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A Escolha da Escola

Muito Além da Música

*Otávio Leal é pai de Maria Flor. Advogado, escritor, psicanalista em formação e autor do livro “Papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar. E agora?”

Escolher a escola dos nossos filhos sempre gera dúvidas e tensão. Essa missão pode se tornar ainda mais difícil quando os pais são separados e possuem visões distintas sobre a escola mais adequada para o filho. E esse dilema aconteceu recentemente em nossa família

Desde a separação, tento encarar esses dilemas como momentos de aprendizado para nós e para nossa filha. Criar filhos separados não é tarefa fácil e, justamente por isso, os pais precisam se manter em sintonia, focados em atender aos interesses do filho. E para evitar conflitos, o ideal é que sejam estabelecidos critérios objetivos de comparação entre as escolas, como método de ensino, grade curricular, cursos extracurriculares, alimentação disponível, custo e localização. Buscar opinião de profissionais que possam sanar dúvidas também ajuda a validar a futura escolha.

No nosso caso, minha ex-mulher e eu optamos por visitar todas as escolas juntos. Isso aumenta o conhecimento de ambos em relação a cada escola, gera compromisso com a escolha, reduzindo a insegurança e possíveis desconfianças. Ao final de cada visita, conversamos sobre os pontos positivos e negativos da escola visitada. Além disso, também listamos juntos o que esperávamos e não esperávamos da nova escola da nossa filha.

Entendo que a escola é um lugar de acolhimento e construção da criança e do adolescente como ser humano. O desafio, portanto, não é necessariamente encontrar a escola que deixará nosso filho mais sábio ou milionário no futuro. A missão deve ser encontrar um lugar que acolha bem os nossos filhos, nos auxilie na sua construção, e os direcione para a vida adulta como protagonista de sua própria história.

A dica final é: escola e família, pais casados ou separados precisam andar juntos e assumir o papel de ser uma extensão da educação fornecida pela outro.