Ponto Focal: Pernambuco

PONTO FOCAL PERNAMBUCO

Ponto Focal Pernambuco ©

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Ponto Focal Pernambuco - Projeto Meros do Brasil No estado de Pernambuco, as ações em prol da conservação do mero datam de 1995, quando através de um questionário distribuído nacionalmente foi feita a primeira avaliação do estado de conservação do mero no Brasil. Os resultados fundamentaram a proteção da espécie no município de Tamandaré, na APA Costa dos Corais (proibição da captura do mero através do decreto de criação em 1997) e no estado de Pernambuco (zoneamento ecológico econômico de 1999). Atualmente as ações do projeto Meros do Brasil vêm sendo realizadas nos municípios de Rio Formoso e Tamandaré. A área é privilegiada: conta com a APA (Área de Proteção Ambiental) Costa dos Corais, a maior Unidade de Conservação marinha do país, com 413 mil hectares; a APA de Guadalupe e o Parque Natural Municipal de Tamandaré.

A região de estudo é caracterizada pela diversidade de ecossistemas costeiros como manguezais, pradarias de fanerógamas e recifes coralíneos, que juntos formam um complexo de ecossistemas interconectados pela transferência de energia e que fornecem abrigo e alimentação para as espécies ao longo de seus ciclos de vida. O mero é talvez uma das espécies mais representativas desta conectividade, através de sua dependência dos vários ambientes ao longo da sua vida. Desta forma o mero simboliza a luta pela conservação e proteção destes ecossistemas, ameaçados pelo desenvolvimento crescente e acelerado das zonas costeiras, e a exploração excessiva dos seus recursos. A importância econômica destes ambientes, que através do turismo e da pesca garantem sustento das comunidades locais, torna ainda mais urgente a necessidade de proteção.

No ponto focal de PE, as atividades de pesquisa e ações de informação ambiental têm como principais áreas de estudo o complexo estuarino do Rio Formoso, incluindo a praia de Carneiros, e os recifes costeiros da área de Tamandaré. Nesta região é realizado o monitoramento da pesca de camboa, feita pelas comunidades que vivem no entorno do complexo estuarino, e através da amostragem e da biometria das espécies capturadas é possível fazer o levantamento da ictiofauna local, registrar a ocorrência de meros e gerar conhecimento sobre a sua bioecologia. É também realizada a marcação de meros capturados, de forma a gerar informações sobre a distribuição e movimentação do mero dentro da área. A ocorrência do mero nos ambientes recifais, incluindo as reservas marinhas da APA Costa dos Corais, e nos naufrágios do estado de Pernambuco também é monitorada. Nos naufrágios isso vem sendo feito a partir de parcerias com operadoras locais, como a Aquáticos e Aicá Diving.

As atividades neste ponto focal são desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Instituto Recifes Costeiros – IRCOS, Centro de Pesquisas do Nordeste – CEPENE, APA Costa dos Corais e APA de Guadalupe, Associação de Pescadores Mangue Verde e a Associação de Canoeiros de Rio Formoso, Conselho Pastoral dos Pescadores/Nordeste, Cooperativa Naútica Ambiental e colônias de pescadores do litoral sul de Pernambuco. A parceria com projetos de grande escala como o Programa Nacional de Monitoramento de Recifes de Coral (Reef Check Brasil), o Programa SISBIOTA/PELD - Zonas Costeiras, e o INCT-Mar (Amb-Trop) permitiram ampliar a área de cobertura do projeto e também a integração e divulgação das atividades do Projeto Meros do Brasil para um maior número de pessoas.