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Imagens (02) e (03) Roda de Conversa sobre as articulações dos Centros e Diretórios Acadêmicos de arquitetura, ENEA LGNA, 2020 Acervo do Encontro
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Esse trabalho de conclusão de curso propõe uma escola livre da cidade em Maringá, cuja ideia se inicia por condições da memória afetiva, não apenas dos cinco últimos anos que correspondem ao período da graduação iniciada em 2017, mas da experiência vivida da mais remota lembrança que se possa compartilhar. A autora nasceu em ambiente conformado por estreito contato com a arquitetura e urbanismo, com a dinâmica da cidade e com a universidade estadual de Maringá e viveu inúmeras interfaces com a instituição. Certo privilégio e alegria, algumas tensões, mas um caminho rico de informações.
Filha de professores mergulhados no ofício do arquiteto e da docência, condições que possibilitaram que a memória registrasse uma série de episódios vinculados à prática da arquitetura. São longas, infindáveis e contraditórias conversas em casa sobre arte e arquitetura, viagens de visitas a edificações emblemáticas, comentadas e criticadas, planejamento da próxima saída para a prospecção de novas e velhas edificações e, debates com amigos e convidados para tratar de assuntos da arquitetura, da educação e a junção delas.
Acerca da educação e informação recebidas, já na fase universitária, os três pilares constituintes da instituição, o ensino, a pesquisa e a extensão procuraram ser explorados. Se a vida é a arte do encontro, foram nos vários Encontros de Arquitetura, propostos pela Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA) que a graduação começou a ganhar novo sentido, pois a partir desses eventos, houve viagens e trocas com inúmeras realidades brasileiras, aprendizados que puderam apresentar vivências
Imagem (04) Roda de conversa sobre o papel do arquiteto na luta por moradia, ENEA LGNA, 2020 Acervo do Encontro
muito diferentes e estreitaram a caminhada no movimento estudantil.
Há dois anos, compondo a diretoria da FeNEA, houve a possibilidade de se revisitar o olhar diante da escola e do ensino de arquitetura, seu papel como agente transformador da sociedade, através de estudantes dispostos a construir uma realidade universitária mais plural, equânime e democrática. É diante desta vivência que o último trabalho do curso começa, na iniciativa de revisar a trajetória da faculdade de arquitetura, das influências do movimento estudantil e a formação dos agentes que compõem o debate e constroem a cidade.
Assim, o trabalho discutirá e proporá um espaço que acolha a escola livre da cidade, uma experiência pedagógica que se mostra como uma alternativa autônoma de ampla capacitação técnica e científica, aberta a todas as classes profissionais interessadas em aprofundar conhecimentos sobre como se faz possível intervir na cidade.
Para o desenvolvimento do trabalho, suporte histórico e bibliográfico, procurouse compreender a realidade universitária brasileira e as condições da graduação em arquitetura, por meio dos ensinamentos de Darcy Ribeiro e da contribuição propedêutica ao ensino da teoria da arquitetura de Lina Bo Bardi. Fez-se uma retomada histórica das premissas estabelecidas em duas revolucionárias escolas de arte e arquitetura do século XX, a Bauhaus e a Vkhutemas, e projetar em nível de anteprojeto, o espaço que acolhe a escola livre da cidade em um contexto de pré-existência, o Hotel Bandeirantes.

