2 minute read

Felipe Gracindo

Next Article
Puffer jackets

Puffer jackets

Felipe Gracindo é daquele tipo que só de olhar dá vontade de rir. Ator talentoso, é dono de tipos caricatos e imitações hilárias, o que lhe rendeu, em 2016, o primeiro lugar no Prêmio Multishow de Humor. O brasiliense também é jornalista e o rosto mais conhecido do grupo de humor G7. A Lord Elégánt bateu um papo com ele, confira:

Como começou sua relação com o teatro?

Advertisement

Minha relação com o teatro se mistura em grande parte com a história do grupo de teatro que fundei em 2001, o G7. Isso, porque durante esses 16 anos de palco, minha experiência artística teve como principal veículo a Cia. G7 aonde por inúmeras vezes colocamos nossas ideias, devaneios, imaginações, expressões artísticas, reflexões e críticas sociais em ação. Mas a minha primeira experiência teatral prática, foi em 1998, na aula de Produção de Peças Teatrais pela Grand Haven Hight School, em Michigan USA, onde estudei por dois anos. Também tive o privilégio de ter em minha família artistas e músicos como meu tio Avo, Paulo Gracindo, ator nacionalmente conhecido por papeis como Odorico Paraguaçu em o Bem Amado da Rede Globo.

Em algum momento você imaginou que o teatro na sua vida fosse durar tantos anos e ganhar o brasil?

Nunca tive pretensão de ser famoso e nem a tenho. Meu objetivo nunca foi e nem será a fama, mas sim o fazer arte da forma verdadeira e respeitosa, para o maior numero de pessoas possível. Comecei a fazer teatro pela simples alegria e diversão em fazer comédia. Fazer pecas de humor, viver a adrenalina do palco, receber as energias dos aplausos e gargalhadas era o combustível necessário desse “vício” saudável chamado Arte.

Você, além de ator, é jornalista de formação. em algum momento pensou em trocar os palcos pela redação?

Engraçado porque sofri pouca pressão familiar por escolher o caminho da arte com profissão e carreira. A principal pressão que sofri foi a pressão pessoal em conquistar um lugar de respeito profissional. E hoje sou feliz por ter escolhido esse caminho, sou realizado e feliz por trabalhar com aquilo que amo! É completamente comum a família ter receio, até aversão a alguém que sai do caminho tradicional e pensa em seguir uma carreira na arte, musica, esporte, etc. Isso porque em sociedades jovens e ainda pouco maduras tem dificuldade em distinguir prazer e profissão e veem apenas como sucesso aquele que segue um padrão tradicional antiquado. Mas vejo esta mudança ainda nessa geração para o bem de nossa maturidade social.

Perfume preferido:

Le male

Jean Paul Gaultier

Você trabalha com sua imagem. O que faz para cuidar da aparência?

A moderação é fundamental quando falamos de vaidade. Todos nos pensamos em nos aprimorar, evoluir, ser mais bonitos, melhores. Mas quando essa busca pela vaidade extrapola a razão e vira uma obsessão pela imagem perfeita, podemos entrar em um labirinto imaginário sem fim, aonde o que idealizamos é algo que estará sempre por vir, porque ele simplesmente não existe, é ilusório. Ai essa a busca se torna dolorosa e infeliz. Temos que se esforçar para melhorar o que somos, atingir nosso potencial alcançável e principalmente estar felizes do jeito que somos.

Comédia é comumente alvo de críticas. Como lida com elas?

A crítica faz parte da vida do artista. Vivemos em uma ‘vitrine’ e trabalhamos com o conceito de bom ou ruim. E isso é extremamente relativo. Cada pessoa tem seus valores, suas experiências e sua bagagem cultural que a faz ‘gostar’ ou não de algo. O que busco é estudar o senso comum e pensar no humor para que o maior numero de pessoas se identifiquem com aquela mensagem. Ouvir é sempre bem-vindo. Os Elogios, bem como as críticas, são fundamentais para o artista. Porque eles servem como o verdadeiro “Diretor” da obra de arte. O Riso ou o silêncio servem como resposta imediata do que esta funcionando. Cabe ao ator, captar esses sinais e ter a humildade e criatividade em aprimorar o que funciona e mudar o que não agrada.

This article is from: