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Covid matou mais enfermeiros no norte que no sudeste, diz pesquisa
Maioria das vítimas da doença era de pretas e pardas
Um estudo divulgado na terça-feira (24) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) traçou um perfil dos profissionais de Saúde mortos no primeiro ano da pandemia de Covid-19 e mostrou que mais enfermeiros foram vítimas da doença na Região Norte que na Região Sudeste.
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O trabalho foi publicado na revista científica “Ciência & Saúde Coletiva”. A autora principal do artigo, Maria Helena Machado, diz que os dados regionais de mortalidade dos profissionais de Saúde por Covid-19 entre março de 2020 e março de 2021 são uma fotografia real, crua e dura da desigualdade social que impera no País.
A pesquisa mostra que, dos 582 mil enfermeiros que existem no País, apenas 7,6% estão na Região Norte, e 45,1%, na Região Sudeste. Mesmo assim, dos 200 enfermeiros mortos por Covid-19 e contabilizados pelo Conselho Federal de Enfer- magem (Cofen) no primeiro ano da pandemia, 29,5% eram do norte e 26,5%, do sudeste.

“É lá, na Região Norte, que se vê com clareza onde o genocídio dos profissionais deu-se de forma mais aguda. É onde tem piores condições de trabalho e maior aglomeração da população desesperada por atendimento. O Amazonas foi um exemplo vivo do descaso com que a Amazônia Legal vem sendo tratada no País”, disse a pesquisadora.
O Amazonas foi o Estado brasileiro em que houve mais mortes de enfermeiros no primeiro ano da pan-