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Argumento Ontológic
Este próximo argumento é apresentado por Santo Anselmo, um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109.

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Este argumento tem base na ideia de que a própria definição de Deus implica a sua existência Dirige-se aos teístas (acreditam em Deus) e não aos ateus, como forma de fornecer uma base racional para a sua fé e, assim, representar mais um fundamento da existência de Deus.
Ou seja, o argumento não tem o propósito de provar a existência de um ser supremo. Apresenta a mesma linha de argumentação utilizada por Descartes Se admitirmos que Deus existe no pensamento e que a ideia que temos de Deus corresponde à ideia de que nada maior que ele se pode pensar, então temos que admitir necessariamente a sua existência
-(1) Deus existe no pensamento.
(2) Se Deus existe no pensamento e não na realidade, então é concebível um ser maior do que Deus.
(3) Mas, não é concebível um ser maior que Deus. Logo, Deus existe na realidade
Objeções:
- Consequências absurdas (ilha perfeita)
Esta crítica defende que o argumento ontológico permite que, através de definições de todo o género de coisas, possamos demonstrar a sua existência.
- A existência não é uma propriedade / atributo (Kant)
Constatamos que o erro está em tratar a existência de Deus como se fosse uma propriedade, como a omnisciência ou a omnipotência. Mas Deus não poderia ser omnisciente nem omnipotente sem existir; logo, mesmo numa simples definição de Deus, já estamos a pressupor que Deus existe. Acrescentar a existência como mais uma propriedade essencial de um ser perfeito é cometer o erro de tratar a existência como uma propriedade, em vez de a tratar como a condição de possibilidade para que qualquer possa realmente ter uma propriedade qualquer