4856#OMENSAGEIRO#21ABR

CAMPANHA

21 ABRIL 2011 ANO 97 - N.º 4856 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro

PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

P. 8

ECONOMY DE00982011SNC/GSCCS

DESTAQUE

Celebrar para viver a Páscoa

DR

Se a celebração é expressão da vida, também a vida deve ser actualização da celebração. Importa por isso conhecer melhor o que se celebra, para que também depois se viva melhor. Celebrar a Páscoa é mais um desafio a transformar o nosso quotidiano monótono e sombrio em aurora de esperança e luz. Páginas 2, 3 e 8

CULTURA Dia 26 na Igreja Nossa Senhora da Encarnação | P. 5

SOCIEDADE Conferências, música e exposições até dia 30 | P. 5

Academia Coral de Dortmund dá concerto em Leiria

Mário Soares em Leiria para as comemorações do 25 de Abril

Em concursos nacional e internacional | P. 5

Centros de Novas Oportunidades em debate no IPL | P. 5

“Passaporte para o futuro”

Entrevista ao padre Vasco Pinto de Magalhães | P. 8

Jovens “não são educados” para pensar Comissão Diocesana Justiça e Paz promove conferência | P. 9

“Estado e Sociedade civil deveres e competências...”

CIÊNCIA

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Estudo sobre O Mensageiro apresentado no Congresso Internacional de História | Últ.

100 anos da Lei de Separação do Estado da Igreja

LMFerraz

Alunos do Órfeão de Leiria no pódio

ECLESIAL

2 DESTAQUE

O Mensageiro 21.Abril.2011

EDITORIAL

Rui Ribeiro

Cristãos chamados à conversão e renovação de vida

Celebrar e viver a Páscoa

Páscoa, hoje

A Semana Santa é o grande retiro espiritual das comunidades cristãs, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Inicia com o Domingo de Ramos e estende-se até ao Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O domingo de Páscoa é, depois, o grande dia em que os cristãos celebram o maior mistério da sua fé: a ressurreição de Jesus.

Se a celebração é expressão da vida, também a vida deve ser actualização da celebração.

Importa por isso conhecer melhor o que se celebra, para que também depois se viva melhor.

Celebrar a Páscoa é mais um desafio a transformar o nosso quotidiano monótono e sombrio em aurora de esperança e luz.

CELEBRAR O TÍDUO PASCAL O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal (ou Tríduo Sacro) que inicia com a missa vespertina da Quintafeira Santa e conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo.

Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o Mistério Pascal. Por isso, nas celebrações da quinta-feira à noite e da sexta-feira não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal.

Quinta-Feira Santa. Neste dia celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. A Eucaristia é o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que se oferece como alimento espiritual.

De manhã só há uma celebração, a Missa Crismal, na qual o bispo, e os sacerdotes em união com ele, faz a bênção dos óleos sagrados que se usarão durante o ano para a celebração dos baptismos, Unção dos Enfermos e Crisma.

Na quinta-feira à noite acontece a celebração solene da Missa, em que se recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Nessa missa realiza-se a cerimónia do lava-pés, em que o celebrante recorda o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus apóstolos. Esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor.

Nessa celebração também se recorda o mandamento novo que Jesus deixou: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.”

Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração.

Sexta-Feira Santa. A Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Recolhe-se no silêncio, na oração e na escuta da palavra divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão.

Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como acto de homenagem e gratidão a Cristo, para nos ajudar a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.

Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus.

Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.

Sábado Santo. Este é um dia de “luto”, de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e

na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa, baptizados, casamentos, nenhuma celebração. À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigílias”, revivendo a ressurreição de Cristo, vitória sobre o pecado e a morte. A cerimónia é carregada de ricos simbolismos que nos lembram a acção de Deus, a luz e a vida nova que brotam da ressurreição de Cristo.

VIVER A PÁSCOA Terminadas as celebrações próprias deste Tríduo, os cristãos voltam pata suas casas, o mesmo é dizer que voltam para o seu quotidiano, as suas preocupações, suas esperanças e seus medos. Perguntamo-nos então que sentido, que interesse e que especialidade se esconde no conjunto daquelas celebrações? Não serão elas mesmas expressão de morte e negação da ressurreição, quando se confinam ao conjunto das celebrações feitas dentro das quatro paredes da igreja?

Efectivamente a celebração anual da Páscoa, de que são continuação e réplica, as celebrações dominicais semanais,

DR

Chegou o dia de Páscoa. A Igreja celebra este momento de forma efusiva e singular. Mas a liturgia não é um momento separado da vida. Não existe uma liturgia fora da vida. Se vou à igreja é porque lá é o lugar para o meu encontro para rezar, para cantar, para participar da Eucaristia.

Mas a liturgia celebrada volta comigo para as ruas, para a casa, para os espaços do meu quotidiano. Celebrei o que vivi e ao mesmo tempo quero viver o que celebro.

Na família, no trabalho, eu preciso ser uma pessoa, como Jesus Ressuscitado, que supera a vida, que supera a morte, que faz de tudo para superar situações de escravidão e viver ao serviço da vida.

Sermos pessoas do túmulo vazio transmitindo alegria e vida.

A sociedade hodierna está fechada no túmulo da econoA ressurreição mia, no túmulo do vive-se quando lucro, no túmulo do somos cristãos prazer. Tantos outros vivos na alegria. túmulos. Sobram Alegrai-vos bens supérfluos e o Senhor falta a comida. Os ressuscitou! governos dos poderosos investem na Todo este guerra, mas não dão mundo o comer aos pobres. fechado em si É um mundo que mesmo, apenas ainda está dentro com valores do túmulo, que ainconsumistas, da não se abriu para que pensa a ressurreição. Estaapenas em mos ainda fechados dinheiro, não dentro do túmulo, tem futuro, apavorados, e parece não pensamos se não acredita na que quer sair. De alguma ressurreição. forma carpimos gostosamente o nosso sofrimento.

Naquela manhã, o anjo disse: porque procurais entre os mortos aquele que está vivo’ (Lc 24,5)?

Celebrar a Páscoa é celebrar o túmulo vazio, celebrando a justiça, a vida, a fraternidade. Precisamos ser cristãos da ressurreição. Da vida nova. Claro que tudo passa pela cruz, pela morte, mas termina só na ressurreição!

A ressurreição vive-se quando somos cristãos vivos na alegria. Alegrai-vos o Senhor ressuscitou! Todo este mundo fechado em si mesmo, apenas com valores consumistas, que pensa apenas em dinheiro, não tem futuro, não acredita na ressurreição.

Esta crise que estamos a viver pode ajudar-nos a rever os conceitos, a rever os nossos valores, a rever o que realmente é importante. A Páscoa vem como a grande ajuda para rever o que o Senhor e a Igreja nos oferecem através de sua liturgia para no dia-a-dia vivermos e sermos pessoas ressuscitadas.

Última Ceia, de Leonardo Da Vinci

prui@iol.pt

estende-se para lá das cerimónias litúrgicas vividas na igreja.

A Páscoa acaba por se traduzir numa forma de estar na vida, uma maneira de ser quotidiana e uma fé concreta que anima e dá sentido à vida do crente.

Segundo o livro dos Actos dos Apóstolos os crentes “Perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fracção do pão e nas orações” (Act 2, 42). Ou seja, quatro características marcam a vida do crente que alicerça a sua fé na Ressurreição do Senhor: Permanecer na Doutrina dos apóstolos; A comunhão fraterna; A fracção do pão; A oração.

Seguir os ensinamentos dos Apóstolos. Os Apóstolos dão testemunho do que viram, do que ouviram e do que testemunharam do Cristo. Jesus passou a sua vida neste mundo fazendo o bem, e pregando a misericórdia e o perdão dos pecados, pela adesão ao seu Evangelho.

Os apóstolos dão ao mundo testemunho destas verdades.

Ao mesmo tempo, Cristo confiava-lhes ainda a missão e o poder de explicarem com

DESTAQUE 3

O Mensageiro 21.Abril.2011

O que é Ressuscitar? em Cristo. A Eucaristia é aquele dom maior que Cristo nos deu na Quinta-feira Santa, ao instituir o mandamento novo do amor. Em virtude do Baptismo e da Confirmação, somos chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo e entramos na comunhão trinitária da Igreja. Esta tem seu ponto alto na Eucaristia, que é princípio e projecto da missão do cristão” (Cf. DA 153), e ainda: “Assim, pois, a Santíssima Eucaristia conduz a iniciação cristã à sua plenitude e é como o centro e fim de toda a vida sacramental” (Cf. Sacrossantum Concilium nº 17). Só aqueles que amam e acolhem o diferente, do santo ao pecador, podem participar do banquete nupcial do Cordeiro, que morre para nossa vida.

A oração. Todos nós sabemos que Jesus nos deixou uma única oração: o pai-nosso. Nessa oração nós rezamos ao Pai que está nos céus, por quem queremos declarar que o seu nome é santificado, pedindo que venha o seu reino e que não seja feita a minha vontade, mas a vontade Dele, o Redentor e Salvador, na terra e no céu. O pão nosso

“Não é grande coisa crer que Cristo tenha morrido; porque nisto também acreditam os pagãos e judeus: todos acreditam que ele morreu.

A fé dos cristãos é na Ressurreição de Cristo; isto é o que temos como grande coisa, crer que tenha ressuscitado”. Santo Agostinho, Comentários sobre o salmo 120.

Estes dias, como todos sabem, nós celebramos a Páscoa, e neles se canta o Aleluia. Devemos, no entanto, irmãos, prestar muita atenção para compreender com a alma aquilo que celebramos visivelmente. Páscoa é uma palavra hebraica que significa passagem; em grego [soa] pásjein, padecer, e em latim pascere, no sentido com o qual se diz: Apascentarei aos amigos. Quem é o que celebra a Páscoa senão aquele que passa da morte para a vida porque amamos os irmãos?

Quem é o que celebra a Páscoa senão quem crê n ‘Aquele que padeceu na terra, para reinar com Ele no céu? Quem é o que celebra a Páscoa senão quem apascenta nos irmãos a Cristo?

Ele, com efeito, disse sobre os pobres: Quem tenha feito algo a um dos meus menores, a mim me fez. Por isto, meus irmãos e senhores, se queremos celebrar uma Páscoa saudável, passemos dos pecados à justiça, padeçamos por Cristo, apascentemos nos pobres a Cristo. Santo Agostinho (século IV).

“Depois da tristeza do sábado resplandece um dia feliz, o primeiro entre todos, iluminado com a primeira das luzes, já que nele se realiza o triunfo de Cristo ressuscitado”. São Jerónimo, comentário ao Evangelho de São Marcos 16.

de cada dia que Ele nos dá, ajuda-nos a perdoar as nossas ofensas, da mesma maneira como nós devemos perdoar a quem nos ofende, a quem nos persegue, a quem nos machuca no corpo e na alma. Uma oração que nos ajuda a fugir do pecado e do mal e nos livra da tentação e do tentador, o inimigo, que bate a nossa porta.

A comunidade cristã, testemunha desta forma a ressurreição e o crente vive o seu quotidiano de forma mais serena, mais tranquila, mais entusiasta e mais feliz. Isso é a Páscoa, para lá da celebração, transformada em vida.

DR

autoridade aquilo que ele havia ensinado, as suas palavras e os seus actos, bem como os seus sinais e os seus mandamentos, resumidos na lei do amor. Não um amor individualista ou orgulhoso, nem muito menos de auto-suficiência. O desafio é no sentido de amar aqueles que nos perseguem; aqueles que nos caluniam; aqueles que são pedra de tropeço no nosso caminho. Amar sem limites, amar por caridade e reconhecer no outro, no próximo, o próprio Cristo.

A Comunhão fraterna. É a nota fundamental dos cristãos.

Não podemos ser seguidores de Cristo sozinhos, isolados.

Estamos inseridos dentro de uma comunidade, chamada comunidade eclesial, a Igreja, na qual somos chamados a partilhar e colocar tudo em comum, os nossos dons, as nossas alegrias, as nossas esperanças, e, também, as nossas dificuldades. A comunhão fraterna passa por colocar os nossos dons em comum.

A fracção do pão. Pela Eucaristia encontramo-nos verdadeiramente como irmãos

“Para demonstrar-lhes a veracidade de sua ressurreição, não só quis que seus discípulos lhe tocassem, como que dignou-se a comer com eles, para que vissem que havia ressuscitado de uma maneira real, e não de um modo imaginário.

Comeu para manifestar que podia, e não por necessidade: a terra sedenta absorve a água de um modo diferente de como a absorve o sol ardente; a primeira por necessidade, o segundo por potência”. São Beda, in Catena Aurea , vol. VI, p. 550.

“Páscoa do Senhor, Páscoa; digo isso pela terceira vez em honra da Trindade; Páscoa. É, para nós, a festa das festas, a solenidade das solenidades, que é superior a todas as demais, não só às festas humanas e terrenas, mas também às festas do próprio Cristo que se celebram em sua honra, assim como o sol supera a todas as estrelas”. São Gregório Nacianceno, Oração 45, 2.

“A Páscoa verdadeira é a abstinência do mal, o exercício da virtude, e a passagem da morte à vida. Isto é o que se aprende da imagem antiga.

Então se esforçavam por passar do Egipto para Jerusalém; agora nós nos esforçamos por passar da morte à vida. Então, do Faraó a Moisés; agora, do diabo ao Salvador. Jejuamos pensando na morte, para poder depois viver. Vigiamos sem tristeza, porém como gente que espera o Senhor que volta ao banquete, para encontrar-se novamente entre nós e anunciar quanto antes o sinal da vitória sobre a morte”. Santo Atanásio (Século IV).

A ressurreição é uma resposta para a morte. Mas a morte é um assunto tão desagradável que preferimos pensar que ela só é para os outros. Mesmo assim, chega até nós uma pergunta que nos atinge directamente: “O que vem depois da morte?”

Alguns acham que desaparecemos com a morte, terminando assim uma existência e uma experiência. Outros dizem que ninguém sabe o que vem depois. Há ainda os que dizem que somos uma energia cósmica, que ao morrer volta à energia do universo. E pela reencarnação dizse que após a morte voltamos em diferentes corpos a sucessivas reencarnações, até atingir a perfeição e não precisar mais voltar.

A fé cristã afirma que a ressurreição é uma transformação de nós mesmos, pelo poder amoroso de Deus.

Assim, a morte física não é o fim, mas uma passagem ou etapa de nossa vida. Na missa dos mortos, rezamos: “Para quem acredita em Vós, a vida não acaba, apenas se transforma”. A ressurreição não quer dizer imortalidade da alma, que voltaria para um corpo que morreu. Ela é antes de tudo a transformação da pessoa integralmente.

Transformação? Em que consiste? Sobre isso uma vez uma criança deu uma resposta genial: “Quando a gente morre, a gente passa para outra dimensão; a gente nunca vai entender isto enquanto não passar por ela”. Esta é uma explicação interessante, mas que pode ser melhorada. A transformação final na morte física assusta, pois é desconhecida.

Mas antes dessa transformação, há muitas outras que são como ensaios da ressurreição final. A nossa vida é uma história que se desenrola: estamos sempre a morrer para isto e a nascer para aquilo. A fé cristã já coloca a ressurreição quando morremos para o egoísmo e nascemos para o amor.

De facto, a ressurreição pode ser entendida como um caminho que a nós escolhes.

Centro da fé cristã: O Mistério Pascal O que significa “Mistério”?

Aqui a palavra “mistério” tem o sentido de iniciação ou de introdução. Imagine um adulto não baptizado, que deseja ser cristão. Precisa não só de umas sessões de catequese, mas também passar por uma experiência pessoal de encontro de fé com Jesus, de conhecimento do seu Evangelho e de participação gradativa na comunidade cristã. É todo um processo de introdução na vivência cristã, para tornar-se um católico consciente e activo.

Pois bem, esse caminho de ingresso na fé cristã, que será celebrado com o Baptismo, a Crisma e a Eucaristia, é chamado de “mistério”.

E qual é o sentido da palavra “Pascal”?

Refere-se a Jesus e aos acontecimentos finais da sua vida: sua paixão, morte, ressurreição e ascensão. Jesus é introduzido no sofrimento humano para libertá-lo da sua dependência do poder do mal e da morte, através de sua Ressurreição. Esta é a nossa Páscoa! E Jesus oferece-nos a possibilidade de sermos introduzidos na sua Páscoa e dela participar, para sermos também libertados da escravidão do pecado e da morte. Eis o Mistério Pascal: o caminho pascal de Jesus torna-se o caminho pascal do cristão.

Mistério pascal: nós em Jesus e Jesus em nós Esse Mistério pascal é um dom do Pai para cada pessoa e para toda a humanidade, como fonte de libertação e como experiência de comunhão, ainda que sob o véu dos sinais sacramentais. Assim, pela invocação do Espírito Santo, as celebrações litúrgicas fazem-nos participar dos factos passados, e actualizam sobre nós a mesma graça redentora que se derramou sobre Maria Santíssima, sobre os apóstolos e os primeiros discípulos de Jesus: O Baptismo faz-nos filhos adoptivos do Pai, o Crisma dá-nos o Espírito Santo e a Eucaristia mantém-nos em comum união com Jesus e com os irmãos.

4 CULTURA

O Mensageiro 21.Abril.2011

Divulgação

Até ao final do mês de Abril

Dança em Leiria já mexe O Festival Dança em Leiria de 2011 é marcado por uma série de espectáculos e a projecção de um filme, entre os dias 15 e 30 de Abril, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança.

No dia 20, o m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento apresenta um documentário da autoria de Fernando Lopes: “Pina

Bausch – Lissabon Wuppertal Lisboa”. O filme tem a duração de 35 minutos.

“A Casa” é um espectáculo de dança sobre a casa ideal de cada um. Será exibido pelo grupo Jangada de Pedra no Teatro Miguel Franco, Centro Cultural de Sant’Ana, no dia 29, pelas 21h30.

O Dia Mundial da Dança, que é comemorado no

dia 30, será marcado por espectáculos de rua, com a participação de várias escolas de dança do concelho, entre as 10h30 e as 13h30, no Largo Goa, Damão e Diu e na Praça Rodrigues Lobo.

A tarde será reservada a uma aula de dança aberta ao público em geral, no Jardim Luís de Camões, entre as 14h00 e as 15h00.

Para o final do festival

está previsto um conjunto de apresentações dos alunos da Escola de Dança do Conservatório Nacional.

O espectáculo “Serenade + Quebra-nozes – (Grand Pas-de-Deux) + Atir II + Selick + Corda I + Kol Háneshama + Corsário”, terá lugar no Teatro José Lúcio da Silva, pelas 16h00.

Na SAMP, Pousos

Encontro Internacional Saúde com Arte Decorreu nos passados dias 14 e 15 de Abril o II Encontro Internacional Saúde com Arte (EISA) na SAMP, Sociedade Artística Musical dos Pousos, numa parceria com o Hospital de Santo André. Com alguns dos maiores especialistas mundiais no âmbito da Musicoterapia em contexto escolar e da música em ambiente hospitalar, destacou-se de toda a conferência a comunicação de Diana Greenman, do programa Music in Hospitals do Reino Unido. Com mais

CINEMAS Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) • O DISCURSO DO REI | biográfico | de Tom Hooper | c/ Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Cárter | 21 a 21 de Abril, 21h30; dias 22 a 25, 15h30 Teatro Miguel Franco (Leiria) • ENTRELAÇADOS | animação | de Nathan Greno, Byron Howard | c/ Mandy Moore, Zachary Levi, Donna Murphy | 22 e 23 de Abril, 15h30 • O 25 DE ABRIL E OS PRESOS POLÍTICOS | documentário | de Susana Sousa Dias | 22 a 27 de Abril, 21h30; dia 27, 18h30 Cine-Teatro de Monte Real • OUTLANDER – A VINGANÇA | acção | de Howard McCain | c/ James Caviezel, Sophia Myles, Ron Perlman | 22 e 23 de Abril, 21h30; dia 24, 15h30 Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria) • INDOMÁVEL | western | de Ethan Coen, Joel Coen | c/ Jeff Bridges, Haille Steinfeld, Matt Damon | 29 de Abril, 21h30

EXPOSIÇÕES

Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Rinoceronte” - pintura e objectos (30/04~29/05) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Gritos da Liberdade” - fotografia (~30/04) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria •”Graffitis de Abril” (~30/04) Edifício Banco de Portugal - Leiria •”Os portu.,esses grandes filhos da mãe,pá!”-eugeniaturas (~23/5) m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria •”Oficina do Olhar” (exposição permanente) •”Negativo Positivo” (~5/05) •”(RE)PLAY:M|I|MO REVISITADO” (~5/05) Sede a9))) - Leiria •”Conjectures and refutations #1to#6” - desenho e video (~30/4) Museu Escolar - Marrazes • Pintura - Helena Coimbra (~28/04)

de 5000 concertos por ano realizados em hospitais de todo o Reino Unido, esta organização financia-se com patrocínios privados e doações de mecenas em 1 milhão e 500 mil libras por temporada, e tem uma equipa de 70 músicos que circulam em digressão por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Abordou-se ainda neste encontro a selecção de repertórios e intérpretes, bem como os diferentes modelos de intervenção para lares de idosos, instituições de

Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa •”Terra Nostra-Instrumentos da nossa terra” (~22/05) Marinha Grande •”Pinhal do Rei” - ao internacional das florestas (~29/04) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Miniaturas de barcos do Tejo” - Fernando de Oliveira (~30/04) •”Divulgando os nossos livros sobre...” - 25 de Abril (~30/04) Galeria Municipal - Marinha Grande •”Talentos da Marinha Grande” - artes plásticas (~30/04) Museu Joaquim Correia - Marinha Grande •”Retratos” (3ªs~6ªs) •”D!GNIDADE” - cartoon (~29/04) Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima •”7 pinturas religiosas - da reserva para a exposição” (exp. temporária) Biblioteca Municipal - Ourém •”Imagens de Abril” - cartazes e fotografias (~6/05) Galeria Municipal - Ourém •”Portugal no Mundo” - pintura (~31/04) Claustros dos Paços do Município - Pombal •”Pombal e a Guerra Peninsular 1811-2011” (~30/04) Galeria dos Paços do Concelho -Tomar • Joaquim Rodrigo - pintura (~30/06)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS Castelo de Leiria •”Férias Criativas” - actividades, a partir dos 5 anos (~21/04) Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Anton o rato do circo” - animação infantil (21/04, 15h00) •”Alma de fado” - música (28/04, 21h30) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Allstar project” - música (21/04, 2h00) •”A Casa” - dança (29/04, 21h30) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria •”O principezinho” - hora do conto (29/04, 11h00 e 15h00) •”Capuchinho Vermelho” - hora do conto (29/04, 11h e 15h) •”Contar e encantar” - hora do conto (30/04, 16h00) m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria •”Câmara Obscura” - formação (26/04, 10h0 e 14h30) •”Oficina da cianotipia” - formação (21 e 28/04, 10h00 e 14h30)

crianças com deficiência e serviços hospitalares.

Porque a temática de fundo deste II EISA incidiu no contexto escolar, em concreto com as unidade especializadas de multideficiência, foi especialmente seguida a apresentação do espanhol Francisco Porro, musicoterapêuta especialista em trabalho no contexto escolar. Com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Caixa Agrícola de Leiria, este encontro teve um dos seus momentos mais

distintos na Performance Hospitalar sons cirúrgicos.

Envolvendo algumas dezenas de profissionais do Hospital de Santo André e da Escola de Artes SAMP, o átrio da Consulta Externa do Hospital foi pequeno para acolher um concerto em que equipamentos clínicos de diagnóstico e de suporte de vida se juntaram às convencionais partituras e instrumentos musicais clássicos.

•”Pina Bausch-Lissabon Wuppertal Lisboa” - dança (20/04, 21h00) •”Férias Criativas” - actividades, a partir dos 5 anos (~21/04) •”Novas tecnologias” - formação (23/04, 14h30 e 18h00) Moinho do Papel - Leiria • Oficinas de formação (3ª~6ª, 10h00 e 14h30) Livraria Arquivo - Leiria •”O país e a região-Que futuro?” - conferência (27/04, 21h00) •”A vida não basta” - conferência (30/04, 18h00) Fórum Fnac - LeiraShopping •”Toques do Caramulo” - música ao vivo (22/04, 22h00) •”Social Smokers” - Magnetic Poetry, ao vivo (23/04, 22h00) •”A Páscoa” - ciência divertida (24/04, 11h30) •”Bye Bye Bicicle” -compass ao vivo (25/04, 17h00) •”Mafalda Arnauth” - fados ao vivo (29/04, 22h00) •”Marco Rodrigues” - tantas Lisboas ao vivo (30/04, 17h0) Recreio dos Artistas - Zona Industrial dos Pousos •”Pedaços de Comida” - teatro (22/04, 22h30) Agromuse Municipal Dona Julinha - Ortigosa •”O Porco” - ciclos CEPAE (30/04, 15h00) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Olá eu sou um livro” - hora do conto (2ª~6ª, 10h00 e 14h30) •”Sabrina a feiticeira” - filme (27/04, 15h30) Arquivo Municipal - Marinha Grande •”1974-25 de Abril” - apontamento documental (~29/04) Centro Empresarial - Marinha Grande •”A intervenção dos pais e encarregados de educação no órgão de direcção estratégica da escola pública” - debate (16/04, 10h30) Sociedade União de Albergaria - Marinha Grande •”Os Patrões” - peça de teatro (30/04, 21h30) ASURPI - Marinha Grande •”Conquistas e Retrocessos do 25 de Abril” (21/04, 15h00) Biblioteca Municipal - Ourém •”Fora ds Estante. 25 de Abril” - mostra biográfica (~29/04) • Ano Internacional das Florestas - oficinas pedagógicas (~29/04) •”(Con)Tributos:Coronel Sousa e Castro (30/04, 15h) Museu Municipal- Ourém •”Teatro Infantil” - oficina (30/04 e 7/05)) Centro de Negócios- Ourém •”Expressões astísticas” - oficina (21 e 29/04)

CULTURA 5

O Mensageiro

21.Abril.2011

Concursos nacional e internacional de guitarra e música de câmara

A Escola de Música do Orfeão de Leiria (EMOL) volta a ter alunos e ex-alunos seus premiados, desta vez no âmbito do Concurso Juvenil de Guitarra Cidade de Almada e do Concurso Internacional de Música de Câmara da Cidade de Alcobaça (CIMCA), que se realizaram na passada semana.

André Almeida Ferreira, aluno da EMOL, venceu o Concurso Juvenil de Guitarra Cidade de Almada, arrecadando o primeiro prémio do seu escalão (Escalão V), cuja final teve lugar no dia 14 de Abril. Este evento, organizado pela Academia de Música de Almada pretende ser um incentivo e um estímulo para todos os que estudam e trabalham nesta área do conhecimento.

André Almeida Ferreira, de apenas 18 anos, tem sido diversas vezes premiado

DR

Alunos do Orfeão de Leiria no pódio

em concursos nacionais e internacionais, dos quais se destacam os Prémios Honoríficos David Russell, Concurso Nacional de Ourém, Concurso Luso-Espanhol de Fafe, Concurso Internacional de Guitarra de Leiria, entre outros. Iniciou os seus estudos na EMOL em 2005 com a professora Ilda Coelho, que o acompanha até à actualidade.

No CIMCA, que se realizou de 10 a 15 de Abril,

o Duo Liz (na foto), com Ricardo Pereira, e o Trio Densité, com Laura Felício, ambos ex-alunos da EMOL, ganharam o segundo e o terceiro prémios da Categoria Júnior, respectivamente, sendo que a organização decidiu não atribuir o primeiro prémio. Este concurso é organizado pela Câmara Municipal de Alcobaça e pela Academia de Música de Alcobaça.

Ricardo Pereira e Laura

Felício, ambos naturais da região de Leiria, são também exemplos do trabalho que a EMOL tem vindo a desenvolver, e das carreiras de sucesso que tem influenciado e potenciado.

Enquanto aluno da EMOL, Ricardo Pereira estudou guitarra sob orientação da professora Ilda Coelho, e prossegue actualmente os seus estudos no Conservatório Superior de Música de Vigo, frequentando o segundo ano do Curso Superior de Guitarra, sob orientação da reconhecida Margarita Escarpa. Laura Felício, ex-aluna de piano da professora Vesna Manojlovic, encontra-se a frequentar o segundo ano do Curso Superior de Piano na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, sob orientação do professor Constantin Sandu.

Na Igreja Nossa Senhora da Encarnação

Coro Feminino da Academia Coral de Dortmund em Leiria No próximo dia 26 de Abril, terça-feira, Zeljo Davutovic irá dirigir o Coro Feminino da Academia Coral de Dortmund na Igreja Nossa Senhora da Encarnação em Leiria. É a primeira vez que aquele grupo coral actua em Leiria, na sua primeiríssima digressão por Portugal. O Concerto será realizado às 21h30 e a entrada será livre.

Freguesia de S. João e de S. Pedro

Semana Cultural em Porto de Mós Decorre, até 30 de Abril, no concelho de Porto de Mós a semana Cultural da Freguesia de S. João e de S. Pedro. No dia 27, às 21h00, no Auditório D. Roupinho, decorre o sarau de poesia e musical. No dia 29, às 21h00, na0 Igreja de S. João, actuará Quinteto de Metais – Latem Quintet e pelas 22h00, no Clube Desportivo Ribeirense, realiza-se um concerto de bandas de garagem. No dia 30, às 21h00, decorrerá um fórum cultural, com um encontro de bandas e coros.

Na galeria da livraria Arquivo

Pintura de João António Recreio dos artistas do Nariz - Teatro de Grupo

No dia 22 de Abril, pelas 21h30, no novo espaço do Nariz – Teatro de Grupo, nos Pousos (Zona Industrial - Charneca da Touria - Travessa Florbela Espanca), vai decorrer uma exposição de cerâmica, num trabalho resultante de uma oficina de olaria. Pelas 22h30, haverá teatro com a representação da peça “Pedaços de comida” da área de projecto do 5º semestre da licenciatura do João Bandeira em Teatro (Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora). Pelas 23h30, haverá um espaço musical.

O Nariz - Teatro de Grupo é uma associação cultural que se dedica, há 16 anos, à produção profissional de espectáculos

DR

Exposição de cerâmica, teatro e música

de teatro. A formação e o apoio a grupos de teatro de amadores dos concelhos da Região, tem sido um investimento central do seu trabalho. O Nariz promove e assegura, há 15 anos a realização do ACASO – Fes-

tival de Teatro, único festival de teatro profissional do Distrito de Leiria e um dos mais importantes da Região Centro. O Nariz recebe estagiários, desde 2007, de várias escolas de teatro do país. O Nariz - Teatro

de Grupo teve Casa, desde 1994 no coração do Centro Histórico de Leiria, num espaço cedido pelo Orfeão de Leiria/CA, conhecido por “Orfeão Velho”, até Abril de 2010. Neste espaço, desde sempre, o Nariz preparou, ensaiou e apresentou as suas produções teatrais.

Nele funcionou, entre 2007 e 2010 o “Recreio dos Artistas” – programação cultural que acolhe projectos das várias expressões artísticas, amadoras ou profissionais, emergentes ou reconhecidas.

Também, neste espaço existiu, entre 2008 e 2010 uma livraria com representação de várias editoras independentes.

A pintura de João António estará patente até final de Abril na galeria da livraria Arquivo, em Leiria. A mostra foi inaugurada no dia 16, sendo uma homenagem das suas duas filhas, Patrícia e Carla António.

João António nasceu a 7 de Dezembro de 1950 em Memória (naquele tempo era um lugar de Colmeias). Nos anos 60 matriculou-se no Liceu, em Leiria, onde teve o primeiro contacto com desenho (geométrico e decorativo). Nos anos de 1972 a 1974, na Guiné, colaborou na ilustração de algumas revistas editadas na sua Unidade. Exerceu a actividade bancária entre 1974 e 2000. Nesse período, colaborou na ilustração de vários programas culturais alusivos ao Natal. Em 2000 reformou-se passando então a dedicarse intensamente à obra pictórica aqui representada.

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Concerto no Dia Mundial da Voz

Augusto Aveleira

“Diamanda Galás” em Leiria

O Dia Mundial da Voz, 16 de Abril, foi comemorado no Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), com o concerto de Diamanda Galás, assinalando, também a abertura do Festival Fade In 2011.

A cantora norte-americana de ascendência grega apresentou “The Refugee”, um conjunto de temas inspirados na canção “O prosfigas”, que versa sobre a fatalidade dos

exilados de Smyrna durante o genocídio turco do povo grego em 1922.

Em poucos minutos o TJLS, que revelou ter condições acústicas à altura de receber a Diva, encheu-se de público. E os espectadores, que foram convidados a viajar entre as mais antagónicas realidades, ficaram completamente rendidos face ao carisma e talento da cantora.

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6 SOCIEDADE

A Unidade de Investigação Inclusão e Acessibilidade em Acção (iACT) proposta por Josélia Neves, docente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), foi homologada a 25 de Janeiro último. A nova Unidade Científica é composta por um agregado de três doutorados e um elenco de seis elementos efectivos oriundos de áreas científicas diversificadas, como equipa multidisciplinar. Assim, a iACT integra redes internacionais, em parecerias que já desenvolvem trabalho científico e prestam, igualmente, serviço à comunidade dentro da sua área de formação.

Em Alvados e na Ecoteca de Porto de Mós

Palestra sobre “Florestas” e realização de saída de campo

DR

No âmbito da Comemoração do Ano Internacional das Florestas, a Ecoteca das Serras de Aire e Candeeiros – PNSAC, em parceria com a Autarquia de Porto de Mós e a SIMLIS, realizam no dia 4 de Maio, em Alvados e na Ecoteca de Porto de Mós, uma palestra sobre “Florestas” e saída de campo.

O programa, está contemplado às 09h30, uma saída de campo , com visita acompanhada a um bosque em Alvados e pelas 14h30, decorrerá a Palestra sobre a Floresta com o Professor Jorge Paiva na Ecoteca das Serras de Aire e Candeeiros.

Na Biblioteca do Juncal

“Déficit, dívida, austeridade, FMI: Haverá soluções?”

A AC-Mós, Associação de desenvolvimento comunitário de Porto de Mós, vai realizar no próximo dia 7 de Maio, pelas 21h15, na biblioteca do Juncal, uma palestra subordinada ao tema “Déficit, dívida, austeridade, FMI: Haverá soluções?”.

Este evento vem dar continuidade ao programa de tertúlias já realizadas no Juncal, no âmbito das Comemorações dos 450 anos da freguesia. Com mais esta realização a AC-Mós pretende contribuir para fomentar a participação e formação cívicas nas populações.

Nas escolas de Marrazes

Actividades nas férias da Páscoa O C.A.C.E Faz, preparou actividades para a ocupação dos tempos livres dos alunos nas férias da Páscoa. O mote foi o ambiente, natureza e ar livre, uma vez que as crianças, um grupo de cerca de trinta alunos, entre os 6 e os 13 anos, tiveram oportunidade de visitar o Fluviário de Mora, explorar a fauna e flora do rio Lis e desfrutar do espaço de lazer da Mata dos Bombeiros Voluntários de Leiria.

Das férias fizeram ainda parte, ateliers de capoeira, roteiros pelo património histórico da cidade de Leiria, visita à Biblioteca Afonso Lopes Vieira e torneios de pingue-pongue.

Investimento de dois milhões de euros

Requalificação da Casa da Cultura Stephens O Teatro Stephens, situado na Praça Guilherme Stephens, vai ser requalificado pela Câmara Municipal, através de um investimento de quase dois milhões de euros (valor total do investimento de 1.921.780,00 euros e que merecerão uma comparticipação do QREN Mais Centro no valor de 1.325.804,50 euros).

Localizado no centro tradicional da Marinha Grande, o edifício do Teatro Stephens, reconstruído em 1940, faz parte integrante do conjunto urbano da antiga Fábrica-Escola Irmãos

poder iniciar uma empreitada adjudicada à empresa Habitâmega – Construções SA, para um prazo de execução de 540 dias. Será assegurada a requalificação da Casa da Cultura com o objectivo de disponibilizar um espaço polivalente, dotado de condições técnicas, que permita o desenvolvimento de actividades de cariz cultural e recreativo, designadamente cinema, teatro, música e conferências.

DR

IPL tem nova unidade de investigação

21.Abril.2011

Stephens, conjunto este que se encontra actualmente em processo de profunda

reconversão. A autarquia aguarda a emissão do visto do Tribunal de Contas para

No Agromuseu Municipal Dona Julinha

“Ciclos CEPAE - Espaço Rural” No dia 30 de Abril, terá lugar no Agromuseu Municipal Dona Julinha, uma actividade subordinada ao tema “O Porco”, integrada no projecto do Centro do Património da Estremadura “Ciclos CEPAE – Espaço Rural”. Este é um tema perfeitamente enquadrado nas temáticas do Agromuseu, na medida em que, a criação de gado porcino representou um importante papel na economia da antiga Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira e, de uma maneira geral, em todo o mundo rural da região e do país.

As actividades a realizar

começarão pelas 15h00 com a recepção dos participantes na Junta de Freguesia de Ortigosa. Às 15h30, será dado início a um ciclo de palestras subordinadas aos seguintes temas: “O Porco na dieta alimentar das comunidades rurais do século XX”, apresentado por António Maduro, professor da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo e investigador do Centro de Estudos Transdicisplinares para o Desenvolvimento; “Os Museus Etnográficos e a Comunidade: o caso do Agromuseu Municipal Dona Julinha”, apresenta-

do por Isabel Santos Brás, técnica da Câmara Municipal de Leiria; “A economia do Leitão no concelho de Leiria” por David Neves, presidente da direcção da Associação de Suinicultores de Leiria e “Testemunho oral” de Fernando Sobreira, natural de Ortigosa, que participou nas matanças do porco que tinham lugar na Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira.

Pelas 16h30 segue-se uma visita guiada ao Agromuseu, animada com pequenos apontamentos pelo Grupo de Dramatização da Escola 2,3 de Rainha Santa Isabel, com a colaboração

de populares de Ortigosa, sobre aspectos da criação e utilização do porco: “ir ao barrasco”; “conduzir a vara ao pasto” e “encher chouriças”. Às 17h30 todos participarão num “Lanche saloio” e, pelas 18h00, poderão divertir-se com o Baile da Primavera” que terá lugar na eira e contará com as actuações do Rancho Folclórico “Flores da Primavera”, de Ortigosa, e do Rancho Folclórico “Rosas do Lena”, de Rebolaria (Batalha).

Para alunos do 1.º ciclo do ensino básico

Passeios pedestres na Marinha Grande A Câmara Municipal da Marinha Grande realiza os passeios pedestres para os alunos do 1º ciclo do ensino básico do concelho, de 27 de Abril a 4 de Maio. O objectivo é fomentar a actividade física e o contacto com o meio ambiente do concelho.

A acção, promovida pela Divisão de Educação, Desporto e Intervenção Social (DEDIS) da Autarquia, envolverá mais de 1600 crianças, de todas as escolas da rede pública e do Pátio da Inês (rede privada de ensino), das freguesias de Marinha Grande, Moita e Vieira de Leiria. Esta é

necessidade de preservar o ambiente. Outro dos objectivos é incutir o gosto de fruição do meio natural deste concelho, que constitui um importante legado às gerações vindouras se for preservado no presente.

Os passeios ocorrem nos dias 27, 28 e 29 de Abril e 2, 3 e 4 de Maio, das 09h30 às 11h30. O passeio irá abranger a extensão entre a praia das Pedras Negras (junto à “curva do M”) e a Praia Velha.

DR

Inclusão e Acessibilidade em Acção

O Mensageiro

uma actividade que obtém sempre grande receptividade e sucesso junto do seu público-alvo.

Os passeios pedestres

visam fomentar a adopção de práticas de vida saudáveis com assiduidade, chamar a atenção para os problemas ambientais e

SOCIEDADE 7

O Mensageiro 21.Abril.2011

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Mário Soares em Leiria para as comemorações do 25 de Abril

No âmbito das comemorações do 37º aniversário da revolução dos cravos, o Município de Leiria promove no dia 25 de Abril, pelas 17h00, uma sessão solene no Teatro Miguel Franco - Centro Cultural Mercado Sant’Ana, que terá como orador Mário Soares, exPresidente da República.

Além desta sessão formal, terão lugar outras

iniciativas que se prolongam até ao dia 30, que pretendem recordar e assinalar esta data, homenageando todos aqueles que contribuíram para a construção da democracia.

No dia 24 de Abril, a banda Punk Moda Funk anima o Jardim Luís de Camões, pelas 22h00, num concerto comemorativo em que a banda da Marinha

Grande interpreta músicas de Zeca Afonso.

“Relembrar Abril” é o tema da conversa com Pedro Biscaia, que terá lugar no dia 26 Abril, pelas 15h00, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.

Licenciado em História e director da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, Pedro Biscaia vai relacionar esta data e as conquistas de Abril com a actualidade, num contexto informal. A entrada é livre.

O Teatro Miguel Franco - Centro Cultural Mercado Sant’Ana recebe a exposição fotográfica “Gritos de Liberdade”, que tem como tema o 25 de Abril na cidade de Leiria. Esta exposição pode ser visitada até 30 de Abril,

e está patente durante o horário dos espectáculos ou sessões de cinema.

Até ao dia 30 de Abril, a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira acolhe “Graffitis de Abril”.

Esta exposição pretende reencontrar os símbolos e os ícones da revolução, presentes nos rostos de expressões inapagáveis, nos slogans, na libertação dos presos políticos de Caxias e de Peniche e na chegada dos exilados. Pela mão de artistas populares, podemos ainda rever a festa do 1º de Maio, em que todo o país saiu à rua para sentir a liberdade e a esperança no futuro.

Formação para adultos em debate no IPL “Passaporte para o Futuro” é o mote da conferência internacional que se realiza no próximo dia 27 de Maio, no Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Organizada pelo Centro de Investigação em Políticas e Sistemas Educativos (CIPSE), do IPL, com a colaboração do Centro de Novas Oportunidades (CNO), esta conferência tem como objectivos permitir uma reflexão alargada sobre o papel dos Centros Novas Oportunidades e o seu contributo para a educação e formação de adultos em Portugal, no presente e no futuro. É igualmente objectivo desta iniciativa debater os desafios actuais sobre as práticas de aprendizagem ao longo da vida; (ALV) em Portugal e na Europa; as novas tendências de projectos educativos para adultos; conhecer diferentes realidades de educação de adultos nos CNO; promover o sucesso, contrariando a desistência e o abandono em reconhecimento e a validação e certificação de competências (RVCC).

O programa desta conferência internacional está dividido por diversas temáticas, das quais se salientam a formação ao longo da vida, a realidade nacional e as perspectivas internacionais, os projectos e as práticas e ainda qualificar para novas oportunidades: desafios e limites. Destaque para a presença de Luís Capucha da Agência Nacional para a Qualificação e Richard Thorn do Institute of Technology, da Irlanda, entre outros responsáveis por centros de CNO nacionais.

Primeira reunião do Conselho Geral

Helder Roque eleito presidente do Conselho Geral do SUCH

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Conferências, música e exposições

Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santo André (HSA), foi eleito por unanimidade presidente do Conselho Geral do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), durante a primeira reunião deste novo órgão de consulta e participação na gestão desta associação, que decorreu na passada sexta-feira, dia 15 de Abril, no HSA. A eleição de Helder Roque, em representação do HSA, surgiu da proposta dos membros presentes nesta reunião, nomeados para o Conselho Geral. Nesta ocasião, o presidente do Conselho de Administração do HSA afirmou que «mais do que uma honra pessoal, esta nomeação prestigia o nosso hospital e reconhece o mérito dos seus colaboradores».

«Esta distinção, atribuída por outros grandes hospitais no País que nos dão a sua confiança» explicou Helder Roque, «reforça o trabalho que temos vindo a desenvolver e dá-nos vontade e energia para continuar no bom caminho, o caminho de bem servir os utentes que procuram o HSA, e de contribuir para o bom trabalho do SUCH».

«Este é mais um exemplo do reconhecimento do prestígio que todos temos vindo a granjear, do mérito do trabalho de todos os colaboradores do HSA, desta contínua afirmação do HSA, que não passa despercebida aos nossos pares, traduzida na consideração e confiança de que somos merecedores», sublinhou o responsável.

O SUCH é uma organização sem fins lucrativos que tem por missão concretizar todas as iniciativas susceptíveis de contribuir para o funcionamento mais ágil e eficiente do trabalho dos seus associados, entidades prestadoras de cuidados ou relacionadas com a promoção e protecção da saúde, libertando-os para a plena dedicação à prestação de cuidados de saúde aos utentes.

Tem assim por finalidade a realização de uma missão de serviço público, contribuindo para a concretização da política de saúde e para a eficiência do Sistema Nacional de Saúde.

Parceiros e Santa Catarina da Serra

Aprender a fazer compostagem doméstica é importante Os munícipes das freguesias de Parceiros e Santa Catarina da Serra vão poder aprender a fazer compostagem doméstica em duas novas acções promovidas pela Valorlis, nos dias 30 de Abril e 6 de Maio, respectivamente.

A compostagem doméstica é um método tradicional de reciclagem de resíduos orgânicos amigo do ambiente, que permite a utilização do composto em jardins ou hortas domésticas. Todos os participantes, desde que sejam moradores nos concelhos da área de influência da Valorlis (Leiria, Batalha, Porto de Mós, Ourém, Marinha Grande e Pombal), recebem um compostor para poderem fazer a compostagem em suas casas, e contribuir assim para a redução da deposição de resíduos orgânicos nos aterros sanitários.

A primeira acção, no dia 30 de Abril, terá lugar na sede da Valorlis, em Parceiros, pelas 15h00. Já em Santa Catarina da Serra, a acção decorrerá no edifício da Junta desta mesma freguesia, no dia 6 de Maio, pelas 21h00.

8 ECLESIAL

A Quaresma é o período de quarenta dias que se inicia a partir da Quarta-feira de Cinzas e termina com as celebrações do Tríduo Pascal, a comemoração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Na Sé de Leiria, o programa das celebrações presididas pelo nosso Bispo é o seguinte: 21 de Abril - Quinta-feira Santa 11h00 – Missa crismal 19h00 – Missa da Ceia do Senhor 22h00 – Adoração Eucarística 22 de Abril - Sexta-feira Santa 9h00 –Laudes e ofício de Leituras 17h00 – Comemoração da Paixão, adoração da Cruz e Comunhão 21h30 – Via-sacra pelas ruas da cidade, com início no Convento da Portela (Franciscanos) 23 de Abril - Sábado Santo 9h00 – Laudes e ofício de Leituras 22h00 – Solene Vigília Pascal 24 de Abril - Domingo de Páscoa Missa nos horários habituais. Na Igreja do Espírito Santo não haverá missa das 8h30.

O Santuário de Fátima divulgou o programa do tríduo pascal que “será vivido com várias celebrações que culminarão no Domingo de Páscoa”: 21 de Abril - Quinta-Feira Santa 9h00 - Laudes cantadas – Basílica 14h30 - Vídeo “Via-sacra do peregrino” - Sala de projecções 18h00 - Missa da Ceia do Senhor – Igreja da Santíssima Trindade 2300 - Oração comunitária da Agonia de Jesus - Capela da Morte de Jesus 22 de Abril - Sexta-Feira Santa 00h00 - Via-sacra - Valinhos - com início na Capelinha (levar pilha eléctrica) 9h00 - Laudes cantadas – Basílica 15h00 - Celebração da Paixão do Senhor - Igreja da Santíssima Trindade 21h00 - Via-sacra – Recinto 23 de Abril - Sábado Santo 9h00 - Laudes cantadas – Basílica 10h30 - Vídeo “Via-sacra papal” - Sala de projecções 12h00 - Rosário – Capelinha 15h00 - Oração a N. Srª da Solenidade – Capelinha 17h30 - Vésperas cantadas - Basílica PÁSCOA Ressurreição do Senhor 23 de Abril – Sábado 22h00 - Vigília Pascal - Igreja Santíssima Trindade 24 de Abril – Domingo 11h00 - Missa internacional – Recinto 17h30 - Procissão Eucarística – Recinto

21.Abril.2011

Desafios pastorais

Conhecer o mundo dos jovens

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre Vasco Pinto de Magalhães, jesuíta, afirma que as novas gerações «vivem num mundo muito sensitivo, com dificuldade para pensar, pois não são educados para isso» Como se pode explicar a fé aos jovens?

Primeiro há que entrar no mundo deles e compreendê-lo. Há uma experiência de encarnação, fazer o que Jesus Cristo fez. Quem deseja transmitir a sua experiência tem que entrar no mundo do outro, com cuidado e respeito. É preciso conhecer o que é o mundo de hoje dos jovens. O que também pede prudência para não se generalizar. Se o mundo dos jovens nunca foi homogéneo, hoje muito menos. Há idades e idades, estilos de formação, cultura... Por isso é-me difícil falar de jovens, generalizando.

Como se faz a transmissão da fé numa perspectiva mais pessoal? É necessário entender a linguagem dos jovens, o seu quadro mental e as suas experiências emocionais para perceber como entro em contacto profundo com eles. Mas isto aplica-se para transmitir a fé ou qualquer outra realidade, pois não se trata de comunicar teorias mas uma experiência que passa muito pelo testemunho. Os mais novos são muito sensíveis ao testemunho e menos às teorias.

Há que perceber que eles

DR

Tríduo Pascal

O Mensageiro

vivem hoje num mundo muito sensitivo, com dificuldade para pensar, pois não são educados para isso. Os jovens são educados para receber impactos e vibrar com eles. Preferem linguagens directas e sem rodeios, sem termos complicados e clericais, que a Igreja por vezes, usa – latins que servem pouco mas que dão segurança a quem está a transmitir. O problema está no transmissor e não no receptor.

Como se mostra a profundidade a um jovem que não está habituado a pensar?

Indo ao encontro, com testemunho, das coisas a que ele dá importância.

Porque os jovens estão hoje muito sensibilizados para o que é construtivo. Se há dificuldades com a fé teórica, ao mesmo tempo há muitos jovens disponíveis para o voluntariado, para compromissos, não a longo prazo, mas a compromissos sensíveis, a ir ao encontro Divulgação

das pessoas. Aceitam muito bem as experiências de proximidade uns com os outros. Há muitos jovens disponíveis para ir para África um ano, o que não se enquadra numa atitude religiosa, mas é algo que os toca. Têm necessidade de sair de si.

Há também um mundo de jovens, criados por esta cultura individualista e libertária, juntamente com essa coisa disparatada que se chama «Novas Oportunidades», que criou um mundo de gente sem exigências, que se quer divertir, que tem atitudes arrogantes face à história mas que não surgiu deles. Impingiramlhes a ideia de que bastava mexer num computador e ter apetrechos técnicos para poder ter direitos e não deveres, para ser arrogante a falar com as pessoas. Esta é a faixa perigosa dos jovens – sentem-se equiparados aos outros pela maneira de vestir e pelos sítios que frequentam. Parecem o todo mas não são. Falamos de uma faixa entre os 18 e os 25 anos.

Mas pode cair-se no eterno questionamento não no compromisso?

Acho que os jovens estão hoje abertos ao compromisso, mas falta quem lhes responda às questões, que só surgem depois.

Antigamente o processo era ao contrário, hoje vem primeiro o compromisso e só depois surgem as questões, quando têm alguma distância face à própria realidade.

Os jovens de hoje vivem muito inseguros. Fazem cursos mas não têm futuro.

Os compromissos sofrem oscilações. Sobretudo em Portugal. Os jovens que têm mais sensibilidade sonham cedo emigrar, sentem necessidade de procurar

coisas noutros lugares. A verdade é que se lhes tirou o horizonte. A escola onde eles mais cedo andaram – a escola da televisão, da Internet, da rua –não ensina a pensar e a exigir; ensina a ter direitos e ensina a satisfazer-se de forma subjectiva, sem valores. Só mais tarde é que vem a preocupação com objectivos e valores.

Os pais não têm tempo para transmitir valores, os professores foram proibidos de ensinar, não podem reprovar, não podem fazer nada. Entregamos o sistema de transmissão do saber e dos valores. O que é que temos? Técnicos acelerados, pessoas com capacidade de se movimentar, com aparentes conhecimentos, mas bastante vazios.

São necessárias também linguagens e instrumentos para chegar aos jovens?

Esta é a linguagem do testemunho e da proximidade. Mas os jovens precisam de sentir que há pessoas credíveis na sua vida e na sua alegria, que os acompanham e estão disponíveis. Os padres, por exemplo, não têm tempo para os jovens e não dão testemunho de uma alegria saudável e uma proximidade, pois hoje a proximidade exige tempo. Não basta dizer, «vem cá que eu ensino-te». É preciso estar ali e esperar o momento que desperte vontade de aprofundar. Num tempo em que ninguém tem tempo para nada, muito menos os padres, fazem-se fogachos na paróquia e não se apanha a bola. É preciso paciência, tempo, dar oportunidade para que a semente germine, e isso nem sempre acontece. É preciso saber ir também ao encontro das perguntas. Não fugir delas.

Tem de se perceber e dar resposta directa ao que inquieta, descodificando a linguagem. Uma primeira pergunta que aparece pode não ser a que se quer colocar. É preciso perceber o que está de facto a incomodar ou a atrair. Não se atrai respondendo como se estivéssemos a resolver um problema teórico. Não há problemas teóricos mas problemas de coração. Pode ser uma mágoa, um falhanço, uma vitória…

DIOCESE 9

O Mensageiro

21.Abril.2011

BREVES Padre Luís Inácio de luto

Faleceu José João

No passado dia 16 de Abril faleceu o senhor José João, pai do nosso colaborador e amigo padre Luís Inácio João.

Era natural da freguesia das Cortes, lugar das Fontes onde nasceu no dia 17 de Agosto de 1918 e residia actualmente no Arnal, Maceira, onde se realizaram as cerimónias fúnebres, pelas 17h00 do dia 17. À família enlutada O Mensageiro endereça uma sentida partilha nos sentimentos de dor, confiante porém na força que brota da fé.

Testemunhar a própria vocação

Jubileu das Vocações em Fátima “Com Maria…enraizados em Cristo!”

Fátima Jovem 2011 A 7 e 8 de Maio, o Santuário de Fátima vai encher-se de Jovens católicos de todo o país para mais um Fátima Jovem, Peregrinação Nacional de Jovens a Fátima.

Este ano foi atribuída à nossa diocese uma função especial: criar um coro e grupo instrumental para animar musicalmente a missa principal de todo o programa, no dia 8 de

Maio.

Para isso convidam-se todos aqueles que gostam de cantar ou tocam um instrumento musical. O primeiro ensaio já iniciou no dia 16 de Abril e o grupo volta a reunir-se no próximo dia 20, 30 de Abril e 6 de Maio.

Os ensaios serão sempre às 21h00 na Igreja do Espírito Santo, em Leiria.

Os interessados devem participar em pelo menos 3 dos ensaios, sendo que o último é de especial importância.

Participar no coro não implica a inscrição e participação total no Fátima Jovem e para participar no coro, apenas têm de ir aos ensaios e estar na missa do dia 8 de Maio, às 11h00.

Como em anos anteriores, a diocese de Leiria-Fátima vai celebrar também neste ano o Jubileu das Vocações (matrimonial, sacerdotal e à vida consagrada), no dia 28 de Maio, sábado, a começar às 21h00, em Fátima, terminando com o almoço partilhado.

Destina-se a quantos celebram, durante o ano de 2011, os 25, 50 ou 60 anos de casamento, ou de consagração religiosa ou de sacerdócio.

Há convites com as informações sobre a celebração e a ficha de inscrição que podem ser pedidos nas paróquias ou ao Serviço diocesano de Pastoral Familiar.

As inscrições deverão chegar ao casal que as recebe, conforme consta no dito convite, até ao dia 15 de Maio.

«Orai! Orai muito!”

«Orai! Orai muito!

– Orações e Ensinamentos do Anjo (Fátima – 1916)» é o título do novo livro da autoria do padre Dário Pedroso, com prefácio do Bispo de Leiria-Fátima.

Sintetizando o conteúdo da mensagem do Anjo, nas três Aparições aos Pastorinhos, em 1916, a obra procura ser uma ajuda teológico-espiritual para todos os cristãos, em ordem à vivência deste ano de 2011, que o Santuário de Fátima dedicou ao Anjo e à sua mensagem, e em ordem a preparar a vivência do centenário das aparições do Anjo.

O livro inclui uma primeira parte, com onze capítulos, comentando

DR

Orações e ensinamentos do Anjo

e meditando as Orações que o Anjo ensinou, e uma segunda parte fazendo o mesmo sobre os ensinamentos, apelos, convites do Anjo. Nesta segunda parte, o autor procura, em nove pequenos capítulos, fazer

uma catequese, uma síntese orante dos ensinamentos do Anjo aos Pastorinhos.

Segundo o sacerdote jesuíta, o livro «pode ser grande ajuda para os párocos, fazendo com ele catequese, Horas Santas,

celebrações da Palavra, para a leitura espiritual e para a oração de todos os cristãos».

D. António Marto refere que o autor «procura pôr em evidência toda a beleza e riqueza das orações e dos ensinamentos do Anjo aos pastorinhos, dos temas singulares que contêm, e atualiza-os para hoje de modo muito concreto. Fá-lo através da forma de celebração que inclui a meditação, a oração, o cântico, o exame de consciência, de modo a levar-nos à experiência de Deus em nós e no mundo, à interiorização do seu mistério de amor transformador e libertador».

“Com Maria, na vida e na animação vocacional”

Encontro de animadores

Para catequistas, animadores vocacionais e de jovens e ainda outras pessoas que tenham interesse no tema e nos objectivos, realiza-se um encontro de formação no dia 30 de Abril, das 10h00 às 12h30, no Seminário de Leiria (casa de retiros).

O tema será: Com Maria, na vida e na animação vocacional. Os objectivos são fazer a experiência da presença e do amor de Maria na própria vida e descobrir como ela pode inspirar o empenho na animação vocacional. Serão apresentadas propostas para a animação vocacional e haverá ocasião para a partilha de iniciativas e experiências.

As inscrições, sem qualquer custo, devem fazer-se até 25 de Abril, para P. Jorge Guarda (email: sav@leiriafatima.pt; tel. 244 845 032; 962 445 325).

Padre Jorge Guarda Coordenador do Serviço de Animação Vocacional

10 ECLESIAL

O Mensageiro 21.Abril.2011

Leituras | Domingo de Páscoa

(24/04/11)

Antífona de Entrada: Salmo 139, 18.5-6 Leitura I: Act. 10, 34a, 37-43 Salmo Responsorial: Sal. 117(118), 1-2, 16ab17, 22-23; Refrão: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria. Repete-se; Ou: Aleluia.

Repete-se Leitura II: Col. 3, 1-4 Aclamação ao Evangelho: I Cor 5, 7b-8a; Refrão: Aleluia.

Repete-se; Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado: celebremos a festa do Senhor. Refrão EVANGELHO: Jo 20, 1-9 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro¬. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro:¬ viu e acreditou.

Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.

Cânticos | II Domingo da Páscoa (01/05/11) INÍCIO: Juntos como irmãos – Lau 462 Aclamai Jesus Cristo – Lau 134

BTC e moagem vão crescendo no Gungo

Quarta-feira, 13 de Abril A equipa missionária regressou ao Sumbe no passado Domingo depois de 2 semanas de Missão no Gungo. Foram vários os trabalhos onde pudemos avançar e hoje vou-vos contar sobre uma parte desses trabalhos.

Chegamos na sextafeira, dia 25 de Março com o cavalinho e elefante bem carregados de materiais e vontade de trabalhar.

Começamos a tentar organizar os nossos trabalhos e vimos que uma prioridade era ir buscar água para se poder avançar

com as construções. Mas logo nesse domingo caiu uma grande pancada de água que, com a ajuda dos nossos novos tanques, nos permitiu armazenar cerca de 2000l... e até deu para tomar banho.

Durante a semana os trabalhos dividiram-se entre a construção do alicerce da moagem e a aprendizagem da técnica do BTC, com um mestre que veio da Gabela. Neste momento já temos uma pequena equipa de trabalho que está apta a continuar a construção destes blocos. No final do tempo no Gungo foi possí-

vel contabilizar 935 BTC’s que já estão reservados para a construção da nossa moagem. Já só faltam 2565 para podermos fazer a inauguração.

AO SABOR DA PALAVRA

curam coisas novas, novas sensações, novos sentimentos, novas realidades para ocupar os buracos das suas vidas. O vazio é o nada, a ausência do Ser. Mas os discípulos também encontraram o túmulo vazio na manhã da Páscoa.

Jesus tinha desaparecido do túmulo. O que é que tinha acontecido? E o que significava esse vazio?

Significa que Jesus já não estava morto, tinha ressuscitado. Jesus estava vivo. E se vazio, normalmente, significa a falta de algo, o túmulo na páscoa vazio é significado de uma grande alegria porque Jesus saiu do sepulcro para encher o mundo. Jesus é tão grande que uma simples caverna não O podia conter, a sua glória é tão grande que abarca todo o universo. Ele não estava no túmulo porque estava junto dos seus, os discípulos iam sentindo a plenitude a vida nova de Jesus: Maria Madalena, Pedro e João, os discípulos de Emaús, todos aqueles que ao longo do dia de páscoa

foram contactando com esta glória e alegria de Jesus ressuscitado.

Esta é a mensagem central deste dia: Jesus está vivo. Morreu. Mas ressuscitou. Esvaziou-se de si mesmo para nos encher a nós. Como uma pipa de vinho que se vai esvaziando para encher as garrafas. E é dessa vida nova que todos nós participamos, fomos renovados, ressuscitados pelo Baptismo que recebemos e que é renovado cada ano neste tempo.

E Jesus está tão vivo que continua a encher os corações dos cristãos de hoje, que cantam “Aleluia”, como sinal de vida: como Pedro, que tendo negado Jesus, é depois o primeiro a testemunhar, sem medo, o que Lhe aconteceu.

Mas por vezes sentimos que falta qualquer coisa, que esta alegria não é real, que vivemos apenas um certo contentamento, uma certa satisfação do dever cumprido, de uma meta realizada mas que não nos enche as medidas.

Segunda-feira, Abril 18, 2011 várias frentes O Trabalho missionário vai avançando em várias frentes. No Sumbe avança a cisterna enquanto estamos por cá: Neste fim de semana a mana Inês, a Teresa e alguns jovens do Gungo foram à Quilenda participar no encontro diocesano alusivo ao dia

mundial da juventude. Eu e a Maezinha fomos até à Tuma celebrar a festa dos Ramos e o mano Amândio ficou no Sumbe a avançar com alguns trabalhos. Há outro trabalho que avança na pastoral da criança, nas obras que vão andando devagarinho No Gungo, na preparação última dos noivos para os casamentos e dos catecùmenos para o baptismo.

Por isso, Twendi K’upange (Vamos ao trabalho).

Estamos Juntos!

SALMO RESPONSORIAL: Aclamai o Senhor - Lau 135 APRESENTAÇÃO DOS DONS: Deixo-vos a paz - Lau 269 Senhor trazei-nos a paz - Lau 777 COMUNHÃO: Recebestes um Espírito – Lau 716 Senhor, eu creio que sois Cristo - Lau 759 PÓS-COMUNHÃO: Cantarei eternamente – Lau 214 Eu canto para sempre - Lau 358 FINAL: Ide por todo o mundo - Lau 435 Proclamai que Jesus Cristo – Lau 684

Pe. Francisco Pereira pe.francisco@mac.com Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos

Uma vida nova 24 de Abril de 2011

MISSAS DOMINICAIS

Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 09h45 – Paulo VI 10h00 - S. Francisco 10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h30 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário e Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação

Domingo da Páscoa

Quando alguma coisa está vazia é sinal de que chegou ao seu fim, de que já deu tudo o que tinha a dar.

E quando alguma coisa fica vazia desaparece, coloca-se no lixo e segue-se para algo de novo: um tinteiro vazio, uma garrafa vazia, uma lata vazia. A própria vida das pessoas parece de tal modo vazia que todos pro-

Por isso como é que nós (que nos dizemos cristãos) anunciamos esta novidade e maravilha? Temos coragem para dizer que Jesus está vivo? Que não é apenas um personagem histórico com uma bonita doutrina?

A páscoa não pode ser apenas a festa das amêndoas, dos ovos de chocolate, dos coelhinhos. Claro que a páscoa é uma festa da vida, mas não em termos pagãos: apenas uma festa da fecundidade no início da primavera. Isso não é Páscoa.

A verdadeira Páscoa é viver vazios do mal, esvaziamento feito na quaresma, mas cheios de Jesus, da sua pessoa. No entanto não temos o monopólio desta posse de Jesus. Ele continua no mundo, dando-lhe a plenitude da sua existência.

O sepulcro ficou vazio para que nós cheios do Espírito Divino criemos um reino de paz e amor, de vida todos os dias renovada.

PORTUGAL 11

O Mensageiro

21.Abril.2011

A importância da presença da Igreja

Falar de Deus aos universitários

«Definir consciência e conduta»

50 anos da implementação do MCC

João Filipe Matias/Arquivo

O padre Nuno Santos, director do Instituto Universitário Justiça e Paz da diocese de Coimbra, é da opinião de que é fundamental “saber falar de Deus” tal como “é preciso saber falar de ciência”.

Este instituto, com cerca de 40 anos e situado junto do polo principal da Universidade de Coimbra, permanece como centro de convergência e projecção de múltiplas actividades da pastoral juvenil e do ensino superior da Diocese, bem como lugar de diversas actividades marcantes para o diálogo entre a fé e a cultura.

“Quando a linguagem é competente” e “dá espaço para o diálogo, a proposta não é muito difícil”, reconhece o padre Nuno Santos, em declarações ao programa da Igreja Católica na Antena 1.

Tanto no grupo dos estudantes universitários, como no grupo dos docentes, os “sinais interessantes aparecem” tal como a “disponibilidade para o diálogo”.

A Pastoral do Ensino Superior destina-se a “quatro horizontes”: o grupo dos estudantes integrados nos 3 ciclos de Bolonha; doutorados; investigadores e os funcionários.

Promover a formação e o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, comprometida com a qualidade e os valores éticos e cristãos são pilares da Pastoral Universitária.

O padre Nuno Santos refere que as propostas são de vária ordem e abrangem vários sectores: acções de voluntariado, caminhadas nocturnas, descidas do rio Mondego, apoios aos estudantes e realização de exposições. “Actividades diversificadas e muito aliciantes”, realça.

Ao nível das linguagens para os vários universos etários, o responsável sublinha

que “tanto as linguagens como as profundidades são diferentes”.

Com 15 animadores permanentes, o Instituto Universitário Justiça e Paz não consegue responder “a todas as solicitações”.

Em Portugal, a Pastoral do Ensino Superior está ligada umbilicalmente à Pastoral Juvenil. No entanto, “o maior desafio é fazê-la com os professores e investigadores, com a comunidade estável”, salienta.

Em Coimbra - cidade dos estudantes - a tradição ainda pesa: “há uma linha de contexto que facilita muito o trabalho”.

Com os olhos virados

para o futuro, este sector da pastoral entrou também no mundo do ensino secundário.

“Fazemos desafios aos alunos do 12.º Ano – os que vivem mais próximo da cidade – para que ao chegarem à universidade possamos ter pontos de contacto”, revelou.

Para o coordenador da Pastoral Universitária em Coimbra, os valores aprendidos na fase universitária reflectem-se, posteriormente, na vida profissional.

Novo perfil em debate

DR

Encontro Nacional de Catequese O presidente da Equipa Europeia de Catequese apelou, na Guarda, a uma nova “fisionomia do catequista evangelizador, diferente da de antigamente”.

Presente no 50.º Encontro Nacional da Catequese, frei Enzo Biemmi falou num “horizonte de um cristianismo da graça, uma catequese da proposta no registo da surpresa, as atitudes de liberdade e de gratuidade consideradas como dimensões essenciais da fé”.

Na segunda conferência proferida nesta iniciativa, o responsável defendeu uma “lógica formativa de acompanhante/formador”, de “hospitalidade mútua”.

“O esforço da fé implica que o evangelizador se deixe acolher na vida, nas perguntas, nas dúvidas, na

Breves

necessidade de vida do outro. E não se trata de uma estratégia didáctica, mas de uma profunda atitude humana”, apelou.

Para Biemmi, o acompanhamento “completa a sua tarefa logo que o acompanhante desaparece; o desaparecimento do educador é a condição da interiorização da sua acção educativa”.

Depois de ter falado

no tema «A catequese e os catequistas face aos desafios da secularização», o presidente da Equipa Europeia de Catequese voltou à questão para afirmar: “Os nossos catequistas, e nós também, fomos formados para educar uma fé que já lá estava”.

Essa, assinalou, é uma realidade que já se alterou e que exige “uma série de

competências” aos catequistas, em quatro áreas - “teológica, cultural, pedagógica e espiritual”.

“O que podemos esperar do catequista, a este respeito, é que ele possa falar da fé ou dá-la a descobrir, não de forma abstracta e separada da vida mas, ao contrário, apoiando-se em tudo o que constitui o concreto da vida, apelando a todos os valores e recursos do meio”, indicou.

Enzo Biemmi considera que os dias de hoje são “uma belíssima época para a fé”.

“Não devemos sentir saudades da sociedade de cristandade. Devemos, sim, deixar os nossos olhos encantarem-se com o reconhecimento da acção de Deus nos homens e mulheres de hoje”, concluiu.

D. Manuel Clemente afirmou, no dia 16 de Abril, que os Cursilhos de Cristandade ajudam a “definir uma consciência e uma conduta” cristã no mundo.

Segundo o prelado o que a “tradição transportou do cristianismo não chega para definir hoje uma consciência e uma conduta” no mundo, sendo por isso necessário valorizar a “experiência cristã” dos encontros de três dias que o Movimento Cursilhos de Cristandade (MCC) organiza.

O bispo do Porto assinalava assim os 50 anos da implementação do MCC na sua diocese, à margem do congresso internacional de história «100 anos de separação – Religião, Sociedade e Estado», que hoje termina na Universidade Católica Portuguesa.

O Movimento Cursilhos de Cristandade ajudam a “redescobrir” a presença de Jesus no mundo e “carregam-na para comunidade e ambientes”, afirmou à Agência ECCLESIA. Esta experiência é na visão de Manuel Clemente “extremamente importante”.

O Movimento Cursilhos de Cristandade celebram, desde Setembro, o nascimento há 50 anos na diocese do Porto.

Segundo o responsável diocesano dos MCC, Salvador Soares, “o Movimento dos Cursilhos de Cristandade só se realizará completa e eficazmente se for fiel ao seu Carisma e Finalidade: levar a Boa Nova de Cristo aos homens e mulheres do nosso tempo”.

Livro para financiar fundo de apoio a estudantes

«O que ganhas quando dás?»

O sector da diocese de Coimbra responsável pela relação da Igreja Católica com o mundo universitário lançou o livro ‘O que ganhas quando dás?’, cujas receitas revertem para o fundo solidário criado por aquele organismo.

Os textos que preenchem as 125 páginas da edição são um “sinal do quanto se ganha quando damos do nosso tempo e das nossas riquezas”, explicou à Agência ECCLESIA o director da Pastoral Universitária da diocese coimbrã, padre Nuno Santos.

O critério de escolha dos autores foi a ligação ao mundo universitário e a experiência em projectos solidários, pelo que nem todos são crentes ou “católicos praticantes”, apontou Nuno Santos.

Entre as 23 personalidades que assinam o livro incluem-se o provedor do estudante, o administrador dos Serviços Sociais da Universidade de Coimbra e a directora do Centro de Emprego, além de membros da Comissão Justiça e Paz e do Centro Académico da Democracia Cristã, assim como professores de diversas áreas.

Carlos Fiolhais, “o investigador português mais citado no mundo”, escreve “sobre um voluntariado que fez com a comunidade católica na Alemanha, quando estudava para o doutoramento”, trabalho “que marca para sempre a vida” do docente, referiu Nuno Santos.

As redes sociais, o modo como as universidades se integram ou afastam da realidade em que estão inseridas e a “falta de ética das empresas” constituem igualmente temas abordados na obra, de que foram feitos 200 exemplares numerados, ao preço unitário de 12,50 euros.

A Pastoral Universitária de Coimbra espera lançar uma segunda edição, com a participação de mais autores, caso a primeira tiragem tenha um “bom acolhimento”, revelou o sacerdote, que também dirige o Instituto Justiça e Paz sediado na cidade.

O fundo solidário, que desde a sua criação, há um ano, atribuiu oito mil euros a 18 estudantes, tem sido alimentado com a venda de peças artísticas, jantares, recolhas nas missas e donativos, mas estas verbas são escassas para os pedidos de auxílio crescentes: “Este ano as dificuldades são maiores”, constatou o sacerdote.

12 MUNDO

Negociações entre Estado e Igreja O bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, disse que se está “ainda longe” do acordo sobre a Concordata que irá regular as relações entre a Santa Sé e o Estado timorense.

D. Basílio do Nascimento falava aos jornalistas no final da primeira reunião da comissão mista encarregue de preparar o acordo, afirmando que “há tempo para abrir caminhos e fazer ajustamentos”.

“Esta reunião vem na sequência de uma solicitação do Governo timorense, através de uma iniciativa pessoal do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que fez saber ao Vaticano que o Estado timorense estava muito interessado numa negociação. O acordo evidentemente que também interessa à Santa Sé, que pediu à Igreja timorense que elaborasse um texto, que demorou dois anos a ser preparado”, esclareceu o prelado, citado pela Lusa.

Segundo o bispo de Baucau, a reunião de hoje foi um primeiro passo para a “materialização de ambas as vontades” e “há tempo para abrir caminhos e fazer ajustamentos”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa, salientou que o Governo de Timor-Leste “considera que é importante ainda este ano celebrar o acordo com a Santa Sé”.

Entre os “aspectos essenciais” definidos pela representação do Vaticano está “o reconhecimento da parte do Estado de personalidade jurídica à Igreja Católica e o direito da Igreja a organizar as suas escolas, e mesmo a poder vir a ter o seu ensino superior”. Ambas as partes concordaram em realizar uma nova reunião da comissão mista em Junho e, até lá, “os técnicos do Estado timorense e da delegação do Vaticano vão reunir para verem os termos e fazerem ajustamentos do texto”, segundo referiu D. Basílio do Nascimento.

China

Vaticano convida ao diálogo O Vaticano convidou as autoridades chinesas a um “diálogo sincero e respeitoso” para melhorar as relações com a Igreja Católica e “superar as dificuldades do momento actual”. Em comunicado, responsáveis da Santa Sé aludem aos problemas de relacionamento entre a hierarquia designada pelo Papa e o regime de Pequim, que levou à divisão dos católicos chineses. O documento foi publicado na conclusão da quarta reunião plenária da comissão criada em 2007, por Bento XVI, para “estudar as questões de maior importância” relativas à vida da Igreja Católica na China.

Na mensagem, os participantes neste encontro manifestam “dor pelas provações” que dizem afectar os católicos no país asiático, falando num “clima geral de desorientação e ansiedade face ao futuro”.

Em 2010, contrariando uma prática que se mantinha há vários anos, o regime chinês ordenou um bispo sem o consentimento do Papa e a Associação Patriótica Católica (APC), subordinada a Pequim, promoveu uma assembleia de representantes católicos que foi criticada pela Santa Sé. A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

O comunicado do Vaticano alude ao “triste episódio” da ordenação episcopal de Chengde, reafirmando a sua decisão de não a considerar “inválida”, mas “gravemente ilegítima”, por ser conferida sem mandato pontifício.

A Santa Sé pede aos bispos envolvidos nesta ordenação que procurem “esclarecer a sua posição aos sacerdotes e fiéis”, professando “novamente a sua fidelidade ao Sumo Pontífice” e reparando o “escândalo interno que foi causado”.

Últimos doze meses foram de grande actividade para o Papa

Bento XVI completa seis anos de pontificado Bento XVI completou, no dia 19 de Abril, seis anos de pontificado, com uma progressiva exposição mediática, por força das várias viagens e intervenções públicas que têm servido para redefinir a sua imagem inicial de Papa de transição.

O primeiro Conclave do terceiro milénio, no dia 19 de Abril de 2005,elegeu Joseph Ratzinger como novo Papa, na quarta votação, duas semanas depois da morte de João Paulo II. Os últimos doze meses do actual pontificado foram de grande actividade, com destaque para a publicação do novo volume do livro de Bento XVI sobre «Jesus de Nazaré», obra central do trabalho do teólogo e intelectual alemão, que se empenha numa luta pela credibilidade religiosa e histórica do cristianismo.

Outra obra de grande impacto foi o livro-entrevista, «Luz do Mundo», resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald, um registo inédito permitiu dar a conhecer Bento XVI e o seu pensamento sobre temas centrais para a Igreja e a sociedade.

Ainda no mesmo âmbito, o Papa vai estar na televisão pública italiana

DR

“Há tempo para abrir caminhos e fazer ajustamentos”

21.Abril.2011

(RAI) para responder às perguntas de telespectadores, numa emissão que tem lugar a 22 de Abril, sexta-feira Santa.

A questão dos abusos sexuais cometidos por membros do clero foi uma sombra permanente sobre Bento XVI, que lhe procurou fazer frente apelando, por diversas vezes, à necessidade de justiça e de reparação, no seio da Igreja, em colaboração com as autoridades civis.

De 11 a 14 de Maio do ano passado, Bento XVI passou por Lisboa, Fátima e Porto, revelando capacidade de estar próximo das pessoas e de falar para lá das fronteiras da Igreja.

Se Portugal foi uma lição central para perceber o que pensa o Papa sobre o futuro da Igreja, a visita ao Reino Unido (16-19 de

Setembro) mostra o que deseja da relação entre a comunidade crente e um mundo crescentemente secularizado.

Em Santiago de Compostela e Barcelona (6-7 de Novembro), Joseph Ratzinger retomou as suas preocupações sobre a Europa do século XXI, progressivamente afastada da fé em Deus, escolhendo dois símbolos mundiais: os caminhos de peregrinação, na Galiza, e a basílica de Gaudí, na Catalunha.

Também dentro da Itália se viveram momentos significativos, com a visita pastoral a Turim (2 de Maio), diante do Santo Sudário, e viagem a Palermo, Sicília (3 de Outubro), onde Bento XVI não teve medo de criticar abertamente a Mafia.

A viagem ao Chipre (4-6

de Junho) funcionou como uma espécie de prelúdio para Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que em Outubro de 2010 levaria ao Vaticano as preocupações de várias comunidades ameaçadas pela pobreza, o fundamentalismo, a violência e a emigração em massa.

O tema da liberdade religiosa voltaria a estar em destaque na mensagem que o Papa escreveu para o Dia Mundial da Paz 2011, afirmando que os cristãos são as principais vítimas de perseguição por causa da fé, no mundo.

Para este ano, estão previstos acontecimentos como a beatificação de João Paulo II, a 1 de Maio, e a reedição do encontro interreligioso de Assis (Itália) de 27 de Outubro de 1986, no mesmo dia, este ano sobre o tema «Peregrinos da verdade, peregrinos da paz».

O calendário das viagens inclui visitas a quatro países - Croácia, Espanha, Alemanha e Benim -, para além de quatro deslocações a dioceses italianas.

Desde o início do pontificado, Bento XVI, que completou 84 anos de idade no último sábado, fez 18 viagens apostólicas fora da Itália.

«Youcat»

Catecismo jovem apresentado no Vaticano O responsável do Vaticano pela acção da Igreja Católica junto dos mais jovens, cardeal Stanislaw Rylko, disse que o novo catecismo «Youcat» é um “presente” de Bento XVI para os participantes na próxima Jornada Mundial da Juventude.

O cardeal Rylko explicou que o Youcat “traduz os conteúdos do Catecismo da Igreja Católica de modo rigoroso e fiel, com uma linguagem adequada aos jovens”.

“O seu objectivo é precisamente levar os jovens a aprofundar o conhecimento da sua fé”, acrescentou.

Presente na conferência de imprensa estava também o arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evan-

DR

Breves

O Mensageiro

gelização, para quem esta publicação “responde a uma exigência do momento presentes”, apresentar “com uma linguagem sim-

ples, completa e, sobretudo, acessível o património da fé aos jovens”.

O cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de

Viena e um dos principais promotores da iniciativa, destacou o impulso dado pelo próprio Bento XVI, que assina o prefácio do livro.

O Youcat nasceu da colaboração entre vários jovens e teólogos, que combinaram ideias e linguagens, procurando uma resposta comum num «Ju-Kat», que corresponde às iniciais, em alemão, de juventude e catecismo. A apresentação oficial da publicação em Portugal aconteceu no passado dia 13, no auditório da igreja de São João de Deus, em Lisboa.

A iniciativa, que contou com a presença do cardealpatriarca de Lisboa, D. José Policarpo, esteve a cargo da Paulus Editora, que detém os direitos de publicação do Youcat para toda a comunidade lusófona.

OPINIÃO 13

O Mensageiro 21.Abril.2011

COMENTÁRIO POLÍTICO

Orlando Fernandes Jornalista

Portugal mais pobre e dependente

O

Governo caiu porque nada mais o suportava. Nem sequer esse delírio alucinado que dizia que ele era o último entrave à entrada do FMI em Portugal.

A grande luta que Portugal vai ter de travar nos próximos anos é contra a pobreza do País que ameaça tornar-se uma forma de vida É essa herança que José Sócrates nos deixa, depois de negar o óbvio durante demasiado tempo, e de ter contribuído decisivamente para que estejamos à beira do abismo e de mão estendida.

Antero de Quental no seu discurso “Causas da decadência dos povos peninsulares” era inclemente: “Gememos sob o peso dos erros históricos”. Mas continuamos sem aprender.

Portugal continua sem ter um modelo económico equilibrado em que o Estado cumpra as suas fundições e que incentive a sociedade civil a libertarse da sua fraterna ligação às benesses estatais.

O modelo de promiscuidade que compromete o País tem um exemplo

T

odos os dias cresce o número de pessoas que não têm trabalho enquanto outras ou têm múltiplo emprego ou trabalham, por imposição, por ambição ou por gosto, horas excessivas.

Uns queixam-se de não ter ganha-pão, outros de trabalhar de mais.

A par da falta de produtividade, este será um dos mais graves problemas da nossa sociedade, que vive horas críticas e, provavelmente, conhecerá tempos ainda mais dramáticos, em que vai ser necessário tomar medidas radicais não

perfeito: o pecado imperfeito das PPP, onde todos os interesses se conjugam à sombra do Estado para conseguir o seu quinhão da receita nacional.

Aquela de José Sócrates é o descarrilamento de umas mais tétricas estratégias de aliança de interesses públicos e privados sobre uma única batuta política onde o próprio controlo da opinião pública esteve em marcha. É por isso que Sócrates não pode deixar saudades.

Ele asfixiou a sociedade portuguesa e deixou-nos mais pobres e mais independentes dos mercados, da União Europeia e do BCE. A panela de pressão não aguentava mais. José Sócrates vai voltar à luta porque o PS está calado à sua voz.

Antes de tentar moldar a sociedade portuguesa à sua voz, Sócrates transformou o PS num deserto de ideias.

A política é sobre o poder: como conquistálo, como exercê-lo, como mantê-lo. Mas também é sobre ideias. E é disso que Portugal está neste momento mais necessitado.

Não apenas para atender ao curto prazo: conseguir que Portugal não se afogue na espiral de dívidas e juros onde foi colocado.

Mas também para definir duas coisas fulcrais: como evitar cair para sempre na periferia política e económica da UE, algo que se começa a parecer com uma fatalidade para um núcleo de países europeus ricos que começam a olhar para outros como meros fornecedores de mão-deobra barata e como mercado para escoar produtos; e como criar no meio de uma recessão um modelo económico que possa garantir um futuro menos pobre.

Não é uma tarefa fácil.

E necessita de líderes políticos audazes. Há que ter em conta um problema que é estrutural em Portugal: os cortes de despesa pública de forma maciça ao mesmo tempo que se aumentam substancialmente os impostos poderão ter um efeito semelhante ao que se está a passar na Irlanda neste momento.

Nas recessões os consumidores cortam nas despesas e tendem a poupar.

E se o Estado faz o mesmo ninguém gasta e a recessão agrava-se.

E Portugal é, há muito, um País cujo modelo se baseia no consumo e na circulação de dinheiro. Será um dos múltiplos problemas com que o próximo Governo se terá de defrontar A economia vai ser o tema central da próxima campanha eleitoral. E ninguém com capacidade para ser Governo poderá negar que o PEC IV, com outro nome, aí estará para ser imposto aos portugueses.

Alguém terá de cumprir o papel cruel de empobrecer os portugueses. Mas terá de temperar a severa austeridade com o sonho de um futuro melhor. Na história poderemos aprender a não cometer os erros de sempre.

Que nos atiram ciclicamente para a beira da bancarrota, para a emigração, para o empobrecimento e para a chegada de salvadores.

Conseguir evitar esse colapso económico e social será a grande missão dos políticos que querem o poder.

só para atenuar a dívida externa, mas sobretudo para sairmos da cepa torta em que temos andado.

Há uns meses atrás, um movimento operário católico convidou-me para ir animar um encontro em que, entre outras matérias, se debatia a humanização e a partilha do trabalho. Aprendi muito nessa reunião, sobretudo no que respeita aos atropelos mais descarados e inomináveis à dignidade dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Foram ali denunciadas situações de acumulação

de empregos, inclusive entre membros do clero. Mas, sobretudo, fiquei a pensar na minha própria situação, em que as tarefas a que tenho de fazer frente davam bem para dois postos de trabalho.

As consequências de tal sobrecarga – que não pára de se agravar – são evidentes para mim próprio: levantar cedo, deitar tarde, trabalhar por vezes aos fins-de-semana, não descansar o suficiente, não investir noutras actividades e cuidar do convívio com familiares, colegas e amigos.

TESTEMUNHAS DO AMOR

Pe. Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

Manuel Lozano Garrido

N

ão há à partida condições físicas pré-definidas para que alguém possa chegar à santidade e ser reconhecido pela Igreja entre os cidadãos do Céu. O jornalista espanhol Manuel Lozano Garrido, conhecido por Lolo, viveu durante cerca de 28 anos paralisado e quase totalmente cego. Mas continuou sempre a exercer a profissão de jornalista e a desenvolver uma admirável acção apostólica. A Igreja beatificou-o em 12 de Junho de 2010 e incluiu um dos seus escritos no ofício de leituras da liturgia das horas, no dia da sua memória litúrgica.

Manuel Lozano Garrido nasceu em Linares (Jaén, Espanha) em 1920.

Pertenceu ao movimento apostólico da Acção Católica. Quando tinha 16 anos, em tempos de perseguição religiosa, expôs a sua vida levando clandestinamente a Eucaristia aos fiéis impossibilitados de a receber na igreja. Por esse motivo, foi preso. Na prisão passa toda a noite de quinta-feira santa adorando a Jesus Eucaristia, que lhe tinha sido dado escondido num ramo

O que é tanto mais grave e insuportável quanto alguém poderia estar a beneficiar da eventual partilha do meu trabalho, com lucro para a qualidade de vida dos dois lados.

Num quadro destes, só haverá soluções se houver pessoas dispostas a partilhar o trabalho. E só haverá gente disposta a partilhar o trabalho se quem gere as empresas e os serviços se dispuser a abrir-se a essa possibilidade e se quem tem poder tomar medidas políticas que assegurem que alguém – com rosto

de flores. Aos 22 anos foi atingido por uma doença que o levou à paralisia total e à cegueira. Viveu durante 28 anos nessas limitações e sofrimentos, deslocando-se numa cadeira de rodas.

Apesar da doença, não deixou de trabalhar como jornalista. Quando já não podia escrever, começou a gravar os seus textos e a dá-los a conhecer via rádio.

A oração intensa e a vida de fé foram o seu suporte.

Fundou uma associação de “grupos de oração pela imprensa”, envolvendo doentes incuráveis e conventos de clausura num apoio espiritual aos jornalistas.

Apoiava estes grupos e o seu apostolado mediante a publicação de uma revista. Na sua actividade de jornalista, escreveu sobre variados temas: actividade mineira, urbanismo, escolaridade, agricultura, crónicas da cidade, evolução do universo, espiritualidade...

Escreveu 9 livros e centenas de artigos e recebeu prémios literários. Morreu na sua terra natal, no ano de 1971.

Enquanto jovem, gostava do desporto e das actividades ao ar livre. Na Acção Católica aprendeu o amor a Nossa Senhora e o grande fervor a Jesus presente na Eucaristia, que marcaram toda a sua vida e exprimiu em muitos dos seus escritos. Encantava-o a possibilidade de participar na celebração da Eucaristia na sua casa. “Mesa redonda com Deus” é o título de um dos seus livros sobre a Eucaristia, que era para ele fortaleza na debilidade, alegria no sofrimento, fonte da inquietação apostólica e manancial para a sua escrita. Nutriu um grande amor pela Igreja, entusiasmandose com a renovação conciliar do Vaticano II.

e nome – beneficia desse gesto, aproveitando de um crédito de horas/tarefas que venha a ser criado em cada instituição. Claro que tomar esta opção significa estar disposto a abdicar da parte do salário correspondente.

Antes que isso se venha a tornar obrigatório, porque não o tentar num quadro de voluntariado, ainda que devidamente acautelado por um quadro regulamentador? * In Página1 (18/04/11)

Mesmo no sofrimento, nunca perdeu a alegria que sempre o caracterizou e era contagiante. Quando peregrinou ao Santuário de Lurdes, em França, na gruta da aparição disse a Nossa Senhora: “Ofereço-te a alegria, a bendita alegria”. E na verdade a Virgem Maria semeou e multiplicou nele a semente da alegria, do bom humor, que ele transmitia a quem se aproximava da sua cadeira de rodas. O seu médico, admirado pelo modo extraordinário como ele vivia a sua doença, dizialhe: “És o doente grave que goza de melhor saúde!”

Um dos seus escritos publicado num jornal foi a “oração diante de uma mão com furos” que ele fez quando já estava quase totalmente paralisado. Fê-la diante do seu crucifixo despregado da cruz. Assim se exprime: “Jesus, a verdade é que nunca me tinha visto tão próximo da tua figura.

Estamos tão próximos que me ocorreu que os buracos são boas lentes, as melhores, para ver e certificar a verdade do mundo”. O artigo exprime uma visão do mundo através das mãos perfuradas do crucificado por amor: “O que se vê é um mundo inquieto, e, como o estamos a ver a partir de uma janela redonda, notase em seguida a verdade da tua entrega pelos homens, essa sensação de um céu com degraus pelos quais todos sobem, dando os braços a um irmão mais velho”.

Acolhe a morte como o momento em que recebe o abraço efusivo de Deus, a quem tinha amado e a quem, crucificado na sua cruz de prolongada e dura doença, ele se havia oferecido como amigo.

RECORTES

Manuel Pinto

Professor Universitário

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14 INSTITUCIONAL

O Mensageiro 21.Abril.2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia trinta de Março de dois mil e onze, exarada a folhas vinte e duas do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Trinta e Cinco – A, ENG.º UZIEL FERREIRA BAPTISTA DE CARVALHO por si e na qualidade de procurador de sua esposa DR.ª MARIA EMÍLIA LEAL SINTRA CARVALHO, com quem é casado sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria e ela da freguesia de Mata Mourisca, concelho de Pombal, residentes em Monte Redondo, Leiria, Nifs: 105 255 777 e 105 255 785, declarou; Que ele e sua esposa, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: UM – Rústico, sito em Aroeira, freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, composto de terra de semeadura e vinha, com a área de mil trezentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Pereira Ferreira, do sul com Herdeiros de Luís Ferreira, nascente com caminho e poente com João da Silva Engenheiro, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 6932, valor patrimonial de IMT 238,29; DOIS – Rústico, sito em Aroeira, freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, composto de terra de pinhal e mato, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Duarte Rolo, do sul e nascente com Herdeiros de Luís Ferreira e poente com Manuel Batista de Carvalho, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 6937, valor patrimonial de IMT 61,89; TRÊS – Urbano, sito em Aroeira, freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, composto de casa de rés do chão para habitação, com a área coberta de trinta e oito metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com José Lopes, nascente com Luís Francisco e poente com caminho público, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 1166, valor patrimonial de 402,99; Que os imóveis vieram à sua posse por compra verbal a José Alves e esposa Felismina Pedrosa Pontes, residentes em Aroeira, Monte Redondo, Leiria, compra essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta, já no seu estado de casados.

Não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos prédios, foram eles que sempre os possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanhara-nos, colheram os seus frutos nos prédios rústicos e fizeram obras de conservação e reparação no prédio urbano, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacifica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, trinta de Março de dois mil e onze.

A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes)

Ficha de Assinatura Assinaturas normal/benfeitor: 20/40 Euros (Nacional), 30/60 euros (Europa) e 40/60 (Resto do Mundo) Nome: ___________________________________________ ____________________________________________ Rua: _____________________________________________ _______________ N.º _______________ Localidade: ____________________________ C. Postal: _____ - ____________________ Telf.: _______________________________

Notária Maria José Andrade Coutinho EXTRACTO/JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada no dia treze de Abril de dois mil e onze no Cartório Notarial de Fátima, a cargo da notária Maria José Andrade Coutinho, sito na Rua Dr. Júlio Ferreira Constantino, B, 43 N, Cova de Iria, exarada de folhas trinta a folhas trinta e duas, do livro de notas para escrituras diversas número “Treze – A” Manuel Rodrigues Matias, NIF 110.540.646 e sua mulher Maria Emília Ribeiro, NIF 110.540.654, casados sob o regime de comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia dita de Arrabal e ela da freguesia de Espite, concelho de Vila Nova de Ourém, residentes na Rua Maria da Fonte, número 13, no dito lugar de Soutocico, freguesia dita de Arrabal, fizeram as declarações constantes da certidão anexa, que com esta se compõe de uma folha e vai conforme o original.

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terreno agrícola de sequeiro, sito no lugar de Soutocico, freguesia de Arrabal, concelho de Leiria, com a área de quatrocentos e quarenta e oito metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Caminho, de sul com Manuel Henrique Matias Martins e de Poente com Herdeiros de Henrique Matias Martins, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7204, com o valor patrimonial de tributável de 360,00, atribuindo-lhe o valor de trezentos e sessenta.

Que, receberam o referido prédio por Doação verbal de Manuel Matias e de Júlia Faustina Rodrigues, pais do justificante marido, residentes que foram na Rua Alexandre Herculano, no lugar de Soutocico, na dita freguesia de Arrabal, no ano de mil novecentos e sessenta e cinco.

Que, deste modo, após a referida aquisição meramente verbal passaram, de facto a possuir o referido prédio em nome próprio, tendo pago desde sempre os respectivos impostos, cultivando e plantando árvores, posse que sempre foi exercida por eles de forma a considerar tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercerem um direito próprio sobre coisa própria. Que, esta posse assim exercida ao longo de quarenta e cinco anos se deve reputar de pública, pacífica e contínua.

Assim, na falta de melhor título, os representados do primeiro outorgante adquiriram o mencionado prédio para o seu património, por usucapião, que aqui invoca em nome dos seus representados, por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais.

Fátima, Cartório Notarial, treze de Abril de dois mil e onze.

A Colaboradora Autorizada nos termos do artigo 8º EN, (Dora Isabel Seco Filipe)

Cartório Notarial de Leiria A cargo do Notário Pedro Tavares Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 204-A de folhas cento e trinta e seis a folhas cento e trinta e sete se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia onze de Abril de 2011 Outorgada por Conceição Biata Clemente Pedro e marido Raul da Conceição Pedro, casados em comunhão de adquiridos, naturais de Amor, Leiria e lá residentes na Rua da Fé nº 43, Toco, nif 126 858 942 e 126 858 950, na qual disseram Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto por terra de semeadura, com a área de novecentos e vinte e quatro metros quadrados, a confrontar a norte com Raul da Conceição Pedro, a sul com Rua do Foro, a nascente com Rua do Foro e a poente com José Vicente Ribeiro, sito na Rua do Foro, Barradas, na freguesia de Amor do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 10.320, com o valor patrimonial tributário de 556,00 .

Que o prédio veio à sua posse por doação meramente verbal por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco (sendo, então, já casados) que lhes foi feita por José Clemente e mulher Emília Biata, pais da justificante.

Que, assim, vêm possuindo esse prédio, como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, cultivando-o, colhendo os seus frutos, cumprindo as obrigações fiscais a ele relativas, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico contínuo, público, de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre o imóvel.

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição do prédio indicado.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório Notarial em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o numero 128/3 a 31/01/2011, onze de Abril de 2011 A Funcionária, (Leonor Pereira)

EDITAL N.º 7/11 CARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presidente da Assembleia Municipal de Leiria, torna público, nos termos do n.º 3 do artigo 84º, da Lei n.º 169/99, de 18/09, que no dia 29 de Abril de 2011, pelas 21.00 horas, no auditório do Centro Associativo Municipal, se realizará a sessão ordinária da Assembleia Municipal de Leiria, com a seguinte Ordem do Dia: 1. RELATÓRIO DO PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE A ACTIVIDADE DO MUNICÍPIO E RELATÓRIO FINANCEIRO – Apreciação nos termos da alínea e) do n.º 1, do artigo 53º da lei n.º 169/99, de 18 de Setembro; 2. INTEGRAÇÃO NO INVENTÁRIO MUNICIPAL, EM 2010, DE BENS QUE JÁ ERAM DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO À DATA DA ENTRADA EM VIGOR DO POCAL – Apreciação e votação; 3. PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MUNICÍPIO E CONTAS CONSOLIDADAS REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 2010 – Apreciação e votação; 4. PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE LEIRIA REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 2010 – Apreciação e votação; 5. I REVISÃO AO ORÇAMENTO DE 2011 DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE LEIRIA – Apreciação, discussão e votação; 6. RELATÓRIO E CONTAS DO TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA DO ANO DE 2010 – Apreciação; 7. LITÍGIOS CONTRA A CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA DE QUE RESULTARAM RESPONSABILIDADES FINANCEIRAS PARA A AUTARQUIA - Apreciação; 8. DECLARAÇÃO DE INTERESSE MUNICIPAL – OCUPAÇÃO DE ÁREA R.E.N – PROC.º OBRAS PARTICULARES N.º 510/10 EM NOME DE JOSÉ MANUEL FERNANDES GREGÓRIO – Apreciação, discussão e votação; 9. DECLARAÇÃO DE INTERESSE MUNICIPAL – OCUPAÇÃO DE ÁREA R.E.N – CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTO SOCIAL (RESIDÊNCIA SÉNIOR/LAR 3ª IDADE) – FREGUESIA DE AZOIA - Apreciação, discussão e votação; 10. DECLARAÇÃO DE INTERESSE MUNICIPAL – OCUPAÇÃO DE ÁREA R.E.N –AMPLIAÇÃO DE PAVILHÃO AVÍCOLA – FREGUESIA DE SOUTO DA CARPALHOSA - Apreciação, discussão e votação; 11. DECLARAÇÃO DE INTERESSE MUNICIPAL PARA EFEITOS DE OCUPAÇÃO DE ÁREAS DA R.E.N E R.A.N. - CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE REGUEIRA DE PONTES. CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTO SOCIAL - Apreciação, discussão e votação; 12. REGULAMENTO DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE LEIRIA – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO – Apreciação, discussão e votação; 13. PROTOCOLO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS COM A FREGUESIA DE MONTE REDONDO – ALTERAÇÃO DO OBJECTO – Apreciação, discussão e votação; 14. ELEIÇÃO DE REPRESENTANTE DAS JUNTAS DE FREGUESIA DO CONCELHO DE LEIRIA - XIX CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS PORTUGUESES – Apreciação e votação; Para constar e devidos efeitos legais, se passou o presente Edital que vai ser afixado nos locais de estilo.

Leiria, 14 de Abril de 2011 O Presidente da Assembleia Municipal, (Carlos Manuel B. Ascenso André)

E-mail:___________________________@_______________ Enviar esta ficha, recortada ou fotocopiada, para: O Mensageiro - Lg. Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA ou forneça-nos os seus dados através do endereço de correio electrónico jornal@omensageiro.com.pt

JOGOS | 2011 (Confirme em www.jogossantacasa.pt) Euromilhões: 4, 6, 21, 39, 41 + 2, 6 Totoloto: 27, 34, 38, 45, 47 + 2 Joker: 4 9 9 4 8 4 6 Totobola: 112 X1X 122 2XXX FÁRMÁCIAS DE SERVIÇO Central (21), Godinho Tomaz (22), Higiene (23) Antunes (24), Lis (25), Oliveira (26), Sanches (27) e Tomaz (28).

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

TELEFONES ÚTEIS

Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb.

Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244

816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Jerónimo (CP7104), Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.).

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Tabela de Assinaturas para 2011 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

DESPORTO 15

O Mensageiro 21.Abril.2011

FOTOJORNALISMOS

Futebol | Quatro a fazer contas

liga zon sagres

I LIGA

Liga dos aflitos

liga orangina

II LIGA

1

2

V. Guimarães x Marítimo (2-0), Nacional x Sp. Braga (1-1), Olhanense x P. Ferreira (0-0), Rio Ave x Naval (1-0), Benfica x Beira-Mar (2-1), U. Leiria x Portimonense (0-1), Porto x Sporting (3-2) Equipa J V E D Pts 1.º Porto 27 25 2 0 77 2.º Benfica 27 19 1 7 58 3.º Sp. Braga 27 13 5 9 44 4.º Sporting 27 11 9 7 42 5.º V. Guimarães 27 10 7 10 37 6.º Rio Ave 27 10 6 11 36 7.º Nacional 27 9 9 9 36 8.º P. Ferreira 27 8 10 9 34 9.º Marítimo 27 8 8 11 32 10.º Beira-Mar 27 7 11 9 32 11.º U. Leiria 27 8 6 13 30 12.º Académica 27 7 8 12 29 13.º Olhanense 27 6 11 10 29 14.º V. Setúbal 27 6 10 11 28 15.º Naval 27 5 8 14 23 16.º Portimonense 27 5 7 15 22 28.ª Jornada (01.05) Beira-Mar x Rio Ave, Naval x

Nacional, P. Ferreira x V. Guimarães, Sp. Braga x U. Leiria, Marítimo x Académica,V. Seúbal x Porto, Sporting x Portimonense, Olhanense x Benfica

zona centro

II DIVISÃO 28.ª Jornada (17.04) Al. Lordelo x Sp. Espinho

3

Taça(s) Distrito | C.R. Golpilheira (duas) e C.C.D.S. Casal Velho (uma) conquistaram a Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria, em futsal. Golpilheira x Casal Velho (7-0; seniores femininos; foto 1), A.D.R. Barreiros x Casal Velho (1-4; juvenis masculinos; foto 2) e Golpilheira x Academia - A.D. Caranguejeira (8-1; juniores femininos; foto 3) foram os resultados. Foto: DR/AFL

(1-1), Tondela x Cesarense (2-1), Tourizense x Pampilhosa (3-1), Anadia x Esmoriz (0-1), Boavista x Eléctrico (5-0), Sp. Pombal x Padroense (1-2), Sertanense x Gondomar (0-0), Coimbrões x U. Serra (0-1) Equipa J V E D Pts 1.º Tondela 28 15 6 7 51 2.º Padroense 28 14 8 6 50 3.º Boavista 28 14 8 6 50 4.º Sertanense 28 13 7 8 46 5.º Gondomar 28 11 11 6 44 6.º Tourizense 28 13 4 11 43 7.º Sp. Espinho 28 11 9 8 42 8.º Coimbrões 28 11 7 10 40 9.º Esmoriz 28 9 11 8 38 10.º Al. Lordelo 28 9 8 11 35 11.º Anadia 28 9 7 12 34 12.º U. Serra 28 8 9 11 33 13.º Pampilhosa 28 9 6 13 33 14.º Sp. Pombal 28 8 6 14 30 15.º Cesarense 28 7 8 13 29 16.º Eléctrico 28 2 7 19 13 28.ª Jornada (17.04) Al. Lordelo x U. Serra, Sp. Espinho

xTondela, Cesarense x Tourizense, Pampilhosa x Anadia, Esmoriz x Boavista, Eléctrico x Sp. Pombaol, Padroense x Sertanense, Gondomar x Coimbrões associação de futebol de leiria

HONRA 26.ª Jornada (17.04) Pedroguense x Fig.Vinhos (3-4),

IPL campeão nacional | A equipa de andebol feminino do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) levou a melhor nos campeonatos nacionais universitários - Coimbra, 11 a 15 de Abril. Na final, frente à Universidade do Porto, o resultado foi de 24-18. Foto: Daniel Sousa/IPL PUB

CEDILE Telefone 244 850 690 ECOGRAFIA / DOPPLER / ECOCARDIOGRAFIA TAC / MAMOGRAFIA / RX / OSTEODENSITOMETRIA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ARTICULAR Telefone +351244850690 / Fax 244850698 Largo Cândido dos Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

Alvaiázere x Marinha (2-1), Gaeirense x Alq. Serra (0-5), Nazarenos x GRAP/Pousos (0-1), Pataiense x Biblioteca (1-0), Portomosense x Marrazes (1-3), Ansião x Guiense (1-2), Beneditense x Alcobaça (1-0) Equipa J V E D Pts 1.º Alcobaça 26 18 5 3 59 2.º Beneditense 26 16 5 5 53 3.º Portomosense 26 14 4 8 46 4.º GRAP/Pousos 26 12 7 7 43 5.º Alvaiázere 26 12 7 7 43 6.º Guiense 26 10 11 5 41 7.º Pataiense 26 11 7 8 40 8.º Nazarenos 26 9 11 6 38 9.º Marrazes 26 9 7 10 34 10.º Alq. Serra 26 8 9 9 33 11.º Pedroguense 26 7 11 8 32 12.º Biblioteca 26 6 8 12 26 13.º Fig.Vinhos 26 6 8 12 26 14.º Ansião 26 6 6 14 24 15.º Marinha 26 4 8 14 20 16.º Gaeirense 26 2 2 22 8 27.ª Jornada (01.05) Alcobaça x Pedroguense, Fig.

Vinhos x Alvaiázere, Marinha x Gaeirense, Alq. Serra x Nazarenos, GRAP/Pousos x Pataiense, Biblioteca x Portomosense, Marrazes x Ansião, Guiense x Beneditense

25.ª Jornada (17.04) Varzim x Arouca (1-0), Estoril x

Santa Clara (0-2), Moreirense x Feirense (2-5), Penafiel x Sp. Covilhã (1-1), Oliveirense x Gil Vicente (2-4), Belenenses x Trofense (0-1), D. Aves x Freamunde (2-1), Fátima x Leixões (0-2) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Feirense Trofense Gil Vicente Oliveirense Arouca Leixões D. Aves Santa Clara Estoril Freamunde Moreirense Belenenses Penafiel Sp. Covilhã Varzim Fátima

J 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

V 14 12 11 11 9 9 9 9 8 6 7 6 6 7 4 5

E 3 8 9 9 9 9 8 7 9 12 8 9 9 5 13 7

D 8 5 5 5 7 7 8 9 8 7 10 10 10 13 8 13

Pts 45 44 42 42 36 36 35 34 33 30 29 27 27 26 25 22

26.ª Jornada (01.05) Sp. Covilhã x Varzim, Santa

Clara x Penafiel, Feirense x Fátima, Arouca x Estoril, Leixões x D. Aves, Freamunde x Trofense, Moreirense x Oliveirense, Gil Vicente x Belenenses

série d

III DIVISÃO 4.ª Jornada da fase de manutenção (17.04) Marinhense x

Gândara (6-0), Ág. Moradal x Tocha (0-0), B.C. Branco x V. Mocidade (1-0) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Marinhense Tocha B.C. Branco V. Mocidade Ág. Moradal Gândara

J V E D Pts 4 2 2 0 24 4 2 2 0 21 4 2 0 2 21 4 1 1 2 14 4 0 2 2 14 4 1 1 2 6

5.ª Jornada da fase de manutenção (24.04) Gândara x Ág.

Moradal, Tocha x B.C. Branco,V. Mocidade x Marinhense

série e

III DIVISÃO 4.ª Jornada da fase de subida (17.04) Sacavenense x

Peniche (0-0), Caldas x 1.º Dezembro (0-0), Alcochetense x Sintrense (1-0) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa 1.º Dezembro Caldas Sintrense Sacavenense Alcochetense Peniche

J V E D Pts 4 2 2 0 31 4 3 1 0 30 4 1 1 2 24 4 1 1 2 23 4 1 1 2 23 4 0 2 2 18

5.ª Jornada da fase de subida (24.04) Peniche x Caldas,

1.º Dezembro x Alcochetense, Sintrense x Sacavenense 4.ª Jornada da fase de manutenção (17.04) Oeiras x Malveira

(2-1), Crato x Tojal (2-0), Bombarralense x Odivelas (2-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Bombarralense Oeiras Crato Odivelas Tojal Malveira

J V E D Pts 4 3 1 0 25 4 1 3 0 20 4 1 2 1 20 4 2 1 1 15 4 1 1 2 15 4 0 0 4 8

5.ª Jornada da fase de manutenção (24.04) Malveira x Crato,

Tojal x Bombarralense, Odivelas x Oeiras

Paulo Cunha/Lusa

27.ª Jornada (17.04) Académica x V. Setúbal (1-1),

I Liga

Nova derrota da União em Leiria, a sétima em 2011 Quem diria que a três jornadas do fim da I Liga a U. Leiria estaria em risco de descer, depois de ter começado o ano na zona de acesso às competições europeias. Na luta pela manutenção está também o C.D. Fátima, II Liga, que tem cinco jogos para decidir o seu futuro. O mesmo acontece com Sp. Pombal e U. Serra, na II Divisão – Zona Centro, a quem restam dois jogos.

I Liga U. LEIRIA Sp. Braga (fora) Naval (casa) Benfica (fora)

II Liga FÁTIMA Feirense (fora) Santa Clara (casa) Sp. Covilhã (fora) Moreirense (casa) Gil Vicente (fora)

II Divisão U. SERRA Al. Lordelo Gondomar (casa)

Sp. POMBAL Eléctrico (fora) Esmoriz (casa)

Do 4.º ao 11.º lugares em quatro meses. É este o percurso da U. Leiria, que após a primeira volta se encontrava a escassos quatro pontos do Sporting (3.º), numa zona que dá acesso às competições europeias. Foi precisamente na 15.ª jornada que começou uma série desportivamente negativa para a equipa leiriense. A derrota (0-3) com o Benfica, em Leiria, foi a primeira de sete que a União regista no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, onde ainda não pontuou em 2011 – regista ainda um golo marcado e 15 sofridos.

Um percurso tranquilo até ao início do ano virou pesadelo. O objectivo manutenção estava bem encaminhado, porém, a três jornadas do fim soou o alarme. Com nove pontos em disputa, a equipa comandada por Pedro Caixinha irá defrontar na próxima jornada o Sp. Braga, a quem também só a vitória interessa, dado que a equipa nortenha pretende consolidar o 3.º lugar. Uma vitória em Braga representará a manutenção, em definitivo, para a U. Leiria. O objectivo poderá ainda ser alcançado em caso de derrota, desde que Portimonense e Naval não pontuem. Se nenhum dos cenários ocorrer, o U. Leiria x Naval poderá ser determinante para o desfecho da I Liga.

II Liga: Cinco “finais” Com uma época conturbada, o Fátima vai no terceiro treinador, Ricardo Moura, que tem tentado tirar a equipa dos últimos lugares. Restam cinco jogos, 15 pontos em disputa, para tentar um feito inédito: manter a equipa na II Liga, pela terceira época consecutiva. Tudo dependerá dos pontos que conquistar e dos resultados alcançados por terceiros, nomeadamente as equipas mais próximas. São os casos de Sp. Covilhã e Moreirense, com quem irá jogar até ao final da época. Antes desses jogos, uma deslocação ao reduto do comandante da II Liga, Feirense, e a recepção à equipa açoriana do Santa Clara. Cinco “finais” para disputar até 29 de Maio.

II Divisão: Recta final Dois jogos, seis pontos. As únicas representantes do distrito de Leiria na II Divisão, U. Serra e Sp. Pombal, encontram-se no grupo de quatro equipas que ainda luta pela permanência – Zona Centro. Para que tal seja possível, têm de se classificar até ao 11.º lugar ou, em última instância, até ao 12.º. Das equipas que terminarem neste lugar – zonas norte, centro e sul –, apenas uma garantirá a permanência. Essa será a que tiver 1) conquistado mais pontos; 2) a melhor diferença entre golos marcados e sofridos; 3) o pior coeficiente de vitórias; 4) o pior coeficiente de golos marcados. Se o campeonato terminasse neste momento, seria o A. Reguengos (sul) a garantir a manutenção, em virtude dos 34 pontos conquistados, mais um que U. Serra (centro) e Merelinense (norte).

ÚLTIMA 21ABRIL2011

Os reaccionários, à falta de argumentos, atribuíram-me a intenção de, servindo-se da Lei da Separação, querer acabar com a religião católica entre nós ao fim de duas ou três gerações!

Afonso Costa, advogado, professor universitário, político e estadista [1871-1935]

Congresso Internacional de História na Universidade Católica

100 Anos da Lei de Separação do Estado da Igreja Representantes de onze países estiveram na Universidade Católica, em Lisboa, de 13 a 16 de Abril, num congresso internacional de história dedicado aos 100 anos da Lei da Separação do Estado da Igreja. Elementos do Clero, teólogos, historiadores, professores, políticos, sociólogos e vários cidadãos da sociedade civil, encontraram-se durante quatro dias para reflectir os impactos de uma lei que surgiu no emergir da primeira República de Portugal. As sessões foram divididas nos vários auditórios daquela universidade, somando mais de cem intervenções nas mais diversas áreas de reflexão sobre a Separação, nas vertentes religião, sociedade e Estado.

O congresso teve no primeiro dia a análise às raízes da problemática da Separação, seguindo-se a

história comparada em diferentes sociedades, o problema político e teológico, laicidade e espiritualidades, uma reflexão à autonomia nas áreas do religioso, económico, social e político, as resistências e acatamento na realidade local e diocesana. No conjunto de intervenções do primeiro dia deste congresso interna-

cional de história, um dos painéis foi sobre o impacto da Lei da Separação em vários pontos do País, onde se incluiu o caso de Leiria numa intervenção de Luís Miguel Ferraz (na foto, em baixo, ao centro), chefe-deredacção de O Mensageiro, com uma análise aos textos publicados neste jornal sobre o assunto, no período

de 1914-1917. (ver caixa) O segundo dia foi dedicado à reflexão das leis da Separação, revitalização religiosa, personalidades e modelos, processos de Separação e diversificação religiosa e cultural.

Já o terceiro dia incidiu em temas como a Separação religiosa e liberdade religiosa, a lei portuguesa vista de

fora, legitimidades sociais e liberdade religiosa e assistência e ensino no quadro da Separação.

O último dia do congresso abordou a actualidade da Separação, cem anos depois e as perspectivas e tendências nas relações Igrejas-Estado.

Segundo os organizadores do congresso, a iniciativa inseriu-se no âmbito da comemoração do centenário da promulgação da Lei da Separação do Estado das Igrejas, com o âmbito de “analisar o lugar da religião nas sociedades e as respectivas implicações, procurando situar a reflexão e o debate em torno do religioso enquanto realidade cultural e enquanto parte do desenvolvimento social, como factor complexo e diversificado de modernização e de integrações sociais”.

A iniciativa, que abor-

dou a Lei da Separação nas diferentes sociedades e experiências religiosas e em diversos espaços geográficos, contou nas sessões de inauguração e de encerramento, com as intervenções de Elísio Summavielle (Secretário de Estado da Cultura), D. José Policarpo (Cardeal Patriarca de Lisboa e Magno Chanceler da Universidade Católica Portuguesa) e de Manuel Braga da Cruz (Reitor da Universidade Católica).

O congresso internacional de história sobre a Lei da Separação foi integrado no programa oficial das Comemorações do Centenário da República e foi avalizado pelo Ministério da Cultura com o reconhecimento de interesse cultural. Entre os vários patrocínios de que foi alvo, contou com o alto patrocínio do Presidente da República Portuguesa.

Texto e fotos: Joaquim Santos

Leitura do jornal O Mensageiro

Resistências e acatamento a partir da imprensa local Partindo da análise dos textos publicados no jornal regional católico O Mensageiro, fundado em Outubro de 1914, é possível traçar algumas linhas gerais sobre como eram as relações entre a Igreja e o Estado, nomeadamente o modo como era – ou não – aceite e vivida a “Lei da Separação”. À revolta registada por todo o País pela Lei da Separação por parte da hierarquia e das pessoas e instituições da Igreja Católica, na região de Leiria somava-se um motivo de descontentamento: a diocese tinha sido uma das extintas por ocasião da reestruturação diocesana, em Setembro de 1882, por execução da bula de Leão XIII de Setembro do ano anterior. Assim, o seu território estava dividido pelas dioceses de Coimbra e de Lisboa, uma situação com que muitos católicos leirienses nunca se conformaram, com destaque para as figuras dos padres Júlio Pereira Roque (1876-1928) e José Ferreira de Lacerda (1881-1971), que estão na génese (em Outubro de 1914) e na manutenção do jornal O Mensageiro (OM). Nos textos que se publicam neste semanário se espelha bem o “sofrimento” da diocese extinta e os movimentos de restauração e dotação do bispado que motivaram muitos padres e fiéis.

Tal como no resto do País, também em Leiria houve perseguição a membros do clero e a leigos católicos, bem como a espoliação de bens da Igreja, entre os quais alguns templos e o paço episcopal,

então transformados em quartéis militares ou ocupados por entidades estatais. Nas primeiras referências à Lei da Separação, parece evidente que ela era desejada, como libertadora dos freios do regalismo liberalista, mas muito criticada pelo modo e os termos com que se impusera, sobretudo pelo incumprimento da prometida liberdade religiosa. Ainda assim, O Mensageiro afirma que “as autoridades civis de Leiria não se teem prestado à perseguição baixa e mesquinha, que se tem dado noutros concelhos e noutros distritos”. (OM, 1, p.1.) É frequente, aliás, o elogio ao trabalho sério e imparcial de diversos administradores de Leiria e de outros concelhos limítrofes.

Mas não deixaram de se registar diversas contendas com poderes públicos, com alguns republicanos mais radicais e com os parceiros da imprensa, em especial com o jornal Leiria Ilustrada, do Partido Democrático. O alvo mais constante do ataque é, no entanto, Afonso Costa, o autor da lei mais “anti-patriótica, anti-liberal e anti-republicana”.

Em relação a assuntos como a dotação do bispado, os capelães militares, as associações cultuais, os padres pensionistas, a censura, as eleições, etc., O Mensageiro faz frequentes críticas à apatia de muitos cristãos, como elogios aos que se opunham activamente à perseguição.

Caso especial foi o das aparições de

Fátima, já em 1917, um ano em que parece ter-se acicatado o fervor republicano na região de Leiria, correspondendo a nível nacional ao regresso de Afonso Costa ao governo. Fátima é um dos casos mais flagrantes em que as relações entre Igreja e Estado foram postas à prova. É evidente a preocupação do poder político, com inquéritos, campanhas, acusações aos padres, destruição de “provas” e reforço policial, na tentativa de evitar levantamentos populares e abafar o culto público, que estava proibido pela lei da separação. É evidente também a preocupação da Igreja em não se “colar” aos acontecimentos, para evitar represálias políticas e o descrédito da fé cristã em caso de falsidade dos videntes, procurando, por outro lado, não negar a sua veracidade, com receio da acusação popular. Mas a multidão de Fátima, embora seja um incómodo para a Igreja por temer represálias por uma acção que não controla, será também uma arma poderosa para justificar as suas reivindicações de liberdade e – questão sempre presente – de poder.

Em resumo, a Lei da Separação aparece como “terreno pantanoso”, onde a Igreja e os católicos manifestam, por um lado, o medo de infringir as leis dos homens, e por outro, o temor de renegar as leis de Deus.

Luís Miguel Ferraz