4843#OMENSAGEIRO#20JAN

CAMPANHA

20 JANEIRO 2011 ANO 97 - N.º 4843 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro

PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

P. 8

ECONOMY

Nº DE2703206MPC

DESTAQUE

RENEGOCIAÇÃO DE CONTRATOS E CORTES DE 30% NO FINANCIAMENTO

NOVA LEGISLAÇÃO AMEAÇA FUTURO DO ENSINO PARTICULAR “legislação configura o maior ataque à liberdade de ensinar e aprender”

Serafim Assunção e Costa, director pedagógico do Colégio do Sagrado Coração de Maria

“as escolas com contrato de associação prestam um serviço público como as escolas estatais, com menos despesa e melhores resultados”

António do Carmo Costa, director pedagógico do Externato Liceal de Albergaria dos Doze

“atitude tomada pelo Estado constitui um retrocesso democrático”

Ir. Maria Manuel Fonseca, directora pedagógica do Colégio de Nossa Senhora de Fátima

“atinge de modo mais intenso os mais pobres e os mais desprotegidos”

Virgílio Mota, director pedagógico do Colégio de S. Miguel

“a nossa escola não tem qualquer hipótese de sobreviver”

Artur Costa, director pedagógico da Escola de Formação Social Rural

“ao fim de 35 anos de democracia e liberdade pretende-se acentuar as desigualdades sociais no acesso à educação”

Manuel Bento, director executivo do Centro de Estudos de Fátima

“a qualidade da educação em Portugal vai baixar muito”

Luís Pedro Peça, director pedagógico do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa

“pais devem ser livres de escolher o projecto educativo dos filhos”

Padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa

CULTURA Orfeão de Leiria organiza | P. 5

Master Class de Trompete com Stephen Mason, da Gulbenkian CEPAE realizou Encontro de Associações na Batalha | P. 6

Defesa do Património Cultural e Ambiental da Alta Estremadura

SOCIEDADE

ECLESIAL

Delegação de Leiria analisa projectos e actividades | P. 6

No dia 5 de Fevereiro | P. 9

Inaugurado após investimento de 905 mil euros | P. 7

Bispo diocesano com os autarcas das Colmeias | Última

Cruz Vermelha faz balanço de 2010 Bênção dos Bebés na Sé de Leiria Centro Escolar Dr. Correia Mateus Jantar de Gala a favor da “Ajuda de Berço” | P. 7

Noite solidária em Ourém

D. António aponta: “Encontraram milhões para os ricos e não os encontram para os necessitados”

2 DESTAQUE

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

EDITORIAL

Rui Ribeiro

Brincar às escolas

prui@iol.pt Ainda estamos no Inverno, mas o Verão já se anuncia muito complicado. Em Agosto de 2011 o Ministério da Educação propõe-se revogar os contratos de associação ou de patrocínio que ainda mantém actualmente com 600 escolas privadas, o que atinge um universo de 80 mil alunos e 10 mil professores. Segundo as noticias que vamos recebendo, os actuais contratos ficam sem efeito a partir dessa data e passam a ser analisados caso a caso, ano a ano. Entretanto são anunciados cortes financeiros que deixarão as escolas sem possibilidades de abrir as portas: dos 114 mil euros anuais por turma pretende-se passar para 80 mil, ao mesmo tempo que se corta em muito no número de turmas nas escolas com as quais o governo tem contratos de associação.

A situação, como sabemos, não é pacífica e tem gerado uma onda de contestações por todo o país e marcou também o andamento da campanha para as presidenciais. O Inverno anuncia-se quente e o Verão será certamente gelado.

Neste, como em outros sectores da nossa vida social, vão-se tomando decisões sem atender ao contexto geral e abrangente dos assuntos e temas. Ou seja, a preocupação do deficit e Quando se da sua redução parebrinca assim ce fazer valer tudo. com a educação, Não se pensam os quando nos problemas a jusante demitimos da nossa e a montante; não se responsabilidade encaram as situações de formar os mais de forma objectiva e novos e com eles independente; não se construir o futuro nota sequer a preocuque eles vão viver, pação por diferenciar então estamos a situações e processos. anunciar a nossa Parece que tudo vale morte, lenta e e tudo se trata de modo idêntico, sem dolorosa mais nem memos. É preciso arranjar dinheiro, então vai-se buscar a todo o lado: à saúde, à educação, até à religião. Mas não se pense nunca em tocar em salários e reformas de determinados directores e quadros técnicos que, afinal, são até os responsáveis pela situação a que chegamos. Fico admirado quando se fala em reformas de 1500 euros, quando a maioria dos portugueses sobrevive com 280 euros. Algo vai mal nesta república das bananas.

Lentamente hipotecamos o presente e já estamos a hipotecar o futuro. Quando se brinca assim com a educação, quando nos demitimos da nossa responsabilidade de formar os mais novos e com eles construir o futuro que eles vão viver, então estamos a anunciar a nossa morte, lenta e dolorosa. A educação já fez alguns políticos ganharem as eleições e pode também fazer com que as percam, porque o povo sabe e conhece que este é um sector com o qual não se pode brincar nem tratar de ânimo leve.

Anuncia-se um Verão complicado. Mas ainda estamos a tempo para rever o que anunciamos fazer sem pensar e sem ponderar convenientemente. Nesta edição quisemos trazer o assunto ao nosso jornal para que todos sintamos o que verdadeiramente está em jogo. Ganha-se algum dinheiro, mas perde-se muita honradez. E o dinheiro não é tudo na vida.

Nova legislação revoga Estatuto do Ensino Particular e Cooperativol

Renegociação de contratos e cortes no financiamento ameaçam ensino privado A famosa “crise” financeira que atravessamos trouxe reajustamentos e cortes em todos (ou quase todos) os sectores da vida pública, mesmo naqueles em que muitos defendem que não deveria haver qualquer corte, como é o caso da educação.

Uma das polémicas que se instalou no final de 2010 e promete “aquecer” durante os próximos meses foi a revogação do Decreto-Lei n.º 553/80, que determinava o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo em Portugal, com as normas dos respectivos contratos de financiamento. A revogação foi feita pelo DecretoLei n.º 138-C/2010, de 28 de Dezembro, concretizado na Portaria n.º 1324-A/2010, do dia seguinte.

Uma das medidas mais criticadas é o corte anunciado, na ordem dos 30%, às escolas privadas e cooperativas com contrato de associação, pelo qual estão integradas na rede pública de ensino, bem superior ao 11% do corte imposto ao funcionamento das escolas do Estado. Outra medida também considerada “injusta” por parte de muitas das escolas privadas é a possibilidade da renúncia unilateral dos contratos em

vigor por parte do Estado, o que muitos consideram uma via para o definitivo encerramento do ensino que não seja estatal. De facto, a renovação dos contratos deixa de ser automática, passando a fazer-se mediante a verificação da insuficiência da rede estatal.

A legislação tinha vindo a ser discutida nos meses anteriores e anunciava-se ainda mais “radical”. A pressão dos partidos, sobretudo do PSD e do CDS/PP, e em particular a acção do Presidente da República na tentativa de “suavizar” algumas propostas, teve como resultado esta nova lei, considerada mais consensual, nomeadamente, por determinar que os contratos poderão vigorar “por vários anos”, ou seja por

ciclos de estudos.

Após a promulgação do diploma por Cavaco Silva, a ministra da Educação declarou publicamente a sua “satisfação”, considerando que o novo estatuto do ensino particular “corrigiu o que tinha de ser corrigido e conservou o que devia ser conservado”.

Isabel Alçada adiantou que a partir de Janeiro haverá um “período de transição”, para as escolas se adaptarem ao novo financiamento, estipulado em 80 mil euros por ano/turma. O valor anterior era de 114 mil euros.

O presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP), João Alvarenga, agradeceu a “influência do Presidente da República” para mitigar algumas das questões mais

Escolas Particulares na área da Diocese Centro de Estudos de Fátima – Fátima (Católico) Colégio Conciliar Maria Imaculada – Cruz da Areia (Católico) Colégio de N.ª Sr.ª Rosário de Fátima – Leiria (Católico) Colégio de S. Mamede – S. Mamede Colégio de S. Miguel – Fátima (Católico) Colégio Dinis de Melo – Amor Colégio do Sagrado Coração de Maria – Fátima (Católico) Colégio Dr. Luís Pereira Costa – Monte Redondo Colégio João de Barros – Meirinhas Colégio Senhor dos Milagres – Milagres Escola de Formação Social Rural – Marrazes (Católica) Externato Liceal Albergaria dos Doze – A. dos Doze Instituto Educativo do Juncal – Juncal

O Mensageiro perguntou…

graves na intenção do Governo, o que “tranquiliza um pouco o ensino particular e cooperativo”, mas ainda assim considera que o valor a acordar não deveria ser inferior a 90 mil euros por turma. Isto porque os valores propostos “implicam, necessariamente, em muitas escolas, a diminuição da massa salarial mensal”.

A AEEP “vê com preocupação o agravamento desta situação no próximo ano lectivo” e considera que, “quer por força de nova redução de financiamento para o contrato de associação, quer por força das alterações curriculares que afectarão todo o sector”.

Para sabermos mais em concreto o que está em causa, enviámos 3 questões (ver abaixo) a todas as escolas que se enquadram neste estatuto na área da nossa Diocese (ver ao lado). Mais de metade enviaram-nos as respostas que publicamos nestas páginas.

Todas criticam as medidas impostas pelo Governo e apontam preocupações quanto ao futuro da educação em Portugal. Ainda assim, existe uma ponta de esperança de que haja um retrocesso e sejam evitados os erros anunciados…

Luís Miguel Ferraz

Págs. 3 e 4

1. Que leitura faz da recente legislação sobre o estatuto do ensino particular e cooperativo?

2. Na prática, o que irá mudar na vossa instituição?

3. Que consequências prevê para o futuro da educação em Portugal?

...as escolas responderam >>> “Pais devem ser livres de escolher o projecto educativo dos filhos”

Bispos portugueses afirmam preocupação Um dos temas debatidos pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), na sua reunião do passado dia 11 de Janeiro, foi a recente alteração legislativa para o ensino particular e cooperativo.

Em declarações à imprensa, o padre Manuel Morujão, porta-voz da CEP, sublinhou a “grande preocupação” dos bispos portugueses relativamente a esta matéria. “É bom clarificar que, quando falamos de ensino particular e

cooperativo, não falamos de um gueto, para umas tantas pessoas abastadas e que podem financiar esse ensino, mas sim de um espectro largo de cerca de cem escolas, com milhares de alunos, que envolvem milhares de pais e também milhares de professores e funcionários”, afirmou o padre Morujão, concluindo que se trata de “um serviço público do ensino particular”.

Segundo o porta-voz da CEP, os Bispos consideram

que “o que está em causa é a própria Democracia, pois “é um dever do Estado favorecer esta liberdade que devem ter os pais de poder escolher a educação, e, consequentemente, a escola que desejam para os seus filhos, mais ligada a esta ou àquela ideologia, confissão religiosa ou agnóstica ou ateia”.

Esta questão da “liberdade prática” de os pais poderem escolher o tipo de ensino que querem dar aos seus filhos foi a mais

sublinhada, embora não seja pouco relevante o facto de “o ensino particular ficar mais barato ao Estado do que o ensino público”.

Os bispos portugueses pretendem que “as instâncias governativas abram o coração e a inteligência para esta realidade de dezenas e dezenas de escolas terem que fechar, causando problemas e instabilidade social” e alertam para o “retrocesso não democrático” que o País pode sofrer nesta matéria.

DESTAQUE 3

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Colégio de S. Miguel

Escola de Formação Social Rural

1. Esta legislação traz consequências muito significativas principalmente para as escolas integradas na rede serviço público de educação. Estas escolas, através de contrato de associação com o estado português, possibilitam o livre acesso das famílias, sem qualquer tipo de discriminação, a projectos educativos Virgílio Mota de qualidade.

Director Pedagógico Ora o novo decreto-lei veio trazer incertezas às famílias que escolhem o projecto educativo proposto por estas escolas ao garantir-lhes, apenas, um ciclo de estudos. Com efeito, nada garante aos pais que escolhem educar os filhos numa destas escolas que, no fim do 6.º ano, ou do 9.º, ali possam continuar.

Além disso, revoga toda a legislação que regulava as relações entre o Estado e as escolas particulares e cooperativas, nomeadamente a que possibilitava uma relação estável entre as escolas que oferecem ensino gratuito e aberto a todos através do contrato de associação com o Estado.

A portaria publicada em Dezembro passado altera o modelo de financiamento destas escolas, passando a estipular um montante único por turma e ano, impondo essa alteração a partir do dia imediatamente a seguir à sua publicação e com efeitos retroactivos a 1 de Setembro de 2010. Ou seja, toda a organização das escolas e todo o funcionamento, pensados para um ano lectivo, têm de ser reequacionados.

1. A recente legislação visa asfixiar, em termos financeiros, as escolas particulares e cooperativas que prestam um serviço público de educação e pretende aniquilar os projectos educativos que as famílias escolheram para os seus filhos. Estamos a falar de escolas/colégios que, ao longo de décadas, têm provas dadas na educação das nossas crianças Artur Costa e jovens, em igualdade Director Pedagógico de circunstâncias com as escolas do Estado.

Para além disso, é sabido que a maioria destes estabelecimentos de ensino, que estabeleceram acordos com o Estado através de contratos de associação, perfilham de valores cristãos com os quais os pais se identificam, ou seja, os educadores escolheram um projecto que entendem ser o melhor para os seus educandos. Ora, num estado livre e democrático, parece que os nossos governantes estão determinados em combater ideologicamente as raízes educativas do nosso povo, acabando com o direito de opção que assiste

2. Como é óbvio, não há duas escolas iguais e o custo de uma turma varia conforme o corpo docente que tem.

Ao estipular um custo único nacional por turma, esta legislação vai penalizar as escolas que apostaram na fixação do corpo docente, que investiram a sua formação e que têm professores com mais anos de serviço, logo com salários mais elevados.

Por outro lado, deixa de lado o financiamento dos Apoios Educativos Especiais, dos Serviços de Psicologia Orientação, do Desporto Escolar e as verbas necessárias para garantir o apoio aos alunos que necessitam de apoios específicos.

3. Esta legislação parece reflectir uma visão do serviço público de educação que julgávamos ultrapassada. De facto, parece considerar o Estado como a única entidade que pode proporcionar educação às crianças e jovens em Portugal, não leva em conta as boas propostas educativas abertas a todos que existem na sociedade e reduz drasticamente a pouca liberdade de educação que existe no nosso país, atingindo de modo mais intenso os mais pobres e os mais desprotegidos.

Sabemos que os mais ricos podem sempre escolher os projectos educativos que consideram mais adequados para os seus filhos, porque podem pagar. Reduzindo ou eliminando estas escolas, os mais pobres terão sérias dificuldades ou ficarão mesmo impedidos de aceder às propostas educativas que correspondem aos seus valores e ideais.

Vemos, por isso, com preocupação, o futuro, neste campo. Um Estado Educador é contraditório com uma sociedade pluralista, com uma democracia pluralista e com um Mundo cada vez mais plural.

Consideramos que seria mais adequado permitir aos pais a livre escolha do projecto educativo para os seus filhos, respeitando os seus ideais de vida, até para estimular o desenvolvimento do são confronto entre propostas educativas, o espírito crítico e o respeito pelos diferentes sistemas de valores que existem na sociedade e que deveriam ser potenciados pelo Estado.

Consideramos mesmo que a liberdade de aprender e de ensinar se constitui como mãe de todas as liberdades… e é daqui que decorre a nossa preocupação com o rumo que a educação está a tomar no nosso país.

aos pais na formação integral dos seus filhos.

Com esta insensata legislação, num país supostamente plural, pretende-se enganar demagogicamente as pessoas, colocando-se o Estado como único “educador”, o que, racionalmente falando, é inconcebível, redutor e retrógrado.

2. A concretizarem-se os cortes em cerca de 30% no financiamento, a nossa Escola não tem qualquer hipótese de sobreviver, uma vez que os alunos que a frequentam são oriundos, na sua esmagadora maioria, de famílias extremamente carenciadas e não poderão pagar propinas.

Ressalve-se o facto de esta Escola leccionar apenas o curso tecnológico de educação social, com planos próprios, e de ainda não sabermos, formalmente, qual o regime de financiamento que nos vai ser imposto!

3. Vejo o futuro da educação em Portugal com grande preocupação, pois pretende-se monopolizar e elitizar o ensino, uma vez que, a coberto da teimosia em querer torná-lo “público” (leia-se, estatal), se deixa proliferar o pequeno grupo daqueles que podem e querem continuar a pagar a educação no nosso país. Receio, sinceramente, pelo devir dos nossos filhos que não têm culpa desta obstinação patológica, estranhamente estatizante e laicizante, de que alguns dos nossos dirigentes parecem padecer.

Colégio de Nossa Senhora de Fátima 1. Os Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo têm sido considerados, no nosso país, ao longo dos tempos, escolas de educação integral, exercendo um serviço de qualidade. Nos Colégios com Contratos de Associação, os pais, independentemente do seu extracto social, têm podido optar livre e responsavelmente pelos projectos educativos Ir. Maria Manuel Fonseca que estes oferecem. Com Directora Pedagógica efeito, reconhecido o valor destas escolas, foi-lhes concedido um suporte legal, o Decreto-Lei n.º 553/80, que consignava os seus direitos e deveres. Proporcionava-se, assim, a possibilidade de escolha da escola para todos, em igualdade de oportunidades.

Apesar das muitas vicissitudes vividas ao longo dos tempos, o ensino particular e cooperativo, especialmente o que tem contrato com o Estado, para garantir a gratuitidade, com os seus projectos, desenvolveu-se e tornou-se uma mais-valia para o sistema educativo global, possibilitando o confronto leal de projectos educativos, que proporcionaram o aperfeiçoamento das diferentes propostas educativas.

Sem qualquer acordo entre as partes, sem o respeito devido a este serviço nacional, qualificado, a nova legislação alterou, substancialmente, o estatuto do ensino particular e cooperativo em aspectos essenciais, como a redução significativa das verbas de funcionamento, provocando-se, assim, a caminhada para uma asfixia galopante.

Como pode um Estado, que se diz democrático, negar o respeito pelos Direitos Humanos, que incluem a opção livre pela pluralidade de projectos em educação, defendendo apenas a escola única, a educação única, para um modelo único de cidadão? Será justo e legítimo impedir a iniciativa da sociedade civil, quando o bem comum a exige? Não constituirão estas iniciativas, quando sérias e qualificadas, um enriquecimento para um país? Não será pela análise de vários projectos educativos que os pais poderão fazer a sua opção livre pelo ideal de educação desejado para os seus filhos?

A atitude tomada pelo Estado constitui um retrocesso democrático, uma negação do mais legítimo pluralismo.

Trata-se de um ataque à liberdade de aprender e de ensinar. É muito grave que um Governo decida, sem qualquer acordo, alterar as regras do contrato celebrado para o ano

lectivo em curso, meses depois de ele se iniciar, reduzindo drasticamente as verbas fixadas e tornando impossível a subsistência destas escolas.

Será que o Estado, cuja função é garantir um serviço público de educação de qualidade, pensa estar a lesar o país quando apoia estas escolas que, afinal, lhe ficam mais baratas? Não deve o Estado aplicar as verbas provenientes dos contribuintes a favor de todos? Ou serão cidadãos de segunda os pais das crianças que optam por este tipo de ensino e de formação integral para os seus filhos?

Esperamos que o nosso Governo, tendo sempre em conta o bem comum, reflicta, pondere e tome uma decisão ética, justa e responsável, antes que todas estas escolas sejam forçadas a encerrar as suas portas.

2. Sem as verbas necessárias, teremos que reduzir encargos financeiros; deixarão de existir muitos dos clubes gratuitos oferecidos e outras actividades de apoio e de enriquecimento curricular, o que significa um empobrecimento para os alunos. Por outro lado, começará aqui a diferença entre os que podem pagar e os mais carenciados; era aquilo que menos desejaríamos!

Com a redução de horas dos docentes, para nós, que queremos a integração de todos os alunos, vemos muita dificuldade no acompanhamento dos mesmos, sobretudo dos que têm mais dificuldades.

3. Claro que, a partir de Setembro, a prever-se uma grande redução de tempos lectivos, segundo a proposta de estrutura curricular que circula nos meios da comunicação social, haverá empobrecimento. Serão abolidas áreas curriculares não disciplinares, algumas delas muito importantes, como o Estudo Acompanhado. Deixará de haver desdobramentos, em certas disciplinas. Como manter a realização de experiências científicas com turmas de 28 alunos? Tudo isto implica, necessariamente, um grande empobrecimento, para os alunos, dificultando também o trabalho dos professores.

Se a OCDE elogiou Portugal pelo sucesso do passado ano lectivo, prevê-se agora retrocesso. Investiu-se muito no ensino, nos últimos anos, mas repentina e inesperadamente são anunciadas medidas, não previstas, que conduzirão a resultados muito inferiores aos do último ano lectivo.

Para o ensino particular e cooperativo com contrato com o Estado, as verbas previstas são ainda mais reduzidas e insuficientes do que as do corrente ano. Certamente, a grande maioria destas escolas terá de encerrar e muitos postos de trabalho estarão em causa.

Mas, vivamos o dia-a-dia com esperança, na certeza de que a legislação será revista.

4 DESTAQUE

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Centro de Estudos de Fátima

Externato Liceal de Albergaria dos Doze

1. Considero a legislação em causa atentatória à liberdade de escolha da escola e do Projecto Educativo por parte das famílias, pretendendo destruir uma oferta educativa que se tem revelado uma mais valia no sistema educativo nacional. Ou seja, a reboque de uma grave crise financeira que o nosso Pais atravessa, aproveitam alguns sectores defensores da existência Manuel Bento de apenas escola pública Director Executivo estatal, para destruir o que ainda resta da pluralidade democrática educativa que se tem revelado fundamental no panorama educativo português.

Continuo a querer acreditar que os responsáveis máximos deste Pais não se aperceberam do que estavam a assinar e promulgar e que tudo se deveu a uma lamentável e infeliz série de erros e equívocos que agora lhes custa emendar.

1. Parece que a primeira intenção terá sido a redução das despesas do Ministério da Educação. Mas, sabendo que o custo médio de uma turma no Ensino Particular e Cooperativo era bastante inferior ao custo médio de uma turma no Ensino do Estado (sempre assim foi), parece absurdo começar por quem menos gasta.

António do Carmo Costa Mais incompreensível Director Pedagógico é o facto de o governo determinar um corte de 30% no Ensino Particular quando o corte global no Ministério da Educação é cerca de 10%.

Parece claro que alguém aproveitou a oportunidade para, desta forma, tentar aniquilar as escolas com Contrato de Associação. Com efeito essas escolas são obrigadas a fornecer todos os dados financeiros relativos à execução desses contratos. Dispondo de todos esses dados os governantes sabem perfeitamente que não é possível fazer um corte de 30%. Ao impô-lo só pode ser com intenção de aniquilamento.

Colocaram a questão de modo a que a opinião pública, mal esclarecida, entendesse que as escolas com Contrato de Associação estavam a receber dinheiro a mais. Era um argumento populista que, infelizmente, até funcionou de início. Levou algum tempo a desmistificá-lo e a provar que na realidade estas escolas prestam um serviço público como as escolas estatais com menos despesa e, na maior parte dos casos, com melhores resultados.

2. Facilmente poderia responder a esta questão pois a resposta é absolutamente óbvia, mas recuso-me a acreditar que num Portugal (ainda) democrático, com um povo atento e interventivo e com governantes a que ainda reste uma ‘centelha’ de bom senso, a legislação agora aprovada não vá parar ao ‘cesto dos papéis’, por respeito aos alunos, famílias e instituições educativas.

3. Ao diminuir a liberdade de escolha dos pais e ao reforçar o papel do Estado enquanto agente exclusivo da oferta educativa gratuita, obviamente que se irão incrementar as desigualdades sociais ou seja, a existir apenas ensino privado pago onde só as elites têm aceso e uma escola pública estatizada onde estará o “grosso” dos nossos jovens, estes partem desde logo com uma desvantagem relativamente aos filhos das elites de esquerda e direita que assim se conseguirão perpetuar nos locais de decisão do Estado/País quer seja na vertente pública quer na privada.

Fico assim perplexo, com a possibilidade de ao fim de 35 anos de democracia e liberdade se pretender acentuar as desigualdades sociais no acesso à educação e complementarmente no acesso futuro ao mercado de trabalho.

Colégio do Sagrado Coração de Maria 1. A recente legislação configura o maior ataque à liberdade de ensinar e aprender. Vem limitar o direito que os pais têm em escolherem o projecto educativo que querem para os seus filhos.

Todos estamos solidários com o esforço nacional para resolver a crise que o país atravessa, mas os cortes têm de ser com equidade e justiça. Não se pode pedir um corte de 30% às escolas públicas não estatais Serafim Assunção e Costa (privadas com Contrato de AsDirector Pedagógico sociação) e um corte de 11% às escolas públicas estatais. Não é justo. Fazemos todos parte da mesma rede escolar.

2. Pensamos que este processo ainda não chegou ao fim e que, para bem de todos, haja bom senso. Presentemente, esta instituição está a acumular um elevado prejuízo mensal. Temos esperança que haja um retrocesso nesta política de asfixia do ensino público não estatal.

3. Esta tentativa de limitar a opção dos encarregados de educação de escolherem a escola e o projecto educativo que desejam para os seus filhos e este retrocesso na liberdade de ensinar e aprender não poderá ser aceite pela sociedade civil.

Assim, pensamos que os pais, e toda a sociedade civil irá fazer valer os seus direitos.

2. No presente ano lectivo, o custo por turma no Externato era inferior à média nacional e, como precaução, avançámos desde Setembro com um plano de contenção de despesas em todos os sectores. A redução do financiamento fixado com base nos 90.000 euros por turma/ano, no período de Janeiro a Agosto de 2011, acaba por não ter para nós impacto tão grande como noutras escolas.

Foram decididas as seguintes medidas: não paga-

mento do subsídio de refeição; redução das despesas de conservação e reparação; cancelamento de obras de beneficiação que estavam previstas.

Muito grave é a impossibilidade de atribuir aulas de Apoio Pedagógico Acrescido solicitadas nas reuniões de avaliação do 1º período em função das dificuldades dos alunos, como fazíamos nos anos anteriores.

Para o ano lectivo de 2011/2012 e seguintes, de acordo com a Portaria nº 1324-A/2010 o financiamento a receber através do Contrato de Associação terá, para nós, uma redução de 26%. Apenas os vencimentos e respectivos encargos no ano lectivo de 2009/2010 atingiram 84.288 euros por turma prevendo-se o valor de 82.858 euros no ano lectivo em curso. Ou seja, o valor de 80.080 euros que o governo propõe para o próximo ano lectivo não chegará sequer para as despesas com vencimentos.

Qualquer solução passará pela redução de horários e certamente por alguns despedimentos. Por enquanto não será possível tomar qualquer decisão até ser conhecida a nova organização curricular anunciada pelo Ministério.

3. Além da situação económica que originou o problema actual há uma questão política que, enquanto não for ultrapassada, continuará a condicionar a educação.

A apetência pelo dirigismo e controlo estatal da educação vai perdendo muitos adeptos na Europa mas entre nós continua ainda a ter muito peso. Veja-se a forma enganadora como se confunde “escola pública” com “escola do estado”.

As escolas com Contrato de Associação são mesmo a prova de que uma escola pode ser pública sem ser do estado. E funcionam, e com bons resultados.

Os últimos dois meses deram muita visibilidade a estas escolas e a opinião pública está mais esclarecida.

Os partidos políticos incluíram o tema nas suas agendas e toda a oposição votou favoravelmente um projecto de Lei apresentado pelo CDS-PP em defesa dos Contratos de Associação. Em conformidade, o Presidente da República forçou o governo a alterar a sua proposta inicial.

Com algum optimismo começam a estar reunidas algumas condições importantes para dar um salto significativo na educação em Portugal com base na autonomia das escolas e na liberdade de ensinar e de aprender. Assim o entendam os políticos.

Colégio Dr. Luís Pereira da Costa 1. A recente legislação, da autoria do Secretário de Estado João Trocado da Mata, parte do princípio que só faz sentido as escolas com contrato de associação existirem se os alunos não tiverem lugar numa escola estatal.

De acordo com este princípio, as famílias portuguesas não têm nenhuma palavra na Luís Pedro Peça, opção sobre educação Director Pedagógico das suas crianças. Elas (conforme o acordo ortográfico) só poderão estar numa escola do estado. Trata-se de uma visão de sistema único, onde não há possibilidade de escolha pela sociedade civil.

O país só tem a ganhar na coexistência de escolas estatais e de escolas com contrato de associação, a que toda a população possa ter acesso. O monopólio da escola estatal elimina qualquer possibilidade de regulação e melhoria através de uma competitividade saudável. É preciso insistir na ideia que as escolas com contrato de associação são escolas públicas, gratuitas, da rede pública de educação, inseridas, muitas vezes, em comunidades desfavorecidas.

2. A recente legislação sobre os contratos de avaliação coloca estas escolas numa situação insustentável: impede a existência de um projeto educativo coerente,

dado que estes contratos passam a poder ser extintos unilateralmente pelo Ministério da Educação, após um ciclo de ensino; a rede escolar (número de turmas com contrato de associação) é definida pelo estado, indicando o próprio texto da legislação, que o número de turmas das escolas com contrato de associação irá diminuir até à extinção destas. O Colégio Dr. Luís Pereira da Costa já teve de fazer alterações na distribuição de serviço aos professores, de forma a adaptar o funcionamento da escola às alterações de financiamento, com prejuízo no serviço educativo prestado.

Com este fortíssimo corte no financiamento (24%, no nosso caso), não haverá meios nem disponibilidade para os importantes sistemas de apoio e acompanhamento aos alunos que desenvolvemos, sendo impossível manter a forte dinâmica em termos de atividades de complemento curricular ou de desporto escolar.

3. Se a esta legislação, que põe em causa a existência das escolas com contrato de associação, juntarmos todas as medidas restritivas já anunciadas pelo Governo, como a extinção do Estudo Acompanhado, da Área de Projeto, do fim da lecionação da disciplina de EVT por dois professores, podemos ter a certeza que a qualidade da Educação em Portugal vai baixar muito. Os apoios fundamentais que as escolas prestam aos alunos serão necessariamente muito reduzidos ou extintos. Tanto em termos pedagógicos, para todos os alunos e em especial para aqueles com mais dificuldades, como em termos de apoio sócio afetivo E todos sabemos que estes apoios são fundamentais para os alunos mais carenciados. Porque para os outros haverá sempre outra opção.

CULTURA 5

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Stephen Mason, primeiro trompete solista da Orquestra Gulbenkian

DR

Master Class de Trompete em Leiria

O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) organiza pela primeira vez, nos próximos dias 21 e 22 de Janeiro, uma Master Class de Trompete com Stephen Mason (na foto), primeiro Trompete Solista da Orquestra Gulbenkian.

Alfredo Lopes, professor de trompete no Orfeão de Leiria e na Escola de Música Jaime Chavinha, de Minde, é o responsável pela Master Class, dirigida

essencialmente aos alunos da Classe de Trompete desta escola. «O principal objectivo desta iniciativa, que organizamos pela primeira vez, é estimular e desenvolver as competências dos alunos, para que se sintam ainda mais motivados para evoluir no instrumento», explica o professor.

«A escolha de Stephen Mason para orientar esta primeira Master Class de Trompete prende-se com um objectivo de futuro», salienta Alfredo Lopes, referindo ainda que «a ideia é trazer ao Orfeão alguns dos professores que hoje são uma referência em Portugal e no estrangeiro no ensino do trompete, para que os alunos possam progredir nos seus estudos ao mais alto nível».

Quanto à procura de alunos para estudar trompete no OL CA, Alfredo Lopes refere que «este instrumento tem uma boa aceitação por

parte dos alunos, o que é confirmado pelo facto de já haver dois professores de trompete na escola de música para responderem aos pedidos que recebemos para aprender o instrumento». «Esperamos, no entanto, que esta iniciativa sirva também para mudar as mentalidades e que este instrumento se torne ainda mais popular, para que possamos de futuro ter alunos que, se o pretenderem, venham a ingressar no Ensino Superior da Música em Trompete», acrescenta.

O programa da Master Class incluirá, para além das aulas individuais para todos os participantes, algumas aulas e exercícios, «de forma a proporcionar-lhes a experiência de tocar em conjunto, trocando experiências, e conhecendo as capacidades de cada um», salienta Alfredo Lopes. As actividades decorrerão no Auditório José Neto, no

OL CA, nos dias 21 e 22 de Janeiro, entre as 10h00 e as 13h00, e as 14h30 e as 17h30.

Alfredo Lopes, professor da Classe de Trompete do OL CA, iniciou os seus estudos musicais com apenas nove anos na Sociedade Velha Filarmónica Riachense e, posteriormente, ingressou no Conservatório Regional de Santarém e na Escola Profissional de Música de Almada, tendo concluído, em 2002, a Licenciatura em Trompete na Escola Superior de Música de Lisboa com os Professores Stephen Mason, David Burt e José Augusto Carneiro. Tem colaborado com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e com a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian.

Oficina de Dança Barroca A Escola de Música (EDOL) e o Conservatório Sénior (CSOL) do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes organizam, no próximo sábado, dia 22 de Janeiro, um Workshop de Dança Barroca com direcção de Catarina Costa e Silva, intérprete e docente nas áreas da dança e do canto. Esta formação será acompanhada por música tocada ao vivo pelos alunos da escola, e todos terão a oportuni-

dade de ser músicos ou bailarinos, experimentando toda a riqueza deste género musical.

«A prática de música e dança foi durante muitos séculos conjunta», refere Eunice Caetano, professora responsável pelo seminário, e «desta maneira, as formas da música receberam influências directas da prática da dança, dos seus ritmos, andamentos e mesmo melodias». «Na época

barroca, por exemplo, os músicos que não dançavam o “Menuet”, pelo menos sabiam como este se dançava, pois tocavam-no na corte para outros dançarem» e, além disso, «fazia parte da educação de qualquer cortesão aprender a tocar um instrumento assim como a dançar, podendo desse modo, desfrutar as formas de dança ora tocando-as, ora dançando-as», acrescenta a professora.

Aliar música à matemática

AlgoRítmico no Teatro José Lúcio AlgoRítmico é o filme/ concerto que no dia 20 de Janeiro, será apresentado pelas 11hoo, no Teatro José Lúcio da Silva, pelo Space Ensemble, grupo que promove o relacionamento da música e da matemática com naturalidade e entu-

siasmo. Frequentemente referidas como linguagens universais, a Música e a Matemática têm uma relação que cria uma fonte inesgotável de descoberta e inspiração, que o Space Ensemble explora, procurando usar a universalidade

da expressão musical, para ilustrar a extraordinária potência da ciência matemática na construção de relações. Assim, este grupo constrói música a partir de números, em jogos com o público ou com filmes, musicando as composições

geométricas animadas de Norman McClaren e René Jodoin. AlgoRítmico é um jogo juvenil, de sons e imagens, com regras matemáticas, como o mundo.

CINEMA Teatro Miguel Franco (Leiria) • JOSÉ E PILAR| documentário | de Miguel Gonçalves Mendes | 16 a 21 de Janeiro, 21h30; dia 16, 15h30; dia 19, 18h30 Cine-Teatro de Monte Real • MEGAMIND | animação | de Tom McGrath | 21 e 22 de Janeiro, 21h30; dia 23, 15h30 Cine-Teatro de Alcobaça • IMPARÁVEL | drama | de Tony Scott | c/ Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson | 23 e 24 de Janeiro, 21h30; dia 24, 17h00

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Alcorítmico” - filme-concerto (20/01, 11h00) •”Recuerdos” - dança: flamenco, tango argentino, salsa (22/01, 21h30) •”Flocking” - oficina e baile (29/01, 16h30 e 21h30) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Cantares na Vila” - música (22/01, 21h30) •”Grupo Coral de Vila Real” - música (29/01, 17h00) •”A Bruxa Cati” - infantil/juvenil (30/01, 16h00) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira- Leiria •”Bebeteca” - infantl/juvenil (20 e 22/01, 10h00~16h00) •”Eu quero um amigo” - hora d conto (28/01, 10h30) •”Ynari:a menina das cinco tranças” - hora do conto (28/01, 10h30) •”Contar e encantar” - hora do conto (29/01, 16h00) Centro de Interpretação Ambiental - Leiria •”Saber Colher” - formaão (22/01, 14h00~18h00) Centro de Convívio e Recreio - Telheiro •”Ria, pela sua saúde” - yoga do riso (20 e 27, 19h30~20h30) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Tertúlia dos Anos de Ouro” (2ªs e 5ªs feiras, 15h00~17h00) •”O sapo no Inverno” - hora do conto (2ªs ~6ªs, 10h00 e 14h30) •”A lenda de despereaux” - filme (26/01, 15h30) Museu do Vidro - Marinha Grande •”Meter as mãos no vidro” -infantil/juvenil (4ªs a 6ªs, 10h00 e14h30) Sport Operário Marinhense - Marinha Grande •”Retratando o 18 de Janeiro de 1934” - teatro (~30/01) Teatro-Cine - Pombal •”Sensibilidades 25” - fotografia (~6/03) •”Tributo a U2 by 2U” - música no café concerto (29/01, 23h00) Museu de Arte Popular Portuguesa - Pombal •”São Martinho na Arte Popular” (-31/01)

EXPOSIÇÕES Castelo de Leiria •”Tijolo Parede” (~27/02) Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”O teatro Ontem e Hoje” (~6/02) m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria •”Oficina do Olhar” (exposição permanente) •”Negativo Positivo” (~01/05) •”(RE)Play:” (~01/05) Fnac LeiriaShopping - Leiria •”Olhar as subculturas” - fotografia (~21/01) Casa-Museu João Soares - Cortes •”Os grafitos medievais do Mosteiro da Batalha” (~1/04) Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa •”Sacas de retalhos à moda antiga” (3ªs~6ªs) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”18 Janeiro 1934” - fotos (~31/01) Museu do Vidro - Marinha Grande •”Vilma Liban”- arte da gravura em Vidro (~27/03) Galeria Municipal - Marinha Grande •”18 de Janeiro de 1934” - artes plásticas (~30/01) Teatro-Cine - Pombal •”Sensibilidades 25” - fotografia (~6/03) Paços do Concelho - Tomar •Noronha da Costa - pintura (~31/03)

Em Leiria

Bebeteca na Biblioteca Municipal Colóquio Rosas do Lena

“Trajo Regional”

No dia 22 de Fevereiro, 21h00, vai ter lugar na sede do Rancho Folclórico Rosas do Lena, na Rebolaria, Batalha, um colóquio subordinado aos

temas “Considerações sobre o Trajo Regional” por José Travaços Santos e “Introdução aos Instrumentos Populares” por Joaquim Moreira Ruivo.

No final actuarão as concertinas do Rosas do Lena, com entrada livre.

Durante o mês de Fevereiro ini-

ciar-se-á um novo curso de concertinas regido por Joaquim Ruivo.

As inscrições e informações podem ser solicitadas através dos contactos telefónicos: 91617588 e 96516735, ou pelo endereço electrónico: rancho@rosasdolena.pt.

A Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira vai ter um espaço dedicado aos bebés (6 aos 36 meses).

Desta forma, nos dias 20 ou 22 de Janeiro, entre as 15h00 e as 16h00, disporá de um local em que os mais pequenos podem conhecer o um espaço de leitura.

No dia 22 haverá a presença de Ana Maria Cabral, educadora de infância, que falará aos pais sobre a importância da leitura desde a mais tenra idade.

6 SOCIEDADE

A Secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, proferiu no dia 17 de Janeiro os despachos de autorização para a renovação dos sistemas de videovigilância na zona histórica do Porto e no Santuário de Fátima, após pareceres positivos da Comissão Nacional de Protecção de Dados, hoje recebidos.

No caso do Santuário de Fátima, o despacho autoriza a renovação do sistema de videovigilância pelo período de um ano, a funcionar 24 horas por dia.

Grupo de Cantares de São Mamede canta as Janeiras pelo Concelho da Batalha

DR

Tradições que se mantêm

Cerca de quarenta elementos de várias idades trajados a rigor, oriundos da Freguesia de São Mamede, percorrem no presente mês de Janeiro o Concelho da Batalha, cantando as Janeiras e dando as boas-vindas ao novo ano.

Representando o trabalho e o esforço pela defesa das tradições da região desta Vila serrana, o Grupo de Cantares do Planalto de São Mamede actua na próxima Sexta-feira, 21 de Janeiro, às 20h30, junto à entrada do Edifício dos Paços do Concelho e no dia seguinte, às 19h00, no Reguengo do Fetal - Praça da Fonte.

Terminam no dia 22 às 20h00, na Freguesia de Golpilheira (junto ao CRG).

Em Leiria

DR

Raul Castro recebeu Governador do Distrito do Rotary Club

O Governador do Distrito do Rotary Club, Armindo Carolino, bem como Manuela Miranda Santos, Presidente do Rotary Club de Leiria, e outros membros rotários de Leiria, estiveram no dia 11 de Janeiro na Câmara de Leiria. A visita teve como fundamento a apresentação e saudação ao Presidente da Autarquia, considerando a rotatividade anual daquele cargo.

O autarca felicitou Armindo Carolino e aproveitou a ocasião para destacar o trabalho de excelência desenvolvido pelo Rotary Club de Leiria, no âmbito de iniciativas que visam apoiar causas sociais. No final, Raul Castro presenteou o Governador do Distrito do Rotary Club com a medalha da cidade, tendo recebido das mãos daquele responsável um galhardete do Rotary Club.

Actividades e projectos da delegação de Leiria

Cruz Vermelha faz balanço de 2010 Loja social - Na sequência da deslocação para a freguesia dos Pousos de algumas valências que se encontravam localizadas na Sede, surgiu a possibilidade de disponibilizar aqui uma área compatível e arejada para concretizar o projeto “Loja Social”, que veio substituir o Serviço de Distribuição de Roupas.

Acorre-se, assim, às necessidades das familias carenciadas (seniores, jovens e crianças) e com fracos recursos económicos, fornecendo-se mediante regras apropriadas, roupas, brinquedos, calçado, mobi-

liário e eletrodomésticos, estando o serviço disponível às terças e quintas-feiras no periodo da tarde.

Num breve resumo das inúmeras atividades de BEM FAZER desenvolvidas durante o ano de 2010 ressalta-se , a titulo meramente exemplificativo: no transporte programado de doentes foram percorridos cerca de 210.607 quilómetros; foram apoiadas 300 familias carenciadas através da distribuição de roupa, calçado, brinquedos e mobiliário; foi prestado atendimento/ acompanhamento social

a cerca de 100 utentes; a Linha Nacional de Emergência Social 144 atendeu 55 casos, sendo percorridos 9.522 quilómetros.

Foram realizados na delegação de Leiria e no meio empresarial os seguintes cursos, que proporcionaram formação a 174 formandos: 2 TAT (Tripulante de Âmbulância de Transporte) 2 RECFOR (Recertificação do curso de Formação Básica de Socorristas) 13 CEPS (Curso Europeu de Primeiros Socorros) A Juventude da CVP/

Delegação de Leiria e dando continuidade às atividades do ano de 2009 desenvolveu diversas ações, a saber: Projeto “Lápis” no Internato Masculino de Leiria – Janeiro a Junho; Projeto “Clang” na Delegação, para crianças de familias beneficiárias do RSI - Fev.a Maio; Projeto “Alimentação Saudável” em Escolas do 1º. Ciclo – Janeiro a Maio; Projeto “Copos,quem decide és tu” em Escolas Secundárias – Janeiro a Maio.

Encontro de associações na Batalha

Defesa do Património Cultural e Ambiental da Alta Estremadura em destaque Decorreu na Batalha, no passado dia 15, o Primeiro Encontro de associações de defesa do Património Cultural e Ambiental da Alta Estremadura. Esta iniciativa, organizada pelo Centro de Património da Estremadura (CEPAE), procurou o conhecimento das diferentes actividades de cada uma das associações da Alta Estremadura em prol do Património, bem como encontrar caminhos para futuros trabalhos inter-associativos.

As onze associações participantes partilharam as dificuldades sentidas, sobretudo ao nível da mo-

bilização dos associados e na renovação dos cargos directivos e corpos sociais. O envelhecimento dos corpos associativos é uma realidade nalgumas associações.

Ambas foram unânimes em colocar de parte a subsidio-dependência, havendo necessidade de arranjar, de forma criativa, meios para

a sustentabilidade das iniciativas.

As plataformas informais de associações foram consideradas de extrema importância, tendo estas que utilizar e reforçar a comunicação das suas actividades através dos novos canais de comunicação: Facebook e blogues.

Vila Centro foi o vencedor de 2010

Surgiram vários desafios a serem tratados em futuros encontros inter-associativos, tais como: criação de Links de instituições congéneres nas páginas de cada associação; organização de Listas de correio com todas as associações; criação de uma revista anual das associações com estudos científicos; e a obtenção de financiamentos europeus, recorrendo a técnicos especializados para auxiliarem nos vários projectos.

O próximo encontro está previsto realizar-se ainda no corrente ano em Fátima, organizado pela AFAC – Associação Fátima Cultural.

Valorlis premeia Presépios Reciclados A Valorlis premiou, pelo quarto ano consecutivo, os Presépios Reciclados construídos pelos utentes de lares de idosos e centros de dia dos municípios da sua área de influência, Leiria, Batalha, Porto de Mós, Pombal, Marinha Grande e Ourém.

Participaram 10 instituições e o vencedor foi o Vila Centro – Lar de Idosos, de Vila Cã, em Pombal.

Neste concurso, idealizado com o objectivo de sensibilizar a popula-

ção para a reciclagem e reaproveitamento de materiais, além da forte componente social e recreativa de ocupação de tempos livres, todos os presépios são construídos com materiais reutilizáveis, como papel, cartão, vidro ou plástico, entre outros. Todos os trabalhos estiveram em exposição na sede da Valorlis, e foram vistos por dezenas de pessoas, entre utentes das instituições e público em geral.

DR

Renovada autorização para videovigilância

20.Janeiro.2011

DR

Zona histórica do Porto e Santuário de Fátima

O Mensageiro

SOCIEDADE 7

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Inauguração em Leiria A Câmara Municipal de Leiria abriu, no dia 17 de Janeiro, o Centro Escolar Dr. Correia Mateus, onde está a funcionar a Escola Básica do 1º Ciclo Paulo VI e o Pólo da Escola Amarela, na sequência da queda de parte do tecto do antigo Liceu Rodrigues Lobo, que obrigou à transferência destes alunos para aquele espaço. Os alunos do Pólo da Escola Amarela terão aulas no Centro Escolar Dr. Correia Mateus, pelo menos, até ao final do ano lectivo, já que o antigo Liceu Rodrigues Lobo não oferece condições de segurança. A Câmara Municipal de Leiria vai, entretanto, avaliar o estado de conservação do edifício, para analisar se há condições de o estabelecimento de ensino voltar a funcionar naquele local.

Em estudo está ainda

a possibilidade de se criar um centro escolar na escola-sede do Agrupamento de Escolas D. Dinis, onde funcionariam as escolas do 1º ciclo da zona urbana de Leiria. A proposta será apresentada, em breve, pela autarquia ao Ministério da Educação. A construção de um centro escolar nos terrenos da prisão-escola é outra das hipóteses em análise, embora ainda não tenha sido feito nenhum contacto nesse sentido com o Ministério da Justiça.

Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria, e Gonçalo Lopes, vereador da Educação, deslocaramse ao Centro Escolar Dr. Correia Mateus, visita que foi acompanhada por António Oliveira, presidente do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, Fernando Cadima, presidente

DR/CML

Investidos 905 mil euros no Centro Escolar Dr. Correia Mateus

do Agrupamento de Escolas D. Dinis, professores e representantes de associações de pais.

Na ocasião, o presidente da autarquia teve oportunidade de abordar professores e alunos do Pólo da Escola Amarela e da EB1 Paulo VI e constatou que se encontravam satisfeitos com a transferência para o Centro Escolar Dr. Correia Mateus.

O Centro Escolar Dr. Correia Mateus representa um investimento total superior a 905 mil euros, que será financiado em 683 mil euros pelo Feder.

A verba restante será assegurada pelo Município.

O espaço é constituído por oito salas, biblioteca, refeitório, sala de professores, salas de expressão plástica e gabinetes de apoio. No exterior do edifício, existe

A solidariedade foi a palavra de ordem no jantar-gala de apoio à Ajuda de Berço, que decorreu no dia 11 de Janeiro no D. Nuno, em Fátima, e que reuniu algumas figuras públicas nacionais que se associaram a esta causa. Promovida pela Future Health Portugal, na iniciativa foram entregues vários donativos à Ajuda de Berço, nomeadamente um cheque no valor de 2800 euros angariados por esta empresa e a totalidade do valor angariado neste jantar, oferecido pelo Município de Ourém.

Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém, congratulou-se com a realização

DR

Noite solidária em Ourém

da iniciativa, que é “um impulso de uma tomada de consciência mais solidária”, deixando a mensagem de que “temos o dever de remar contra esta maré de um mundo cada vez mais egoísta” lembrando que “são momentos como este

que nos permitem ir cada vez mais longe”.

Sandra Anastácio, fundadora e presidente da “Ajuda de Berço”, agradeceu a colaboração da Câmara de Ourém, confidenciando que, quando um dos abrigos da Ajuda de Berço

Encontro Museologia e Autarquias esteve em risco de encerrar “foi aqui que eu vim pedir ajuda a Nossa Senhora que me desse coragem para continuar”.

Sobre a forma como cada um pode ajudar esta instituição, adiantou que existem muitas maneiras de o fazer, entre as quais ligando para o telefone 760 300 410, contribuindo com 60 cêntimos para esta causa.

O momento alto da noite foi a entrega das camisolas autografadas por jogadores profissionais que serão depois leiloadas em portais da internet como o Ebay.

Pagamento cómodo de facturas transtornos causados aos Munícipes.

Para maior comodidade dos cidadãos, o pagamento atempado das facturas pode ser feito através de transferência bancária; multibanco (até 5 dias após o vencimento das facturas); nos balcões dos CTT; cheque; vales de correio e Payshop (Empresas aderentes: Su-

permercado Dora, Cafetaria Modelo Hipermercado, Papelaria “O Jornalinho”, Papelaria Rumo, Papelaria Grani, Café Ligeiro, Loja da Cláudia, DPRI Informática Lda., Europreço e Drogaria Mira).

A novidade assenta no facto de, depois de vencida a factura, o Munícipe ainda dispor de 5 dias para proce-

uma forma desencontrada, bem como o horário de entrada. Estão a ter aulas no Centro Educativo Dr. Correia Mateus 106 alunos do Pólo da Escola Amarela e 44 da EB1 Paulo VI, num total de 150 crianças.

Por forma a diminuir os transtornos causados aos pais dos alunos do Pólo da Escola Amarela, a Câmara Municipal de Leiria está a assegurar o transporte dos alunos que não têm alternativa de deslocação, em autocarros da autarquia.

Além disso, a Associação de Pais da Escola Amarela também está a disponibilizar o transporte das crianças que estão inscritas no CAF, que continua a funcionar na Escola Amarela, na Avenida Marquês de Pombal.

Batalha e Constância, 11 e 12 de Fevereiro

Na Marinha Grande

A Câmara Municipal da Marinha Grande implementou novas modalidades de pagamento da factura respeitante ao fornecimento dos serviços de água e saneamento, no final de 2010. O objectivo é facilitar o pagamento do débito ao Município, evitando deslocações desnecessárias aos Serviços, com os inerentes

um parque infantil e um campo de jogos. Este último equipamento deverá estar concluído até ao final da semana.

Nesta fase, o espaço destinado à biblioteca está a ser utilizado como sala de multideficiência, que pertencia à EB1 Paulo VI. Como alternativa, os alunos podem frequentar a biblioteca da escola-sede da Correia Mateus, bem como outros serviços, como o refeitório. No Centro Escolar Dr. Correia Mateus funciona ainda uma unidade de surdos, que está integrada no Pólo da Escola Amarela.

Tendo em conta a diferença etária dos alunos que frequentam o Centro Educativo Dr. Correia Mateus e a escola-sede - onde funcionam turmas dos 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos -, os intervalos das aulas funcionam de

der à sua liquidação através da rede Multibanco.

Mais se informa, que sempre que a data limite de pagamento das facturas é ultrapassada, a Câmara Municipal envia avisos que alertam para a necessidade de regularizar a situação, sob pena de se proceder à suspensão do fornecimento de água.

A Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Departamentos de Urbanismo e de Museologia), Câmara Municipal de Batalha e a Câmara Municipal de Constância vão realizar nos dia 11 e 12 de Fevereiro, no Auditório Municipal de Batalha e Casa-Memória de Camões em Constância, o “XVI Encontro Nacional Museologia e Autarquias”. Os objectivos são debater a presença das áreas científicas e tecnológicas no mundo do património e dos museus, analisar a utilização dos recursos patrimoniais no Ordenamento do território à luz da recente legislação e procurar caminhos para a inclusão no campo da comunicação cultural.

Conferência em Ourém

O Caminho de D. Nuno O caminho que D. Nuno Álvares Pereira fez antes de travar a “batalha real”, em Aljubarrota, foi o tema da conferência que decorreu no dia 16 de Janeiro nos Paços do Concelho de Ourém. Para falar desta “figura que nos é muito cara”, a Universidade Sénior e a Câmara Municipal de Ourém, convidaram o coronel Victor Portugal Valente dos Santos, director emérito do Museu e Campo Militar de S. Jorge.

Na sessão de abertura, José Manuel Alho, reforçou a importância desta “troca de saberes”, destacando a presença dos municípios vizinhos de Batalha e Porto de Mós e do CEPAE – Centro de Património da Estremadura.

Sobre as acções que a autarquia tem levado a cabo no âmbito da preservação do património, em concreto da Capela de S. Sebastião, local intimamente relacionado com a passagem de D. Nuno por Ourém, adiantou que a autarquia irá levar a cabo uma intervenção de consolidação da ruína, de forma a lhe dar “mais dignidade e respeito”, para que “as próximas gerações possam ter contacto com esta presença histórica”.

Uma das conclusões desta conferência foi o agendamento de uma reunião entre os municípios de Ourém, Batalha e Porto de Mós, o CEPAE, a Universidade Sénior e o coronel Victor Portugal Valente dos Santos, de forma a equacionar a hipótese de operacionalização do caminho de D. Nuno. A sua sinalização, actividades de animação e divulgação, são algumas das propostas a debater.

8 ECLESIAL

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Portugal é chamado às urnas

CAMINHO... COM A

CARTA PASTORAL 15

3. A IGREJA, CASA E ESCOLA DA CARIDADE (...)

3.8. Serviço sócio-caritativo paroquial Em cada comunidade, o serviço da caridade deve ser cuidado, organizado e estruturado, tal como os serviços da Palavra e da Liturgia, para que a caridade não seja algo meramente pontual ou ocasional. Para tal é preciso que se encontrem espaços, instrumentos e pessoas.

Em ordem a tornar efectiva a prática da caridade é necessário que em cada paróquia se constitua um serviço sócio-caritativo reconhecido e com representação no Conselho Pastoral. Este serviço assumirá a função de animar e coordenar a prática da caridade na diversidade das expressões existentes, de modo a que se possa fazer uma programação calendarizada de iniciativas, encontros e celebrações tal como se faz com a Catequese e a Liturgia.

Para uma resposta mais pronta e eficaz às situações de necessidade é salutar que os serviços sócio-caritativos das paróquias trabalhem em rede dentro de cada vigararia e com a Caritas diocesana.

3.9. Promoção do voluntariado A experiência do voluntariado é uma autêntica escola de vida e de fraternidade onde se aprende a acolher o outro, a cultivar o espírito de generosidade e serviço, a partilhar os dons e a pô-los a render em prol dos outros. Para os jovens é um caminho particularmente eficaz para lhes abrir horizontes de solidariedade, para orientar as suas energias, por vezes desperdiçadas em experiências de transgressão, para vencer as próprias fragilidades e os preparar para as opções maduras da vida.

De igual modo, podem ser valorizadas as possibilidades de muitos profissionais leigos que, por vezes, apenas estão à espera de poderem pôr à disposição do bem comum as suas competências e, assim, se sentirem participantes na comunidade eclesial.

A paróquia pode tornar-se o espaço adequado onde confluam estas competências e boas vontades, promovendo quanto existe de bom e de válido nas malhas do tecido social.

Apraz-me aqui reconhecer e agradecer à multidão de pessoas que, nos vários âmbitos da Igreja diocesana, nas paróquias, em inúmeros serviços e instituições, mesmo civis e de solidariedade, exercem o voluntariado, gratuita e dedicadamente, ao serviço das pessoas carenciadas. Bem hajam!

Proposta para reflexão...uial • Na nossa

ritativo paroq 3.8 - Serviço sócio-ca apoio ser viço organizado de comunidade existe um aces uma resposta às ne sid sócio-caritativo? Está a ser da os viç rede com os outros ser des reais? Trabalha em vigararia e da diocese? idade tariado • A nossa comun 3.9 - Promoção do volun o? iad tar s e tempos de volun oferece e promove espaço

Votar em consciência Os católicos têm a mais absoluta liberdade de voto, pois só em circunstâncias de excepcional gravidade a Igreja, através da voz autorizada da sua hierarquia, pode exigir aos seus fiéis que exerçam esse direito de uma forma concreta. Mas não sendo este o caso, na medida em que o episcopado não se pronunciou nesse sentido, cada cidadão cristão está chamado a decidir, em consciência, a modalidade da sua participação no próximo acto eleitoral.

Que a Igreja respeite a liberdade política dos seus crentes não quer dizer que esta decisão não tenha relevância moral, nem que seja indiferente votar ou não e, votando, apoiar qualquer candidato ou partido. Muito pelo contrário. Os cristãos também têm toda a liberdade matrimonial e profissional, mas a escolha do cônjuge ou do ofício não são indiferentes, como também a prática laboral ou a vivência conjugal se devem pautar por exigências éticas. E casos haverá em que determinadas situações – como é o caso do aborto, por exemplo – ainda que legais, não são admissíveis para um católico, porque incompatíveis com o seu padrão moral.

No panorama eleitoral português há várias opções, mas não se vislumbra nenhuma que corresponda aos principais valores cristãos, como são, entre outros, a vida, que a Igreja defende desde a concepção e até à morte natural; o casamento, entendido como a união indissolúvel entre um homem e uma mulher; a família e a educação. De facto, a maioria das propostas eleitorais são assumidamente favoráveis ao aborto, à eutanásia, ao divórcio, ao casamento entre pessoas do

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[COLUNA SEMANAL]

mesmo sexo e são também contrárias à liberdade de educação.

Por outro lado, a candidatura ideologicamente mais próxima dos valores humanistas está, à partida, descredibilizada junto do eleitorado cristão, pelo seu reiterado apoio às leis anti-vida, anti-casamento e anti-família.

De acordo com o princípio evangélico – dê-se a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus – não seria desejável a existência de um partido ou candidato oficialmente católico, porque um tal absurdo seria uma expressão do mais anacrónico clericalismo que, para além de coarctar a liberdade política dos católicos, atentaria contra a natureza sobrenatural da Igreja que, como é sabido, não tem ambições temporais. Mas seria de esperar que, num país de tão arreigadas tradições cristãs, se apresentassem vários candidatos que, pela sua ideologia humanista e a sua consequente prática política, pudessem constituir uma opção legítima para o eleitorado que se identifica com os princípios da Doutrina Social Cristã e procura quem possa viabilizar as suas aspirações de jus-

tiça e de solidariedade social.

Não sendo este o caso, os cristãos coerentes ver-se-ão assim na contingência de se absterem; de votarem em branco; de votarem contra a sua consciência, se o fizerem em forças políticas assumidamente anti-cristãs; ou à margem da sua consciência, se votarem em quem, mesmo professando, em teoria, os princípios cristãos, na prática favoreceu uma política contrária aos princípios éticos e ao bem comum, nomeadamente viabilizando o aborto, o divórcio e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Se o voto contra a consciência é sempre reprovável, é eticamente aceitável, num contexto de mal menor, votar no menos mau dos candidatos, embora seja um voto à margem da consciência.

Votar em consciência é um imperativo ético para todos os cidadãos, mormente para os cristãos. Mas, que fazer quando a consciência – por falta de ciência ou por falta de coerência – não se apresenta às eleições?!

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Divulgação

DIOCESE 9

O Mensageiro

20.Janeiro.2011

Um desafio aos peregrinos

Santuário de Fátima recorda «Anjo da Paz»

2 a 6 de Fevereiro

Bajouca 2 de Fevereiro (quarta-feira) 20h00 – Recepção oficial no Largo da Igreja 20h30 – Celebração Eucarística; Tomada de posse do novo Conselho Económico 21h30 – Assembleia paroquial com todos os Serviços e Movimentos de apostolado da comunidade.

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O Santuário de Fátima desafia todos os peregrinos a recordarem as catequeses do “Anjo da Paz”, na Cova da Iria, com a ajuda de treze painéis distribuídos pelas alamedas norte e sul do recinto.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA pela sala de imprensa do Santuário, o reitor, padre Virgílio Antunes, sublinha a importância de se “ouvir a voz do Mensageiro, que ensina a dizer, como ensinou aos Pastorinhos: Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos”.

No âmbito da celebração do Centenário das Aparições, em 2017, o Santuário de Fátima dedica o ano 2011 ao tema “Santíssima Trindade... adoro-Vos profundamente”, dando relevo a uma das mensagens transmitidas pelo Anjo da Paz aos três pastorinhos, em 1916.

Na sua Segunda Memória, recolhida em 1937, a irmã Lúcia fala do contacto com o Anjo, na Loca do Cabeço.

“O Anjo deixa suspenso no ar o Cálice, ajoelha junto de nós, e faz-nos repetir três vezes: Santíssima Trindade, Pai, Filho,

Visita Pastoral à Diocese

Espírito Santo, adoro-Vos profundamente” conta a vidente de Fátima.

Segundo as memórias da irmã Lúcia, analisadas pelo padre Luciano Cristino, director do Serviço de Estudos e Difusão, o Anjo visitou a Cova da Iria em três ocasiões, antecedendo a primeira aparição de Nossa Senhora, que teria lugar a 13 de Maio de 1917.

Aquelas experiências de fé dos três pastorinhos podem ser revisitadas por todos os peregrinos, através dos referidos painéis, “ enriquecidos com imagens fotográficas e várias peças de arte e monumentos de diferentes locais do San-

tuário”.

Todos os fiéis são chamados a percorrer este itinerário dedicado ao “Anjo da Paz”, começando pela Loca do Cabeço e atravessando o quintal do poço do Arneiro, dois dos locais onde o Anjo se revelou.

O percurso termina na Capela do Lausperene, localizada na igreja da Santíssima Trindade.

Ao longo dos próximos sete anos, o Santuário de Fátima pretende realizar um conjunto de iniciativas espirituais e culturais, que destaquem a importância das aparições marianas no contexto religioso do nosso país.

“A criação dos novos dinamismos evangelizadores da sociedade portuguesa, polarizados à volta da devoção a Nossa Senhora de Fátima, constitui o melhor modo de celebrar este centenário e de trabalhar para que, em Portugal, se conserve sempre o dogma da fé” adiantava o reitor do Santuário, no editorial do jornal «Voz de Fátima», de 13 de Dezembro de 2010.

Privilegiando os meses de Maio a Outubro, quando a afluência de peregrinos é maior, o programa dos festejos inclui também actividades no domínio das artes e da música.

JCP

4 de Fevereiro (sexta-feira) 15h30 – Eucaristia na Igreja com os idosos e administração do Sacramento da Unção dos Doentes 17h15 – Visita a dois doentes acamados 17h45 – Visita ao Centro de Dia da Bajouca 18h15 – Visita a uma Olaria e à Carpintaria 20h00 – Uma reflexão e jantar – convívio na ABAD, com todas as associações da freguesia: Junta de freguesia, Centro Social, ABAD, SAMB, GAU, …

5 de Fevereiro (sábado) 15h00 – Encontro com as crianças da catequese do 1º ao 6º ano 16h00 – Encontro com os adolescentes da catequese do 7º, 8º e 9º anos 17h30 – Encontro com o s Crismandos e jovens 19h30 – Jantar com casais 20h30 – Encontro com casais Nota: No sábado não haverá missa vespertina 6 de Fevereiro (domingo) 11h00 – Eucaristia de encerramento da visita Pastoral com administração do Sacramento do Crisma 13h00 – Almoço-convívio

«Coração que vê»

Encontro Diocesano de Adolescentes O primeiro encontro para os grupos de adolescentes da Diocese de Leiria-Fátima vai decorrer na vila da Batalha, no dia 12 de Março de 2011. O ENDIAD (Encontro Diocesano de Adolescentes) será uma oportunidade para que os grupos do 7º ao 10º ano possam celebrar, viver e festejar o tema da Diocese,

«Chamados à caridade», fazendo uma viagem com o Bom Samaritano.

O início das actividades está marcado para as 9h00, e o primeiro momento deste ENDIAD é a celebração da Eucaristia, na igreja do Mosteiro da Batalha, presidida pelo Sr. Bispo, D. António Marto. Durante a manhã, num jogo de vila, os grupos

conquistam «Os Valores do Caminho». Após o almoço partilhado, o jogo da tarde dará a possibilidade de percorrer «O Caminho do Samaritano», aplicando os valores próprios de um «Coração que vê», como o do Samaritano da parábola de Jesus. O ENDIAD termina pelas 18h00, após a festa de encerramento.

Para fazer o caminho, os grupos terão que trazer a «mala de viagem» preparada de casa, e enviar a ficha de inscrição preenchida, até ao dia 21 de Fevereiro, para o Serviço Diocesano de Catequese.

Todas as informações estão disponíveis em http: //endiad.blogspot.com/.

Pe. José Henrique Pedrosa

crescem no conhecimento de si próprios, como pessoas, e na sua relação com os outros” – lê-se no documento. Até agora, as peregrinações a estes dois locais têm sido feitas separadamente, mas em 2011, ano em que a Universidade Lusíada faz 25 anos, “pretendemos associar-nos às comemorações desta efeméride com a realização de

uma grande peregrinação que, partindo de Lisboa, nos leve aos dois maiores santuários ibéricos da cristandade - Fátima e Santiago de Compostela - terminando no Cabo Finisterra, para muitos o verdadeiro final do Caminho de Santiago de Compostela, num total de cerca de 800 kms” – frisa o comunicado.

LFS

Fátima e Santiago de Compostela

Peregrinação de BTT O Núcleo de BTT e Desportos na Natureza da Universidade Lusíada de Lisboa irá efectuar uma peregrinação a Fátima e a Santiago de Compostela. A partida será a 22 de Abril e a chegada a 30 do mesmo mês. Uma iniciativa considerada fundamental porque “os valores que se criam no seio do grupo são indispensáveis na formação

de qualquer ser humano” – realça um comunicado da referida universidade à Agência ECCLESIA. Entre os participantes, uns serão motivados por factores religiosos, outros pelos aspectos culturais e lúdicos e outros, ainda, por objectivos desportivos, mas “todos ganham, e muito, com a sua participação nestas peregrinações. Todos

No próximo dia 5 de Fevereiro, às 16h00, realizase a cerimónia da Bênção dos Bebés na Sé de Leira.

Neste dia, além da palavra, valorizar-se-á a expressão corporal, os gestos, a expressão musical, em sintonia com a linguagem das crianças nesta idade.

Pretende-se que seja um momento de bênção e de festa para as famílias com crianças recém-nascidas, Poderão participar todos os bebés com idade até 1 ano, para isso as inscrições deverão ser feitas através do contacto: 244832366 ou e-mail: seleiria@net.sapo.pt

10 ECLESIAL

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Antífona de Entrada: Salmo 95, 1.6 Leitura I: Is 8, 23b – 9, 3 (9, 1-4) Salmo Responsorial: Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. 1a) Refrão: O Senhor é minha luz e salvação. Repete-se Ou: O Senhor me ilumina e me salva. Repete-se Leitura II: 1 Cor 1, 10-13.17 Aclamação ao Evangelho: Cf. Mt 4, 23 Refrão: Aleluia. Repete-se; Jesus proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.

Refrão EVANGELHO: Mt 4, 12-23 Quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

Palavra da salvação.

Cânticos | IV Domingo Tempo Comum (30/01/11)

INÍCIO: Alegre-se o coração – Lau 142 Somos um povo que caminha – Lau 799

Parabéns Mano Amândio Neste dia especial, 17 de Janeiro, para o nosso Mano Amândio queria lembrar todos os amigos missionários que o tenham presente nas suas orações.

A equipa missionária está no Gungo e por isso não será possível contactá-los directamente por telefone, no entanto, fica a certeza que estamos juntos

O nosso Cavalinho Branco fez 4 anos!

Com perto de 150.000km, muitas subidas e descidas pelas picadas, quase sempre bem carregado, com muitos atolamentos na lama, mas sem nunca o lá termos deixado ficar, tal é a importância que tem para nós.

Este jipe serve um pou-

AO SABOR DA PALAVRA

SALMO RESPONSORIAL: Felizes os pobres que o são - Lau 397 APRESENTAÇÃO DOS DONS: Pobres e fracos que somos - Lau 663 COMUNHÃO: Felizes os convidados – Lau 393 PÓS-COMUNHÃO: Coração de Jesus nossa esperança – Lau 239 FINAL: És Senhor minha força - Lau 341 Quem me seguir não andará nas trevas – Lau 708

Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos

MISSAS DOMINICAIS

Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 09h45 – Paulo VI 10h00 - S. Francisco 10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h30 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário e Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação

em pensamento e oração.

Será um aniversário muito diferente daquilo que está habituado, mas será sem dúvida muito bom.

Muitas felicidades Amândio e obrigada pelo teu testemunho missionário, Estamos Juntos DR

Comum (23/01/11)

co para tudo: transporte de pessoas, animais, bens alimentares, combustíveis, medicamentos, material escolar, roupa, carvão e tantos outros bens necessários ao povo do Gungo, que se encontra muito isolado. Várias vezes tem feito de ambulância e uma vez até teve que

fazer de carro funerário.

Sempre que andamos nele nos recordamos e rezamos por quem para ele contribuiu. E por isso, ao celebrar mais um aniversário, queremos agradecer de novo a todos os que tornaram possível a aquisição deste veículo que tem um papel muito importante para o trabalho missionário.

Ainda recentemente fui à paróquia do Arrabal em representação do Grupo Missionário, para receber os mealheiros das crianças da catequese e ia pensando como cada pequeno contributo é importante

para o trabalho que se faz na missão.

O Cavalinho Branco é um bom exemplo disso!

Twapandula tciwa a todos!!!!

Upangue uwa (Bom trabalho) Linha da frente para continuarem o lindo trabalho que têm feito.

Colelo linene (Muita coragem)também para a linha da retaguarda, pois sem o trabalho que se faz do lado de cá, o trabalho na linha da Frente não seria possível.

Um beijinho mana Ana Sofia

Com um único objectivo: vencer, ser o primeiro, ser o mais forte. Mais, mais, sempre mais.

Hoje tudo se justifica com esse propósito: não só no desporto mas também na economia e mesmo a arte e cultura. E desde cedo as crianças aprendem a conquistar, a ganhar. O sucesso hoje mede-se não tanto pela qualidade daquilo que se faz mas pelo êxito que isso traz.

A liturgia desta domingo dá uma nova imagem de êxito, de vitória.

No Evangelho vemos que Jesus nos dá uma nova escala de valores, mas não miserabilista: não são felizes os que são meramente pobres ou que sofrem. A pobreza de que se fala aqui é de outro nível, espiritual e não material.

Hoje fala-se cada vez mais de qualidade de vida, mas essa qualidade não tem a ver com a quantidade das coisas que se têm, mas o mais importante é a sua utilidade. Se temos o necessário para viver, nada mais importa. O que é mais importante é não pôr as coisas acima do homem.

Tenhamos sempre em con-

ta que tudo o que existe, existe para o homem.

Não importa o que se tem mas como se tem.

Um meu professor dizia que mais vale ser que ter.

E tinha razão, porque de nada vale ter muita coisa se não somos felizes com elas, e com poucas coisas não nos dispersamos e vivemos mais intensamente.

O homem perdeu hoje o gosto de viver porque tem demasiadas coisas que o atraiam. É por isso que Deus escolhe aqueles que aos nossos olhos são mais fracos, porque estão mais despertos à sua acção, estão mais libertos de coisas menos importantes e que lhes podem desviar a tenção do que mais é mais importante.

Também assim as pessoas descobrem que não é por si que fazem as coisas, mas é por algo mais profundo e poderoso, que os leva a transformar-se e a fazer coisas que em condições normais não fariam, e uma dessas coisas é dar a vida pelo outro.

No fim dos tempos, Sofonias diz que apenas os humildes ficarão depois da

indignação de Deus. Não é apenas um prémio, para os oprimidos, mas é uma esperança para que continuem a ser verdadeiros, não se deixando manipular pelos donos do mundo. Mas vivam acima disso, na justiça e verdade, que são os bens mais preciosos aos olhos de Deus.

Deus ama-nos e não quer que sejamos infelizes. É por isso que nos lembra a humildade, para que possamos amar a Deus e aos outros. Porque não estamos sós no Mundo, porque eles são nossos irmão e porque o pior pecado é o do egoísmo.

Nós não somos nenhuma ilha mas vivemos em comunidade, em que cada um tem a sua função, mesmo a mais pequena, mas todas são importantes.

“A vida é uma aventura” sobretudo se a percorrermos de uma forma plena, não como um fardo mas como um presente que se vai desembrulhando, uma montanha que se vai escalando, aprendendo a ver cada vez mais longe.

E não se pode subir uma montanha quando se está muito carregado, pois não?

DR

Leituras | III Domingo Tempo

Janela sobre a Missão

Pe. Francisco Pereira pe.francisco@mac.com

Vencer

3º Domingo do Tempo Comum

A competição está-nos no sangue, é um factor intimamente ligado à vida.

Todos os seres competem entre si de uma ou de outra maneia: as árvores e plantas pela luz necessária à sua vida, os animais pelos alimentos, e o homem por tudo e por nada.

Uma das características do homem é que conseguiu levar essa competição para todos os aspectos da sua vida. E hoje não conseguimos entender a moderna sociedade sem competição.

IGREJA EM PORTUGAL 11

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Em busca da unidade no mundo

Portugal une-se à semana de oração

Em Portugal, este processo já inclui as Igrejas Católica, Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Anglicana, baseando-se na colaboração entre a CEDFE e o Conselho Português de Igrejas cristãs.

O tema escolhido para o Oitavário deste ano – “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fracção do pão e nas orações” – foi extraído do livro bíblico dos Actos dos Apóstolos, apelando ao regresso dos cristãos às origens da primeira Igreja de Jerusalém, espaço físico que “evoca o regresso aos

aspectos essenciais da fé e à união entre os cristãos”.

As orações da semana de oração de 2011 foram preparadas por cristãos em Jerusalém e estão disponíveis na página oficial da Santa Sé. “Conscientes das suas próprias divisões e da sua própria necessidade de fazer mais pela unidade do corpo de Cristo, as Igrejas em Jerusalém fazem um apelo a todos os cristãos para a redescoberta conjunta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva”, pode ler-se.

No hemisfério norte, o período tradicional para

a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é de 18 a 25 de Janeiro, datas propostas em 1908.

Em Portugal, uma celebração nacional tem lugar em Coimbra, no próximo dia 21, havendo vigílias e encontros marcados para várias dioceses, como Lisboa, Porto, Algarve ou Aveiro.

No Vaticano, Bento XVI preside à celebração das vésperas, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, com representantes das Igrejas e comunidades eclesiais presentes na cidade.

Encontro de agentes sócio-pastorais das migrações

Diálogo com o Islão «não é fácil» O Presidente do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes (CPMI), D. Antonio Maria Vegliò admitiu, em Fátima, dificuldades no diálogo entre comunidades de diferentes culturas e religiões na Europa, “sobretudo com o mundo islâmico”.

Intervindo no XI encontro de agentes sóciopastorais das migrações, D. António Vegliò disse que conteúdos diferentes atribuídos pelo mundo islâmico e pela cultura europeia aos mesmos conceitos podem estar na origem dessa dificuldade.

“O diálogo não é fácil, sobretudo com o mundo islâmico, também porque palavras como justiça, verdade, dignidade e direitos humanos, laicidade, democracia e reciprocidade têm conteúdo diferente ao que lhe atribui a cultura euro-

LOC/MTC assinala 75.º aniversário

“Com a audácia do passado…”

DR

Milhões de cristãos iniciaram, no dia 18, a “Semana de oração pela unidade dos cristãos”, iniciativa anual que também em Portugal é tida como a mais importante do movimento ecuménico.

D. Manuel Felício, presidente da Comissão Episcopal da Doutrina da Fé e Ecumenismo (CEDFE), refere ao programa da Igreja Católica na Antena 1, que este oitavário é “um momento forte e importante, sobretudo para nós aprofundarmos as razões do diálogo ecuménico e as levarmos também ao comum das nossas estruturas eclesiais”.

Para este responsável, “as comunidades cristãs não podem voltar costas a esta responsabilidade”.

Um dos objectivos deste esforço ecuménico passa, neste momento, pela aprovação de um texto que possibilite “a convergência em pontos essenciais”, como por exemplo no reconhecimento do Baptismo.

O reconhecimento recíproco e oficial do Baptismo, por parte de todas as Igrejas de expressão cristã, é uma condição estabelecida pela Santa Sé no seu “Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo”.

BREVES

peia”, afirmou.

Na conferência que encerrou o XI encontro de animadores sócio-pastorais das migrações, intitulada “Mobilidade humana e evangelização: os desafios de um novo milénio”, o arcebispo do Vaticano disse que a “multietnicidade” e o “multiculturalismo” definem o “vulto da Europa” e “trazem consigo diferentes formas de pertença religiosa”. Numa apresentação do panorama religioso, D. Antonio Vegliò informou que “hoje, aqueles que chegam aos Estados-Membros são, principalmente, cristãos e, entre eles, muitos são ortodoxos. Aqueles que pertencem ao judaísmo são cerca de três milhões, mas têm raízes históricas na Europa. A União Budista Europeia pensa que tem hoje na Europa de um a três milhões de adeptos. Os mu-

çulmanos, pelo contrário, são cerca de 32 milhões”.

O Presidente do CPMI valorizou a “diversidade cultural como fonte de vitalidade, inovação e criatividade”, necessária “para a humanidade como também a biodiversidade para a natureza”. “O pluralismo, com efeito, é uma das categorias que dão vitalidade ao desenvolvimento humano, entendido não apenas em termos de crescimento económico, mas também como meio para uma existência mais satisfatória do ponto de vista intelectual, emocional, moral e espiritual”, sublinhou.

Para D. Antonio Maria Vegliò, “no dia em que uma civilização se abrir a outras culturas, esta mesma beneficia em termos de crescimento e fortalecimento”, afirmou. Em contexto de crise económica,

o Presidente do CPMI referiu as “condições de grave insegurança” que muitos migrantes enfrentam, nomeadamente pela perda de postos de trabalho.

Desafiou os agentes de pastoral da mobilidade humana à promoção do diálogo multicultural e multiétnico, participando nessa “síntese cultural” com a proposta do Evangelho.

O XI encontro de agentes sócio-pastorais das migrações, que decorreu em Fátima entre os dias 14 e 16 de Janeiro, analisou o tema “primeira década de uma nova era nas migrações.

No último dia, Domingo, assinalou também o 97º Dia Mundial do Migrante e Refugiado.

PR

A LOC/MTC (Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos) vai assinalar, ao longo de 2011 o seu 75.º aniversário com um conjunto de iniciativas subordinadas ao tema “Com a audácia do passado, recriar a humanização do trabalho”.

Já no próximo dia 30 de Janeiro vai decorrer um encontro nacional com o objectivo de dar início às celebrações, incluindo uma Missa presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, situada no centro da capital portuguesa.

A equipa nacional da LOC/MTC adianta, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, que “esta efeméride será também assinalada ao longo do ano pelas dioceses e encerrará com um encontro/festa nacional no dia 27 de Novembro, na diocese do Porto”.

“Celebrar 75 Anos de Vida na LOC/MTC significa, entre outros motivos, avivar a nossa memória sobre tantos homens e mulheres que, inspirados no Evangelho e no Ensino Social da Igreja, fizeram deste Movimento referência na sua vida eclesial, sindical, política e social”, escrevem Fátima Almeida, José Rodrigues e o padre Emanuel Vaz (coordenadores e assistente nacionais).

“Neste fecundo passado encontramos a confiança para o presente e a coragem para enfrentar o futuro com esperança”, refere a equipa nacional do movimento católico.

Para estes responsáveis, o movimento continua a ser hoje “um espaço fundamental na formação e no incentivo à integração nas estruturas por onde passa a vida dos trabalhadores e das suas famílias”.

OC

Solidariedade

Estado deve passar de patrão a parceiro O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, critica a “prepotência” e falta de diálogo de alguns organismos públicos e defende que “o Estado não é patrão mas parceiro” das instituições de solidariedade.

“Ninguém faz favor a ninguém. Nem o Estado às instituições quando disponibiliza os recursos que são de todos os cidadãos, nem a sociedade civil ao Estado, já que é uma obrigação de cidadania”, afirmou o responsável à Agência ECCLESIA. “Se todos estivéssemos imbuídos deste espírito, o diálogo seria mais fácil, passando a haver parceiros em vez de patrões e subordinados, e a postura do Estado deixaria de ser de prepotência, como muitas vezes acontece, não fazendo da fiscalização uma atitude condenatória mas de colaboração”, sublinha.

Eugénio Fonseca constata que o Governo não actualizou a comparticipação financeira para as instituições de solidariedade, no seguimento da inflação anual de 2% e do aumento de 3% na taxa mais comum do IVA. O também director do Secretariado da Acção Social e Caritativa de Setúbal sublinha que além destes “5%” são esperados aumentos nas contribuições das organizações caritativas para as famílias, devido às dificuldades que estas vão encontrar no pagamento das suas mensalidades devido ao crescimento do desemprego.

As relações entre as instituições de solidariedade e o Governo reflectem-se igualmente na “qualidade” do diálogo: “Poderia haver maior disponibilidade do Estado, nomeadamente por parte das estruturas locais”, refere Eugénio Fonseca.

RM

12 IGREJA NO MUNDO

II Encontro Internacional em Madrid

Responsáveis preparam Jornada Mundial da Juventude Mais de trezentas pessoas participaram no II encontro internacional de preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011, em Madrid, conhecendo os principais espaços onde vai decorrer a iniciativa.

Os padres António Jorge Almeida e Pablo Lima, representantes de Portugal no encontro, referem, em comunicado, que “ainda falta muito por fazer” e que “algumas dioceses estão a fazer pouco pelas Jornadas e que outras estão a ser pouco flexíveis na aceitação de inscrições com as variantes de transporte e alojamento que uma tal proximidade geográfica obrigam a observar”.

O padre António Jorge Almeida, director do Secretariado de Pastoral Juvenil de Viseu e membro da Equipa permanente do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), e o padre Pablo Lima, director do mesmo Departamento, consideram que “o momento é de trabalho atento às realidades concretas e não de fórmulas únicas e fechadas”.

Presente neste encontro, com representantes de perto de oitenta países, está o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.

Para este responsável, as JMJ deram origem a uma “nova geração de agentes pastorais, uma nova geração de educadores” A JMJ de 2011 vai decorrer entre 16 e 21 de Agosto, na capital espanhola, com a presença de Bento XVI nos últimos dias do encontro, que deve contar com a participação de dezenas de milhares de pessoas de todo o mundo.

DNPJ/OC

Angola

Igreja Católica quer fiéis mais activos na vida política D. Francisco de Mata Mourisca, bispo emérito da Diocese de Uíge, no norte de Angola, desafiou os cristãos a adoptarem uma postura mais activa na vida política nacional, de forma a contribuírem para uma sociedade mais justa e democrática.

A iniciativa, dedicada ao tema “Democracia e Participação”, decorreu entre 11 e 15 de Janeiro, promovida pela CEAST – Conferencia Episcopal de Angola e S. Tomé e com organização do Centro Cultural Mosaiko Os bispos angolanos, em conjunto com cerca de 350 pessoas, vindas de várias dioceses de Angola, abordaram questões como o orçamento geral do Estado, o poder local, a justiça e a Igreja. Ainda durante a conclusão dos trabalhos, D. António Jaca, bispo de Caxito e presidente da Comissão Episcopal de Justiça e Paz, mostrou-se satisfeito pelos resultados alcançados.

Para além de toda a partilha de conhecimentos, o bispo salientou que cada um dos participantes “saiu com consciência do dever cumprido, por ter exercido um direito de soberania”.

JCP

20.Janeiro.2011

Cerimónia acontece a 1 de Maio

Beatificação de João Paulo II O Papa Bento XVI aprovou no passado dia 14 a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação.

A sala de imprensa da Santa Sé anunciou, entretanto, que a cerimónia de beatificação vai decorrer a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no Vaticano, sendo presidida por Bento XVI. O milagre agora comprovado refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doença de Parkinson.

A religiosa pertence à congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro anos.

A decisão abriu caminho, em definitivo, à beatificação do Papa polaco, que liderou a Igreja Católica entre 1978 e Abril de 2005, quando faleceu.

Bento XVI anunciou no dia 13 de Maio de 2005, quarenta e dois dias após a morte de João Paulo II, o início imediato do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canónico de cinco anos para a promoção da causa.

No dia 8 de Abril desse ano, por ocasião da Missa

DR

BREVES

O Mensageiro

exequial de João Paulo II, a multidão exclamou por diversas vezes “Santo subito” (Santo já).

Em Dezembro de 2009, o actual Papa assinou o decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de Karol Wojtyla, primeiro passo em direcção à beatificação.

Recorde-se que, num caso semelhante, o de Madre Teresa de Calcutá, a beatificação aconteceu em 2003, também seis anos após a sua morte.

A data escolhida para a beatificação recorda a celebração litúrgica mais próxima da morte de João Paulo II, que faleceu na véspera da festa da Divina Misericórdia, por ele criada em 2000.

Como o próprio Bento XVI recordou, em 2008,

durante o jubileu do ano 2000 “João Paulo II estabeleceu que na igreja inteira o Domingo a seguir à Páscoa passasse a ser denominado também Domingo da Divina Misericórdia”.

João Paulo II tornou pública a sua decisão no âmbito da cerimonia de canonização de Faustina Kowalska (30.04.2000), religiosa polaca nascida em 1905 e falecida em 1938, “zelosa mensageira de Jesus Misericordioso”.

Os trâmites processuais para o reconhecimento do milagre aconteceram segundo as normas estabelecidas em 1983.

A legislação estabelece a distinção de dois procedimentos: o diocesano e o da Congregação, dito romano.

O primeiro realiza-se no âmbito da diocese na qual aconteceu o facto: O bispo abre a instrução sobre o pressuposto milagre na qual são reunidas tanto os depoimentos das testemunhas oculares interrogadas por um tribunal devidamente constituído, como a completa documentação clínica e instrumental inerente ao caso.

Num segundo momento, a Congregação para as Causas dos Santos examina os actos processuais recebidos e as eventuais documentações suplementares, pronunciando o juízo de mérito.

O decreto é o acto que conclui o caminho jurídico para a constatação de um milagre. É um acto jurídico da Congregação para as Causas dos Santos, aprovado pelo Papa, com o qual um facto prodigioso é definido como verdadeiro milagre.

Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

OC

Caminho Neocatecumenal reunido no Vaticano

Papa envia mais 200 famílias em missão O Papa Bento XVI pediu ao Caminho Neocatecumenal, em audiência de 17 de Janeiro, que procure sempre uma profunda comunhão com os bispos e com todos os componentes das Igrejas particulares onde servem ao redor do mundo, ao enviar mais de 200 famílias missionárias deste movimento eclesiástico.

Na audiência à qual assistiram os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello e Carmen Hernández, e o Pe. Mario Pezzi, acompanhados pelas equipas itinerantes em mais de 120 nações, assim como um numeroso grupo de sacerdotes e seminaristas, o Santo Padre ressaltou o importante serviço que brindam à Igreja.

Bento XVI ressaltou logo

que “nos últimos anos realizou-se com êxito o processo de redacção do Estatuto do Caminho Neocatecumenal que, depois de um período razoável de validez ‘ad experimentum’, foi aprovado definitivamente em Junho de 2008. Outro passo importante significativo se obteve nestes dias, com a aprovação, por parte dos dicasterios competentes da Santa Sede, do ‘Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal’”.

O Papa disse que “a Igreja reconheceu no Caminho Neocatecumenal um presente especial suscitado pelo Espírito Santo: como tal, tende naturalmente a inserir-se na grande harmonia do Corpo eclesiástico”.

Seguidamente Bento XVI expressou a sua alegria

por enviar a diferentes parte do mundo, “mais de 200 novas famílias que, com grande generosidade, se fizeram disponíveis e partem para a missão, unindo-se idealmente às 600 famílias que já trabalham nos cinco continentes”.

Dirigindo-se aos presbíteros, provenientes dos seminários diocesanos “Redemptoris Mater” da Europa, e aos mais de 2000 seminaristas presentes, o Santo Padre alentou-os a ser “sacerdotes apaixonados por Cristo e de sua Igreja, capazes de transmitir ao mundo a alegria de ter encontrado o Senhor e de poder estar ao seu serviço”.

Aos catequistas itinerantes e das Comunidades neocatecumenais de Roma

e da Lazio, assim como aos missionários, Bento XVI pediu que “nos sofrimentos ou na aridez” que experimentem, se sintam “unidos ao sofrimento de Cristo na cruz, e ao seu desejo de chegar a muitos irmãos afastados da fé e da verdade, para levá-los à casa do Pai”.

Finalmente o Papa exortou-os a reflectirem sobre a terceira parte da exortação apostólica Verbum Domini sobre a Bíblia, onde se trata “a missão da Igreja: anunciar a Palavra de Deus ao mundo” e a descobrir-se “participes do anseio de salvação do Senhor Jesus, da missão que confiou a toda a Igreja”.

Com ACI Digital

OPINIÃO 13

O Mensageiro

20.Janeiro.2011

ÚLTIMA COLUNA

D. João Alves

Bispo Emérito de Coimbra

Erradicar a pobreza só com a colaboração de todos e sempre

O

ano 2010 foi dedicado a combater a pobreza.

Como pude verificar, pela leitura e por alguma observação directa, multiplicaram-se as iniciativas, neste sentido. Muito se conseguiu já, mas muito mais ficou por alcançar. É que o cancro da pobreza e da miséria tem múltiplas causas. Umas vêm de pobres destituídos, não raro, de qualidades ou capacidades para se orientarem a si próprios; outras surgem de cataclismos que ocorrem;

P

ela primeira vez, há mais de 50 anos, Portugal terá uma geração a viver pior que a anterior.”

Esta é uma frase que, com algumas variantes, ouvimos frequentemente. Pode até ser o chavão da crise, que se assume como estrutural. É bom notar que nos últimos 50 anos nunca se disse que as gerações viviam melhor que as anteriores.

O que se ouvia eram queixas, lamentos, protestos.

Agora, que supostamente se perdeu aquilo que é tão precioso, finalmente notamos a sua existência.

Mas como é que se sabe isto? Qual o fundamento para uma afirmação tão clara e dramática? Uma geração abarca muito tempo e, formulada assim, esta conclusão tem consequências vastas e abrangentes. Será mesmo verdade que o que sabemos nos permite conclusões sobre a dinâmica geracional?

De facto a frase não re-

outras, ainda, da desumanidade, da injustiça e da iniquidade daqueles cujo intento é enganar e explorar o pobre. Com todo o esforço da humanidade a pobreza vai enfraquecendo, lentamente, mas logo vêm circunstâncias favoráveis ao seu reaparecimento e desenvolvimento. É como as ondas do mar que avançam e recuam segundo o estado do tempo.

Com estas palavras não quero dar a entender que a erradicação da pobreza é um trabalho impossível e que há-de existir sempre numa visão fatalista. Não é essa a minha intenção.

Creio que a erradicação da pobreza do mundo é uma missão ciclópica pelas razões agora indicadas, mas que se há-de lutar sempre, para que retroceda ou desapareça.

Neste meu escrito não posso deixar de me referir à polémica entre os políticos por causa das suas referências aos pobres e à pobreza. Disse-se, então, que isso era manipular os pobres para angariar os seus votos, mostrando-se simpáticos, em campanha eleitoral, para com os desfavorecidos. Sendo assim, há que protestar contra

siste a inspecção detalhada.

Começa logo por se basear no conceito vago e indefinido de “geração”. Depois nem sequer clarifica se a comparação é com a actual, a anterior ou a seguinte.

De facto não pode ser uma constatação. Os insuspeitos dados europeus (séries AMECO, preços de 2000) dizem-nos que Portugal em 2010 produziu mais 6,7% que em 2000 e o rendimento nacional subiu 5%, estagnando em valores por pessoa. A actual geração não perdeu face à anterior.

Assim tem de ser uma previsão: vamos viver pior que antes. Isso, aliás, encaixa num outro oráculo hoje recorrente: “Esta crise vai demorar mais de dez anos a corrigir.” Ainda uma previsão arbitrária, certamente inspirada pelo mesmo pessimismo endémico que nos impediu de reconhecer os ganhos dos últimos 50 anos. Determinar quando a crise estará resolvida é

esse uso da pobreza pouco transparente. Fico, no entanto, na dúvida, se os protestos destes políticos terão a transparência necessária para serem credíveis.

Não é mal fazer referências aos pobres, mal será fazê-las como estratagema e sem verdade, para alcançar objectivos por métodos pouco saudáveis.

Dedicar-se aos pobres, e, há muitos que dedicam a vida inteira ao seu serviço em todo o mundo, é fazêlo sem segundas intenções pouco claras; é concorrer para que as causas da pobreza vão desaparecendo; é contribuir para que não falte o pão de cada dia e os bens necessários para uma existência digna e feliz; é ajudar a que haja emprego, casa, saúde e educação e se tornem como os não pobres, cidadãos dignos e responsáveis na sociedade que é de todos.

Só se erradicará a pobreza criando uma nova mentalidade com um trabalho sério e permanente na família, nas escolas e nas comunidades, contando com a colaboração da Comunicação Social e com o apoio indispensável do Estado.

RECORTES

João César das Neves

Economista

A geração da crise* algo que ninguém hoje pode seriamente fazer. As rupturas de 1977 e 1983 foram solucionadas em dois ou três anos; mas as de 1560, 1605, 1837, 1847 e 1892 demoraram várias gerações. Esta deverá ficar no meio dessas. * In DN online (17/01/11)

TESTEMUNHAS DO AMOR

Pe. Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

Igino Giordani

D

o ponto de vista cristão, a caridade tem também uma dimensão social e política. Há quem assim a entenda e pratique.

Foi o caso do italiano Igino Giordani. Filho de um pedreiro e de uma doméstica, nasceu em Tivoli em 1894.

Estudou letras e filosofia.

Participou na primeira guerra mundial, onde foi gravemente ferido. Casou e teve 4 filhos. Deu aulas, foi director da biblioteca do Vaticano e de vários jornais e revistas. Empenhou-se activamente na política do seu país e a nível internacional, chegando a ser membro do parlamento italiano. Foi escritor fecundo, com mais de 100 livros publicados e milhares de artigos e ensaios.

Fez muitas conferências e acções de formação a sacerdotes, religiosos e leigos na Acção Católica e em diversas instituições da Igreja. O encontro com Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, abriu-lhe um novo horizonte espiritual e apostólico. Depois da morte da mulher, entrou na comunidade do focolar. Morreu em 1980 e o seu processo de beatificação está em fase adiantada.

Desde jovem, sentiu o chamamento à santidade.

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Desejava ser como um monge no mundo, sem deixar a vida familiar nem o empenho activo pela a paz e pela animação cristãs das realidades culturais, sociais e politicas. Escreveu que o escritor tem o seu lugar na Igreja, “para que sinta que também o escrever tem um fim sobrenatural: a glorificação de Deus e a salvação das almas”. Este tipo de escritores, de que ele foi um exemplo, “estão a reconstituir a consciência da unidade em Deus, da fraternidade e solidariedade. Tomam o Evangelho e tornam-no popular em ensaios filosóficos, em artigos críticos, em romances, e novelas, e biografias”. A condição para esta missão na sociedade é que o escritor cristão viva e cultive em si próprio o espírito de Cristo, isto é, que procure santificar-se, de tal modo “que o seu escrito seja o reflexo da sua santidade”.

A leitura dos escritos de Santa Catarina de Sena incendiou no coração de Giordani o fogo do amor de Deus, que animou toda a sua vida e as relações com os outros. Procurava fazer penetrar tudo com este amor que não desligava do amor ao próximo. Daí que concebesse a política como “serviço social, caridade em acção”. Estudou, ensinou e procurou pôr em prática a “mensagem social do cristianismo”, um dos seus livros traduzido em várias línguas.

Escreveu ainda “O Pai nosso, oração social-A caridade, princípio social”. Enquanto parlamentar, propôs a cooperação internacional entre os partidos inspirados na doutrina social cristã e uma política baseada no amor ao próximo. Defendeu a inutilidade da guerra e empenhou-se em promover a paz com o princípio “Se queres a paz, prepara a paz”. Nesse sentido, com o apoio de deputados de

diferentes partidos concebeu “um entendimento em favor da paz” e apresentou uma proposta de lei sobre a objecção de consciência.

A sua esposa reconheceu o amor do marido, dizendo-lhe em certa altura: “Ninguém me amou com tu me amaste”. A vida da família e o estabelecimento da comunhão entre o sacerdócio e a virgindade com o mundo foi o seu desejo ardente e uma autêntica missão profética. Escreveu a casais que, a exemplo de Maria, virgem e mãe, também eles podiam “viver a virgindade do espírito, e a maternidade de Cristo, no sentido de gerar Cristo nos irmãos; gerar almas para a Igreja”. O caminho é “ser de Deus, totalmente, como Maria; fazer da alma uma ‘serva do Senhor’: opor ao mal do mundo a honestidade, a castidade, o amor, a paz”.

Assim entram de pleno direito na casa da santidade antes reservada apenas aos consagrados.

Na Igreja, foi também um militante e apóstolo de relevo. Adquiriu profundos conhecimentos da história do cristianismo, na escola dos seus melhores mestres e santos, o que lhe deu sólida formação teológica e espiritual, com a qual desempenhou um notável serviço de animação cristã da cultura e na formação das almas. Afirmou a fé católica e, ao mesmo tempo, abriuse ao diálogo com os cristãos protestantes e de outras denominações, ocupando-se, após o Concílio Vaticano II, em múltiplos contactos e no diálogo ecuménico.

João Paulo II classificouo como uma “testemunha adamantina da fé cristã” do seu tempo. E ele próprio se definiu um “cristão ingénuo”, embora tivesse sido um homem notável e usasse de forma brilhante e com abundantes frutos a sua inteligência.

14 INSTITUCIONAL

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Cartório Notarial de Leiria A cargo do Notário Pedro Tavares Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 200-A de folhas noventa e três a folhas noventa e quatro verso se encontra exarada uma Escritura de Justificação Notarial no dia catorze de Janeiro de 2011.

Outorgada por Luís Melo Rodrigues Chau, solteiro, maior, natural de Barosa, Leiria, residente na estrada da Marinha Grande nº 1435, Barosa, Leiria, nif 135 021 766. Disse o primeiro: Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor dos seguintes imóveis: um: dois terços indivisos do prédio rústico, composto por terra de semeadura, com a área de mil e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Serrano e outros, sul caminho, nascente caminho e do poente António Francisco Rodrigues, sito em Moinhos da Barosa, na freguesia de Barosa do concelho de Leiria, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 364, com o valor patrimonial tributário de 282,35 , igual ao atribuído; Que a parte restante do imóvel pertence-lhe a ele tendo-a adquirido por título que ainda não registou. dois: metade indivisa do prédio rústico, composto por pinhal, sito em Mata da Ruiva, na freguesia de Barosa do concelho de Leiria, descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número dois mil oitocentos e trinta, sem registo desta quota-parte, inscrito na matriz sob o artigo 974, com o valor patrimonial tributário de 599,71 , igual ao atribuído: Que deste imóvel são comproprietários Leonel Rodrigues Gaspar, António Fernandes e Jaime Fernandes.

Que os referidos imóveis vieram à sua posse, o primeiro por compra meramente verbal que fez por volta do ano de mil novecentos e noventa a Maria Fernandes Melo e Maria Fernandes e em mil novecentos e setenta e oito a Luís Fernandes Melo, residentes que foram em Moinhos da Barosa, Leiria, e o segundo por compra meramente verbal que fez em mil novecentos e oitenta e sete a João Melo Fonseca e mulher Alésia da Silva Palma Fonseca, residentes em Quinta da Brita, Sobreda.

Que, assim, o segundo com os demais comproprietários, vem possuindo esses prédios como seus, há mais de vinte anos, como proprietário e na convicção de o ser, cortando, plantando e vendendo árvores, cultivando e colhendo os seus frutos, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vem exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriu por usucapião a propriedade sobre as referidas quotas-partes.

Que dada a forma de aquisição originária não tem documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título vem pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição das referidas quotas-partes.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Leiria, catorze de Janeiro de dois mil e onze.

A Funcionária, (Leonor Pereira)

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia onze de Janeiro de dois mil e onze, exarada a folhas seis do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Vinte e Cinco – A. MARIA LEONOR DE SOUSA VICENTE casada com JOSÉ BATISTA ALVES, sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ela da freguesia de Gondemaria, concelho de Ourém e ele da freguesia e concelho de Leiria, residentes em Casal da Bica, Gondemaria, Ourém, Nifs: 179 218 425 e 170 157 555, por si e na qualidade de procuradora de seu referido marido, declarou: Que é dona e legítima possuidora com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Barrocos, Pimenteira, freguesia de Nossa Senhora da Piedade, concelho de Ourém, composto de terra de semeadura com oliveiras, com a área de setecentos e três metros quadrados, a confrontar do norte com Estrada, sul com José Alves, nascente com António Rosa e poente com Manuel Pereira Marques e outros, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Ourém, inscrito na matriz sob o artigo 8641 com o valor patrimonial de IMT 160,00.

Que adquiriu o referido prédio por compra verbal a Maria Inácia Pereira, solteira, maior, residente em Casal da Bica, Gondemaria, Ourém, no ano de mil novecentos e noventa, ainda no seu estado de solteira; Não obstante não ter titulo formal de aquisição do referido prédio, foi ela que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivou-o e colheu os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, continua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que a justificante invoca, como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, onze de Janeiro de dois mil e onze.

A Colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes)

F. Costa Pereira Médico Especialista Doenças da boca e dentes

EDITAL N.º 5/11 PROCESSO DE LOTEAMENTO N.º 30/82 (3.ª Fase) Lino Dias Pereira, Vereador do Pelouro de Ordenamento do Território e Urbanismo da Câmara Municipal de Leiria, torna público, para efeitos do disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 177/01, de 4 de Junho, e pela Lei n.º 60/07, de 4 de Setembro, conjugado com o previsto no art.º 17.º do Regulamento de Operações Urbanísticas do Município de Leiria, que em 2010/12/03 deu entrada nesta Câmara um pedido referente à alteração às especificações constantes da licença do loteamento sito em Rua dos Casais dos Matos, em Charneca do Bailadouro, freguesia de Pousos, deste concelho, titulado pelo alvará n.º 486/85, emitido em 14/03/1985, e respectivos aditamentos, cujo licenciamento decorre os seus trâmites nesta Câmara Municipal em sede do processo n.º 30/82 - 3.

O pedido é apresentado por Centro Social Paroquial dos Pousos, incide sobre o lote n.º 97, descrito na Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o n.º 233 e inscrito na matriz urbana sob o artigo 1871 da freguesia de Pousos, e consta, na generalidade, de alteração às características do referido lote, passando o mesmo a ter as seguintes características: Área do Lote: 2.944 m²; Área de Implantação: 1.180 m²; Número de Pisos: 2 acima da cota de soleira; Área de Construção: 1.474 m²; Todos os interessados poderão apresentar, por escrito e no prazo de quinze dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil seguinte ao da publicitação deste edital, sugestões e/ou reclamações.

Para efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 27.º da citada Lei, ficam também notificados todos os proprietários dos lotes inseridos no referido loteamento para, dentro do mesmo prazo, se pronunciarem por escrito sobre a alteração pretendida, caso assim o entendam.

Para eventual consulta, informa-se que o respectivo processo se encontra patente na Secção de Apoio Administrativo ao Departamento de Operações Urbanísticas, sito na Rua da Cooperativa, S. Romão, freguesia de Pousos, todos os dias úteis entre as 09:00 horas e as 15:30 horas.

Leiria, 7 de Janeiro de 2011 POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA O VEREADOR, (LINO DIAS PEREIRA)

Rua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA CONSULTAS COM HORA MARCADA 2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h Tel. 244 832406

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Ficha de Assinatura Assinaturas normal/benfeitor: 20/40 Euros (Nacional), 30/60 euros (Europa) e 40/60 (Resto do Mundo) Nome: ___________________________________________ ____________________________________________ Rua: _____________________________________________ _______________ N.º _______________ Localidade: ____________________________ C. Postal: _____ - ____________________ Telf.: _______________________________ E-mail:___________________________@_______________ Enviar esta ficha, recortada ou fotocopiada, para: O Mensageiro - Lg. Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA ou forneça-nos os seus dados através do endereço de correio electrónico jornal@omensageiro.com.pt

JOGOS | N.º 03/2011 (Confirme em www.jogossantacasa.pt) Euromilhões: 2, 14, 24, 39, 44 + 6, 7 Totoloto: 4, 16, 24, 26, 33, 46 + 17 Loto2: 12, 22, 25, 27, 39, 47 + 2 Joker: 9 1 5 5 6 3 2 Totobola: 121 122 212 11X2 FÁRMÁCIAS DE SERVIÇO Baptista (20), Central (21), Godinho Tomaz (22), Higiene (23), Antunes (24), Lis (25), Oliveira (26) e Sanches (27).

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

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CEDILE Telefone 244 850 690

Telemóvel: 917 511 889 Telefone: 244 828 450 Fax: 244 828 580 Rua Machado Santos, n.º 33 2410-128 LEIRIA

TELEFONES ÚTEIS

Telefones: BARREIROS (sede): 244 840 677 JUNCAL: 244 470 610 Fernando - 919 890 630

Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb.

Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria

ECOGRAFIA / DOPPLER / ECOCARDIOGRAFIA TAC / MAMOGRAFIA / RX / OSTEODENSITOMETRIA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ARTICULAR Telefone +351244850690 / Fax 244850698 Largo Cândido dos Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

- 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.).

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Tabela de Assinaturas para 2010 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

DESPORTO 15

O Mensageiro 20.Janeiro.2011

Atletismo | Taça da Federação de Provas Combinadas liga orangina

II LIGA Setúbal x Marítimo (2-4), Portimonense x Sp. Braga (0-3), Sporting x P. Ferreira (2-3), Porto x Naval (3-1), U. Leiria x Beira-Mar (0-3),V. Guimarães x Olhanense (1-0), Académica x Benfica (0-1) Equipa J V E D Pts 1.º Porto 16 14 2 0 44 2.º Benfica 16 12 0 4 36 3.º Sporting 16 8 4 4 28 4.º V. Guimarães 16 7 4 5 25 5.º Nacional 16 7 4 5 25 6.º U. Leiria 16 7 3 6 24 7.º Sp. Braga 16 7 2 7 23 8.º Beira-Mar 16 5 8 3 23 9.º Marítimo 16 4 7 5 19 10.º Olhanense 16 4 7 5 19 11.º P. Ferreira 16 4 7 5 19 12.º Académica 16 5 4 7 19 13.º V. Setúbal 16 4 4 8 16 14.º Rio Ave 16 3 5 8 14 15.º Portimonense 16 2 3 11 9 16.º Naval 16 2 2 12 8 17.ª Jornada (22.01) Sp. Braga x V. Setúbal, Benfica x

Nacional, Rio Ave x V. Guimarães, P. Ferreira x U. Leiria, Olhanense x Académica, Beira-Mar x Porto, Naval x Portimonense, Marítimo x Sporting

zona centro

14.ª Jornada (16.01) Arouca x Leixões (1-0),Santa

Clara x Freamunde (1-1), Feirense x D. Aves (0-3), Sp. Covilhã x Trofense (0-2), Gil Vicente x Estoril (2-1), Moreirense x Fátima (2-1), Oliveirense x Penafiel (2-0), Belenenses x Varzim (4-2) Equipa J V E D Pts 1.º Oliveirense 14 6 6 2 24 2.º Feirense 14 7 3 4 24 3.º Arouca 14 6 5 3 23 4.º Trofense 14 6 5 3 23 5.º Gil Vicente 14 5 6 3 21 6.º Moreirense 14 5 4 5 19 7.º D. Aves 14 5 4 5 19 8.º Leixões 14 4 6 4 18 9.º Santa Clara 14 4 5 5 17 10.º Penafiel 14 4 5 5 17 11.º Belenenses 14 4 5 5 17 12.º Varzim 14 3 8 3 17 13.º Estoril 14 4 4 6 16 14.º Sp. Covilhã 14 4 3 7 15 15.º Freamunde 14 2 9 3 15 16.º Fátima 14 2 4 8 10 15.ª Jornada (22.01) Varzim x Oliveirense, Penafiel

x Moreirense, Fátima x Gil Vicente, Estoril x Belenenses, D. Aves x Sp. Covilhã, Trofense x Santa Clara, Freamunde x Arouca, Leixões x Feirense

III DIVISÃO

15.ª Jornada (16.01) Al. Lordelo x Tondela (0-3), Sp.

Espinho x Tourizense (1-0), Cesarense x Anadia (1-2), Pampilhosa x Boavista (0-0), Esmoriz x Sp. Pombal (3-1), Eléctrico x Sertanense (0-2), Padroense x Coimbrões (0-2), Gondomar x U. Serra (1-0) Equipa J V E D Pts 1.º Tondela 15 9 4 2 31 2.º Sertanense 15 9 3 3 30 3.º Padroense 15 7 5 3 26 4.º Gondomar 15 5 8 2 23 5.º Boavista 15 6 5 4 23 6.º Coimbrões 15 6 5 4 23 7.º Anadia 15 5 6 4 21 8.º Sp. Espinho 15 5 6 4 21 9.º Esmoriz 15 4 8 3 20 10.º Tourizense 15 6 2 7 20 11.º Al. Lordelo 15 5 4 6 19 12.º Pampilhosa 15 5 3 7 18 13.º U. Serra 15 3 5 7 14 14.º Sp. Pombal 15 3 4 8 13 15.º Cesarense 15 2 5 8 11 16.º Eléctrico 15 1 5 9 8 16.ª Jornada (22.01) Padroense x Gondomar, Eléctrico

x Coimbrões, Esmoriz x Sertanense, Pampilhosa x Sp. Pombal, Cesarense x Boavista, Sp. Espinho x Anadia, Al. Lordelo x Tourizense, Tondela x U. Serra

14.ª Jornada (16.01) Ac.Viseu x Gândara (7-0),

Nogueirense x Ág. Moradal (2-0), Ol. Bairro x V. Mocidade (2-1), Sourense x Marinhense (4-0), Monsanto x Tocha (1-1), Riachense x B.C. Branco (2-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Equipa Nogueirense Riachense Monsanto Ol. Bairro Ac.Viseu Sourense Marinhense B.C. Branco Tocha Ág. Moradal V. Mocidade Gândara

J 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

V 8 8 8 7 7 6 5 4 4 4 4 1

E D Pts 5 1 29 4 2 28 2 4 26 3 4 24 3 4 24 4 4 22 3 6 18 5 5 17 3 7 15 3 7 15 1 9 13 0 13 3

15.ª Jornada (22.01) B.C. Branco x Ac.Viseu, Gândara

x Nogueirense, Ág. Moradas x Ol. Bairro,V. Mocidade x Sourense, Marinhense x Monsanto, Tocha x Riachense

associação de futebol de leiria

HONRA 14.ª Jornada (16.01) Alcobaça x Alvaiázere (1-2),

série e

III DIVISÃO 14.ª Jornada (16.01) Oeiras x Crato (3-0), Peniche x

Sacavenense (2-1), Bombarralense x Caldas (3-1), Sintrense x Odivelas (2-0), Tojal x Alcochetense (0-1), Malveira x 1.º Dezembro (0-1)

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Equipa 1.º Dezembro Sintrense Alcochetense Peniche Caldas Sacavenense Oeiras Bombarralense Crato Tojal Odivelas Malveira

J 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

V 9 7 7 7 6 5 5 5 4 5 4 2

E D Pts 3 2 30 4 3 25 4 3 25 2 5 23 3 5 21 3 6 18 3 6 18 2 7 17 4 6 16 1 8 16 1 9 13 6 6 12

15.ª Jornada (22.01) 1.º Dezembro x Oeiras, Crato x

Peniche, Sacavenense x Bombarralense, Caldas x Sintrense, Odivelas x Tojal, Alcochetense x Malveira

Três títulos ou cinco lugares de pódio, em sete possíveis. O feito é de Samuel Remédios (Grupo de Atletismo de Fátima) na Taça da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) de Provas Combinadas “Mário Aníbal”, em pista coberta.

Destaque ainda para subida ao pódio da Juventude Vidigalense (JV).

Samuel Remédios (na foto) esteve imparável, ao vencer nos 60 metros planos, 60 metros com barreiras e salto em altura, conquistando ainda o 2.º lugar

nos saltos em comprimento e com vara. Só não subiu ao pódio das provas do lançamento do peso e de 1000 metros planos. No final,

o atleta do GAF totalizou 4841 pontos, mais 426 que Pedro Santos (Casa do Povo de Alcanena), que terminou em 2.º.

O atleta do GAF começa assim a seguir as pisadas do seu colega de equipa Tiago Marto, o português mais destacado nas provas combinadas, nos últimos anos.

Ainda na mesma competição, que decorreu na Expocentro, Pombal, 15 e 16 de Janeiro, a equipa feminina da JV conquistou o 2.º lugar, atrás do Benfica.

PJ

Gaeirense x Pedroguense (0-1), Nazarenos x Fig.Vinhos (4-0), Pataiense x Marinha (1-0), Portomosense x Alq. Serra (2-1), Ansião x GRAP/Pousos (1-1), Beneditense x Biblioteca (1-0), Guiense x Marrazes (1-1) Equipa J V E D Pts 1.º Alcobaça 14 10 2 2 32 2.º Portomosense 14 8 2 4 26 3.º Nazarenos 14 7 5 2 26 4.º Alvaiázere 14 7 4 3 25 5.º Beneditense 14 7 3 4 24 6.º Alq. Serra 14 6 5 3 23 7.º Pataiense 14 6 3 5 21 8.º Guiense 14 5 5 4 20 9.º Marrazes 14 5 4 5 19 10.º GRAP/Pousos 14 5 3 6 18 11.º Marinha 14 4 4 6 16 12.º Pedroguense 14 3 7 4 16 13.º Ansião 14 3 3 8 12 14.º Biblioteca 14 2 5 7 11 15.º Fig.Vinhos 14 2 5 7 11 16.º Gaeirense 14 2 0 12 6

Taça Distrito C.C. Ansião x A.D. Portomosense (17h30), G.D. Alvaiázere x G.R.A.P./Pousos (15h00), R. Pedroguense x G.D. Guiense (15h00) e A.C. Avelarense x S.C. Leiria e Marrazes (18h30) vão disputar a presença nas 1⁄2 finais da Taça Distrito – seniores masculinos – da Associação de Futebol de Leiria. Os jogos, referentes aos 1⁄4 final, estão agendados para o dia 22 de Janeiro, sábado, devido à realização das eleições Presidências, no dia seguinte.

Andebol | Leiria

Sporting vence Orientação | Troféu Mondego e Cross da Laminha

série d

II DIVISÃO

Samuel Remédios no topo

Futebol | Leiria

COC invicto em todas as frentes

Fim-de-semana 100% vitorioso para o Clube de Orientação do Centro (COC), que dominou no IV Troféu Mondego e no Cross Laminha 2011. Com alguns atletas a acumularem ambas as provas, destaque para o total de 15 subidas, individuais, ao pódio.

Pontuável para a Taça de

Portugal, a primeira prova foi disputada em Quiaios, Figueira da Foz, dia 15 de Janeiro. Com a participação de 49 atletas em 300 inscritos no IV Troféu Mondego, o COC, para além da vitória colectiva, somou 14 subidas ao pódio. Anabela Vieito (D40), Ricardo Oliveira (H35), Nuno Ferreira

FOTOJORNALISMOS

(H21A), Inês Domingues (D17), Diana Silva (D15) e Samuel Silva (H13) venceram nos respectivos escalões, Joaquim Sousa (HE, na foto), Tiago Brito (H21A), António Ferreira (H15) e João Bernardino (H13) classificaram-se no 2.º lugar, e Paulo Franco (HE), Patrícia Casalinho (DE), Leandro Silva (H17) e Sara Roberto (D15) ficaram no 3.º.

No dia seguinte, 16 de Janeiro, no Cross da Laminha 2011, realizado na freguesia do Juncal, Porto Mós, o desfecho não foi tão produtivo.

Ainda assim, destaque para a vitória colectiva do clube leiriense e, a título individual, o 2.º lugar de Patrícia Casalinho.

A equipa – seniores masculinos – do Sporting conquistou o Torneio Cidade de Leiria, ao vencer na final o A.B.C. Braga (26-26, 31-29 após marcação de livres de sete metros). Em 3.º lugar ficou o Benfica, que levou a melhor sobre a anfitriã do A.C. Sismaria (22-19).

A prova, disputada nos dias 15 e 16 de Janeiro no Pavilhão da Gândara dos Olivais, Leiria, registou os seguintes resultados nas 1⁄2 finais: A.C. Sismaria x Sporting (22-28) e A.B.C. Braga x Benfica (31-29).

Motor | Leiria

Prova de karts Decorrem as inscrições para a prova que irá decorrer a 13 de Fevereiro, inserida nas comemorações do 17.º aniversário do Kartódromo de Leiria. Mais informações através do email geral@ndml.pt, telefones 244 814 214 e 962 052 222 ou www.kart-leiria.com.

Ciclismo | Trio da UCL no pódio

Campeã regional

15.ª Jornada (13.02) Alvaiázere x Gaeirense,

Pedroguense x Nazarenos, Fig.Vinhos x Pataiense, Marinha x Portomosense, Alq. Serra x Ansião, GRAP/Pousos x Beneditense, Biblioteca x Guiense, Marrazes x Alcobaça

DR/UCL

16.ª Jornada (16.01) Nacional x Rio Ave (1-0),V.

Gildo Silva

I LIGA

DR

liga zon sagres

Saldo negativo (0-6). Nova derrota, em Leiria, pelos mesmos números (0-3). Desta vez frente a um adversário mais acessível, Beira-Mar, a União não conseguiu amealhar os primeiros pontos de 2011.Apesar da descida na classificação (4.º para 6.º lugar) a equipa treinada por Pedro Caixinha continua em lugares ‘europeus’. Foto: João Filipe Matias

Célia Vieira (1.º lugar em masters, ao centro), Américo Vieira (2.º em veteranos C, à esquerda) e Luís Gregório (3.º em veteranos C, à direita), todos em representação da União de Ciclismo de Leiria, foram recentemente homenageados pela Associação de Ciclismo de Santarém, pelos títulos conquistados no último ano.

ÚLTIMA 20JANEIRO2011

A injustiça não se suprime por decreto.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e cientista politico, ex-Presidente do Brasil [1931 - ...]

Encontro de D. António Marto com autarcas e dirigentes associativos da Vigararia de Colmeias

“Encontraram milhões para não deixar ir abaixo os que são mais ricos e não os encontram para ajudar os que são mais necessitados” “Um dia chegaremos a um tempo em que a pobreza deverá ser proibida por lei”, foi desta forma que iniciou a intervenção de Ilídio da Mota, Presidente da Junta de Freguesia de Vermoil, no encontro do Bispo de Leiria-Fátima D. António Marto, com os autarcas e dirigentes associativos da Vigararia de Colmeias, realizado no dia 12 de Janeiro na freguesia de Albergaria dos Doze.

O autarca, identificando a extensa região daquela vigararia, destacou o facto dos responsáveis pelas autarquias locais tratarem de cada vez mais problemas sociais mas têm cada vez menos mecanismos de ajuda. Destacou no seu discurso o facto de se dar importância às ideias de todos para um mais amplo benefício comum, mesmo se estes contributos cheguem politicamente da oposição.

No tempo actual, o autarca percebe os problemas que se geraram, muito porque “os políticos, nas últimas três décadas, criaram um Estado capitalista, com práticas anti-família, antisocial”, referiu.

Ana Travanca, membro da direcção da Liga dos Bombeiros de Espite foi a interveniente para testemunhar o papel do associativismo na Vigararia de Colmeias. Usando o provérbio do Rei Salomão “o pobre é desprezado por todos os seus parentes, quanto mais pelos seus amigos”, destacou uma realidade difícil de aceitar, pela razão das pessoas hoje em dia se encerrarem cada vez mais em si mesmas, sem disponibilidade para os outros. Ana Travanca prenunciou a globalização e o mundo industrializado como factor de bem-estar mas questionou ao mesmo tempo se não houve perda de valores fundamentais da vida.

As palavras do Pastor D. António Marto agradeceu a forma como foi recebido nas paróquias da Vigararia de Colmeias na sua visita pastoral, sublinhando que dessa forma pôde estabelecer uma

relação mais amistosa, compreendendo melhor as comunidades paroquiais.

Sobre os problemas da pobreza e de uma sociedade algo desregulada, disse que “não há verdadeira qualidade de vida sem uma vida de qualidade espiritual”.

O Pastor afirmou que são estes valores que não se vendem, não têm preço nas bolsas. Lembrando que 2011 vai ser o Ano Europeu do Voluntariado e da Cidadania Activa, sensibilizou os presentes no encontro para a grande dificuldade em encontrar gente nova para servir os outros desinteressadamente.

D. António Marto lembrou alguns pontos da Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Contemporâneo, frisando que “não há nada verdadeiramente humano que não tenha ressonância do coração”. Sobre a dignidade humana que se precisa entre os cristãos, D. António Marto alerta que “ser cristão não é só ir à missa aos domingos”.

Sobre o papel das autoridades civis, o Bispo tocou numa das problemáticas do tempo contemporâneo. “A autoridade é um serviço e não uma afirmação de poder”, no sentido de sensibilizar para o facto das autoridades civis estarem a exigir demasiado às pessoas mas pouco as compreendem.

Neste sentido, o Bispo assumiu na sua oratória que “a Igreja não foi construída para exercer poder, a razão da sua missão e competência não deve ser confundi-

D. António Marto com Fernando Neves (Presidente da Assembleia de Freguesia de Albergaria dos Doze e Pe. João Feliciano (Vigário da Vigararia de Colmeias) da ou ligada ao movimento político, mas é importante que ambos trabalhem pelo bem comum”.

Sobre o bem-estar e dimensão material, numa perspectiva de contextualizar os problemas em que vivemos, D. António Marto deixou pistas para identificação das suas causas e efeitos: “as pessoas estão a tornar-se muito financeiras e pouco humanas, resultando em desigualdades sociais, crescimento do egoísmo, aumento da criminalidade, violência doméstica e um abandono dos idosos”.

Testemunhos Os autarcas e dirigentes associativos, assim como outros dos 121 participantes no encontro com D. António Marto, deram de seguida os seus próprios testemunhos, demonstrando as suas experiências em prol das suas comunidades. Rodrigues Marques, Presidente da Junta de Freguesia de Albergaria dos Doze, engenheiro civil e exdeputado da Assembleia da República, iniciou este ciclo

de intervenções, advertindo que “um autarca tem pela força da lei, poucas competências, poucos meios financeiros”. Mas se a vida de um autarca não é fácil, Rodrigues Marques diz que no seu cargo também já se apercebeu que ser pároco também não constitui facilidades, pelas questões sociais que se agravam.

José Gonçalves, na qualidade de Presidente da Assembleia Municipal de Pombal, destacou as parcerias entre o poder político e a Igreja na região administrativa que regula.

Licenciado em medicina, não conseguindo estabelecer fronteira ou distanciamento com a sua actividade política e a ética subjacente, José Gonçalves traz à sessão a questão do aborto e a decisão do Tribunal Europeu ter dado razão à Irlanda que não o legalizou, contrariando a tendência errada de outros congéneres europeus.

Mostrando uma enorme sensibilidade, o clínico e autarca decido questionar: “como é possível que um já ser vivo seja privado da sua

Intervenção de Narciso Mota, Presidente da Câmara Municipal de Pombal

própria vida?”, disse José Gonçalves, adiantando que as somas de Portugal são já elevadíssimas, com “53 abortos diários legais, totalizando uma média de 20.000 por ano, num cenário de baixa da natalidade, num País desprovido de gente nova”.

O Presidente da Câmara de Pombal, Narciso Mota, eleito no seu quinto mandato, disse à assistência que “tem se feito muita politiquice e pouca política, a todos os níveis”. Contribuindo para a ampla discussão, o autarca e engenheiro civil, lamenta o estado degradante do acesso ao primeiro emprego, apresentando os números deste género de desemprego, que totaliza 100.000 jovens recém-licenciados. Outra problemática apontada por Narciso Mota é não existir justiça social, classificando este ponto como “preocupante e alarmante, porque vejo pessoas com empregos que ganham 250 euros e outras com ordenados de 100.000 euros, com a classe média a desaparecer”. É peremptório em afirmar que “o futuro que se apresenta vai dar origem à revolta de muitas pessoas, não tendo sido isso que se perspectivou, esperou, com a Democracia do 25 de Abril”. Traçando o cenário actual do sistema político e dos seus resultados, disse de forma muito convicta “a minha geração não está a saber conduzir os destinos do nosso País”, desabafou.

Palavras finais do Prelado “Precisamos de uma nova liderança política, com outra visão, de maneira a conseguir-se uma regeneração da sociedade”, foi desta forma que o Bispo D.

António Marto identificou uma das alterações necessárias para o futuro de Portugal. Outro problema por resolver é a corrupção e o facto de que nesta Europa, Portugal se encontrar entre os países com um maior fosso entre os que ganham mais e menos, criando injustiças sociais. Sobre este assunto, D. António Marto arrematou com uma frase que colocou a assistência numa louvação total: “encontraram milhões para não deixar ir abaixo os que são mais ricos e não os encontramos para ajudar os que são mais necessitados”.

O Bispo de Leiria-Fátima lamentou que a Democracia não esteja a dar melhor vida às pessoas, lembrando que “os políticos devem fazer um esforço para que as pessoas sejam e vivam como pessoas”. Sobre os tempos difíceis e confusos deste início da segunda década do século XXI, refere que “estamos a viver uma viragem gigante, num mundo em que se perdem as referências, os grandes valores que durante séculos deram sentido de vida às pessoas”. De forma organizada e consciente, D. António Marto diz que “colocámos a liberdade humana contra a vida humana”, referindo-se aqui ao aborto, advertindo que ainda estamos a tempo de entender que aqueles seres, dentro da sua mãe.

A disponibilidade das pessoas é outra parte da solução, como se um puzzle se estivesse a construir. D. António Marto sabe bem que caridade é antes de mais as relações fraternas e doação, trazendo um exemplo elucidativo que resume esse pensamento, “é mais fácil dar dinheiro por uma causa do que dar-se a si mesmo para ajudar os outros”. O tema é outra reflexão pertinente para as mudanças estruturais que as nações necessitam, servindo este encontro de autarcas e dirigentes associativos, como uma espécie de ‘farol’, de pequena luz num mundo que mais parece escurecido de valores e de esperança para os cidadãos.

Texto e fotos: Joaquim Santos