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Cidade e Cidadania
from SOBRE.VIVÊNCIAS
Cid dade e Cidadania
O Residencial Agreste é um conjunto habitacional da cidade Arapiraca-AL, situado na Fazenda Velha, nas proximidades da UFAL, na rodovia AL-115. Localiza-se cerca de 13,6km de distância do centro.
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O conjunto consta com 999 casas, obtidas pelo programa federal Minha Casa, Minha vida.
Trata-se de uma comunidade carente, composta por pequenas residências, comércios locais e igrejas.



O residencial, assim como toda a cidade, está situado num local de clima quente e seco.
Entretanto não há arborização, o que contribui para o agravamento da situação.











O residencial não dispõe de muitos equipamentos urbanos comunitários, como escolas, creches, hospitais ou postos de saúde. O acesso a estes serviços básicos é possível apenas se os moradores se deslocarem ao centro da cidade. Contudo, o transporte também é escasso. Há um ônibus gratuito que leva algumas crianças para escolas do centro, e outros ônibus pagos que fazem a linha agreste.
Como a comunidade é carente, pouquíssimos moradores possuem transporte próprio. A di culdade de mobilidade se agrava principalmente em casos emergenciais. Caso seja preciso um atendimento urgente em algum serviço de saúde, di cilmente essa necessidade será atendida.
Há escassez de policiamento, tal fato, aliado as condições de pobreza e falta de oportunidade, contribuem para a falta de segurança do lugar e consequentemente a criminalidade.
Moradores do Agreste também sofrem preconceito pelo restante da cidade. Devido a má reputação do local, nem sempre são bem recebidos quando vem ao centro. Segundo relato de uma moradora, esta sofreu constrangimento ao precisar utilizar um posto de saúde de outro bairro, a princípio negaram atendimento e sugeriram que fosse procurar um posto de seu bairro.
Essa intolerância sofrida pelos moradores também se manifesta na di culdade para conseguir empregos, em que a rejeição por parte da população piora o já duro cenário existente.
Em relação aos serviços de transporte privado, como Uber ou táxi, motoristas recusam viagens que passem pelo Residencial Agreste. Segundo relatos de moradores, mesmo ambulâncias negaram atendimento no local a rmando que devido ao horário – madrugada, seria muito perigoso enviar os serviços ao local.

Grande parte dos moradores não tem perspectivas futuras de mudanças e não participam ativamente na luta pelos seus direitos. Salvo pequenas organizações que batalham por melhorias na comunidade, como a Denise Maria, Presidente da Associação Comunitária das Mulheres do Residencial Agreste, líderes religiosos, entre outros.

Tendo conhecimento da atual situação do Residencial Agreste, é uma obrigação moral de todos nós contribuirmos de alguma forma para buscarmos melhorias. Baseado nessa premissa, nós, alunos do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca, orientados pelos professores Simone Moura e Marcelo Karloni, realizamos ações, produtos e eventos a m de assistir a comunidade, no que tange as nossas possibilidades.