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É preciso repensar as áreas de risco
vítimas e todos os anos, vemos uma ou várias cidades registrando deslizamentos, queda de casas e enchentes nestes locais.
O problema mostra que é preciso repensar esta situação, com políticas habitacionais que possam evitar que famílias construam suas casas em áreas que re- presentam riscos de quedas, principalmente no período de muitas chuvas.
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Sabemos que este é um problema crônico e de difícil solução, uma vez que a falta de residências no País é muito alto e falta uma política habitacional que busque soluções para esta questão, mas se
ao alcance de todos!
CHRYSOSTOMO óculos, mas por conta dos meus olhos verdes).
Fecha a cortina/ Abre a cortina
Aos dezenove anos, numa cidade pequena da região Piracicabana, fomos, eu e um empregado do circo do saudoso Odilon, meu pai – 0 Miro Mulato( Belmiro Gonçalo) um belo exemplar da raça. Adentramos num salão na praça, onde o barbeiro ultimava o corte de um freguês, o Miro mulato cedeu a vez para mim filho do patrão. Na vez do ¨Miro Mulato¨ o velhinho disse a seco: Desculpe, mas você não leu o letreiro na porta de vidro?

- O Miro disse: ¨NÃO¨
Fui me inteirar. Inacreditável!
Não cortamos cabelo de patrício, favor procurar outro salão atrás da igreja.
Ingenuamente argumentei: Não tem mais ninguém aqui, esquece o letreiro e ele: Se algum freguês vê cabelo carapinha no chão eu perco o freguês.
Não pensei duas vezes, fui direto para a delegacia mais perto e denunciei. Um delegado e um policial foi chegando e arrancando o cartaz do vidro, deu voz de prisão ao barbeiro que se justificou: É que eu não tenho as tesouras adequadas para cabelo duro e o delegado disse: o seu salão está fechado e o Miro , deixa pra lá a gente já está acostumado com esse ranço.
O policial : Rasga o cartaz, doutor? – Não! É prova processual.
Surgiu em pranto a esposa do barbeiro e disse: Por favor, nóis depende do que ganha hoje para comê amanhã.
Flagrante! Flagrante!
Como o circo estava de mudança não fiquei sabendo o desfecho.
Já adulto, meus cabelos castanhos e ligeiramente ondulados, ajudavam na composição do meu visual artístico: cantor e ator.
Residindo em Jundiaí, elegi para cuidar da minha (juba) um profissional na Avenida São Paulo( em frente a antiga SIFCO) seu apelido¨ ZÉ BODE¨ (fila na certa), dado a preferência de um fã-clube numeroso, sempre lotado(merecidamente) me incluindo por mais de dez anos.
Com a minha residência fixada na Vila Santa Terezinha no município de Várzea Paulista, acabei encontrando à algumas quadras, outro profissional que entendeu a minha cabeça (literalmente) Sr. Moacir M. Souza.
Conseguia com rara felicidade conciliar as perfeitas “tesouradas” com um bate papo inteligente, atual sobre vários assuntos sociais ou políticos “PETISTA “que era.
Como prêmio a essas virtudes conseguiu junto com a família “substituir” o acanhado salãozinho por outra instalação ampla e confortável, premiando assim a sua clientela.
Inspirado em sua personalidade, constrói um personagem de um roteiro de filme de “ Mazaropi” onde seu filho ao despedir-se da namoradinha para uma grande ausência, entrega a ela o que considera seu maior tesouro, como garantia de volta. A namorada curiosa pelo conteúdo do cartucho e abrindo a folha expondo completamente a tela um diploma de Barbeiro conferido a MOACIR....Seria o nosso querido Moacir represen- nada for feito, todos os anos teremos registros de tragédias como as ocorridas no litoral paulista este ano.
Podemos dizer que são tragédias anunciadas, pois o problema não é de hoje. E se nada for feito, todos os anos teremos as mesmas notícias de tragédias em outras ci- dades vítimas de chuvas e outros fenômenos.
Também cabe aos prefeitos estarem atentos a realidade de cada município, pois, não e possível deixar que a tragédia em locais de risco aconteçam todos os anos e a desculpa seja sempre as mesmas: choveu além da conta.
SALMOS 4 tado na tela gigante do cinema. Infelizmente o filme não concretizou-se com a morte do ‘MAZAROPI”, porém se for apresentado por outro grande nome do cinema. Meu último contato com ele foi por telefone “Preciso dar um trato nos delicados fios que restam e relembrei a piada do RICAÇO que tinha só três fios de cabelo, o barbeiro ao tocar no cabelo caiu um dos fios e restaram apenas dois, e agora comendador o que fazer? REPARTE. Ao repartir caiu mais um, em pensamento o barbeiro trêmulo .... perdi um cliente, o cliente respondeu joga tudo para trás. Depois de uma boa risada, MOACIR perguntou – Tá bom na quinta-feira dia 05/01 as 14:30? Confirmado, então no dia e no horário marcado nos encontraremos pontualmente. Infelizmente ao chegar no salão me deparei com um papel escrito” FECHADO POR LUTO”, foi um choque. No velório do Cemitério Nossa Senhora do Monte Negro me despedi incrédulo......
Ouve-mequandoeuclamo,óDeusdaminha justiça, na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia?Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? (Selá.)
Sabei, pois, que o Senhor separou para si aquelequeépiedoso;oSenhorouviráquando eu clamar a ele.
Ainda não sei quem vai cuidar dos meus parcos fios de cabelo.
OBRIGADO, MOACIR!