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ENTREVISTA: DILERCY ARAGÃO ADLER
ROBERTOFRANKLIN
ALL, ALTO, AVLA, AMCL, SCLMA No dia 27 de agosto de 2021, uma quinta feira, eu estava em Barreirinha quando recebi uma notícia que me deixou muito feliz, a notícia da eleição para a cadeira de número 2 da Academia Maranhense de Letras, do querido poeta e primo Fernando Braga. Ele deverá ocupar a vaga do Waldemiro Viana, a cadeira de número 2 patroneada por Aluísio Azevedo, fundada por Domingos Barbosa, foi ocupada primeiramente pelo Dr. Fernando Viana, seu segundo ocupante foi o Waldemiro Viana e agora, com as eleições, será ocupada pelo Fernando Braga. Fernando Braga, maranhense nascido em São Luís, à Rua Jansen Müller, é poeta, ensaísta e pesquisador, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, fez pós-graduação em Ciências políticas na UnB, fez na França um estágio na Universidade de Paris-Sorbonne. Em sua trajetória, publicou vários livros de poesias, como “Silêncio Branco”, “O Exilio do Viandante” entre outros. Fernando trabalhou por muito tempo aqui em São Luís no Banco do Estado do Maranhão, onde pela primeira vez tive contato com ele. Isso se deu, não me recordo o ano, estava participando de uma gincana cultural na minha escola, e uma das tarefas seria de procurar um poeta e pedir que escrevesse um poema, não lembro se o poema teria algum titulo. Procurei o Fernando, e ele, no balcão do BEM, pegou um papel e escreveu o poema, até hoje me penitencio por não tê-lo guardado, talvez esse contato tenha sido um incentivo para que no futuro viesse a rabiscar alguns poemas, logicamente que não na grandeza do nosso Imortal Fernando Braga. No dia 27, com a eleição do Fernando, tive uma felicidade imensa, ao mesmo tempo uma dose considerável de tristeza. Explico: Fernando Braga, eu o tenho como primo, pois minha mãe, no seu primeiro matrimônio teve três filhos, sendo duas meninas e um menino, e os três eram primos legítimos do Fernando. E como meu irmão era o primo, eu também assim me considerei. Pois bem, meu irmão Tomaz e Fernando, eram muito próximos, sempre o Tom me afirmava do amor que sentia pelo primo. A dose de tristeza seria exatamente a falta do meu irmão para festejar e comemorar a eleição do Fernando, que chega à Academia Maranhense de Letras pelos seus méritos, sendo avalizado pelo que escreveu, aplaudido em sua terra natal, em Brasília, Goiânia e em Portugal, terra do seu pai Ernani. Lembro-me agora que, pela manhã, todos os dias meu irmão pedia que eu enviasse alguns poemas e crônica que escrevera, ele lia e pedia para que eu mandasse ao Fernando, imaginem, às vezes eu mandava, às vezes não. Fernando chega à Academia Maranhense de Letras a fim de engrandecer ainda mais a cultura de nossa Ilha, chega não para mostrar que é, mais para somar. Tenho a certeza de que o Maranhão cultural, juntamente com a AML, ganhará representatividade nos lugares que citei. Nando, meu primo, quero parabenizá-lo pelo ser humano que és, pelo grande escritor, e pelo primo e companheiro que fostes para o Tom. Que Deus te proteja e te guarde, e aqui, em sua amada São Luís, te aguardo para a posse na cadeira de número 2 da AML.
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