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Governo quer privatizaÁ„o da sa˙de
A Direcção da Organização Regional de Viana do Castelo do PCP (DORVIC), diz que, com o encerramento dos Serviços de Urgência, o governo está a impulsionar a criação de serviços privados, "prontos a ocupar o lugar dos serviços públicos". Em comunicado enviado à Comunicação Social, os comunistas analisam as consequências deste possível encerramento.
A DORVIC do PCP garante que "o encerramento dos Serviços de Urgência anunciados para o distrito está dentro de uma política orientada pela ló- gica da diminuição da despesa e da concentração de serviços com elevado prejuízos para as populações". O governo apresentou argumentos técnicos para encerramento dos Serviços de Urgência em Monção, Valença, Arcos de Valdevez e Caminha, mas "não chegam para esconder as evidentes determinações políticas, tendo em vista o aparecimento de serviços privados".
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O partido afirma que "nunca foi contra a racionalização da rede de serviços públicos, designadamente o de urgências, nem avesso à sua reestruturação", mas adianta que "uma reestruturação dos serviços de saúde no distrito deve assentar no objectivo de se encontrar as melhores soluções de organização, possibilitando um melhor e mais fácil acesso à saúde por parte das populações", o que não acontece com as medidas do governo.
Para que a situação se resolva, o partido propõe uma reforma "integrada num processo mais vasto de reestruturação dos serviços de saúde, orientada para a defesa do seu carácter público, que tenha em conta as realidades e aspirações de desenvolvimento da região e as necessidades das populações, assegurando uma efectiva articulação dos diversos níveis de cuidados, designadamente dos cuidados primários de saúde hospitalar".
A DORVIC do PCP acredita que o go- verno possui razões economicistas e por isso quer encerrar estes serviços, mas há ainda a vontade de privatizálos. Por isso, "o governo opta pela centralização de serviços, contrária a uma política de pro- ximidade, e teima a não querer resolver o problema central, que se prende com a falta de médicos e enfermeiros de família.Sem estes profissionais em número suficiente, continuará a aumentar o número de utentes sem médico de família", pode ler-se no documento.
No que diz respeito aos protocolos que o Governo subscreveu, ou pretende subscrever, com as Câmaras Municipais, o partido considera que "é manifesto o propósito de limitar o horário para atendimentos em situação aguda nos SAP ou nos SU dos hospitais em consideração".