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Nassib Hammad é notificado sobre sessão que vai analisar pedido de cassação

Será que agora avança ou vem nova liminar pela defesa do prefeito de FRG?

Da Reda O Divulga O

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Os vereadores de Fazenda Rio Grande se reúnem, extraordinariamente neste sábado, às 9 horas, para deliberação do parecer final da Comissão Parlamentar de Inquérito Processante 02/2021, que apura crimes praticados pelo prefeito Nassib Hammad, conforme denúncias apresentadas no ano passado, pelo vereador Caio Szadkoski.

O prefeito Nassib foi informado da sessão extraordinária, na tarde desta quinta-feira. Ela estava em um coquetel, quando recebeu a notificação. Acabou assinando sem nenhuma indagação. Caio, apresentou denúncia, onde mostrou o descumprimento à ordem prioritária da vacinação contra a Covid-19; nomeações municipais ilegais e desvio de função e fraude na aplicação do percentual constitucional de recursos na saúde municipal. A sessão, em 2021, acontecia normalmente, quando a defesa de Nassib conseguiu liminar suspendo a reunião. Desde então, a Câmara de Vereadores, por meio da Procuradoria, mostrava que havia feito a transição dentro da Lei.

A nulidade da liminar aconteceu no dia 13 deste mês, conforme parecer do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Com o derrubamento do documento, a Câmara de Vereadores ficou liberada para o pedido de cassação de Nassib. Além destes crimes, ainda existem denúncias feitas, também no

Prefeito Nassib no momento em que recebia a intimação ano passado, pelo professor Carlos Zanchi, que acusa o gestor municipal de abuso de autoridade, concussão, condescendência criminosa, precarização, crime de responsabilidade e crimes contra saúde pública. Para o afastamento ocorrer, na denún- cia de Caio Szadkoski, é necessário que 2/3 da Câmara aprove a posição elaborada pela Comissão Especial de Inquérito (CEI), ou seja, nove vereadores. O Repórter acompanhará a sessão deste sábado.

Tragédias anunciadas

Até o momento em que esta coluna estava sendo escrita, os noticiários sobre a chuva e desmoronamentos em Petrópolis, Rio de Janeiro, já contabilizava 40 mortos e centenas de desabrigados. Trágico, triste, há uma mobilização nacional para oferecer ajuda, e precisamos observar que isto não é um caso isolado, temos no Brasil muitas das chamadas tragédias anunciadas. No Brasil, temos diversos pontos críticos quando se trata de habitação, sejam pessoas vivendo em morros, sejam pessoas vivendo nas barrancas dos rios, ou mesmo em favelas, com casas sobrepostas umas sobre as outras, com instalação elétrica precária, sem esgoto e sem acesso decente. Eles não estão lá porque querem, é a única opção que lhes resta. Estas construções são frutos de invasão irregular, e governo não pode investir dinheiro em situações irregulares sob pena de crime de responsabilidade. Com um pouco de jogo de cintura, algumas coisas podem ser feitas, mas o correto mesmo é tirar aquele povo de lá, porém eis a pedra no sapato: Você tem ideia de quantos pessoas moram nestas condições? Só em Paraisópolis são 100 mil habitantes, revertendo isso em habitações regulares, é praticamente impossível remover todo aquele povo, sem contar que há quem não queira sai de lá porque o Brasil tem uma mania ridícula de "glamourizar" a pobreza e a favela como se aquilo fosse legal. Óbvio que é um artifício válido para "enrolar" aquele povo, pois faz ele se apaixonar por aquela subcondição de vida, e se apaixonando por aquela subvida, ele se acomoda e não cobra atitude e ainda acha legal viver na "comunidade".

Quem está lá é porque tem renda baixa e geralmente baixa escolaridade. Isso é um cenário fértil ao tráfico e a criminalidade. Não há como remover aquele povo de lá através de uma força tarefa é fato, mas é possível ir "minando" o problema atacando sua raiz que é a falta de oportunidades. De alguma forma isto vem acontecendo, mas ainda é lento. Cursos, ensino médio profissionalizante vai ajudar, mas ainda precisamos gerar postos de trabalho e atrair investidores para próximo a esses locais. Não há uma solução milagrosa, mas como tudo no Brasil, um pouco de estratégia e boa vontade sem fins eleitoreiros, as soluções vão se viabilizando.

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