4883#OMENSAGEIRO#10NOV

DOCUMENTO

10 NOVEMBRO 2011 ANO 98 - N.º 4883 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

P. 8

PADRE VÍTOR MIRA REGRESSA A ANGOLA

FUNDADO EM 1914 DESTAQUE

Na passada terça-feira, o padre Vítor José Mira de Jesus partiu para Angola, onde deverá dar continuidade ao projecto missionário que a diocese de Leiria-Fátima está a desenvolver no Sumbe. O padre Vítor foi o iniciador deste projecto e, depois de algumas passagens por aquelas terras, volta agora por um período mais longo, possibilitando desta forma o regresso do padre David Nogueira à nossa diocese. A missão do Sumbe prepara-se, entretanto, para receber a visita de D. António Marto, em Janeiro de 2012. O Mensageiro esteve à conversa com o padre Vítor antes da sua partida. Páginas 2 e 3

CULTURA

No Orfeão de Leiria | P. 5

Crianças convidadas à descoberta da “Selva Musical” Em Dezembro | Última

Vem aí uma nova edição do Couseiro SOCIEDADE

Ourém em Bogotá | P. 6

III Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos Já inaugurados | P. 7

Gavetões aumentam Cemitério de Leiria ECLESIAL

Regueira de Pontes | P. 9

Na visita pastoral do Bispo, o destaque para a bênção da nova igreja das Chãs

DR

“COMIGO VÃO TODOS OS QUE SENTEM ESTE PROJECTO COMO SEU” SUPLEMENTO

Nesta edição, um suplemento de 8 páginas sobre o tema “Reinventar a imprensa”

2 DESTAQUE

O Mensageiro 10.Novembro.2011

EDITORIAL EDITORIAL

prui@iol.pt

Em plena semana dos seminários e na alegria sentida pela ordenação de um novo sacerdote, a diocese de Leiria-Fátima vê partir em missão um outro membro do presbitério. O Pe Vítor José Mira de Jesus regressa a Angola, ao Sumbe, onde por sua iniciativa se desenvolve uma missão de evangelização.

Todas as partidas causam dor e saudade. Para os que vão e para os que ficam uma mistura de sentimentos provoca uma nostalgia que por vezes provoca arrependimentos de última hora. Mas esta partida deveria provocar em todos uma miscelânea de sentimentos contrários aos mais vulgares. De facto não há aqui aqueles que partem e aqueles que ficam. Todos partem e todos ficam, porque o missionário é sempre um enviado em nome de alguém e por isso leva consigo todos os que o enviam. Ao mesmo tempo, ele não parte, apesar da ausência, porque o trabalho que desenvolve lá longe é uma perfeita continuação do trabalho desenvolvido aqui perto.

Toda esta corrente de sentimentos e de acções precisa ser bem entendida pela Igreja, e no nosso caso pela diocese, na pessoa O projecto dos crentes. Na realidade missionário da o projecto iniciado pelo nossa diocese grupo missionário dioceé, porventura, sano tem-se desenvolvido dos projectos com esforço, dedicação e mais sólidos que entrega dos mais direcenvolvidos. Por temos, e só por tamente vezes mesmo contra vozes isso mereceria e ideias próprias de Velhos da nossa parte do Restelo, que parecem maior empenho e muito preocupados com interesse. o aqui e agora, mas que na verdade não entendem nem o presente nem o futuro. Ao longo dos anos, temos acompanhado todo o trabalho missionário desenvolvido em Angola pelo grupo diocesano. O Mensageiro tem feito eco constante, passo a passo, desse trabalho. Cremos conhecer uma grande parte das dificuldades, dos êxitos e dos fracassos. E é com a consciência de tudo isso que assumimos a ideia de que a diocese, os cristãos, ainda não acordou para esta realidade. Não a sente ainda como sua, não a acompanha, e não acredita nela. Não por falta de divulgação ou de uma atitude verdadeiramente missionária dos mais directamente envolvidos, mas por manifesto desinteresse da nossa parte. Envolvidos no tempo e no espaço presente, deixamos passar ao lado o que se vai fazendo mais longe. E no entanto a obra é de todos nós e nela estamos todos comprometidos.

O projecto missionário da nossa diocese é, porventura, dos projectos mais sólidos que temos, e só por isso mereceria da nossa parte maior empenho e interesse.

Na hora da partida do Pe Vítor Mira, forçado a regressar por não haver outro voluntário, O Mensageiro felicita-o pelo trabalho já realizado e encoraja-o para o trabalho ainda a realizar.

DR

Rui Ribeiro

A diocese em missão

Padre Vítor Mira regressa a Angola

“Comigo vão todos os que sentem este projecto como seu” Na passada terça-feira, o padre Vítor José Mira de Jesus, partiu para Angola, onde deverá dar continuidade ao projecto missionário que a diocese de LeiriaFátima está a desenvolver no Sumbe. O padre Vítor Mira foi o iniciador deste projecto e depois de algumas passagens por aquelas terras, volta agora por um período mais longo, possibilitando desta forma o regresso do padre David Nogueira. A missão do Sumbe prepara-se, entretanto, para receber a visita de D. António Marto, em Janeiro de 2012. O Mensageiro esteve à conversa com padre Vítor antes da sua partida.

A missão do Sumbe tem já um percurso estruturado, desde os seus primeiros passos. De forma resumida, como apresentaria este percurso?

No Sumbe está situada a casa de apoio à equipa missionária que trabalha no Gungo. Entre 2006 e 2007 foi construída a primeira fase e neste ano 2011 estamos a concluir esse projecto, criando assim melhores condições de acolhimento

para voluntários, visitas e outros missionários que ali passam.

No Sumbe a nossa equipa missionária colabora em algumas actividades de cariz formativo e em acções pontuais que nos são pedidas. Mas o essencial do nosso trabalho missionário é realizado na comuna do Gungo, uma área montanhosa com 2.200 km2 e cerca de 25.000 habitantes dispersos por mais de 80 aldeias.

E qual a situação actual da missão no Gungo?

Desde que iniciámos o nosso trabalho de forma contínua no Gungo que o nosso trabalho se articula em duas frentes: uma de cariz mais religioso e que tem a ver com o acompanhamento espiritual da comunidade com a consequente organização das comunidades, catequese, formação a vários níveis, celebração dos sacramentos, etc. Desenvolvemos esta acção a nível local, com visitas às principais aldeias e também a nível central com a deslocação das pessoas até ao local

onde começa a funcionar a nossa missão. A outra vertente, que também é de evangelização, é mais social com o apoio às crianças e suas famílias, formação para os Direitos Humanos e deveres de cidadania, acompanhamento dos jovens. Na dimensão mais material também damos apoio à comunidade com um camião todo o terreno que transporta bens entre a cidade e as aldeias, permitindo assim o acesso a bens de primeira necessidade e o escoamento dos produtos agrícolas. Temos cantinas (uma espécie de lojas sociais) a funcionar que permitem às pessoas ter alguns bens a um custo que lhes seja acessível. Se Deus quiser, em breve entrará em funcionamento a primeira moagem mecânica do Gungo graças ao “Projecto Grão a Grão” e ao apoio de um mecenas; já adquirimos a máquina e as instalações onde vai funcionar estão quase prontas.

Estamos ainda a orientar a construção de uma nova capela com novas técnicas de construção numa das principais aldeias.

Temos em marcha uma acção de formação na área da construção que inclui o fabrico de “BTC” (Blocos de Terra Comprimida), com materiais locais e que vão permitir dar outra qualidade à construção dos edifícios.

Também enviámos recentemente moldes e uma betoneira para fazer manilhas para poços e cisternas, um projecto que conta com o apoio das crianças da nossa diocese do último Advento.

O que falta fazer na missão do Gungo? Qual o objectivo da missão?

No Gungo vive um povo muito humilde, acolhedor e alegre. A guerra afectou muito esta comunidade e as próprias condições naturais (com grande isolamento e a grande distância dos centros urbanos) fazem com que seja um povo muito sofrido e necessitado de uma mão que o ajude a caminhar. Sentimos que aquele vê a nossa presença como uma bênção. Até agora o nosso trabalho tem sido mais itinerante, passando pelas muitas aldeias.

DESTAQUE 3

O Mensageiro

10.Novembro.2011ro.2011

Regressar a Angola estava nos seus projectos? Porque regressa?

Sempre manifestei disponibilidade para regressar a Angola, caso fosse necessário. Temos uma geminação por dez anos e acho que a devemos levar até ao fim.

O meu trabalho tem sido na retaguarda a preparar e enviar outros missionários e a angariar apoios para este projecto. Inicialmente tinha-se pensado que o padre David iria por três anos e que depois alguém o iria substituir (existiam alguns dados que apontavam nesse sentido). No entanto, tal expectativa acabou por não se concretizar. Sendo necessário o P. David regressar (já vai no sexto ano de missão), disponibilizei-me para partir.

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A visita anunciada do senhor D. António em Janei-

ro é importante? Porquê?

Achamos esta visita muito importante e para nós é motivo de grande alegria. Existindo uma geminação entre as dioceses, achamos que faz todo o sentido o Sr. Bispo visitar os padres e leigos que estão em missão. Por outro lado, também dá um sentido mais eclesial e diocesano a esta geminação. O próprio povo do Gungo sentirá outra força e coragem na caminhada que está a fazer com o apoio da nossa diocese. Tem sido ele o primeiro a “reclamar” esta visita. E acho que o Sr. Bispo também vai gostar muito, tanto mais que esta será a sua primeira visita a África.

O projecto missionário no seu conjunto parece algo de sólido na diocese.

Sente isso ou na verdade estamos ainda longe de sentir a missão como desafio da fé?

Estamos a fazer um caminho e, como em todos os caminhos, há altos e baixos, momentos de fulgor e de alguma quebra, circunstâncias em que tudo parece fazer sentido e estar no bom caminho e outras em que parece que tudo pode desmoronar de um momento para o outro. A nossa grande força é sentir que este é um projecto querido e abençoado por Deus em que até as próprias dificuldades são momentos importantes para a consolidação e passos seguintes.

Este é um projecto de

evangelização da diocese como existem outros. Nem se pode viver em função dele, nem se pode ignorar. Às vezes esperávamos um pouco mais, mas também reconhecemos que sem o apoio da diocese e dos diocesanos (e até de fora dela) nada do que se tem feito seria possível. Mas sentimos que há um caminho que se vai fazendo e uma cada vez maior abertura e colaboração. Viu-se de uma forma muito especial na última campanha de Advento pela mobilização que gerou os resultados materiais.

Que sentimentos passam no seu coração no momento de partir?

Partir custa sempre pois deixa-se família, amigos, o nosso meio, conforto, etc.

Por outro lado, há como que uma tensão que me faz sentir que também regresso a uma casa e a uma família que também é minha, ainda que de outro modo. Desde o momento em que percebi que essa era a vontade de Deus, não faz sentido olhar para o passado ou ficar a pensar no que deixo. Sinto nesta partida a parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa.

A missão é um desafio que compromete a vida toda.

Concorda com a ideia de que os mais jovens vêem a missão apenas como uma experiência passageira de voluntariado sem compromissos duradouros?

A todos os níveis os compromissos duradouros

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Logo que a segunda fase da casa da missão no Sumbe esteja concluída, iremos apostar na Donga (que fica a 130 km do Sumbe – 80 de asfalto, 50 de picada) para fazer dela o centro de todas as acções que desenvolvemos junto da comunidade. O objectivo da missão é levar o amor de Deus à vida e relações entre as pessoas procurando para isso dignificar a sua condição de filhos de Deus e ajudando-as a libertaremse de tudo o que perturba ou destrói essa condição.

Não sabemos onde podemos chegar, o importante é estar a caminhar.

hoje são difíceis. Há muita gente que faz da vivência missionária apenas mais uma experiência. Mas também há outros que se deixam moldar por aquilo que viveram e isso influencia a sua vida. Não é por acaso que neste momento temos na missão quatro voluntários “repetentes” e também é gratificante que alguns dos que regressam continuam ligados a este projecto e espírito missionário. Mas, claro, como nos ensina a parábola do semeador, nem toda a semente cai na boa terra.

E que respostas darias aos que vêem a saída para a missão como uma espécie de fuga do ambiente concreto em que vivemos (também ele terreno de missão)?

Não é por acaso que normalmente antes de alguém partir em missão neste projecto necessita de um tempo de integração no grupo Ondjoyetu, formação e discernimento.

Quem partir em missão com o sentido de fuga ou

de que vai para algo melhor do que tem aqui, não deve ir. Às vezes são os próprios interessados a descobrir isso (também com a nossa ajuda). Costumo dizer que a Missão tem tanto de fascinante como de dureza e esta é o que vem primeiro.

Só quem sobe a montanha do despojamento pode sentir a alegria de chegar ao topo e ver as maravilhas que Deus faz. Por vezes, até pelos testemunhos entusiasmados dos missionários, há uma ideia idílica da missão. Ela é de facto bela, mas também exigente. Tem que se ter razões muito fortes para se fazer o que se faz.

Alguma palavra final na hora da despedida?

Agradeço a Deus esta vocação e peço-lhe que pelo meu testemunho e dos outros missionários suscite outras entre padres e leigos. Às vezes tenho pena de ver as pessoas entretidas e até aborrecidas com assuntos tão insignificantes, quando há coisas tão belas para fazer. Quando nos damos a

Deus vemos as maravilhas que Ele faz através de nós e dos outros.

Agradeço ao Grupo Missionário Ondjoyetu o apoio que é para esta missão e todo o trabalho que desenvolve aqui na retaguarda e o belo testemunho que dá, sem esquecer os “Mil & Tal Amigos”. Uma palavra de gratidão por todo o apoio que este projecto tem merecido de tanta gente, às vezes com muito esforço e amor. Quantas pessoas rezam por nós e nos acompanham com a sua generosidade; também por tanto gesto de apoio, carinho e incentivo, a começar pelas paróquias por onde tenho passado.

Já tenho dito que comigo vão todos os que sentem este projecto como seu. E também podem contar com os meus textos, filmes e postagens no blogue e site que está para entrar em funcionamento. Conto com a oração e apoio de todos.

Rui Ribeiro

4 FÉ / CULTURA

O Mensageiro 10.Novembro.2011

No “Atelier 19 – Fotografia” em Alcobaça

Teatro Miguel Franco - Leiria •”Partículas Elementares” - marionetas (~30/11) Edifício Paços do Concelho - Leiria •”Passe, cidadão!” (~30/11) m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria •”Oficina do Olhar” (exposição permanente) Célula e Membraba/a9)))) - Leiria •”Nora. Eine Idyle” - pintura e desenho de Jochen Dietrich (~2/01) •”A cassete das nossas vidas”- Pedro Serrazina e Natalie Woolf (~30/1) Casa-Museu João Soares - Cortes •”Os grafitos medievais do Mosteiro da Batalha” (~31/12) Museu Joaquim Correia - Marinha Grande •”Retratos” (3ªs~6ªs)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS

Teatro Miguel Franco - Leiria •”Alfanui - O Eco dos Montes” (19/11, 16h00) m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento - Leiria •”As primeiras imagens animadas” - teatro de smbras (10/11, 10h00) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Os vizinhos da casa azul” - hora do conto (3ªs, 11h00 e 5ªs, 15h00)

M|i|mo recebe conferência

Danças e outros m|i|mos Todas as quartas-feiras até ao dia 23 de Novembro, o m|i|mo é palco da iniciativa “Às Quartas, Danças e outros MIiImos”. O objectivo é promover o encontro de pessoas que gostam de dançar acompanhadas, numa acção da responsabilidade da professora e animadora de danças do mundo Eunice Caetano.

O chá é o pretexto e marca a hora do encontro, às 15h30, que se inicia com uma visita ao Museu. Além de dança, os mais idosos podem recordar memórias antigas a partir de fotografias e filmes da colecção, que são o mote para uma conversa animada.

Ricardo e a jornalista Aline Duarte efectuaram, respectivamente, o registo de imagem e som em redor de uma das muitas unidades fabris daquele concelho,

em avançado estado de decadência: a “Olaria de Alcobaça, Lda”. Fundada em 1927 por Silvino Ferreira da Bernarda, António Vieira Natividade e Joaquim Vieira

Natividade, a unidade está situada na cerca conventual do Mosteiro e foi encerrada em 1988.

Deste trabalho resultou um conjunto de fotografias que sugerem uma reflexão sobre a evolução da cidade e o registo de testemunhos na primeira pessoa de antigos colaboradores e do filho de um dos fundadores, João da Bernarda.

A ver e ouvir até 26 de Novembro, no “Atelier 19”, na rua Dr. José Nascimento e Sousa, número 19, em Alcobaça. De segunda a sábado, das 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 19h30.

Na Casa-Museu João Soares, em Cortes

Exposição de António Pedro Vicente

“Luz no cinema”

No dia 12 de Novembro, pelas 17h00, o m|i|mo museu da imagem em movimento, recebe a conferência “Luz no cinema”, integrada no Ciclo de Palestras “O fascínio do Olhar”.

“Não há sombras sem luz”, é o mote desta conferência que se traduz numa conversa com Rui Poças, director de fotografia de filmes como “Aquele querido mês de Agosto”, “Morrer como um Homem” ou “Odete”.

Nesta conversa com os participantes na conferência, Rui Poças irá falar sobre o trabalho de “imagem” na “escrita” de um filme, bem como da importância da luz, das sombras e do diálogo destes dois elementos fulcrais na imagem.

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EXPOSIÇÕES

Criado para a Mostra de Arte Experimental – Rabiscuits 2011 – o projecto “A Fábrica”, de Jorge Ricardo e Aline Duarte, pode ser apreciado no “Atelier 19 – Fotografia”, em Alcobaça.

“A Fábrica” pretende apresentar “uma abordagem artística e estética ao património industrial da cidade de Alcobaça”. Segundo os autores, “resgata para o tempo de hoje uma memória ainda muito presente na comunidade local, que o desenvolvimento urbanístico quer apagar do futuro”.

Ao longo de várias semanas, o fotógrafo Jorge

Assinalando o 133º aniversário do seu nascimento, a Fundação Mário Soares inaugura uma exposição da Colecção António Pedro Vicente, no próximo dia 17 de Novembro de 2011, às 18h00, na CasaMuseu - Centro Cultural João Soares, na freguesia de Cortes.

João Lopes Soares, Patrono da Casa-Museu a que dá o nome, foi uma

figura destacada do movimento republicano, tendo desempenhado diversas funções públicas após a implantação da República, e um pedagogo eminente, distinguindo-se pela participação activa em relevantes projectos educativos.

Constituída por centenas de peças, a Colecção António Pedro Vicente, propriedade da Fundação Mário Soares, retrata de forma

exemplar de uma época em que a propaganda política conhecia verdadeiro esplendor, representando ou satirizando acontecimentos e protagonistas.

Na mesma ocasião será apresentado o catálogo completo da Colecção, intitulado “Enfim, A República”, com textos de Mário Soares, António Pedro Vicente, Henrique Cayatte e Alfredo Caldeira.

Exposição em Alvaiázere

Pintura de Margarida Herdade Lucas Foi inaugurada no passado dia 4 de Outubro, na Biblioteca Municipal de Alvaiázere, uma exposição de pintura de Margarida Herdade Lucas, subordinada ao tema "Em tom de Lua maior", que estará patente até ao dia 25 de Novembro.

A pintora é licenciada em História e tem-se dedicado também à investigação nas áreas da História e História de Arte. Para além de desenhar e pintar desde a infância, sempre se dedicou à poesia e à música, sendo co-autora com Miguel Portela de vários livros e de diversas

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Teatro Miguel Franco (Leria) • CISNE | Drama | de Teresa Vilaverde | c/ Beatriz Batarda, Miguel Nunes, Israel Pimenta | 10 de Novembro, 21h30 • BANKSY - PINTA A PAREDE! | Documetário | de Thierry Guetta | c/ Banksy, Thierry Guetta, Debora Guetta, Space Invader | 14 de Novembro, 21h30 e 15 de Novembro, 18h30 e 21h30 Cine-Teatro de Monte Real (Leiria) • RIO| Animação | de Carlos Saldanha | 12 de Novembro, 21h30 e 13 de Novembro, 15h30

“A Fábrica” revela património industrial

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CINEMAS

exposições itinerantes. Fez ainda pesquisa em música, literatura e etnografia locais e realizou e participou em espectáculos de teatro e de música desde 1993.

Na sua intervenção, a autora reiterou que a

mensagem transmitida por uma obra de arte, qualquer que seja, tem a enorme capacidade de nos abrir horizontes e provocar interpretações diversas. "A arte dilata os nossos sentidos para além daquilo

que ouvimos ou tocamos, vemos ou saboreamos, iniciando-nos numa viagem por caminhos muitas vezes desconhecidos".

A noite foi ainda animada pelo grupo Vanda Santos Acústico que ditou as notas musicais num ambiente tranquilo e adequado para apreciar os quadros expostos.

Tratou-se, pois, de um momento especial em que as paletas de cores se entreteceram com as restantes manifestações artísticas a convidar para uma incursão ao mundo fantástico da imaginação e dos locais retratados em cada tela.

CULTURA 5

O Mensageiro 10.Novembro.2011

História e Património da Alta Estremadura congresso, além das conferências inaugurais, foi possível apreciar a exposição fotográfica “Memórias com Presente: Património Rural de Fátima e Ourém” apresentada pela Associação Fátima Cultural (AFAC).

O segundo dia de trabalhos terminou com a apresentação do livro “O Diário “Perdido” da autoria de Mário Rui Simões Rodrigues que apresenta o registo histórico da viagem de José Cornide por Espanha e Portugal no ano de 1772, onde constam descrições da sua passagem pela zona de

Leiria e arredores.

A sessão de encerramento do “1º Congresso de História e Património da Alta Estremadura” foi presidida pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ourém, José Manuel Alho cuja declaração “enalteceu o trabalho desenvolvido por todos os intervenientes na organização desta iniciativa e reforçou a convicção de que o sucesso da primeira edição só poderia resultar na construção de uma dinâmica de futuro capaz de desenvolver novos projectos e afirmar

sem hesitações uma nova atitude em relação à História e Património da Alta Estremadura”.

Este congresso só foi possível graças à iniciativa conjunta do Centro do Património da Estremadura (CEPAE), do Município de Ourém e do Centro de Formação “Os Templários”, contando ainda com a colaboração da Associação Fátima Cultural (AFAC), Associação de Defesa do Património Al-Baiaz, Associação dos Amigos do Mosteiro de Alcobaça e Património e Desenvolvimento da Nazaré.

“Zero|Cinco” convida pais e crianças para oficina musical

Pequenos exploradores embarcam à descoberta da “Selva Musical” O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) vai realizar uma nova oficina integrada no projecto “Zero|Cinco”, em que pais e crianças são convidados a desbravar a “Selva Musical” com música, jogos, ritmo e movimento. A oficina destina-se a crianças entre os zero e os cinco anos, com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento das suas competências físicas, intelectuais, pessoais e relacionais, e realiza-se no dia 12 de Novembro, sábado, na sala polivalente do OL CA, na Avenida 25 de Abril, em Leiria.

Utilizando uma lingua-

gem adaptada às crianças, serão realizados vários exercícios que contribuem para o seu desenvolvimento intelectual, mas também para o reforço dos laços com os pais e familiares, num momento musical único e emocionante. Sandra Perpétuo, professora e coordenadora do projecto, salienta o papel central da música neste projecto que «funciona como catalisador do desenvolvimento cerebral, emocional e social dos mais pequeninos».

O objectivo desta iniciativa passa por despertar a sensibilidade e a expressividade musical das crianças

que irão ouvir, imitar, improvisar e criar, associando som e movimento. «Estas sessões envolvem melodias simples que serão enriquecidas com falas, balbucios e cantos ritmados, que resultam da ligação natural entre a linguagem materna, a linguagem do bebé e a linguagem musical, e que irão proporcionar momentos de interacção entre as crianças e os seus acompanhantes» explica Sandra Perpétuo.

O projecto “Zero|Cinco” tem mais de uma década de existência e foi pioneiro em Portugal no estabelecimento de um programa regular de música para bebés e crianças

até aos cinco anos de idade.

Este projecto pressupõe a participação regular, activa e criativa de bebés e crianças, e dos seus familiares, promovendo o fortalecimento relacional, tendo a música como elemento central de partilha e aprendizagem.

O “Selva Musical” é integrado no projecto “Zero|Cinco” terá lugar na sala polivalente do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes, no dia 12 de Novembro, das 10h00 às 10h45, para as crianças com idades entre os três e os cinco anos, e das 11h00 às 11h45, para bebés entre os zero e os 35 meses.

Primeira edição

Concurso “Montra d’Arte” O Natal é tempo de reflexão e de festa, mas é também de oportunidade de negócios. Os centros urbanos ganham nova vida e tornam-se mais visíveis, logo é uma excelente oportunidade para os estabelecimentos comerciais mostrarem o seu dinamismo e reforçarem a sua imagem. É neste contexto que a ACILIS promove a primeira edição do Concurso “Montra d’Arte” com o tema de Natal a decorrer de 7 a 25 de Dezembro nos concelhos de Leiria, Batalha e Porto de Mós.

IPJ de Leira apresenta exposição de pintura

“7 obras-primas de 7 génios”

Até 15 de Novembro, está patente ao público, na Direcção Regional do Centro do IPJ de Leiria, uma Exposição de Pintura intitulada “7 obras primas de 7 génios da pintura” Esta exposição tem por objectivo dar a conhecer aos jovens e público em geral Juan Mirró, Salvador Dali, Pablo Picasso, Marc Chagall, Leonardo Da Vinci, Vicent Van Gogh, Harmenszoon Rembramdt e as suas pinturas, que fizeram história na cultura mundial.

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A importância do conhecimento da história e património para a identidade local e para o desenvolvimento regional, nomeadamente no que ao distrito de Leiria e concelho de Ourém diz respeito, constituiu o mote para a realização do “1º Congresso de História e Património da Alta Estremadura”, que se realizou no passado fim de semana e que contou com a participação de mais de uma centena de participantes ao longo dos três dias de trabalhos.

No primeiro dia do

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Sucesso em congresso do CEPAE

11 de Novembro

Concerto Utter No dia 11 de Novembro 2011, pelas 21h30, no Teatro Miguel Franco, em Leiria, realiza-se o concerto dos Utter. A organização é da Metamorfose- Hábitos em Mutação-Associação Cultural, com o apoio da Câmara Municipal de Leiria.

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Alcobaça | XIII Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais A apresentação oficial da XIII Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais à comunicação social decorreu esta tarde, 31 de Outubro, no Cine-Teatro de Alcobaça.

O desafio está lançado. Viajar pelo tempo para descobrir a origem da doçaria conventual, a essência dos ovos, dos hábitos dos monges e das monjas cistercienses, até que se revelem todos os pormenores escondidos entre as delícias conventuais apresentadas na arte, que em

Portugal teve origem no século XV, que consiste na confecção de bolos compostos por grandes quantidades de açúcar e gemas de ovos.

Um cenário que se encaixa na perfeição nas cozinhas, nos fornos ou mesmo nos balcões decorados de amarelo-torrado que acolhem a Mostra de 17 a 20 de Novembro, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, e que espera receber mais de 35 mil habitantes. Um evento carimbado com a Menção Honrosa nos Prémios Turismo de Portugal

2010, na categoria de Melhor Evento, durante a Feira Internacional de Turismo (BTL).

O presidente da autarquia, Paulo Inácio, considera que o evento terá uma vez mais o reconhecimento merecido com a presença de uma grande moldura humana, relembrando que a autarquia “quer receber a população com muito amor” sendo este o pontapé de saída para a afirmação da nova imagem do concelho “Dê lugar ao Amor”.

6 CULTURA / SOCIEDADE Encontro da Rede de Bibliotecas Escolares do concelho de Leiria Nos dias 18 e 19 de Novembro, realiza-se o “IV Encontro da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares”, para professores bibliotecários, outros professores e educadores do concelho de Leiria e concelhos limítrofes, sob a temática “wwwlerpontoescola”.

Considerando as novas tecnologias como uma realidade da sociedade de informação em que vivemos e, sendo estas um instrumento essencial para intervir na promoção e formação de leitores, debater-se-á a questão da leitura digital, a gestão de conteúdos electrónicos, a dimensão ética de pesquisa e os vários suportes físicos da leitura de ecrã.

Este encontro, que pretende proporcionar momentos de reflexão sobre boas práticas de leitura, com projectos desenvolvidos nas bibliotecas, bem como a leitura em novos suportes, é organizado pela Biblioteca Municipal de Leiria, em conjunto com o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e o Grupo de Trabalho Concelhio das Bibliotecas Escolares. Apoiam ainda a iniciativa a Arquivo Livraria, o Centro de Formação Leirimar e o Centro de Rede de Cooperação e Aprendizagem da Batalha.

Nova valência cultural e artística

Conservatório do Orfeão de Leiria abre as portas ao teatro O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) vai incluir formação em expressão dramática entre as valências que oferece aos seus alunos, através da realização de oficinas de teatro dirigidas a crianças entre os seis e os dez anos, e a jovens entre os dez e os 18. A instituição acrescenta agora as artes de palco à música e à dança, promovendo a diversificação e integração cultural do conservatório, que conta já com mais de 65 anos de história.

A iniciativa, inédita no OL CA, será desenvolvida com o intuito de contribuir para o desenvolvimento individual e colectivo das crianças e jovens, através da realização de vários exercícios que permitirão explorar e desenvolver, individual e colectivamente, competências físicas, pessoais e relacionais. «A aposta nesta vertente artística por parte do Orfeão, faz jus à denominação de Conservatório de Artes, que para além de diversificar as suas áreas de ensino, tendo sempre como base o desenvolvimento intelectual e cultural dos nossos jovens, permitirá, simultaneamente, colmatar a lacuna que tínhamos no campo das artes dramáticas», explica Henrique Pinto, presidente do OL CA.

No Mercado Municipal de Alcobaça

Magusto sénior

O magusto sénior volta a ser comemorado no concelho de Alcobaça, no dia 11 de Novembro, pelas 14h30, no parque do Mercado Municipal.

Uma festa dedicada à comunidade sénior mas que abre portas a todos os visitantes. Para além da castanha assada e da água-pé, o Magusto conta ainda com um desfile temático alusivo à data, organizado pelos utentes das Instituições de Apoio ao Idoso.

Caso as condições meteorológicas não sejam as favoráveis a actividade realiza-se no MercoAlcobaça.

Esta é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Alcobaça e das instituições de apoio ao idoso do concelho.

10.Novembro.2011

Deslocação de Comitiva de Ourém à América do Sul

Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos Paulo Fonseca, em representação do Município de Ourém, e Francisco Vieira, em representação da Aciso– Associação Empresarial, participaram, de 18 a 24 de Outubro, no III Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos, que se realizou em Bogotá, na Colômbia. Primeiro e grande objectivo desta viagem: a dinamização do Turismo Religioso e a partilha de experiências e estratégias para potenciar estes destinos.

O Município de Ourém foi anfitrião, em 2009, do II Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos.

Esta terceira edição teve como foco principal os “Destinos Religiosos e Desafios Contemporâneos”.

Para isso, foram lançados à discussão temas como as “Novas Formas de Peregrinação”, o “Mercado e a Sustentabilidade” e o uso

da “Tecnologia nos Destinos Religiosos”.

Durante três dias, investigadores, reitores de Santuários, responsáveis por cidades-santuário e outros representantes das comunidades civis e religiosas contribuiram com a reflexão de temáticas como: “Evolução do peregrinar”, “Motivações contemporâneas para peregrinar”, Espiritualidade e mercado”, “Destinos religiosos tradicionais com propostas de inovação” ou “O uso das tecnologias de informação e comunicação nos destinos religiosos”.

Francisco Vieira, conferencista convidado, apresentou perante uma plateia de cerca de 200 pessoas a sua ”Visão Empresarial dos Destinos Religiosos”.

A partir do conhecimento da realidade de Fátima, abordou a relação entre os Santuários e as cidades onde estes se integram. O

presidente da Aciso reforçou a importância do tecido empresarial que assegura a recepção aos visitantes, insistindo na necessidade de articulação entre entidades religiosas e civis.

Acordos assinados potenciam parcerias Numa cerimónia organizada pela Alcaldia, e na presença dos representantes das diversas entidades do Município, foram assinados dois Acordos de Colaboração, um entre os Municípios de Ourém e de Guadalajara de Buga e outro entre a ACISO – Associação Empresarial e a Câmara de Comércio de Guadalajara de Buga. Estes documentos pretendem aproximar as Entidades e reforçar as suas ligações. Tratandose de duas cidades com Santuários Religiosos, receptoras de peregrinos, consideram os signatários

destes documentos que, atendendo a um conjunto de factores comuns, devem dinamizar um trabalho em parceria.

Nesta cerimónia Paulo Fonseca recebeu do Alcalde Municipal, Freddy Henao, a chave de Ouro da cidade de Guadalajara de Buga e um reconhecimento do Conselho Municipal.

No segundo dia de visita a Guadalajara de Buga, Paulo Fonseca ofereceu uma imagem de Nossa Senhora de Fátima ao Santuário do Senhor dos Milagres, atendendo à grande devoção do Povo Colombiano à Senhora de Fátima. Um momento alto e emocionante que marcou esta visita, numa celebração presidida pelo Reitor do Santuário de Buga e que contou também com a presença do Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, Brasil.

Da orla costeira ao Ribeiro de São Pedro de Moel

Percursos pedestres de São Pedro de Moel A Câmara da Marinha Grande vai dinamizar um percurso pedestre em São Pedro de Moel, no dia 13 de Novembro (domingo), a partir das 09h30, da orla costeira ao Ribeiro de São Pedro de Moel. A participação é gratuita e não carece de inscrição prévia.

Este é um dos três percursos pedestres recentemente implementados pela Câmara Municipal da Marinha Grande e pela Autoridade Florestal Nacional,

DR

Em Leiria

O Mensageiro

inseridos no âmbito do Plano de Valorização Ambiental e Turístico de São Pedro de Moel, financiado no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

Os percursos pedestres têm como objectivo promover a valorização ambiental e turística de São Pedro de Moel e do espaço florestal onde se integra este aglomerado urbano com

características únicas na costa portuguesa que urge preservar.

Este projecto pretende colocar à disposição da população residente e naturalmente dos turistas que visitam a região, infraestruturas que de forma sistematizada permitam a descoberta e o contacto com a natureza, dando a conhecer aspectos relevantes da flora e fauna associadas ao cordão dunar e ao ecossistema florestal.

No Centro de Interpretação Ambiental de Leiria

Sensibilizar para proteger A 2.ª edição da pegada ecológica prossegue, em Novembro, no CIA - Centro de Interpretação Ambiental de Leiria, com actividades sobre as florestas e a interpretação ambiental.

Nos dias 3, 4,10, 11 e 29 de Novembro, das 09h30 às 11h30, decorrerá uma acti-

vidade sobre as florestas, destinada aos alunos do 2º ao 4º ano, onde será abordada a relação entre a floresta e o ambiente, a sua importância para todos os seres vivos e a sua história e evolução em Portugal.

No dia 30 de Novembro terá lugar uma actividade

relativa à interpretação ambiental, com jogos didácticos ambientais no espaço envolvente ao CIA, para observação de espécies, bem como actividades de expressão plástica.

A Pegada Ecológica tem como objectivo promover a pedagogia através de uma

abordagem lúdica e sensorial do conhecimento, desenvolvendo o potencial participativo da comunidade escolar, de modo a fomentar a consciência ecológica de professores e alunos para os problemas ambientais.

SOCIEDADE 7

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Cemitério de Leiria

Portomosense e Dom Fuas organizam conferência

Gavetões aumentam capacidade O cemitério de Leiria passou a dispor de 102 gavetões, que permitirão aumentar a capacidade daquele espaço, acelerar o processo de inumação e ainda que se deixe de efectuar inumações em sepulturas temporárias. O bloco de gavetões foi benzido no dia 2 de Novembro, cerimónia que foi acompanhada pela Vereadora responsável pelo pelouro dos Cemitérios, Lurdes Machado.

A existência de gavetões vem permitir que a inumação dos cadáveres seja feita através de um processo de decomposição aeróbia, em que a presença de oxigénio permite a decomposição orgânica dos corpos, através de uma tubagem.

Na tampa exterior no gavetão poderão ser colocados uma floreira, uma cruz, uma fotografia e uma chapa com epitáfio.

A falta de espaço nos

cemitérios deve-se, sobretudo, à lentidão com que as sepulturas fazem a decomposição dos cadáveres (mais de seis anos), não permitindo que, após o período legal de inumação (três anos), se possa inumar um novo cadáver.

O cemitério de Leiria possui 434 sepulturas temporárias, das quais 16 sepulturas estão disponíveis para ocupação. Dispõe ainda cerca de 2600 sepul-

turas perpétuas, todas ocupadas, embora 130 tenham sido abandonadas.

Existem no cemitério de Leiria ainda 105 jazigos, dois dos quais são municipais, e 96 ossários, 69 dos quais encontram-se ocupados. O espaço tem ainda 80 sepulturas de crianças, algumas das quais serão reconvertidas em sepulturas perpétuas para adultos, que serão postas à venda.

Na Praia da Vieira

instar o Governo a promover, com a maior urgência, o concurso público com vista à execução da obra de substituição da Ponte das Tercenas; e a insistir com o Governo para a instalação imediata de uma ponte provisória que assegure o normal trânsito por aquela via, enquanto decorrer o concurso e a obra.

A Câmara da Marinha Grande reuniu já com a Câmara de Leiria no sentido de serem definidos e devidamente sinalizados percursos alternativos de ligação da freguesia de Vieira de Leiria, nomeadamente da Praia da Vieira, ao Pedrógão, na freguesia do Coimbrão. A deliberação

foi tomada “na estrita defesa dos legítimos interesses da população local e da economia da região”.

A Ponte das Tercenas foi construída no início dos anos 70 pela ex-Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos. Na sequência das conclusões das inspecções efectuadas pelo LNEC, o Instituto da Água mandou elaborar um projecto de execução para a sua substituição, que foi concluído em 2005. A responsabilidade de manutenção da ponte é do Ministério do Ambiente, na medida em que a actual ponte não se integra no domínio público municipal.

Em 28 de Dezembro

VI Fórum do Associativismo de 2010, foi celebrado um Acordo de Parceria entre o Instituto da Água e este Município, tendo por objecto a solução do problema decorrente das deficientes condições de segurança da Ponte das Tercenas e a valorização paisagística/ambiental da zona envolvente à foz do rio Lis. No âmbito desse acordo de parceria ficou claramente estabelecido que o Instituto da Água é responsável pela empreitada de substituição da Ponte das Tercenas (cláusula 2.ª).

As acções constantes do Acordo de Parceria foram objecto de candidaturas ao Programa Operacional do Centro, que já se encontram aprovadas.

Deputados do PSD eleitos por Leiria defendem

Sustentabilidade da Linha do Oeste Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria solicitaram esclarecimentos ao Governo sobre a anunciada desactivação, até ao final de 2011, do serviço de transporte de passageiros na Linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz. Os parlamentares recordam que a Linha do Oeste, embora seja uma das linhas do panorama ferroviário Português que mais estão esquecidas e onde o investimento nos últimos anos

foi significativamente reduzido, trata-se de uma linha férrea que percorre grande parte da costa litoral de Portugal, servindo localidades de grande massa populacional e de grande actividade industrial e agrícola.

Consideram que a linha tem potencial, quer a nível de tráfego de passageiros, quer a nível de tráfego de mercadorias, mas a CP sempre mostrou pouco interesse em adequar os horários às necessidades dos passageiros, dando

sempre como desculpa a falta de passageiros.

Lembram ainda que «os deputados, autarcas e dirigentes do PSD, bem como a generalidade das forças vivas da região, há vários anos reclamam as medidas necessárias para que se possa devolver à Linha do Oeste a importância que outrora teve e, sobretudo, sejam criadas condições para a sustentabilidade do serviço ferroviário nesta linha, factor essencial para o desenvolvimento da toda

O jornal O Portomosense e a Rádio Dom Fuas, órgãos de comunicação social do concelho de Porto de Mós, organizam, no próximo dia 11 de Novembro, às 21h00, uma conferência sobre o tema: A Reforma da Administração Local – O futuro das freguesias, no Cine-teatro de Porto de Mós.

A organização pretende criar um espaço de diálogo e debate sobre as mudanças anunciadas para a organização do poder local, que permita informar e esclarecer os cidadãos. Nesse sentido a iniciativa conta com a presença de Jorge Gaspar, Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, dos deputados à Assembleia da República, eleitos pelo círculo de Leiria, Paulo Batista e João Paulo Pedrosa, e de João Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, além de vários representantes de juntas de freguesia.

Na zona desportiva da Batalha

Ponte das Tercenas encerrada Foi interdita a circulação na Ponte das Tercenas, na Praia da Vieira, desde o dia 28 de Outubro, por determinação do Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, comunicada a 25 de Outubro pelo Instituto da Água (INAG). A medida é tomada face “à situação de debilidade estrutural” da Ponte, “tal como analisado e recomendado no relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil”, segundo refere o ofício do INAG. Na reunião ordinária da Câmara Municipal da Marinha Grande, realizada no dia 27 de Outubro, foi aprovada por unanimidade uma moção que delibera

A reforma da administração local debatida em Porto de Mós

uma região litoral de Portugal, com preponderante influência na região do Oeste e no distrito de Leiria».

Os parlamentares defendem a sustentabilidade da Linha do Oeste, «a provar isso mesmo foi o interesse manifestado no passado recente por parte de um grupo privado de transportes públicos”, pelo que uma das soluções poderá passar por “concessionar o serviço ferroviário a outras entidades”.

A temática do associativismo vai voltar a ser discutida e partilhada no habitual fórum que reúne as colectividades do concelho da Batalha e demais interessados nesta temática. Pretende-se, de forma prática, dinamizar o associativismo, através da partilha de experiências motivadoras e de reconhecido sucesso, nas áreas da cultura e do desporto.

Na presente edição, será apresentada a “d’Orfeu” - Associação cultural que iniciou a sua actividade em 1995, na cidade de Águeda, e é hoje uma referência ao nível da programação de excelência e do trabalho ao nível da captação de novos públicos. Também em destaque estará o novo projecto desportivo do BAC – Batalha Andebol Clube, que pretende trabalhar a deficiência intelectual média e profunda, integrando este público junto das suas equipas e atletas.

A iniciativa decorre durante a tarde de 26 de Novembro, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, na sala de formação dos balneários da zona desportiva da vila da Batalha. A participação é gratuita.

Concelho de Leiria

Freguesias vão ser pavimentadas Nos próximos três meses, vão decorrer intervenções ao nível da pavimentação, limpeza e regularização das vias em estado mais degradado em todas as freguesias do Concelho de Leiria. O objectivo é melhorar as condições de segurança das vias de comunicação.

O concurso público prevê a pavimentação de cerca de 141.435,00 m2, distribuídos ao longo das 29 freguesias do Concelho de Leiria. A escolha da pavimentação será coordenada com cada uma das juntas de freguesia e tem em conta as situações mais críticas e as necessidades de cada uma.

A deliberação, aprovada ontem em reunião de Câmara Municipal de Leiria, define como preço base do concurso 747.997,70 euros (inclui IVA). O critério de adjudicação foi o preço mais baixo. As obras serão executadas pelas empresas Asibel – Construções SA e Construções J.J.R & Filhos.

8 ECLESIAL

O Mensageiro 10.Novembro.2011

[COLUNA SEMANAL]

Família há Oito Séculos

CAMINHO... COM A

CARTA PASTORAL

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2. Testemunhas de Cristo no mundo Várias vezes e de vários modos, Jesus convida os discípulos a serem suas testemunhas no mundo. “Pode dizer-se que o testemunho é o meio com o qual a verdade do amor de Deus alcança o homem na história” (SC n. 85). Vamos pois meditar três passagens do Novo Testamento sobre este aspecto, na forma de “lectio divina”.

2.1. “Brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 16): testemunho da santidade de vida quotidiana O contexto da passagem evangélica de Mt 5, 13-16 é o discurso das Bem Aventuranças. Este dado é importante para compreender todo este texto, mormente a expressão chave “brilhe a vossa luz diante dos homens...”. É a partir das Bem Aventuranças que Jesus define a identidade dos discípulos, a sua vocação e missão no mundo: ser sal da terra e luz do mundo. Assim é sublinhada a dimensão social da existência cristã. Quando o cristão vive o discurso da montanha dá fruto na sociedade e a sua obra não pode ficar escondida. É reflexo da luz de Deus; irradia-a inevitavelmente.

Contribui para a edificação social, para a rede de relações fundada sobre o Evangelho.

A riqueza das imagens: “Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo” Jesus usa aqui quatro imagens seguidas e entrosadas umas nas outras para caracterizar a identidade e a missão dos discípulos: sal da terra, luz do mundo, cidade sobre o monte, lâmpada sobre o alqueire.

O sal entende-se como um ingrediente que serve para catalisar o calor para o solo, para fertilizar, reavivar, animar, dar gosto, sabor e sabedoria e evitar a corrupção.

A luz faz ver o sentido do caminho, revela o verdadeiro rosto das pessoas e das coisas.

A cidade sobre o monte e a lâmpada sobre o alqueire mostram a dimensão comunitária e universal da missão dos discípulos em relação ao mundo, à história e à existência da humanidade. Quer dizer que os discípulos com o seu agir são importantes para a história do mundo. São bênção ou maldição. Não podem dizer que estão à parte porque a sua relação com o mundo e a história é algo intrínseco à sua vocação e missão.

A mensagem principal do texto: “Brilhe a vossa luz diante dos homens” A força do texto reside na conclusão. Esta é o ponto de chegada de uma série tão rica de imagens: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está no Céu”. Esta é a mensagem principal do texto: os discípulos são sal, luz, cidade sobre o monte, lâmpada realizando as “obras boas e belas”. Quais são essas obras?

São antes de mais as bem aventuranças e também as atitudes éticas que nos versículos seguintes descrevem o comportamento novo dos discípulos, tais como o respeito pela vida humana, a dedicação ao próximo, a fidelidade ao amor matrimonial, a pureza de coração, a verdade e a sinceridade na relação, a capacidade do perdão, o construir comunidade, a paz.

Estas obras boas e belas são a primeira forma de missão e evangelização dos cristãos no mundo, são o testemunho da santidade de vida quotidiana como o melhor contributo para a renovação do mundo e da história.

Para reflexão...

as e belas” são as “obras bo s ai qu ia qu ró unidade/pa • Na nossa com que a nossa m a fé? ha consciência de que testemun os m te , ia qu ra a história idade/paró o importantes pa sã s • Como comun ão ist cr o m sso agir co presença e o no do mundo?

Santa Clara e os Papas do seu tempo Como S. Francisco, também Santa Clara jamais pretendeu renovar a Igreja do seu tempo ou alterar as suas estruturas, costumes, ou tradições. Não fazia parte dos seus planos condenar, protestar, criticar ou corrigir a vida desregrada e ambiciosa dos bens deste mundo. Compreendeu e viveu perfeitamente o pensar e o agir do grande teólogo do século XX Karl Rahner: A Igreja é uma mulher de idade muito avançada e com muitas rugas. Mas é a minha mãe e numa mãe não se bate.

Santa Clara só desejou renovar-se a si própria vivendo com fidelidade o santo Evangelho. E tal clarão de santidade não deixou indiferente a hierarquia da Igreja que rapidamente se deu conta desse fogo divino que se acendera em Assis e que pela força do Espírito Santo espargia raios de luz e santidade em todas as direcções.

Quando Clara nasceu governava a Igreja o Papa Celestino III. Em 1198 sucedeu-lhe Inocêncio III. Foi no seu pontificado que se reacendeu uma nova chama de esperança e santidade com o nascimento das Ordens mendicantes: Dominicanos e Franciscanos e também a Ordem das Clarissas, que iriam desempenhar um papel fundamental nos anos vindouros da humanidade. Aprovou a forma de vida de S. Francisco e de seus Irmãos e o Privilégio da Pobreza, que Santa Clara tão insistentemente pedia. Tomás de Celano refere: Querendo que a pobreza fosse o timbre da Ordem, Clara pediu ao Papa Inocêncio III o Privilégio da Pobreza. Este homem venerável congratulou-se com o fervor de Clara e, pelo próprio punho escreveu com grande alegria o primeiro esboço do privilégio pretendido. Inocêncio III morreu em 1216.

Nesse mesmo ano, é eleito Honório III. Não sabemos se alguma vez terá contactado pessoalmente ou por escrito com Santa Clara.

Todavia conhecia muito bem a forma da sua vida, pois foi durante o seu pontificado que foi aprovada a Regra de S. Francisco.

Naquele tempo, falar de Francisco era falar de Clara. Também o Cardeal Hugolino que era protector da comunidade de S. Damião, solicitou ao Papa faculdades para dar forma canónica aos vários mosteiros fundados sob a forma de vida de Clara e suas Irmãs.

Numa carta que escreveu às Irmãs do Mosteiro de Monticelli, onde Inês, irmã de Clara, era abadessa,

Papa Celestino III

Papa Inocêncio III

Papa Honório III

Papa Gregório IX faz referência à Comunidade de S. Damião. Honório III morreu em 1227. Sucedeu-lhe o Cardeal Hugolino com o nome de Gregório IX. Este Papa manteve sempre aquela grande relação de amizade que tinha nascido há muito do contacto com Clara e as irmãs de S. Damião.

Dessa relação estreita, existem várias cartas a elas dirigidas, sendo ainda Cardeal e, depois,

como Papa. Na “Legenda da Virgem Clara”, o biógrafo refere: Não sem razão o senhor Papa Gregório IX confiava de maneira extraordinária nas orações de Clara, cuja eficácia muitas vezes experimentou. Tanto como Bispo, como depois que foi elevado ao cume da dignidade apostólica, recorria por escrito a Clara todas as vezes que lhe surgia uma nova dificuldade.

E, sempre que a ela recorreu, sentiu o seu auxílio. Esta atitude de excepcional humildade, uma vez que é o Vigário de Cristo que intercede e se recomenda aos favores da serva de Cristo, merece ser imitada. O Santo Padre sabia perfeitamente o que pode a força do amor e de como às virgens consagradas está franqueado o trono da divina majestade.

Numa das suas visitas já como Papa, apesar do grande respeito e estima que tinha para com o Vigário de Cristo, Clara não cedeu à proposta que ele lhe fazia de aceitar propriedades e rendas por ele mesmo oferecidas. Perante tal recusa – escreve o biógrafo – o Santo Padre explicou-lhe: Se temes o compromisso assumido, nós dispensamos-te dele. Mas Clara respondeu-lhe: Santíssimo Padre, por nenhum preço quero ser dispensada de viver o seguimento de Cristo para sempre.

Gregório IX morreu em 1241.

Sucedeu-lhe Celestino IV que esteve à frente da Igreja apenas 16 dias. Um ano depois é eleito Inocêncio IV, que visitou pessoalmente Clara em S. Damião, poucos dias antes dela morrer.

“Chegava o momento do Rei receber a peregrina pobre no Seu palácio celeste. É nessa altura que o senhor Papa Inocêncio IV, juntamente com os Cardeais, se apressa a visitar a serva de Cristo. Ele que reconheceu a vida de Clara como superior à de qualquer mulher do seu tempo, não hesitou em honrá-la na hora da morte com a sua visita (LCL,41). Foi este Papa que o Senhor escolheu para aprovar a Regra que Clara escreveu e por que tanto lutou. “Quem se humilha será exaltado” afirma Jesus. Apesar de viver no silêncio da Clausura, Santa Clara era uma célula vigorosa do coração da Igreja e os Papas experimentavam verdadeiramente a força desta presença orante.

Irmãs Clarissas de Monte Real

Fotomontagem O MENSAGEIRO

a s n e r p m i a r a t Reinven ANTÓNIO SALVADOR SANTOS ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ D. ANTÓNIO MARTO DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA ALEXANDRE MANUEL ISCTE PEDRO JERÓNIMO OBSERVATÓRIO DO CIBERJORNALISMO LUÍS MIGUEL FERRAZ O MENSAGEIRO Seminário de Leiria acolhe o 8.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.

LUÍSA TERESA RIBEIRO DIÁRIO DO MINHO RECONQUISTA O debate começa amanhã, a reflexão começa agora.

E FOLHA DO DOMINGO + CÓNEGO JOÃO AGUIAR RÁDIO RENASCENÇA ANTÓNIO GRANADO RTP E FCSH-UNL ALEXANDRA SERÔDIO JORNAL DE NOTÍCIAS NUNO ROSÁRIO FERNANDES PATRIARCADO DE LISBOA TONY NEVES MISSÃO PRESS MARIA DA CONCEIÇÃO VIEIRA JORNAL DA FAMÍLIA D. JOÃO LAVRADOR DIOCESE DO PORTO Presidente da AIC

Presidência da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

“Há que repensar alguns títulos” P3

D. Pio Alves sucede a D. Manuel Clemente

Investigação

DR

A COMISSÃO Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais tem um novo presidente: D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto. Sucede a D. Manuel Clemente, bispo do Porto.

Natural de Viana do Castelo, D. Pio Alves, 66 anos, foi ordenado presbítero a 15 de Agosto de 1968, e bispo a 10 de Abril de 2011. Entre os cargos que ocupou, destaque para o facto de ter sido delegado da Arquidiocese de Braga para a Voz do Minho da Rádio Renascença (1985-1994) e director do Secretariado Arquidiocesano para a Comunicação Social (1990-1991).

“Jornalismo de secretária” na imprensa regional P7

Excertos do 7.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

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Imprensa desafiada pela crise

VENCER impactos” foi o tema e o propósito que levou à realização do 7.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), realizado de 27 a 29 de Novembro de 2008, em Bragança.

Participaram na iniciativa 83 congressistas, que aprovaram as seguintes considerações: 1. Colocam-se à imprensa regional, e nomeadamente à de inspiração cristã, neste período

de crise económica e social, vários desafios que devem assentar em estratégias de actuação a vários níveis: maior profissionalismo, melhoria das estruturas técnicas, comerciais, de marketing e de administração, melhoria dos produtos em termos de apresentação estética e de conteúdo.

2. Neste repensar de estratégias, os leitores devem ser a prioridade, sobretudo os mais jovens, garante do futuro da imprensa. Daí a importância da aposta: nas novas tecnologias, na digitalização e na formação dos profissionais nas novas linguagens de comunicação, possibilitando um jornalismo cívico e de proximidade em que

os leitores colaboram na elaboração de conteúdos e onde se concebe a comunicação como um diálogo.

3. Um dos maiores desafios actuais que se colocam à imprensa regional é a cooperação entre os vários títulos, que promova a complementaridade, respeitando a identidade de cada publicação, fomentando um maior fortalecimento e impacto da imprensa de inspiração cristã.

4. É unanimemente aceite que a imprensa e o digital são parceiros e não concorrentes, pelo que se impõe o acompanhamento da marcha imposta pelo digital, com a adaptação a esta nova realidade. Daí a

necessidade de se pensarem os projectos em rede, de se rentabilizarem recursos e de uma programação numa escala mais ampla.

O presidente da direcção da AIC, Padre Salvador dos Santos, em nome dos associados, reiterou a política negativa deste Governo para o sector da Comunicação Social.

A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã exige ao Estado que cumpra o protocolo com as associações, e de que há legislação publicada, para a distribuição equitativa da publicidade institucional, como reconhecimento do serviço público prestado, e que mantenha como prioritário o incentivo à

leitura, para que não se perca a ligação com a comunidade portuguesa na diáspora e países lusófonos.

Pedro Berhan da Costa, presidente do Gabinete dos Meios de Comunicação Social, manifestou a disponibilidade deste organismo governamental para discutir e avaliar com a associação as políticas públicas respeitantes à comunicação social e, mais concretamente, à de inspiração cristã.

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, no encerramento do Congresso, deixou aos participantes uma mensagem de

alento e de esperança e recordou que os grandes desafios para a imprensa de inspiração cristã são económicos e de âmbito tecnológico e frisou a importância do papel da AIC enquanto associação que conjuga e representa os títulos de inspiração cristã de Portugal e também pela iniciativa da organização deste congresso, no qual foram apresentados bons exemplos de iniciativas de órgãos de comunicação social que procuram ultrapassar os constrangimentos e dificuldades com dinamismo, transformando problemas em projectos viáveis e compensadores.

AIC (29/11/08) PUBLICIDADE

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem da edição - 7.500

FICHA TÉCNICA Suplemento integrante da edição 4882 de O MENSAGEIRO, de 10 de Novembro de 2011. Não pode ser vendido separadamente.

Director Rui Ribeiro (TE416) Chefe-de-redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023) Coordenação geral, desenho gráfico e paginação Pedro Jerónimo Textos Pedro Jerónimo, Paulo Rocha, Adelino Gomes, João César das Neves, Vanessa Quitério e Agência Ecclesia Secretariado Ana Vala Administração André Batista Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: jornal@omensageiro.com.pt - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171 Depósito Legal 2906831/09

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Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

“Há que repensar alguns títulos”

8.º Congresso da AIC

Reinventar ou fechar jornais?

DR

Pe António S. Santos Presidente da AIC

Como analisa o percurso da imprensa de inspiração cristã nos últimos anos?

A imprensa cristã tem estado a fazer uma caminhada, nos últimos tempos, quer a nível gráfico quer de conteúdos.

Pensamos ter dado um contributo com a realização dos últimos congressos.

AMANHÃ, dia 11, começa o debate. “Reinventar/Fechar Jornais” é o mote para o 8.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), que reunirá, no Seminário Diocesano de Leiria, até 12 de Novembro, directores, editores, jornalistas e investigadores.

No encerramento do último congresso da AIC, em 2008, D. Manuel Clemente, presidente da comissão episcopal da cultura, bens culturais e comunica-

Quais são os principais desafios que se lhe apresentam actualmente?

As preocupações são evidentes, quer pela crise, quer devido ao facto de ter falhado a publicidade institucional e outra, que era a base para fazer face aos custos da tecnologia e demais despesas que todos os dias aparecem.

O que espera do próximo congresso?

Espero que o próximo congresso ajude a repensar o futuro da imprensa cristã e regional e defina o aparecimento de estratégias comuns que possam servir de impulso para as mudanças que se impõem.

O DR

Quais são as suas perspectivas para os títulos da AIC? Penso que a AIC se tem esforçado para estimular a realização de parcerias entre os diversos títulos em zonas com interesses comuns. Assim reduzir-seiam os custos e aproveitarse-ia a mais-valia local...

Há que repensar alguns títulos para os valorizar e ajudar a dar o salto.

ções sociais, dizia que se apresentavam, à imprensa de inspiração cristã, dois desafios: económico e tecnológico. Três anos volvidos, e com os avanços da crise e da novas plataformas digitais e móveis, os membros da AIC voltam a reunir-se para reflectir e actuar.

Para a AIC, este será um congresso determinante, que “irá focar os problemas que tanto têm afectado a imprensa regional, obrigando

Paulo Rocha Director da Agência ECCLESIA

A força dos conteúdos

debate sobre o futuro da imprensa de inspiração cristã vai acontecendo em torno da escassez de meios e da crescente exigência de recursos, humanos e financeiros. Papel, impressão e porte pago monopolizam quase todos os debates sobre o tema. Apenas a ausência de publicidade lhes faz frente.

No percurso deste sector da imprensa, dinamizado e coordenado pela Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), aquilo que emergiu como um problema aparentemente intransponível, nomeadamente o custo do papel e da impressão, foi-se ultrapassando à medida que se estabeleciam parcerias, se agrupavam projectos, se rentabilizavam meios.

Não estará, no entanto, na obtenção de meios ou na conquista de recursos a chave para a porta do futuro da imprensa regional de inspiração cristã. Antes nos

muitas publicações a encerrar”. Apresenta-se, pois, a necessidade de rever as formas de actuação e encarar a reinvenção das diferentes publicações da AIC, que vão dos jornais às revistas, passando por boletins paroquiais ou diocesanos.

A primeira parte do congresso, dia 11, 10h15, será dedicada às “Análises”, por Alexandre Manuel, jornalista e professor universitário, Pedro Jerónimo, do Observatório do Ciberjornalismo, e Luís Miguel Ferraz, chefe-de-redacção de

conteúdos.

Sem esquecer as questões administrativas, a exigir respostas cada vez mais profissionais e integradas, sendo sempre encaradas com muito realismo, será conveniente, pelo menos por instantes, pensar no essencial de um título, de um jornal: as notícias que publica, os artigos de opinião que propõe e a relevância das informações que divulga.

Em qualquer meio, também nos regionais de inspiração cristã, as notícias têm sempre de ser formalmente bem escritas e editorialmente significativas para o público a que se dirige.

Na opinião, a receptividade dos artigos publicados depende essencialmente da popularidade dos respectivos autores. Já as informações divulgadas, de carácter social ou utilitário podem ser o segredo do sucesso editorial e empresarial de muitos títulos. Acrescente-se, neste desfiar de considerações, a

O MENSAGEIRO. Seguir-se-ão os “Testemunhos”, 12h15, e “Realidades”, 14h30, dos jornais RECONQUISTA e FOLHA DO DOMINGO. O primeiro dia terminará com uma tarde e noite culturais.

O segundo dia, 12, começa com a conferência “Potencialidades”, 9h30, pelo cónego João Aguiar, presidente do conselho de administração da Rádio Renascença, prosseguindo com as “Perspectivas”, 11h15, e “Rumos”, 15h00, de António Granado, jornalista e professor universitário, de Alexandra Serôdio, jornalista, e dos padres Nuno Rosário Fernandes, do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa, e Tony Neves, da Missão Press. O congresso terminará com uma intervenção de D. João Lavrador, bispo auxiliar do Porto, e a leitura das conclusões, pelas 17h00.

Dois dias para reflectir, não só a partir daquilo que foi o último congresso (ver página anterior), como também do que é o panorama actual.

No final, esperam-se linhas de acção para o futuro.

importância vital da imagem gráfica, da distribuição das várias secções, da fotografia, da cor.

A esta análise espontânea, a partir de um olhar frequente a muitos títulos da imprensa regional, refira-se uma atitude determinante para o sucesso de um projecto editorial da imprensa de inspiração cristã: o trabalho em rede.

Como nos recursos, também os conteúdos têm muito a lucrar se os seus produtores resolverem fazer parcerias, permitindo que funcionem redes estabelecidas há muitas gerações e com frequente circulação interrompida por mão humana.

Cada jornal não pode querer só para si o que de melhor encontra na recolha de informação capilar que faz. É seu dever dar-lhe alcance global. Para isso, basta que seja capaz de partilhar com outros títulos, nomeadamente os que têm a

3 www

Em rede caiic2011.wordpress.com

facebook.com/a2ic (ou Congresso da AIC)

twitter.com/a2ic (hashtag #ca2ic)

mesma "marca", a imprensa de inspiração cristã.

Diante da força de grandes grupos de comunicação social, os títulos da AIC enfrentam o desafio da aproximação crescente, da partilha entre si do que melhor têm, das melhores notícias, da opinião e da informação mais relevantes.

A Agência Ecclesia tem sido e quer ser promotora de um trabalho de produção de informação em rede, em parceria, oferecendo o que publica e dando a "montra" que tem a muitas notícias da imprensa regional e aos seus autores.

Diante de problemas e limites, a qualidade do que se oferece aos leitores é determinante para o sucesso empresarial de um meio de comunicação social. E se for a melhor qualidade de centenas de meios, a força dos conteúdos vencerá todos os obstáculos. Muito mais, agora, no ambiente digital.

João César das Neves Economista

ActonInstitute

4 Comunicação

JMJ eficaz

DISTINGUIDA com o galardão “Eficácia em Meios” pela Associação Espanhola de Anunciantes: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madrid.

As mais de 20 campanhas de divulgação da maior iniciativa católica juvenil, que começaram em Maio de 2010, chegaram a “55 milhões de pessoas em todo o mundo”, sobretudo através da Internet: meio milhão de seguidores na rede social Facebook e mais de seis milhões de visitas ao site da JMJ. Os espaços comerciais usados para a promoção da Jornada que decorreu em Agosto foram “cedidos gratuitamente” por 65 parceiros de comunicação internacionais, nacionais e da capital espanhola.

O director de marketing da JMJ destacou o apoio das empresas e a colaboração graciosa “de alguns dos melhores profissionais e agências” do país, bem como das “dezenas de voluntários dentro e fora de Espanha, verdadeiros protagonistas de muitas das ideias criativas”.

Gabriel González-Andrío recordou os principais obstáculos que a organização tentou ultrapassar para divulgar o encontro: “Um grande desconhecimento do que era a JMJ”, o “perigo de chegar só aos que já estavam convencidos” e os “problemas de imagem da Igreja em alguns sectores”.

Os responsáveis pela publicidade da Jornada tiveram também de encontrar soluções criativas para cativar o público-alvo do encontro, “jovens entre 16 e 24 anos, católicos e não católicos”.

Ecclesia

A revolução escrita

A

imprensa escrita sofre uma das mais intensas e profundas reestruturações da sua já longa história. A todo o momento ouvimos falar de títulos fechados, ajustamentos dolorosos e espantosas inovações. Um dos sectores menos afectados é precisamente o da imprensa regional em geral, e de inspiração cristã em particular.

Pode parecer estranho que a imprensa, que parece dominante na era da informação, seja vítima de mudanças tão duras e fragilizantes, mas elas vêm da própria natureza dessa mesma era. Após enormes saltos do desenvolvimento dos últimos séculos, a nossa etapa é marcada por avanços espantosos na comunicação, reduzindo drasticamente o custo do contacto humano. A internet afectou toda a vida, mas apenas revolucionou os sectores mais ligados à informação. Correio, filmes, músicas, livros, televisão, publicidade viram o seu

modo de operar totalmente alterado. Naturalmente os jornais também se encontram no centro do tumulto. O panorama da imprensa mundial após esta transformação é desconhecido mas será certamente muito diferente.

Numa revolução existem sempre zonas, grupos e secções mais protegidos e salvaguardados. Neste caso, a imprensa regional é aquela que, mesmo que se sinta assustadoramente ameaçada, tem de ter consciência que é a mais poupada de todas.

As duas razões fundamentais são a procura dedicada e o monopólio de produto.

A fidelidade dos clientes é muito maior nos órgãos locais que nos generalistas. O leitor não está apenas a informarse, mas a manifestar a sua identidade, a comunicar com as suas raízes, a sua terra, a sua herança. Não admira que os títulos regionais sejam os mais antigos e mais estáveis. Por outro lado as notícias comunitárias são

particulares e não costumam estar disponíveis nos meios generalistas. Só a folha da terra traz aquelas informações que interessam aos patrícios. É verdade que isso a põe em concorrência com blogs e até mensagens, mas aí entra em jogo a dignidade do texto impresso que se afirma naturalmente.

A isto tem de se juntar a inspiração cristã. Grande parte da imprensa local recusa a pseudo-neutralidade dos grandes jornais portugueses e assume uma orientação interpretativa particular. A realidade é um mistério que escapa sempre à nossa apreensão. Aquilo que toda a imprensa pode veicular é, não a verdade absoluta, apenas uma interpretação específica dos acontecimentos, com critérios que deve assumir e explicitar. Ao fazê-lo, a imprensa local não só toma uma atitude de honestidade intelectual, mas segue o que fazem os jornais dos grandes países civilizados.

A inspiração cristã permite

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que essa abordagem seja feita a partir do grande tesouro da Fé, um dos mais magníficos e coerentes edifícios culturais da humanidade. Isso, não só é, em si mesmo, uma espantosa vantagem competitiva, mas torna-se ainda mais decisivo porquanto na nossa sociedade contemporânea a interpretação católica se tornou rara e estranha. Ter uma verdadeira inspiração cristã é, pois, um elemento precioso para qualquer meio de comunicação social.

Nada disto tira o que quer que seja à exigência de ajustamento e adaptação que se impõe à imprensa local, como a todas. A revolução da comunicação é inexorável e extremamente complexa e muitos serão sacrificados nos seus drásticos requisitos. Mas é bom saber-se protegido do pior de uma revolução.

Citações

Jornalismo e Internet OS MÉDIA noticiosos portugueses, a começar pelos jornais diários generalistas, começaram a abrir sites na Internet em meados da década de 90 do século passado.

Nos primeiros anos, com hesitações. Depois, na viragem do século, com excesso de expectativas e investimento desproporcionado. A seguir, entraram numa fase de depressão, seguida de um período de relativa estagnação, que se arrastou por quase toda a primeira década do século XXI. O facto de não terem conseguido encontrar um modelo viável de negócio explica, em parte, a baixa qualidade geral das edições online. Neste livro é traçada a evolução do ciberjornalismo em Portugal, desde as origens, em 1995, até meados de 2010. No final, procede-se a um balanço destes primeiros quinze anos de presença na Web.” In BASTOS, Helder (2010). Origens e Evolução do Ciberjornalismo em Portugal: Os Primeiros Quinze Anos (1995-2010). Edições Afrontamento, Porto.

D. Claudio Celli nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais

Responsável do Vaticano pede “mudança de mentalidade”

DR

D. Claudio Celli com Bento XVI no lançamento, via iPad, do portal “Vatican News”

Sérgio Claro

P Adelino Gomes Jornalista

Um pouco de revolução, um pouco de refundação, um pouco de reinvenção…

ergunta-me O MENSAGEIRO que argumentos me levam a sustentar que nunca como hoje o jornalismo regional foi tão importante. Alinho de imediato um – talvez o mais fácil, na aparência, mas, para mim, decisivo, se outros não houvesse. Baseio-o em dados avançados pelo jornalista e investigador do CIES-IUL, Alexandre Manuel, a propósito de um estudo profundo que fez para a sua tese de doutoramento sobre os semanários ligados à Igreja católica: metade da população portuguesa com 15 anos ou mais tem por hábito ler ou folhear a imprensa regional/local, havendo mesmo distritos (e não apenas do interior) onde essa percentagem chega quase

A IGREJA Católica deve promover uma “mudança de mentalidade” diante das novas tecnologias e da actual “cultura digital”. As palavras são de D. Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS) – e organismo da Santa Sé –, no decorrer das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais.

“Não temos apenas de reafirmar ou custodiar verdades, isso não é comunicar”, disse D. Claudio Maria Celli, durante as Jornadas de Comunicação Social 2011, promovidas pela Igreja Católica, tendo como tema “Era digital: revolução na cultura e na sociedade”.

Numa conferência sobre o tema “Era digital e comunicação na Igreja Católica”, este responsável apelou a uma “nova maneira de conceber a comunicação”, para lá da “mera transmissão de conteúdos”.

“Quando falo em diaconia, pastoral da cultura digital, falo de uma Igreja que caminha com o homem e o ajuda a pôr-se questões sobre o sentido

verdadeiro da vida”, indicou o arcebispo italiano, para quem “nunca como hoje o homem experimentou a solidão”.

“Somos chamados a ser testemunhas credíveis no meio da cultura digital”, frisou.

O membro da Cúria Romana lamentou a falta de “visão” sobre a necessidade de “preparar pessoas capacitadas” para estes desafios, admitindo que “muitos” dos portais da Igreja na Internet “caducaram” e outros “nascem já antigos, pouco dialogantes, pouco dinâmicos”.

“Somos chamados a descobrir nesta cultura digital, símbolos, metáforas significativas para as pessoas”, afirmou D. Claudio Celli, observando que “o homem não só usa, mas, em certo sentido, habita a linguagem”.

“Para comunicar, nem sempre é necessário falar”, acrescentou.

A Igreja Católica, prosseguiu, deve preparar-se para “não chegar tarde”, porque “o mundo não espera”, marcado

por uma “transformação profunda, uma verdadeira revolução, apenas comparável com a revolução provocada pela escrita, a imprensa e as telecomunicações”.

A diferença, precisou, é que a “actual revolução é muito acelerada”, com consequências, lembradas por Bento XVI, “na vida quotidiana das pessoas, da sociedade, na vivência da fé”.

O presidente do CPCS destacou “várias iniciativas exemplares no mundo católico” e aludiu ao portal ECCLESIA como “um espaço de diálogo entre a Igreja em Portugal e a sociedade”.

A edição deste ano das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais reuniu em Fátima, nos dias 29 e 30 de Setembro, mais de uma centena de participantes.

aos 70 por cento. Curiosidade por ele anotada: em contraste com a maioria da imprensa de (problemática) expansão nacional, esses jornais têm vindo a registar ultimamente um aumento considerável das suas audiências.

Nunca os jornais (as rádios, as televisões) chegaram tão longe tão depressa e tão duradouramente. Entre todos, são os média locais e regionais (jornais e rádios) quem disso melhor proveito pode tirar. Num mundo sem arredores, sem margens, sem cercanias, sem arrabaldes, cada ponto é um centro e a rede global não é nada sem a multiplicidade dos lugares singulares, sustenta Daniel Innerarity num livro recente (O Novo Espaço Público,

Teorema).

Escrever, ser lido, conversar; falar, ser ouvido, dialogar, com o mundo e a cidade – eis o desafio de um novo processo de mediação pública em tempo real de que todos (jornalistas, leitores, ouvintes, espectadores) nos tornámos potenciais actores.

A jornada será longa e difícil. Uma perturbadora crise financeira global junta-se à desestabilização trazida aos modelos editorial e empresarial dos velhos pelos novos média – a fragmentação dos públicos, a quebra da publicidade, o “empoderamento” do utilizador like You e uma concomitante perda de centralidade do jornalista/ gatekeeper no processo informativo.

O colunista José Vítor Malheiros considera que um “novo jornalismo para inventar” há-de ser bebido pelos profissionais nas histórias (“mais ricas”), e nas posições (“mais isentas”) colocadas pelas “pessoas antes conhecidas como a audiência” na Internet, nos blogues, nas redes sociais, no YouTube, no Twitter.

E que esse será, assim, um jornalismo “onde a criatividade e a participação cidadã” vão assomar “por todas as frinchas” (PÚBLICO, 26.01.2010, p.29).

Por mim, defendo que ao velho Mr. Gates (a metáfora que não por acaso White localizou numa pequena cidade do Midwest norte-americano) compete, simultaneamente,

5

As intervenções podem ser (re)vistas em http://www.ecclesia.pt/ jornadas2011.

Ecclesia

reconquistar a credibilidade perdida e encontrar as medidas certas de que hão-de emergir o perfil desse novo jornalismo e dos jornalistas que o levarão à prática, nos diferentes suportes (velhos, novos, e os híbridos de ambos, que já são, de algum modo, os jornais online, as homepages dos sítios das televisões e rádios). Essas medidas certas consistirão, como vários já prevêem, num pouco de revolução, num pouco de evolução, num pouco de reconfiguração, num pouco de refundação e, certamente, num pouco também de reinvenção. Tudo sob um selo da marca da qualidade.

Adelino Gomes recebeu recentemente, o Prémio Gazeta de Mérito 2010 (Clube de Jornalistas). É natural de Marrazes, Leiria.

Clics & Leituras

‘Radiografia’

Reconquista DINSTIÇÕES internacional e nacional para o semanário RECONQUISTA (Castelo Branco). Depois de ter sido distinguido, no final de 2010, pela Associação Mundial de Jornais e Editores pelo trabalho desenvolvido no âmbito de um projecto de Educação para os Media, surgiu, já este ano, a Ordem de Mérito (Civil), atribuida pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, nas comemorações do 10 de Junho.

Estas e outras experiências podem ser escutadas no decorrer dos painéis “Testemunhos”e “Realidades”do 8.º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, que contará com a presença de um representante do jornal, que conta com 66 anos.

MAIS de quinhentas páginas são o resultado do estudo “A Imprensa Local e Regional em Portugal”, desenvolvido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Apresentado em 2010, este é provavelmente o trabalho que melhor caracteriza o sector.

Publicado em livro, está disponível para download gratuito em www.erc.pt.

APRESENTA-SE como um “projecto de observação e de investigação dos media e do jornalismo de proximidade em Portugal”.

Local Media PT é o seu nome.

O rosto desta iniciativa é um blogue, que reune alguns trabalhos de investigação focados sobretudo na imprensa regional. “Aberto a todos os contributos”, a partir de http://localmediapt.word press.com

“Hoje em dia os tempos estão difíceis para os jornalistas” A IGREJA Católica deve ajudar os meios de comunicação social a combater os “preconceitos nas redacções”, disse recentemente José Luis Ramos Pinheiro, administrador do Grupo r/com – renascença comunicação multimédia.

O apelo foi lançado, no Porto, numa conferência sobre ‘Diálogos da Igreja na Comunicação no 3.º Milénio’.

“Aos preconceitos das redacções, há que intervir culturalmente, quer do ponto de vista da própria Igreja, que tem que ajudar a desmontar e a descodificar as situações de forma a poder atacar na base

N DR

Observatório

José Luís Pinheiro (r/com) lança apelo à Igreja

Vanessa Quitério Freelancer

A Igreja precisa dos jornais para cumprir a sua missão de evangelização

Vanessa Quitério é uma “globetrotter” da comunicação. Licenciada em Jornalismo (Universidade de Coimbra), estagiou no Público (Porto), deu aulas de EMRC (Amareleja), trabalhou na Torke (Lisboa), organiza eventos, colabora com a imprensa regional e é utilizadora intensiva das redes sociais online. É catequista, na Benedita (Alcobaça), onde reside.

uma altura em que muito se diz e teoriza sobre “o papel” do papel na nossa rotina diária e na era informativa, um dado interessante entra em análise: os media de inspiração cristã. Confesso.

Sou uma defensora acérrima dos jornais em papel como meio difusor de informação; sou definitivamente uma pessoa que devora cada página, que se regala com as pequenas manchas de tinta deixadas nas mãos sempre que avançamos um artigo e, acima de tudo, uma leitora interessada na temática da Igreja e na forma como “se faz notar” entre o seu público, e nas diversas plataformas informativas, nos dias de hoje.

Numa era em que a internet se toma como dado adquirido e supra necessária para o desempenhar das nossas tarefas quotidianas, questiono-me sobre a real mais valia de vários jornais permanecerem mais tradicionais, fiéis aos leitores de sempre e, que um dia, deixarão de estar entre nós.

Nesta temática dos meios de inspiração cristão, claramente me refiro aos leitores já de mais tenra idade, os

DR

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Prémios

esses preconceitos e entregar a mensagem da forma mais clara que lhe seja possível, mas também para que os chamados consumidores da informação sejam capazes de fazer

as suas próprias escolhas”, indicou Ramos Pinheiro.

No quadro da competência profissional dos jornalistas, este responsável alerta para o excesso de informação que

mesmos que, como eu, não abdicam de uma leitura palpável da realidade cristã da sua paróquia e freguesia.

Na verdade, o território cristão no que respeita aos media nacionais é uma realidade dentro de uma divisão geográfica definida, as aldeias, freguesias e concelhos de maior tradição religiosa. Os meios que ainda sobrevivem desempenham uma importante presença quanto ao testemunho e transmissão dos valores cristãos - quase porta estandartes dos que não sabendo pelo Facebook ou Youtube, conseguem espalhar na mesma o “sal pela terra”, com a força de quem acredita.

Em Portugal os media nacionais generalistas tentam ser isentos para não ferir susceptibilidades e não “atacar” os leitores. Cada um é livre de tomar uma posição individual sobre a sua religiosidade. E é nesta equação que os jornais de inspiração cristão ganham um terreno limpo e sem ferir as tais susceptibilidades: estão próximos dos seus leitores / seguidores; conhecem a realidade onde se inserem e objectivam para uma

transmissão de valores e reforço da presença do testemunho de Jesus na terra.

O que será mais fácil de fazer: tentar evangelizar através de um todo ou ir ao encontro das comunidades, informando-as em conjunto com as realidades do meio onde habitam e enquadrar a panorâmica cristã na mesma realidade diária, o comum de qualquer mortal? Até as pequenas publicações de paróquia correspondem a este objectivo essencial de evangelizar e promover a união: aproximam-se das pessoas e tornam mais humano o contacto com Deus e com a sua obra.

A imprensa de temática cristã avança a cada dia que passa, bem ao ritmo das exigências tecnológicas. E essas mesmas exigências são as novas portas da oportunidade para espalhar a Palavra de Deus e as suas Bem Aventuranças: chegar perto dos jovens e menos jovens que dominam “as internets”, os Facebooks e afins e falam disso como se todo o mundo, novos e velhos, fossem experts naturais destas novas plataformas. Mas, e porque tem de existir também um

dificulta o trabalho dos profissionais e a percepção do público.

“Hoje em dia os tempos estão difíceis para os jornalistas”, sublinha, porque aquilo que parece ser notícia num momento desenvolve-se de uma forma diferente do previsto.

“Isto causa uma dificuldade acrescida ao trabalho da comunicação e isso, depois, também tem consequências nos próprios destinatários e utilizadores”, salienta o presidente do Grupo r/com.

Ecclesia

mas, nem todos interagem naturalmente com as redes sociais de hoje. Estar em comunidade é ainda para muitos algo físico e fora de virtualidades e que ganham expressão nas conversas de café, nos centros das vilas e também no seio familiar em cada Domingo de missa. A realidade cristã em termos dos meios difusores de informação toca o futuro com bons olhos. No entanto as mudanças não podem ser radicais ou ausentes de radicalidade. Novos públicos surgem e novas exigências informativas aparecem. Não podemos esquecer quem sempre nos leu ou ouviu, no jornal de décadas ou na emissora de rádio de sempre.

Ser cristão é intemporal e uma dedicação que ganha novas forças sempre que documentada e partilhada. É neste território do presente sem esquecer o passado que se faz a história dos media de inspiração cristã. É este o lugar que devem tentar preservar sempre. Porque a palavra, seja de Deus, seja dos Homens, precisa de ser lida a tocável para cumprir a sua função de evangelização.

Imprensa regional vive de um “jornalismo de secretária”

O ‘BICHINHO’ já estava lá, antes mesmo de entrar em Jornalismo e Ciências da Comunicação, licenciatura que concluiu, há quatro anos, na Universidade do Porto. Colabora com títulos nacionais, como o JORNAL DE NOTÍCIAS ou a revista VISÃO, e regionais, como o REPÓRTER DO MARÃO, A VOZ DAS MISERICÓRDIAS ou o MENSAGEIRO NOTÍCIAS. Num olhar para o cenário actual, a jornalista considera que “a imprensa de inspiração cristã é aquela que reúne melhores condições em termos de sustentabilidade. Quanto a mim, o facto de não depender exclusivamente do mercado dos anunciantes e das vendas em banca augura-lhe uma maior autonomia para manter projectos jornalísticos. Por outro lado, tem um público fidelizado, que se interessa por assuntos religiosos”. Ainda assim, Patrícia Posse considera “importante que mantenha a imparcialidade e a disponibilidade para abordar outros temas, de modo a abraçar um público mais heterogéneo. Por outro lado, distingue-se pela produção de conteúdos que não explorem a dor alheia, até ao tutano, como é apanágio de outros meios de comunicação social (acidentes, desastres naturais, crimes). Nessa maneira de fazer diferente, procuram-se ‘estórias’ pelo seu cariz humanista ou positivista e, até certo ponto, pode funcionar como valor acrescentado”.

A realidade de Vila Real, onde reside e trabalha, é a que melhor conhece. Num contexto de crise, por um lado, e de apelo ao empreendorismo, por outro, Patrícia Posse considera que a imprensa regional nos distritos de Vila Real e Bragança tem ac-

tuado de forma passiva. “Não há rasgos de inovação, tentativas de oferecer um produto diferente (seja pelo grafismo, pelos temas abordados, por novas secções nos jornais).

Há um grande comodismo em relação às formas de trabalhar (usar o telefone e o e-mail é mais cómodo e menos dispendioso), ao modo como se trata a informação (sem aprofundamento, sem contextualização, com um discurso unilateral) e algum medo em arriscar para surpreender o leitor”.

A jovem jornalista vai mais longe nas críticas. “A imprensa regional alimenta-se, cada vez mais, de um jornalismo que

Marta Posse

Os ciberjornais regionais aproveitam pouco as potencialidades da Internet. A conclusão é de Patrícia Posse, 26 anos, na tese de mestrado “Ciberjornalismo à escala regional: Aproveitamento das potencialidades da Internet nos oito jornais com presença online activa dos distritos de Bragança e Vila Real”. Enquanto não chega a hora da defesa, agendada para 15 de Novembro, partilhou vivências da e na imprensa regional.

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se afasta da sua matriz, ou seja, a tendência para fazer um jornalismo de secretária (“sentado”) mata o valorproximidade. Desvaloriza-se os contactos in loco, que são sempre enriquecidos pelas informações que nos chegam através de todos os sentidos, os encontros presenciais com as fontes de informação, as horas necessárias a pesquisar num arquivo ou numa biblioteca. É um jornalismo escasso em reportagens, entrevistas, crónicas, fotoreportagens; que abusa dos artigos de opinião e que depende do copy-paste dos press releases que chegam às redacções. Depois, resultam

jornais sem diferenciação, com algumas páginas amorfas”.

Perspectivas e rumos Feita a análise, Patrícia Posse sugere alguns caminhos, que se cruzam com o tema do 8.º Congresso da AIC. “A solução passará mesmo por fechar os jornais que não têm qualidade, seja pelos conteúdos, seja pela precariedade das relações laborais que estabelecem (ou não estabelecem), seja porque são meros folhetins para servir interesses pessoais, empresariais ou políticos. Isso passaria, necessariamente, por um crivo exigente das entidades que regulam o sector. Os restantes

jornais devem ser reinventados nas suas práticas”.

Apesar de ter estudado a imprensa regional e a sua relação com a tecnologia, a jornalista não esquece um factor diferencial: o humano. “É preciso apostar em jornalistas com qualificações mas não descurar os profissionais formados na tarimba, porque são esses guardiãos das memórias que fazem falta nas redacções. Este equilíbrio dotaria os jornais de melhores condições para produzir informação útil, interessante e relevante”. “Entendo que o segredo do sucesso dos jornais passa pelos recursos humanos,

mantendo-os motivados, suscitando a discussão de trabalhos e de procedimentos éticos, dando feedback do trabalho que produzem, estimulando a produção em multiplataformas.

Afinal, há demasiado material recolhido numa saída para o terreno que fica amortalhado nos computadores dos jornalistas e que os leitores teriam todo o gosto em conhecer. Para isso, existe a Internet mesmo ali, à distância de um clique”.

Desaproveitamentos e (ciber)jornais sem jornalistas

A primeira avaliação feita aos principais cibermedia portugueses surgiu através de Fernando Zamith, em 2008.

Seguiram-se-lhe Patrícia Couto (2010), Pedro Jerónimo (2011) e Patrícia Posse (2011), que observaram mais de três dezenas de jornais regionais.

A conclusão é comum aos quatro: fraco aproveitamento das potencialidades da Internet por parte dos cibermedia portugueses, sejam eles de âmbito nacional ou regional.

A conclusão da tese de mestrado em Ciências da Comunicação de Patrícia Posse é semelhante à dos seus colegas da Universidade do Porto, que estudaram o fenómeno regional. Patrícia Couto avaliou, exactamente da mesma forma, em 2010, nove ciberjornais do distrito do Porto, tal como Pedro Jerónimo, já em 2011, vinte, precisamente aqueles que registavam mais audiência, segundo o Bareme Imprensa Regional 2010, nos 18 distritos e 2 regiões autónomas.

Para Patrícia Posse os motivos são variados, porém centrados nos reduzidos recursos, que levam à desmotivação. “Há uma razão conjuntural que se prende com o fraco desenvolvimento económico dessas regiões [Vila Real e Bragança] e com a densidade populacional. Ora, não existindo um tecido empresarial forte e leitores com poder de compra e que se identifiquem com a imprensa regional, tornase complicado dinamizar o sector

dos media locais e regionais. O quase desaproveitamento das potencialidades da Internet acaba por ser uma consequência da não contratação de recursos humanos devidamente qualificados (ou de não se apostar na actualização de competências da mão-de-obra existente), da indisponibilidade (ou má canalização) dos recursos financeiros e da falta de estratégia das chefias, que muitas vezes está associada com “o eterno problema” do ciberjornalismo: a inexistência de um modelo de negócio sustentável”.

Num período em que o consumo de informação pela Internet vai crescendo, a mestranda alerta para a necessidade de se chegar também às novas gerações, actuais e futuros leitores. “É preocupante, sobretudo, o facto de as redacções dos ciberjornais de Bragança e Vila Real serem tão reduzidas. E pior é quando funcionam sem jornalistas, como é o caso do Jornal do Douro ou do Notícias do Nordeste. À

excepção do Jornal Nordeste, que tem um número considerável de jornalistas em consequência da fusão com a rádio Brigantia, a média de profissionais é de dois jornalistas. Por aí se percebe que a prioridade seja o jornal impresso, enquanto o website é relegado para um segundo plano e “quando há tempo”, como ouvi algumas vezes”.

“Pessoalmente, noto nestes profissionais alguma desmotivação, seja pelos baixos salários, pelo excesso de trabalho, pela falta de estímulo, pelas pressões de vária ordem a que estão sujeitos ou até pela própria interioridade. Daí que seja pouco expectável que tenham iniciativas para produzir conteúdos específicos para a Internet. Embora a maioria dos jornalistas tenha formação académica e refira também formação em ciberjornalismo, poucos são aqueles que dominam as ferramentas necessárias à sua prática”, referiu.

U 11 de Novembro (sexta-feira)

8.º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ 11 e 12 de Novembro de 2011 SEMINÁRIO DIOCESEANO DE LEIRIA www.caiic2011.wordpress.com

08h00 – Abertura do secretariado 09h45 – Sessão de abertura P. António Salvador, Presidente da AIC D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima …entre outras entidades convidadas 10h15 – Painel “Análises” Alexandre Manuel, jornalista e professor universitário (ISCTE) Pedro Jerónimo, Observatório do Ciberjornalismo Luís Miguel Ferraz, O Mensageiro Moderadora: Luísa Ribeiro, Diário do Minho 11h45 – Intervalo 12h15 – Painel “Testemunhos” Experiência dos jornais Reconquista e Folha do Domingo 13h00 – Almoço 14h30 – Painel “Realidades” Debate com intervenientes nos painéis da manhã 15h30 – Visita ao Moinho de Papel em Leiria 16h30 – Visita ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória 18h00 – Visita ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha 20h00 – Jantar cultural no restaurante A Aldeia de Santo Antão

12 de Novembro (sábado)

09h30 – Conferência “Potencialidades” Cónego João Aguiar, presidente do conselho de administração da RR 10h45 – Intervalo 11h15 – Painel “Perspectivas” António Granado, jornalista (RTP) e professor universitário (FCSH-UNL) Alexandra Serôdio, jornalista (JN) Nuno Rosário Fernandes, Dep. Comunicação do Patriarcado de Lisboa Tony Neves, Missão Press Moderadora: Maria da Conceição Vieira, Jornal da Família 13h00 – Almoço 15h00 – Filme “Vox Populi” – Painel “Rumos” Debate com os intervenientes no painel da manhã 17h00 – Sessão de encerramento D. João Lavrador, Bispo auxiliar da Diocese do Porto …entre outras entidades convidadas – Leitura das conclusões

DIOCESE 9

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Visita Pastoral à Diocese Entrevista ao padre Isidro da Piedade Alberto, pároco de Regueira de Pontes

Que pensa desta iniciativa do Bispo diocesano de fazer uma visita pastoral a todas as paróquias?

A ideia é excelente, na medida em que o Bispo precisa de conhecer, no terreno, o seu rebanho. O bom pastor, para conduzir bem o seu rebanho, precisa de conhecer as suas ovelhas.

DR

Como se preparou a comunidade para receber o Bispo?

Depois da marcação e

Qual foi o critério na elaboração do programa?

Abranger, o mais possível, toda a população da paróquia, de tal modo que o senhor Bispo pudesse estar com o maior número de pessoas, para, através dele, receberem a mensagem salvadora de Jesus Cristo e, assim, a visita ser um

momento forte de evangelização.

De forma geral, como decorreu a visita?

No primeiro dia, a visita começou com a Santa Missa, na igreja paroquial, seguindo-se o jantar oferecido pelo Conselho Pastoral Paroquial, pelo Conselho para os Assuntos Económicos, pela Comissão da Igreja das Chãs e pelos órgãos directivos do Centro Social Paroquial, no salão paroquial de Regueira de Pontes. Depois, realizou-se a assembleia paroquial, no auditório da Filarmónica das Chãs, com a presença das instituições já referidas e ainda dos catequistas, dos ministros extraordinários da Comunhão, dos coros litúrgicos, da Conferência de S. Vicente de Paulo, da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus e do grupo de jovens.

No segundo dia, a visita começou com a Eucaristia com os doentes, na igreja paroquial, sendo administrada a Santa Unção a mais de 100 enfermos. Depois, no salão paroquial de Regueira de Pontes, realizouse um encontro do senhor Bispo com a direcção da Filarmónica das Chãs, Assembleia de Freguesia, Junta de Freguesia, Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Regueira de Pontes, Clube Recreativo das Chãs e Madre da Amieira.

No terceiro dia, no salão paroquial de Regueira de Pontes, realizaram-se os encontros do senhor

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Bispo com as crianças da catequese da infância e com os adolescentes e os crismandos. À noite, o Bispo presidiu à solene bênção e dedicação da nova igreja não paroquial das Chãs. A seguir, as comissões da igreja e de obras, ofereceram a toda a população um jantar no salão pastoral local.

No quarto dia, o encerramento da visita foi feito numa Eucaristia solene, para toda a paróquia, na igreja paroquial de Regueira de Pontes, com a administração do sacramento da Confirmação ou Crisma, a 16 jovens. Por fim, houve um almoço partilhado por todos os paroquianos que quiseram participar, aberto a toda a paróquia, no salão paroquial de Regueira de Pontes, com a presença da Filarmónica das Chãs. O Bispo despediu-se assim da paróquia, sendo-lhe oferecido um ramo de lindas flores por uma criança, e uma mensagem muito afectiva de agradecimento, por este acontecimento histórico para a freguesia, que ficou com muitas saudades do seu pastor.

Houve algum momento especial que queira destacar?

A bênção e dedicação da nova e linda igreja das Chãs.

Qual a principal mensagem ou marca deixada por D. António Marto?

Um homem que respira Deus por todos os poros e que tem o dom de

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O Bispo diocesano, D. António Marto, esteve em visita pastoral à paróquia de Regueira de Pontes, de 27 a 30 de Outubro. A esse propósito, entrevistámos o pároco, padre Isidro Alberto.

calendarização da visita, feita em Vigararia, com o senhor Bispo e os párocos, o Conselho Pastoral Paroquial elaborou o respectivo programa que, dois meses antes da visita, foi apresentado ao vigário-geral. Este ajudou a melhorá-lo para a entrega, como definitivo, ao senhor Bispo. Foi também feito o levantamento sócio-religioso da paróquia, que foi entregue ao senhor Bispo com o programa da visita.

Entretanto, formaramse quatro grupos de Lectio Divina, cujos animadores receberam formação directa com o senhor Bispo, a nível vicarial. Foram cinco os temas reflectidos.

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Destaque para a bênção da nova igreja das Chãs

O transmitir com muita simplicidade e profundidade, com muita ternura, alegria e encanto. Foi dito por muita gente: «Este Bispo faz lembrar o Papa João Paulo II.» Quais as expectativas criadas a partir da Visita Pastoral? Foi já definida

alguma prioridade pastoral ou tomada alguma decisão em ordem à renovação da dinâmica paroquial?

O Conselho Pastoral Paroquial vai avaliar, com todo o empenho, o acontecimento e, a partir daí, propor algumas acções em ordem à renovação da paróquia.

11 a 13 de Novembro

Boa Vista

11 de Novembro (sexta-feira) 16h30 – Acolhimento 17h00 – Eucaristia com os Doentes e Idosos 19h00 – Celebração da Palavra no Alqueidão 21h00 – Assembleia Paroquial 12 de Novembro (sábado) 10h00 – Encontro com os Jovens Crismandos e Crismados nos últimos anos 11h30 - Encontro de Colectividades, nos Machados 12h30 - Almoço de convívio com as Colectividades 14h30 - Encontro com a Catequese da Adolescência 16h00 - Encontro com a Catequese da Infância 17h30 - Eucaristia com a Catequese e Escuteiros 19h00 - Jantar partilhado com as Famílias 20h30 - Encontro com Casais 13 de Novembro (domingo) 11h00 – Eucaristia, com a celebração do Crisma.

13h00 - Almoço e Convívio Final

10 ECLESIAL

O Mensageiro 10.Novembro.2011

No mês das almas

Leituras | XXXIII Domingo Tempo

Antífona de Entrada: Jer 29, 11.12.14 Leitura I: Prov 31, 10-13.19-20.30-31 Salmo Responsorial: Salmo 127, 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a) Refrão: Ditoso o que segue o caminho do Senhor. Repete-se Aclamação ao Evangelho: Jo 15, 4a.5b; Refrão: Aleluia. Repete-se; Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós, diz o Senhor. Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão EVANGELHO: Mt 25, 14-15.19-21 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, entregaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’.

Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel.

Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’».

Palavra da salvação.

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Leitura II: 1 Tes 5, 1-6 José Maria Vieira Trindade O padre João Viera Trindade está de luto pela morte de seu irmão José Maria Vieira Trindade. Faleceu

no dia 4 de Novembro no Hospital de Santo André, depois de prolongada doença,. Era natural de Alburitel e residia na freguesia de Marrazes.

Viúvo de Maria Alice Vaz Pedrosa, falecida em Março do corrente ano, vivia com sua neta Vanessa, professora do ensino básico, que dispensou aos avós todos os cuidados e acompanhamento de que necessitaram.

O funeral realizou-se em Alburital, no dia 6 de Novembro, com missa celebrada pelo irmão padre João Trindade e concelebrada pelos padres Manuel Armindo, reitor do Seminário e Artur Oliveira, capelão do Santuário de Fátima, na qual participaram além da comunidade paroquial, muitas outras pessoas, vindas de Lisboa, Leiria, Mira de Aire e Ourém.

submetendo aos critérios comerciais; etc.

Quanto mais se apregoa a liberdade mais se procura limitar essa mesma liberdade das pessoas para salvaguardar a segurança desta sociedade estrutural em que vivemos. Lembremonos do que aconteceu com as restrições à liberdade pessoal criadas depois de 11 de Setembro do ano passado.

Quando mais se proclama a igualdade entre as pessoas, mais aparece a sua separação: aumento do racismo, contra todos aqueles que não pertencem ao nosso grupo, apesar de não sabermos muito bem qual é ele; a própria mulher que tanto lutou e continua a lutar por uma igualdade aparece cada vez mais como instrumento dos desejos do homem.

Exemplo destas situações é a doutrina do “politicamente correcto” que se vai impondo cada vez mais na nossa sociedade, sinal do seu desequilíbrio em que já nada é natural, mas tudo é uma imagem (virtual) que se vai criando.

Por isso na primeira leitura se diz que uma mulher

de valor é mais preciosa do que as pérolas. Porque não é apenas uma fachada bonita para alegrar a vida dos homens, mas porque é uma pessoa com características próprias, complementares do homem. Nesse tempo o valor duma mulher estava no trabalho doméstico.

Qual é hoje o real valor de uma mulher? Mesmo que seja doutora ou engenheira.

As contradições que vimos lembram-nos que devemos estar sempre alerta.

O tempo que temos é relativo por isso é sempre pouco para o que queremos. Mas devemos estar preparados, porque todos os impérios caíram quando a segurança de transformou em desleixo. S. Paulo diz que quando os ímpios disseram: “paz e segurança”, então é que súbita ruína cairá sobre eles e não poderão escapar.

No Evangelho Jesus conta-nos uma parábola para mostrar que é preciso progredir sempre nas coisas de Deus. Não se pode descansar com o que se tem pois isso é fugir à responsabilidade de fazer avançar o mundo. É por isso que aquele que escondeu o seu

INÍCIO: Eu cuidarei das minhas ovelhas - Lau 359 Pai, Filho, Espírito Santo - Lau 639 SALMO RESPONSORIAL: O Senhor é meu Pastor - Lau 585

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Cânticos | Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (20/11/11) AO SABOR DA PALAVRA

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Hinos de Glória - Lau 424 O Cordeiro que foi imolado - Lau 1143 COMUNHÃO: Cristo nosso Cordeiro Pascal - Lau 249 Vinde bendito de meu Pai - Lau 863 PÓS-COMUNHÃO: Glória a ti Jesus Cristo - Lau 411 Levanta-te Jerusalém - Lau 470 FINAL: Cristo vence - Lau 255 Cristo ontem, Cristo hoje - Lau 251

Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos

MISSAS DOMINICAIS

Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 09h45 – Paulo VI 10h00 - S. Francisco 10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h30 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário e Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação

Pe. Francisco Pereira

pe.francisco@mac.com 33º Domingo do Tempo Comum 13 de Novembro de 2011

Acomodação ou coerência?

O tempo em que vivemos está carregado de contradições. Numa altura em que as associações (de estudantes, desportivas e culturais, de países, etc.) se vão multiplicando mais aumenta o individualismo e egoísmo: encontramo-lo nas novas igrejas (seitas) que se centram apenas na realização de milagres, de curas de criação do bemestar pessoal; na programação que a televisão nos apresenta, manipulando os nossos valores, tudo

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Sacerdotes de Leiria de luto

Comum (13/11/11)

José Maria Pedro Também os padres Manuel Pina Pedro e João Pina Pedro estão de luto pelo falecimento de seu pai, José Maria Pedro, aos 88 anos de idade. Faleceu no dia 7 de Fevereiro e foi sepultado no dia 8, no cemitério dos Pousos. Residia nos Pousos e era casado com Maria Lucília Martins Pina Pedro. Eram pais de 9 filhos, sendo dois secerdotes da diocese.

Aos sacerdotes enlutados e a toda a família O Mensageiro endereça sentidas condolências. talento na terra ficará sem nada, porque teve medo.

Todos os dias, há cristãos que têm a coragem de arriscar. Não aceitam a injustiça e lutam contra ela; não pactuam com o egoísmo, o orgulho, a prepotência e propõem, em troca, os valores do Evangelho; não aceitam que os grandes e poderosos decidam os destinos do mundo e têm a coragem de lutar objectivamente contra os projectos desumanos que desfeiam esta terra. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria e da degradação.

Ser cristão sempre significou viver numa certa insegurança, então nesta época de actividades radicais, vamos viver radicalmente a insegurança da nossa fé, sabendo que a corda que nos segura é o próprio Jesus Cristo.

ECLESIAL 11

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Comissões Episcopais com novas presidências

Estruturas foram reduzidas de nove para sete e renovaram as suas denominações A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está reunida até hoje, dia10, e acolheu, no passado dia 7, em Fátima os presidentes das suas comissões para os próximos três anos, diminuindo o número destes departamentos de nove para sete e dando-lhes novas designações.

O arcebispo de Braga e anterior presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, vai dirigir a Comissão da Pastoral Social, departamento que ganha o pelouro da Mobilidade Humana, antes autónomo, refere uma nota da CEP enviada à Agência ECCLESIA. D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, sucede a D. Manuel Clemente, responsável pela diocese portuense, na presidência da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Para conduzir a Comissão Episcopal da Educação Cristã, que passa a integrar a Doutrina da Fé, até agora

independente, o plenário votou no bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.

A Comissão Laicado e Família, que mantém a designação, será dirigida pelo bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, em substituição de D. António Carrilho, responsável pela diocese do Funchal.

O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, coordena agora a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, em lugar de D. António Francisco dos Santos.

A direção da Comissão Episcopal da Liturgia, agora denominada Liturgia e Espiritualidade, continua a ser ocupada pelo bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto de Oliveira.

D. António Couto, um dos bispos auxiliares de Braga, mantém a presidência da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, antes denominada das Missões.

A assembleia elegeu o bispo do Algarve, D. Ma-

nuel Quintas, para as relações entre o episcopado e os religiosos e religiosas da Vida Consagrada.

O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, é o delegado na Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE).

Por inerência do cargo a CEP será representada pelo seu presidente, D. José Policarpo, no Pontifício Colégio Português, em Roma, e no Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

A Conferência episcopal vai ser representada na Universidade Católica Portuguesa pelo magno chanceler da instituição académica, o cardeal-patriarca de Lisboa.

Os bispos que vão ocupar o cargo de vogais das várias Comissões poderão ser eleitos “até quinta-feira”, dia em que se conclui a assembleia plenária, revelou à Agência ECCLESIA o responsável pelo Secretariado Geral da CEP, padre Manuel Barbosa.

A designação das sete comissões episcopais ficou assim determinada: Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé; Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana; Comissão Episcopal do Laicado e Família; Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios; Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade; Comissão da Missão e Nova Evangelização.

Esta segunda-feira, na abertura dos trabalhos, o presidente da CEP observou que o organismo episcopal “não governa as Igrejas de Portugal, qual parlamento que tivesse a última palavra a dizer”.

Quanto às Comissões Episcopais, D. José Policarpo afirmou que as mesmas “são órgãos decisivos” para que a CEP “possa realizar a sua missão” em “áreas específicas de intervenção”.

Conclusões da Primeira Assembleia

Fundo Solidário No passado dia 29 de Outubro decorreu a primeira Assembleia do Fundo Social Solidário na Casa de Nossa Senhora dos Carmo.

Estiveram presentes 38 representantes de 11 Dioceses que concluíram: Ter sido uma decisão profética da Conferência Episcopal Portuguesa a criação do Fundo Social Solidário (FSS); Estão a ser positivos os resultados obtidos, porque já foram apoiadas 1.290 famílias que agregam 3.875 pessoas, tendo sido utilizados por parte do FSS 334.557.33 e pelas Dioceses, aproximadamente, 214. 652,13 . Mas é relevante também o reforço do trabalho em rede que resulta numa maior articulação entre os organismos, de âmbito nacional e

diocesano, da acção social da Igreja; É positiva a preocupação de transparência na utilização dos donativos, podendo cada cidadão e cidadã, em qualquer momento, aceder a informações relativas ao FSS, através do sítio da Cáritas Portuguesa. Considerou-se também significativo que todos os donativos fossem, integralmente, destinados às pessoas em situação de carência, sendo os custos administrativos suportados pelos organismos que estão a gerir o FSS; Prevalecem os problemas com habitação, seguindo-se os relacionados com saúde, educação, o endividamento e, por último, muitos outros da mais variada ordem; Foi dado conhecimento de alguns problemas

DIOCESE Semana dos Seminários

Vigília de Oração Vocacional Na semana dos seminários a diocese de Leiria prepara, de modo festivo, a ordenação do jovem Patrício Oliveira, como fizemos referência na última edição.

Integrado na mesma semana e como preparação próxima daquela ordenação, nesta quinta-feira realizase na Igreja do Seminário uma Vigília de Oração pelas Vocações ao ministério ordenado.

Com inicio marcado para as 21h30, esta vigília é aberta a todas as pessoas que queiram rezar pelas vocações.

Fé e Arte, um Diálogo de Séculos

“Por terras do Lis”

No âmbito da Carta Pastoral para o ano transacto, o Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima está a organizar visitas guiadas ao património edificado da Diocese.

Dando seguimento ao programa estabelecido, lembramos que a próxima visita, denominada “Por terras do Lis”, será no dia 19 de Novembro às igrejas paroquiais do Souto da Carpalhosa e de Regueira de Pontes e ao Santuário do Senhor Jesus dos Milagres e será orientada pelos Drs. Marco Daniel Duarte e Filomena Silva Martins. A concentração está marcada para as 14.45h, junto à igreja do Souto da Carpalhosa.

Para quem pretender deslocar-se de Leiria, em autocarro e se o número de interessados o justificar, haverá transporte com saída do Seminário, pelas 14 horas e chegada ao mesmo local, por volta das 19h00. O custo do bilhete será de 7,5 euros por pessoa; as reservas deverão ser feitas através do telefone 962540255 ou 244837291 ou ainda pelo email coelhomartins@iol.pt, até ao dia10 de Novembro.

Dep. do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima Júlio Martins

Concerto a favor do Centro de Acolhimento de Leiria metodológicos e de funcionamento que deverão ser analisados no futuro; São muito graves as situações que se têm revelado insuperáveis para as equipas diocesanas. Em 1.º lugar, o desemprego que tem levado, com facilidade, ao empobrecimento, condição que gera a diminuição de estatuto social.

São os jovens os mais afectados, tendo muitos que regressar a casa dos pais por impossibilidade de manterem as suas; em 2.º, os encargos com a habitação, nomeadamente, os volumosos endividamentos com rendas, mensalidades de empréstimos bancários, energia, água e gás; em 3.º, os problemas psíquicos dos jovens e de outras pessoas atingidas pela crise; em 4.º, os idosos isolados e maltratados que acabam por ser

cúmplices por receio de denunciar os familiares; em 5.º, os estudantes imigrantes, provenientes do Países de Expressão Portuguesa que estão sem meios de subsistência e sem possibilidade de não só prosseguir os estudos como de sobreviver com o mínimo de dignidade; em 6.º, as centenas de portugueses que trabalharam em Espanha, julgando estarem a fazer os descontos legais e como tal não aconteceu, ficaram sem direito ao subsidio de desemprego; em 7.º, as dificuldades em que se encontram muitas famílias que apesar de disporem de salários os têm, em parte, penhorados para satisfazerem o pagamento de dividas, não podendo, por isso, aceder a qualquer tipo de apoio social estatal.

“É tempo de dar as mãos!”

Muito se fala, hoje em dia, da crise financeira que atinge, mais ou menos directamente, a vida de todos nós. Mas mais do que simplesmente constatar este facto, é preciso “arregaçar as mangas” e acreditar em dias melhores.

Como todos sabemos, existem, bem perto de nós, pessoas que, pelas circunstâncias da vida, recorrem aos serviços do Centro de Acolhimento de Leiria. Esta instituição, totalmente dependente da paróquia de Leiria e sem subsídios estatais, debate-se, diariamente, com enormes dificuldades, para poder fazer face às crescentes solicitações dos mais pobres dos pobres. O Colégio Nossa Senhora de Fátima, consciente da palavra de Jesus “ Tudo o que fizerdes ao mais pequenino dos meus é a mim que o fazeis”, quer continuar a apoiar esta instituição. Promoveu, assim, um espectáculo que será levado ao palco no dia 20 de Novembro, pelas 16 horas, no Teatro José Lúcio da Silva, cujo produto reverterá inteiramente a favor desta causa.

Inserido na temática “olhares sobre o mundo”, esta sessão musical dividir-se-á em duas partes. A primeira consistirá numa “volta ao mundo em música”, interpretada por alunos dos mais diversos ciclos e, na segunda, os espectadores poderão assistir ao musical “Nos montes de Viriato”.

12 MUNDO

BREVES França

Bento XVI apela à participação nas celebrações dominicais Bento XVI escreveu aos membros da Conferência Episcopal Francesa (CEF), que estiveram reunidos até à passada quarta-feira em Lourdes, apelando à participação dos católicos nas celebrações dominicais.

Na mensagem, dirigida ao presidente da CEF, cardeal André Vingt-Trois, o Papa convida os bispos a levarem os fiéis a “redescobrir a participação regular na Eucaristia como uma necessidade indispensável para o dinamismo da vida cristã”. “Que a preparação do próximo Ano da Fé que o Santo Padre acabou de promulgar seja também para vós uma ocasião de encontrar meios adequados para a celebrar nas vossas dioceses de maneira digna e fecunda, permitindo assim aos que crêem em Jesus Cristo revigorar a sua adesão ao Evangelho e o seu testemunho de vida cristã”, assinala o texto, enviado através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone. O documento fala ainda do “poderoso testemunho dado pelas pessoas consagradas”, tido como “cada vez mais significativo numa sociedade fortemente marcada pela secularização e indiferença religiosa e também por uma grande sede de espiritualidade”.

Apelo do Papa Bento XVI

Procurar a vontade de Deus Bento XVI presidiu, no Vaticano, a um encontro de oração com os estudantes das Universidades Pontifícias de Roma, apelando à descoberta do “projecto” de Deus para cada pessoa. “É importante tentar seguir na vida, com generosidade, não um projecto próprio, mas o que Deus tem para cada um, conformando a própria vontade à do Senhor”, disse, na basílica de São Pedro, chamando os presentes a “servir o Povo de Deus” nas missões que lhes forem confiadas. Na celebração que marcou o início do ano académico, o Papa centrou-se na missão dos sacerdotes, assinalando o 70.º aniversário da instituição da Obra Pontifícia pelas Vocações Sacerdotais, criada por Pio XII para “difundir a consciência da dignidade e da necessidade do ministério ordenado”.

Para Bento XVI, os padres devem procurar uma “crescente consonância com Cristo” na vida diária, que passa por uma “aspiração a colaborar com Jesus na difusão do Reino de Deus”, pela “gratuidade do compromisso pastoral” e por uma “atitude de serviço”.

Sucessão no trono britânico

Bispos satisfeitos com novas regras A Conferência de Bispos Católicos de Inglaterra e Gales (CBCEW, sigla em inglês) saudou as mudanças de regras de sucessão ao trono de Inglaterra, que vão permitir aos futuros herdeiros do trono casar com alguém católico. “Felicito a decisão do Governo de sua Majestade de dar liberdade aos herdeiros do trono para casarem com um católico sem serem removidos da linha de sucessão”, assinala o presidente da CBCEW, D. Vincent Nichols. Para o arcebispo de Westminster (Londres), esta medida “vai eliminar um ponto de injusta discriminação contra os católicos”. Os 16 países membros da Commonwealth acordaram alterar as regras de sucessão ao trono de Inglaterra para acabar com a primazia masculina e também permitir aos futuros herdeiros casar com alguém católico sem ter de renunciar à coroa, anunciou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O Mensageiro 10.Novembro.2011

D. Louis Sako em Portugal

Cristãos ajudam a travar «talibanização» O arcebispo iraquiano D. Louis Sako referiu que a comunidade internacional deve proteger os cristãos no Iraque para servirem como “ponte” entre o Ocidente e o Islão, evitando a ‘talibanização’ do país.

“Sem cristãos, o que vai acontecer é que restarão apenas talibãs”, alerta, em entrevista à ECCLESIA, o responsável pela diocese caldeia de Kirkuk (300 quilómetros a norte de Bagdad).

Para D. Louis Sako, que em 2010 recebeu o ‘Prémio para a Paz’ do movimento católico internacional ‘Pax Christi’, os católicos iraquianos são uma “Igreja mártir” e uma presença “muito frágil”.

O arcebispo acusa grupos fundamentalistas de quererem “criar um Estado islâmico, com leis islâmicas”, através da violência.

“A democracia não é mágica, não se pode impor pela força, é um longo processo”, indica o prelado, defendendo a “separação entre religião e Estado”.

Neste sentido, D. Louis Sako fala num “inverno árabe”, lembrando que os jovens que defendem a mudança de regime “não têm liderança política” e estão à mercê de “islamitas” interessados em “impor a sua própria agenda”, dando como exemplo a situação da Tunísia e da Líbia.

A comunidade caldeia (rito oriental da Igreja Católica) no Iraque reza na mesma língua de Jesus, o aramaico, e sobrevive há 2 mil anos sem nunca ter tido um rei ou um império cristão no território iraquiano.

Estes fiéis viviam na região antes de Maomé, mas a hostilidade de grupos muçulmanos armados desencadeada com a invasão norte-americana, em 2003, já reduziu o número de cristãos para menos de metade.

“Muitos cristãos iraquianos foram mortos; muitas igrejas foram atacadas, muitas pessoas foram raptadas e ameaçadas”, assinala D. Louis Sako, para quem “os cristãos estão isolados,

não estão protegidos, porque não têm milícias nem fazem parte de tribos”.

O arcebispo de 63 anos encontra-se em Portugal até ao próximo dia 13, a convite da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), para dar uma série de conferências sobre a situação dos cristãos no seu país.

“Quero sensibilizar os nossos irmãos e irmãs, os cristãos em Portugal, a mostrarem solidariedade: não falo só de dinheiro, mas também de obrigar a que os direitos humanos sejam respeitados, de solidariedade espiritual”, precisa.

O prelado admite que os europeus tenham dificuldades em perceber a situação dos católicos que são “minoria”, lamentando que haja quem permaneça “indiferente” diante do sofrimento dos outros.

“Os católicos deveriam estar muito mais próximos uns dos outros”, declara.

Ser cristão, refere o arcebispo, é um “compromisso”, citando o caso de um acólito, de 13 anos, raptado

na diocese de Kirkuk, torturado para o levarem a abandonar a Igreja, que resistiu aos agressores, acabando por ser libertado pelas forças norte-americanas.

D. Louis Sako diz não temer pela própria segurança: “O bispo é um líder, se tiver medo, se temer pela sua vida ou pelos seus privilégios, é melhor resignar.

Nunca”.

O arcebispo de Kirkuk vai estar no início da próxima assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, segunda-feira, em Fátima, anunciou a AIS em comunicado enviado à Agência ECCLESIA. A Fundação católica vai dedicar a campanha de Natal deste ano aos cristãos perseguidos no Iraque, onde o número de fiéis passou de 850 mil para 300 mil em apenas oito anos, uma realidade que a organização internacional apelida de “genocídio”.

Cimeira do G20 em Cannes

Encontro produziu “poucos resultados” A CIDSE, rede internacional de agências católicas de desenvolvimento, mostrou-se satisfeita com o apoio a um imposto sobre transacções financeiras, deixado por membros do G20, em Cannes (França), mas lamentou que o encontro tenha produzido “poucos resultados concretos”.

“A cimeira do G20 em Cannes, dominada pela profunda crise do Euro, produziu poucos resultados concretos e ignorou, em larga medida, as prementes questões do desenvolvimento”, refere um comunicado da organização, enviado à Agência ECCLESIA. Para o secretário-geral da CIDSE, Bernd Nilles, os líderes do G20 “deveriam ter feito muito mais” para

promover uma reforma financeira e económica global.

“As preocupações sobre a crise do euro não servem de desculpa para a apatia do G20. De facto, apenas por meio de uma reforma robusta se podem prevenir crises similares no futuro e abrir caminho para um desenvolvimento sustentável”, assinala.

As 16 organizações católicas de desenvolvimento da Europa e da América do Norte - nas quais se inclui a Fundação Fé e Cooperação (FEC), de Portugal – destacam que “novos países” tenham manifestado apoio a um imposto sobre transacções financeiras (ITF), entre eles a África do Sul, Argentina ou Brasil.

“Como uma bola de

neve, o apoio parece crescer cada vez mais. Devemos avançar para fazer com que este imposto seja uma realidade, rumo a um sistema financeiro mais estável e para financiar os desafios do desenvolvimento e das mudanças climáticas”, indica o comunicado da CIDSE. Em Cannes, o G20 reforçou o combate à evasão e aos chamados paraísos fiscais.

“O facto de os países do G20 se comprometerem em trocar informação fiscal automaticamente é um desenvolvimento positivo”, declara Bernd Nilles, pedindo atenção aos “locais que tornam a evasão possível”.

Os líderes do G20 saudaram os progressos feitos

na cimeira de Cannes para tornar o sistema monetário internacional “mais representativo, estável e resistente”.

“Hoje reafirmámos o nosso compromisso de trabalharmos juntos e tomámos decisões para dar novo vigor ao crescimento económico, à criação de emprego, para garantir a estabilidade financeira, promover a inclusão social e garantir que a globalização serve os interesses das pessoas”, diz o comunicado final.

De acordo com documento, foram estabelecidos princípios entre os líderes com o objectivo de “potenciar a integração financeira” e aumentar a flexibilidade no combate aos “voláteis fluxos de capital”.

OPINIÃO 13

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Divulgação

Nova Evangelização Encontros para adolescentes, jovens e adultos

O

s cristãos testemunham a sua fé mediante as causas nobres que abraçam e as boas obras que realizam. Em todos os âmbitos da sociedade, ali são portadores da luz do Evangelho com ideias e iniciativas. Assim se tornam como que a “alma do mundo”, sendo nele como fermento, transformando-o a partir de dentro com a fé, o amor e a sabedoria. Abúndio da Silva (1874-1914) é um exemplo de cristão que soube assumir e corresponder à sua vocação de testemunha de Cristo na sociedade. Não teve medo de defender a secularização do Estado e afirmar-se como católico no exercício da sua cidadania, numa época marcada por crises políticas e religiosas.

Manuel Isaías Abúndio da Silva nasceu em 1874, em Viana do Castelo. Cedo ficou órfão de pai e de mãe. Frequentou a escola e o liceu da sua terra natal.

Em seguida, matriculou-se na Universidade de Coimbra onde se formou em Teologia e Direito. A par dos estudos, ainda jovem, empenhou-se na imprensa e na escrita. Estudou tam-

O Paróquia dos Marrazes Quartas e Sextas-feiras, 21h30, Salão Paroquial (junto à igreja dos Marrazes) Paróquia do Souto da Carpalhosa Segundas e Quintas-feiras, 21h00, Cave da Casa Paroquial (junto à igreja do Souto da Carpalhosa) Até 30 de Novembro

primeiro-ministro já afirmou que o Orçamento do Estado para o próximo ano “será seguramente o mais difícil de fechar e o mais difícil de executar de que temos memória em Portugal”.

No passado, ouvimos José Sócrates dizer frases semelhantes. O próximo Orçamento é sempre o mais difícil. Ainda assim, desta vez, Pedro Passos Coelho não está a exagerar.

Os pilares base das previsões de receitas e despesas para o próximo ano são elucidativos. Primeiro, o cenário macroeconómico é mais negro. A recessão em 2012 será ainda mais profunda, o que prejudicará a arrecadação de impostos.

Segundo, a redução do défice é superior ao que parece à primeira vista.

Como o défice orçamental

bém Geografia e História.

Deu à estampa trabalhos de poesia e estudos na área do Direito e da História. Foi professor, primeiro em Coimbra e depois em Lisboa. Foi também advogado, jornalista e político.

Militou num partido, mas depois distanciou-se dele e tornou-se um defensor da liberdade de consciência dos católicos nas eleições.

Fundou e colaborou em várias publicações de teor católico. Em 1905, impulsionou a realização do congresso de jornalistas católicos. Empenhou-se na difusão da primeira encíclica social católica, a “Rerum Novarum”, publicada pelo Papa Leão XIII em 1890. A partir da encíclica, trabalhou na resolução da questão social mediante um programa reformador da sociedade. Na última fase da sua vida, estabeleceu-se na cidade do Porto, onde se ocupou no desenvolvimento do “movimento católico”, procurando afirmar a presença da inspiração cristã na vida social. Em 1909, foi condecorado pelo Papa Pio IX com a cruz de ouro “Pro Ecclesia et Pontifice”.

As suas obras princi-

de 5,9% deste ano vai ser conseguido com 1,4% do PIB de receitas extraordinárias, para atingir a meta de 4,5% em 2012, imposta pela ‘troika’, será necessário uma redução de 2,8 pontos percentuais.

Por último, como já percebemos, este ano vão continuar a surgir buracos surpresos nas empresas públicas, o que colocará a execução orçamental sob pressão.

Perante isto, percebese o trabalho colossal que o Governo está a ter para montar este Orçamento.

Aumentar impostos é cada vez menos uma solução porque a carga fiscal já está elevada e, com a economia em terreno vermelho, não há produção para tributar.

Cortar na despesa é o caminho certo para fazer uma consolidação orça-

LUZ ENTRE OS HOMENS

Pe. Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

A cidadania activa de Abúndio da Silva pais onde explicita as suas ideias sociais e políticas inspiradas na sua consciência cristã e na doutrina social da Igreja foram: “A Igreja e a política” (1911) e “Cartas a um Abade: sobre alguns aspectos da questão político-religiosa em Portugal” (1913). Depois de uma vida intensamente apostólica no âmbito social, morreu em Viana do Castelo, em 1914, aos 40 anos, vítima de tuberculose.

Trabalhou por um catolicismo social, desejando

ANÁLISE ECONÓMICA

Orlando Fernandes Jornalista

Orçamento com visão mental sólida. Mas já se percebeu que é mais fácil dizer do que fazer, sobretudo quando se aposta em medidas transversais.

Impor cortes iguais para

“uma Igreja livre num Estado livre” (Montalembert).

Segundo Matos Ferreira, que fez um estudo sobre a vida e obra de Abúndio da Silva, este defendeu “uma constante afirmação do primado da sua condição de católico, acima da sua posição de cidadão”, pugnado pela liberdade de imbuir de espírito cristão a sociedade do seu tempo.

Defendeu a liberdade, o parlamentarismo e a democracia. No livro “A Igreja e a Política”, de 1911, escreve: “Não pedimos à República o privilégio, mas o direito comum, a liberdade de consciência, de culto, de imprensa, de proselitismo e de associação. Não queremos para nós, católicos, um único direito que não reclamemos também para os outros; mas não queremos nos outros uma única liberdade que nós não fruamos também. E com a liberdade, estamos certo de que será mais fácil converter uma República que nasceu ímpia, do que cristianizar uma monarquia constitucional que viveu hipócrita”.

Na sua obra “Cartas a um Abade”, exorta: “Cató-

licos, seremos nós a grande reserva de que o país dispõe para o colossal trabalho da sua regeneração; é essa a obra que nos está destinada… se dela nos tornarmos merecedores. […] Não é um regresso ao antigo estado [monárquico], à antiga ordem de coisas, que fará reflorir a Igreja e restaurar o país: a nossa época condiciona uma situação nova, na qual a grande obreira será a liberdade civil e religiosa”.

A inspiração da sua acção buscou-a na fé cristã e bebeu-a na espiritualidade inaciana e franciscana.

De igual modo, a devoção mariana marcou de modo significativo a sua vida.

Uma peregrinação ao santuário de Lurdes, em 1903, tornou-o, segundo as suas próprias palavras, “mais crente”. Nas “Cartas a um Abade” defende a grande potencialidade da devoção mariana: esta “ainda faz vibrar a alma nacional de um modo estranho e quem souber dirigir e encaminhar essa devoção, que é uma das características da nossa raça, pode recristianizar o país inteiro”.

todos só podem falhar, uma vez que é uma medida ilógica. Não faz sentido aplicar os mesmos cortes a ministérios, serviços, institutos e empresas públicas que têm realidades diferentes.

Obviamente que uns podem cortar mais e outros não podem cortar nada.

Para passarem do papel à realidade, os cortes na despesa obrigam a três condições. Primeiro, devem ser preparados com um levantamento sério das despesas que se querem cortar.

Segundo, não devem ser gratuitos. Devem responder a uma visão para o Estado. O Governo deve primeiro repensar a presença do Estado na economia e na sociedade e depois usar a redução de gastos públicos para chegar a esse objectivo.

Assim, percebe-se a lógica das medidas.

Terceiro, é preciso comunicar bem essa lógica para mobilizar todos os envolvidos e atingidos para os esforços que vão ser impostos.

O Orçamento do Estado para 2012 vai ser o mais difícil porque está minado à partida, tem de responder a objectivos muito ambiciosos impostos pela ‘troika’ e o Governo não fez o trabalho de casa para garantir que os cortes na despesa vão resultar. É certo que os portugueses vão ter de suportar ainda mais medidas de austeridade. Contudo, ainda está por provar que vai realmente resolver algum dos problemas.

14 INSTITUCIONAL

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Ficha de Assinatura Assinaturas normal/benfeitor: 20/40 Euros (Nacional), 30/60 euros (Europa) e 40/60 (Resto do Mundo) Nome: ___________________________________________ ____________________________________________ Rua: _____________________________________________ _______________ N.º _______________ Localidade: ____________________________ C. Postal: _____ - ____________________ Telf.: _______________________________ E-mail:___________________________@_______________ Enviar esta ficha, recortada ou fotocopiada, para: O Mensageiro - Lg. Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA ou forneça-nos os seus dados através do endereço de correio electrónico jornal@omensageiro.com.pt

CARTÓRO NOTARIAL A Cargo da Notária Ana Paula Pinto Alves CERTIDÃO Nos termos do artigo n.º 100º do Código do Notariado, CERTIFICO, PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO, que por escritura lavrada no dia dois de Novembro de dois mil e onze, exarada a folhas dezoito e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número DOIS, deste Cartório Notarial, sito na Avenida Marquês de Pombal, Galerias S. José, lote doze, Loja H, na cidade de Leiria, a cargo da notária, Ana Paula Pinto Alves, os outorgantes: CARLOS MANUEL LOPES DA SILVA DE JESUS, contribuinte número 157 964 345, e cônjuge, MIQUELINA MARIA MARTINS CARLOS DE JESUS, contribuinte número 184 727 448, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, como declararam, naturais, ele da freguesia de Leiria e ela da freguesia de Cortes, ambas do concelho de Leiria, residentes na rua Principal, n.º 1601, Famalicão, freguesia de Cortes, concelho e Leiria, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, sito na rua do Senhor do Monte, freguesia de Cortes, concelho de Leiria, composto de pinhal e mato, com a área de sete mil e noventa e cinco metros quadrados, a confrontar de norte com caminho público, de sul com caminho publico, de nascente com Lombapeças – Acessórios e Veículos, S.A. e de poente com PHM – Corporation, S.A. e Carlos Alberto Santos Aguiar, inscrito na respectiva matriz, em nome dele, justificante marido, sob o artigo número 4539, ainda por descrever na primeira Conservatória do registo Predial de Leiria.

Que entraram na posse d identificado bem, já no estado de casados, em data que já não sabem precisar mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e oitenta e oito, através de uma compra meramente verbal que dele ajustaram fazer, ao tempo já com a área e configuração acima indicada, a Manuel Oliveira Marques e cônjuge, Maria Alice Lopes Vieira, residentes que foram em Abadia, dita freguesia de Cortes, compra essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento dos vendedores.

Desde a mencionada data tomaram a posse efectiva do aludido bem, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por ele proporcionadas, nele praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, limpando o mato, vendendo árvores para corte, participando-o à respectiva matriz quando verificaram que na mesma se encontrava omisso e avivando as estremas, tudo na convicção plena que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários.

Todos estes actos de posse foram, como se disse, praticados pelos justificantes, em nome próprio e pessoalmente, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, que conduz à aquisição por usucapião, que expressamente invocam, não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do se direito de propriedade plena, pelos meios extrajudiciais normais.

Leiria, dois de novembro de dois mil e onze.

A Notaria, (Ana Paula Pinto Alves)

F. Costa Pereira

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha Edital de Abertura do Processo Eleitoral N.° 01/2011 a eleger para o triénio de 2012 a 2014 A presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto da Associação e em cumprimento do disposto no seu artigo 63.º, n.º 1, torna pública a Abertura do Processo Eleitoral, que permitirá aos associados eleger através de voto secreto os membros dos órgãos associativos, desde que no pleno gozo dos seus direitos.

Avisa-se que, em conformidade com o preceituado nas disposições conjugadas dos artigos 9.º, n.º 1, al. b) e c) e n.º 2 e artigo 64.º dos Estatutos, só poderão exercer os direitos estatutários inerentes ao processo eleitoral (votar ou ser eleitos para membros da associação), os associados efectivos que: Tenham sido admitidos há mais de seis meses e não tenham quotas em atraso por um período superior a 12 meses; Sejam maiores de dezoito anos ou emancipados; Não façam parte dos órgãos associativos de outras associações congéneres; Não tenham sido destituídos dos Órgãos Associativos da Associação por irregularidades cometidas no exercício das suas funções; Não sejam trabalhadores remunerados da Associação; Não tenham qualquer impedimento ou motivo de inelegibilidade nos termos da lei.

Poderão ser apresentadas candidaturas segundo o sistema de lista completa para a Mesa da Assembleia-Geral, Direcção e Conselho Fiscal, nas quais se especificarão a identificação completa dos candidatos, respectivo número de associado, bem como a indicação do órgão e cargo para que são propostos, devendo incluir os suplentes. Não pode qualquer associado subscrever ou integrar mais do que uma lista, nem integrar mais do que um órgão da associação.

As listas a submeter à eleição deverão ser acompanhadas da declaração dos candidatos, onde expressamente manifestem a sua aceitação, e subscritas por um número mínimo de vinte e cinco associados efectivos no pleno gozo dos seus direitos.

São rejeitadas as listas que não contenham todos os elementos exigidos, que contenham candidatos inelegíveis ou que não contenham o número total de candidatos.

Findo o prazo adiante referido para o efeito, afixar-se-ão à porta dos quartéis as listas com a indicação das que tenham sido admitidas ou rejeitadas.

Neste sentido, deverá obedecer-se ao seguinte calendário: Publicação do Edital de Abertura do Processo Eleitoral, que deverá ser publicado no site da associação, no quartel e secção e afixado na Câmara Municipal e Juntas de Freguesia do Concelho – 30.10.2011; Publicação em jornal local; Período para a apresentação candidaturas por listas – 01.11.2011 a 20.11.2011 (a apresentar na sede, dirigida à presidente da Assembleia Geral); Período de análise das candidaturas – 21.11.2011 a 25.11.2011; Afixação no quartel e secção das listas admitidas ou rejeitadas – 26.11.2011; Publicação do edital de convocação para eleição, por iniciativa do presidente da Assembleia – 06.12.2011; Afixação das listas definitivamente admitidas – 12.12.2011; Realização da Assembleia-Geral para eleição dos elementos para os órgãos associativos – 16.12.2011 (seguida de promulgação); Tomada de posse dos elementos eleitos – 06.01.2012.

Batalha, 29 de Outubro de 2011 A Presidente da Assembleia Geral, Colette Pedrosa de Sousa

Médico Especialista Doenças da boca e dentes

Rua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA CONSULTAS COM HORA MARCADA 2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h Tel. 244 832406

Dr. Rui Castela Médico Especialista - Doenças dos Olhos Operações - Contactologia

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Telefones: 244 832 288 e 244 870 500

FARMÁCIAS DE SERVIÇO Oliveira (10), Sanches (11), Tomáz (12), Maio (13), Avenida (14), Baptista (15), Central (16) e Godinho Tomáz (17)

TELEFONES ÚTEIS

Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb.

Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244

832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Jerónimo (CP7104), Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: jornal@omensageiro.com.pt - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171 Depósito Legal 2906831/09

Tabela de Assinaturas para 2011 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

DESPORTO 15

O Mensageiro 10.Novembro.2011

Pts 19 15 14 14 11 10 10 9 9 7 7 6 6 5 4 1

GRAP/Pousos x Guiense Portomosense x Alvaiázere Avelarense x Pataiense Atouguiense x Ansião (todos os jogos às15h00) Fig.Vinhos x Vieirense Pedroguense x Marrazes Nazarenos x Biblioteca Merinhas x Alq. Serra

J 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

V 5 4 2 3 2 2 2 2 2 1 0 0

E 0 1 3 0 1 1 0 0 0 2 2 0

D 0 15 0 13 0 9 2 9 2 7 2 7 3 6 3 6 3 6 2 5 3 2 5 0

Ranha x Ilha (todos os jogos às15h00) Alegre e Unido x Castanheira de Pêra Boavista x Moita do Boi Pousaflores x Pelariga Motor Clube x Arcuda Caseirinhos x Mata Mourisquense

5.ª JO.06.11.11 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º

Equipa Lisboa Marinha Gaeirense Pilado Maceirinha Outeirense Juncalense Praia da Vieira Os Vidreiros Nadadouro Santo Amaro Unidos

J 5 5 5 5 4 4 4 4 5 4 5

V 5 4 3 2 2 2 2 1 1 0 0

E 0 0 0 2 1 0 0 1 0 1 1

D Pts 0 15 1 12 2 9 1 8 1 7 2 6 2 6 2 4 4 3 3 1 4 1

Praia da Vieira x Lisboa e Marinha Outeirense x Unidos (todos os jogos às15h00) Pilado x Os Vidreiros Maceirinha x Juncalense Santo Amaro x Nadadouro

FOTOJORNALISMOS U. Leiria assusta Sporting Duas jornadas consecutivas a marcar. Depois de se ter estreado a semana passada, o jovem avançado Djaniny (ao centro) repetiu a dose, desta vez no Alvalade XXI. Um golo que na altura valia o empate, mas que não foi suficiente.

Foto: José Sena Goulão/Lusa

divulgação

A edição desta época da Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria (AFL) – seniores masculinos – arranca dia 13 de Novembro, com a pré-eliminatória. O sorteio ditou os seguintes jogos, todos com início previsto para as 15h00: Motor Clube x Unidos, Gaeirense x Atouguiense, Moita do Boi x Os Nazarenos, Matamourisquense x Avelarense, Guiense x Biblioteca, Portomosense x Pataiense, Ilha x Pedroguense, Castanheira de Pêra x GRAP/Pousos, Ansião x Figueiró dos Vinhos, Pilado e Escoura x Alqueidão da Serra, Boavista x Vieriense, Pousaflores x Nadadouro, Maceirinha x Marrazes, Outeirense x Alvaiázere, Ranha x Pelariga, Juncalense ou Alegre e Unido (jogo protestado pelo Juncalense e em fase de resolução pela AFL) x Meirinhas.

11.ª JOR. 27.11.11

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

I LIGA

II LIGA

P. Ferreira x V. Guimarães (1-5) Marítimo x Académica (3-2) Olhanense x Porto (0-0) Beira-Mar x Feirense (2-1) Rio Ave x Nacional (2-1) V. Setúbal x Gil Vicente (0-0) Sp. Braga x Benfica (1-1) Sporting x U. Leiria (3-1)

Portimonense x Atlético (0-1) Estoril x Belenenses (1-0) Naval x Oliveirense (1-1) Sp. Covilhã x D. Aves (0-1) Leixões x Penafiel (2-1) Arouca x Freamunde (0-0) Moreirense x U. Madeira (2-0) Santa Clara x Trofense (1-0)

Equipa Porto Benfica Sporting Marítimo Sp. Braga Olhanense Académica Gil Vicente V. Setúbal Beira-Mar V. Guimarães Nacional U. Leiria Rio Ave P. Ferreira Feirense

J 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

V 7 7 7 6 5 3 4 2 3 2 3 3 3 2 2 1

E 3 3 2 3 4 4 1 5 2 4 1 1 0 2 1 4

D 0 0 1 1 1 3 5 3 5 4 6 6 7 6 7 5

Pts 24 24 23 21 19 13 13 11 11 10 10 10 9 8 7 7

Académica x Beira-Mar (dia 25, 20h15, Sport Tv1) Nacional x Marítimo (dia 26, 17h00, Sport Tv2) Benfica x Sporting (dia 26, 20h15, Sport Tv1) Feirense x Rio Ave (16h00) Gil Vicente x U. Leiria (16h00) Porto x Sp. Braga (18h15,TVI) P. Ferreira x Olhanense (20h15, Sport Tv1) V. Guimarães x V. Setúbal (dia 28, 20h15, Sport Tv1)

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Atlético Santa Clara Penafiel Moreirense Estoril Freamunde Leixões D. Aves Oliveirense Naval Sp. Covilhã Belenenses Arouca Trofense U. Madeira Portimonense

J 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9

V 6 4 4 4 3 3 4 3 3 3 3 2 2 2 2 2

E 2 3 3 2 4 4 1 4 3 3 2 4 4 2 2 1

A equipa – seniores femininos – do Colégio João de Barros (Meirinhas, Pombal) foi eliminada da Taça EHF (Federação Europeia de Andebol) após uma dupla derrota frente à dinamarquesa KIF Vejen. Com os jogos das duas mãos realizados na Dinamarca, a equipa portuguesa perdeu o primeiro jogo por 16-38 e o segundo por 17-30.

U. Leiria e Santa Clara (II Liga) voltam a encontrarse, agora para a segundamão da 1ª eliminatória da Taça da Liga. Depois do resultado desfavorável registado nos Açores (1-3), a equipa leiriense vai tentar dar a volta em casa – 13 de Novembro, 16h00, Estádio da Marinha Grande. No caso de ser bem sucedida, a equipa orientada por Manuel Cajuda seguirá para a fase de grupos, onde irá encontrar os melhores classificados da I Liga 2010/11: Porto (1.º), Benfica (2.º), Sporting (3.º), Sp. Braga (4.º), V. Guimarães (5.º), Nacional (6.º), P. Ferreira (7.º) e Rio Ave (8.º).

Atletismo | Pombal

Bruno Rodrigues e Vermoil vencem

Bruno Rodrigues (Juventude Vidigalense) venceu o Campeonato Distrital de Estrada – seniores –, realizado em simultâneo com a Tripla Légua de Vermoil (Pombal), a 6 de Novembro. O melhor colectivo foi o Atlético Clube de Vermoil.

federação portuguesa de futebol

liga portuguesa de futebol profissional

9.ª JORN. 06.11.11

10.ª JOR. 06.11.11

liga portuguesa de futebol profissional

CJB afastado

federação portuguesa de futebol

II Divisão B

III Divisão

SUL

D 1 2 2 3 2 2 4 2 3 3 4 3 3 5 5 6

Atlético x Moreirense (dia 24, 20h15) Freamunde x Santa Clara Oliveirense x Sp. Covilhã Trofense x Estoril U. Madeira x Arouca Belenenses x Naval Penafiel x Portimonense D. Aves x Leixões

Pts 20 15 15 14 13 13 13 13 12 12 11 10 10 8 8 7

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

8.ª JO. 06.11.11

D 0 0 1 1 2 2 3 2 2 1 2 3 3 4 5 6

Equipa Moita do Boi Pelariga Mata Mourisque.

Alegre e Unido Pousaflores Ranha Motor Clube Boavista Cast. Pêra Arcuda Ilha Caseirinhos

Nadadouro x Praia da Vieira (0-1) Lisboa e Marinha x Outeirense (2-0) Unidos x Pilado (1-7) Os Vidreiros x Maceirinha (1-1) Juncalense x Gaeirense (0-2) Folgou: Santo Amaro

Andebol | Pombal

União procura reviravolta na Taça da Liga

Pontapé de saída para a Taça Distrito

Pinhalnovense x Mafra (3-0) Fátima x Juv. Évora (2-0) Louletano x Mafra (1-0) Reguengos x Caldas (1-0) Monsanto x Estrelas Novas (0-2) Carregado x 1.º Dezembro (2-0) Sertanense x Oriental (1-2) Torreense x Tourizense (2-0) Equipa Torreense Fátima Vendas Novas Pinhalnovense Oriental Carregado Sertanense Louletano Tourizense Moura Mafra 1.º Dezembro Monsanto Juv. Évora Reguengos Caldas

J 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8

V 5 5 5 5 4 3 3 3 2 2 1 2 1 2 1 1

E 2 1 1 1 3 4 2 2 4 3 5 2 4 1 2 1

Pinhalnovense x Fátima (15h00) Juv. Évora x Louletano Mafra x Reguengos Caldas x Monsanto (15h00) Vendas Novas x Carregado 1.º Dezembro x Sertanense Oriental x Torreense Moura x Tourizense

D 1 2 2 2 1 1 3 3 2 3 2 4 3 5 5 6

Pts 17 16 16 16 15 13 11 11 10 9 8 8 7 7 5 4

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º

9.ª JO. 13.11.11

E 1 3 2 2 2 1 1 3 3 4 4 3 3 2 1 1

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Mata Mourisquense x Ranha (1-1) Arcuda x Caseirinhos (5-0) Pelariga x Motor Clube (4-2) Castanheira de Pêra x Pousaflores (2-1) Moita do Boi x Alegre e Unido (2-0) Ilha x Boavista (0-3)

SUL

8.ª JORN. 06.11.11

V 6 4 4 4 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 0

I Divisão

Futebol | Leiria

Futebol | Leiria

9.ª JORN. 13.11.11

J 7 7 7 7 7 6 7 7 7 6 7 7 7 7 7 7

5.ª JO.06.11.11

Pataiense x Nazarenos (0-0) Alq. Serra x Fig.Vinhos (9-1) Ansião x Meirinhas (2-2) Alvaiázere x Avelarense (3-0) Marrazes x GRAP/Pousos (0-1) Guiense x Portomosense (1-1) Vieirense x Pedroguense (1-0) Biblioteca x Atouguiense (adiado) Equipa Alq. Serra Pataiense Portomosense Alvaiázere Guiense Atouguiense GRAP/Pousos Vieirense Nazarenos Biblioteca Marrazes Avelarense Meirinhas Fig.Vinhos Pedroguense Ansião

I Divisão

5.ª JO.20.11.11

8.ª JORN. 20.11.11

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

associação de futebol de leiria

NORTE

5.ª JO.06.11.11

7.ª JORN. 06.11.11

HONRA

associação de futebol de leiria

10.ª JOR. 27.11.11

associação de futebol de leiria

série D

Marinhense x Beneditense (1-2) Alcobaça x Tocha (1-1) Bombarralense x B.C. Branco (0-0) Pampilhosa x Riachense (2-1) Sp. Pombal x Sourense (1-1) Folgou: Peniche Equipa Pampilhosa B.C. Branco Sp. Pombal Sourense Beneditense Tocha Peniche Marinhense Alcobaça Bombarralense Riachense

J 7 8 7 7 7 8 7 8 7 7 7

V 5 4 3 3 2 2 1 2 1 0 0

E 1 3 3 3 4 3 5 1 3 6 2

Marinhense x Alcobaça (15h00) Tocha x Bombarralense (15h00) Peniche x Pampilhosa (15h00) Riachense x Sp. Pombal (15h00) Beneditense x Sourense (15h00) Folga: B.C. Branco

D 1 1 1 1 1 3 1 5 3 1 5

Pts 16 15 12 12 10 9 8 7 6 6 0

Mais vale parecer estúpido e estar calado do que abrir a boca e confirmar as expectativas.

ÚLTIMA 10NOVEMBRO2011

Abraham Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos [1809-1865]

Apresentação a 10 de Dezembro

Vem aí uma nova edição do Couseiro No próximo dia 10 de Dezembro, pelas 16h00, no Arquivo Distrital de Leiria, vai ser apresentada, pelo padre Luciano Cristino, uma nova edição do importante livro Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria, transcrição da 2.ª edição, de 1898, e 4.ª edição absoluta. A edição vai ser da Textiverso, de Leiria, com o patrocínio de um amante das coisas de Leiria, o Eng. Ricardo Charters d’Azevedo.

Como nas primeiras edições, seria interessante que este livro chegasse aos seus destinatários por subscrição, recebendo-o em casa antes da sua apresentação oficial e com um desconto substancial. A subscrição deve ser indicada para textiverso@sapo.pt ou por correio, até 18 de Novembro.

O que é o Couseiro Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria é o livro mais notável da bibliografia de Leiria, cobrindo principalmente os finais do século XVI até à primeira metade do século XVII. Dele se conhecem três edições:

uma, datada de 1868, da responsabilidade do P.e Inácio José de Matos, eclesiástico do Bispado de Leiria; uma segunda, da responsabilidade do mesmo eclesiástico, de 1898, mas cujo título foi ligeiramente alterado para O Couzeiro ou Memórias do Bispado de Leiria, com longo apêndice; e uma terceira edição, que é a reimpressão da primeira, da responsabilidade do P.e António Francisco Pereira e publicada, primeiro, em fascículos no jornal “O Mensageiro”, de 25 de Maio de 1978 a 25 de Setembro de 1980, e, depois, em livro encadernado, sem data. Estas edições, contudo, não são mais do que a transcrição de cópias de um manuscrito escrito entre os finais do século XVI e meados do século XVII, já desaparecido, mas que têm diferenças importantes, como escreve o P.e Inácio José de Matos no prefácio à segunda edição, de 1898.

Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria, é um texto cujo autor se desconhece e cuja consulta é essencial para a compreensão não só da história do Bispado de Leiria,

mas também do povoamento de toda a sua diocese, dando pormenores genuínos sobre a fundação das paróquias e informações sobre os seus oragos e capelas e obrigações dos párocos e dos fregueses ou organizações religiosas.

Na presente edição, a 4.ª, que é uma transcrição da 2.ª, foram igualmente incluídos, e pela mesma ordem, diversos suplementos que atingem mais de centena e meia de páginas com informação diversa relativa ao século XIX, dos diversos seminários e outros institutos religiosos à ordem da procissão de Corpo de Deus antes da invasão francesa, ao testamento do enforcado João Amado e às doenças das vinhas, terminando com dois opúsculos, um sobre a «Confirmação da Fundação da Sé Catedral de Leiria na pessoa do seu verdadeiro fundador» e outro transcrevendo uma boa parte do processo de supressão do Bispado. Tem

464 páginas.

Procurada por investigadores ou simples curiosos das antiguidades de Leiria, esta edição do Couseiro não é ainda a edição crítica que todos desejaríamos, mas é uma edição cuidada que, por certo, satisfará todos os que, desejando aceder-lhe, não a encontravam no mercado.

Apoio / Divulgação