4912#OMensageiro#31Mai

CELEBRAÇÃO

31 MAIO 2012

Missa no jardim de Santo Agostinho e procissão pelas ruas de Leiria

ANO 98 - N.º 4912 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

CORPO DE DEUS 7 de Junho • 16h00

FUNDADO EM 1914

DESTAQUE

CULTURA

Festival Música em Leiria 2012 | P. 5

Celebrar 30 anos com “viagem de regresso às origens” Parceria com turismo e hotelaria | P. 5

Câmara de Leiria quer promover os espaços culturais SOCIEDADE

Alunos do Politécnico de Leiria | P. 6

Estudo demonstra satisfação dos diplomados do IPL Campanha do passado fim-de-semana | P. 5

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Bancos Alimentares Contra a Fome angariam 2644 toneladas

SOCIEDADE

“Fé e arte, um diálogo de séculos” | P. 9

Visita ao património de Fátima: “Por terras da Sr.ª do Rosário” Janela sobre a Missão | P. 10

Uma chegada, uma partida e próximas chegadas...

Movimentos celebraram Pentecostes | Última

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De 30 de Maio a 3 de Junho, Milão vai tornar-se o centro das famílias cristãs, ao acolher o VII Encontro Mundial das Famílias.

A diocese de Leiria-Fátima estará presente, com seis casais e dois sacerdotes.

O tema geral – “A família: o trabalho e a festa” – dá o mote para uma experiência que se quer, já de si, um impulso para a renovação da pastoral familiar.

Nesta edição, destacamos o assunto, com uma entrevista de D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, e um texto do deputado José Ribeiro e Castro. Páginas 2 e 3

Pedro Jerónimo

Corações abertos aos dons do Espírito Santo

2 DESTAQUE

O Mensageiro 31.Maio.2012

prui@iol.pt

Mais um tema incómodo

Bento XVI convocou as famílias para o VII Encontro Mundial. Na carta de convocação define o tema com uma frase, que tendo pouco de técnica de marketing, tem muito de verdade: “A Família: o trabalho e a festa”.

Com esta frase, o Papa pretende desde logo dizer como vê e entende a família: ela é espaço de trabalho e de festa.

A análise do actual ambiente das famílias leva-nos a fazer duras constatações: muitas vezes o afã do trabalho, do lucro e da qualidade de vida, faz esquecer valores e momentos que estão na base da constituição familiar, como são o encontro, a festa, a partilha, o amor. Por isso, diz o papa, “O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as suas escolhas, influenciam os relacionamentos entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos, incidem sobre a relação da família com a sociedade em geral e com a Igreja. O próximo Encontro Mundial das Famílias constitui uma ocasião privilegiada para reconsiderar o trabalho e a festa, a perspectiva de uma família unida e aberta à vida, inserida Bento XVI traz à bem na sociedade agenda dos nossos e na Igreja, dias um tema atenta à qualiescaldante, incómodo dade dos relapara muitos, que por cionamentos isso mesmo tentarão para além da desviar as atenções economia do próprio núcleo familiar.”

A Igreja sempre viu na família, a que chama igreja-doméstica, a célula fundamental da sociedade e da igreja, como sociedade renovada. É nela que se apreendem e se cultivam as sementes da personalidade e da organização social e colectiva. Há valores que se impõem por si mesmo, há aprendizagens que se tornam obrigatórias e há universalismos obrigatórios. Não dependem de ideais políticos, nem de convicções religiosas ou culturais, nem podem de forma alguma estar sujeitos ao capricho de decisores sejam eles quais forem. Aliás a própria instituição familiar começa por ser de ordem natural e não pode ser decidida na sua forma e na sua constituição, por homens mais ou menos letrados.

Bento XVI, mais uma vez, traz à agenda dos nossos dias um tema escaldante, incómodo para muitos, que por isso mesmo tentarão desviar as atenções (já está a acontecer, com noticias descontextualizadas sobre mordomos e demais empregados do Vaticano). Neste particular revela uma coragem e uma intelectualidade fora do normal, que deveríamos aprender a admirar, mais que procurar calar.

A família: o trabalho e a festa Por estes dias, de 30 de Maio a 3 de Junho, Milão torna-se o centro das famílias cristãs que ali realizam o VII Encontro Mundial das Famílias. A Diocese de LeiriaFátima está presente com seis casais e dois sacerdotes.

O tema geral “A família: o trabalho e a festa”, dá o mote a uma experiência que se quer já de si um impulso para a renovação das famílias e da pastoral familiar. Sobre este assunto D. Antonino Dias, bispo de Portalegre - Castelo Branco e presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, cedeu à Agência Ecclesia uma entrevista que reproduzimos.

Que espera deste Encontro?

Espero que seja um momento capital para chamar mais uma vez a atenção para a importância da família e para a grandeza da sua missão na construção e humanização das sociedades e do mundo.

A família é uma realidade tão rica e tão importante, para as pessoas, as sociedades e os Estados, que não podemos deixar de aplaudir e acompanhar todas as iniciativas que a promovam e defendam.

“A Família: o trabalho e a festa” é o tema do Encontro. Que desafio espera que sugira aos tempos de instabilidade e incerteza que se vivem, nomeadamente na Europa?

Espero que a reflexão e os trabalhos ajudem a concretizar aquilo que o Santo Padre formula na convocação do Encontro. Que as exigências e os tempos do trabalho se harmonizem com os da fa-

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Rui Ribeiro

VII Encontro Mundial das Famílias

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EDITORIAL EDITORIAL

mília e a família recupere o sentido verdadeiro da festa.

Será, com certeza, um desafio para que todos nós, a começar pelos decisores políticos e económicos e todos quantos cuidam do bem comum, sintamos o dever de proteger e defender a instituição familiar e de lhe favorecer, por direito, condições de vida digna e com qualidade.

Que contributos e novos dinamismos recebe a Pastoral Familiar destes encontros?

São encontros mundiais, ao mais alto nível, incluindo a presença do Santo Padre.

Como tal, tornam-se sempre pontos de referência, com dinâmicas, conteúdos e apelos que estimulam. Além disso, a quantidade e a diversidade de participantes interessados na verdade da família, conduz a uma partilha de preocupações e esperanças que muito podem contribuir para imprimir novo fôlego e mais quali-

dade nesta tarefa de defesa e protecção da família.

Que rumo está a ser definido para a dinamização da Pastoral Familiar na Igreja Católica em Portugal?

Entendo que não se pode repensar a Igreja em Portugal - processo que está em curso - sem se repensar a pastoral da família, que é ampla e abrangente. Neste momento ela promove e coordena, de alguma forma, algumas iniciativas de âmbito nacional e procura pontos de encontro com os responsáveis diocesanos, os movimentos e serviços familiares, sem os querer substituir e sem se deixar substituir por eles, embora conte sempre com a espiritualidade e ação especializada que os movimentos e serviços prestam. E são muitos, variados e preciosos.

Que desafio constituem para a Pastoral Familiar em Portugal as mudanças que ocorrem na família,

as diferentes formas de pertença e de vínculo no seu interior?

Um grande desafio: apresentar com renovado vigor a verdade sobre o matrimónio e a família e a sua importância para a estabilidade e humanização da sociedade. A visão redutora do matrimónio e da família torna necessário que anunciemos a beleza do desígnio de Deus sobre o amor humano e que as famílias cristãs sejam capazes de marcar e testemunhar a diferença, com alegria e firmeza convincentes. Assim se fortalecerão as famílias em caminhada e dar-se-ão razões de esperança àquelas que atravessam situações muito difíceis e dolorosas, onde é preciso fazer ecoar, com amor e respeito, a Palavra de Deus, rico em misericórdia.

De que forma a Pastoral Familiar em Portugal promove a inclusão?

Evangelizando e promovendo o acolhimento da diversidade e da pessoa diferente, dentro da família e fora da família. Fomentando o respeito por todos e cada um e a obrigação de se prestar atenção aos outros, sobretudo os que vivem sozinhos e os pobres e necessitados, para que todos se sintam amados e úteis e não peso ou estorvo.

Para esta inclusão são de capital importância a solidariedade de vizinhança, as redes de apoio à família, os grupos sociocaritativos, as equipas de visitadores e todas as iniciativas que ajudam a fomentar os laços de fraternidade atenta e eficaz.

DESTAQUE 3

O Mensageiro

31.Maio.2012ro.2011

um lado, porque vivemos mais anos; por outro lado, porque há cada vez menos crianças e jovens. Assiste-se ao agravamento significativo dos indicadores sociais de dependência, pondo em crise todos os sistemas sociais. Fecham escolas, faltam lares de terceira idade.

As Nações Unidas apresentaram, há um ano, a previsão de que, até ao fim deste século, Portugal perderá 4 milhões de habitantes, o que significa o equivalente a vermos desaparecer uma cidade como o Porto a cada cinco anos. E a média etária do país sobe continuamente. Somos cada vez menos, cada vez mais velhos, cada vez mais sós.

Como quadro de fundo, temos a crise financeira, que gerou a crise económica e uma crise social. E, por debaixo de tudo, temos aquela outra crise social revelada pelos indicadores da

família e da população, que é por si só capaz de induzir a completa rutura financeira dos sistemas sociais, em virtude da insuficiência de ativos face ao número de dependentes. São cada vez mais aqueles que repetem, como ciência certa, que creem que já não irão ter pensão de reforma, apesar de descontarem para ela. O endividamento acumulado pesa brutalmente sobre o presente e o futuro próximo. Os impostos asfixiam.

Reduzem-se salários e pensões. A recessão anda aí. O desemprego galopa. Apesar de a inflação ser baixa, a pressão do aumento dos preços sente-se muito. A incerteza é imensa. Os tempos não vão famosos, nem sorridentes.

No sábado passado, fui a um casamento. Católico.

Os noivos irradiavam felicidade. Dava gosto vê-los.

Na cerimónia, cá fora, durante a boda e a festa.

Estiveram horas seguidas a sorrir. Não se viu sombra de apreensão. Não eram ricos, antes gente comum.

E, além deles, havia outros casais novos seus amigos.

Alguns bebés, em idade de serem amamentados, atrelados necessários das suas jovens mães. Também nesses amigos, se respirava alegria e confiança: a que partilhavam com os noivos e a que viviam eles próprios.

Era felicidade em estado puro. E foi, sem ninguém ter o dizer, um cristalino

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Os tempos não vão famosos, nem sorridentes.

Para muita coisa; e para a família também. Nos últimos 50 anos, muito mudou, na Europa, no Ocidente, em Portugal também. A crise é ampla e geral. Mas olhemos só ao nosso país.

O número de casamentos por ano, em Portugal, caiu para metade: de 69.457 em 1960 para 35.711 em 2011. Dentro desta quebra global, subiram os casamentos civis (de 6.422 para 21.481) e caíram vertiginosamente os católicos (de 63.035 para 14.121, ou seja, para um quarto do que eram), tendo surgido alguns casamentos por outros ritos (109, em 2011). O número de divórcios anual explodiu: de 749 em 1960 para 27.556 em 2010. Só nos últimos 30 anos, perdemos mais de 55.000 nascimentos por ano: em 1981, houve 152.071 nascimentos; em 2011, apenas 96.856, o mais baixo número de que há memória nas últimas décadas. O índice de fertilidade tombou para 1,31, bem abaixo do número que assegura a mera substituição natural das gerações (2,1). O número de lares monoparentais aumentou exponencialmente, assim como o número de filhos nascidos fora do casamento. Os filhos únicos aumentaram e caiu o número de irmãos. O envelhecimento da sociedade é cada vez mais notório, pelas boas e pelas más razões: por

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A família: a esperança e a confiança

Dulce Pontes no Encontro das Famílias sinfónica, coros gospel, bandas pop, ‘world music’ e até mesmo artistas de circo.

Ao lado de Dulce Pontes, participam, entre outros, a israelita Noa e o maestro Ennio Morricone.

O ponto alto do encontro das Famílias com o Papa será Domingo, 3 de Junho.

Os organizadores esperam para esse dia cerca de 1 milhão de pessoas.

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A poucos dias do VII Encontro Mundial das Famílias, que se realiza em Milão com a presença do Papa, foi anunciado o grupo de artistas que vai participar na grande festa de Sábado à noite.

A chamada “Festa dos testemunhos” reunirá à volta de Bento XVI, famílias de todo o mundo e também artistas, entre eles a portuguesa Dulce Pontes.

Na festa participam vários actores, uma orquestra

espetáculo de Esperança.

Ali, terra a terra.

Foi um oásis no meio da crise. Um oásis precioso.

Um elixir revigorante.

A família também é isso: esse oásis e esse elixir. A família baseada no casamento, construída no amor do homem e da mulher, ordenada aos filhos e à reprodução das gerações, é uma fonte de justificação da vida e dos seus trabalhos, um espaço de identidade, um lugar de paz, um abraço de pertença, a contínua renovação de missão, traço direto e escola permanente de solidariedade, um lugar de começo e um lugar de destino.

As famílias sofrem, como todos, os tempos duros e difíceis. Mas atravessam-nos melhor. E podem sair do lado de lá mais fortes.

Por outro lado, também estes tempos duros e difíceis, se olharem como eu olhei para casamentos como o do meu sábado passado, produzirão tempos de renascimento, tempos de

renascimento da família e da esperança. Só assim, aliás, conseguiremos apagar do nosso horizonte coletivo os piores de todos os indicadores: os indicadores da solidão, do envelhecimento, da decadência.

A família é vigor. A família é esperança. A família é vida. A família é confiança.

A família é união. Como sairemos nós da crise sem vigor, sem esperança, sem vida, sem confiança, sem união? E como viveríamos nós sem ser em crise, destruindo o vigor, a esperança, a vida, a confiança, a união?

Seguirei, por isso, com muita atenção e curiosidade, as palavras que o Santo Padre Bento XVI tiver a deixar-nos no próximo VII Encontro Mundial das Famílias, em Milão, no final deste mês, sob o lema “A família: o trabalho e a festa”.

Aí juntaremos a inspiração do verbo e a inspiração do exemplo. Com a palavra do Papa, a vibração de milhões de famílias, reunidas no local e pela televisão, será um poderoso alimento de ânimo na travessia tão dura que estamos a fazer.

Se a família fosse só esperança, já seria muito.

Mas a família é mais do que esperança no futuro – é a confiança de construir o futuro. É essa a sua força. É essa a nossa força.

José Ribeiro e Castro Deputado

4 CULTURA

O Mensageiro 31.Maio.2012

Pavilhão desportivo lotado no Souto da Carpalhosa Teatro Miguel Franco (Leiria) • O ARTISTA | Comédia Dramática | de Michel Hazanavicius | c/ Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman | 31 de Maio, 21h30 • PAIXÃO | Drama | de Margarida Gil | c/ Carloto Cotta, Ana Brandão, Sandra Faleiro | 3 de Junho, 21h30, 4 de Junho, 21h30 e 5 de Junho 21h30 • AMERICAN-THE BILL HICKS STORY | Documentário | de Matt Harlock e Paul Thomas | c/ Bill Hicks, Kevin Booth, John Farneti | 6 de Junho, 21h30 Cine-Teatro (Monte Real) • GNOMEU E JULIETA | Animação | de Kelly Asbury | 1 de Junho, 10h30

EXPOSIÇÕES

Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Teatro de Aguarelas” - de Artur Franco (~29/06) m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria •”Analogika” - fotografia lomográfica (~23/06) •”Um olhar diferente...” - pintura de Dina Mallheiros (~31/05) •”Oficina do Olhar” - exposição permanente Moinho de Papel - Leiria •”Sacas de retalhos” (~30/06) Instituto Potuguês da Juventude - Leiria •”Olhares” - fotografia de Cristiana Gomes (~31/05) Salão Social - Marrazes •”Artistas de Marrazes” - aniversário do Museu Escolar (~28/06) Casa-Museu João Soares - Cortes •”A república” - colecção de António Pedro Vicente (~31/05) Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa •”Pérolas ambientais do concelho de Leiria” - OIKOS (~30/06) Exposalão - Batalha •”O Mundo dos Dinossauros” (~3/06) Museu Municipal - Ourém •”Faz de conta” (~31/05) Galeria Municipal - Ourém •”As cidades visíveis” - fotografia de Ricardo Vieira (~8/06)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS

Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Seasons Tour -”Rising”” - música de David Fonseca (31/05, 21h30) m|i|mo - Muse da Imagem em Movimento - Leiria • Construção de câmaras obscuras - oficina (31/05, 10h00) • Teatro de sombras e oficinas criativas (3ªs~6ªs) Moinho de Papel - Leiria •“Viagem à Fábrica do papel (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30) Incubadora D. Dinis - Parceiros •”Avaliação e Intervenção em digrafia” - Curso (17/06 10h00~18h00) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Olá, eu sou um livro” - hora do conto (2ªs~6ªs, 10h00 e 14h30) Museu Municipal - Ourém •”A Moura Oureana” - oficina pedagógica (1/06~30/06) Cine-Teatro - Ourém •”Eu sou porque nós somos” - dança (1/06, 21h00) • Festival da Canção Tradicional Portuguesa (3/06, 16h00) Biblioteca Municipal - Ourém •”Lendas de Portugal” - hora do conto (6~27/06, 14h30) •”Histórias com animais” - hora do cnto (6, 8 e 14/06, 10h30) •”As Patafúrdias...” - hora do conto (9 e 23/06, 11h00~12h30)

Teatro José Lúcio da Silva

Gargalhadas de “A Fuga” O Teatro José Lúcio da Silva recebeu no passado dia 24 de Maio, pelas 21h30, a comédia “A Fuga”, que trouxe à cidade de Leiria uma boa dose de humor, na pele de nomes tão ilustres como Maria Rueff, José Pedro Gomes, Jorge Mourato, João Maria Pinto e Sónia Aragão.

A peça, esgotou praticamente a sala de espectáculos, com recurso a muitos improvisos que propiciaram momentos inesperados de uma enorme boa disposição.

Após o espectáculo, os espectadores puderam pedir autógrafos e tirar fotografias com aqueles que são alguns dos actores mais conceituados da actualidade.

Desfile de moda atrai mais de mil O pavilhão desportivo municipal do Souto da Carpalhosa ficou lotado com a presença de cerca de um milhar de pessoas para assistir ao primeiro grande desfile de moda que mobilizou a freguesia, no passado sábado, dia 19 de Maio. As bancadas foram insuficientes para tão numerosa assistência. Contudo, todos puderam assistir a uma noite plena de beleza, glamour e emoção.

Cerca de 120 manequins desfilaram na passadeira vermelha, mostrando o trabalho de lojistas, cabeleireiros, gabinetes de estética, floristas e decoradores da freguesia.

A noite foi ainda cheia de surpresas, com números de dança, por parte dos “DBE-DANCE- CREW ” e “Ritmos Latinos, por Diogo Castro”, e música com Serelena Duarte, Francisco Costa, Inês Pedrosa e Rodrigo Sousa.

No final, as palavras do presidente da Junta de Freguesia, José Carlos Gomes,

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CINEMAS

manifestavam emoção pela noite apresentada: “Confesso estar um pouco emocionado por tudo o que estamos a assistir nesta noite”, afirmou, salientando que tudo se deveu ao trabalho e dedicação da vasta equipa envolvida e a todos os manequins, bem como à tão numerosa assistência.

Também o pároco, Pe. José Baptista, afirmou que “é importante que nos unamos para poder concretizar mais iniciativas, como a desta noite”, chamando ainda

a atenção para a continuação das comemorações dos 800 anos da freguesia e paróquia.

Em jeito de homenagem e agradecimento pelo trabalho concretizado, cada lojista foi presenteado com um galardão alusivo às comemorações dos oito séculos do Souto da Carpalhosa.

Como já referido, a iniciativa desenvolveu-se no âmbito das celebrações dos 800 anos da freguesia e paróquia do Souto da Carpalhosa, incluída num

programa comemorativo que marcará o ano, e reuniu o trabalho de 12 estabelecimentos: “Rio dos Nenúfares – Instituto de Beleza”, “SKULK”, “Paula Costa – pronto-a-vestir, florista e decoração”, “FikaBem – pronto-a-vestir”, “Trapos&Artes de Helena Pontes”, “Inês Ferreira Sapatarias”, Salão “Ana Paula”, Salão “Manuela”, “Cabeleireiro Sabina”, “Helite Cabeleireiro”, “Mena Hair Designer”, e florista “A Lojinha”.

na nossa estante O 25 de Abril e o Conselho de estado: a questão das actas Maria José Tiscar Santiago

A viagem da corveta: uma década de episódios navais Manuel Begonha

Edições Colibri

Ao longo de uma trajectória de vida na Marinha de Guerra Portuguesa, desde a Escola Naval até à génese, construção e actividades numa Corveta, uns mais felizes que outros, alguns picarescos, outros cómicos, decidi reunir uma experiência de uma década, construída numa ligação afectiva à Marinha, ao Mar, e aos Homens do Mar, cujos objectivos fundamentais são para além de proporcionar um outro conhecimento da profissão de marinheiro, dar a conhecer algumas histórias que têm sido contadas repetidamente ao longo do tempo e que se julgam ser de algum interesse para o leitor.

Estas histórias resultaram de vivência directa com oficiais, cadetes, sargentos, praças e pessoal civil que fazem parte da nossa profissão, num percurso de aprendizagem desde a escola Naval a uma Corveta, no período de 1962 a 1972.

Viagem de um oficial da Marinha, com as experiências acumuladas desde a Escola Naval ao último navio em que fez uma comissão, a Corveta João Coutinho, relatadas através de episódios, na sua maioria anedóticos ou picarescos que caracterizaram locais e pessoas. Pretende acima de tudo ser um incentivo aos jovens que sentem uma vocação marinheira e estão dispostos a seguir esta aventurosa profissão, bem como uma memória para aqueles que aqui se reconhecem e para outros que gostam ou dedicam a sua vida ao mar.

A obra em apreço vai, inevitavelmente, suscitar ou alimentar alguma polémica.

Não tanto quanto às fontes reveladas, mas quanto à sensação geral que se extrai da análise empreendida.

Essa sensação é, sobretudo, no ponto fulcral da descolonização, menos simpática para António de Spínola do que o próprio viria a criar com a sua narrativa da experiência presidencial e do que alguns protagonistas e historiadores têm sustentado.

Spínola aparece mais comprometido com soluções de que, de resto, discordava, do que bastantes pensavam ou pensam.

Depois, há outras facetas menos polémicas, mas possíveis de debates vários, como a actuação de Palma Carlos, as posições pontuais de Costa Gomes e o memorando de Almeida Santos.

Mas o tema mais controvertível é o atinente a Spínola e à descolonização.

Uns, inevitavelmente, virão dizer que se está perante uma versão legitimadora do MFA e denegridora de Spínola.

Outros, provavelmente, invocarão o merecimento dos autos, afirmando que até Spínola não fugira ao processo velocíssimo que devorou, e três meses, as suas expectativas da noite do 25 de Abril.

Marcelo Rebelo de Sousa

Edições Colibri

CULTURA 5

O Mensageiro 31.Maio.2012

Festival Música em Leiria 2012

Celebrar 30 anos com regresso às origens Uma viagem de “regresso às origens” é a proposta da direcção artística do Festival Música em Leiria (FML) para a edição que, este ano, assinala o 30.º aniversário do mais antigo festival de música do País a decorrer de forma ininterrupta. A iniciativa promovida anualmente pelo Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA), regressou no dia 26 de Maio e decorre até 30 de Junho, prometendo envolver toda a comunidade leiriense num programa musical que homenageia a excelência e história deste evento cultural único na região.

Ao todo, serão 10 os concertos integrados na 30ª edição do FML que,

este ano, apresenta um programa diversificado e multicultural, conciliando opostos e contrastes que reforçam a natureza eclética que o Festival tem assumido nas últimas edições. A homenagem com o “regresso às origens” do OL CA, enquanto entidade promotora do evento, está presente nos concertos corais, protagonizados pela Capella Duriensis, pela Filarmonia das Beiras, e pelos próprios Corais do OL CA, como exemplo do grupo amador que esteve na fundação da própria instituição, inicialmente conhecido como grupo coral.

«O FML existe porque, em tempos, foi criado um

grupo amador de pessoas que gostavam de ouvir e fazer música, agrupamento que viria a ser conhecido por Corais do OL, já depois da designação OL CA ser identificada com uma instituição que ultrapassou em grande medida a dimensão de agrupamento amador, para se tornar num dos mais importantes agentes da cultura musical da região e do País», explica Miguel Sobral Cid, director artístico do FML, numa breve referência histórica ao OL CA. «É também a esse agrupamento amador, que esteve na fundação do OL CA, que a 30.ª edição do FML pretende prestar uma singela e indirecta homenagem neste “regresso às

origens”», salienta.

As novidades da edição deste ano do FML são pautadas pela originalidade e exclusividade dos espectáculos agendados e dos seus participantes, garantindo mais um festival único com a vasta oferta cultural característica do evento que colocou a cidade de Leiria no circuito dos grandes festivais de música do País. A qualidade do FML é provada pelos milhares de espectadores que, anualmente enchem as salas de espectáculos e pelos músicos de renome que ao longo das 29 edições têm participado no evento.

Câmara de Leiria promove espaços culturais apreciada por aqueles que nos visitam, e é conhecida além fronteiras. Criar condições para dar a conhecer com maior pormenor todas estas vertentes de Leiria é o objectivo da Autarquia que irá disponibilizar, numa primeira fase, um kit composto por uma estrutura promocional que inclui desdobráveis sobre o Castelo, o m|i|mo – museu da imagem em movimento e o Moinho do Papel, bem como um bloco com o mapa da cidade.

Numa segunda fase do projecto, terão lugar nos dias 5, 11 e 15 de Junho, a partir das 9h30, visitas educacionais dirigidas, preferencialmente, a recepcionistas, chefes de sala, funcionários no atendimento dos postos de turismo e responsáveis pelos equipamentos hoteleiros e de restauração aderentes a esta rede.

Durante cerca de três horas e meia, os participantes farão uma visita guiada que terá início no Moinho

do Papel. De seguida, serão transportados em autocarro do Quartel dos Bombeiros Municipais até junto da porta norte do Castelo, no Largo de S. Pedro. Pelas 11h15, visitarão o m|i|mo – museu da imagem em movimento. Segue-se um passeio pedonal até à Av. 25 de Abril, terminando cerca das 13 horas, no Quartel dos Bombeiros Municipais de Leiria.

admissão, que serve para perceber que instrumentos melhor se adequam a cada criança e quais os tipos de dança para as quais têm maior apetência, e não implica quaisquer conhecimentos prévios de música ou de dança.

As inscrições para as provas de admissão para

No próximo dia 5 de Junho, abrirá ao público em Fátima, no Museu de Arte Sacra e Etnologia (MASE), a exposição temporária “Era uma vez um quadro…”.

Esta exposição resulta de uma parceria entre o museu, a LA-MASE – Liga dos Amigos do Museu de Arte Sacra e Etnologia, o Centro de Estudos de Fátima e o Colégio do Sagrado Coração de Maria. É composta por trabalhos dos alunos inspirados em pinturas de artistas de renome e em objectos das colecções do museu. A partir da sua observação e estudo, os alunos deram asas à sua imaginação, compondo histórias e realizando trabalhos artísticos.

Para a abertura da exposição foi convidada Paula Sá, autora do livro “Uma História por um quadro” que realizará no Auditório do Centro Missionário Allamano às 10h30 e às 15h00 uma apresentação interactiva dirigida aos alunos. No entanto, estas sessões encontram-se abertas ao público em geral.

Exposição fotográfica “Analogika”

Orfeão de Leiria convida crianças e jovens a aprender a dançar e a cantar gem-se a todas as crianças e jovens interessados em aprender música ou dança, com ou sem experiência, e destinam-se a admitir alunos tanto para a frequência do ensino articulado, como para as aulas de iniciação.

Qualquer criança a partir dos seis anos de idade pode fazer a prova de

No âmbito do Dia Mundial da Criança, no próximo dia 1 de Junho, o Museu de Arte Sacra e Etnologia, dos Missionários da Consolata em Fátima, promoverá “Oficinas de pintura facial”. Esta actividade, destinada a crianças dos 6 aos 12 anos de idade, consiste na preparação e decoração de uma máscara africana com vários padrões típicos de alguns povos africanos. As crianças terão ainda a oportunidade de se verem pintadas com variadas pinturas faciais e observar de forma interactiva algumas das colecções expostas no museu. A iniciativa será orientada por Gonçalo Frazão, aluno estagiário do curso de Animação Sociocultural do Agrupamento de Escolas de Ourém.

No m|i|mo

Provas de admissão para crianças e jovens

O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) tem a decorrer provas de admissão para as escolas de Música e de Dança entre 11 e 16 de junho, e lança um convite às crianças e jovens da região: «Vem dançar e cantar com o Orfeão de Leiria!». As provas de admissão diri-

Máscaras e pinturas africanas – Oficinas de Pintura Facial

“Era uma vez um quadro…”

Vereador reuniu-se com turismo e hotelaria O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria Gonçalo Lopes esteve reunido, no dia 23 de Maio, com representantes da entidade de turismo, hotéis e restaurantes, para lhes apresentar uma proposta de parceria, com o objectivo de promover os espaços culturais do concelho junto daqueles que nos visitam.

A riqueza histórica, cultural, gastronómica e paisagística de Leiria é motivo de orgulho para todos os leirienses, sendo muito

Dia Mundial da Criança no MASE

as escolas de dança e música estão abertas a todos os interessados, que se devem inscrever ou solicitar mais informações pessoalmente no Orfeão de Leiria, situado na Avenida 25 de Abril, em Leiria, através do e-mail ge ral@orfeaodeleiria.com, ou do telefone 244 829 550.

No dia 26 de Maio foi inaugurada a exposição “Analogika” no m|i|mo – museu da imagem em movimento, inspirada na fotografia lomográfica, dos autores Bruno Luís, Bruno Silva, Eduardo Gomes, Hugo Pereira e Joana Areia. Com uma abordagem marcadamente gráfica e cromática, “Analogika” é o resultado de um percurso experimental, explorando técnicas como a múltipla exposição e o processo cruzado da imagem, com recurso a equipamento fotográfico nem sempre convencional e percorrendo formatos que vão do 35 mm ao panorâmico.

6 SOCIEDADE

O Mensageiro 31.Maio.2012

Cerca de 90% dos diplomados do IP Leiria recomendariam a instituição a outras pessoas

Cerca de 90% dos diplomados do Instituto Politécnico de Leiria recomendariam a Instituição a outras pessoas, e 86% voltaria a candidatar-se a formação nas suas escolas. Estas são duas das mais importantes conclusões do estudo “Sucesso e satisfação dos estudantes finalistas do Instituto Politécnico de Leiria”, da autoria dos investigadores José Brites Ferreira, Graça Seco, Maria Odília Abreu, Isabel Simões Dias, Rita Cadima e Fernando Canastra, apresentado em livro na passada sexta-feira, 25 de Maio.

«Os dados obtidos através de questionário a cerca de 1.100 estudantes finalistas do IP Leiria no ano lectivo de 2009/2010, revelam a importância do conhecimento das percepções destes estudantes face ao (in)sucesso e à satisfação para equacionar propostas

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Estudo demonstra satisfação dos diplomados do IP Leiria

de promoção da qualidade institucional, contextual e educativa», explicam os autores, investigadores do Núcleo de Investigação e Desenvolvimento em Educação do IP Leiria.

Num segundo estudo, a análise das classificações obtidas pelos finalistas das cinco escolas do IP Leiria permitiu caracterizar o sucesso académico destes estudantes, conduzindo à identificação de alguns dos factores associados.

Considerando que o tema do (in)sucesso académico no ensino superior tem vindo a conhecer um debate crescente, a obra “Sucesso e Satisfação dos

Estudantes Finalistas do Instituto Politécnico de Leiria” surge da preocupação em identificar e compreender os factores associados ao sucesso académico dos seus estudantes finalistas, relacionando-os com o grau de satisfação percepcionado face à instituição.

O estudo revela que cerca de 77% dos finalistas da amostra não mudariam de curso mesmo que tivessem oportunidade, e 75% afirmou que não mudaria de instituição. Relativamente à escolha do curso no IP Leiria, para 90,8% dos estudantes a empregabilidade do curso foi avaliada como “muito importante”

ou “extremamente importante”, sendo os estudantes da ESTG e da ESAD.CR a referir sentirem-se mais satisfeitos com a empregabilidade do curso (cerca de 81% em cada escola).

O factor geográfico teve também muita importância. Para 51,8% dos estudantes, o fato do IPL ficar “perto da residência habitual” foi considerado como “muito importante” ou “extremamente importante”, para a escolha desta instituição. Na escolha do IP Leiria, pesaram as razões “ficar perto da residência habitual” para cerca de 38% dos estudantes, “ser o melhor para o curso que eu queria”, para 20,4%, e “ser o único estabelecimento de ensino superior com o curso que eu queria”, para 14,3% dos finalistas.

Relevância foi dada igualmente ao prestígio social dos diplomados do

IPL, que foi considerado por 64,3% dos estudantes da amostra como uma razão “extremamente importante”, “muito importante” ou “importante” para a sua escolha, assim como “a boa reputação do IPL em termos de vida social”, avaliada do mesmo modo por 64,2% dos finalistas.

Já no balanço da sua experiência no IP Leiria, cerca de 95% dos estudantes consideraram o curso que frequentavam como “muito importante” ou “extremamente importante”, e 88,5% consideraram a Instituição como “muito importante” ou “extremamente importante”, sendo que 58,3% dos estudantes revelaram estar “muito satisfeitos” ou “extremamente satisfeitos” com o IP Leiria.

71,6% dos estudantes referiram que a experiência académica durante o

tempo de frequência do IPL foi “boa” ou “muito boa”, e revelaram-se mais satisfeitos com o “desenvolvimento interpessoal” proporcionado pela Instituição, seguindo-se, por ordem decrescente, a satisfação com as “instalações e equipamentos de apoio”, com as “condições pedagógicas” e, finalmente, com os “serviços”.

Nuno Mangas, presidente do IP Leiria, salienta «os excelentes resultados deste estudo, e a grande importância que estas percepções, opiniões e experiências têm para o crescimento da instituição, contribuindo para a qualidade dos cursos, dos serviços, dos equipamentos, etc., e fomentando junto da comunidade do IP Leiria uma cultura de auto-análise e auto-avaliação com o objectivo de fazer sempre melhor.

Associação Politécnica formaliza articulação entre institutos para partilha de recursos A Politécnica – Associação dos Politécnicos do Centro formalizou no dia 23 de Maio o protocolo que permitirá que sejam colocadas em prática medidas de articulação entre os institutos membro da associação que inclui Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Tomar e Viseu. Em destaque estão medidas de apoio aos estudantes, desenvolvimento em conjunto de ciclos de estudo que atribuam ou não grau académico, intercâmbio de pessoal docente e não docente entre os associados, atribuição de títulos de especialista, formação de júris, possibilitando assim uma gestão mais racional dos recursos de cada instituição para que sejam aproveitados pelo seu conjunto.

«Este protocolo é o concretizar dos objectivos da criação da Politécnica, que é unir os recursos destes oito institutos, juntar

sinergias, e pegar no que cada um tem de melhor para utilizar em benefício dos nossos estudantes e profissionais», salienta Nuno mangas. «Falamos, desde logo, em medidas de apoio aos estudantes, de uma importância crucial na actual conjuntura, concretizáveis, por exemplo, na possibilidade dos estudantes poderem ter acesso aos equipamentos sociais e académicos dos institutos associados nas mesmas condições que na sua instituição de origem, quando deslocados em actividades curriculares e académicas», exemplifica.

Com o objectivo de responder de forma efectiva ao esforço de optimização de recursos, surge agora a possibilidade de realizar ciclos de formação conducentes à obtenção de grau académico ou não, promovidos por mais que uma instituição parceira, potenciando o que de melhor tem cada institu-

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Oito institutos politécnicos do Centro assinam protocolo

to em termos de recursos materiais e humanos.

Relativamente ao intercâmbio de pessoal docente, foi acordada a possibilidade de serem partilhados recursos entre os oito Institutos, para o exercício de funções docentes em cursos conferentes de grau académico ou não, de outras instituições parceiras. Da mesma forma, os associados comprometem-se a disponibilizar os membros do seu corpo de pessoal docente e não docente para integrar júris de procedimentos noutras instituições parceiras, no

âmbito de provas académicas, provas de especialistas e concursos de pessoal docente e não docente.

Com sede em Castelo Branco, a Politécnica, criada em 2000, tem como objectivos principais promover a articulação de ciclos de estudos conferentes de grau, bem como outros cursos de formação; fomentar, apoiar e realizar projectos conjuntos de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D+i), transversais aos seus associados; promover a articulação e ou criação de unidades de

investigação científica e desenvolvimento, comuns aos seus associados; impulsionar activamente a promoção internacional conjunta dos seus associados e respectivos projectos; realizar acções de divulgação conjuntas dos seus associados, visando a captação de estudantes estrangeiros; e constituir uma estrutura de defesa e afirmação do ensino superior politécnico, numa perspectiva de actuação nacional e internacional; «Os institutos politécnicos que integram a

associação, representam cerca de 50.000 estudantes e mais de 4.500 docentes e profissionais não docentes, distribuídos por oito institutos com uma implantação consolidada e elevada relevância para as regiões onde estão inseridos», salienta Nuno Mangas, «sendo que esta é uma oportunidade única de fazermos mais pelo ensino politécnico, dando-lhe a visibilidade e o reconhecimento que merece».

O protocolo entre os oito institutos politécnicos associados da Politécnica foi assinado na passada segunda-feira em Santarém, com a presença dos respectivos presidentes. Para a instituição destas medidas, cada instituto deverá criar normas próprias que assegurem a concretização do acordado, agilizando da melhor forma os processos internos, quer enquanto instituições de origem, quer de destino.

SOCIEDADE 7

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Câmara de Leiria ajuda bares e restaurantes da zona histórica

Ultrapassar irregularidades para cumprir regras Os proprietários de bares e restaurantes do centro histórico de Leiria, que não têm a sua situação regularizada, passaram a ter, como interlocutor privilegiado na Câmara Municipal de Leiria, Vitória Mendes, coordenadora do Gabinete de Reabilitação Urbana, que estará disponível para os esclarecer em relação aos procedimentos que devem tomar para ultrapassar esses constrangimentos.

Empenhada em contribuir para que essas situações irregulares sejam resolvidas, a Câmara Municipal de Leiria promoveu no

dia 7 de Maio uma reunião com os proprietários de bares e restaurantes, em que estiveram presentes o Vereador das Obras Lino Pereira e técnicos, para lhes transmitir a disponibilidade da Autarquia para os ajudar e para esclarecer dúvidas.

O Vereador Lino Pereira sublinhou que os projectos têm de cumprir as regras e ser bem elaborados, para que possam ser aprovados pela Câmara Municipal de Leiria. “Temos de arranjar forma de encontrar soluções. Temos todos de trabalhar em prol da imagem

da nossa cidade.”

“A Câmara Municipal de Leiria está empenhada em ajudar-vos para manter a actividade no centro histórico”, acrescentou Vitória Mendes. A título de exemplo, referiu que têm sido contactados e visitados estabelecimentos com situações irregulares e tem havido reuniões com o IGESPAR na tentativa de desbloquear processos, que têm sido bem sucedidas.

“Queremos trabalhar em conjunto para desfazer estes nós, que são transversais a um grande número de estabelecimentos”, afir-

mou Vitória Mendes, que aconselhou, por exemplo, os proprietários dos bares e restaurantes a recorrerem ao apoio da Autarquia antes de iniciarem as obras, para que não surjam problemas depois.

Existem 79 estabelecimentos no centro histórico de Leiria, dos quais 36 são restaurantes, 26 pastelarias e cafés e 17 bares. Destes, 28 têm alvará de licença de utilização, 22 alvará de licença sanitária e 29 têm processos a decorrer na Câmara Municipal.

Autarquia de Leiria fomenta doação e troca de manuais escolares

Minorar dificuldades das famílias Foi apresentado no dia 24 de Maio, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, o projecto de doação e troca de manuais escolares “Livro meu I Livro teu”, na presença de directores das escolas do concelho.

Gonçalo Lopes, Vereador da Educação da Câmara Municipal de Leiria, explicou a origem deste projecto, afirmando que “resulta da avaliação do momento de crise e enorme dificuldade social que o país vive,

exigindo-se uma postura de solidariedade e partilha em ambiente escolar”.

O projecto de doação e troca de manuais escolares “Livro meu I Livro teu” visa, assim, reduzir a despesa familiar com a aquisição dos manuais escolares; desenvolver o sentido de partilha e solidariedade social; promover o incentivo à reutilização, bem como o respeito pelo livro.

O público-alvo são todos os alunos do concelho de

Leiria, que frequentam os 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário, das redes pública e privada.

Gonçalo Lopes referiu que “o custo dos manuais escolares do 7º e do 9º ano representam quase metade de um ordenado mínimo em Portugal”.

Os interessados devem inscrever-se no Fundo Municipal de Manuais Escolares ou nas escolas que frequentam, através das bibliotecas escolares,

durante os meses de Junho e Julho. Os critérios de prioridade estabelecidos para o empréstimo são a condição de se ser doador de livros ao Fundo de Manuais Escolares e a ordem de inscrição.

A coordenação de todo o projecto é do Município de Leiria, através da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, em parceria com os agrupamentos de escolas, escolas secundárias e estabelecimentos de ensino particular.

Recolhida perto de meia tonelada de tampas No âmbito do passeio solidário “Pense em si pense nos outros - Da orla costeira aos sons do pinhal”, que se realizou no dia 19 de Maio, em São Pedro de Moel, foram recolhidos cerca de 650 garrafões cheios de tampinhas, o equivalente a 220.000 tampinhas e 487,5 Kg de plástico.

A iniciativa organizada pela Câmara Municipal visou a angariação de tampas para auxiliar a menina Ana Júlia Sobreiro, de seis anos, residente em Chãs, freguesia de Regueira de Pontes, concelho de Leiria, que sofre de doença dege-

DR

Passeio ajudou menina com doença rara

nerativa rara.

A reacção dos participantes foi de grande satisfação pelo bom estado do tempo, pela caminhada efectuada entre a orla costeira e o pinhal do rei, pelo workshop musical, pelas

lembranças simbólicas entregues e, sobretudo, pela oportunidade de apoiar uma criança a ter maior qualidade de vida.

Esta satisfação foi notória não só no decorrer do percurso mas posterior-

mente nas redes sociais onde foram colocadas por vários participantes fotografias e vídeos que contam “a história de uma tarde bem passada!”.

Leirimédica acolhe o cirurgião Biscaia Fraga

Rejuvenescimento na meia idade Biscaia Fraga, cirurgião plástico, veio a Leiria no dia 27 de Maio de 2012 para dar uma palestra na clínica Leirimédica sobre o “Rejuvenescimento no Homem e na Mulher na meia idade”. O director clinico do Hospital Egas Moniz falou sobre a assimetria como sinónimo de beleza, apresentando alguns casos específicos que são resultado das suas cirurgias. Temáticas como a lipo-aspiração, redução do abdómen, nariz (rinoplastia), orelhas (otoplastia); pálpebras (blefaroplastia), lifting (ritidectomina), aumento, redução, elevação ou micro-implante de seios, ou ainda o micro-implante capilar, foram abordadas pelo especialista numa sala de conferências completamente cheia.

Dia aberto a 3 de Junho

Dia do Desenvolvimento Pessoal Depois do sucesso conseguido na primeira edição em Lisboa, o Instituto Internacional de Programação Neurolinguística - InPNL realiza em Leiria o segundo “Dia Aberto sobre Desenvolvimento Pessoal”. Pelo valor simbólico de 10 euros, os participantes poderão usufruir de um dia inteiro repleto de palestras, oficinas de trabalho, actividades lúdicas e novidades sobre temáticas actuais do mundo do desenvolvimento pessoal, como a programação neurolinguística (PNL) e o coaching. O evento vai acontecer no Hotel Eurosol Leiria & Jardim no dia 3 de Junho a partir das 10h00.

Para além dos diversos especialistas na área, conta com a participação de Jörg Helms, especialista em Yoga do riso e Neil Marco Violante, especialista em quiroprática.

Na Boa Vista

Leitão volta a ser atracção De 6 a 10 de Junho, decorre na freguesia de Boa Vista, a Terceira Semana Gastronómica do Leitão Assado à Moda da Boa Vista, que tem como particularidade ser assado aberto. Participam no evento os restaurantes Aldeia do Leitão, A Tasquinha, Café Centro, Dalyta, Fonte do Corvo, Morgatões e Pinto. Foi criada uma ementa tipo, com entradas, leitão assado à moda da Boa Vista, vinho, sobremesa e café pelo preço de 15 euros. Paralelamente, vai decorrer no Adro da Igreja daquela freguesia muita animação, para todos os gostos e idades, bem como uma mostra de produtos regionais.

Comunidade académica e público em geral

Caminhada solidária do IPL

O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) organiza no próximo domingo, dia 3 de Junho, a sua primeira Caminhada Solidária, que juntará a comunidade académica e o público em geral num momento de convívio, descontracção e contacto com a Natureza, e que possibilitará a recolha de bens alimentares em favor do Banco Alimentar Contra a Fome de Leiria-Fátima.

A 1.ª Caminhada Solidária do IPLeiria é uma iniciativa da responsabilidade dos Serviços de Acção Social com o apoio da Casa de Pessoal do IP Leiria, e decorrerá no próximo domingo, dia 3 de Junho, com encontro e partida junto ao Estádio Municipal de Leiria (em frente ao NERLEI). A caminhada percorrerá todo o circuito pedonal junto às margens do rio Lis entre o NERLEI e o Moinho de Papel, ida e volta, num total de cerca de cinco quilómetros. Nesta caminhada todos serão bem-vindos, desde estudantes e colaboradores da comunidade académica ao público em geral. Participam ainda os membros presidência, directores de Unidades Orgânicas, a Administração dos Serviços de Acção Social e a Casa do Pessoal do IPLeiria.

8 ECLESIAL

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Família há oito séculos

Vidas feitas em silêncio Celebramos no dia 3 de Junho a grande Solenidade da Santíssima Trindade, dia propício para nos centrarmos neste grande Mistério que fascina e atrai. Somos convidados a mergulhar em profunda e íntima união com este Deus de Amor, Uno e Trino, mesmo sem O compreender porque é Mistério. Celebramos também o Dia Mundial de Oração pelos Consagrados de Vida Contemplativa – Dia Pró-Orantibus. Esta forma de vida tem a sua origem na Família Divina de Deus Pai, de Deus Filho e de Deus Espírito Santo.

Embora a vocação específica dos contemplativos seja a íntima união com Deus, através de uma vida de intensa oração, também eles precisam da oração de toda a Igreja, desta Igreja Mãe, que cuida com maternal solicitude de todos os seus filhos.

A vida destes homens e mulheres que escolheram

a Vida em clausura está envolvida no mistério de Deus. Embora humanamente não se compreenda, o mistério seduz, atrai. Temos ainda diante dos olhos o impressionante e luminoso filme “O grande Silêncio” do realizador Philip Gröning. Encheu salas de cinema, atraiu multidões, deslumbrou olhares, tocou milhares de vidas. Estranho silêncio que disse mais do que milhares de palavras.

Na sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações deste ano de 2012, Bento XVI afirma: Quando as mensagens e a informação são abundantes, tornase essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório.

O silêncio dos Mosteiros, onde tantos homens e mulheres vivem a sua história de amor com Aquele que os escolheu e chamou, é para o mundo a tenda do encontro onde Cristo

estabelece uma aliança de amor com a própria humanidade. Estes espaços onde o silêncio grita mais alto do que a palavra são os “pulmões verdes da cidade dos homens” como afirmou recentemente o mesmo Papa.

Aí, o homem fatigado da caminhada, pode encontrar um oásis de paz, de oração e de silêncio que lhe permite continuar o regresso à casa do Pai. Assim o mundo está semeado de inumeráveis vidas feitas silêncio; silêncio contemplativo, silêncio sentido e vivido, silêncio livremente escolhido. Uma opção de vida feita livre e conscientemente mas que a maioria das pessoas não compreende. Há quem os defina por “pessoas inúteis”, “fora do mundo”, “vidas desperdiçadas”.

Quando se come o pão, quem se lembra do fermento? Quando contemplamos uma catedral, quem faz memória dos seus alicerces?

Qual é o agricultor que ao

recolher o fruto da árvore recorda a seiva que corre no tronco? Tudo isto são estes homens e mulheres no corpo místico de Cristo.

Deste número fazem parte a grande Família das Irmãs Clarissas desde há 8 séculos. Com vida de silêncio, trabalho e intensa oração, os contemplativos/as reforçam o apelo à sociedade de hoje feito pelos indígenas brasileiros e que o escritor alemão Michael Ende nos recorda: Nestes últimos tempos, andamos para a frente tão rapidamente com o progresso, que temos de parar um pouco para permitir que as nossas almas nos acompanhem.

Apesar de, aparentemente, o homem parecer ter chegado ao topo, de tão facilmente prescindir de Deus, de se considerar o senhor da história, de pretender ter o destino nas próprias mãos, por vezes bem frágeis, não deixa de se afundar na sua ínfima

condição de simplesmente criatura. Mas Deus não desiste de procurar o filho pródigo, que se esconde no mais ruidoso e destruidor barulho material, moral e psicológico. Por isso o Pai misericordioso sai cada manhã, cada anoitecer ao seu encontro por estradas e atalhos, pela palavra e pelo silêncio a fim de o trazer de regresso à casa paterna. Quantas vidas reencontradas e renascidas através destes espaços silenciosos dos Mosteiros.

Com frequência se ouvem expressões como esta: Logo que transponho o portão do jardim do mosteiro, sinto uma paz e serenidades especiais, que não se encontram lá fora; somos envolvidos por um sagrado silêncio, tocamos o próprio Deus. É a presença e o silêncio de Deus e somente de Deus que atrai e seduz.

Toda esta paz e serenidade são somente fruto da Palavra eterna do Pai, presente

no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Essa é a Fonte, a origem de todo o bem que continuamente se derrama sobre aqueles que de coração simples e humilde dela se aproximam. Alguém que vive junto de um Mosteiro confessa que, nas frequentes noites de insónia, levanta-se e através da janela do quarto fixa o olhar nos vitrais da igreja, tenuemente iluminados pelas lamparinas do sacrário e, após alguns momentos de oração se sente envolver por uma atmosfera de paz, serenidade e confiança.

Na sociedade marcada pela técnica e o progresso, mas também por uma terrível confusão de valores e contra-valores, a vida dos Consagrados de clausura continua a ser actualíssima e essencial para um sadio equilíbrio social.

LUZ ENTRE OS HOMENS

dos fiéis os prodígios que o vosso amor operou nos primórdios da pregação do Evangelho”. Quem observar com a devida atenção para a vida da Igreja descobre com espanto que na verdade isso está a acontecer: Deus continua hoje a fazer maravilhas no mundo através de homens e mulheres a quem Ele concede o dom do Espírito Santo.

A vigília de Pentecostes celebrada em Leiria, no passado dia 26 de maio, pôs em evidência algumas dessas obras maravilhosas de Deus, particularmente mediante os movimentos e associações de fiéis. Um casal contou como os encontros de preparação para o matrimónio os ajudaram a descobrir e viver a beleza e alegria do sacramento do amor mediante o qual se uniram em Deus. Esse mesmo casal se envolveu mais tarde na preparação dos noivos para esse importante passo na sua vida.

Leu também o testemunho de uma noiva que dizia maravilhas do que experimentou e viveu nos encontros recentes orientados por um Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM).

Assim se lançam as bases de famílias cristãs que testemunham a beleza, a fecundidade e a fidelidade do amor no ambiente doméstico, amor esse abençoado e fortalecido pela graça de Cristo.

Uma outra intervenção contou como o espírito do Evangelho pode penetrar nos variados âmbitos da vida humana e da sociedade à semelhança da água que inunda os campos e os irriga tornando-os férteis. É a experiência que desabrochou por efeito do carisma da unidade de Chiara Lubich e do Movimento dos Focolares nas áreas da política e do direito, da economia e do ambiente, da arte e do desporto. Homens e mulheres procuram incarnar

o espírito de Cristo tornando-o cultura e promovendo a transformação da vida e das relações na sociedade com iniciativas concretas e estudos. São pequenos fermentos que com o tempo vão iluminando sempre mais a vida humana e construindo a fraternidade de modo a envolver todos os homens.

A terceira experiência narrada foi a do grupo missionário da Diocese de Leiria-Fátima sobre a sua atividade no Gungo (diocese do Sumbe), em Angola.

Movidos pelo amor de Cristo, os missionários, a maior parte deles leigos, levam às pessoas, juntamente com a luz do Evangelho, ajudas para a sua subsistência e desenvolvimento económico, cuidados de saúde, ensinamentos e apoios à maternidade e à educação das crianças e dos jovens.

A gratidão das pessoas é espontânea e tocante como testemunharam uma jovem

missionária e os seus pais, recentemente regressados da missão. Através desse grupo estabelece-se solidariedade, comunhão e colaboração entre a comunidade do Gungo e a de Leiria-Fátima num enriquecimento mútuo em humanidade e em vida cristã.

O Senhor Bispo, D. António Marto, que presidiu à vigília, contou também ele como o impressionara o encontro recente com uma nova comunidade cristã, de origem italiana, constituída por famílias e pessoas consagradas. Uma caraterística especial dessa comunidade é que as suas famílias, além dos filhos naturais, abrem as suas casas para acolherem, apoiarem, educarem e eventualmente adotarem crianças e jovens portadores de deficiência ou em situações críticas. Assim uma família vê crescerem os seus membros a dez ou mais pessoas em casa.

São já milhares as pessoas assim amadas e cuidadas em família.

Além das mencionadas, há muitas outras boas obras nas sociedades de hoje realizadas por movimentos, associações de féis, novas comunidades, institutos de vida consagrada, paróquias e instituições eclesiais, modernas ou antigas, em que se contemplam os prodígios do amor de Deus, à semelhança do que aconteceu “nos primórdios da pregação do Evangelho”. É preciso fazer brilhar esta luz, narrar os frutos do Evangelho de Cristo nos dias de hoje. Pode ser uma tarefa dos meios de comunicação da Igreja. Mas também das catequeses, conferências, homilias...

Assim os homens poderão conhecer como Cristo está vivo, se comunica e atua em quantos lhe abrem o coração, acolhem o seu Evangelho e acreditam.

Pe Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

A obra dos Movimentos e Associações de Fiéis http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

N

a liturgia do domingo de Pentecostes, a Igreja implora de Deus que derrame “sobre a face da terra os dons do Espírito Santo” de tal modo que se renovem “hoje na comunidade

Irmãs Clarissas de Monte Real

DIOCESE 9

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BREVES

Paróquia das Pedreiras

Dia do idoso e do doente presentes.

Seguiu-se, no Salão do Centro Paroquial um almoço convívio onde não faltou a animação musical.

No final do almoço teve lugar a recitação do terço e em simultâneo procedeu-se ao encerramento do mês de Maria, cerimónia seguida com muita emoção pelos presentes.

Foi um dia diferente para os idosos e doentes

Peregrinação a Lourdes

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A paróquia das Pedreiras, através do Grupo Sócio-Caritativo, celebrou, no passado domingo, dia 27, o Dia do Doente e do Idoso. Estiveram presentes cerca de 120 pessoas que participaram na celebração da missa dominical, solenizada para o efeito. À homilia o pároco da freguesia, padre Sérgio Fernandes, teve palavras de estímulo para os doentes e idosos

Em Junho

que participaram, onde uma grande parte teve oportunidade de ver amigos e vizinhos que não

viam desde o anterior convívio, realizado há cerca de um ano.

Armindo Vieira

Em Leiria

De 25 a 29 de Junho, o padre Joaquim de Jesus João, Pároco de Monte Redondo e Coimbrão, em colaboração com a Agência de Viagens e Turismo, Lda, “Verde Pino”, de Fátima, realiza uma peregrinação, de autocarro, ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes - França, aberta a todas as pessoas interessadas.

O preço da viagem, com tudo incluído, fica em 495,00 .

Os interessados nesta peregrinação devem fazer a sua inscrição até ao dia 10 de Junho, entrando em contacto com o referido Sacerdote pelo número 917214028 ou com a referida Agência de Viagens pelo número 249530530.

A peregrinação só se realizará havendo o mínimo de 35 peregrinos. No percurso para além de Lourdes visitar-se-á Guadalupe, Saragoça e Andorra.

Missa e procissão de Corpo de Deus A cidade de Leiria será o local onde os católicos da Diocese, como é tradição, se vão reunir numa grande assembleia para celebrar a presença de Cristo na Eucaristia, no dia 7 de junho, que a Igreja Católica dedica à solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. A celebração da Missa, presidida pelo bispo D. António Marto, será às 16h00, no jardim de Santo Agostinho. Seguirse-á a procissão pelas ruas da cidade até ao adro da Sé, com este itinerário: Largo de Infantaria 7, Rua Tenente Valadim, Largo Alexandre Herculano, Praça Goa, Damão e Diu, Largo 5 de Outubro, Largo das Forças Armadas, Rua da Vitória e Largo da Sé. Na procissão

estarão presentes as filarmónicas de Arrabal, Bidoeira, Caranguejeira, Bajouca, Chãs e Cortes, que nos honram com a sua generosa actuação e marcam o ritmo deste acto religioso.

Todos os fiéis católicos, vindos das diferentes paróquias, com as respectivas bandeiras, e também os religiosos e religiosas, são convidados a participar na celebração. Espera-se especialmente a presença dos ministros extraordinários da comunhão, dos acólitos e das confrarias ou irmandades do Santíssimo Sacramento. Participarão também os escuteiros com os seus uniformes e os acólitos vestidos com as suas túnicas. Estes deve-

rão estar na igreja se Santo Agostinho, às 15h30. Pedese às pessoas que residem na cidade, nas ruas onde se realiza a procissão que manifestem a sua fé, amor e devoção a Jesus presente na Eucaristia que passa à sua porta, com a tradicional colocação de colchas penduradas nas janelas e varandas.

A Eucaristia e a procissão com o Santíssimo Sacramento na cidade de Leiria constituem uma significativa experiência eclesial, proporcionando aos fiéis maior consciência da sua pertença à Igreja diocesana. “Na santíssima Eucaristia, - confessa a fé católica - está contido todo o tesouro espiritual

da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo” (PO 5; EE 1).

Além do significado próprio do louvor e adoração a Jesus Cristo presente na Eucaristia, a celebração reveste-se neste ano com a intenção acrescida da sintonia com a realização do 50º Congresso Eucarístico Internacional, que terá lugar de 10 a 17 de junho, em Dublin (Irlanda), sob o tema “A Eucaristia, comunhão com Cristo e uns com os outros”.

Padre Jorge Guarda Vigário Geral

Fé e Arte, um diálogo de séculos

“Por terras da Senhora do Rosário” Na sequência das visitas organizadas pelo Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, dando especial atenção ao diálogo entre a fé e a cultura, no passado dia 19 de Maio, realizou-se mais uma visita que foi denominada “Por terras da Senhora do Rosário”, contemplando locais de Fátima.

O percurso incluiu a Capela do Instituto das Filhas de Santa Maria de Leuca, a Capela do Carmelo de S. José, a Capela do Instituto

das Irmãs Oblatas Maria Virgem de Fátima e ainda o Museu de Arte Sacra e Etnologia.

Tratou-se de um percurso muito interessante que incluiu locais que habitualmente não estão abertos ao público, já que se tratava de capelas privadas de instituições religiosas para além do museu, possuidor de excelentes colecções de arte sacra e etnologia que muitos desconhecem, apesar de se tratar de um museu pertencente à Rede Portuguesa de Museus.

As belas capelas visitadas são todas elas espaços onde a modernidade da arquitectura se alia ao apelo à paz, à beleza e à proximidade com o Divino.

O programa de visitas do corrente ano pastoral terminará no dia 23 de Junho com visita ao Santuário de Nossa Senhora da Encarnação.

A concentração será às 17h00 ao fundo do escadório que leva ao santuário.

Será uma visita a mais um belo templo da cidade de Leiria, mas também um

encontro de avaliação e de convívio. Haverá ainda oportunidade para um pequeno concerto de órgão, assinalando os 200 anos do órgão que ali se encontra e que foi oferecido pela Sé, após a aquisição, em 1995, do novo órgão da Catedral.

Para mais esclarecimentos, contacte-nos pelo telefone 962540255 ou pelo mail coelhomartins@iol.pt Pelo Departamento do Património Cultural M. Filomena Silva Martins

Imagem de Nossa Senhora em Monte Real

500 anos da Paróquia

No âmbito da comemoração dos 500 anos da Paróquia de Monte Real, celebra-se o encerramento do mês de Maria com a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, nos dias 1, 2 e 3 de Junho, com o seguinte programa: Dia 1 (Sexta-feira): 20h30 – Saudação a Nossa Senhora na Igreja da Serra de Porto d’ Urso; 21h00 – Procissão de Velas para a Igreja Paroquial Dia 2 (Sábado): 9h00 às 19h00 - Oração Comunitária, dinamizada pelos grupos e movimentos da Paróquia; 21h30 – Vigília de Oração, Igreja Paroquial Dia 3 (Domingo): 10h30 – Missa Solene na Igreja Paroquial e Procissão do Adeus até ao Convento das Irmãs Clarissas.

Site do secretariado renovado

“Pastorinhos.com”

Lançado oficialmente a 4 de Abril, o site www.pastorinhos.com apresenta novas funcionalidades, que vêm responder às actuais exigências da Postulação, promovendo e facilitando o acesso à informação sobre Francisco e Jacinta, através da partilha de um vasto conjunto de informações sobre os beatos: textos, orações, imagens e filmes.

Através do site é também possível fazer o download dos boletins informativos (de 2004 até ao presente), subscrever a newsletter, assim como encomendar livros editados pelo Secretariado dos Pastorinhos.

Para uma maior difusão da vida e santidade de Francisco e Jacinta, o site está disponível em sete idiomas: português, inglês, francês, espanhol, italiano, alemão e polaco.

10 ECLESIAL

O Mensageiro 31.Maio.2012

Leituras | Solenidade da Santíssima Janela sobre a Missão Trindade (3/06/2012)

Leitura II: II Rom 8, 14-17 Aclamação ao Evangelho: Aleluia. Repete-se; Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, ao Deus que é, que era e que há-de vir. Refrão Evangelho: Mt 28, 16-20 Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Palavra da salvação.

Cânticos | X Domingo do Tempo Comum

Uma chegada, uma partida e próximas chegadas Ora saudações fraternas a todos os “manos ondjoyetu”, simpatizantes, amigos e visitantes...

Como é sabido regressei na passada quinta-feira de Angola, de uma visita rápida para o acompanhamento da inauguração da moagem, e no mesmo dia em que eu cheguei, embarcou para Luanda o jovem Jorge Fernandes, natural do Alentejo mas ligado ao grupo missionário há já alguns anos e que vai integrar a linha da frente da nossa missão por um período de três meses.

O avião que me trouxe aterrou às 16h10 e o voo do Jorge estava previsto para as 20h45. Isto permitiu que a “comitiva” que se deslocou

ao aeroporto aproveitasse para acompanhar os dois passageiros.

Informo ainda que, no dia 10 de Maio, os voluntários Inês Pereira e Amândio Évora deixaram a linha da frente, e terminando o tempo que tinham previsto dar à missão. No entanto, ainda não chegaram a Portugal pois aproveitaram estar no hemisfério sul para fazer uma pequena visita às ilhas de S. Tomé e Príncipe para conhecer aquelas paragens e contactar com alguns missionários por lá.

Ficam fotos da minha chegada e da ida do Jorge.

Descubram as diferenças!

Abraços! Tchauê!

Padre David DR

Antífona de Entrada: Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho Unigénito, bendito o Espírito Santo, pela sua infinita misericórdia Leitura I: Deut 4, 32-34.39-40 Salmo Responsorial: Salmo 32 (33), 4-5.6.9.18.19.20.22 (R. 12b); Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança. Repete-se. A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras. Ele ama a justiça e a rectidão: a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

(10/06/2012)

INÍCIO Somos um povo que caminha - Lau 799 O Senhor é minha luz e salvação - Lau 590

AO SABOR DA PALAVRA

SALMO RESPONSORIAL Junto do Senhor - Lau 461 APRESENTAÇÃO DOS DONS Ditosos os que telouvam sempre - Lau 297 Deus é amor - Lau 275 COMUNHÃO Quem fizer a vontadde de meu Pai - Lau 707 Eu vim para que tenham vida - Lau 382 PÓS-COMUNHÃO Cantarei ao Senhor enquanto viver - Lau 209 Eu canto para sempre - Lau 358 FINAL Anunciaremos Teu Reino - Lau 153 Confiarei no meu Deus - Lau 236

Pe. Francisco Pereira pe.francisco@mac.com

Solenidade da SS. Trindade 3 de Junho de 2012

Família

MISSAS DOMINICAIS

Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 09h45 – Paulo VI 10h00 - S. Francisco 10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h30 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário e Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação

É

exclusiva da Fé Cristã a afirmação de que no único Deus existe uma paternidade, uma filiação e um dom de amor. Este mistério fala-nos da riqueza de vida infinita do único Deus, que transcende qualquer compreensão, mas que se revela a cada pessoa, para a inserir na plenitude da alegria divina, em Jesus Cristo.

Na primeira leitura, Jahwéh revela-Se como

o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens, que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.

Por vezes, ao longo da nossa caminhada pela vida, sentimo-nos sós e perdidos, afogados nas nossas dúvidas, misérias e dramas, assustados e inquietos face ao rumo que a história segue… Mas a certeza da presença amorosa, salvadora e reconfortante de Deus deve ser uma luz de esperança que ilumina o nosso caminho e que nos permite encarar cada passo da nossa existência com alegria e serenidade.

A segunda leitura confirma a mensagem da primeira: o Deus em quem acreditamos não é um Deus distante e inacessível, que se demitiu do seu papel de criador e que assiste com

indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e verdadeira.

Há, ao longo da nossa caminhada pela vida, momentos de solidão e de desespero, em que procuramos Deus e não conseguimos descortinar a sua presença; mas, sobretudo nesses momentos dramáticos, é preciso não esquecer que Deus nunca desiste dos seus filhos e que nenhum de nós Lhe é indiferente.

No Evangelho, Jesus dá a entender que ser seu discípulo é aceitar o convite para se vincular com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os discípulos de Jesus recebem a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados a apresentar, a todos os homens e mulheres, sem excepção, o convite de Deus para integrar a comunidade trinitária.

Dizer que há três pessoas em Deus, como há três pessoas numa família

– pai, mãe e filho – é afirmar três deuses e é negar a fé; inversamente, dizer que o Pai, o Filho e o Espírito são três formas diferentes de apresentar o mesmo Deus, como três fotografias do mesmo rosto, é negar a distinção das três pessoas e é também negar a fé.

A natureza divina de um Deus amor, de um Deus família, de um Deus comunidade, expressa-se na nossa linguagem imperfeita das três pessoas. O Deus família torna-se trindade de pessoas distintas, porém unidas. Chegados aqui, temos de parar, porque a nossa linguagem finita e humana não consegue “dizer” o indizível, não consegue definir cabalmente o mistério de Deus.

O Deus em que nós, cristãos acreditamos, não está distante, não está no céu, não vive como se os nossos problemas, alegrias e angústias o não tocassem. Ele é o Deus connosco, o Deus que está ao nosso lado em cada dia até ao momento em que nos acolherá a todos na sua casa para sempre: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

ECLESIAL 11

O Mensageiro 31.Maio.2012

DIOCESE

PORTUGAL No Seminário Diocesano de Lamego

Em Ourém

UASP em Fórum: identidade e missão!

De 27 a 29 de Julho realizar-se-á nas Matas (Espite), Ourém o Festival de Artes e Oração.

Promovido desde 2003 pela Comunidade Cristo Betânea, o Festival tem como objectivo oferecer a todos, em particular aos jovens, uma experiência existencial espiritual, através da oração e da arte musical e outras, bem como o intercâmbio entre artistas e entre os participantes.

Do programa fazem parte espectáculos de palco e de rua, conferências, workshops, desportos, proporcionando o convívio, a alegria e a festa, promo-

DR

Festival de Artes e Oração

vendo uma visão cristã da vida humana. Vivido em contacto com a natureza, o Festival das Artes e Oração oferece aos participantes um “estágio” de “Criaturas” que em tempo de lazer ensaiam o louvor a Deus e

interagem em dinâmica de Nova Evangelização.

Embora de matriz católica (promovido por uma comunidade católica), o Festival de Artes e Oração, assim como os anteriores, é aberto a todos os cristãos,

sendo também bem-vindas todas as pessoas que não se insiram na família do cristianismo.

O Grupo organizador recebeu, através do Vigário Geral da diocese de LeiriaFátima, Padre Jorge Guarda, o apoio à iniciativa: “O Bispo diocesano faz votos de que tal realização contribua para a revitalização da fé nas pessoas… Que Nossa Senhora de Fátima e Santo Agostinho, padroeiros desta Diocese, intercedam por essa realização e a protejam.”

Pastoral Vocacional

Encontro para Namorados O Serviço Diocesano de Animação Vocacional vai realizar um encontro para namorados, no dia 14 de Junho de 2012, em Leiria.

“Descobrir o namoro e o casamento como dom e apelo divinos, isto é, como uma bela vocação dada por Deus” é o objectivo principal da iniciativa que

o Serviço Diocesano de Animação Vocacional vai organizar no próximo Dia dos Namorados, 14 de Junho, às 21h30, em Leiria.

O local será a sede do CAES - Centro de Apoio ao Ensino Superior, na avenida Marquês de Pombal, n.º 358, 1.º esq. Frente.

O encontro destina-se

aos rapazes e raparigas cristãos namorados. “Nele poderão descobrir como a fé cristã é uma mais valia para a experiência e caminho do amor que estão a viver”, refere o padre Jorge Guarda, coordenador deste serviço. A participação é livre, mas é preciso inscrição prévia, para se poder fazer

uma preparação adequada do encontro. O pedido de informação ou de inscrição deve ser feito o casal Paulo e Célia, para os seguintes contactos, até três dias antes do encontro: 962905625 ou 912028784; paulo.henri ques40@gmail.com.

Gabinete de Informação e Comunicação

Celebração de Jubileus

“Reviver e reavivar o encanto e a frescura do primeiro ‘sim’” À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, D. António Marto dirige um convite a todos os casais, sacerdotes, religiosos, religiosas e outros consagrados da diocese de Leiria-Fátima, que, durante este ano de 2012, completam 25, 50 ou 60 anos do seu matrimónio, ordenação ou consagração.

Será no próximo dia 30 de Junho, no Santuário de Fátima. O programa começa às 9h30, na capela da Ressurreição de Jesus, da Igre-

ja da Santíssima Trindade, com a apresentação e testemunhos, seguindo-se a celebração da Eucaristia e o almoço de confraternização.

No seu convite, o prelado aponta o motivo e os objectivos, dizendo que esta celebração “será um momento alto para reviver e reavivar o encanto e a frescura do primeiro ‘sim’, para celebrar o caminho percorrido e correspondido ao longo da vida, para agradecer a Deus os frutos

que, através destas vocações, suscitou ao serviço da vida e do amor, e para renovar os compromissos vocacionais.”.

Assim, as pessoas que celebrem este ano os referidos aniversários jubilares podem inscrever-se junto dos párocos ou dos responsáveis pela celebração. A organização envolve a cooperação dos serviços diocesanos das Vocações, da Pastoral Familiar e da Vida Consagrada e a direcção diocesana da

Conferência dos Institutos Religiosos (CIRP).

O desdobrável com o texto do convite, assim como a ficha e inscrição e todas as informações poderá ser consultado no site da diocese de Leiria-Fátima.

Gabinete de Informação e Comunicação

Com o seu reconhecimento canónico e civil, a UASP – União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses, diocesanos e religiosos, concluiu a fase da estruturação, e com o fórum sobre a sua identidade e missão, a realizar nos dias 22 e 23 de Setembro, no Seminário Diocesano de Lamego, dá início a uma nova fase, dedicada à reflexão e debate sobre as suas principais linhas de acção.

Para trás ficam quatro anos de intensos contactos que nos permitiram reconhecer a importância deste espaço eclesial! Eles fizeram-nos descobrir afinidades, reunir vontades, congregar esforços e realizar não só o primeiro congresso dos antigos alunos dos seminários portugueses, como pensar numa estrutura nacional, a que se chamou União, criada em Leiria a 17 de Setembro do ano passado, por iniciativa de onze Associações diocesanas e religiosas.

Com este Fórum pretende-se reflectir sobre o lugar da UASP na Igreja e na Sociedade e concretizar melhor o serviço que ela pode e deve prestar às Associadas e seus membros. Mais, conscientes do muito que recebemos, não podemos voltar-nos só para nós! O tempo que nos é dado viver exige o nosso melhor! Marcado por profundas e rápidas mudanças, pede-nos envolvimento nos trabalhos da nova evangelização e ousadia na construção de uma cultura de justiça e generosidade que leve à reinvenção da esperança!

O programa do evento divide-se em três partes: iniciaremos com uma conferência sobre Os horizontes do projecto de participação eclesial e social da UASP. Prosseguiremos com intervenções das Associações em três painéis cujos temas são extraídos do artigo segundo dos Estatutos: o primeiro painel orienta-nos para o serviço do bem comum; o segundo centra-nos no papel que deverá desempenhar esta estrutura nacional, enquanto espaço de encontro e representação; e o terceiro visa estabelecer formas de ajuda entre as associadas, no respeito pela identidade de cada uma delas. Terminaremos com uma reflexão, em pequenos grupos, que, partilhada em plenário, nos deixará pistas de acção para os próximos anos.

Para esta iniciativa convidamos não só as Associações dos antigos alunos dos seminários diocesanos e religiosos que já aderiram, como também as outras, constituídas ou não formalmente, com estatuto canónico ou civil, bem como os movimentos e grupos informais de antigos alunos dos seminários portugueses ou mesmo antigos alunos a título individual, que estejam interessados em debater as linhas programáticas desta plataforma nacional.

O Presidente da Direcção, P . Manuel Armindo Pereira Janeiro

12 ECLESIAL

Cáritas Portuguesa

Ter «bom coração» é insuficiente O presidente da Cáritas Portuguesa considera que as boas intenções deixaram de ser suficientes para assegurar a solidariedade e frisa que a Igreja Católica deve investir na “capacitação técnica”.

“Passou o tempo em que muitos julgavam que para praticar a caridade bastava ter um bom coração”, afirmou Eugénio Fonseca à Agência ECCLESIA, no âmbito da apresentação do primeiro conjunto de materiais formativos da instituição, realizada este sábado em Fátima.

O responsável realçou que o instrumento é destinado aos agentes da Pastoral Social e a quem deseje colaborar com a Igreja, “para que conheçam os fundamentos da sua acção, que é distinta de outras iniciativas de solidariedade e altruísmo e que não se identifica com o serviço social”.

O responsável sublinhou no entanto que os agentes da Pastoral Social têm de evitar o excesso de influência da formação técnica: “Não podemos mais entender uma acção social que fique apenas na preocupação de responder aos problemas; temos de ir às suas causas e, num dinamismo de libertação, tornar as pessoas mais humanas”.

“O agente da Pastoral Social é um portador de sementes da dignidade humana”, destacou o presidente da Cáritas, acrescentando que o lançamento dos novos manuais responde aos requisitos propostos pelo Papa Bento XVI na sua primeira encíclica, ‘Deus caritas est’ (Deus é amor).

Eugénio Fonseca salientou que a Igreja tem oferecido ampla formação sobre o assunto, embora “muito dispersa”, pelo que a transmissão de conteúdos essenciais “tem de ser comum a todas as dioceses”, o que não dispensa a realização de acções complementares a efectuar localmente, em resposta às especificidades de cada região.

Joana Martins, autora do módulo inaugural, dedicado à Acção Social Paroquial, referiu em declarações publicadas pelo site da Caritas Portuguesa que o conjunto de novos conteúdos é um projeto “de âmbito nacional” que pretende dar “alguma unidade em termos de espírito e prática” ao desempenho da Igreja na área da solidariedade.

A caridade, uma das dimensões essenciais da actividade das paróquias, é a que “parece estar menos apoiada em termos de reflexão”, disse ainda a licenciada em Ciências da Comunicação.

A primeira etapa da formação, lançada em papel e disponível na internet mediante a introdução de código de acesso, vai ser seguida por capítulos sobre “atendimento de proximidade” e “eclesiologia”, área da Teologia que estuda os modelos e organização da Igreja.

O plano formativo integra-se na iniciativa ‘+ Próximo’, que visa apoiar as Cáritas das dioceses portuguesas a melhorar a eficácia da acção social católica, iniciativa que Eugénio Fonseca gostaria que chegasse “a todas as paróquias”, embora esteja consciente das dificuldades.

“Temos de ser realistas: vai demorar algum tempo.

Depende da disponibilidade dos párocos”, referiu, adiantando que “os bispos percebem a pertinência do projecto e estão a acolher muito bem os objectivos que o orientam”.

O módulo inaugural da nova série de conteúdos “está pronto para ir para o terreno”, assinalou Eugénio Fonseca, que espera agora por pedidos das paróquias: “Basta haver solicitações, porque nada é para impor”.

31.Maio.2012

MUNDO Ajuda à Igreja que Sofre

Eleito Conselho de Curadores No seguimento da reestruturação da organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre em Fundação de Direito Pontifício, tal como proposto pelo Papa Bento XVI, foi constituído, a 22 de Maio de 2012, em Roma, o órgão de direcção, o Conselho de Curadores da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

Como Presidente da Fundação foi nomeado, pelo Papa, o Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero.

O Presidente Executivo da nova Fundação, Johannes Freiherr Heereman, assume o cargo de Vice-Presidente do Conselho que inclui ainda sete bispos e outros seis especialistas, que serão nomeados em breve.

Os Membros do Conselho de Curadores são: o Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Arcebispo Joseph Augustine Di Noia (EUA), o Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, o Arcebispo Hon Tai-Fa (China), o decano do “Tribunal da Rota Romana”, o Bispo Antoni Stankiewicz (Polónia), o

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PORTUGAL

O Mensageiro

Secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, o Arcebispo José Octavio Ruiz Arenas (Colômbia), o Bispo de Eichstätt, Gregor Maria Hanke (Alemanha), o Bispo de Versalhes, Eric Aumonier (França), e o Bispo de Tivoli, Mauro Parmeggiani (Itália).

Após a morte de Werenfried van Straaten, conhecido como o “Padre Toucinho”, que liderou a Obra durante décadas, o Santo Padre (que, enquanto cardeal, fez parte do amplo círculo de benfeitores da AIS), instituiu, há dois anos, uma “refundação institucional” desta Organização. A Ajuda à Igreja que Sofre foi convertida numa

Fundação Pia Autónoma de Direito Pontifício e Civil do Estado do Vaticano com uma nova estrutura de gestão. Com este acto, a ligação da Obra à Igreja Católica consolida-se a nível jurídico e reforça-se a sua importância para a Igreja universal.

A sede da Fundação continua a ser em Königstein in Taunus, na Alemanha, e os seus objectivos estatutários mantêm-se inalterados, nomeadamente “prestar auxílio de carácter espiritual e material a nível mundial naquelas regiões onde a Igreja é perseguida, onde enfrenta situações de extrema necessidade ou onde os seus membros mais necessitados sofrem”.

Outros objectivos da Fundação são o apoio ao trabalho pastoral de sacerdotes e religiosos e a promoção de diversas iniciativas de natureza eclesial.

Uma característica fundamental da Fundação é a promoção de uma família espiritual, entre os benfeitores, unida com a Igreja que sofre através da oração e sacrifício. A Fundação apoia anualmente cerca de 5.000 projectos de ajuda. Actualmente é dada particular atenção à Igreja dos países do Médio Oriente e outros países como a Nigéria ou o Sudão, onde os cristãos, muitas vezes, só podem praticar a sua fé correndo perigo de vida.

A Fundação AIS

Bento XVI

Pentecostes é bastião de «entendimento humano» Bento XVI destacou, dia 27 de Maio (Domingo) no Vaticano, a festa do Pentecostes como um bastião de “união e entendimento humano” no meio de um mundo actual marcado pela “agressividade” e pelo “egoísmo”.

Na eucaristia que recordou a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, que lhes deu a capacidade de evangelizar em várias línguas, o Papa chamou a atenção para a faceta com-

petitiva e dominadora que tomou conta do Homem, à imagem daquilo que vem descrito na liturgia deste domingo, sobre a construção da Torre de Babel.

Segundo o Papa, “é verdade que hoje aumentou a capacidade de comunicar, de obter e transmitir informação, mas aqui entra novamente Babel”.

No meio da “desconfiança” e do “medo” que marcam as relações humanas, o Pentecostes perma-

nece como uma marca de “comunhão”, uma língua de fogo que tem o dom de “transformar” aqueles que se mostram disponíveis para Deus.

A festa do dom do Espírito Santo, revivida hoje, 50 dias depois do primeiro domingo de Páscoa, lembra aos cristãos que só a força que vem de Deus permite contrariar as “fraquezas da carne” enumeradas por São Paulo, como o “egoísmo, a violência, a discórdia e a

inveja”. “Esses são pensamentos e acções que não vivem um amor verdadeiramente humano e cristãos”, sublinhou o Papa.

Para Bento XVI, o segredo de passar da dispersão de Babel para a unidade de Pentecostes está antes de mais na capacidade de cada homem acolher com humildade o “Espírito de comunhão fraterna e de verdade” que é proposto pela Igreja, em nome de Cristo.

OPINIÃO 13

O Mensageiro 31.Maio.2012

Um momento, um estado de alma contínuo ou uma predisposição genética?

Direi, um estado de alma para alguns, «pequenos grandes momentos» para outros.

«Um dia», «estou bem», «aqui vou ser feliz» são algumas das expressões ou palavras que me habituei a ouvir para designar este «sentir e modo de estar na vida».

-Ser feliz: um sonho ou uma realidade?

Um sonho que se pode transformar em realidade. Se considerarmos a felicidade como um percurso de vida gratificante, que muito nos orgulha e nos enche a alma e o coração, não a podemos encarar como algo inatingível, mas antes, uma consequência da nossa forma de estar na vida.

-Direito/dever: ser feliz todos os dias Ser/estar feliz implica um agir individual em primeiro lugar. Implica apreciar aquilo que de positivo nos acontece - um sorriso, uma mensagem, um gesto, uma conversa agradável, um local, e, também, fazermos do nosso corpo um movimento em linha recta, agirmos de uma forma construtiva e positiva, isto é, procurarmos fazer aquilo que depende de nós («e nós podemos tanto!») «O que me faz sorrir e me move diariamente?», esta é a pergunta que tantas vezes faço a mim própria. Conhecermo-nos a nós próprios torna-se imperioso! Cuidar do nosso dia-a-dia tem que ser uma prática diária. Mesmo em momentos difíceis, temos maior confiança quando nos lembramos dos desafios já ultrapassados, trazendo à consciência as nossas competências para lidar com as diferentes situações, mais ou menos exigentes.

Ser feliz passa por experimentar emoções positivas - sejam elas o prazer do momento presente, o orgulho e contentamento pelas experiências vividas e/ou a esperança e optimismo face ao futuro. O envolvimento em tudo o que se faz no nosso dia-a-dia (no trabalho, com a família ou nas actividades de lazer) e o sentido que se dá à Vida, a esta Vida - através da família, de uma filosofia de vida, de uma religião, de uma ideologia política, das escolhas profissionais que faço contribuem muito para eu ser/estar feliz, de bem com a vida.

Agora percebo e confirmo aquilo que a minha professora de Português do 10º ano habitualmente nos dizia: «Quem não sabe para onde vai, já chegou!»

Ter uma atitude optimista e positiva ajuda-nos, assim, em termos pessoais mas também profissionais.

O caminho faz-se caminhando. Todos podemos escolher ser Agentes positivamente activos na nossa vida pessoal, profissional e social. Para muitos poderá ser um sonho ou uma fórmula milagrosa, mas, eu acredito e alimento «a bela e a doce esperança», que, «a diferença está na forma de a viver».

P’la InterMEDIAR, Filipa Nogueira

Orlando Fernandes Jornalista

Tempo de austeridade Esta foi a frase que marcou a campanha do novo presidente francês, François Hollande, e que relançou o debate na Europa – Austeridade versus Crescimento.

A resposta que a Europa, liderada pela Alemanha e até há pouco apoiada pela França, tem dado à actual crise soberana assenta na neces-

sidade de austeridade – há que reduzir o endividamento dos países, especialmente os que se encontram mais alavancados, e impor regras rígidas sobre os limites da divida aceitáveis!

Será que esta resposta faz sentido quando a União Europeia como bloco está menos endividada que as outras grandes economias (82,5 de rácio dívida/PIB para a UE, contra 100% nos EUA e 208% do Japão)? Por outro lado, se os argumentos de uma política de austeridade podem ser apresentados mais facilmente, num contexto num período em que a economia global – especialmente a europeia – se encontra fragilizada, torna-se mais complexa.

Qual o melhor caminho para sair do actual impasse e permitir à economia europeia crescer de forma sustentada? E qual o caminho a que os mercados financeiros darão o seu aval?

Será o caminho do

crescimento suportado pela procura defendido por Hollande? Ou o foco deverá estar, tal como Merkel defende, no caminho da austeridade para permitir à economia “renascer” mais forte e sustentada? Ou ainda, o equilíbrio sugerido por Monti que passa por juntar a austeridade, crescimento suportado por reformas estruturais do lado da oferta e ainda o apoio da UE pelo financiamento de projecto de infra-estrutura locais.

A reunião de líderes europeus, sendo o primeiro evento de dimensão em que Hollande estará presente, pode dar alguns sinais.

Fala-se cada vez mais da necessidade de introdução de alguns elementos de crescimento para “suavizar” o acordo fiscal. No entanto, Merkel não deverá fazer grandes cedências neste campo.

A reacção dos mercados financeiros a este momento

de encruzilhada tem sido cautelosa. Tradicionalmente os mercados gostam de crescimento, portanto a introdução de uma voz em sua defesa entre os grandes da Europa deveria ser vista positivamente.

No entanto, a actual retórica política reforça a necessidade de “limpar” o excesso de dívida na economia europeia (ou pelo menos nos seus elos mais frágeis) para se poder ter um caminho mais saudável pela frente.

Os primeiros dias após as eleições francesas foram também marcados pelo aumento de incerteza trazido pelos resultados eleitorais na Grécia, pelo que se continuou a sentir um aumento da aversão ao risco.

Neste momento, e tal como tem acontecido frequentemente nos últimos tempos, aguardam-se mais sinais que, desta vez, poderão vir da Cimeira Europeia.

A propósito do Dia Mundial da Criança

Colo de Mãe Há poucos dias, uma das minhas filhas surpreendeume com uma saída que me lavou a alma. Tinha ido buscá-la à escola à hora de almoço para irmos almoçar as duas… fazer um “programa” de mãe e filha. Um programa infantil, claro está, já que ela tem apenas 4 anos e a sua maior emoção é um gelado do McDonald’s! Mas um programa importante, em que a Madalena se sente única (apesar dos irmãos) e em que tem a mãe só para ela.

A meio do almoço, enquanto partilhávamos o mesmo warp, disse-me a Madalena: “Ó mãe, a melhor maravilha era eu estar o dia todo ao colo da mãe e nunca ir ao colégio!”. Confesso que estalei de alegria! Acho que é difícil explicar o quanto nos sentimos realizadas e felizes quando dois olhos brilhantes nos olham nos olhos e nos dizem, com esta simplicidade, que nos amam, que somos importantes, que ninguém nos substitui!

A conversa continuou.

Expliquei à Madalena que

DR

Optimismo e felicidade na construção do «eu» e do «nós»

ANÁLISE POLÍTICA

a mãe tinha que trabalhar, que tinha muitas coisas para fazer e que não podia estar o dia todo com ela ao colo… que ela também tinha que aprender, crescer e ser uma mulher linda, forte e inteligente!

A Madalena foi-se convencendo… daí a pouco a conversa girava em torno do

nosso dia a dia familiar, das aventuras da escola, e o seu desejo de estar eternamente ao colo parecia desaparecer.

Cá dentro, porém, a exclamação da Madalena continuou a pulsar…

Fui pensando no amontoado de actividades que enchem o meu dia, que enchem o dia de qualquer

mulher… Não, não são um fardo, nem tão pouco me revejo na dona de casa dos anos 50! Pelo contrário: em todas elas está uma parte da minha realização pessoal, todas são um desafio onde me sinto valorizada e onde sei que dou um contributo relevante à sociedade…

Mas em todas elas – em todas – eu sou substituível!

Se eu faltar, que acontecerá?

Absolutamente nada… Mas a Madalena não terá o colo da mãe que para ela é “a melhor maravilha”.

Já no final do almoço, a Madalena voltou ao assunto: “A mãe não gostava de estar o dia todo comigo ao colo?”.

Respondi que sim. E de uma forma até então nunca sentida, percebi que a resposta era verdadeira, que não há nada que pague o colo que dou aos meus filho e que, por mais que nos queiram vender outra verdade, só nos encontramos verdadeiramente quando nos perdemos nos olhos brilhantes de uma Madalena.

Joana Gonçalves

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O Mensageiro 31.Maio.2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e cinco de maio de dois mil e doze, exarada a folhas cento e sete do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Sessenta e Quatro A, JOSÉ ALVES e cônjuge MARIA LÍVIA JORGE, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, lá residentes em Donairia na Rua de Santa Catarina, 46, Nifs: 144 470 527 e 144 470 519, declararam; Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: UM - Rústico sito em Cumieira, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, composto de terra de cultura com dezoito oliveiras e uma fruteira, com a área de três mil e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Alves dos Santos, cio sul com José Gonçalves, do nascente com José de Oliveira e do poente com Maria de Jesus Alves, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 6 045 com o valor patrimonial IMT de 736.54; DOIS - Rústico sito em Vale do Alhal, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, pinhal e mato com cinco oliveiras, com a área de dois mil e trezentos metros quadrados, a confrontar do norte com José de Oliveira, do sul com José Ferreira Constantino, do nascente com José Francisco Mariano e do poente com Joaquim de Oliveira, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 6 069, com o valor patrimonial 1MI de 357,22; TRÊS - Rústico sito em Barbeira, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, composto de terra de cultura com doze oliveiras e uma figueira, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com José Dias, do sul com Manuel Vieira Alves, do nascente com Herdeiros de Serafim Oliveira

Dias e do poente com Estrada, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 7 043, com o valor patrimonial IMT de 727,70; Que adquiriram estes prédios por compra verbal a Diamantino dos Santos, viúvo, residente em Pinheiria, Santa Catarina da Serra, Leiria (quanto ao prédio referido em UM), compra essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e três; por doação verbal de Maria de Oliveira Costa, solteira, maior, residente no mesmo lugar de Pinheiria (quanto ao prédio referido em DOIS), doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta; E por doação verbal de Joaquim de Oliveira e esposa Maria do Carmo, residentes no mesmo lugar de Pinheiria (quanto ao prédio referido em TRÊS), doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e cinquenta, todas já no seu estado de casados.

Não obstante não terem titulo formal de aquisição dos referidos prédios, foram eles que sempre os possuíram, desde aquelas datas até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaram-nos e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro em Porto de Mós, vinte e três de maio de dois mil e doze.

A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes) O MENSAGEIRO • Edição N.º 4912 • 31/05/12

Dr. Rui Castela Médico Especialista - Doenças dos Olhos Operações - Contactologia

Cartório Notarial de Leiria A cargo do Notário Pedro Tavares Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas n° 220-A de folhas setenta e seis a folhas setenta e sete verso se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia vinte e cinco de Maio de 2012.

Outorgada por Manuel Carlos Rodrigues da Silva Romão e mulher Emília de Jesus Francisco, casados em comunhão geral, naturais de Marrazes, Leiria e da Marinha Grande, residentes na Trav. do Lezirão n° 3, Gandara dos Olivais, Leiria, nif 115 319 000 e 135 129 958, na qual disseram Que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto por terra de semeadura com árvores de fruto, com duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Fernando Júnior, sul Teresa Duarte Pereira, nascente Manuel Carlos Rodrigues da Silva Romão e poente colector, sito em Porto Figueira, na freguesia de Marrazes do concelho de Leiria, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 4611, com o valor patrimonial tributário de 154,29 , igual ao atribuído; Que o prédio veio à sua posse por compra meramente verbal que fizeram por volta do ano de mil novecentos e setenta e dois aos irmãos dele Maria Cecília da Silva Romão, Celeste Rodrigues da Silva Romão casada com Joaquim do Rosário Antunes e José Rodrigues da Silva Romão.

Que, assim, vêm possuindo esse prédio como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, cultivando-o e colhendo os seus frutos, cumprindo as obrigações fiscais a ele relativas, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre o indicado imóvel.

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição do prédio.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/3 a 31/01/2011, em Leiria, vinte e nove de Maio de dois mil e doze.

A Funcionária, (Leonor Pereira) O MENSAGEIRO • Edição N.º 4912 • 31/05/12

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Ficha de Assinatura Assinaturas normal/benfeitor: 20/40 Euros (Nacional), 30/60 euros (Europa) e 40/60 (Resto do Mundo) Nome: ___________________________________________ ____________________________________________ Rua: _____________________________________________ _______________ N.º _______________ Localidade: ____________________________ C. Postal: _____ - ____________________ Telf.: _______________________________ E-mail:___________________________@_______________ Enviar esta ficha, recortada ou fotocopiada, para: O Mensageiro - Lg. Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA ou forneça-nos os seus dados através do endereço de correio electrónico jornal@omensageiro.com.pt

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

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Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt.

Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Jerónimo (CO1060), Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: jornal@omensageiro.com.pt - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171 Depósito Legal 2906831/09

Tabela de Assinaturas para 2012 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

DESPORTO 15

O Mensageiro 31.Maio.2012

federação portuguesa de futebol

II Divisão B

apuramento do campeão

3.ª Jornada 27.05.12

Tondela x Varzim (0-0) Folgou: Fátima

J 2 2 2

V 1 1 0

E 1 1 0

4.ª Jornada 03.06.12

Tondela x Fátima Folga:Varzim

federação portuguesa de futebol

III Divisão

SUBIDA “D”

10.ª Jornada 27.05.12

Sp. Pombal x Tocha (0-2) B.C. Branco x Pampilhosa (1-2) Sourense x Marinhense (4-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa B.C. Branco Pampilhosa Sourense Tocha Sp. Pombal Marinhense

J 10 10 10 10 10 10

V 7 7 4 5 2 1

E 2 2 3 1 0 0

D 1 1 3 4 8 9

Pts 41 39 34 34 23 19

Sobem à II Divisão B B.C. Branco e Pampilhosa federação portuguesa de futebol

III Divisão

MANUTENÇÃO “D”

10.ª Jornada 27.05.12

Alcobaça x Peniche (0-1) Beneditense x Riachense (3-0) Folgou Bombarralense 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º

Equipa Peniche Beneditense Alcobaça Riachense Bombarralense

J 8 8 5 8 8

V 6 3 4 2 0

E 1 3 2 3 1

D 1 2 2 3 7

Pts 34 27 25 13 4

Descem aos distritais Riachense e Bombarralense

associação de futebol de leiria

30.ª JOR. 27.05.12

HONRA

Raro momento aquele que se viveu na tarde de 26 de Maio: futebol e selecção nacional de regresso ao Estádio Dr. Magalhães Pessoa (Leiria). O público respondeu “presente” (19.323 espectadores) e vibrou a cada jogada de Cristiano Ronaldo e companhia. Pequenos e graúdos, não quiseram perder as oportunidades de ver os 23 mosqueteiros que vão estar no Euro 2012... e de aparecer na televisão. E por falar em benjamins, Nelson Oliveira, o mais novo do grupo, teve direito à maior ovação da tarde, bem como à melhor oportunidade de golo, mesmo a terminar o jogo. O guarda-redes da Macedónia defendeu e ficou tudo como no início: 0-0. Fotos: Pedro Jerónimo

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Nazarenos x Atouguiense (2-1) Avelarense x Meirinhas (4-0) Portomosense x Fig.Vinhos (2-0) GRAP/Pousos x Pedroguense (5-1) Guiense x Vieirense (3-3) Alvaiázere x Alq. Serra (0-2) Pataiense x Ansião (7-0) Marrazes x Biblioteca (3-1) Equipa Alq. Serra Portomosense Nazarenos Guiense GRAP/Pousos Pataiense Atouguiense Vieirense Marrazes Avelarense Alvaiázere Meirinhas Fig.Vinhos Biblioteca Ansião Pedroguense

J 30 30 30 30 30 39 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

V 20 19 18 19 18 15 15 10 10 10 10 9 9 8 2 2

Equipa da União Desportiva de Leiria do pós 25 de Abril de 1974, quando se jogava pelo amor “à bola”

D Pts 0 4 0 4 2 0

E 7 6 9 4 5 7 3 9 6 6 4 7 7 9 3 1

D 3 5 3 7 7 8 12 11 14 14 16 14 14 13 25 27

Pts 67 63 63 61 59 52 48 39 36 36 34 34 34 33 9 7

Campeão (sobe à III Divisão) Alqueidão da Serra Descem à 1ª Divisão Biblioteca, Ansião e Pedroguense

DR

Equipa 1.º Varzim 2.º Tondela 3.º Fátima

Na II Liga Portuguesa de Futebol Profissional?

A triste (des)União Desportiva de Leiria A época desportiva 2011-2012 da União Desportiva de Leiria não foi nada consensual, especialmente nos últimos meses que nos mostraram como um clube de futebol que conquistou num passado recente gloriosos resultados desportivos pode, de um momento para o outro, protagonizar uma das mais graves crises da sua história. A crise não foi apenas financeira mas também de ordem organizativa, com as relações institucionais que levaram o clube a sair de Leiria para jogar na Marinha Grande, não se entendendo União Desportiva de Leiria e a Leirisport, empresa municipal que gere o Estádio Magalhães Pessoa.

A maioria dos jogadores da União Desportiva de Leiria, com o apoio do sindicato que os tutela, deixaram de jogar nas últimas partidas de futebol, alegando vencimentos em atraso, desencadeando um caso que atingiu repercussões nacionais e provocando uma crise no futebol português que nos deve fazer reflectir. Afinal, como a União Desportiva de Leiria, haverá mais clubes em idênticos incumprimentos, mas não só com os seus recursos humanos também com o Estado Português que, para além de não cobrar os seus impostos a estas “catedrais” de fluxos financeiros de grande valor, ainda lhes vai passando declarações que atestam pagamentos que sabe-se lá como foram feitos.

No futebol português, o cidadão deveria pensar seriamente como é que

os clubes desportivos que devem milhões continuam a movimentar milhões, saindo os seus presidentes impunes de erros de gestão desportiva muitas vezes graves, legando aos vindouros esse pesado fardo. Mas, os que chegam parece que sabem a lição, continuando na senda de contratos milionários com jogadores e outros gastos que sinceramente não têm nexo em clubes que estão numa posição de devedores.

A União Desportiva de Leiria, recorrendo a outros jogadores (incluindo juniores), conseguiu terminar a época da primeira liga, com o resultado final previsível que ditou a sua despromoção. Assim, com a liguilha chumbada pela Federação Portuguesa de Futebol que colocaria dois clubes matematicamente despromovidos da I Liga com os 3º e 4º classificados da II Liga a jogarem por dois lugares no escalão maior do futebol, depois de João Bartolomeu ter afirmado publicamente que defendia a tese do clube ingressar nos escalões distritais do futebol.

Esperamos que o futuro da União Desportiva de Leiria seja repleto de soluções que dignifiquem a cidade e o seu desporto. Desde 1966 que na sua história conquistou inúmeros troféus e êxitos desportivos, começando no ano seguinte à sua fundação com o título de campeão distrital, alcançando pela primeira vez a primeira divisão nacional na época de 1978-1979 e tendo chegado a conseguir a proeza de um magnífico

5º lugar no escalão maior do futebol português nas épocas 2000-2001 e em 2002-2203.

Depois da inauguração do estádio Magalhães Pessoa a 19 de Novembro de 2003, preparado para o Euro 2004, a União de Leiria continuou a jogar nesta infra-estrutura desportiva.

Mas, até 2012, as relações com a empresa municipal Leirisport não foram pacíficas, com acusações, defesas e muitas fintas em ambas as partes. Seria importante ver a União Desportiva de Leiria com mais união no seu seio desportivo, entre todos os seus membros directivos, também com a cidade e todos os seus habitantes que mais deveriam apoiar um clube histórico e que muito deu a Leiria. Nem sempre se conseguem as melhores soluções mas muitas vezes a teimosia dita decisões arbitrárias ou injustas. Seria bom que a União Desportiva de Leiria jogasse na sua cidade, a urbe que viu este clube nascer e onde tantos méritos desportivos foram registados. Mas, na Marinha Grande ou em Leiria, o mais importante de todo este enredo é que a União Desportiva de Leiria se apresente na próxima época, com as suas equipas renovadas, a directiva e desportiva. A partir daqui, os bons resultados podem aparecer. Provavelmente teremos de encontrar novos métodos e refundar os valores de outrora do futebol português, onde se jogava muito mais pelo gosto da bola e não peo vil metal.

Joaquim Santos

A impotência de hoje paralisa as nossas mãos. Mas saibamos tornar a nossa angústia útil à geração que nos vai substituir. Seremos a pedra com a qual os nossos filhos farão um pilar da casa futura.

ÚLTIMA 31MAIO2012

Suhail Idris, escritor libanez [n.1925]

Movimentos e Associações eclesiais de Leiria-Fátima celebraram juntos a Vigília de Pentecostes Cerca de 250 pessoas, membros de vários movimentos e associações de fiéis da diocese de LeiriaFátima, participaram na vigília de Pentecostes, no passado dia 26 de Maio, presidida pelo Bispo diocesano.

Tendo como tema de fundo “Animados pelo Espírito, testemunhas de Cristo no mundo”, o encontro decorreu na aula magna do Seminário de Leiria, dividido em dois grandes momentos, um de oração e outro de testemunhos.

Uma apresentação multimédia sobre “as belezas do Pentecostes” deu o mote para a oração, de louvor pelos dons do Espírito à Igreja, manifestados na pluralidade de carismas e de formas de acção dos cristãos na sociedade, e de súplica para que o mesmo Espírito não deixe de suscitar nos corações a “fé firme” e o “amor ardente” que alimentam o testemunho de Cristo no mundo.

“Sinto alegria em estar convosco a celebrar esta grande vigília do Pente-

Pedro Jerónimo

Corações abertos aos dons do Espírito Santo

costes. Ela é antes de mais festa de Deus, porque Deus como Pai faz festa connosco e em cada um de nós derramando o dom do Espírito Santo nos nossos corações”, afirmou D. António Marto na sua reflexão, sublinhando que “é também festa para todos nós que experimentamos a beleza de sermos filhos de Deus, e festa para a Igreja que vai às suas origens reencontrar o Espírito que a dinamiza e

revitaliza.”

O Bispo lembrou que é essa fonte do Espírito que anima a Igreja que a distingue de uma simples organização social: “No centro da vitalidade da Igreja está a experiência pessoal de ser tocado, invadido e transformado pelo Espírito Santo, que a todos reúne no mesmo Corpo de Cristo e a todos impele a sair de si mesmos e partir em missão de O testemunhar, ao em-

penho na sociedade, a ir ao encontro dos outros, sobretudo dos que mais sofrem”.

Sem esta experiência, “a Igreja fica tolhida”, pelo que “é preciso ter abertas as portas do coração para acolher o dom do Espírito”, concluiu D. António.

No momento de partilha de testemunhos, a primeira intervenção foi de um casal do CPM – Centro de Preparação para o Matrimónio, que partilhou como o seu

serviço neste movimento os ajudou a “descobrir e viver a beleza e alegria do sacramento do amor”.

Também um membro dos Focolares testemunhou como este movimento ajuda, pelo carisma da unidade, a levar o Evangelho a “penetrar nos variados âmbitos da vida humana e da sociedade, como água que inunda os campos e os irriga tornando-os férteis”.

Uma terceira experiência

foi apresentada pelo grupo missionário Ondjoyetu, sobre a sua actividade no Gungo (Sumbe), em Angola, em que a evangelização passa também por “levar às pessoas ajudas para a sua subsistência e desenvolvimento económico, cuidados de saúde, ensinamentos e apoios à maternidade e à educação das crianças e dos jovens”.

Numa palavra final, D. António Marto aproveitou para partilhar o recente contacto como com uma nova comunidade cristã de origem italiana, constituída por famílias e pessoas consagradas que acolhem com os filhos naturais outras crianças e jovens portadores de deficiência ou em situações críticas e agradeceu a todos a presença e o testemunho com que enriqueceram a celebração.

A vigília contou com a animação musical do coral da igreja de Santo Agostinho, de Leiria, e de um grupo de escuteiros da paróquia do Arrabal.

Gabinete de Informação e Comunicação de Leiria-Fátima

Na campanha de recolha do passado fim-de-semana

Bancos Alimentares Contra a Fome angariam 2644 toneladas Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram no passado fim-de-semana um total de 2644 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1655 superfícies comerciais de todo o País.

Tanto as quantidades recolhidas como o número de voluntários envolvidos ultrapassaram todas as expectativas. Em termos de quantidades, os resultados excederam em 13,7% os atingidos no ano passado por esta altura do ano, pese embora a evidente contracção do rendimento disponível e do poder de compra dos portugueses. Já no tocante a voluntários, os cerca de 37 mil que responderam à chamada, constituiu um recorde absoluto, confirmando que esta iniciativa de voluntariado não tem, ao nível da dimensão, qualquer paralelo no nosso País.

Os portugueses – e em particular a sociedade civil – responderam de forma positiva ao desafio do lema desta campanha, provando que “maior do que a crise que nos bate à porta, é a solidariedade dos portugueses”.

“As quantidades de géneros recolhidos e o número extraordinário de voluntários envolvidos mostram que as pessoas responderam ao apelo e quiseram demonstrar que, apesar da profunda crise económica que afecta tantas famílias portuguesas, não se conformam com a situação e estão disponíveis para reagir e para ajudar a minorar as dificuldades. Os portugueses querem e podem, na medida das suas possibilidades e quando os projectos são claros e mobilizadores, contribuir de uma forma construtiva, coesa, cívica e solidária para a resolução dos problemas”,

afirmou Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Voluntariado em acção Mais de 37 mil voluntários disponibilizaram algum do seu tempo durante o fim-de-semana para participar na campanha de recolha. Tarefas como a recolha nos estabelecimentos comerciais, o transporte, pesagem e separação dos produtos, foram integralmente asseguradas por voluntários, confirmando, assim, a adesão entusiástica ao projecto dos Bancos Alimentares Contra a Fome. Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos a partir da próxima semana a mais de 2.100 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a 337 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes

ou de refeições.

Ao longo da próxima semana, até 3 de Junho, haverá ainda a possibilidade de contribuir para os Bancos Alimentares Contra a Fome online, no site www.alim entestaideia.net, a plataforma de recolha de alimentos na Internet. Prossegue também até 3 de Junho a Campanha “Ajuda Vale”, nas lojas Pingo Doce/Feira Nova, Dia/Minipreço, El Corte Ingles, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl e Modelo/Continente, onde serão disponibilizados, em suportes próprios, cupões-vale de produtos seleccionados (azeite, óleo, leite, salsichas, atum e esparguete).

Alguns dados da actividade A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Para além das campanhas

de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem, diariamente, excedentes alimentares doados pela indústria agro-alimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores.

São assim recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição. Estes excedentes são recolhidos localmente e a nível nacional no estrito respeito pelas normas de higiene e de segurança alimentar. Deste modo, para além de combaterem de forma eficaz as carências alimentares, os Bancos Alimentares Contra a Fome lutam contra uma lógica de desperdício e de consumismo, apanágio das sociedades actuais.