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Arcos de Valdevez dinamiza espaço para promover vinhos e produtos locais

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Às sextas-feiras, a partir das 18,30 horas, durante os meses de Verão Arcos de Valdevez dinamiza espaço para promover vinhos e produtos locais

O município de Arcos de Valdevez e a Associação dos ViLocalizado na Avenida Recontro de Valdenhos de Arcos de Valdevez (AVVEZ) criaram um espaço para vez, este espaço permite degustar os vinhos promover, desenvolver e defender a produção vitivinícola e da região, bem como saborear alguns petisos produtos artesanais locais. O município minhoto executou cos, tirando partido dos produtos regionais. as obras de adaptação, qualificação e equipamento base e a Para além disso, a loja possui o serviço de enAVVEZ fica responsável pela gestão do espaço. comendas online, com entrega na loja ou em

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A AVVEZ está a desenvolver um conjunto de iniciativas casa, expandindo, deste modo, a comercializapara dinamizar este espaço, proporcionando aos visitantes ção dos vinhos e produtos locais. novas experiências e aproximando-os dos produtos que Através deste espaço, o Município de Arcos promove. Neste sentido, as sextas-feiras, a partir das 18,30 de Valdevez pretende atrair público para as atihoras, durante os meses de Verão, são agitadas com inividades turísticas da região, no âmbito do enociativas de promoção/degustação dos produtos dos turismo, e, simultaneamente encurtar os circuitos associados, sendo que, em cada iniciativa, um ou mais de comercialização, aproximando os clientes dos produtores dará a conhecer os seus produtos nas mais produtores. Assim, surge a oportunidade de conhevariadas harmonizações. Para além disso, alguns sábacer o território, o contexto de produção e o próprio dos serão ocupados com iniciativas de promoção dos vendedor, resultando, na consolidação da imagem de produtos cruzadas com atividades de âmbito cultural marca de cada produto. e gastronómico.

Honda HR-V 1.5 i-VTEC Executive Connect Navi

Por Jorge Farromba

Guidelines

A moda dos SUV em detrimento dos monovolumes veio para ficar… pelo menos até à próxima moda. A Honda mantém-se por isso dentro do registo e obriga-se a ter também produtos nos vários segmentos, onde a concorrência também está atenta e presente.

Nesta nova geração apresentou-se com a identidade que intitulou Solid Wing Face, associado a um competente 1.5, a gasolina, como aliás é apanágio de todas as marcas, bem construído e com espaço interior mais que suficiente para cidade e para viagens.

o formato da carroçaria descendente, relembrando um coupé e com as pegas de abertura das portas traseiras embutidas no pilar traseiro. Atrás, o modelo recupera o desenho do seu irmão mais “velho” num estilo jovial.

O interior mantém o mesmo espírito e desenho que a marca nos habituou noutros modelos. Um desenho sem grandes formas estilísticas que normalmente cansam ao fim de pouco tempo. Alguma inovação nas saídas de ar do passageiro, horizontais.

Materiais, user experience

Estética – Exterior e Interior

Numa frente redesenhada, onde o pára-choques surge mais pronunciado e a grelha ganha destaque ligando- -se à moldura de faróis agora escurecidos e em LED, o HR-V destaca-se pela positiva.

Como modelo compacto que é, onde compete com muitos modelos de outras marcaS, (ex. o CAPTUR - o modelo que é um irmão mais curto que o CR-V), mantém umas linhas laterais mais estilizadas e com

Num SUV de entrada da marca, o HR-V pauta-se pela similitude com os concorrentes. Robusto q.b, com recurso a plásticos rijos, salvo os mais próximos ao toque, como os que se encontram junto às saídas de climatização.

Espaço interior acolhedor, bons bancos com suporte lateral adequado, espaço para pequenos objetos na consola central, volante prático e com boa pega, alavanca (curta) da caixa de velocidades a fazer recordar o Mazda MX-5.

Numa viatura onde o espaço interior está muito bem conseguido, acolhe “bem à vontade” 4 adultos – mesmo com espaço mais que suficiente para as pernas e uma bagageira que envergonha muitos familiares (próximo dos 470 litros).

Uma referência para os já “habituais” bancos mágicos traseiros, que elevam o assento do banco traseiro e oferecem mais uma segunda ampla bagageira.

Em estrada

Com o motor 1.5 a gasolina e 130cv o HR-V não é um desportivo, mas é o suficientemente despachado em cidade e estrada com uma caixa bem escalonada e onde a 5ª e 6ª velocidade estão presentes para reduzir consumos (cerca de 6,2 litros de média)

O comportamento do Honda não tem o feeling apurado do CIVIC, mas tenta-se aproximar. Condução precisa e direta, com um conforto interessante, muito provavelmente derivado do “SDC (Synaptic Damping Control – Controlo de Amortecedor Sináptico) - sistema que melhora o conforto de condução e a manobrabilidade, modificando a força de amortecimento de acordo com a superfície da estrada e as condições de condução”, sendo que em bom piso se nota a sua eficiência e em piso mais degradado, o HR-V, para manter esse rigor no comportamento é menos flexível no ajustamento do amortecedor.

Consumos e preço

Sistema CTBA de travagem ativa em cidade para evitar acidentes a baixa velocidade; Suite Avançada de Assistência à Condução (ADAS) com cinco sistemas ativos de segurança; Bancos dianteiros com função anti-chicote cervical; CTBA de travagem ativa em cidade; Sistema avançado de ajuda à condução; Avisador de Colisão à Frente (FCW); Reconhecimento de Sinalização de Trânsito (TSR); Limitador Inteligente da Velocidade (ISL); Avisador de Saída de Faixa (LDW) e Sistema de Suporte dos Máximos (HSS); Reconhecimento de Sinalização de Trânsito; Limitador Inteligente da Velocidade que conjuga com o Reconhecimento de Sinalização de Trânsito, Avisador de Saída da Faixa de Rodagem, Sistema de Suporte dos Máximos; Média de consumos 6.2 litros/100kms; Preço entre os 25.000 e os 37.000€ (versão ensaiada – 31.000).

Por Luís Serpa

A minha Palma III

Tinha pensado escrever três artigos sobre Palma e to. Não sei julgá-las. Mas posso asseverar que Maiorca e depois passar a outro país – o Panamá, aqui as pataniscas de bacalhau não são nada más. entre nós, país fascinante e também ele escondido. O espaço é giro, amplo, não tem nada daquelas Porém, releio o último artigo e vejo a quantidade de tascas para emigrantes das obras que durante injustiças que nele não estão. Isto é, a quantidade tanto tempo era a única coisa de Portugal que se de sítios que não mencionei e que a minha consencontrava no estrangeiro. ciência, aos gritos, reclama eu corrija. A selecção de vinhos é bastante decente e até há algum tempo havia medronho, mas não

Não há nada a corrigir, na verdade: a maioria dos dosei porquê acabou. Continuo com o Aurélio, dos nos dos bares e cafés que mencionei não sabe seMaños, no Mercat de l’Olivar, ponto de queda praquer que escrevi sobre eles e não serão decerto os meus ticamente quotidiano quando regresso do PANDA, artigos que os vão ajudar a ultrapassar essa situação. É às vezes feliz e a precisar de celebrar, outras triste antes um acerto de contas interno, uma exigência da e a procurar apaziguar. As alegrias e as desilusões mente para ter paz consigo mesmo. ali aportam quase todos os dias, filtradas (estas) ou

Começo por falar da Tasquita d’Esquina, um café ampliadas (aquelas) pelo longo trajecto de bicicleta português no qual a Sandra e a Fernanda dão provas desde Calanova. O Maños é o único restaurante ao frequentes de imensa paciência e suportam as minhas qual eu vou e quem recebe a gorjeta sou eu: o Auréerupções criativas até altas horas depois do fecho, às lio nunca me cobra tudo o que consumo. Ao princívezes ajudado pelo toque discreto de um sino, história pio reclamava, mas agora deixei de o fazer. Não vale de me lembrar que sou marinheiro e tenho obrigação a pena. As tapas são de longe as melhores do merde saber o que são horários. cado e a energia do Aurélio é contagiosa, vertigino

A Sandra - uma miúda esguia, seca, daquelas feisa. Aquele homem trabalha depressa, mesmo quando tas de aço inox - faz francesinhas, porque é do Pornão tem ninguém (é raríssimo, admitidamente). Sugiro

o pica-pica, uma espécie de pica- -pau feito com choco. É de cair, de chorar por mais, de se levantar à noite, de chorar por mais.

Ainda no Mercat há o Lucca e a

Silvia, onde por vezes almoço pasta fresca, feita por eles ali à nossa frente e a quem devo saber hoje que a bolognese não é nada do que até agora pensava. O stand chama- -se Bottega Bolognese. Foi aqui que ocorreu uma das cenas mais cómicas da minha estadia em Palma: vejo que o prato do dia é carbonara e pergunto ao senhor (ainda não o conhecia) se põe natas no molho. Olhou para mim como se lhe tivesse perguntado em que esquina trabalha a mãe dele à noite. (Note-se que a perguno truque: não cozer as batatas, mas confitá-las. Tentei várias vezes ta é compreensível: Palma está cheia e nunca consegui reproduzi-las. No Toni comi uma tortilha igualzide alemães para quem uma carbonara nha à dela. Contei-lhe a história e ele disse-me “Sim, é assim que a sem natas é como cerveja sem espuminha Mãe as faz. Confita-as, com cebola”. A armadora esquecema. Que fazer? Não se pode ter tudo, ra-se de me mencionar a cebola, certamente por inadvertência. BMW e saber comer pasta. A praça de Santa Eulália é outra daquelas praças de Palma da

Mesmo ao lado fica o Cristian, dos Saqual saímos mudados a cada vez que lá vamos, sobretudo quanbores del Mundo: tem a mais vasta codo se sabe que o imponente campanário caiu numa tempestalecção de especiarias que até hoje vi e de, nos anos sessenta. Há dias em que ao fim da tarde o Sol o sabe de todas. Não conhece as das Caincendeia como à catedral e pergunto-me se não terá sido isso raíbas, lapso que me comprometi a colque o fez cair. matar mal chegue à Martinique. É argenNo caminho de casa, depois de deixar a bicicleta na garagem, tino até à medula, faz-me pensar numa ficam primeiro o Otaku e o seu saque higiénico – limpa tudo - e piada sobre argentinos que não posso depois o Gustar. Não me acontece nem uma nem duas vezes eu contar aqui e vende especiarias à tonelapassar, o Tom e o Fidel estarem a fechar a casa e obrigarem- da por dia. A Núria, do (agora) Corner 37 -me - este verbo é injusto - a beber uma grappa com eles e ali e antes Latterio, é igualzinha à minha tia ficarmos a conversar de tudo e mais alguma coisa, como são Lena, mas sabe infinitamente mais de veras conversas de homens no fim das noites. mutes. É uma senhora pequena, loira e viva Falta o Minyones, a Bodega Belver, o Sete Machos... O Sete como a chama trémula de uma vela numa Machos, meu Deus. Já lá entrei tantas vezes sóbrio. O restaucorrente de ar e eu adoro-a, ela e o vermute rante La Fabrique, dos meus amigos Patrick e Hélène, ela ex- La Madre, que me deu a conhecer e só por -jornalista em Paris e ele restaurador em todo o lado. É esta isso merece o céu. a minha Palma e tenho provas disso: no outro dia, já não sei

Por falar de vermutes: quem me iniciou a propósito de quê, um dos donos do bar España (o mais na arte delicada, subtil, esquiva dessa bebinovo, não passa dos sessenta e muitos) disse-me “tu no te da que hoje aprecio para cima de tudo foi o preocupes, eres de la casa” e isto deve valer mais do que um Jaume, da Bodega Can Rigo. O Jaume é um passaporte da Cort. maiorquino de há não sei quantas gerações Qualquer dia, falo das ruas de Palma. E da Catedral, claro. e sinto-me honrado quando ele me acolhe Não é amanhã que iremos ao Panamá... com a sobriedade densa, sólida, calada que é próprio das gentes desta terra. Acessoriamente, faz o melhor polvo à galega de Palma que comi fora da Coruña e albóndigas que rivalizam com as do Toni, do Café Santa Eulália (segredo: quem as faz é a mãe do Toni).

Há alguns anos trouxe um barco de Brighton para aqui e em Lisboa os armadores embarcaram. A senhora fazia uma tortilha como eu nunca comi na vida e teve a gentileza de me ensinar

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