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Vascularização intraocular
(Artéria oftálmica, ramo da artéria carótida interna)
Este é o tópico mais importante para a prática oftalmológica e para as provas quando o tema é vascularização ocular. A sorte do aluno é que basta lembrar de artéria oftálmica, ramo da artéria carótida interna
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A artéria oftálmica penetra na órbita através do canal óptico. Dela surgem vários ramos. Estudaremos a artéria central da retina, as artérias ciliares, a circulação orbitária e a circulação retiniana.
Neste quadro, estudaremos os ramos originados da artéria Oftálmica. Leia a seguir e fixe na imagem.
A artéria central da retina, que vasculariza as camadas internas da retina, penetra na parte inferior (ventralmente) do nervo óptico há aproximadamente 6 a 15 mm do globo ocular. Em seguida, podemos perceber dois troncos ciliares posteriores, um medial e outro lateral, e ambos nascem da artéria oftálmica. Esses dois troncos ciliares originam 15 a 20 artérias ciliares posteriores curtas, que formarão o círculo de Haller-Zinn, suprindo nervo óptico e coroide posterior, e duas artérias ciliares posteriores longas, que percorrerão o espaço supracoroidal sem a emissão de nenhum ramo até anastomosar-se com as artérias ciliares anteriores, na parte anterior do olho, para formarem o círculo arterial maior da íris, que emitirá ramos para suprir o corpo ciliar e a coroide anterior. Lembrando que são sete as artérias ciliares anteriores, sendo uma para o reto lateral e duas para os demais retos.
Obs.: A artéria oftálmica encontra-se em íntima relação com o nervo óptico, inferior e lateralmente.
Artérias ciliares
(Ramos da artéria oftálmica, que é ramo da artéria carótida interna)
Os vasos ciliares, ramos da artéria oftálmica, são divididos em posteriores e anteriores, todos são ramos da artéria oftálmica.
Importante para o residente
Os vasos ciliares posteriores nutrem todo o trato uveal, artérias ciliorretinianas, a esclera, a margem da córnea e a conjuntiva adjacente.
A artéria oftálmica, ramo da artéria carótida interna, é responsável pela irrigação da órbita e seu conteúdo (olho e anexos). Ela penetra na órbita através do canal óptico. Dela surgem várias artérias. Veja:
Assista Aula De Vasculariza O E Drenagem Ocular E Complete Os Itens A Seguir
A artéria central da retina, que vasculariza as camadas internas da retina, penetra na parte inferior (ventralmente) do nervo óptico há aproximadamente 6 a 15 mm do globo ocular. Em seguida, podemos perceber dois troncos ciliares posteriores, um medial e outro lateral, e ambos nascem da artéria oftálmica. Esses dois troncos ciliares originam 15 a 20 artérias ciliares posteriores curtas, que formarão o círculo de Haller-Zinn, suprindo nervo óptico e coroide posterior, e duas artérias ciliares posteriores longas, que percorrerão o espaço supracoroidal sem a emissão de nenhum ramo até anastomosar-se com as artérias ciliares anteriores (ramo das artérias musculares, que são ramos da artéria oftálmica), na parte anterior do olho, para formarem o círculo arterial maior da íris, que emitirá ramos para suprir o corpo ciliar e a coroide anterior. Lembrando que são sete as artérias ciliares anteriores, sendo uma para o reto lateral e duas para os demais retos. Por fim, a artéria etmoidal posterior e a artéria etmoidal anterior são de pouca relevância para as provas.

Visão esquemática de como as artérias ciliares posteriores curtas participam da formação da coroide. Mas o que é a coroide? Trata-se de uma das camadas da úvea, que é a camada vascular do olho.
Os vasos anteriores normalmente se anastomosam com os vasos ciliares posteriores longos, através de perfurações esclerais localizadas abaixo da inserção dos músculos retos. Quando dentro dos olhos, os vasos ciliares posteriores longos e as artérias ciliares anteriores formam o círculo arterial maior da íris, localizado na sua raiz Esse círculo é descontínuo e irriga a íris e o corpo ciliar adjacente. Além disso, envia ramos para o círculo menor da íris, localizado no estroma. Os vasos irianos possuem a conformação espiralada, o que permite a midríase e a miose sem isquemia. Essa característica espiralada e radial permite a diferenciação em relação aos neovasos da rubeosis iridis, visto que não são radiais.

Formação do círculo arterial maior da íris pelas artérias ciliares posteriores longas e pelas artérias ciliares anteriores.
Circulação retiniana
Importante: O aluno não deve confundir coriocapilar, que é uma camada da coroide, com a circulação das artérias retinianas, pois são entidades diferentes.
A nutrição das camadas externas da retina é realizada pela coriocapilar, que é uma das camadas da coroide. Ela é formada por ramos das artérias ciliares posteriores curtas e ciliares anteriores. Trata-se de GRANDES CAPILARES (15 a 40 micra de diâmetro), localizados em um plano único, logo abaixo do EPR. Suas paredes são extremamente finas e possuem várias fenestrações, principalmente na interface voltada para a retina.

A porção interna da retina é perfundida por ramos da artéria central da retina (ramo da artéria carótida interna). Em 25% (CBO) e 30 a 50% (Academia Americana) dos casos, há a presença de uma artéria ciliorretiniana que nutre a parte interna da retina. Em 15% dos casos, ela pode suprir a mácula e nos outros casos, qualquer área da retina. Os vasos originados da artéria central da retina possuem uma camada muscular que diminui em direção à periferia e apresentam íntima (endotélio e membrana basal), média (muscular) e adventícia (fibras elásticas, colágeno e axônios amielínicos).
Os vasos retinianos são semelhantes aos vasos cerebrais por possuírem uma barreira hematorretiniana interna. Essa barreira é dada por células endoteliais com tight junctions e uma membrana basal do endotélio protegida por pericitos.
A irrigação da retina externa é dada pela coriocapilar, enquanto a artéria central da retina nutre as camadas internas da retina.
2. DRENAGEM VENOSA
Com relação à drenagem venosa ocular, a veia oftálmica superior e a inferior são responsáveis por toda a drenagem da órbita, pois, além de drenarem as vorticosas e a veia central da retina, também recebem as veias ciliares anteriores. A comunicação com o seio cavernoso é posterior e acontece via fissura orbital superior, já com o plexo venoso pterigoide ocorre via fissura orbitária inferior. Anteriormente, elas comunicam-se com as veias supraorbital e facial.
Geralmente, a veia central da retina drena para a veia oftálmica superior e, daí, para o seio cavernoso. Com relação às veias vorticosas, em geral, encontramos 4 veias (pode variar de 3 a 6). As veias vorticosas superiores drenam para a veia oftálmica superior, enquanto as 2 veias vorticosas inferiores drenam para a veia oftálmica inferior e, daí, para o seio cavernoso. Essas veias possuem campos de drenagem segmentados, porém fazem muitas anastomoses. Elas estão geralmente localizadas nos quatro quadrantes e saem do olho entre 14 a 25 mm do limbo, entre os músculos retos. As suas ampolas distam 8 a 9 mm da ora serrata e são visíveis à oftalmoscopia indireta.
A veia oftálmica superior é formada pelas veias supratroclear, supraorbital e ramos da veia angular, que drena a pele que recobre a região periorbital. Por isso, existe o risco de trombose do seio cavernoso, secundário à infecção de pele periorbital. Tema frequente em concursos!
Quando você pensar em veias vorticosas, pense em drenagem do trato uveal (íris, corpo ciliar e coroide)

É importante salientar que a veia oftálmica superior sempre drena para o seio cavernoso. Contudo, a veia oftálmica inferior pode drenar para o plexo pterigoide e seio jugular ou para o seio cavernoso, dependendo da posição da cabeça.
Seio cavernoso
O seio cavernoso é uma estrutura anatômica de extrema importância clínica e que está sempre presente nos concursos!
O aluno deve conhecer a anatomia e os nervos que penetram nessa região, visto que o seu acometimento, pelas síndromes vasculares e/ou inflamatórias, repercute com alterações faciais e oculares.

- O seio cavernoso envolve a hipófise e está localizado acima do seio esfenoidal. Ao contrário do que muitos pensam, o nervo óptico NÃO está dentro do seio cavernoso. Além disso, encontra-se a artéria carótida interna em seu interior;
- O seu conteúdo é dado pelos pares cranianos III, IV, V e VI;
- O nervo oculomotor (III) ainda não dividido, nervo troclear (IV), abducente (VI) e os ramos superiores do nervo trigêmeo (V) (oftálmico e maxilar) estão presentes no seio cavernoso;
- É importante lembrar que uma lesão no seio cavernoso NÃO ALTERA A SENSIBILIDADE DA MANDÍBULA.
Importante sobre a drenagem venosa
Localização das vorticosas
Drenagem do sistema retiniano
Drenagem do sistema ciliar
Localizam-se da seguinte maneira ao nível equatorial: região temporal superior, temporal inferior, nasal superior e nasal inferior
Veia central da retina, que é formada pela confluência das vênulas e das veias retinianas
Veias vorticosas, veias ciliares anteriores e ciliares posteriores
Veias episclerais
Veia central da retina
Veias vorticosas
Sistema venoso ciliar anterior
Sistema venoso ocular
Responsáveis pela drenagem da conjuntiva, das arcadas corneanas e do limbo. Lembre-se de que elas transportam humor aquoso que vem pelo ângulo camerular (estudaremos à frente). Portanto, encontraremos aumento da PIO em patologias que aumentam a pressão venosa episcleral, como é o caso da fístula carótido-cavernosa. Essas veias estão paralelas às artérias ciliares anteriores e às artérias episclerais na episclera. Importante ressaltar que geralmente são em número de quatro, assim como as artérias ciliares anteriores, e acompanham os quatro músculos retos.
*Plexos venosos do estroma límbico: levam uma mistura de sangue com humor aquoso para as veias episclerais.
Formada por pequenas vênulas dos leitos capilares retinianos, seguindo juntamente com a artéria central da retina. Após passar o nervo óptico, anastomosa-se com a veia oftálmica superior. Portanto, responsável pela drenagem das camadas retinianas internas
Para provas, quando você pensar nestas veias, você deve pensar em trato uveal (íris, corpo ciliar e coroide) Trata-se praticamente do complemento venoso do sistema da artéria ciliar posterior São, em média, de 4, mas variando de 3 a 6 veias que drenam íris, parte do corpo ciliar e toda a coriocapilar.
Praticamente não participa da drenagem da íris.
Anatomia associada à prática
Depois de assistir à aula deste capítulo, responda às seguintes perguntas:
1. Qual o nome deste achado ao exame de Retinografia? Está associado com artéria central ou veia central da retina?


2. Qual o nome deste exame?
3. Qual a possível alteração que poderá ocorrer após 100 dias?
4. Qual o tratamento para se evitar tal complicação?
ATENÇÃO! Questões e Comentários no Aplicativo e no Sistema!
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