Blim e Blom os sinos de domingo

BLIM E BLOM: Os sinos de Domingo

José Marcos Ramos

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Blim e Blom Os Sinos de Domingo

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Para minha mãe, Que me contava histórias E Minha Filha, Que hoje escuta as minhas histórias.

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Ilustrações: Fernando Otávio Freire Valério

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José Marcos nos aparece assim de mansinho, falando pouco, gesticulando muito, um pouco aflito, mas com muita vontade: a gente percebe logo aquele fogo saindo por todos os poros.

Ele sempre quer falar, porque Jose' Marcos sempre está sentindo esta chama dentro dele.

E não faz pouco tempo: vem de longa data.

Vem de quando ainda criança, quando a mãe lhe contava histórias e ele as transformava em sua imaginação. E na perseguição de seus fantasmas, José marcos teve que ser pai, para contar histórias a sua pequena Inês Helena e sentir que agora ele podia buscar seus personagens no fundo do coração.

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Assim nasceu uma série de histórias infantis dedicadas a todas as crianças. E dai veio o "Blim e Blom: Os Sinos de Domingo”.

José Marcos traz com "BLim e Blom" toda uma vida de observação que penetrou muito o dia-a-dia de quem viveu no interior: fala da igreja que espera seus fiéis, fala em parque. de diversões, em festas de aniversário, em estação ferroviária, fala, enfim, daqueles lugares que nos ensinavam a sentir o calor de um repicar de sinos e que, hoje, dificilmente serão percebidos em meio a tantos ruídos que uma cidade grande nos dá.

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Este ”Blim e Blom” de José Marcos é antes de tudo uma preservação dos bons momentos de uma vida, além de ser, também, um alerta para as crianças, um incentivo para que não deixem morrer este gostinho bom de observar... Observar sempre. E você, leitor, vai sentir o quanto José Marcos observou para deixar nascer e permanecer este sentimento bom: o de eternizar a infância.

MALLUH PRAXEDES

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Às seis horas da manhã, Os sinos (Blim e Blom) Começaram a trabalhar, Chamando todos para a Missa Que hoje, domingo, o padre Vai rezar.

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Lá estão eles a cantar Dançando de lá para cá Cansados de tanto balançar Mas satisfeitos e contentes Porque hoje é domingo E eles vão passear.

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O Blim correndo para o parque No trenzinho vai ficar, Alegrando a criançada Que lá está a brincar.

Tocando sempre Blim...Blim...Blim...

Pelo parque encantado Que no meio da cidade está.

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Lá longe o Blom Vai estar Para alguma coisa festejar, Talvez num bolo de aniversário, Para as velas ajudar a soprar.

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Ou quem sabe na estação Para a todos anunciar Com muita alegria O menino das férias Chegar.

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Nasci e cresci envolvido pelas montanhas De Belo Horizonte.

Meu tempo de criança foi dividido entre o colo de minha mãe e as brincadeiras de rua, nessa época minha mãe me contava histórias encantando o meu pequeno mundo.

Hoje, com algumas poesias publicadas no

“ESPAÇO ABERTO” do Jornal de Casa, Revista Opção, "DESTAQUE" Suplemento Cultural do Jornal de Minas, POESIA ARTE LIVRE e uma menção Honrosa no II

Concurso Raimundo Correa de Poesia da Shogum Arte Editora, Tento encantar o mundo da minha filha, inventando histórias para povoar os seus sonhos.

José Marcos (1983)

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