3 minute read

Vacina bivalente: confira o que muda, por que é tão importante e qual é o calendário de aplicação em MS

Ranziel OliveiRa

O Governo Federal informou na última quinta-feira (26) que planeja começar a aplicação da vacina bivalente contra a Covid a partir de 27 de fevereiro. Mas o que muda e por que é importante tomá-la?

Advertisement

O médico infectologista Rodrigo Nascimento Coelho, 56 anos, atua em áreas de isolamento respiratório há quase 30 anos e vivenciou na linha de frente as fases graves da pandemia do coronavírus. Para ele, a evolução deste imunizante serve para impedir uma nova onda de casos graves.

“As [vacinas] monovalentes já serviram bem para diminuir a gravidade da doença e hospitalização, principalmente de pessoas com doenças crônicas. Essa é a finalidade da vacina. A vacina bivalente servirá para conter as subvariantes da Ômicron que apareceram recentemente”, explicou.

Sobre a forma com que o

Aplicação da bivalente atenderá primeiro públicos-alvos definidos por Ministério novo imunizante é produzido, ele explicou.

“Ela é feita pela Pfizer, com o mesmo processo que foram feitas as [vacinas] anteriores. O que muda são vírus no qual eles trabalharam, que são as novas variantes”.

Rotina

Para Rodrigo Coelho, os indícios dados pelo vírus levam a crer que a doença se tornará endêmica. Isso demanda uma vacinação de rotina, como com

Público-alvo

A expectativa do Ministério da Saúde é de que, a partir de 27 de fevereiro, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, recebam o reforço bivalente. Confira como será a divisão:

Fase 1: pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; o vírus Influenza (da gripe comum). “Hoje, graças à vacina, a sintomatologia da Covid-19 é de um resfriado comum. Houve um aumento de pessoas diagnosticadas com tosse, espirro e dor de garganta. E poucos casos de pneumonia e internação”, disse ele.

“Nós teremos que nos acostumar com a doença. Ela vai passar a ser endêmica e teremos que conviver com ela. Ela vai perdendo a gravidade e você cria mais resistência, vai se tor-

Diretor de Ministério vê ‘risco real’ de desabastecimento

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informou que aguarda o Ministério da Saúde enviar as doses do imunizante bivalente da Pfizer para atender a primeira fase da campanha de vacinação contra a Covid.

Dirigindo-se aos secretários de Saúde estaduais e municipais presentes, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Éder Gatti, descreveu a situação dos esto- ques de vacinas do ministério, tanto para o tratamento da Covid-19 como de outras doenças.

Segundo ele, a situação deixada pelo governo anterior representa “risco real” de desabastecimento de alguns imunizantes.

“Por estarem vencidas, mais de 370 mil doses da vacina Astrazeneca foram incineradas em dezembro passado. Encontramos estoque zerado de vacinas Pfizer Baby pediátrica e Coronavac, o que impede a vacinação de nossas crianças. E o es- toque de vacina bivalente, para iniciar a estratégia de vacina de reforço, estava muito baixo, impedindo articulação e estruturação de uma política pública para a vacinação de nossa população”, descreveu o diretor. Ele acrescentou que há “risco real de desabastecimento de vacinas importantes de nosso calendário, porque os estoques estão baixos também para vacinas BCG, hepatite B, vacina oral contra poliomielite e a triviral”. (RO)

Fase 2: pessoas entre 60 e 69 anos;

Fase 3: gestantes e puérperas; e

Fase 4: profissionais de Saúde.

O diretor do Departamento nando um resfriado comum”, prosseguiu.

“É uma doença respiratória viral, aos moldes da Influenza, que tem vacina anualmente. Contra ela, são produzidas vacinas para cobrir variantes do ano anterior, a mesma coisa de Imunizações do Ministério Saúde, Eder Gatti, informou que, para receber a vacina bivalente, a pessoa deverá ter tomado ao menos 2 doses da vacina contra o coronavírus. Não foi apresentado cronograma detalhado de cada um dos grupos.

Gatti não deu previsão para oferta das vacinas bivalentes para o restante da população, mas destacou que serão intensificadas as ações para ampliação da cobertura vacinal das doses de reforço para a população geral com as doses monovalentes que o ministério já tem em estoque. (RO) vai acontecer com a Covid-19. Esse vírus é muito semelhante ao Influenza, que faz mutações com muita facilidade. E haverá a necessidade de sempre fabricar novas vacinadas. Isso vai ser uma coisa natural”, complementou o infectologista.

MS tem mais 7 mortes e 966 casos

MaRiane Chianezi

Mato Grosso do Sul registrou 7 mortes e 966 casos de Covid-19 nos últimos 7 dias. Os dados fazem parte do boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado nesta terça-feira (31). O levantamento também mostra que 20 pessoas estão internadas devido à doença.

Das 7 mortes, 3 foram em Campo Grande, duas em Jardim, e um óbito em Fátima do Sul e Ponta Porã. Todas as ví- timas tinham mais de 60 anos e apresentavam comorbidades, entre elas diabetes, hipertensão, assim como doenças cardiovasculares e respiratórias.

Já em relação aos novos casos, Campo Grande lidera a lista com 507 ocorrências. Ao todo, 51 cidades tiveram casos registrados.

Neste momento 20 pessoas estão internadas, sendo 11 em leitos clínicos e 9 que precisam de UTI. Cerca de 1.324 pessoas estão em isolamento domiciliar.

This article is from: