peel voltaram a relembrar que as medidas estão em vigor para proteger o público porque o vírus espalha-se pela comunidade.

O autarca de Brampton disse que as pessoas que estão a optar por não seguir as regras estão a ser egoístas, porque não têm a noção de que podem estar a trazer as novas variantes do vírus que são perigosas.

Em Vancouver, a RCMP informou que para já não tinham informações de que alguns passageiros não estavam a cumprir as regras de quarentena em hotel. Segundo o governo federal o custo de quarentena em hotel pode superar os $2.000 por pessoa.

Os passageiros são obrigados a arcar com cumprir quarentena, mesmo com resulta- confirmou na quarta-feira (24) que está a todas as despesas. do negativo à COVID-19. investigar a situação. Quem se recusar a seCBC/MS A Agência de Saúde Pública do Canadá guir as instruções de um oficial de triagem Créditos: DR

Vários passageiros internacionais que chegam ao aeroporto Pearson de Toronto recusaram-se a cumprir uma nova regra que exige quarentena no hotel pelo menos durante três dias. A informação foi revelada pela polícia da região de Peel que adiantou ainda que a maioria dos casos foi resolvido depois de algum diálogo.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Grupo de MP’s Liberais defendem que Canadá deve criar um rendimento básico garantido Um grupo de MP’s Liberais apresentou este mês na House of Commons uma proposta para criar um rendimento básico garantido de forma a assegurar que todos os canadianos têm acesso a uma vida digna. A ideia de um rendimento básico garantido não é nova, mas tem vindo a ganhar mais adeptos nos últimos meses devido à pandemia de COVID-19 que expõe algumas fragilidades, sobretudo em determinadas minorias.

E

m conferência de imprensa esta quinta-feira (25), a MP Liberal de Davenport, Julie Dzerowicz, juntou vários MP’s, associações sem fins lucrativos e empresários que defendem que esta é a altura certa para o Canadá avançar para a criação de um rendimento básico garantido.

A Basic Income Canada Network é uma

das associações sem fins lucrativos que apoia esta causa. Para a presidente Sheila Regehr as evidências provam que muitas pessoas que trabalham a tempo inteiro e que ganham um salário mínimo não conseguem pagar as suas despesas diárias e ter acesso a uma vida digna. A iniciativa é também apoiada por vários MP’s Liberais como por exemplo Wayne Easter (P.E.I.) e Annie Koutrakis (Quebec).

A senadora Kim Pate sublinha que no Canadá uma em cada sete pessoas vive abaixo do limiar da pobreza e que mesmo com emprego a tempo inteiro nem todos os canadianos conseguem pagar renda e ter segurança alimentar. “Somos um país rico por isso não há desculpa para que o rendimento básico garantido não avance”, disse.

A MP de Davenport sublinhou que se o projeto-lei passar no Parlamento, o gover-

no federal vai poder criar projetos-piloto numa ou em várias províncias para testar modelos e implementar o rendimento básico garantido.

A ideia não é “passar cheques a milionários”, como refere Regehr, mas apoiar quem precisa. Para Dzerowicz, o timing para o projeto-lei avançar é este porque vai “proporcionar mais flexibilidade para os trabalhadores do novo mundo”, um mercado de trabalho que está a mudar por causa de fatores como a automação e a inteligência artificial”. “O nosso sistema de segurança social foi criado nos anos 70, mas independentemente do número de vezes que o ajustamos, muitas pessoas não beneficiam dos apoios”, disse a MP de Davenport. No final do ano o governo federal apresentou um plano para recuperar a economia canadiana no pós-pandemia e avançou com um paco-

te financeiro entre $70 e $100 mil milhões para recuperar emprego e riqueza. “Esta é a altura certa para corrigir problemas estruturais, para testar ideias inovadoras e para contruir uma economia e uma sociedade melhores”, explicou Dzerowicz.

O diretor executivo da UNI Works é um dos empreendedores que acredita no potencial do rendimento básico garantido.

Para Floyd Marinescu desta forma “o Governo pode criar entre 300,000 e 600,000 postos de trabalho e adicionar anualmente cerca de $80 mil milhões ao PIB canadiano”. Questionada pelo Milénio Stadium se o novo apoio significa que programas como o affordable housing ou a saúde mental iriam sofrer cortes, a MP garante que esse não é o objetivo.

Joana Leal/MS

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Plano para uma nova autoestrada em Ontário não agrada a todos na GTA

Novo chefe de defesa do Canadá afasta-se enquanto é investigado controvérsia em torno do ex-chefe da defesa, o general Jonathan Vance, que se aposentou e que também está a ser investigado devido a um alegado relacionamento que mantinha com uma subordinada.A investigação vai agora determinar se o ex-chefe ministro da Defesa fez um comuni- da equipa de defesa violou alguma lei.

O comandante militar do Canadá que cado esta quarta-feira (24) dizendo que tinha sido informado da situa- optou por afastar-se voluntariamente enção e explicou que levava a sério as alega- quanto é investigado tinha sido nomeado ções de má conduta, independentemente a 23 de dezembro e tinha assumido o codo posto ou da posição. O ministro não mando a 14 de janeiro. McDonald publicou revelou a natureza das acusações contra este mês uma foto onde falava sobre a imMcDonald e disse que não vai fazer mais portância da diversidade. A foto mostrava comentários porque a investigação ainda oito colegas brancos do sexo masculino e McDonald escreveu na legenda que a deestá a decorrer.

O comandante do exército, tenente- fesa canadiana tinha de mudar porque era -general Wayne Eyre, foi nomeado chefe- sobretudo branca e masculina.

CBC/MS -interino da equipa de defesa. Este último desenvolvimento surge na sequência da

O novo comandante militar do Canadá, o almirante Art McDonald, afastou-se voluntariamente enquanto está a ser investigado pelo Serviço Nacional de Investigação das Forças Canadianas.

O

Enquanto o Governo de Ford avança com um plano para construir uma nova autoestrada da série 400 no noroeste da área metropolitana de Toronto, residentes, vários conselhos municipais, grupos agrícolas e ambientais estão contra o projeto.

A

autoestrada 413, também chamada de corredor GTA Oeste, iria por Vaughan, Caledon, Brampton e Halton Hills, ligando assim a autoestrada 400 ao cruzamento da autoestrada 401 com a 407. O projeto foi avançado pela primeira vez há 15 anos e o Governo de Wynne colocou o projeto na gaveta em 2018. O Premier Doug Ford recuperou a construção da autoestada de 59 Km. A província argumenta que esta área vai ter um crescimento populacional e que até 2051 mais de 14 milhões de pessoas vão residir nesta área. Ford defende que este crescimento deve ser acompanhado por uma autoestrada, mas alguns residentes estão a mostrar, através das redes sociais, que querem uma abordagem diferente para a região. O líder do Partido Verde de Ontário diz que construir esta autoestrada é criar um desastre económico e ambiental porque vai pavimentar cerca de 2.00 acres de terras agrícolas. A autarca de Mississauga também se manifestou contra e explicou que o projeto vai encorajar a expansão residencial e aumentar a dependência em relação aos carros.

Orangeville e Halton Hills adotaram posições semelhantes e outros conselhos apoiaram moções onde pedem mais avaliações e consultas. A região de York aprovou no mês passado uma moção onde pede à Autoridade de Conservação Regional de Toronto para analisar o projeto. Caledon também quer mais consultas e avaliações ao projeto. O autarca de Brampton disse recentemente a um jornal de Toronto que a autoestrada vai contra os interesses económicos da cidade.

Para além dos grupos ambientalistas, várias organizações agrícolas como a National Farmers Union e a Ontario Farmland Trust argumentam que a autoestrada vai enfraquecer o sistema agrícola da província. O Governo de Ontário já confirmou que está a avaliar o impacto agrícola na construção da 413.

A província garante que com mais uma autoestrada o tempo de viagem vai ser reduzido em 30 minutos, mas os mais críticos têm dúvidas de que o tempo de viagem venha mesmo a ser reduzido. A província está a planear uma sessão de informação pública sobre a autoestrada 413 no outono. Embora a província ainda não tenha avançado o custo total da autoestrada, algumas pessoas defendem que vai custar pelo menos $6 mil milhões e que o dinheiro seria mais bem empregue na expansão do serviço GO e na colocação dos camiões na 407.

CBC/MS

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Marcelo mantém restrições e quer que desconfinamento seja por fases

Covid-19 O Presidente da República divulgou, esta quarta-feira (24), o decreto para a renovação do estado de emergência em Portugal, mantendo o confinamento e pedindo que o alívio futuro das restrições seja faseado.

M

ais testes, melhor rastreio, mais vacinação e um plano para levantar as restrições gradualmente.

Sem esquecer as medidas de apoio social e económico e ainda outro aspeto fundamental: é preciso melhores números nos internamentos e nos óbitos ligados à covid.

São estas as exigências de Marcelo Rebelo de Sousa, plasmadas no decreto que renova por mais 15 dias o estado de emergência em Portugal, para que Portugal possa voltar a pensar em desconfinar.

O diploma, que foi publicado depois dos habituais encontros com os partidos com assento parlamentar e de uma reunião com o primeiro-ministro, mantém, no essen-

cial, os termos que definiram as balizas do atual estado de emergência. E insiste na necessidade de que o “futuro desconfinamento” deverá “ser planeado por fases, com base nas recomendações dos peritos e em dados objetivos, como a matriz de risco, com mais testes e mais rastreio, para ser bem-sucedido”, salienta o Presidente da República.

Numa mensagem publicada no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa refere o sucesso das medidas impostas no final de janeiro, sublinhando as reduções dos casos e da velocidade de transmissão, mas recorda que a “incidência média continue a ser bastante elevada, bem como o número dos internamentos e de mortes”. É por isso que, acrescenta o Presidente da República, “não é recomendado pelos peritos reduzir ou suspender, de imediato, as medidas de restrição dos contactos, sem que os números desçam abaixo de patamares mais geríveis pelo SNS, que sejam

Marcelo considera “indispensáveis”.

No texto, enumeram-se explicitamente “as moratórias financeiras, fiscais e contratuais, os apoios a fundo perdido, o layoff, as medidas de capitalização das empresas”, sendo ainda pedido ao Governo que “prepare o futuro desconfinamento gradual”.

O chefe de Estado passa também a apelar concretamente à “vigilância de novas variantes” do vírus, um tema para o qual os especialistas têm vindo a alertar. No controlo do ruído - que o diploma anterior já contemplava -, Marcelo especifica que este terá de ser feito através de um decreto-lei do Governo.

O decreto estabelece que o novo estado de emergência será para durar, como tem sido norma, 15 dias e está previsto iniciar-se às 0 horas do dia 2 de março e terminar Medidas de apoio especificadas às 23.59 horas do dia 16, “sem prejuízo de Ao contrário do anterior decreto, o atual eventuais renovações, nos termos da lei. especifica quais são as medidas de apoio JN/MS às famílias, trabalhadores e empresas que aumentadas as taxas de testagem e a vigilância de novas variantes, que a vacinação possa cobrir uma parte significativa da população mais vulnerável para a covid-19, contribuindo para uma crescente imunidade de grupo.” É uma posição que exige que o Governo desenhe um plano cuidado e o defina num horizonte próprio. Esta quarta-feira (24), pela voz de José Luís Carneiro, tinha ficado claro que o Governo já está “a preparar o plano de desconfinamento”, embora tendo em conta que é preciso evitar que as “pressões” para reabrir rapidamente o país “conduzam a precipitações”. Nada foi revelado sobre os detalhes do desaperto das restrições.

Covid-19

Portugal deixa de estar entre regiões da UE de risco elevado após baixar infeções Portugal deixou de estar entre as regiões europeias de risco muito elevado devido à pandemia de covid-19 nos mapas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), que servem de apoio às decisões sobre viagens.

C

omo acordado pelos líderes europeus no final de janeiro passado, o ECDC acrescentou aos seus mapas semanais a cor de vermelho-escuro, para regiões ou países onde a situação epidemiológica da covid-19 é muito grave, sendo que tais documentos servem de auxílio aos Estados-membros sobre as restrições a aplicar às viagens não essenciais. Após ter ficado coberto de vermelho-escuro no início deste mês devido aos elevados números de infeções, Portugal saiu esta quinta-feira

(25) desta categoria, que abrangia regiões ou países onde a taxa de notificação de novas infeções é superior a 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Ainda assim, e à semelhança de quase toda a Europa, todas as regiões de Portugal (incluindo a Madeira) mantêm-se na categoria de vermelho, o que significa que a taxa de notificação de novas infeções varia entre 50 e 150 ou entre 150 e 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Já os Açores são a única região do país na categoria do laranja, que é referente a territórios onde a taxa de notificação de novas infeções é de 50 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias ou entre 25 a 150 por 100 mil habitantes.

No final de janeiro passado, foi acrescentado ao existente sistema de semáforos so-

bre a propagação da covid-19 na UE a cor vermelho-escuro, usada para zonas onde o vírus está a circular a níveis muito elevados.

Aquele que é um sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE, começa no verde (situação favorável), passando pelo cinzento, laranja e chega agora ao vermelho escuro (situação muito perigosa).

Esta inclusão do vermelho-escuro foi feita aquando da divulgação por parte da Comissão Europeia de orientações para desencorajar viagens não essenciais na UE perante o agravamento da pandemia, prevendo que passageiros de zonas muito perigosas e do estrangeiro tenham por exemplo de realizar testes à covid-19 antes de viajar.

Ainda assim, estão previstas exceções

para quem vive em regiões fronteiriças ou tem de atravessar frequentemente a fronteira por razões familiares ou de trabalho, prevendo-se ainda a introdução de ‘faixas verdes’ para assegurar o fluxo de bens e o funcionamento da cadeia de abastecimento.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção.

Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com um boletim recente da Direção-Geral da Saúde JN/MS

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ONU

António Guterres agradece a confiança do Governo português

“

O secretário-geral da ONU, António GuO secretário-geral está agradecido e terres, expressou esta quarta-feira (24) humilde pelo apoio e fará tudo o que agradecimento e humildade por receber pude para ser digno dessa confiança”, o apoio oficial do Governo de Portugal disse Stéphane Dujarric, porta-voz do separa um segundo mandato e prometeu cretário-geral da ONU. fazer de tudo para continuar a ser digno “O secretário-geral teve várias converda renomeação. sas com líderes portugueses esta manhã e esteve ao telefone para expressar o seu agradecimento”, disse Dujarric, em res-

posta a uma questão da agência Lusa.

O Governo português formalizou esta quarta-feira (24) a recandidatura de António Guterres para um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU, com uma breve cerimónia na residência oficial, em Lisboa.

O primeiro-ministro, António Costa, assinou a carta a formalizar a proposta do

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executivo português, documento endereçado ao presidente da Assembleia-Geral da ONU, o diplomata turco Volkan Bozkir, e à presidência do Conselho de Segurança, este mês assegurada pelo Reino Unido.

Segundo António Costa, o secretário-geral da ONU teve uma atuação “exemplar” e uma “liderança firme”.

“Ao longo dos últimos cinco anos, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, serviu de uma forma exemplar as Nações Unidas, a sua Carta, os seus valores.

Encheu seguramente Portugal de orgulho, mas, sobretudo, devolveu força a valores fundamentais que o Humanismo que inspirou a Carta das Nações Unidas precisa de ver devidamente promovidos e defendidos”, afirmou António Costa.

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou que falou ao telefone com António Guterres para transmitir “o caloroso apoio”.

Segundo o chefe de Estado, a recandidatura de António Guterres “é uma excelente notícia para as Nações Unidas, porque demonstrou ser um brilhante secretário-geral”, e também “é uma excelente notícia para Portugal, porque é um português de enorme valor”.

Marcelo Rebelo de Sousa elogia António Guterres pelo “seu conhecimento dos grandes problemas do mundo, assente numa vasta carreira internacional e numa experiência ímpar ao serviço das Nações Unidas, designadamente no seu atual mandato”. O mandato de António Guterres como secretário-geral da ONU iniciou-se a 1 de janeiro de 2017 e termina a 31 de dezembro.

Em janeiro deste ano, António Guterres anunciou a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos entre 2022 e 2026.

As Nações Unidas deram início este mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetessem os nomes de candidatos ao cargo.

JN/MS

mileniostadium.com

MILÉNIO | PORTUGAL

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Canábis medicinal

Primeiro produto de canábis chega às farmácias em abril LICENCIAMENTO

Tilray já conseguiu aprovação do Infarmed para comercializar flor seca com THC mediante receita. Será vendida em sacos de 15 gramas.

Créditos: DR

D

ois anos depois da entrada em vigor da lei que permite a venda em farmácia de canábis medicinal, o Infarmed aprovou o primeiro produto. Trata-se da flor seca com THC, para ser usada através de vaporização e com indicação terapêutica para seis das sete patologias abrangidas pela lei. Será comercializado pela Tilray, em sacos de 15 gramas e por cerca de 150 euros. A Autoridade Nacional do Medicamento também já aprovou o preço a praticar e o produto vai chegar às farmácias em abril.

“Desde a aprovação em Portugal do quadro legal que teve como objetivo tornar acessível o tratamento com medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis, foram submetidos ao Infarmed três pedidos de autorização de colocação no mercado (ACM)”, adianta ao JN a Autoridade Nacional do Medicamento.

Desses três pedidos de ACM, “todos referentes a flor de canábis inteira seca”, um já foi aprovado, confirma ainda o Infarmed.

Segundo apurámos, trata-se da preparação “Tilray Flor Seca THC 18”.

PARA SEIS DE SETE INDICAÇÕES “Esta preparação consiste em flores secas da planta fêmea de Cannabis sativa L. com 18% de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e <1% de canabidiol (CBD)”, explica o Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM). Ou seja, trata-se de um produto com um nível de THC (a substância psicoativa) indicado para seis finalidades: espasticidade associada à esclerose múl-

tipla ou lesões da espinal medula; náuseas e vómitos (resultante da quimioterapia, radioterapia e terapia de HIV e medicação para hepatite C; estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes oncológicos ou com SIDA; dor crónica (associada a doenças oncológicas ou do sistema nervoso); síndrome de Gilles de la Tourette; e glaucoma resistente à terapêutica.

A flor seca aprovada pelo Infarmed só pode, contudo, ser usada através de vaporização, recorrendo a um dispositivo médico certificado. Apenas não é recomendável para o uso terapêutico em casos de epilepsia, que tem que ser tratada com uma combinação inversa: um valor elevado de CBD e outro quase residual de THC. MAIS DOIS PEDIDOS EM ANÁLISE

A multinacional do Canadá, com instalações em Cantanhede, também já conseguiu que o Infarmed aprovasse o preço de venda da “Tilray Flor Seca THC 18”. Segundo apurámos, está tudo a ser preparado para que, em abril, chegue às farmácias portuguesas a primeira preparação de canábis medicinal, mediante receita médica.

Segundo a presidente do OPCM, trata-se de um passo gigante. “Para nós, é excelente. É a melhor coisa que podia ter acontecido”, considera Carla Dias.

O Infarmed está a avaliar ainda outros dois pedidos de ACM. “Estão dependentes de respostas das empresas às solicitações efetuadas pelo Infarmed”, informa. Trata-se da flor seca (da Aurora Cannabis), e de um chá medicinal (da RPK Biopharma).

Sabores Púrpura prestes a fazer um pedido para óleo A Sabores Púrpura já tem o processo todo pronto, garante a proprietária Sofia Fernandes. Falta apenas o Infarmed dar luz verde para a empresa, com sede em Coimbra, avançar com um pedido de comercialização de óleo de canábis com THC (usado para doenças oncológicas, por exemplo) e óleo de canábis de CBD (utilizado em epilepsia). A Sabores Púrpura também quer vender em Portugal a flor seca. “São produtos que já estão autorizados pela autoridade de saúde da Alemanha e que estão lá a ser comercializados”, revela Sofia Fernandes.

A ideia é recorrer à harmonização de requisitos, tal como acontece com os medicamentos, o que garante um processo de licenciamento mais célere. A distribuição também já está organizada para que seja possível colocar à venda os produtos mal sejam autorizados pela Agência Nacional do Medicamento. Entretanto, a Sabores Púrpura está a trabalhar noutro tipo de preparações.

“Estamos a trabalhar em outras soluções para outras vias de administração”, antecipa Sofia Fernandes, exemplificando com produtos que podem ser absorvidos pelo sistema digestivo. “O nosso trabalho está longe de terminar”, afirma ainda, embora reconheça que os óleos de canábis (THC e CBD) e a flor seca sejam os produtos mais esperados pelos doentes, porque são aqueles que têm maior número de indicações terapêuticas.

JN/MS

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MILÉNIO | AUTONOMIAS

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

AUTONOMIAS

Pescadores sentem-se discriminados com cerca parcial em Rabo de Peixe A zona piscatória de Rabo de Peixe sente-se “discriminada” por a redefinição da única cerca sanitária em vigor nos Açores não abranger toda a freguesia e os habitantes lamentam estarem a ser “tratados como cães”.

N

Créditos: DR

as zonas piscatórias do Caranguejo e do Barreiro, que integram a zona de restrição sanitária adotada na terça-feira (23) pela Autoridade de Saúde, apesar dos cerca de 38 casos de infeção existentes, os populares circulam nas ruas estreitas quase indiferentes à pandemia.

Alguns dos habitantes daquela zona de Rabo de Peixe, com cerca de 10 mil habitantes, não cumprem as regras sanitárias e as próprias habitações não oferecem condições para a realização de quarentena: são de pequena dimensão e os agregados familiares ultrapassam, com frequência, as 10 pessoas por casa.

Nas casas de apresto, junto ao porto de pesca, concentram-se várias dezenas de pescadores que preparam o isco para a faina, que se mostram indignados com a cerca sanitária apenas na zona piscatória.

“Rabo de Peixe é um só, não é dividido em dois. Rabo de Peixe é Peixe. Estão a gozar com as pessoas. Ou faz-se tudo ou não se faz nada”, declara Cláudio Oliveira, pescador, que teme por aqueles que são casados e com encargos.

Jorge Medeiros, que também vive da faina, refere que a “alternativa a ficar em casa para não apanhar a Covid-19 é morrer de fome” e sublinha que muitas das habitações da zona piscatória não têm condições para fazer face à pandemia, defendendo uma fiscalização porta a porta em alternativa à cerca.

“Estamos a ser tratados como cães”, afirma.

Carolina Gonçalves, de 15 anos, estudante na Escola Secundária das Laranjeiras, em Ponta Delgada, que integra um agregado familiar que já sentiu os efeitos negativos do vírus SARS-CoV-2,

Parlamento açoriano aprova por unanimidade novo apoio à restauração e hotelaria O parlamento dos Açores aprovou, esta quarta-feira (24), por unanimidade um projeto de decreto legislativo regional, apresentado pelo PS, para um novo apoio à restauração e hotelaria, setores particularmente afetados pela pandemia de Covid-19.

O

texto foi aprovado por unanimidade em votação final global, embora na especialidade alguns artigos tenham sido votados favoravelmente apenas por uma maioria relativa.

Os socialistas sustentam no projeto de decreto que este “tem por objeto a promoção da competitividade e inovação no setor da restauração e hotelaria açoriana, através da utilização de produtos com o selo ‘Marca Açores’”, selo unificador de produtos e ser-

viços para impulsionar a promoção interna e externa da região.

Em fevereiro do ano passado, com o anterior Governo dos Açores, do PS, em funções, foi aprovado o denominado Programa de Apoio à Restauração e Hotelaria para a Aquisição de Produtos Açorianos, com o objetivo de “incrementar a utilização dos produtos marcadamente açorianos na confeção de pratos típicos regionais, sem prejuízo da qualidade e da inovação que importa sempre implementar”.

Um ano depois, e conforme é referido no decreto legislativo aprovado, “constata-se que este programa se tem caracterizado não só pelo seu sucesso junto do setor da restauração regional, mas também pelos benefícios diretos junto do setor produtivo”.

AO/MS

ATA anuncia voos da Lufthansa para os Açores A Associação de Turismo dos Açores (ATA) anunciou, esta quarta-feira (24), que a companhia aérea Lufthansa vai voar para os Açores, a partir de maio, com um voo semanal.

“

A partir do próximo dia 23 de maio os Açores e a Alemanha ficarão mais próximos, com um voo semanal Lufthansa realizado ao domingo, entre os aeroportos de Frankfurt e de Ponta Delgada, num total de 22 frequências”, refere comunicado da ATA. Esta é mais uma medida da (ATA), em parceira com o Turismo de Portugal e o Governo dos Açores, no desenvolvimento e consolidação das acessibilidades aéreas ao arquipélago, adianta a mesma nota.

Será o Airbus A320-NEO que fará a ligação entre a Alemanha e os Açores e terá capacidade de transportar 3.960 passageiros para a região nesta operação sazonal de verão.

“Esta ação é resultado de uma forte aposta da ATA no mercado alemão, o principal mercado internacional emissor de turistas para a Região, com um número de dormi-

mileniostadium.com

das de cerca de 360.000 em 2019”.

Para estimular a procura turística no mercado, e para consolidar as restantes operações aéreas que já se encontram em curso, a ATA lançou um concurso público para a realização de ações de promoção co-branded no mercado da Alemanha, em parceira com operadores turísticos relevantes, no valor de cerca de 500.000 mil euros, finaliza a nota.

O Governo Regional dos Açores congratula-se pelo anúncio da rota Frankfurt-Ponta Delgada pela companhia aérea Lufthansa, visto que esta vem aumentar a oferta na rota já existente e operada pela Azores Airlines para o importante mercado emissor alemão.

Em nota enviada às redações, o executivo açoriano considera que esta iniciativa é fundamental “para a persecução dos objetivos de incremento dos fluxos turísticos deste mercado para a Região e vem demonstrar a atratividade do destino, apesar da atual conjuntura pandémica, reforçando assim a ideia além-fronteiras de os Açores serem considerados um destino seguro”.

AO/MS

sente-se “discriminada porque estão a fazer isso [promover a cerca] na zona piscatória”.

A jovem diz-se “prejudicada” por não conseguir sair de Rabo de Peixe para ir à escola e por “muitos dos professores não mandarem trabalhos”, o que faz com que “perca a matéria dada e testes, e fique mais atrasada” do que os colegas quando regressar às aulas.

Perante o coro de protestos que se faz sentir nas ruas face à presença da comunicação social, a jovem estudante admite que “a maioria está a ser penalizada porque algumas pessoas que estão infetadas não respeitam o confinamento”.

“Acho bem que eles [autoridades] queiram encontrar uma solução para a pandemia da Covid-19, mas isso é um exagero, devendo haver mais fiscalização nas casas das pessoas infetadas em alternativa às cercas, ou meter as pessoas em hotéis”, aponta Patrícia Gonçalves, que considera esta situação uma “discriminação para os pescadores”.

João Oliveira, que gere uma mercearia de família na zona da cerca sanitária, afirma que “nem vale a pena sair de casa para fazer negócio” neste cenário, defendendo que “os infetados deveriam realizar a quarentena em hotéis”.

“Quem não quisesse sair de casa, a polícia atuava, uma vez que sabem quais são as casas em que as pessoas estão infetadas””, refere o comerciante local.

A comunidade piscatória de Rabo de Peixe possui o maior porto de pesca dos Açores, concentrando grande parte do efetivo de pescadores e da frota regional, sendo responsável por grande parte do pescado capturado.

A cerca sanitária foi implementada em toda a vila de Rabo de Peixe no dia 13 de janeiro, tendo sido reduzida para parte da localidade a 05 de fevereiro.

Desde as 00h00 e até ao dia 01 de março, ficará ainda mais limitada, restringindo-se à zona piscatória.

AO/MS

Autarquia da Horta apoia 77 famílias com jovens no Ensino Superior A Câmara Municipal da Horta vai investir 102 mil euros em bolsas de estudo para jovens do concelho a frequentar o ensino superior.

I

ndica nota que são 34 as bolsas atribuídas ao abrigo do Regulamento de Apoio Financeiro a Jovens e 43 por determinação do presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, que invoca o “Regime Excecional para promover a capacidade de resposta das autarquias locais no âmbito da doença Covid-19”, em vigor.

A autarquia fundamenta o alargamento das atribuições de bolsas, às dificuldades que as famílias atravessam de momento, que conduziram a isolamentos forçados e a custos económicos e sociais acrescidos com a manutenção dos seus filhos no ensino superior.

“Nesse sentido, procurámos, em primeiro lugar, esgotar o valor previsto em regulamento, o que permitiu chegar a 34 famílias. Depois, constatámos que 43 candidaturas preenchiam os requisitos do

regulamento mas já não podiam, por regulamento, serem apoiadas”, referiu José Leonardo Silva, citado na mesma nota. O autarca explicou, ainda, que “a solução para dar resposta a este crescendo número de jovens com fracos recursos financeiros, foi reforçar o Fundo de Emergência Social ao abrigo da legislação para fazer face à retoma da Covid-19”.

Perante esta situação, esclarece, “não pode haver dúvidas e vamos mesmo apoiar todos os que têm condições para serem apoiados”.

AO/MS

Créditos: DR

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mileniostadium.com

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

21 mil pessoas já estão vacinadas na RAM Segundo a coordenadora do plano de vacinação no Funchal só não há mais pessoas vacinadas porque a alocação de vacinas à região não permite acelerar o processo. Ao JM afirma que já foram 21.000 pessoas vacinadas desde o início do plano de vacinação.

A

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Eduardo Jesus vinca premência na aquisição de equipamentos para o aeroporto da Madeira mento e que se adquiram os equipamentos para que comecem a produzir o seu efeito o mais rapidamente possível. Sublinha que “a inoperacionalidade tira competitividade ao destino e prejudica gravemente a Madeira, principalmente num momento em que estamos a apostar tudo no relançamento deste destino turístico”.

Confirma que “não podemos voltar a rata-se de um novo grupo de trabalho ter e a conviver permanentemente com que tem como função estudar os pro- esta ameaça, que nos tira competitividade, blemas da operação aérea da Madeira. causa problemas aos operadores com quem Nessa reunião, o Secretário Regional do trabalhamos e insatisfação aos visitantes”.

JM/MS Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, deixou evidente que “não há necessidade de discutir o que já está discutido, nem de voltar tudo ao princípio”. Neste âmbito, Eduardo Jesus relembra que existiu um grupo de trabalho que desenvolveu o estudo para o Aeroporto da Madeira entre 2017 e 2019. E que neste último ano “concluiu com a recomendação de quais são os equipamentos que devem ser adquiridos pela NAV, uma vez que é competência deste operador essa mesma aquisição e instalação, para que se comece a aferir e a obter a informação necessária para a tomada de uma decisão”.

O governante refere que a “posição do Governo Regional é muito clara e foi objetivamente expressa na reunião. O importante, neste momento, é validar as conclusões que o grupo de trabalho verteu em 2019 e saber se a recomendação referente à versão dos equipamentos e à localização para a sua instalação se se mantém exatamente como foi decidido em 2019, decorridos que estão dois anos sobre a conclusão desse mesmo trabalho, para que se admita como certo o caderno de encargos que a própria NAV já tinha preparado para o lançamento do concurso para a aquisição e instalação”.

Eduardo Jesus insiste que para a Região Autónoma da Madeira é fundamental e imprescindível que se promova esse investiO Governo Regional participou esta quarta-feira (24) na reunião convocada pela Secretaria de Estado Adjunta e das Comunicações com o intuito de fazer prevalecer a urgência que existe na compra dos equipamentos e a sua instalação no Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo.

T

Créditos: DR

Créditos: DR

na Maria Gouveia, enfermeira-chefe com a especialidade de enfermagem comunitária, um dos membros da Comissão Regional de Vacinação (CRV) e coordenadora do centro de Vacinação Covid19 do Funchal, criado no Madeira Tecnopolo, revelou ao JM que “são vacinados por dia entre 800 a 1.000 utentes” do Serviço Saúde Regional, conforme os critérios do “plano regional de vacinação covid-19”.

Até agora, ressalva, “já foram vacinadas quase 21.000 pessoas”, um valor que só não é maior devido às restrições

com o envio das vacinas para a Região.

Ou seja, se houvesse mais vacinas, mais pessoas estavam a ser vacinadas.

A enfermeira coordenadora do centro de vacinação do Madeira Tecnopolo revelou que o Lar Câmara Pestana também estava a ser vacinado com a 2.º dose durante o dia de quarta-feira (24).

Também os utentes que o plano de vacinação já prevê para aquele dia estavam a ser vacinados, tal como decorreu “a vacinação em São Vicente e Porto Moniz” durante esta data. Na quarta-feira (24), acrescentou, estavam a ser vacinados “370 operacionais” de todas as forças de segurança e socorro pré-hospitalar” que operam na Madeira, naquela que é a 2.ª dose da vacina.

As pessoas vacinadas até à data integram os grupos prioritários definidos no plano regional de vacinação contra a Covid-19 na RAM, administradas de acordo com a alocação das vacinas à região.

JM/MS

MILÉNIO | AUTONOMIAS

Madeira volta a ser “destino preferido da APAVT” A Madeira volta a ser em 2021 o ‘Destino Preferido da APAVT’, tal como já havia acontecido o ano passado, anunciou esta quarta-feira (24) a Secretaria Regional de Turismo e Cultura em comunicado.

S

egundo a mesma nota, a apresentação será feita esta semana através do webinar a realizar na sexta-feira, dia 26, onde vai estar o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, e o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, entre muitos convidados.

O Destino Preferido da APAVT é um projeto anual que visa dinamizar os fluxos turísticos para um determinado destino, quer através de um trabalho de marketing quer através de um trabalho ao nível técnico com os operadores turísticos e com os agentes de viagens.

Já em 2016 a Madeira havia sido igualmente escolhida como Destino Preferido

da APAVT, permitindo que, desde então o turismo nacional tenha crescido continuamente para a Região.

O secretário regional de Turismo e Cultura sublinha que este é “um momento de grande felicidade e consideração com a Madeira, por parte da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo”, e acentua que a relação entre o Governo Regional e a APAVT “tem sido sempre pautada pelo envolvimento comum e entusiasmado, ao longo de todos estes anos”.

Por isso, Eduardo Jesus frisa ser com “uma atitude determinada na inovação que se pretende o desenvolvimento desta parceria com a APAVT”. Acrescentando que “se entende esse momento como ideal para promover a superação dos desafios que a pandemia nos trouxe, acreditando que, como noutras alturas, a APAVT e todos os seus associados farão parte de um processo que se deseja do maior sucesso”.

JM/MS

Teófilo Cunha visita grupo Vidinha e enaltece capacidade de inovação O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, realçou a “capacidade de inovação” e resiliência das empresas que operam no setor da comercialização e transformação das pescas por mesmo em tempo de pandemia apresentarem um volume de negócios positivos e estarem a contratar novos funcionários.

T

eófilo Cunha visitou esta quarta-feira (24) a Friatum, empresa do Grupo Vidinha, com sede da Zona Franca da Madeira. A empresa foi fundada na Região há 76 anos, é das mais robustas do setor das pescas. A faturação é na ordem dos 20 milhões de euros/ano, garante emprego a 86 pessoas, adquire e transforma anualmente 4.300 toneladas de pescado que depois exporta para vários mercados, como Espanha, Itália, Japão, EUA, Inglaterra, França e mercado da lusofonia.

“Esta visita é a demonstração de que uma empresa regional, de capitais próprios, mesmo em ano de pandemia consegue aguentar-se e inovar nas áreas de comercialização e transformação de pescado, e até contratar mais funcionários”, salientou o governante.

“A empresa revela uma grande visão porque não se deixa ficar apenas nas áreas da comercialização e transformação”, realçou o secretário regional de Mar e Pescas, depois de uma prolongada visita aos se-

tores de produção e expedição da empresa. “Este grupo apresenta inovação para o setor e tem novos projetos dependentes de apoios comunitários para alargar a sua área de negócios, é este tipo de empresas que o Governo Regional está disposto a apoiar porque esta dinâmica faz aumentar a riqueza e criar postos de trabalho numa área que muitas vezes é vista como uma área de pouco rendimento, mas esta empresa prova o contrário.”

Um dos novos produtos do Grupo Vidinha, que está a ser apresentado no mercado, é o conceito “Vidinha à Mesa”, que transforma a espada em filete panado ou em panadinhos, prontos a ir ao forno e depois à mesa. A empresa tem também em projeto a construção de novas instalações, dimensionadas para alargar as áreas de negócio.

Interpelado sobre a quantidade de pescado que vai a leilão nas lotas, o secretário regional de Mar e Pescas explicou que “todo o peixe pescado passa obrigatoriamente pelas lotas, o que acontece é que as empresas precisam do pescado para transformação e por essa razão os pescadores celebram com as empresas um contrário prévio para adquirem o peixe, se o pescador acertou o preço é porque está satisfeito, se o peixe fosse a leilão, provavelmente o preço seria menor, ou não”.

JM/MS

MILÉNIO | ÁFRICA

mileniostadium.com

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

ÁFRICA

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Primeira vacina contra covid-19 a chegar a Moçambique é da China

Chuva deixa mais 11 mil pessoas isoladas no norte de Moçambique Cerca de 11 mil pessoas de três comunidades de Mavango, Niassa, no interior norte de Moçambique, estão isoladas depois de a chuva ter danificado as vias de acesso, anunciaram as autoridades moçambicanas.

A

ligação habitual à sede distrital ficou cortada depois de alguns troços terem ficado submersos e após a queda de algumas pontes noutros pontos da estrada, indicaram.

A situação de isolamento é a mais recente a ser registada após a chuva intensa das últimas semanas, que tem provocado estragos, sobretudo nas províncias do sul.

Em Gaza, uma dessas regiões, as autori-

A primeira vacina contra a covid-19 ções estão numa fase avançada com os chegou nesta quarta-feira (24) a Mo- nossos parceiros”, acrescentou.

Moçambique aguarda pela sua parte çambique oriunda da China, anunciou o Presidente da República, Filipe Nyusi. no âmbito do mecanismo internacional Covax.

Filipe Nyusi termina a mensagem Chega ao país na tarde desta quarta-feira o primeiro lote da vacina”, com um agradecimento “ao Presidente escreveu o chefe de Estado na rede Xi e ao povo irmão da República Popular da China”.

Facebook na Internet.

Moçambique tinha na quarta-feira Segundo referiu Filipe Nyusi, a chegada da vacina ao país é o resultado de (24) um total acumulado de 606 mortes contactos com o Presidente chinês, Xi e 56.595 casos de covid-19, após uma Jinping, mantidos “nos últimos dois subida acentuada em janeiro.

Só em janeiro o país registou mais cameses”. Numa primeira fase, visa proteger “grupos prioritários, entre eles, os sos e mortes que em todo o ano de 2020, elevando para mais de 300 o número de profissionais da Saúde”.

“Com a chegada deste lote, o nosso internamentos, pressionando o sistema desafio continua de modo a garantir a de saúde.

A21/MS vinda de outras doses, cujas negocia-

“

dades agendaram para hoje o arranque da ajuda com suprimentos a cerca de 20 mil pessoas de Chibuto.

Cinco embarcações da proteção civil vão transportar farinha de milho, óleo alimentar, açúcar, sabão e feijão.

Este ano, milhares de pessoas já foram afetadas pelas intempéries.

As mais graves foram a tempestade Chalane, no final do ano, e o ciclone Eloise, em janeiro, com um balanço oficial total de 19 mortos. Relatos de autoridades locais apontaram para o dobro.

No último fim de semana, o ciclone Guambe passou ao largo da costa moçambicana e afetou vários distritos da zona sul.

JN/MS

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Cabo Verde defende lugar permanente para África no Conselho de Segurança

“

É fundamental a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que possa haver uma representação mais justa e adaptada aos tempos de hoje.

Tem de se fazer justiça a África, o único continente não representado de forma permanente”, disse Jorge Carlos Fonseca.

O chefe de Estado cabo-verdiano falava durante o primeiro dia dos encontros “Triângulo Estratégico: América Latina Europa - África”, espaço de diálogo político e económico, promovido pelo Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL).

Jorge Carlos Fonseca respondia, desta forma, quando questionado sobre as reformas necessárias no sistema multilateral para responder aos grandes desafios mundiais. “É a reforma mais emblemática e a que representa o maior desafio para o sistema multilateral”, disse, assinalando os “interesses opostos” de vários grupos e os impasses que estes criam.

“A credibilidade do sistema multilateral está em jogo. É a própria declaração dos 75 anos das Nações Unidas que assume o compromisso de instilar essa reforma. É isso que pretendemos e para o qual queremos contribuir”, sublinhou.

“Devemos continuar a trabalhar conjuntamente de forma que nenhum país seja deixado para trás no que respeita à imunização da população e à retoma da economia”, disse.

O chefe de Estado cabo-verdiano reconheceu a importância do mecanismo Covax, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Aliança para o Acesso às Vacinas (Gavi), mas reclamou “maior apoio internacional” à iniciativa que deverá permitir acesso a doses de vacinas para imunizar 35% da população dos países africanos.

“Revela-se preocupante que o continente africano tenha de procurar mecanismos adicionais além do Covax para garantir que pelo menos 60% da população seja vacinada”, disse. “É preciso que a equidade seja um princípio vetor na distribuição do que é produzido em termos de vacinas”, acrescentou.

O secretário-geral das Nações Unidas alertou esta segunda-feira (22) que 10 países administraram 75% das vacinas contra a covid-19 e que 130 não receberam uma única dose.

Na segunda-feira (22), a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que Cabo Verde será um dos primeiros países africanos a receber vacinas contra a covid-19 através da plataforma Covax.

A Covax é uma iniciativa conjunta da Os encontros “Triângulo Estratégico: com os países africanos da Comunidade América Latina - Europa - África”, que este Económica dos Países da África Ocidental OMS e da Aliança para o Acesso às Vaciano cumprem a sua décima edição e de- (CEDEAO) e da União Africana (UA) na de- nas (GAVI) para fornecer vacinas contra a corre em formato ‘online’, têm como tema fesa do “acesso universal, equitativo e rá- covid-19 a países de médio e baixo rendicentral a recuperação económica e a saúde pido” à vacina contra a covid-19 em África. mento.

NM/MS Por outro lado, destacou a convergência global no pós-pandemia de covid-19.

Neste contexto, Jorge Carlos Fonseca entre países africanos também na proposta adiantou que Cabo Verde está alinhado do perdão da dívida aos países pobres.

Créditos: DR

O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, defendeu uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que “faça justiça” a África, o único continente sem representação permanente no mais importante órgão da organização.

O despacho Fachin acolheu a tese da defesa e disse que é direito dos advogados utilizar o material da Spoofing para discutir a legalidade da prova.

Segundo o ministro, “impõe-se assegurar o direito defensivo em fazer o efetivo uso desses elementos de prova, porque inéditos, uma vez obtidos apenas por autorização do Supremo Tribunal Federal, por intermédio do meio processual cabível e que melhor lhe aprouver”. Fachin, no entanto, ressaltou que sua decisão é processual e que não há uma análise sobre o conteúdo das mensagens.

“Na presente reavaliação da controvérsia, atesta-se tão somente a procedência da pretensão da parte agravante no que concerne à necessidade de processamento do incidente de falsidade”.

O STF ainda tem recursos que discutem o acesso de Lula às mensagens e também a validade desse material para ser utilizado em ações na Justiça. Não há prazo para que essas questões sejam julgadas.

G1/MS

No Brasil há pacientes covid amarrados às camas por falta de sedativos Um hospital público do estado brasileiro do Amazonas prendeu os doentes com Covid-19 às camas, por falta de sedativos para a intubação dos pacientes.

O

s doentes do Hospital Municipal Jofre Cohen, em Parintins, a mais de 300 quilómetros de Manaus, a capital do estado, foram presos às camas dos hospitais com gaze nos pulsos porque acabaram os sedativos para intubação naquele hospital. Apesar de ser uma situação insólita, a presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Suzana Lobo, disse ao site G1 que este procedimento não está errado e explicou os perigos quando acaba o efeito do sedativo para o paciente.

“A primeira coisa que pode acontecer é uma auto-extubação. Ele tira o tubo e isso pode levar, inclusive, a uma paragem cardíaca. É desumano a gente pensar que uma pessoa vai ser mantida em uma ventilação mecânica, em uma ventilação artificial, sem estar sob analgesia e uma boa sedação.

Ela vai sentir desconforto, ela vai sentir ansiedade, ela vai sentir medo. E tudo isso vai levar a consequências muito graves mesmo

que não na hora, no futuro. Pode levar a várias consequências traumáticas”, esclareceu a presidente da Associação Brasileira de Medicina Intensiva.

A intubação é um procedimento utilizado em casos com complicações respiratórias e por isso é um dos recursos usados na recuperação de doentes com covid-19.

Antes da pandemia, os hospitais do estado do Amazonas consumiam 800 ampolas por mês de um dos medicamentos usados para sedação de pacientes. Com o novo pico da pandemia, o número subiu para 28 mil ampolas em dezembro e 50 mil em janeiro. Atualmente, o estado do interior do Brasil consome mais da metade do produto comercializado no país.

A Secretaria de Saúde do Amazonas declarou que não recebeu nenhuma queixa relativa a esta situação e que o medicamento foi enviado assim que o Município pediu.

Já o Ministério Público brasileiro afirmou que vai investigar a veracidade dos factos e só depois decide se avança, ou não, com uma ação judicial.

JN/MS

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O

ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Justiça Federal do Paraná julgue um recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que usa mensagens apreendidas na Operação Spoofing da Polícia Federal para questionar provas em uma ação penal contra o petista.

O recurso apresentado pela defesa de Lula à Justiça Federal do Paraná é chamado de incidente de ilicitude de prova.

Nele os advogados pediram que fosse suspensa a ação penal na qual o ex-presidente é réu por supostas vantagens indevidas recebidas da Odebrecht na forma de um imóvel em São Paulo, para utilização do Instituto Lula, um apartamento em São Bernardo do Campo e diversos pagamentos ilícitos feitos para ele e para o PT. Os advogados argumentaram que as mensagens apreendidas na operação Spoofing mostram que houve vícios processuais especialmente nos procedimentos de cooperação internacional para a transmissão das provas extraídas dos sistemas de contabilidade da Odebrecht e que foram utilizadas na ação penal contra Lula.

O pedido foi negado pela Justiça do Paraná sob argumento de que a defesa de Lula já havia questionado anteriormente esses pontos, sendo que os supostos vícios processuais ainda vão ser analisados na sentença da ação penal.

Outra justificativa foi que as alegações de violação ao procedimento de cooperação jurídica internacional entre Brasil e Suíça não têm relevância à constata-

ção da eventual falsidade material dos sistemas da Odebrecht.

Na operação Spoofing, que aconteceu em junho de 2019, a PF prendeu hackers que invadiram celulares de autoridades, entre elas o ex-juiz Sergio Moro e procuradores que atuaram na Lava Jato no Paraná. Também apreendeu mensagens trocadas entre eles sobre diversos assuntos, entre eles processos envolvendo Lula. O conteúdo do vazamento ficou em sigilo até que, em dezembro do ano passado, o ministro do STF Ricardo Lewandowiski atendeu a um pedido da defesa do petista e garantiu e ele acesso às mensagens apreendidas.

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BRASIL

Fachin manda juiz da Lava Jato analisar ação de Lula contra provas da Odebrecht Defesa do ex-presidente usa troca de mensagens de autoridades obtidas por hackers e apreendidas pela Operação Spoofing para questionar uso do sistema da empreiteira em ação.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Lucro de R$ 59,9 bilhões da Petrobras no 4º trimestre é recorde entre empresas brasileiras Segundo Economatica, trata-se do ração com o ano anterior.

Em 2019, a estatal tinha registrado lucro maior lucro da história das empresas de capital aberto na bolsa de valores bra- líquido de R$ 40,1 bilhões – o maior lucro nominal da história da companhia e tamsileira. bém entre as empresas de capital aberto na lucro líquido de R$ 59,9 bilhões re- bolsa de valores brasileira.

Segundo destacou a Petrobras em seu portado pela Petrobras no 4º trimestre de 2020 é o maior já registrado balanço, o lucro elevado no 4º trimestre foi num trimestre por empresas brasileiras de influenciado principalmente por uma recapital aberto, segundo levantamento da versão de baixa contábil realizada nos triprovedora de informações financeiras Eco- mestres anteriores, no montante de R$ 31 nomatica. Até então, o maior lucro trimes- bilhões, “como resultado das novas curvas tral a Petrobras tinha sido o do 2º trimestre de preço do Brent e de câmbio aprovadas de 2019, quando a petroleira registrou um no Plano Estratégico 2021-25, bem como pela revisão do portfólio de projetos. ganho de R$ 18,8 bilhões.

“Desconsiderando os efeitos não recorSegundo a Economatica, o resultado da Petrobras nos 3 último meses de 2020 rentes, o lucro líquido ainda seria positivo é tanto recorde nominal como também em R$ 29 bilhões [no 4º trimestre]”, inforquando se ajusta os valores dos maiores lu- mou a Petrobras.

Já a dívida total líquida da empresa sucros da história pela inflação.

O segundo maior lucro trimestral já re- biu pelo segundo ano seguido, alcançando gistrado foi o da Oi, que reportou R$ 30,5 R$ 328,2 bilhões no final de 2020, alta de bilhões no 1º trimestre de 2018, ou R$ 34,3 11,8% na comparação com 2019 (R$ 317,8 bilhões em valores ajustadas pela inflação bilhões), segundo a Economatica. O caixa medida pelo IPCA. Na ocasião, o resultado da empresa, no entanto, aumentou 93% da empresa foi fortemente favorecido pela na comparação anual, atingindo R$ 64,2 da reestruturação da dívida aprovada em bilhões no final de 2020. A companhia anunciou também o pagamento de R$ 10,3 processo de recuperação judicial.

O levantamento analisou os maiores lu- bilhões aos acionistas, sob a forma de dicros trimestrais das empresas brasileiras de videndos, equivalente a R$ 0,787446 por capital aberto do ano de 1986 até dezembro ação ordinária e preferencial em circulação, com base no resultado anual de 2020. de 2020.

Este deve ser o último resultado financeiro da estatal sob o comando de Roberto CasPetrobras encerrou 2020 com lucro de tello Branco, que deverá ser substituído em R$ 7 bilhões março após o presidente Jair Bolsonaro deApesar do resultado recorde no 4º tricidir indicar o general Joaquim Silva e Luna mestre, a Petrobras encerrou 2020 com um para assumir a presidência da petroleira. lucro líquido de R$ 7 bilhões em 2020, o que G1/MS representa uma queda de 82,3% na compa-

O

Enfermeira do Samu em Manaus diz que pacientes esperam até quatro horas por atendimento No mês passado, foram 547 ligações saltou para 89. Além da falta de vagas e de atendidas pelo Samu na cidade. Em oxigênio, o Samu de Manaus sofre com a retenção de macas e outros equipamentos, 2020, foram 73 no mesmo período. já que os hospitais não têm como oferecer or uma noite, a repórter Nathalia Ta- para os pacientes. “Para o paciente ficar no volieri acompanhou a peregrinação serviço, as unidades retém o nosso mateda equipe de enfermeiros do Samu rial, a maca, que é para o paciente ter onde para encontrar um hospital com leito dis- ficar deitado”, explica Gisele.

G1/MS ponível para pacientes com Covid-19 .

“A gente já chegou a atender ocorrência com quatro horas de espera de atendimento. Isso é surreal”, desabafa Gisele Torrente, enfermeira do Samu.

P

Samu sobrecarregado No mês passado, foram 547 ligações atendidas pelo Samu; no mesmo período em 2020 foram 73. Em janeiro de 2020, a equipe atendeu 25 casos de pessoas que morreram em casa. Em 2021, o número

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Covid-19

Nova variante do vírus está a circular em Nova Iorque mais urgente, para que a imunização não fique comprometida. Um grupo do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e outro da Universidade de Columbia (cujo estudo ainda não é público) descobriram uma nova variante da SARS-CoV-2 em Nova Iorque.

A mutação B.1.526 apareceu pela primeitualmente, a covid-19 ocupa o tempo de milhares de cientistas e inves- ra vez em novembro, mas durante este mês tigadores em todo o mundo numa parece estar em crescimento, sobretudo luta desenfreada contra a propagação do na região de Nova Iorque, avança o jornal vírus. Com o aparecimento das vacinas, a “The New York Times” (NYT). Mais condeteção de novas variantes torna-se ainda cretamente, a variante será responsável

Um grupo de investigadores detetou uma nova variante do vírus a circular na região de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mais uma vez, teme-se que a eficácia das vacinas contra a covid-19 possa estar em causa.

A

por uma em cada quatro das sequências virais analisadas.

Os cientistas do Caltech analisaram, num estudo publicado esta terça-feira (23), milhares de sequências virais a partir da base de dados da iniciativa científica GISAID. A equipa concluiu que havia “um padrão recorrente” e “concentrado” da SARS-CoV-2 naquela parte dos EUA, explicou Anthony West, biólogo computacional do instituto, ao jornal norte-americano.

A nova variante foi encontrada pelo instituto com a mutação E484K, observada

na África do Sul e Brasil, e com a mutação S477N, que pode afetar a forma como o vírus se liga às células humanas. Este mês, as duas juntas representavam cerca de 27% das infeções na cidade de Nova Iorque e formam a B.1.526.

Por outro lado, a Universidade de Columbia analisou mais de mil amostras dos pacientes do seu centro médico. Cerca de 12% das pessoas foram infetadas com a variante que contém a mutação E484K - eram utentes seis anos mais velhos do que a média e com mais probabilidade de terem sido hospitalizados.

“Vimos casos em Westchester, Bronx e Queens, na parte baixa de Manhattan e em Brooklyn”, disse ao NYT , David Ho, diretor do Centro de Pesquisa Aaron Diamond, que se dedica ao estudo do vírus HIV, mas que nos últimos tempos tem-se concentrado também na SARS-CoV-2. “Parece ser generalizado. Não é um único surto”, sentenciou.

David Ho adiantou que a Universidade de Columbia já contactou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, bem como as autoridades da cidade e do estado de Nova Iorque.

Apesar da descoberta, nenhum dos estudos foi validado por outros cientistas nem publicado numa revista científica. Porém, outros especialistas (não envolvidos na pesquisa) reconheceram ao “The New York Times” que a nova variante em Nova Iorque é para levar a sério.

“Não é uma notícia particularmente feliz”, afirmou o imunologista Michel Nussenzweig, que diz estar mais preocupado com esta descoberta do que com variante da Califórnia. Já a virologista Kristian Andersen defendeu que, existindo a deteção das mutações E484K e S477N na variante nova-iorquina, “é definitivamente” importante estar atento.

A informação torna-se particularmente relevante numa altura em que a vacina começa a ser administrada um pouco por todo o mundo. Vários estudos adiantam que a mutação E484K, por exemplo, pode contornar a imunidade da vacina. Os vacinados “podem recuperar, mas ficam um pouco doentes”, conclui Michel Nussenzweig.

JN/MS

Trabalho

Joe Biden revoga veto de Trump à entrada de certos imigrantes nos EUA O Presidente dos EUA revogou na quarta-feira (24) uma medida do antecessor, Donald Trump, que vetara a entrada de alguns imigrantes pelo “risco [que representavam] para o mercado de trabalho”.

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C

om esta decisão, Joe Biden inverteu com efeito imediato a decisão de Trump, anunciada em 22 de abril de 2020, nos primeiros meses da pandemia do coronavírus, que atingiu duramente a economia dos EUA e atrasou a criação de emprego.

A decisão de Trump foi prorrogada em junho de 2020 e depois a 31 de dezembro último, ordenando a suspensão “da entrada de imigrantes e não imigrantes que representem um risco durante a recuperação económica, após o surto do coronavírus”.

Biden defendeu agora que impedir a chegada destas pessoas “não faz avançar os interesses da América”.

“Pelo contrário”, acrescentou, “prejudica os Estados Unidos, inclusive ao impedir

membros da família de cidadãos americanos e residentes permanentes legítimos de se reunirem com os seus familiares”.

De acordo com o decreto, a decisão do antecessor “também prejudica as indústrias americanas que utilizam talentos de todo o mundo e prejudica os indivíduos que foram selecionados para receber a oportunidade de se candidatarem, e aqueles que também receberam vistos de imigrantes através da Lotaria da Diversidade de Vistos”.

Além de reverter a decisão da administração anterior, Biden instruiu os secretários de Estado, Trabalho e Segurança Interna a reverem “quaisquer regulamentos, ordens, documentos de orientação, políticas e quaisquer outras ações similares” desenvolvidos sob o decreto anterior e, se necessário, emitir novas disposições, de acordo com a atual política.

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Covid-19

UE vai ter 70% da população vacinada no verão, acredita Elisa Ferreira “

Estou convicta de que a capacidade de produção de vacinas vai aumentar e que de facto no verão conseguiremos cumprir a meta de 70% da população vacinada, com uma cooperação muito estreita com os sistemas de saúde dos Estados-membros”, afirmou Elisa Ferreira, esta quinta-feira (25), durante a videoconferência “Tempo de atuar para uma Europa resiliente”, organizada pela embaixada de Portugal em Madrid.

Segundo a comissária, com o surgimento da pandemia de covid-19 eclodiram também “expectativas elevadas em relação às competências da UE” em matéria da saúde.

Contudo, esta é uma área da competência dos Estados-membros, lembrou, pelo que é necessário “calibrar” essas expectativas em torno do bloco comunitário.

Ainda assim, e tendo em conta as limitações da competência da UE em matéria de saúde, Elisa Ferreira argumentou que “a Comissão não se retraiu nem evitou tomar decisões e agir em todas as dimensões onde era possível”.

“Estamos a fazer o máximo para ajudar os cidadãos nos países, nas regiões, que precisam de ajuda, tendo em conta os nossos limites”, garantiu.

Para a comissária, “sem a negociação coletiva” por parte da Comissão Europeia na compra de vacinas contra a covid-19 “teria havido uma estratégia de nacionalismo

vacinação contra a covid-19 para permitir que os cidadãos europeus possam circular livremente assim que estiverem vacinados.

Para Elisa Ferreira, contudo, esta “não é a solução” para o problema, defendendo “algo mais prático que permita efetivamente a circulação de pessoas” e que não dê espaço para “a discriminação” dos cidadãos que não tiveram ainda possibilidade de serem vacinados.

“Neste momento, na Europa, os números [de pessoas vacinadas] variam entre países, mas temos entre 3% a 10% da população vacinada. Ora, os 97% ou 90% de cidadãos que não receberam ainda as vacinas não podem ser discriminados”, frisou.

A solução poderia passar, então, de acordo com a comissária, pelo acesso generalizado a testes rápidos de covid-19, para que as pessoas que queiram ou precisem de viajar possam comprar um teste rápido antes de o fazer.

Ainda assim, considera que a criação de um certificado de vacinação, tal como o que se usa atualmente para identificar a febre amarela, “é uma boa ideia”, mas coloca em causa “os direitos que lhe estão associados”, que “têm de ser geridos com muitíssimo cuidado para que não se criem disparidades entre os cidadãos”, pois, defende, “tal não é aceitável”.

Elisa Ferreira participou numa videoconferência organizada pela embaixada de Portugal em Madrid, em conjunto com dentro da UE, com os Estados-membros a que o projeto europeu “tradicionalmente a representação da Comissão Europeia em competirem entre si” e “o preço a pagar te- evolui com as crises”. No entanto, “é neMadrid, no âmbito da presidência portucessário que os cidadãos e as instituições ria sido muito maior”. guesa do Conselho da UE, que irá decorrer Elisa Ferreira admite que “no futuro, é assim o desejem”, apontou. ao longo deste primeiro semestre do ano.

A União Europeia tem vindo a discupossível se fará sentido dar mais compeJN/MS tências à UE em matéria de saúde”, dado tir também a criação de um passaporte de Créditos: DR

A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, está “convicta” de que a União Europeia vai cumprir a meta de vacinar 70% da população contra a covid-19 até ao verão.

GRU

Alemão acusado de espionagem por transmitir dados parlamentares aos russos Um alemão suspeito de ter comunicado dos. O Bundestag está localizado no prédio à Rússia dados relativos ao Bundestag, do Reichstag, um marco de Berlim, mas a Câmara Baixa do Parlamento da Aletambém tem outras propriedades. manha, foi acusado de espionagem pelo As acusações foram apresentadas a um Ministério Público. tribunal de Berlim em 12 de fevereiro. O tribunal terá que decidir se vai prosseguir Entre o final de julho e o início de secom o processo contra o suspeito. tembro de 2017, o suspeito decidiu As relações entre a Alemanha e a Rússia pela sua própria iniciativa transmitir têm sido afetadas por uma lista crescente informações sobre as propriedades do Bunde questões nos últimos anos. destag alemão aos serviços de informação Em outubro, a União Europeia impôs russos”, refere um comunicado do Minissanções a dois funcionários russos (intetério Público. grantes da GRU) por causa de um ataque Na nota, o Ministério Público alemão cibernético contra o parlamento alemão também detalha que estes documentos, em em 2015. forma de arquivos PDF, foram transmitidos Além disso, um homem russo acusado de a um funcionário da embaixada russa em matar um georgiano em plena luz do dia no Berlim, suspeito de ser membro do serviço centro de Berlim, por ordem de Moscovo de informação militar russo (GRU). em 2019, está a ser julgado na Alemanha.

O suspeito, identificado apenas como O envenenamento, no ano passado, do Jens F., de acordo com as regras de privacilíder da oposição russa Alexei Navalny, que dade alemãs, trabalhava para uma empresa foi levado de avião para a Alemanha para que havia sido repetidamente contratada tratamento e foi preso imediatamente após para verificar aparelhos elétricos portáteis retornar à Rússia, acrescentou mais tenno Bundestag, segundo o comunicado. sões entre os dois países.

Com isso, o homem teve acesso a arquiJN/MS vos PDF com plantas dos imóveis envolvi-

Créditos: DR

“

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Opinião

O primeiro lugar é, cada vez mais, uma miragem para os encarnados: na deslocação a Faro, a equipa de Jorge Jesus voltou a facilitar e perder pontos. No Estádio de São Luís, as águias não conseguiram ir além do empate sem golos, enquanto que o Farense somou a primeira partida sem sofrer golos nesta época.

A

pesar da partida ter iniciado dividida, não tardou até que os encarnados se impusessem: aos 8’, foi Darwin quem atirou e fez com que a bola passasse muito perto da baliza de Defendi.

Na realidade, não se pode dizer que o Benfica não tenha tentado: conseguiu controlar o jogo, criar situações de perigo… mas faltou a pontaria! Bem, convenhamos que também encontraram uma imponente muralha em Defendi, que foi correspondendo em diversos momentos, como por exemplo aos 19’,quando travou um golo certo de Everton. Já aos 25’ e 36’ Darwin e Rafa, respetivamente, estiveram perto de inaugurar o marcador mas desperdiçaram as oportunidades.

Ainda antes do intervalo o Farense chegou a introduzir a bola na baliza de Helton Leite mas, após indicação do VAR, Hugo Miguel anulou o tento por fora de jogo de Licá.

Rafa voltaria a ter uma oportunidade soberana aos 60’, após um fantástico passe de calcanhar de Seferovic, mas tentou o chapéu a Defendi, que por sua vez fez uma grande defesa e impediu o golo.

São já 15 os pontos que separam as águias do primeiro lugar, ocupado pela equipa de Rúben Amorim.

De visita à “pérola do Atlântico” os azuis e brancos dominaram durante toda a partida e trouxeram para o continente três preciosos pontos. Já o Marítimo somou a sexta derrota consecutiva e está no fundo da tabela classificativa.

Logo no início da partida Tagueu obrigou Marchesín a aplicar-se mas, na realidade, seriam os dragões a desbloquear o marcador aos 14’: Sérgio Oliveira marcou o livre, a bola fez várias viagens dentro da grande área madeirense mas acabou por encontrar o destino graças a Uribe, que encheu o pé e atirou para o 1-0.

Sete minutos depois foi a vez dos insulares responderem: após cobrança de um canto, a bola acabou por sobrar para Leo Andrade, que só teve que encostar para o empate.

Tal como aconteceu na primeira metade, o Marítimo foi o primeiro a ameaçar no reatamento, mas o F.C.Porto não tinha outra coisa em mente do que sair da Madeira com três pontos na bagagem: aos 53’ Amir negou o golo a Luis Díaz e aos 67’ foi a vez de Corona ameaçar, com um grande remate, a baliza do guardião iraniano.

Entretanto os insulares voltaram a ameaçar: primeiro por Alipour, e depois numa jogada que acabou por valer a Mar-

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chesín a defesa da jornada. Após um canto, Zainadine aparece e cabeceia a bola que bate em cheio na base do poste esquerdo Leo Andrade tentou a recarga na cara do guardião portista, mas perdeu o duelo.

Depois, Francisco Conceição foi “atropelado” por Rúben Macedo na grande área e Vítor Ferreira assinalou grande penalidade.

Na cobrança, Otávio não desperdiçou e assinou o golo da vitória azul e branca.

O filho do treinador dos dragões tem vindo a jogar (muito) e a encantar e foi, de forma definitiva, promovido à equipa principal do F.C. Porto.

A noite de tempestade em Lisboa pode ter molhado a juba aos leões, mas não o suficiente para os atrapalhar e lhes retirar a visibilidade para a sua presa preferida: a baliza adversária. Nuno Santos e Feddal marcaram os golos da nova vitória do Sporting, desta vez sobre o Portimonense. Depois de várias tentativas, foi aos 27’ que surgiu o primeiro golo leonino: Pedro Gonçalves bateu o livre, Coates desviou e Feddal, à segunda, adiantou a equipa leonina no marcador.

Bem embalados, os leões só precisaram de mais quatro minutos para chegar ao segundo: depois de um mau alívio de Lucas, Nuno Santos rematou e bateu Samuel Portugal.

Até ao apito final, e já com o relvado a mais parecer uma piscina, ainda se contaram algumas boas oportunidades de parte a parte, mas o resultado não se alterou.

Dragões e leões enfrentam-se este sábado, dia 27 de fevereiro, no Estádio do Dragão.

Boavista, Gil Vicente e Famalicão venceram nesta jornada pela margem mínima. Os axadrezados impuseram-se, no Bessa, ao Moreirense graças ao golo de Angel Gomes aos 53’, os gilistas venceram o Santa Clara com uma grande penalidade marcada por Pedrinho aos 90+3’ e o Famalicão foi a Vila do Conde bater a equipa da casa com um tiro certeiro de Ugarte, aos 39’.

Já o Belenenses e o Paços de Ferreira, também vitoriosos nesta jornada, venceram os seus adversários - Nacional e Vitória de Guimarães, respetivamente -, por 2-1.

Uma grande penalidade marcada por Miguel Cardoso, selou o triunfo dos Azuis, já depois de Kenji Gorré, aos 44’, ter anulado uma primeira vantagem da equipa de Petit, alcançada com um tento de Tomás Ribeiro, aos 29’.

Os incríveis pacenses reforçaram o seu quinto lugar depois de operarem a reviravolta no marcador: os vimaranenses adiantaram-se no marcado Óscar Estupiñán, mas João Pedro e Hélder Ferreira apontaram os golos da vitória da equipa anfitriã.

Por fim, Lucas Piázon (bis), Ricardo Horta e João Novais (golo da jornada) foram os autores dos quatro golos que os Guerreiros marcaram ao Tondela, que apenas conseguiu responder na fase final da partida, com os tentos de Souley e Jaquité. Os Guerreiros do Minho estão no terceiro lugar, enquanto que os beirões ocupam o 12.º posto.

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I LIGA

Águia falha mais um voo e crise é cada vez maior ves e de Waldschmidt (para o lugar de um apagado Darwin) não chegaram para a equipa agarrar o triunfo. Isolado, Rafa não conseguiu ultrapassar Defendi e, mais tarde, Pizzi acertou em cheio no poste. O risco foi ainda maior com a saída de Gabriel, o que originou contra-ataques perigosos do lado algarvio, obrigando o Benfica a contentar-se com o segundo empate consecutivo na Liga.

Benfica empata no Algarve com o Farense e soma segundo mau resultado seguido no campeonato. Distância para o líder Sporting já é de 15 pontos.

O

Positivo Ryan Gauld brilhou no Farense, assim como os centrais André Pinto e Eduardo.

Otamendi esteve muito bem na defesa do Benfica.

Negativo

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Benfica mostrou que continua perdido nos próprios equívocos e não conseguiu melhor do que um nulo frente ao Farense, numa partida em que esteve quase sempre por cima mas sem qualquer eficácia. Está, agora, a 15 pontos do líder Sporting, a cinco do F. C. Porto e a quatro do Braga. O adeus ao título é um dado quase adquirido e a presença na Champions começa a estar seriamente ameaçada. Cenário impensável perante tamanho investimento no início da época.

Jorge Jesus mudou várias peças no onze, com destaque para os regressos de Rafa e de Everton, mas foi necessário o Farense ter uma oportunidade de ouro, desperdiçada por Pedro, para as águias acordarem.

Graças também à estratégia dos algarvios em jogar no campo todo, com um setor intermediário mais permissivo, o Benfica assumiu as rédeas e não tardou em colecionar várias chances de perigo. Descartadas, à vez, por Darwin, Everton, Rafa e Seferovic.

O velho problema encarnado persiste e parece não ter cura: a equipa voltou a encalhar no último terço do terreno, ora

Apesar de dois bons remates, Darwin voltou a estar ausente do jogo coletivo encarnado. Rafa esteve demasiado perdulário no ataque. Árbitro

Muitas dúvidas em dois lances, um para cada equipa, que poderiam ter dado granno último passe, ora na conclusão. Faltou Ao contrário de alguns dos últimos jo- de penalidade. Hugo Miguel e o VAR nada igualmente jogo interior e os laterais que gos, o treinador benfiquista não desvir- apontaram. começaram o duelo não conseguiram dar tuou o conjunto com substituições erradas JN/MS profundidade e soluções ao ataque. mas, ainda assim, as entradas de Gonçal-

Conceição leva o “abre-latas” O triunfo como prenda de casa e tira a tampa no fim

no jogo 250 de Petit

Belenenses SAD festeja num jogo es- seria o encontro: choque, futebol direto e pecial para o treinador. Relvado em muitos duelos. Depois do impacto inicial, o Belenenses SAD estabilizou e chegou à estado lastimável. vantagem por Tomás Ribeiro (29 minuo regresso ao Estádio Nacional, tos), após canto. O Nacional foi à luta e após interdição, o mau estado do empatou nos instantes finais do primeiro relvado não impediu o Belenenses tempo, com um tento de Gorré (44m), SAD de dar a prenda a Petit no jogo 250 pleno de oportunismo.

No reatar da partida a chuva abrandou e como treinador, nem de quebrar a série de quatro partidas sem vencer para a o jogo ficou mais fluído, mas os emblemas Liga. O triunfo dos azuis sobre o Nacional mantiveram a toada ofensiva - 16 tentatipermite-lhes ascender à 10.ª posição da vas de golo dos azuis contra 13 dos alvinetabela, deixando os madeirenses com os gros no total -, sendo que foi na conversão de um penálti (69m) que Miguel Cardoso mesmos 21 pontos, em 11.º lugar.

Os visitantes entraram bem nos minu- selou o triunfo da equipa da casa.

JN/MS tos iniciais, sendo logo percetível como

F. C. Porto chega à vitória nas compensações com penálti de Otávio. Francisco entra e volta a agitar o jogo, tal como tinha feito com o Boavista. Dragão está vivo.

É

poético e tentador, porque dificilmente alguém fica indiferente à relação entre pai e filho, mas a verdade é que, tal como já tinha acontecido com o Boavista, Francisco Conceição foi a “arma secreta” lançada pelo pai e treinador, Sérgio Conceição, e correspondeu em pleno. O jovem prodígio, 18 anos, funcionou como “abre-latas” e cavou o penálti (falta imprudente de Rúben Macedo) que permitiu a Otávio fazer o 1-2, nas compensações, e colocar o F. C. Porto novamente a 10 pontos do líder Sporting, antes do clássico deste sábado (27), no Dragão.

Na “peróla do Atlântico”, o F. C. Porto sentiu as dificuldades tradicionais para dobrar um Marítimo que, por esta altura, carrega o fardo da “lanterna-vermelha”. Na segunda parte, Conceição teve de mudar o “chip” para furar a organização contrária e lançou o trunfo que levou de casa para a

Madeira, Francisco Conceição. O extremo, a par de Otávio, entrou muito bem, cheio de intenção, e a aposta do técnico, no jogo 200 no banco portista, deu “jackpot”.

O F. C. Porto chega à vitória no tempo extra, num jogo em que dominou mas que também sofreu sustos e, mais uma vez, contou com um super Marchesín. Foi o guarda-redes argentino que, na reta final, impediu, por duas vezes, uma delas com a ajuda do poste (cabeceamento de Zainadine), que o Marítimo passasse para a frente do marcador.

Depois do brilharete com a Juventus, na Champions, o F. C. Porto até marcou cedo, por Uribe, numa jogada de insistência e um bom remate do colombiano, mas, logo a seguir, permitiu o empate, na sequência de um pontapé de canto. O lance ainda foi anulado, mas o VAR validou a posição legal (90 cm) de Leo Andrade.

O jogo foi sempre feito de muitos duelos e bolas divididas (39 faltas) e o F. C. Porto foi algo previsível até à entrada de Francisco. O miúdo promete.

JN/MS

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Vendaval guerreiro varre frágeis beirões Braga falha goleada. João Novais marcou bateu na barra antes de entrar. Pako Ayestarán fez uma tripla substituição no reataum dos melhores golos da temporada. mento, mas o desnorte continuou. Piazon arlos Carvalhal tem batido insisten- falhou o quarto aos 48m, mas logo a seguir temente na tecla dos muitos jogos não perdoou. Na reta final, o Tondela teve que a equipa tem feito num curto es- uma reação e marcou dois golos, por Soupaço de tempo, mas quem visse a primeira ley e Jaquité. parte nunca diria que o Braga é uma equipa cansada, tal foi a intensidade e a velocidade Positivo que imprimiu ao jogo, que decidiu em apeNão peçam a João Novais grandes correnas 45 minutos. rias, mas o médio tem “olhinhos” nas boPode dizer-se que o Tondela foi de uma tas e partiu a louça com assistências e um incapacidade defensiva gritante, mas a turgrande golo. Galeno desfez a defesa beirã. ma arsenalista fez um grande jogo e, provavelmente, a melhor primeira parte da Negativo época. Galeno semeou o pânico, João NoNão é por defender com muitos que se devais aproveitou a delicadeza do adversário fende bem e a equipa do Tondela mostroue esbanjou classe com assistências e um -o, sobretudo na primeira parte. Ruiz fagrande golo, Ricardo Horta e Piazon voltalhou duas claras situações para marcar. ram a mostrar qualidades acima da média.

Com cinco alterações no onze, o Braga Árbitro colocou-se na frente por Piazon, assistiAtuação tranquila de Tiago Martins. Sem do por Galeno. Ricardo Horta, após mais lances polémicos, o árbitro de Lisboa geriu uma jogada pela esquerda, fez o segundo o encontro de forma serena e esteve bem golo com um tiro fortíssimo dentro da área no capítulo disciplinar. e, logo a seguir, João Novais desferiu um portentoso remate de muito longe - a bola JN/MS

Caminho europeu pinta-se de amarelo

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Ugarte como antídoto da crise minhota Uruguaio apontou golo decisivo frente com a tarefa dificultada com a expulsão, a Rio Ave que ficou debilitado com a por vermelho direto, de Nélson Monte, após uma entrada imprudente, à passaexpulsão de Monte. gem da meia hora. O Famalicão demorou alão do oxigénio para o Famalicão 10 minutos a aproveitar-se dessa vantana fuga à descida, após vencer o Rio gem, chegando ao 1-0 num lance fortuiAve, por 1-0, numa partida na qual to, finalizado por Ugarte.

No segundo tempo, os visitantes geos minhotos, mesmo sem nota artística, foram pragmáticos e capitalizaram a riram com astúcia, perante um Rio Ave madrugadora expulsão do vila-condense que até foi mais atrevido, mas sem capacidade na finalização, acabando por Nélson Monte.

Mesmo apresentando um esquema de interromper uma série de dois triunfos tração defensiva, a equipa famalicen- consecutivos, e permitindo que o Famase foi mais perigosa na primeira parte, licão, que não ganhava há cinco jornaameaçando em contra-ataque. Já o Rio das, largasse a lanterna-vermelha.

Ave, que não conseguia articular os deJN/MS sequilíbrios do tridente ofensivo, ficou

João Pedro e Hélder Ferreira marcam à ex-equipa e os pacenses ficam seis pontos à frente dos vitorianos.

A

os 90+3 minutos, Pepelu, na única grande oportunidade criada pelo V. Guimarães, esteve a milímetros de dar um desfecho diferente ao jogo, mas a lógica e a justiça imperaram, com o Paços de Ferreira a dar outra grande prova de qualidade. Boa exibição, triunfo, mais três pontos e um fosso maior para o sexto classificado numa luta europeia que ganha cada vez mais contornos amarelados.

Estupiñan, à passagem dos 20 minutos, até colocou os vitorianos em vantagem, só que isso foi apenas um intervalo, curto, na superioridade dos pacenses sobre um V. Guimarães quase inofensivo. Antes e depois do golo inaugural, domínio do Paços,

levado em ombros por um meio-campo (Eustáquio, Luiz Carlos e Bruno Costa) que se entende na perfeição, que domina todos os momentos do jogo e que defende e ataca com qualidade.

Mas a primeira derrota do Vitória na Liga como visitante também se explica com um golo antológico de João Pedro (uma espécie de bicicleta) e um cabeceamento de Hélder Ferreira, uma dupla que chegou à Mata Real proveniente de... Guimarães. A reviravolta consumou-se pouco depois da hora de jogo e aguentou-se até ao fim, com a equipa de Pepa sempre dona das operações, mesmo no período em que os vitorianos mais correram atrás do golo. O empate, que só ameaçou no tal remate de Pepelu, não chegou e o V. Guimarães fica para trás na luta pelo quinto lugar.

JN/MS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Leão resolve em quatro minutos antes do clássico

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Portimonense, por 2-0, com golos de Feddal e Nuno Santos. Os leões garantiram que irão ao terreno do campeão nacional com uma distância de 10 pontos para o segundo classificado. Um tónico psicológico muito importante, assegurado após uma partida em que os leões conseguiram agarrar cedo os três pontos. Em apenas quatro minutos, à passagem da meia hora, marcaram dois golos, suficientes para gerir o resto do encontro de forma tranquila e a pensar no clássico.

Formatados para jogar com um bloco defensivo em todo o campo e à procura de lançamentos longos no ataque, os leões, que jogaram com Nuno Santos e Tomás juntos à frente, face à indisponibilidade de Paulinho, arrancaram a grande velocidade: Nuno Santos, isolado, permitiu a defesa a Samuel e, a seguir, Tiago Tomás falhou por centímetros uma conclusão fácil. A definição do rumo da partida começou a ser desenhado por Feddal que, na sequência de um livre, fez o primeiro golo, numa recarga. Pouco depois, Nuno Santos aproveitou um erro clamoroso da defesa algarvia para aumentar a contagem. Tudo fácil e a vitória praticamente no bolso.

O segundo período trouxe uma partida disputada a um ritmo mais lento e com o Sporting claramente a fazer render a vanFeddal e Nuno Santos marcaram os goexta vitória consecutiva no campeonatagem. O relvado, em piores condições los da vitória frente ao Portimonense. to e confiança máxima para o Dragão. devido à chuva, não deu também condiSporting garante vantagem de 10 pontos O Sporting fez o que lhe competia e ções a um bom espetáculo, sendo que o antes de visitar o campeão. não teve dificuldades de maior em bater o

S

Portimonense se mostrou mais acutilante no ataque, graças às substituições. Salmani abriu o leque de soluções ofensivas e a equipa de Paulo Sérgio poderia, pelo menos, ter concretizado o tento de honra.

Entre os leões, Pedro Gonçalves e Jovane tiveram boas oportunidades, mas o resultado não se alterou. Com este triunfo, o Sporting vai de peito feito, na próxima semana, ao Dragão como o desejo de deixar o título ainda mais bem encaminhado.

Positivo Exibição muito positiva de Nuno Santos, com grande dinâmica no ataque e coroada com um golo. Devido ao estado do relvado, a garra de Inácio e de Palhinha foram preponderantes nos leões.

Negativo O Portimonense teve muitas dificuldades para parar o leão e até ofereceu um golo: Lucas Possignolo quis aliviar, mas a bola acabou nos pés de Nuno Santos. Pouco atrevimento inicial do onze algarvio. Árbitro Dener marcou ao Sporting, mas o lance foi anulado pelo assistente, decisão ratificada a seguir pelo VAR. Arbitragem tranquila e sem casos, com poucos cartões amarelos.

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Angel Gomes Pedrinho liberta o galo volta a tramar cónegos no último sopro Emoção estava guardada para o fim.

Criativo converte grande penalidade e premeia o último “forcing” gilista.

O

Camisola 10 faz a diferença na cobrança de um livre direto. Na primeira volta tinha marcado do meio-campo.

A

pito final e Reggie Cannon e Nuno Santos correm para abraçar Léo Jardim, que se ajoelha e levanta as mãos ao céu. Esta é uma das imagens que fica da vitória apertada, mas merecida, de um Boavista que reencontrou Vasco Seabra, agora no banco do Moreirense. Os jogadores axadrezados abraçaram o guarda-redes, porque nas compensações foi ele que travou o remate à queima-roupa de Rafael Martins. Seria o empate e um balde de água gelada para a pantera.

O Boavista marcou no recomeço, mas não sentenciou o jogo, e acabou com o credo na boca, face à pressão cónega, já com toda a carne no assador. É a primeira vitó-

ria de Jesualdo Ferreira no Bessa e o regresso aos triunfos em casa depois dos 3-0 ao Benfica, em novembro. Vasco Seabra era o técnico.

O encontro foi decidido pelo golo de Angel Gomes, na cobrança perfeita de um livre direto, sem hipóteses para Pasinato.

Na primeira volta (1-1), o jovem craque já tinha feito mossa nos cónegos com um chapéu do meio-campo.

Elis voltou a perder duas excelentes ocasiões, Javi García acertou no poste (80m), mas, desta vez, o Boavista segurou a vantagem por 12 centímetros. Foi esse o tamanho do fora de jogo tirado a Rafael Martins, que entrou decidido e ainda rematou para o fundo da baliza (69m). O VAR demorou alguns minutos a analisar, mas a decisão sorriu à pantera.

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confronto entre Gil Vicente e Santa Clara (1-0) primeiro prometeu, depois teve toque de desilusão, mas acabou em grande, com um penálti aos 90+3m, convertido da melhor forma pelo estreante a marcar Pedrinho, que tirou o galo da zona de aflição.

Depois de tanta chuva nas horas que antecederam o embate entre gilistas e açorianos, provocada pela chegada da depressão Karim a Portugal, certamente deve ser um orgulho para os barcelenses apresentarem um tapete irrepreensível para a prática do bom futebol. E foi com essa espécie de “jogo jogado”, fluído e carregado de intensidade, que o Santa Clara se apresentou no quarto de hora inicial.

Logo no primeiro minuto, Lincoln deixou o aviso com um remate que só não resultou em golo porque Paulinho deu o corpo à bala. E logo depois, ainda os galos corrigiam posições, Anderson Carvalho aproveitava uma sobra à entrada da área para abanar com a barra. Passado o sufoco, o jogo entrou numa fase de indefinição, em que nenhuma equipa exibia o claro desejo pelo triunfo.

Infelizmente, o intervalo pouco mudou nesse sentido, e foi preciso esperar pelas entradas de Léautey e Pedro Marques (75m), para a emoção assumir o papel principal. Daí em diante, só o Gil Vicente quis ganhar, e o sufoco acabou por dar frutos: Fábio Cardoso borrou a pintura dentro da área e na conversão do penálti, Pedrinho não tremeu. Um suspiro de alívio, para um galo que colocou o pescoço fora da linha de água.

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Tribunal diz que Belenenses SAD pode utilizar nome, marcas e símbolos do clube

é um grande dia e uma grande vitória, que veio clarificar muito do que andava a ser dito. Quem dizia a verdade era a administração da SAD”, reiterou o presidente, Rui Pedro Soares.

O clube e a SAD dos azuis estão afastados A SAD venceu, Belenenses SAD é o nosso nome e nunca esteve em causa. desde o início da temporada 2018/19, quanSempre foi a decisão que esperámos, do o protocolo de utilização do Restelo pela

O Tribunal da Propriedade Intelectual (TPI) deu razão ao Belenenses SAD, da Liga, que poderá utilizar o nome, as marcas e os símbolos do clube do Restelo.

“

SAD terminou e esta mudou a equipa profissional para o Estádio Nacional, no Jamor.

A Codecity, detida por Rui Pedro Soares, comprou 51% da SAD do Belenenses em 2012, mas as duas partes acabaram por entrar em litígio, seguindo-se várias ações em tribunal, com o clube a tentar impedir que a SAD usasse o seu nome e símbolos, tendo vendido, em julho de 2020, os 10% de capital que ainda possuía na sociedade.

“Foi muito importante esta decisão. Éramos acusados de usurpar o nome do Belenenses, injustamente. As pessoas estavam convictas, erradamente, de que não o podíamos fazer. A esmagadora maioria das pessoas que nos chamava ‘B-SAD’ não tinham noção que nós tínhamos razão.

De hoje para a frente, quem nos chamar ‘B-SAD’ está a faltar à verdade, a difamar-nos e a ofender-nos”, sublinhou.

O dirigente do Belenenses SAD está disposto a “construir uma solução” que beneficie o clube e a SAD, para que o litígio que dura desde 2015 tenha um fim.

“Os adeptos todos, sem exceção, querem um entendimento. Só fanáticos é que podem querer o contrário. Todos queremos partilhar as vitórias do Belenenses. Os adeptos do Belenenses, dos mais velhos aos mais novos, têm de ficar felizes, mas é preciso construir uma solução. O adversário do Belenenses tem de estar lá fora”, frisou.

Rui Pedro Soares realçou a “grande coesão acionista” que permitiu “sobreviver a tudo isto”, mas atribuiu o mérito aos trabalhadores do Belenenses SAD, entre treina-

dores, jogadores e funcionários.

“Estarmos aqui hoje é uma total improbabilidade. Tudo foi feito para que a equipa de futebol profissional desaparecesse.

O Belenenses SAD resistiu a provas que nenhuma outra equipa de futebol em Portugal, até hoje, tinha conseguido resistir.

Também sabemos que os limites da nossa resistência estão longe de terem sido atingidos”, alertou.

O clube do Restelo, que milita atualmente na primeira divisão distrital de Lisboa, reagiu à sentença do TPI através de um comunicado, no qual afirma que “vai recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa e continuará a defender a identidade, os direitos e o património d’Os Belenenses”.

“Essa decisão tem o sentido inverso ao entendimento do Clube de Futebol «Os Belenenses» e, também, o sentido inverso ao entendimento da sentença do procedimento cautelar de 2018 e do Acórdão, proferido por unanimidade, pelo Tribunal da Relação de Lisboa”, lê-se no comunicado da direção presidida por Patrick Morais de Carvalho.

Os azuis do Restelo reforçam que a sentença “não é definitiva e está sujeita a recurso” e entende que, “até que os tribunais superiores se pronunciem em termos definitivos sobre esta matéria, a ‘B-SAD’ mantém-se impedida de usar as marcas, os símbolos e o hino do Clube de Futebol «Os Belenenses», nos termos do procedimento cautelar transitado em julgado”.

JN/MS

FEDERAÇÃO DE FUTEBOL

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) criou um fundo de apoio a clubes que tiveram as competições suspensas devido à pandemia de covid-19, no valor de dois milhões de euros, anunciou o organismo.

“

Face ao impacto gerado pela pandemia de covid-19, a direção da FPF decidiu instituir um novo fundo de apoio destinado a ajudar os clubes das provas nacionais e distritais que foram obrigados a suspender a sua atividade”, lê-se no comunicado oficial.

O fundo terá um montante global de dois milhões de euros, tendo uma parte a fundo perdido e outra a título de empréstimo, até 1.500 euros para clubes da segunda divisão feminina e primeiras divisões distritais, 1250 para outras divisões distritais e terceira feminina e mil euros para as formações de futsal.

A FPF assegura que todos os clubes destas competições podem candidatar-se a

estes apoios, sendo que cada associação distrital e regional vai receber 15 mil euros, assim como um valor variável por cada clube que estava em atividade em janeiro 2021 nas provas distritais.

“O objetivo deste novo fundo é permitir que as associações distritais auxiliem os clubes das suas competições neste período especialmente difícil em que as provas foram suspensas devido à pandemia bem como auxiliar diretamente os clubes participantes nas provas nacionais”, explicou a FPF. Com o atual estado de emergência, em vigor desde 14 de janeiro, apenas os campeonatos profissionais, I Liga e II Liga, e “equiparadas”, casos dos principais escalões nacionais seniores de futebol feminino, futsal e o Campeonato de Portugal estão a decorrer, tendo os restantes sido suspensos, situação que se mantém desde março de 2020 para a formação. .

DCN/MS

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Federação de Futebol cria fundo de dois milhões para apoiar clubes com provas suspensas

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

FUTSAL

Sporting nos “quartos” da Liga dos Campeões após golear Chrudim

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ANDEBOL

Situação clínica de Alfredo Quintana é “muito grave” dos jogadores indiscutíveis do selecionador Paulo Jorge Pereira, tendo ajudado a levar a equipa de Portugal ao sexto lugar do Europeu de 2020 e ao 10.º lugar do Mundial de 2021.

O estado de saúde de Alfredo Quintana gerou uma onda de solidariedade e apoio entre a comunidade desportiva, em particular do andebol, tendo as equipas do uintana, de 32 anos, sofreu durante Sporting e Benfica envergado camisolas o treino de segunda-feira (22) uma nos últimos jogos com o nome do lusoparagem cardiorrespiratória e, de- -cubano.

Também a equipa de futebol do F. C. pois de ter sido assistido no local pelo INEM, foi transportado para o Hospital Porto dedicou na segunda-feira (22) a de São João, onde continua internado, vitória frente ao Marítimo, por 2-1, em em coma induzido, na unidade de cuida- jogo da 20.ª jornada da I Liga de futebol, ao guarda-redes de andebol. dos intensivos.

JN/MS O guarda-redes, que desde 2014 representa a seleção nacional, tem sido um A situação clínica de Alfredo Quintana, guarda-redes de andebol do F. C. Porto e da seleção portuguesa, que na segunda-feira (22) sofreu uma paragem cardiorrespiratória, é “muito grave” e com “prognóstico muito reservado”, disse esta quinta-feira (25) à Lusa fonte hospitalar.

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Q

O Sporting goleou (5-1) a equipa checa parada, com Merlim a assistir e Rocha decido Chrudim no Pavilhão João Rocha e sivo, ao arrastar um defesa.

Com uma vantagem de dois golos, a equiassegurou, com justiça, uma vaga na fipa comandada por Nuno Dias abrandou um nal a 8 da Liga dos Campeões. pouco o ritmo, sem ceder o domínio, mas epois de uma vitória pela margem dando azo a uma reação do opositor checo.

O primeiro aviso sério surgiu aos 18 minumínima (3-2) em 2004 e um empate (4-4) em 2010 frente ao opositor tos, com Cavinato a salvar uma bola quase checo, o Sporting não deixou agora mar- em cima da linha, e converteu-se mesmo na redução da desvantagem, a 51 segundos gem para dúvidas no triunfo.

A equipa de Nuno Dias, campeã europeia do intervalo, com Everton Ribeiro a apontar em 2019, apresentou um jogo de qualida- um penálti, após falta de Pany Varela.

O 2-1 ao intervalo era magro para a difede, ao qual aliou intensidade e organização para não se deixar surpreender, contra um rença entre as duas equipas e penalizava alChrudim que mostrou bons argumentos, guma falta de eficácia do Sporting. A margem mínima deu então alento ao Chrudim, mas curtos para superar os leões.

Apesar de uma entrada assertiva e deter- que passou a discutir mais o jogo no início minada, o golo do Sporting só chegaria aos da segunda parte.

Os leões levaram então algum tempo a nove minutos -- já depois de Pany Varela ter atirado à trave --, por intermédio de atingir o nível inicial, mas conseguiriam Tomás Paçó, que se antecipou à marcação e terminar em ritmo de cruzeiro graças a desviou de pé direito o canto apontado por uma ponta final francamente inspirada.

Entre os 33 e os 36 minutos, o Sporting Merlim, batendo o guardião Rennan Vasquebrou a resistência checa e anotou três concelos.

O tento fez mossa no Chrudim, que viu golos: por Tomás Paço, com um belo reo anfitrião crescer ainda mais e ameaçar mate cruzado ao ângulo, Erick Mendonça, de forma consecutiva o segundo golo, por num desvio junto à baliza, e, finalmente, Guitta (10) e Merlim (11), mas materializado num pontapé colocado de Rocha.

JN/MS por Diego Cavinato, aos 12, com um remate seco e colocado de pé esquerdo, numa bola

O Benfica garantiu um lugar na final a 8 da Liga dos Campeões na qual irá defrontar os cazaques do Kairat Almaty, ao receber e golear (5-0) os húngaros do Berettyoujfalu.

A

formação da casa entrou melhor no jogo, fazendo pressão alta e logo, aos dois minutos, Robinho, descaído na direita, inaugurou o marcador, com um remate cruzado.

Joel Rocha mudou imediatamente os quatro jogadores de campo, mas o estilo de jogo manteve-se: pressão em cima do portador da bola e jogar no meio-campo do Berettyoujfalu, para criar uma maior distância para a baliza a cargo de Roncaglio.

Num remate muito semelhante ao de Robinho, Jacaré colocou a bola junto do guarda-redes Mezei e Nilson só teve de encostar para fazer o 2-0.

Os húngaros mostravam grandes dificuldades em manter a posse de bola, e com isso tentar uma jogada que pudesse criar perigo para os comandados de Joel Rocha, que, com grande eficácia, conseguiam desarmar o adversário com relativa facilidade.

Sem conseguir sair para o ataque, nem criar situações de contra-ataque, o Berettyoujfalu fechou-se e obrigou o Benfi-

ca, em diversas ocasiões, a apostar no 5x4, com o guarda-redes Roncaglio a assumir o papel de quinto jogador de campo.

Na segunda parte, o Berettyoujfalu entrou para o jogo em 5x4, com Henrique da Silva como guarda-redes avançado, o que obrigou os ‘encarnados’ a recuarem e assumirem uma postura mais expectante, na tentativa de roubar a bola e fazer golo.

Chishkala, aos 26 minutos, após assistência de Fits, acabaria por fazer o 3-0, cabendo a Jacaré, aos 31, a passe de Arthur, completar o poker dos encarnados.

Numa derradeira tentativa para manter o Benfica longe da sua baliza, o Berettyoujfalu voltou a apostar no 5x4, contudo, aos 34 minutos, a bola sobrou para Fábio Cecílio, perto a área ‘encarnada’ e o fixo não se fez rogado, rematou e fez o 5-0, selando o resultado.

No regresso do futsal da Champions à Luz 11 anos depois, os ‘encarnados’ não deixaram os créditos por mãos alheias perante um adversário que nunca constituiu perigo.

Se neste jogo o Benfica reencontrou Diece, que representou a equipa da Luz entre 2010 e 2013, com o Kairat Almaty, terá pela frente Fernandinho, que nas últimas três temporadas esteve às ordens de Joel Rocha.

JN/MS

Sporting vence suecos do Kristianstad na Liga Europeia O Sporting venceu (27-26) os suecos do Kristianstad na nona jornada da Liga Europeia e mantém o quarto lugar no grupo B da competição.

N

o pavilhão João Rocha, o Sporting já vencia a equipa sueca por 1612 ao intervalo, mas o adversário reagiu na segunda parte e chegou a assustar os leões, que conseguiram aguentar e acabaram por vencer.

Com este resultado, o Sporting continua em quarto lugar no grupo, com oito

pontos em sete jogos, enquanto o Kristianstad está em terceiro, com 10 pontos em oito jogos, sendo apurados os quatro primeiros para a fase seguinte.

O grupo é liderado pelo Nimes, com 11 pontos (oito jogos), seguido pelo Fuchse Berlim com 10 (seis jogos), enquanto o Dínamo Bucareste está em quinto, com cinco pontos (oito jogos), e o Presov é sexto e último com dois (oito jogos).

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Benfica goleia Berettyoujfalu e está nos “quartos” da Liga dos Campeões

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

LIGA EUROPA

Paulo Fonseca atira Braga para fora da Liga Europa

Benfica cai na Liga Europa frente ao Arsenal

novamente o primeiro golo do desafio, aos 24 minutos, um tento que representou um duro golpe para os portugueses.

Aos 72 minutos, o médio Lorenzo Pellegrini falhou uma grande penalidade, mas o segundo golo da Roma chegaria epois do triunfo no Minho, por pouco depois, por Carles Pérez, aniqui2-0, a tarefa do conjunto coman- lando qualquer réstia de esperança.

Um autogolo de Bryan Cristante, aos dado por Carlos Carvalhal já estava difícil e com o decorrer do encontro 88 minutos, permitiu ao Braga reduzir o sonho europeu transformou-se num para 2-1, mas Mayoral fez o 3-1 aos 90+1.

Com este desfecho, a Roma segue para pesadelo.

O avançado bósnio Edin Džeko voltou os oitavos de final.

JN/MS a fazer mossa nos guerreiros, ao apontar

A AS Roma, treinada por Paulo Fonseca, eliminou o S. C. Braga da Liga Europa, ao somar nova vitória na segunda mão dos 16 avos de final, desta feita, por 3-1.

Á

guias e “gunners” protagonizaram uma partida equilibrada, com oportunidades de golo para ambos os lados.

O avançado francês Aubameyang marcou para os londrinos aos 21 minutos, num lance que teve de ser validado pelo VAR. O conjunto orientado por Jorge Jesus reagiu bem ao golo num livre direto superiormen-

te executado por Diogo Gonçalves, muito perto do intervalo, e igualou a partida.

Pouco depois da hora de jogo, Rafa Silva colocou o Benfica na frente do marcador e da eliminatória.

Tierney voltou a restabelecer o empate (2-2) seis minutos depois, mas apesar do tento, as águias ainda sorriam, pois tinham o apuramento na mão.

Contudo, aos 87 minutos, Aubameyang bisou e colocou o Arsenal a vencer por 3-2, um desfecho que afastou as águias das competições europeias.

Até ao final, a formação da Luz procurou o golo do empate, mas os ingleses seguraram a vantagem.

JN/MS

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O Benfica está fora da Liga Europa depois de ter tido a eliminatória na mão, ao perder por 3-2, com Arsenal, esta quinta-feira (25), em jogo da segunda mão dos 16 avos de final que se realizou em Atenas, na Grécia.

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TÓQUIO 2020

Comité Olímpico aguarda resposta a vacinação da comitiva lusa O Comité Olímpico de Portugal (COP) continua a aguardar uma resposta quanto à possibilidade da comitiva portuguesa aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este verão, ser vacinada contra a covid-19, avançou o chefe de missão, Marco Alves.

A

resposta que receberam da “task force”, “não sendo positiva, foi um abrir de porta”, tendo sido pedido um número de pessoas que estariam envolvidas.

“Entendemos as circunstâncias do país, mas esta é uma preocupação do COP. Fizemos a identificação e aguardamos resposta.

Em parceria com o Comité Olímpico Internacional, houve também algumas diligências na sensibilização para a vacinação das missões”, acrescentou o chefe de missão, durante uma sessão promovida pelo COP sobre “o novo contexto” olímpico.

De resto, a vacinação não é um requisito para a participação nos Jogos, e mesmo quem estiver vacinado terá de cumprir todo o protocolo sanitário: entre muitas medidas, fazer teste de quatro em quatro dias, além de várias limitações à estada máxima na aldeia olímpica, lotação de recintos e a limitação de deslocações.

“A nossa expectativa é que o processo pudesse ser o mais cedo possível, até pela entrada em competição do processo de qualificação de forma mais segura”, acrescentou Marco Alves.

O número de pessoas indicadas inclui atletas e equipas técnicas, mas também “todos os que estão na missão”, o que inclui árbitros que vierem a ser indicados e jornalistas acreditados.

Questionado sobre se já tiveram contacto por parte do novo coordenador, Marco Alves indicou terem surgido apenas “con-

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

tactos informais”, na sequência de “alguma diplomacia a ser feita” com vista a uma resposta sobre o tema.

A 22 de janeiro, o secretário-geral do COP disse à Lusa que a questão foi levantada junto da Direção-Geral da Saúde, tendo recebido resposta do coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, que era então Francisco Ramos, entretanto substituído por Henrique Gouveia e Melo.

Numa sessão por via telemática que passou pelas informações que já são conhecidas acerca das medidas levadas a cabo para mitigar os efeitos pandémicos no evento, que arranca em 23 de julho, o chefe de missão resumiu as indicações, perante uma plateia virtual que incluía atletas, médicos, dirigentes federativos, treinadores e jornalistas.

Uma das questões que preocupam Marco Alves prende-se com a limitação de um máximo de cinco dias de antecedência na chegada à aldeia olímpica em relação à prova específica em que cada atleta participe, o que limita o processo de aclimatação e condições atmosféricas do Japão.

O COP não esconde o “desagrado” com a situação, até porque Portugal será “um dos países mais prejudicados” pela medida, pela diferença horária e climatérica.

Um período de estágio de aclimatação perto da capital nipónica, local onde serão obedecidas todas as medidas em vigor para o centro da prova, nomeadamente de testagem e restrições a transportes.

Estão, assim, a “encontrar soluções, de locais e acordos com municípios”, para que “o período seja aumentado e não seja só limitado ao período em que os atletas podem estar na aldeia”.

JUDO

Rochele Nunes perde final em 25 segundos e termina com a medalha de prata A judoca portuguesa teve de contentar-se com a medalha de prata no Grand Slam de Telavive ao perder na final do combate de +78 kg diante da francesa Romane Dicko.

R

ochele, 12.ª do ranking olímpico, tinha tido um percurso perfeito até à final, mas não era favorita diante de Dicko, 10.ª na qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, mas com uma recente ‘carteira’ de resultados impressionantes.

A francesa, de apenas 21 anos, chegou à final em Telavive, depois de recentemente ter vencido o Masters de Judo, em Doha, em novembro, em Praga, se ter sagrado campeã europeia pela segunda vez, após um triunfo em 2018, e em fevereiro ter chegado ao ouro no Grand Slam de Paris.

E 25 segundos bastaram para que a francesa, uma das judocas mais promissoras da atualidade, demonstrasse todo o favoritismo, ao vencer Rochele logo no primeiro ataque, com uma rotação de anca a deixar a portuguesa no tatami, se-

guida de uma imobilização.

Para trás ficou uma caminhada quase perfeita da judoca do Benfica, que também atravessa um bom momento de forma.

A judoca, de origem brasileira e que no início de 2019 passou a representar as cores de Portugal, venceu até chegar à final a cazaque Camila Berlikash (69.ª), a alemã Jasmin Grabowski (22.ª) e a brasileira Maria Altheman (terceira), todas por “ippon”.

Depois de ter tido um ano de 2020 com bons resultados -- bronze nos Europeus, bronze no Grand Slam de Paris, bronze no Grande Prémio de Telavive -, Rochele Nunes volta a mostrar, com mais esta medalha, que é um dos nomes fortes do judo português.

Rochele faz parte do grupo de oito judocas - com Catarina Costa, Joana Ramos, Telma Monteiro, Bárbara Timo, Patrícia Sampaio, Anri Egutidze, Jorge Fonseca - da seleção portuguesa que estão em zona de qualificação para os Jogos Olímpicos.

JN/MS

JN/MS

HÓQUEI EM PATINS

FUTEBOL FEMININO

Portugal no play-off de acesso ao Europeu apesar de vencer a Escócia A seleção portuguesa feminina falhou, esta terça-feira (23), o apuramento direto para a fase final do Europeu de 2022, sendo obrigada a disputar os play-offs, apesar de ter vencido (2-0) a Escócia em Larnaca, no Chipre.

Ana Capeta, aos 27 minutos, e Fátima Pinto, aos 90+2, marcaram os golos da formação lusa, que acabou em segunda do Grupo E, mas não como uma das três melhores segundas, já que, para o poder conseguir, precisava de ganhar por um mínimo de oito golos.

Nos play-offs, que se disputam de 5 a 13 de abril e têm sorteio marcado para 5 de março, estarão também Rússia, Irlanda do Norte, Ucrânia, República Checa ou Polónia e Itália ou Suíça.

A fase final do Europeu de 2022 realiza-se na Inglaterra, de 6 a 31 de julho, e, além da seleção anfitriã, já se qualificaram Países Baixos, Dinamarca, Noruega, Espanha, Finlândia, Suécia, França, Bélgica, Alemanha, Islândia e Áustria.

JN/MS

Créditos: DR

D

epois de ter arrancado em novembro de 2020, a prova, vencida pela última vez pela Oliveirense em 2018/19, estava agora nos 16 avos de final, ainda com o líder do campeonato Óquei de Barcelos, F. C. Porto, Benfica e Sporting.

Por disputar estavam ainda três eliminatórias até à final four, que já tinha sido reagendada para 24 e 25 de abril, ficando agora sem efeito tendo em vista a prioridade dada à conclusão dos vários campeonatos.

Em comunicado, a FPP anunciou a decisão unânime da direção de anular a edição 2020/21 da Taça de Portugal, sob proposta da comissão técnica de hóquei

em patins.

Entre os motivos apontados constam “as sucessivas alterações e adiamento de datas das diversas provas e campeonatos nacionais”, a presença nesta fase de 19 equipas dos escalões secundários, 15 da segunda divisão e quatro da terceira, que estão “sem condições de treinar e sem previsão de retoma”, devido ao confinamento decretado em janeiro, necessitando de “pelo menos duas semanas de treinos antes do regresso à competição”.

“A prioridade da FPP é terminar os campeonatos nacionais de todas as divisões, cumprindo os regulamentos em vigor para a época 2020/21, e também possibilitar a participação das seis equipas portuguesas a jogarem as competições europeias”, lê-se no comunicado, que assinala a impossibilidade de serem disputadas as primeiras eliminatórias em falta da Taça nas datas previstas, 6 e 15 de março.

JN/MS

Créditos: DR

A Taça de Portugal de hóquei em patins de 2020/21 foi cancelada, à semelhança do que aconteceu na temporada passada, devido à pandemia de covid-19, informou a Federação Portuguesa de Patinagem (FPP).

Créditos: DR

Taça de Portugal foi cancelada

mileniostadium.com

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

AUTOMOBILISMO

Guilherme Oliveira conduz sonho luso na F4 espanhola com três corridas, com início em abril e final em novembro. O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, acolhe uma prova, entre 9 e 11 de julho.

GOLFE

Tiger Woods submetido a “longa” cirurgia por múltiplas lesões numa perna O golfista norte-americano Tiger Woods, que sofreu na terça-feira (23) um acidente de viação perto de Los Angeles, nos Estados Unidos, foi submetido a uma “longa” cirurgia devido a lesões no pé, tornozelo e tíbia da perna direita.

“ Créditos: DR

E

ntre títulos nacionais, troféus em Espanha e ainda presenças prestigiantes nos campeonatos internacionais, o piloto gaiense deu nas vistas e iniciou, em 2020, testes de preparação na Fórmula 4, disputando uma corrida, onde foi quarto classificado em estreia na categoria. Com 15 troféus oficiais num espaço de cinco épocas, a ascensão de Guilherme de Oliveira no mundo do desporto motorizado não passou despercebida, com o piloto a receber propostas de praticamente todas as equipas que disputam a F4 espanhola.

A escolha da Synergy Driver Performance, empresa fundada por Duarte Félix da Costa e Gonçalo Gomes que gere a carreira de Guilherme Oliveira, recaiu na FA Racing Team by Drivex, equipa de Fernando Alonso. Para Duarte Félix da Costa, “é um prazer apoiar o Guilherme na ascensão aos monolugares”. “Pelo que conquistou no karting e pelo que vimos dele nos testes de Fórmula 4, tem o talento e a determinação para vingar”, referiu. Já Miguel Angel de Castro, proprietário da equipa Drivex, revelou que o “namoro com o Guilherme começou no ano passado” e que tanto ele como Fernando Alonso identificaram “de imediato como uma prioridade” a contratação do piloto luso.

O Campeonato Espanhol de F4 2021 está programado para sete jornadas, cada uma

49

(Woods) passou por uma longa cirurgia na perna direita e no tornozelo depois de ser levado para o hospital”, disse a equipa do golfista num comunicado publicado na rede social Twitter.

Na nota, o diretor médico do Harbor-UCLA Medical Center e o diretor Executivo Interino, Anish Mahajan, explicaram que Woods “sofreu grandes lesões ortopédicas que foram tratadas durante uma cirurgia de emergência por especialistas em trauma ortopédico”.

A equipa de Woods disse que o jogador de golfe está “acordado, recetivo e a recuperar no hospital”.

Na terça-feira (23), o departamento do xerife de Los Angeles County disse que Tiger Woods, que era o único ocupante do veículo, teve de ser desencarcerado.

Imagens do local, gravadas por um helicóptero de uma televisão local, mostram o carro caído numa encosta, com grandes danos na frente e com os airbags aparentemente acionados.

Tiger Woods, de 45 anos, é considerado um dos melhores golfistas da história, tendo já conquistado 82 títulos no circuito norte-americano PGA - recorde igualado com Sam Snead - e 15 ‘majors’.

JN/MS

Em nome do ídolo Para Guilherme Oliveira, o salto para a Fórmula 4 é a concretização de um sonho.

Ainda para mais tendo como “tutor” o bi-campeão do Mundo de Fórmula 1, Fernando Alonso. “Nos últimos anos tenho trabalhado arduamente e conseguido bons resultados no karting, sempre com o objetivo de dar este salto para a F4. O Fernando Alonso sempre foi o meu ídolo, aliás sempre fui o n.º 14 por inspiração dele”, disse. Para o jovem gaiense, o campeonato de Fórmula 4 espanhol possui “um nível muito interessante” e as expetativas são as melhores.

“Quero agradecer esta grande oportunidade ao próprio Alonso, ao Miguel Angel de Castro e à Synergy. Estou motivado e com toda a vontade de começar os testes”.

JN/MS

Créditos: DR

Portugal vai ter mais um representante ao mais alto nível numa categoria de monolugares. Guilherme Oliveira, de 16 anos, natural de Vila Nova de Gaia, vai integrar o Campeonato Espanhol de Fórmula 4, com a FA Racing Team by Drivex, equipa de Fernando Alonso, que venceu esta competição em 2019 com Franco Colapinto ao volante.

MILÉNIO | DESPORTO

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Créditos: DR

Enrolment up at Skilled Trades College due to COVID-19 pandemic

There has been more interest in the Skilled Trades College (STC) of Canada over the past year as individuals from sectors hardest hit by the COVID-19 pandemic are looking to retrain.

“

We’ve got a lot of attention since September,” said Mike Di Donato, director of the STC, adding the college currently has individuals from the restaurant, airline and hospitality industry training at the facility.

These sectors have been significantly impacted by provincial lockdowns and it’s uncertain when they will reopen and at what capacity, Di Donato pointed out.

“People who were in these industries which are struggling are looking to retrain,” said Di Donato. “One of the things that has been constantly in the

news is that construction never closed… and there is definitely a demand for it, so people are seeing that and looking to get into the trades.”

The private career college, located in Vaughan, Ont., has been around since 2007. It is registered with the Ontario Ministry of Training, Colleges and Universities and recently moved to a larger facility in September tripling its training space to accommodate the growing demand.

“We started out with electrical training and expanded to include other programs since then,” said Di Donato. “We’re a Ministry of Labour approved Working at Heights provider and do safety training for the construction industry as well.”

Like many other businesses, the college was forced to shut down last March due to the pandemic.

“We didn’t pivot to online learning because, quite frankly, you can’t learn a trade online,” Di Donato noted. “Our message is if we close down for whatever reason we will restart when we are allowed to open up again.”

In June, they were given the go ahead to reopen. In response to the pandemic, they have put a number of health and safety measures in place and are providing more classes with less students per class.

“Since June there has been a steady increase in numbers,” said Di Donato.

“We’re open for in person training but with limitations. There are limited classroom sizes, we’ve got to maintain physical distancing in the classroom, temperature checks and we have ramped up our cleaning efforts, sanitizing and disinfecting. It’s definitely been a challenge.”

The college currently provides three programs: an electrical pre-apprenticeship program, a plumbing program and its newest program introduction to home renovation.

Participants can be job ready in 12 weeks.

Eighty-five per cent of graduates find work upon graduation, Di Donato noted.

“The goal of our program is to make them job ready so when they go apply to a contractor and start their apprenticeship, they bring skills to the table, they’re not just showing up completely green,” Di Donato explained. “If you look at it from a contractors perspective, if you have a couple of people looking for a job, one guy’s is completely green and never tried a trade and the other one is our graduates who has tried the trade.

“They paid for training, they have all the tools, safety certifications and they have some hands on skills. It’s a no brain-

er who you are going to pick.”

The programs are geared to help students succeed.

“Our goal here with students, isn’t to break their backs with quizzes and tests and assignments,” said Di Donato. “We are here to motivate them and build their confidence, so ultimately they don’t just finish the program and start a job and quit. We want them to start their apprenticeship and continue with the apprenticeship and get their license eventually.”

The college also offers a contractor program to connect contractors with workers.

“If they are looking to hire new workers or having a challenge finding a good fit for their organization, they can come to us and be connected with our top graduates,” said Di Donato. “One of the reasons we have grown consistently is that we put extra effort into linking our graduates with job opportunities. Building a great network of contractors has been key in what we do.”

Over the past five years, the college has focused on attracting more women to careers in the trades. Females make up about 10 per cent of the student base.

“We have hired female instructors and management, with the hope of making potential students comfortable making this a career choice,” said Di Donato.

“We also developed a female mentorship program where current female students can be connected with our past female graduates to get advice on working in construction.”

Digital tours of the Vaughan campus are now available. For more information visit skilledtradescollege.ca DCN/MS

Nearly two-thirds of Canadian small businesses would consider using rapid testing to screen employees if it would help their business to stay open, says a recent survey.

T

he Canadian Federation of Independent Business (CFIB) says 63 per cent would adopt rapid screening. Support was strongest in social services like dentists and chiropractors at 71 per cent, followed by 69 per cent in the hospitality sector, 68 per cent in wholesale and 66 per cent in construction, personal services such as salons

and dry cleaners, and arts and recreation.

The federation is also calling on the federal and provincial governments to expand large enterprise rapid screening pilots to small firms.

Under one model, small employers could ask employees to visit a local pharmacy for a rapid screening test once or twice a week.

The survey was conducted online with about 3,290 respondents starting Feb. 4.

“Small businesses have willingly adopted every new safety measure and protocol recommended by governments, and it is encouraging that so many are

willing to consider using rapid screening in their workplaces,” said Dan Kelly, CFIB’s president.

“And while it is deeply disappointing that it has taken nearly a full year of the pandemic for governments to get serious about using rapid screening, CFIB believes it can be another tool in our arsenal, allowing small firms to remain open and helping us avoid further lockdowns.”

According to the polling industry’s generally accepted standards, online surveys cannot be assigned a margin of error because they do not randomly sample the population.

DCN/MS

Créditos: DR

Nearly two thirds of small businesses would use rapid testing of employees: survey

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MILÉNIO | AMBIENTE

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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AMBIENTE

Terra Viva

Aquecimento global Mal de muitos, bem de alguns.

Paulo Gil Cardoso Opinião

Muito se fala sobre a perda de biodiversidade com o aquecimento global, será porventura uma consequência, mas onde uns sentem dificuldades, outros prosperam.

A

lgumas espécies estão em franca expansão devido ao aquecimento generalizado da Terra, sendo as medusas e alforrecas um exemplo evidente. No Oceano Pacífico, a frota de pesca japonesa tem dado conta de imensas populações de alforrecas que têm dificultado a atividade piscatória, tanto pela ausência de peixe, pela ocupação massiva dos mares por esses seres, como pela contrariedade de virem em grandes quantidades nas redes. As Nomuras, águas-

-vivas gigantes dos mares do Japão, têm provocado o rebentamento de inúmeras redes de pesca, provocando enormes prejuízos. A ocupação de espaço por uns, reduz a possibilidade de expansão de outros. Muitas espécies de peixes, que já veem a sua proliferação dificultada devido ao aquecimento e acidificação das águas, ainda têm de lutar por espaço, alimento, e fugir aos urticantes e mortais tentáculos desses cnidários.

A proliferação de medusas, além do impacto sobre outras espécies, tem também impacto em muitas atividades humanas.

Em julho de 2011 os reatores da central nuclear de Torness na Escócia tiveram de ser desligados devido à quantidade massiva de águas-vivas na captação de água para os sistemas de refrigeração. Já em janeiro deste ano, apenas em sete dias houve 857 acidentes com banhistas nas praias brasileiras de Santa Catarina, devido ao contacto com alforrecas.

Animais como as baratas, mosquitos e ratos, prosperam com o calor, e com eles,

vírus e bactérias. Nas últimas décadas, parasitas (plasmodium) como os causadores da malária, o vírus do Nilo, o vírus do Dengue, são detetados e provocam mais casos, cada vez mais em latitudes afastadas do Equador e dos trópicos.

Na edição do Milénio Stadium de 22 de novembro de 2019, dediquei um artigo a um vírus que só existia no Oceano Atlântico e que desde 2004 passou a proliferar também no Oceano Pacífico (www.mileniostadium. com/vida-vidas/ambiente/terra-viva-lontras-do-alasca-com-virus-do-atlantico/), recordo aqui uma passagem dessa publicação: “O Morbillivirus, vírus da cinomose, também conhecido como vírus da “esgana” nos cães, e que afeta outros animais, no caso de focas e lontras na variante “Phocine morbillivirus” (PDV), até há poucos anos, apenas infetava mamíferos marinhos do Atlântico. Em 2002 ocorreu um grande surto no Atlântico, durante o qual morreram cerca de 21,700 focas, essencialmente nos estreitos de Kattegat e Skagerrak, entre a Suécia e a Dinamarca. Apenas dois anos depois foram detetados anticorpos em mamíferos marinhos no Alasca e no ano passado foram encontradas centenas de focas vítimas deste vírus na costa americana do Pacífico. Cientistas suspeitam que esta propagação está relacionada com o derretimento dos gelos do Ártico, provocado pelo aque-

cimento global e consequentes alterações climáticas (…)”

Com o aquecimento global haverá condições propícias a espécies mais adaptadas ao calor ou com a capacidade de se adaptarem mais rapidamente às alterações dos habitats. À medida que a temperatura vai aumentando, as faixas de climas temperados e frios irão diminuindo, obrigando as espécies adaptadas a esses climas a deslocarem-se para mais próximo dos polos, ficando o seu espaço vital cada vez mais reduzido.

Enquanto isso, outras espécies proliferarão nos novos espaços onde as temperaturas aumentaram e condições climáticas se modificaram. Todo o ambiente e ecossistemas se irão alterando, sejam plantas ou animais, florestas, desertos, pradarias ou glaciares, se alterarão. A colonização de novos territórios por outras espécies, dependerá das suas capacidades de adaptação e mobilidade, de competição em novas áreas com outras espécies, mas isto terá de ocorrer em pouco tempo (considerando as escalas de tempo que a vida tem tido para a adaptação até aqui). As estações e sazonalidade, os ciclos de reprodução, acasalamento, migração, tudo está em profunda e rápida mudança, de imediato, nas próximas décadas, uma em cada quatro não conseguirá adaptar-se e extinguir-se-á. Esta é a obra humana.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Bucket List Uma bucket list é, muito resumidamente, uma lista de coisas que queremos fazer ou objetivos que queremos alcançar antes de morrermos. E porque é que devemos ter a nossa própria bucket list? Bem, é óbvio que não é algo “obrigatório”, mas tendo em conta que muitas vezes acabamos por nos deixar “engolir” pela correria do dia a dia e viver uma vida demasiado rotineira (e muitas vezes deixando de valorizar aquilo que realmente devíamos valorizar) este tipo de exercício relembra-nos que o importante é o agora, que nos faz pensar no que já fizemos… e no que ainda queremos fazer. E não, não precisam de ser coisas grandiosas: às vezes são pequenos gestos que nos fazem sentir realmente bem.

S

e por acaso já tiverem feito uma bucket list anteriormente, talvez esteja na hora de a rever! Já alcançaram todos os objetivos a que se propuseram? Querem acrescentar mais alguma coisa ou, por outro lado, existe algo nessa lista que hoje em dia já não faz assim tanto sentido?

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SAÚDE & BEM-ESTAR

No caso de nunca se terem dedicado a esta experiência, aproveitem e experimentem fazer a vossa própria bucket list: vão ver que se vão entusiasmar e, quem sabe, começar a olhar para a vida de outra forma. Peguem num papel e numa caneta - ou acedam às notas do telemóvel - e comecem a escrever as primeiras coisas que vos vierem à cabeça!

Pensem assim: se morressem amanhã, o que é que ainda gostavam de fazer? O que fariam se o tempo, dinheiro e recursos não fossem um problema? Qual é aquela coisa que sempre desejaram fazer mas acabaram por nunca pôr em prática?

Existe algo ou alguém que sonhem ver pessoalmente? Que tipo de sensações/ emoções ainda querem sentir? Existe alguma competência que ainda gostassem de adquirir? Há algo que queiram dizer a uma pessoa especial? O que querem alcançar nas várias áreas da vossa vida (amor, família, carreira, saúde, etc)?

Deixo-vos alguns exemplos que podem colocar na vossa lista! Ah, e lembrem-se: vivam sempre a vida ao máximo!

Inês Barbosa

“LIST”

1

%

POR APENAS

MILÉNIO | SAÚDE E BEM-ESTAR

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There will be multiple awards of $250 Dollars to be won.

1) How has my Portuguese heritage been an influence in my life?

*Maximum commission is 3.5%. Listing commission 1%, co-operating brokerage 2.5%.

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The Federation of Portuguese Canadian Business & Professionals is pleased to announce its 2021 Essay and Multimedia Contest.

Open to all Ontario students from Grades 7- 12 of Portuguese descent.

Students are required to respond to one of the following questions in written essay form:

AVALIAÇÃO GRÁTIS Brampton 10 Cottrelle Blvd.

Suite 302 905.230.3100

PORTUGUESE HERITAGE CONTEST

647.274.4809

2) How can our community attract youth to participate in Portuguese Canadian cultural and social initiatives?

OR Students will have the option to submit a form of media (short video, picture, collage, sculpture, map etc.), along with their written essay, to respond to the following question: 3) “To me, being Portuguese means…”

Deadline for submission is March 1, 2021 For full contest rules or to apply visit fpcbp.com/contest

MILÉNIO | PORTUGAL GREEN WALKS

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

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Why northern Portugal should be your top travel destination post-Covid-19 Dear Traveler, We hope everything is well with you, your family and friends.

Portugal Green Walks was created in 2011 with one simple goal: to offer our guests the best of Northern Portugal.

Committed to offering a high level of service, and based on our own experiences and local knowledge, we have always carefully designed our tours in a way that respects the way of life the local populations and provides you with an intense and authentic experience. We strongly believe that responsible/sustainable adventure travel is a great form of wealth redistribution and it is making a huge difference to the lives of many people scattered across these small rural communities in Portugal.

The Portuguese Camino de Santiago about travel in 2021. More than ever before, we need to make peace with life in the No matter what kind of person you are: open air, to resume the habit of hiking and, secular, spiritual, or religious, the Camino above all, to refresh our state of mind! de Santiago is without doubt an adventure of a lifetime. I can guarantee this will be an experience like no other, a journey of YOUR SAFETY MATTERS insight and transformation and here are Once the vaccination programmes have some reasons why I think you should do it! had the desired effect, rest assured that we … to get to know yourself better will continue to ensure that our experiences comply with the relevant hygiene and … to improve your decision-making skills careful cleaning requirements for the pre… to recuperate emotionally vention and control of this virus or other possible infections. Having already ob- … to test your limits tained the Clean & Safe certification from … to reset your life and go back to basics the Portuguese authorities, Portugal Green Walks is committed to providing a safe and … to redefine what freedom is enjoyable experience to all our clients. … to connect with nature WHAT CAN WE OFFER YOU? Unspoiled areas and Natural Parks

Our self-guided hiking programs take place in areas of low population density which are dotted with rural villages that have preserved their roots and traditions.

Places of preserved beauty, inhabited by Over the last few months, the Coronavirus a wide diversity of flora and fauna, where pandemic and the containment measures man and nature live in perfect harmony. imposed by health authorities have forced Most days you will have the mountains and us to postpone our vacation plans but forvalleys all to yourselves, with clean air to tunately, now that there are several viable breathe and plenty of vitamin D to absorb, vaccines available, we can start to think no matter which of these wonderful natural landscapes you choose:

… because you can!

Well-being: Time for you and the environment

watch nature and locals in action, breathe in the pure clean air and feel the warmth of the sun on your skin as you listen to the sounds of the countryside.

Responsible tourism This is all about investing in a better way of doing things. It’s about being conscious of who gets our money, and what they’re going to do with it.

Wherever possible we use locally-owned services such as restaurants, drivers, local producers and family owned hotels / country houses. By making a difference to the people you meet while on your adventures with us, we strongly believe that we are helping to make better places for people to live in, which in turn provides better places for people to visit.

More flexibility

After booking your programme, you have the option to request a new date change up If you are considering an escape into nato 30 days before the date of travel. ture with a view to combining relaxation with adventure, our self-guided walking All of this without additional costs. programs are made for you. The unhurried If you feel inspired by our suggestions and peacefulness and tranquillity of walking are confident that Portugal is a safe destinain rural areas and in the interior of Portion that is properly prepared for a return to tugal is the most balanced way of relating travel, get in touch. We’ll be waiting for you. to nature, giving you ample opportunities to awaken your senses as you pause along Paulo Lopes your route to gaze at magnificent views, Founder & CEO at Portugal Green Walks

• The Peneda-Gerês National Park in the far north-west of Portugal, beneath the border with Spain, one of our UNESCO World Biosphere reserves

• The Douro Valley and wine region with its magnificent manmade terraces, carved from the hillsides over centuries, classified as a UNESCO World Heritage Site in 2001 • The Côa Valley, the most important outdoor Paleolithic rock art site in the world with engravings dating back 25,000 years and classified as a UNESCO World Heritage Site in 1998

Waterfall Trail in Peneda-Gerês National Park

Créditos: DR

Créditos: DR

• The vibrantly green Alto Minho landscape is one of the world’s Top 100 Sustainable Destinations (ITB Earth Awards 2019)

The Douro Valley is the epicentre of the Alto Douro wine region.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

A BLAST FROM THE PAST

MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

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smartphones, these so-called tin toys take me back to simpler, uncomplicated, and unhurried times. They did not require an update, flash, reboot, but a simple powering “on” and “off”. The very bright lithThe primary production post World War ography, complicated mechanical actions, II consisted mostly of manufactured sheet detail and graphics most definitely would metal landscapes, sheet metal scenes, and have been at the top of any child’s list of esmotorcycles. There are several famous sential must have toys.

Technofix motorcycle designs and models.

The following are examples from my perTechnofix No. 258 “Falling Motorcyclist”, sonal collection. (in my opinion two words that should never be used together as they conjure up un1. 1950’s Technofix G.E. 25 with No. 2 Rider favourable and life-threatening scenarios) - Crisp lithography, bright, colorful with excellently lithographed and finely crafted functioning mechanical movement. with superior materials. Designed to travel Made in U.S. Zone, Germany. in a circular motion, the motorcycle itself would “fall” over while traveling and due to 2. 1950’s Technofix G.E. 255 with “Motoan engineered side lever, would straighten Flash” with No. 2 Rider - Crisp lithogup once again. The Technofix 250 Series also raphy, bright functioning mechanical included Rider No. 255 which was designed movement. Original box and made to not fall over at all, but rather to sway back in France. Technofix opened a plant a and forth (Rider appears to be inebriated France in early 1950’s. actually!) All Technofix motorcycles were 3. 1950’s Technofix Rider No. 15 - 7” long, only made until 1959. It is estimated that scarce example made and labelled in U.S. over 90% of these toys were made in U.S. Zone, Germany. Working mechanical Zone, Germany and subsequently packaged movement and notice the “Technofix” and exported to the U.S.A. This is also a confont on tank. tributing factor to the huge German tin toy market in the U.S.A. and Canada.

4. 1950’s “Technofix” Rider No. 15 - 7” It should be noted that these types of long, scarce example made and labelled wind-up mechanical toys still provide a in Western Germany (Americans had mesmerizing feeling to those who may be left by this time). Working mechanical playing with them. In today’s marketplace movement and tank font differs from full of “gadgets” and electronic buzzing example 3.

Technofix - One of Germany’s most famous Armando Terra Opinião

The Technofix Toy Company of Germany is one of the largest manufacturers of lithographed tin toys in the world. The company was founded in Nuremberg, Germany in 1922, by brothers George and Johann Einfalt. Initially the company manufactured large and clumsy “penny” type toys, airplanes, winding towers, construction kits, wind-up humans and animals. Figures included knights, boxers, pigs, elephants, Indians and much more.

T

echnofix toys are known for their careful lithography, tremendous and accurate detail, and for their power mechanisms which drive and propel the toys themselves. They consistently used very high-grade materials and had very strict manufacturing procedures. Overall this equated to their mechanisms being very high quality, extremely durable, and in fact, never really requiring repair or tweaking. A good Technofix example will

always command a higher price as they are sought by many collectors. Technofix toys with a “G.E” or “G.E.N” markings were manufactured prior to the 1930’s. Before 1939 the company was at the pinnacle of its success and they provided employment for approximately 120 persons. The company name was later changed to “Marke Technofix” and the logo appeared within a triangle.

Most of the toys manufactured were directly reflective of the scientific, mechanical, and technical innovations of the era. Motorized cars and motorcycles became widely available and as a result, Technofix manufactured toys to directly reflect the interest of the general population.

After WWII and as previously discussed in other articles, Germany was divided into the German Democratic Republic in the East and the Federal Republic in the West. Under the cover of the US occupation, Technofix continued to thrive and increased toy production in the Western zone. As mentioned previously many of the toys from this era are marked, “Made in the U.S. Zone, Germany”. These are very important and historical examples, which clearly and decisively highlight events of the era.

My area of interest within the Technofix brand is specifically with motorcycles.

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1

3

Technofix – Um dos mais famosos da Alemanha A Technofix Toy Company da Alemanha é uma das maiores companhias a fabricar brinquedos de lata litografados no mundo. A Companhia foi fundada em Nuremberg, Alemanha em 1922, pelos irmãos George e Johann Einfalt. Inicialmente a companhia fabricava brinquedos grandes, toscos e baratos, aviões, torres sinuosas, kits de construção, humanos e animais de corda. As figuras incluíam cavaleiros, pugilistas, porcos, elefantes, índios e muito mais.

A

Technofix Toys era conhecida pelas suas litografias cuidadosas, detalhe e precisão tremenda e pelos seus mecanismos elétricos que fazia os brinquedos funcionarem por si. Eles usavam persistentemente materiais de alta qualidade e tinham procedimentos de fabrico muito rigorosos. Em geral, isto era somado aos seus mecanismos de alta qualidade, duração extrema, e o facto de nunca necessitarem de reparo ou ajuste. Um bom exemplar da Technofix irá quase sempre apontar para um preço alto, devido a serem muito procurados por colecionadores. Os brinquedos Technofix com marcações “G.E” ou “G.E.N” foram produzidos antes de 1930. Antes de 1939, a companhia estava no topo do seu auge e providenciava emprego para aproximadamente 120 pessoas. O nome da com-

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panhia foi mais tarde mudado para “Marke Technofix” e o seu logo aparecia dentro de um triângulo.

A maioria dos brinquedos fabricados eram reflexo direto das inovações científicas, mecânicas, e técnicas de inovação da sua era. Carros e motas tornaram-se amplamente disponíveis e, como resultado direto, os brinquedos Technofix refletiam interesse por parte da população em geral.

Depois da Segunda Guerra Mundial, como discutimos em artigos anteriores, a Alemanha estava dividida na República Democrática da Alemanha a Este e com a República Federal a Oeste. Com o disfarce da ocupação dos Estados Unidos, a Technofix continuou a prosperar e aumentou a produção de brinquedos na zona ocidental. Como mencionado anteriormente, muitos brinquedos desta era eram marcados com, “Feito na Zona dos Estados Unidos, Alemanha”. Estes são exemplos históricos e importantes, que claramente e decisivamente destacou os eventos da era.

A minha área de interesse com a marca Technofix é especificamente com as motocicletas. A produção primária pós-Segunda Guerra Mundial consistiu na fabrico de paisagens de folhas de metal, cenários de folhas de metal, e motocicletas. Existem vários modelos famosos de motas e designs da Technofix. A Technofix No. 258 “Motociclis-

atualizações, reinícios ou de simplesmente “ligar” e “desligar”. A litografia bem brita a Cair”, (que na minha opinião são duas lhante, com ações mecânicas complicadas, palavras que nunca deveriam ser colocadas detalhes e gráficos seriam na maioria das juntas… conjura cenários insatisfatórios e vezes um dos itens do topo da lista de essenperigo de vida) litografado excelentemente ciais de qualquer criança.

Os seguintes exemplares são da minha e feito cuidadosamente com materiais superiores. Desenhado para viajar em movimen- coleção privada. to circular, a mota em si “caía” enquanto viajava e devido ao seu nivelador engenha- 1. Technofix G.E 25 com condutor no. 2 de do, voltaria a sua posição correta sozinha 1950s – Litografia nítida, brilhante, colomais uma vez. A Technofix Série 250 tamrida com funcionalidades de movimento bém incluía o condutor No. 255, o qual foi mecânico. Feita na zona dos Estados desenhado para não cair nunca, mas antes Unidos, Alemanha. balançar para a frente e para trás (o condu2. Technofix G.E 255 com “Moto-Flash” tor parece estar embriagado na verdade!). com condutor no. 2 de 1950s – LitograTodas as motas Technofix foram feitas até fia nítida, brilhante e funcionalidade de 1959 apenas. É estimado que mais de 90% movimento mecânico. Caixa original e destes brinquedos foram feitos na zona dos feito em França. A Technofix abriu a sua Estados Unidos, Alemanha, e subsequenteplanta em França nos inícios de 1950s. mente embalados e exportados para os Estados Unidos da América. Isto foi também 3. Condutor “Technofix” no. 15 de 1950s um fator que contribuiu enormemente para – 7” de comprimento, exemplar escasso o mercado de brinquedos de lata alemão nos feito e marcado na zona dos Estados Estados Unidos e no Canadá.

Unidos, Alemanha. Movimento mecâniDeve ser notado que estes tipos de brinco funcional e tipografia da “Technofix” quedos de chave mecânicos ainda provino tanque. denciam um sentimento hipnotizante a 4. Condutor “Technofix” no. 15 de 1950s quem ainda possa brincar com eles. Num – 7” de comprimento, exemplar escasso mercado de hoje cheio de “equipamentos feito e marcado na Alemanha Ocidental eletrónicos” e smartphones vibrantes, estes (Os americanos já teriam deixado a sua chamados de brinquedos de lata, levam-me zona nesta altura). Movimento mecânico para um tempo mais simples, descomplicafuncional e tipografia no tanque é difedo e desenterrado. Eles não necessitam de rente do exemplar 3.

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FYI

Créditos: DR

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-Kika

SAPATO DE FERRO

Desde que começou a fazer exercício, há cerca de cinco meses, Zhang afirma ter tido bastante progresso e que, além de tonificar os músculos das pernas, os sapatos também o ajudam com a circulação sanguínea e no fortalecimento das articulações. Apesar disso, alguns médicos ortopedistas apontam que a prática pode ser prejudicial à saúde, já que cada corpo difere e aumentar a pressão nos ossos pode gerar lesões – por isso é importante ter cuidado ao adotar esta atividade física.

Toda a gente sabe que fazer exercícios físicos é importante para o bem-estar físico e mental, mas um chinês, de 42 anos, tem chamado a atenção da comunicação social por elevar a prática a um nível completamente novo com seu hábito bizarro: ele faz os seus treinos enquanto usa sapatos de ferro que pesam 150 quilos!!

Zhang Enshun vive na província de Guangxi, na China, e decidiu dar uma oportunidade a essa modalidade inusitada quando viu uma notícia sobre pessoas que adotaram este exercício e tiveram resultados positivos. Por mais estranho que possa parecer, os sapatos de ferro não são uma novidade para os chineses e até já viraram notícia em alguns sítios.

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Enshun começou por prender uma placa de metal em cada pé, que pesava cerca de 18,75 quilos cada, e começou a tentar dar alguns passos. Hoje em dia, cada sapato leva quatro chapas de ferro, resultando num total de 150 quilos: mais do que o dobro do peso do próprio homem.

A rotina de exercícios é simples: ele prende os sapatos aos pés, usando uma fivela, e sai para caminhar. Apesar do peso do calçado, Zhang consegue andar mais de 50 metros a cada 20 minutos. Ele conta que, além de fazer caminhadas diárias de 200 a 300 metros, também pratica movimentos de Tai Chi, para o seu treino ser mais completo.

HOUVERAM ALTURAS OU HOUVE ALTURAS? Caso: com Luciana Graça Leitora de português do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, na Universidade de Toronto

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• Disse-me hoje uma pessoa amiga que gostaria de ser como eu: estar sempre com um sorriso no rosto. Eu, claro, agradeci. Porém, a verdade é que… já «houveram» alturas, na minha vida, em que achei que não conseguiria dar a volta por cima… – quer dizer… «já houveram alturas» ou… «já houve alturas»?

Análise: • No sentido de «existir», o verbo «haver» é sempre impessoal – isto é, não tem sujeito – ; logo, é apenas usado na 3.ª pessoa do singular.

• Por isso é que tanto devemos dizer «houve uma altura na minha vida» - em que a palavra «altura» está no singular - como «houve alturas na minha vida» - em que a palavra «altura» está já no plural.

• De forma resumida: - «houve»: com o sentido de «existir», sempre no singular, independentemente de ser seguida de uma palavra ou de uma expressão no plural; - assim sendo, «houve uma situação» e «houve várias situações»; «houve uma mudança» e «houve várias mudanças».

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Kika

Um representante dos Daft Punk confirmou à revista Pitchfork que este é mesmo o fim do duo parisiense.

ESTRELA

“Nem acredito que já se passaram 13 anos desde que eu os trouxe aos dois para casa nos meus braços no meio de uma tempestade de neve. Dessa tempestade vieram dois pequenos cocos perfeitos que reorganizaram a minha vida e me ensinaram o verdadeiro significado de amor. Tem sido a jornada mais mágica, cheia de aventura e alegria de sempre. Sinto tantas emoções esta manhã… estou muito emotiva. Muito orgulhosa e feliz, mas de coração partido por não poder congelar o tempo”, escreveu a artista na legenda do vídeo.

De recordar que os gémeos são fruto do casamento de Jennifer Lopez com o compositor Marc Anthony, uma relação que chegou ao fim em 2014.

MUDANÇA

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Através das redes sociais oficiais do duo, é apresentado um vídeo no qual os dois músicos e produtores surgem com os conhecidos fatos de robôs. Cada um segue para um lado, sendo depois anunciada que esta é uma despedida.

Os filhos gémeos de Jennifer Lopez celebraram o 13º aniversário esta segunda-feira, dia 22 de fevereiro, uma data que a cantora não quis deixar de assinalar nas redes sociais, publicando um vídeo onde se vê Emme e Maximilian a tomarem o pequeno almoço na cama e dedicando-lhes algumas bonitas palavras.

ANGELINA JOLIE

Na tarde do último domingo, dia 21 de fevereiro, Carolina Deslandes revelou uma transformação radical de visual. “Reborn”, escreveu a cantora na legenda do vídeo em que surge de cabelos descoloridos. Um novo look que tem a ver com a sua apresentação no Festival da Canção.

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“Esta transformação foi feita em prol da caracterização da minha actuação no festival”, revela a cantora, que se apresenta este sábado, dia 27 de fevereiro, com “Por Um Triz”. “Assim como as pessoas que fazem novelas e televisão continuam a ser maquilhadas e penteadas diariamente. Com testes à entrada e com as devidas precauções”, justifica ainda Carolina, depois de ser questionada sobre a transformação. Recorde-se que devido à pandemia de covid-19 os salões de cabeleireiros e barbeiros devem permanecer fechados – e tais transformações de visuais são feitas apenas dentro de ambiente controlados dos estúdios de televisão.

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Foram 28 anos de uma das duplas mais icónicas da música eletrónica, que agora termina. Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter anunciaram que os Daft Punk chegaram ao fim.

JENNIFER LOPEZ

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DAFT PUNK

Até há cinco anos, a história de amor de Angelina Jolie e Brad Pitt fazia lembrar os filmes românticos com final feliz típicos de Hollywood. Mas depois tudo se desmoronou. Foram três anos para assinar o divórcio e desde então os atores prosseguem uma batalha legal pela custódia dos filhos. Pitt solicita a guarda partilhada, Angelina insiste que o ex-marido não está preparado para cuidar dos filhos e o diferendo não parece ter fim à vista.

No meio de todo esta avalanche mediática, a estrela de Lara Croft: Tomb Raider, de 45 anos, decidiu dar a conhecer um pouco mais de si na intimidade do lar e abriu as portas da sua casa em Los Feliz, Califórnia, onde vive com os seis filhos. O divórcio, o futuro da vida familiar e a sua felicidade foram os temas centrais desta entrevista, conduzida pelo diretor da Vogue britânica, Edward Enninful.

Apaixonado por animais, João Baião decidiu aumentar a família. O apresentador da SIC usou as redes sociais para apresentar a mais recente cadelinha que adotou.

Créditos: DR

“A família cresceu. Esta menina Serra da Estrela vai ter muitos amigos cá em casa.

Está batizada, é a Estrela”, escreveu na legenda de uma fotografia em que surge com a nova companheira de quatro patas ao colo.

“Os últimos anos foram muito difíceis. Tenho estado focada em reerguer a nossa família. Aos poucos estou a conseguir, como se o gelo derretesse e o sangue voltasse ao meu corpo. Ainda não cheguei lá. Mas espero vir a chegar. É o meu plano”, confessou, adiantando: “Sinto-me muito melhor nos meus 40 do que quando era jovem. (…) Talvez porque a minha mãe não viveu muito tempo, por isso há algo no envelhecimento que sinto como uma vitória, em vez de ver como uma tristeza.”

AMÉLIA

BEBÉ A CAMINHO

Sara Prata partilhou novas fotografias nas redes sociais, nas quais se pode ver como tem crescido a filha, a pequena Amélia.

“Minha Doce Amélia. Cada vez mais apaixonada por ti! P.S. – sim, obviamente trinco estas bochechas todos os dias”, escreveu a atriz, numa legenda divertida de duas fotografias onde se pode ver a bebé sentada, a rir.

De lembrar que a pequena Amélia, de sete meses, é fruto da relação de Sara Prata com João Leitão.

“Querido/a graínhas”, começou por escrever a cantora de 19 anos, que continua, revelando como reagiu à notícia: “Um dia a tua mãe disse-me que estava pronta para te conhecer. Confesso-te, fiquei assustada, até ver o brilho que ela trazia nos olhos, que já pareciam os teus. Desde aí que nada tem sido igual.”

Bárbara revela-se muito ansiosa pela chegada do filho da amiga, e conta que já há até uma música escrita para o bebé: “Já nada se planeia sem ti, só pensamos em nomes e alcunhas para te dar, até uma canção já escrevemos para ouvires quando cresceres. És o novo membro da nossa pequena grande família e não imaginas o quão ansiosos estamos por te ver chegar.”

Depois, a cantora dedica palavras carinhosas aos amigos Angie e Miguel. Recorde-se que Bárbara é namorada de Kasha, outro membro da banda D.A.M.A. “Não podias ter escolhido melhores pais, o teu pai, com a sua forma tão pura de amar quem lhe é amor, já não passa um dia sem pensar em ti. A tua mãe, a pessoa mais bonita deste mundo, por dentro e por fora, vai inspirar-te todos os dias a seres do lado do bem.”

Por fim, Bárbara termina com uma mensagem de amor ao bebé: “No que me tocas, vou estar sempre, mas sempre aqui para ti e para eles. Nunca pensei que um jantar com a tua mãe se transformasse nisto, mas que bendito jantar. Estamos à tua espera”.

Créditos: DR

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Foi na tarde do passado domingo, dia 21 de fevereiro, que Angie Costa revelou estar à espera do primeiro filho, fruto da relação com o cantor Miguel Coimbra.

Depois de partilhar a novidade nas redes sociais, foi a vez de Bárbara Bandeira escrever algumas palavras dedicadas ao bebé.

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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

OLHAR COM OLHOS DE VER

A message from Mother Nature. //Bruce trail. Créditos: Fabiane Azevedo

Picos de beleza . Créditos: Cristina da Costa

Sorrisos. Créditos: Joana Leal

A great read for a snowy week. Créditos: Stella Jurgen

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MILÉNIO | PASSATEMPOS

26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Palavras cruzadas

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Sudoku

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O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9.

Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1

Culinária por Rosa Bandeira

10 1. Amar excessivamente 2. Empregar as mãos no uso de; mover com as mãos 3. Exercer ação restritiva sobre; conter, regular 4. Meio de pagamento, na forma de moedas ou cédulas, emitido pelo governo de cada país 5. Inseto que fabrica a cera e o mel 6. Abertura que serve de entrada ou saída de um recinto 7. Aquele que faz parte da tripulação de uma embarcação 8. Aquele que revela ignorância ou pouca familiaridade com determinado assunto

9. Parte exterior da cavidade bucal; o contorno dos lábios 10. Inspiração involuntária longa com a boca aberta 11. De altura superior à média; de grande dimensão vertical 12. Casa em que se admitem hóspedes; pensão, hospedaria 13. Indivíduo que contrata serviços ou adquire mercadorias mediante pagamento; comprador 14. Matéria mineral sólida, dura, da natureza das rochas 15. Embarcação de grande porte (mercante ou de guerra)

Jogo das 10 diferenças

Pão com chouriço Ingredientes

200 gr de bacon 170 g de chouriço 100 g de presunto 550 gr de farinha 120 gr de banha 100 gr de água 20ml de azeite

30 gr de fermento de padeiro 4 ovos 1 gema 1 colher de sal (chá) Farinha para polvilhar Banha para untar

Modo de preparação: Cortar o bacon e o presunto em pedaços e o chouriço em rodelas.

Misturar bem a água, o azeite, a banha, o sal e o fermento Juntar os ovos e a farinha e amassar bem.

Fazer uma bola com a massa, polvilhar com farinha e deixar levedar, tapada, durante cerca de duas horas.

Untar um tabuleiro com banha. Dividir a massa em duas partes, estender em formato retangular e colocar uma delas no tabuleiro. Cobrir com as carnes e dispor por cima a outra parte da massa. Tapar com um pano e deixar levedar durante mais uma hora.

Após esse tempo, pincelar com a gema batida e levar ao forno preaquecido a 200 graus durante cerca de 30 minutos.

Caça palavras

J U M A N D A R M U X C Y J P

M B A O R E H L O C S E D K Z

G K F R A C N I R B X Y T R D

K P I G A S S I S T I R D V X

H G R A G I L J M W M K E M N

J P V O A R D G J R A T S O G

D S E N T R A R J Y T I C Y V

F P N R I T R A P N W K E F H

K A P T A C O N T E C E R F B

H S N P I I F V R I R P M U C

N S R A P U C O E R P Q X V Q

U E T B B X T Q J H H N M R U

R A N R E M O C M E W U V F T

W R A W G B E N T E N D E R C

AC ON T E C E R ASSISTIR B R I NC A R C U M PR I R DE S C E R E S C OL H E R G O S TA R L IGA R M A N DA R VOA R COMER ENTENDER ENTRAR ESCREVER PARTIR PASSEAR PREOCUPAR

Créditos: DR

I O J M V E J E S C R E V E R

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MILÉNIO | HORÓSCOPO

LEÃO 22/07 A 22/08

CARNEIRO 21/03 A 20/04 Marte e Plutão dar-lhe-ão uma eficiência espantosa toda a semana. Poderá impor-se, exalará uma autoridade impressionante.

Vénus não será favorável para si. Nada de especial acontecerá amorosamente e por vezes terá a impressão de que os dias são insípidos. Paciência!

Marte desgastá-lo/a-á. Sentir-se-á como se estivesse a brincar à espada na água esta semana. Concentre-se na sua criatividade em vez de se preocupar com retornos imediatos! É normalmente uma borboleta social que conta sempre com a ajuda dos outros. No entanto, esta semana dará um passo atrás e não hesitará em rever as suas relações. Decisão sensata!

TOURO 21/04 A 20/05 Marte e Plutão apoiá-lo/a-ão consideravelmente quando o assunto for sobre mostrar o seu potencial e reforçar a sua posição no trabalho.

O início da semana será sombrio, depois Vénus dar-lhe-á tranquilidade ao seu coração. Amistosamente, muitas surpresas estarão por vir.

VIRGEM 23/08 A 22/09

A Lua oferecer-lhe-á momentos de paz com a sua família ou com alguém próximo de si.

Depois disso a sua semana tornar-se-á um pouco monótona. Tente descansar um pouco este fim de semana.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12 Sentir-se-á leve! Beneficiará de mais facilidade nos seus passos.

Uma certa dose de sorte desbloqueará situações de congelamento. Mostre do que é capaz!

Vénus e Marte complicarão as suas relações a meio da semana. Ser-lhe-á pedido que tenha tacto: saiba como transmitir as suas mensagens com diplomacia.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Plutão, Marte e Neptuno reforçarão Aposte no sábado: a Lua Cheia lio seu carisma, inspiração e eficiêngada a Úrano trará soluções práticia. Nada lhe resistirá... Não tenha cas, novas ideias e criatividade. Também o encorajará a mudar a sua imagem o que o/a medo de desafios! surpreenderá.

Vénus mimá-lo/a-á e Mercúrio deixará de Mercúrio deixá-lo/a-á à vontade com to- o/a incomodar. Aproveite estes dias cheios dos, incluindo aqueles que não conhece de emoções positivas. Este fim de semana bem. Não hesite em fazer novos contactos será um ótimo momento para conhecer novas pessoas. que lhe poderão ser úteis futuramente!

BALANÇA 23/09 A 22/10

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Sentir-se-á triunfante! Mercúrio deixará de brincar com os seus nervos. Junto com Júpiter, encorajará a sua intelectualidade. Financeiramente, aposte num bom negócio!

Mercúrio e Júpiter oferecer-lhe-ão uma oportunidade financeira. Poderá aproveitar porque valerá a pena.

GÉMEOS 21/05 A 20/06 Dieta, sono: será absolutamente necessário rever certas funções para não se sentir demasiado desgastado/a. Conte com Júpiter para o/a animar!

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Vénus ajudá-lo/a-á a seduzir e Marte apimentará as coisas. As suas relações serão Continuará a seduzir até quarta-feira. De- bastante apaixonadas e vivenciará mopois, a família tornar-se-á a sua priorida- mentos bons e momentos maus. Desfrute dos momentos mais calmos. de.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Estará mais concentrado/a e pleMarte motivá-lo/a-á e os outros no/a esta semana. No que diz resplanetas forçá-lo/a-ão a rever profundamente um projeto financeiro ou des- peito ao seu bem-estar, o Sol ajudá-lo/a-á a pesas que não serão suficientemente medi- regenerar-se. Desfrute! das. Peça ajuda a um profissional se precisar Vénus no signo de Peixes suavizará as suas de um! relações. Relaxar-se-á quando entrar em Poderá estar contente porque Vénus no sig- contato com os outros. Obterá também uma no de Peixes trá-lo/a-á a sua quota-parte de bela imagem de si mesmo/a. ternura e magia. Desfrute!

15 N A 13 V I 6 P O R

7 T R I P 1 U 8 L L 5 A B E N I T G E O 10

3 C O N T R 4 O I D O L I A N R L H A 12 E I 9 R B O C E

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F H T X H U N D W O R S L T U

F T P C G A I O H S Q X O M Q

Y X D F R R V I N S U G X S H

E H Z C A A P R F A Í N I Q P

G K I G R D O Í B R D H N F B

X S R C Q S L L J I A Y D X Z

O A A G A K B Q P G V C G D X

M O F I É C R I S Â N T E M O

O E I I N B A Q I P O G N A T

I Q B B M E E L I T U L I P A

X J L O V O D R I R D K X J Z

W B K H N G K R A L I T A C J

A S O I R O L G A O O S X A Q

J R G R N Z N F U G E P E P I

PEIXES 20/02 A 20/03 Contará com Marte, Neptuno e Plutão para reforçar a sua posição profissional e para afirmar o que talvez não se atreveu a dizer até agora!

Por mais triste que tenha sido o início da sua semana, erguer-se-á. O calor e o afeto regressarão. Receberá bondade de todos os lados.

Há mais de 35 anos que o Leão D'Ouro se tem dedicado para servir a comunidade e cuidar dos nossos clientes e da nossa equipa. Com o contínuo impacto do vírus do COVID-19 em todos nós, queremos assegurar os nossos clientes de que continuamos aqui para vos servir.

Continuaremos abertos para o servir em formato takeout e com entrega via SkipTheDishes ou UberEats.

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26 de fevereiro a 4 de março de 2021

Este é o momento de nos unirmos.

De ajudarmos quem mais precisa.

A MDC Media Group está a promover a recolha de alimentos para entregar no Food Banks of Canada.

A nossa tenda está localizada na Camões Square 722 College Street em Toronto.

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For full program details and for any applicable exclusions see a participating dealer or costcoauto.ca. Tax, title, registration and license fees, personal property registration fees, and additional products and services are not included in the $1,000 Costco Bonus. Offer is valid at participating authorized GM Canada dealers. Offer not available in the U.S. or Mexico. Offer is subject to change without notice. Void where prohibited. Costco and its affiliates do not sell automobiles nor negotiate individual transactions. ®: Registered trademark of Price Costco International, Inc. used under license.

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