4781#OMENSAGEIRO#29OUT

CAMPANHA

29 OUTUBRO 2009 ANO 96 - N.º 4781 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro

PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

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PRIORITY

Nº DE2703206MPC

DESTAQUE

VICENTINOS HÁ 150 ANOS EM PORTUGAL

EXEMPLO DE COMPROMISSO SOCIAL

Pintura sobre o “protesto” de Frederico Ozanam

No passado domingo celebraram-se os 150 anos da Sociedade de S. Vicente de Paulo em Portugal. A celebração oficial foi na igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa.

Tal como a Cáritas, a SSVP torna visível o trabalho e o empenho social da Igreja.

Por essa razão, O Mensageiro destaca esta semana a espiritualidade e organização desta instituição, como exemplo vivo desse compromisso social.

Páginas 2 e 3 CULTURA

SOCIEDADE

15.º aniversário de “O Nariz” - Teatro

Posse do XVIII Governo Constitucional

Festival Acaso 2009 | P. 4

“Um caminho teológico e espiritual”

Cavaco garante “cooperação Noviças recebem diploma estratégica” com novo de finalistas | P. 9 Governo de Sócrates | P. 7

<

Carlos Fernandes

Oficina de História Medieval

Belga Benoît-Michel Tock entre os especialistas que vêm à Batalha falar de “Novas Diplomáticas” | P. 5

ECLESIAL

O desafio da reconciliação global

Fórum Ecuménico Jovem Torre do Tombo cede quadro no Montijo apela à união ao Arquivo Distrital | Última entre os cristãos | P. 11 Retrato do cardeal leiriense D. Patrício

2 DESTAQUE

O Mensageiro

29.Outubro.2009

editorial

Vicentinos há 150 anos em Portugal

Exemplo de compromisso social

Falar menos e fazer mais Rui Ribeiro prui@iol.pt

S. Vicente de Paulo

DR

A história assinala momentos de enfurecida revolta contra a mensagem cristã e contra a Igreja. Os ataques provêem de gente que, por muitas razões se sente incomodada e se lança a vociferar contra tudo e contra todos de uma forma tão desajeitada que por vezes os faz cair no ridículo. Seria interessante estudar as verdadeiras razões que estão na base de tantas diatribes contra a Igreja Católica e contra o Cristianismo, já que a mensagem de que são portadores nada tem de anti-humano ou desprezível.

Os tempos mudam, as pessoas mudam, mas provavelmente as razões de determinadas atitudes são as mesmas. Assim acontece nos nossos dias, e assim aconteceu, por exemplo, no século 19, quando Frederico Ozanam reagiu contra as diatribes antireligiosas lançadas por Jouffroy do alto da cátedra da Sorbonne.

Em recente reunião com o clero diocesano, D. António Marto, diz que por vezes são estes ataques desenfreados e irracionais que ajudam a própria Igreja a revigorar a sua missão, a compreender-se melhor a si mesma e a encontrar caminhos novos.

No século XIX, a defesa da catolicidade e do cristianismo levaram Frederico Ozanam a criar um círculo de conferências da caridade (génese das actuais Conferencias de S. Vicente de Paulo) e a desenvolver uma reflexão e uma actividade singulares que viriam a contribuir para o desenvolvimento de intensa actividade a favor dos mais pobres dos pobres. Passados quase duzentos anos viria a ser apresentado como modelo para a juventude e para os tempos modernos, pela sua luta pela defesa dos valores cristãos e ao mesmo tempo pelo empenho e dedicação junto dos necessitados.

Apesar das incompreensões, das perseguições e dos desabafos dos que se sentem incomodados (va-se lá saber porque?) a Igreja continua o seu caminho. Estava cá antes de nós cá chegarmos, e continuará por cá depois de nós já não estarmos. Porque sendo obra de Deus, não serão os homens a destrui-la. Pena é que eles sejam tão cegos e não queiram reconhecer o seu trabalho em prol da humanidade. E talvez que até o reconheçam. Mas é sempre difícil admitir que os outros fizeram o que nós dissemos que era preciso fazer-se, mas nunca ousamos fazer.

As vozes que se levantam pretendem distrair, fazer barulho, mas escondem também um lamento de quem sabe que falou alto, mas fez pouco. Por vezes na Igreja assistimos exactamente ao inverso: falar pouco, calar-se até diante das acusações, mas por as mãos na massa. A Igreja assenta a sua missão numa Palavra (a de Deus), mas com obra feita. Nem todos os que muito falam se podem orgulhar disso.

Na comemoração dos 150 anos das conferências de S. Vicente de Paulo, fazemos aqui uma justa homenagem àqueles que todos os dias estão no terreno e se abeiram dos que ninguém quer ver por perto.

No passado domingo celebraram-se os 150 anos da Sociedade S. Vicente de Paulo em Portugal. De forma oficial as celebrações realizaram-se na igreja do Sagrado Coração de Jesus. A par com a Cáritas a Conferência de S. Vicente torna visível o trabalho e empenho social da Igreja. Por essa razão O Mensageiro quis deixar nesta semana um apontamento sobre a espiritualidade e organização das Conferências de S. Vicente de Paulo.

Neste ano sacerdotal, e a partir de 27 de Setembro, festa litúrgica de S. Vicente de Paulo (1581-1660), a Família Vicentina começa a viver o ano Jubilar dos 350 anos do falecimento deste sacerdote exemplar na vivência da evangelização e da caridade. Também se inicia a celebração de idêntico jubileu da Páscoa de Luísa de Marillac (1591-1660), co-fundadora das Filhas da Caridade e patrona de todas as obras sociais e caritativas.

Abrir caminhos na Igreja e no Mundo conduziu o fimde-semana do IV Encontro da Família Vicentina. No contexto da celebração, o Pe. Manuel Nóbrega, coordenador da família Vicentina explica à Agência ECCLESIA que a atenção aos mais pobres e abandonados ganha nova actualidade com a crise que o mundo enfrenta.

Muitos são os países que enfrentam actualmente crises financeiras com graves impactos na pobreza e na situação dos que, já habitualmente, enfrentam quadros de miséria. Os

responsáveis internacionais da família vicentina, há já alguns anos, lançaram um documento «Globalização da caridade». O Pe. Manuel Nóbrega aponta que o documento oferece uma “reflexão sobre a preocupação de fazer perceber que se fala de globalização em muitos aspectos, mas a caridade fornece dados cristãos sobre o fenómeno da globalização”. Em 2007, foi lançado outro documento reflexivo “indicando a necessidade de uma mudança sistémica”, que implica “não uma orientação assistencial, mas um combate à distância entre ricos e pobres, geradoras de situações de pobreza”.

O coordenador da família Vicentina explica que os apelos à congregação, na fase actual, são muitos. De Norte a Sul do país, “são muitas as solicitações que recebemos, algumas com incapacidade de resposta”.

O abandono de idosos e doentes é “sentido no Alentejo e também em zonas antigas de Lisboa e do Porto”. “As respostas dos vicentinos são ainda muito pequenas, mas estamos sensibilizados para ir dando respostas possíveis”, explica o Pe. Manuel Nóbrega. O carisma da congregação, num ambiente de festa familiar deu o mote para o IV Encontro da Família Vicentina, que este Sábado decorreu em Fátima. O Pe. Nóbrega explica que o encontro é uma aposta no convívio e partilha. “Outros encontros são de projecção do trabalho e reflexão, mas este teve um tom festivo e de oração”.

Sacerdócio ao serviço Na homilia que fez na celebração comemorativa e que se celebrou na igreja do Sagrado Coração de Jesus, D. Carlos de Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, apelou para que todos “aprendamos como experimentar o sacerdócio de Cristo na dedicação ao serviço social”.

Desenvolvendo o sentido das leituras, o bispo dirigiu-se aos vicentinos dizendo-lhes: “Meus caros vicentinos e vicentinas: tomar sobre si as questões mais fundas, com doçura e indulgência, conhecer e assumir as situações dos que nos rodeiam com plena humanidade, com visão larga do tempo e preocupados com medidas que tenham futuro é ser como Cristo sacerdotes.

Oferecer-se a si próprio e não exigir aos outros, participar e não esperar que sejam outros, intervir com prontidão implicando-se nas decisões, com amor real, sólido, resistente é ser como Cristo sacerdotes.

Realizar a missão como chamados por Deus e não sendo actores e agentes sociais por conta própria é ser fiéis ao estilo de Jesus único sacerdote”.

E alertou “Hoje também há quem pretenda calar os gritos de socorro com arrevesadas teorias. Atenção! Os métodos são subtis. Ai dos cristãos na sua participação política e económica quando esquecem os problemas profundos e se ficam pela rama superficial de questões secundárias relativas a direitos individuais em de-

trimento da luta por direitos sociais!”

Na conclusão da reflexão, D. Carlos Azevedo dirigiu-se aos vicentinos de forma acutilante: “Caríssimos vicentinos: celebrar 150 anos de acção pastoral atenta aos mais carenciados é para vós reconhecer que, como a Ozanam, é a escuta dos gritos aflitos e a luz da Palavra de Deus que vos põe no caminho do seguimento de Cristo. É a comunhão com Cristo que dá nova visão, a visão da fé para olhar os gritos clamorosos ou os apelos abafados e surdos nos dias de hoje.

Sabeis como a conversão para ir ao encontro, para seguir o caminho requer despojamento do que é estragado, dos sinais do passado para redescobrir a beleza ágil do homem novo.

A Igreja em Portugal pede-vos esta renovação para corresponder como povo sacerdotal às propostas exigentes de inovação social. A vossa firmeza na oração é raiz para manter a identidade do modo como acolheis e tratais os problemas sociais. As vossas entregas escondidas aos mais sós e abandonados, aos mais perdidos e sem horizontes, aos mais feridos na sua dignidade são sacerdócio vivo. As comunidades são mais povo sacerdotal pela agilidade da vossa mediação, ao serdes para a sociedade sinal de um Reino novo”.

Rui Ribeiro

DESTAQUE 3

O Mensageiro

29.Outubro.2009

A Espiritualidade Vicentina I - A SOCIEDADE DE S. VICENTE DE PAULO 1. A Sociedade de S. Vicente de Paulo é uma organização católica internacional de leigos fundada em Paris, em 1833, por Frederico Ozanam e seus companheiros. Posta sob o patrocínio de S. Vicente de Paulo, inspira-se no seu pensamento e na sua obra, esforçando-se por avaliar aqueles que sofrem, em espírito de justiça e de caridade e por um compromisso pessoal.

2. Fiel aos seus fundadores, tem a preocupação constante de se renovar e de se adaptar às condições mutáveis do mundo.

3. De carácter católico, está aberta àqueles que querem vicer a sua fé no amor e no serviço dos seus irmãos. Em alguns países, as circunstâncias podem levá-la a acolher cristãos de outras confissões (religiões) que adiram aos seus princípios.

4. Nenhuma obra de caridade é estranha à Sociedade.

A sua acção compreende todas as formas de ajuda por meio de um contacto pessoal, para alívio do sofrimento e promoção da dignidade e da integridade do homem. A Sociedade procura não só aliviar a miséria, mas também descobrir e solucionar as suas causas.

A sua ajuda visa todos os homens, sem distinção de religião, opinião, cor, origem e casta.

5. Os membros da Sociedade estão unidos entre si por um mesmo espírito de pobreza e de partilha. Formam no mundo, em conjunto com aqueles que são ajudados, uma única e mesma família.

II - A ESPIRITUALIDADE VICENTINA Os vicentinos, pela oração, pela meditação da Escritura, e pela fidelidade ao ensinamento da Igreja, esforçam-se por ser testemunhas do amor de Cristo nas suas relações com os mais desfavorecidos, nos diversos aspectos da vida quotidiana.

III - A POBREZA E O VICENTINO «Pobres, sempre os haveis de ter convosco» (Mat. 26, 11).

O Vicentino está ao serviço dos Pobres. Não julga, está disponível.

IV - ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE DE S. VICENTE DE PAULO 1. Os vicentinos organizam-se em grupos tradicionalmente chamados «conferências» 2. As conferências estão unidas entre si por Conselhos a nível, regional, nacional e mundial.

3. O sinal de unidade da Sociedade é a agregação das conferências e a instituição dos Conselhos, pronunciadas pelo Conselho Geral (Mundial).

V - REUNIÕES DAS CONFERÊNCIAS 1. As reuniões decorrem num espírito de fraternidade, de simplicidade e de alegria cristã.

2. Permitem a partilha das experiências de cada um e dos problemas encontrados, com vista a alcançar a maneira de oferecer um melhor serviço.

3. Este serviço de caridade insere-se na vida da Igreja e solicita a participação - o mais frequente possível - de um membro do Clero.

História a Nível Mundial 1833 - 1ª Conferência (Saint-Ètiene du Mont) em Paris 1834 - Elaboração da 1ª Regra 1841 - Fundam-se 25 Conferências em Paris e 30 no resto de França 1842 - A S.S.V.P. entra em Itália 1843 - A S.S.V.P. entra na Bélgica, Escócia e Irlanda 1844 - A S.S.V.P. entra na Inglaterra 1845 - A S.S.V.P. chega aos E.U.A. e México 1846 - A S.S.V.P. chega à Alemanha, Países Baixos, Suécia e Turquia 1847 - A S.S.V.P. entra na Suíça e Canadá 1850 - A S.S.V.P. entra na Áustria e Espanha 1856 - 1ª Conf. Feminina, em Bolonha, fundada por Celestina Scarabelli.

História em Portugal 1859 - A S.S.V.P. entra em PORTUGAL pelo padre Sena de Freitas, padre Miel, Conde de Aljezur e outros, e funda-se a 1.ª Conferência em Lisboa.

1875 - É fundada a 2ª Conferência, no Funchal 1877 - É fundada a 3ª Conferência, em Braga 1879 - É fundada a 4ª Conferência, no Porto 1887 - É fundada a 1ª Conferência Feminina, no Porto 1908 - É fundado o Conselho Superior Masculino Português e, posteriormente, fundase o Conselho Superior Feminino Português 1976 - É fundado o Conselho Nacional de Portugal, que resultou da fusão dos Conselhos Superiores Masculino e Feminino Portugueses.

Frederico Ozanam (1813 - 1853)

Defesa da Doutrina Social da Igreja Nascido em 1813 de pais cristianíssimos, que souberam comunicar-lhe o amor de Deus e lhe ensinaram a ver Jesus Cristo na pessoa do pobre, Frederico Ozanam soube conservar, mesmo na idade das fortes paixões, um coração puro e a sua fé, mal foi afectada ao primeiro contacto com os sistemas filosóficos, por uma ligeira incerteza, imediatamente dissipada, da qual resultou para a vida inteira uma forte compaixão pelos transviados e a vontade de demonstrar que só o ensino caído dos lábios de Cristo e perpetuado pela Igreja possui os sinais infalíveis da verdade eterna e divina.

Terminado em Lyon o curso secundário, vai seguir Direito em Paris, onde encontra aquele meio agitado que se seguiu à queda dos Bourbons; sente-se triste e isolado ao ouvir as diatribes antireligiosas lançadas por Jouffroy do alto da cátedra da Sorbonne.

«Paris desagrada-me», escreve ele, «porque não tem vida, nem fé, nem amor». Mas ganha forças e reage ao agasalhar-se em casa do sábio Ampere, que remata assim as conversas íntimas que com ele tem sobre as maravilhas da natureza: «Ozanam, como Deus é grande, como Deus é grande!»

Refeito então, traça o programa que dominará a actividade de toda a sua vida: residindo no catolicismo o melhor remédio para os males da sociedade contemporânea, há que demonstrar a sua verdade científica e histórica.

Para se armar convenientemente, lança-se ao trabalho; estuda 15 horas por dia e aprende línguas estrangeiras, ao mesmo tempo que recruta entre os estudantes da Sorbonne colaboradores, com os quais prepara a resistência à ofensiva anti-religiosa que naquela Universidade se desenvolvia: respeitosamente mas com firmeza sustenta a sua opinião com uma lógica que desarma o adversário e obriga Jouffroy a dizer que a oposição, de materialista, se transformou em católica.

Vêm então as Conferências da História, como meios de formação intelectual e de adestramento para o combate; delas nasce a Conferência da Caridade, precursora da grande obra que é a Sociedade de S. Vicente de Paulo, graças à qual tantas misérias materiais e morais têm sido confortadas, por cujo intermédio tantos homens aprenderam que de nada valem os dons da inteligência se não forem acompanhados dos de coração e que o melhor preservativo contra as tentações do espírito ou da carne é ainda a comunhão com o sofrimento dos nossos irmãos desgraçados!

Apaixonadamente interessou-se pelos problemas sociais e, precursor da doutrina da Igreja neste campo, defendeu o salário natural, reivindicou disposições contra o desemprego e os acidentes e reclamou a reforma para os trabalhadores.

Nas Conferências ocupou-se, além da visita domiciliária, de obras anexas, e criou a visita aos menores detidos, a dos aprendizes e a dos militares.

Sente-se atraído para a eternidade e, posto que muito custosa a ideia da separação dos seus queridos, pronuncia o «fiat», abandonando-se inteiramente à vontade de Deus, na formosíssima oração escrita

no dia do seu 40.° aniversário, da qual extraímos estas passagens: «... Sei que completo hoje os meus quarenta anos, mais de metade do caminho da vida. Sei que tenho uma mulher jovem e estremecida, uma filha encantadora, excelentes irmãos, uma segunda mãe, numerosos amigos, uma posição honrosa, trabalhos chegados precisamente ao ponto em que iriam servir de base a uma obra há muito sonhada. E entretanto eis que sou tomado por uma doença grave, renitente, e tanto mais perigosa, que esconde provavelmente um esgotamento completo.

Será então preciso deixar todos estes bens que Vós mesmo, meus Deus, me tínheis dado? Não Vos contentareis, Senhor, com uma parte do sacrifício ?

Qual das minhas afeições desordenadas deverei imolar--Vos? Não aceitareis o holocausto do meu amor-próprio literário, das minhas ambições académicas, ou até mesmo dos projectos de estudo, onde talvez houvesse mais orgulho do que zelo pela verdade? Se vendesse metade dos meus livros para dar o seu valor aos pobres e cingindo-me ao cumprimento dos deveres do meu cargo, consagrando o resto da vida à visita dos indigentes e à instrução dos aprendizes e soldados, Senhor, ficaríeis satisfeito e conceder-me-íeis a doçura de envelhecer junto de minha mulher e de completar a educação da minha filha?

Talvez não o queirais! Não aceitais estas ofertas interesseiras; rejeitais os meus holocaustos e os meus sacrifícios. E a mim que Vós quereis. Está escrito no começo do livro que devo fazer a Vossa vontade.

E eu disse: «Eis-me aqui, Senhor».

«Dar-me-eis a coragem, a resignação, a paz da alma, e aquelas consolações inexprimíveis que acompanham a Vossa presença real. Far-me-eis encontrar na doença uma fonte de merecimentos e de bênçãos, bênçãos que fareis recair sobre minha mulher, sobre minha filha e todos os meus, aos quais as minhas obras aproveitariam menos do que os meus sofrimentos».

Era o dia 8 de Setembro, da Natividade de Nossa Senhora, no ano de 1853, quando morreu.

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O Mensageiro

29.Outubro.2009

Jacinto de Sousa Gil lega obras históricas de grande interesse concelhio Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Os chapéus dos meus heróis” (~5/11, 17h30~24h00) Edifício Banco de Portugal - Leiria •”Máscaras da Ásia” (~25/01) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria •”Ilha Desconhecida” - gravura, litografia e desenho (~4/11) Centro de Interpretação Ambiental - Leiria •”Ambiente” - fotografia (31/10~30/11) M|i|mo - Museu da Imagem em Movimento (Mercado de Sant’Ana) •”O Fascínio do Olhar” (permanente) Associação Ceéulua&Membrana a9))))- Leiria •”Letras que gritam” - fotografias de Rui Poças (31/10~30/11) Casa Museu João Soares - Cortes •”10 anos” e “Vida no campo” (permanente) •”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” (~30/11) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”Chamo-me Frik e já tenho dono” - hora do conto (marcação prévia) Casa-Museu Afonso Lopes Vieira - Marinha Grande • Colecção Carlos Vieira (permanente) • Fotobiografia de Afonso Lopes Vieira (permanente) Museu Municipal - Ourém •“Pelo dia fora”: objectos relacionados aos trbalhos da terra (~31/03) Galeria Municipal - Ourém •“Nha Gente Guiné Bissau” - fotografia de Pe. Gonçalves (~8/11) Torre de Menagem - Castelo de Pombal •“Elementos Arquitectónicos: Memórias de uma Época” (permanente) Museu de Arte Popular Portuguesa - Pombal •“Arte e magia transmontana” (~11/11) Teatro-Cine de Pombal • Desenhos de Filipe Alberto da Silva (~27/11) Casa da Cultura - Santiago de Litém •“À descoberta da Alice” - Dinossáurio dos Andrés (permanente) Escola Adães Bermudes - Alcobaça •”INK CAN CUT” - mostra de trabalhos de Eime (~30/10) Galeria dos Paços do Concelho - Tomar • Escultura - José Aurélio (~31/12)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Isto agora...ó vai ou marcha” - revista (30, 31/10 e 1/11, 21h30) •”The Glenn Miller Orchestra” - música (6/11, 21h30) •”Pinóqui, O Musical” - musical infantil (8/11, 17h00) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Dédalo e Ícaro” - festival do teatro (30/10, 22h00) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira- Leiria •”A lagoa dos patos” - hora do conto (30/10, 10h30 e 14h30) •”O pinto careca” - hora do conto (30/10, 10h30 e 14h30) •”A menina gotinha de água” - hora do conto (30/10, 10h30 e 14h30) Ludoteca Afonso Lopes Vieira - Leiria • Jogo da Malha - infantil/juvenil (31/10, 10h00 e 14h30) Lar S. José - Leiria • Actividades com a população idosa (30/10) Biblioteca Municipal - Marinha Grande •”O Tigre Xadrez” - hora do conto (marcação prévia) Auditório do Sport Operário Marinhense - Marinha Grande •”Reviver o Passado” - festa do teatro (30/10, 21h45) •”A Birra do Morto” - festa do teatro (31/10, 21h45) •”O que não vi” - teatro (4/11, 21h30) Teatro-Cine de Pombal •”O que não vi” - teatro (30 e 31/10, 21h30) •”O dia em que troquei o meu pai por dois peixinhos...” (21/11, 16h)

CINEMAS Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) • MICHAEL JACKSON – THIS IS IT | documentário | de Kenny Ortega | 29 de Outubro, 1 a 5 de Novembro, 21h30 Teatro Miguel Franco (Leiria) • MICHAEL JACKSON – THIS IS IT | 28 de Outubro a 8 de Novembro, 21h30; dias 28 e 8, 15h30 Cine-Teatro de Monte Real • MICHAEL JACKSON – THIS IS IT | 30 e 31 de Outubro, 21h30; dia 1 de Novembro, 15h30 Auditório Municipal da Batalha • SACANAS SEM LEI | acção | de Quentin Tarantino | c/ Brad Pitt, Diane Kruger, Mélanie Laurent, Eli Roth, Samuel L. Jackson, Mike Myers | 30 de Outubro a 2 de Novembro, 21h30 Cine-Teatro de Ourém • SACANAS SEM LEI | 30 e 31 de Outubro, 21h30 Cine-Teatro de Alcobaça • SACANAS SEM LEI | 8 e 9 de Novembro, 21h30; dia 25, 17h00

Património religioso e a cidade de Leiria A sala da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira que serviu para a apresentação de seis obras do investigador Jacinto de Sousa Gil estava lotada.

Vários representantes do clero, amigos e familiares, juntaram-se para a sessão que se traduziu num momento cultural de excelência, conhecendo-se templos religiosos de Leiria como a Igreja da Pena, São Pedro, Sé de Leiria, os conventos da cidade, as ordens religiosas e outros locais de culto que fizeram e outros que ainda fazem parte do património religioso leiriense. Na cerimónia também foi apresentado um romance que nos remete para a Leiria do século XVI, trazendo ao leitor momentos de leitura que proporcionam uma viagem aos tempos das tabernas, da pobreza, da vivência da

DR

EXPOSIÇÕES

cidade e da conhecida história do “pão e queijo”, aliás o mesmo nome do título da publicação.

Ambrósio Ferreira, professor e amigo do autor, fez a apresentação dos dois volumes dedicados às catedrais “Leiria – Catedrais” e a novela “Pão e Queijo” e a Acácio de Sousa, director do

Arquivo Distrital de Leiria, coube-lhe a tarefa de retratar os dois livros “Leiria – Conventos” e ao volume “Leiria – Irmandades”.

Na sessão considerada muito rica em conteúdos para se conhecer Leiria de outrora, foram muitas as intervenções dos assistentes, permitindo que o

desejo de Jacinto de Sousa Gil fosse cumprido, que se define por conhecer melhor o passado e os seus relatos factuais, pela simples razão de que “a história diz-nos donde nós viemos”.

Joaquim Santos

Ricardo Vieira apresenta novo livro

“Identidades Pessoais” “Identidades Pessoais: interacções, campos de possibilidade, e metamorfoses culturais”, de Ricardo Vieira, será apresentado no dia 28 de Outubro, no Auditório 2, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), do Instituto Politécnico de Leiria. A apresentação foi feita por Brian O’Neill (Professor Catedrático do Instituto Supe-

rior de Ciências do Trabalho e da Empresa - ISCTE) e a edição é do IPL em parceria com a Colibri.

O livro, resultado da lição de síntese integrada nas provas de agregação em antropologia da educação, que Ricardo Vieira apresentou no ISCTE, a 16 de Março de 2006, recupera a questão da reconstrução das identidades individuais

no trabalho entre as condições sociais objectivas, e o que cada pessoa subjectivamente faz com elas, em termos de autoconstrução.

A complexidade da questão remete para a ideia de caleidoscópio cultural em que semelhantes condições sociais vividas por diferentes sujeitos podem produzir identidades diferenciadas.

Ricardo Vieira nasceu

em Albergaria dos Doze em 1961. É Mestre em “Antropologia Social e Sociologia da Cultura” pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, Doutor em Antropologia Social, PósDoutor em Serviço Social e Agregado em Antropologia da Educação pelo ISCTE.

15.º aniversário de “O Nariz”

Festival Acaso 2009 “O Nariz - Teatro de Grupo” está a festejar o seu 15.º aniversário com mais uma edição do Festival de teatro Acaso, onde se misturam também espectáculos musicais, exposições e cinema, até 30 de Novembro. Salientamos a exposição no Teatro José Lúcio da Silva, que inaugura a 10 de Novembro, onde será recordada a história deste grupo.

O festival irá decorrer em vários palcos, em Leiria, Batalha, Marinha Grande e Pedrógão Grande, num total de 17 peças em apresentação. Fica um resumo do calendário: - Dia 28, Filipe Crawford com “O 1.º Milagre do Menino Jesus” (Batalha) - Dia 30, Filipe Crawford com “Dédalo e Ícaro” (Leiria) - Dia 31, música de Sidewalkers (Leiria) - Dia 3, Esticalimógama com “Benny Hall” (Leiria) - Dia 5, Jorge Serafim e Nuno Coelho contam histórias (Leiria) - Dia 6, Jorge Serafim e Nuno Coelho contam histórias (Pedrógão Grande) - Dias 7 e 8, cinema do X Festival Imago do Fundão (Leiria) - Dia 10, Teatro Praga com “Eurovision” (Leiria) - Dia 11, companhia ESTE com “A tomada do Carvalhal” (Batalha) - Dia 14, “O Nariz” com “Canto do Cisne” (Moita - M. Grande) e música jazz de Mailbox (Orfeão Velho de Leiria) - Dia 19, A Kind of a Black Box com “Monólogos da Marijuana” (Leiria) - Dia 21, “O Nariz” com “Sopa de Massa” (Vieira de Leiria) - Dia 24, Palmilha Dentana com “Norma” (Leiria) - Dia 25, “O Nariz” com “Sopa de Massa” (Batalha) - Dia 27, altaCena - Guilherme Cossoul com “Um lugarzinho no céu” (Leiria) - Dia 28, Urze com “Pelo sonho é que vamos” (Marinha Grande) e música dos Godot (Orfeão Velho de Leiria) - Dia 30, encerramento: Arimagem com “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” (Leiria)

CULTURA 5

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29.Outubro.2009

Oficina com participação de especialista belga em História Medieval

“As Novas Diplomáticas” na Batalha

DR

Reputado especialista belga em história medieval, Benoît-Michel Tock é a figura de cartaz da oficina “As Novas Diplomáticas” que a Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais organiza a 7 de Novembro, sábado, das 09h30 às 12h45, na sala de sessões do Município da Batalha.

Presentes como oradores nesta acção, aberta a todos os interessados, figuram ainda nomes como Susana Pedro, Maria João Oliveira e Silva, Filipa Roldão e Maria do Rosário Barbosa Morujão.

“Artistas Unidos” ensaiam em Leiria

“Ana” aberto ao público

Os “Artistas Unidos”, em colaboração com o Te-Ato realizam os últimos ensaios de “Ana” de José Maria Vieira Mendes, na Sala Salazar Sampaio, em Leiria, com ensaios abertos ao público nos dias 29, 30 e 31 de Outubro, às 15H00 e às 20H30. O espectáculo será depois ante-estreado em Guimarães a 6 de Novembro no Centro Cultural Vila Flor) e em Coimbra no dia 7 de Novembro no Teatrão. A “Ana” chegará a Lisboa, no CCB, a 13 de Novembro.

O programa desta oficina é o seguinte: 09h30 – Benoît-Michel Tock – Les nouvelles Diplomatiques 10h30 – Susana Pedro – Carta e notícia: reavaliação de uma funesta dicotomia 11h15 – Maria João Oliveira e Silva – A Diplomática e o estudo de cartulários: novas abordagens acerca do Censual do Cabido da Sé do Porto 11h45 – Filipa Roldão – Arquivo e poderes urbanos em Évora nos séculos XV e XVI: percursos de uma investigação em diplomática municipal 12h15 – Maria do Rosário Barbosa Morujão – Reflexões sobre Diplomática: o que se pode saber acerca de uma chancelaria medieval?

12h45 – Debate e encerramento. campanha

Os espaços desta 1ª fase (a cinza) destinam-se a:

• Comunidade do Seminário • Casa de Retiros

Donativos e informações

Seminário Diocesano • 2414-011 Leiria Tel. 244832760 • Fax 244821102 • email: sdl.reitoria@mail.telepac.pt NIB: 0018 0000 03669452001 72 (Se pretender recibo para IRS, envie email com nome, morada e NIF)

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O Mensageiro

29.Outubro.2009

Recepção ao Caloiro 2009

A comissão organizadora da “Recepção ao Caloiro 2009” e a direcção da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em cooperação com a Federação Académica de Leiria (FAL) vai realizar no recinto da recepção ao caloiro, no dia 30 de Outubro, às 14h00, um convívio inter-geracional entre os estudantes do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e os idosos de algumas das Instituições de terceira idade do concelho de Leiria.

Esta actividade vem ao encontro de um dos ideais da FAL que consiste em desmistificar o negativismo associado aos tradicionais movimentos académicos, mas também envolver e integrar a população leiriense e a cidade nos movimentos académicos e na Academia. Para isso estarão presentes nesta acção social idosos de inúmeras instituições de apoio à terceira idade, que poderão tomar contacto e conhecer as tradições académicas, através de diversas exposições, bem como realizar actividades coordenadas por alunos do IPL e relacionadas com as ofertas formativas da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) e da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei). O encontro terminará com a actuação da Tuna Académica “Trovantina”, da ESECS, e um baile com músicas tradicionais, seguido de um lanche convívio.

Comissão Europeia e organismos públicos regionais

ONG’s activas na área da juventude

A Direcção Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia lançou, no âmbito do Programa Juventude em Acção, a abertura de candidaturas com o objectivo de apoiar o estabelecimento de parcerias com as regiões, municípios e outros actores sociais.

Podem concorrer qualquer organismo público regional ou local e ONG’s activas na área da juventude que estejam estabelecidas num “País Programa” do Juventude em Acção.

Os beneficiários finais dos projectos são os Jovens com idades compreendidas entre 13 e 30 anos e trabalhadores activos na área da juventude que podem participar em actividades transnacionais de promoção dos métodos de educação não formal.

Podem ser submetidos programas de actividades com a duração até dois anos combinando intercâmbios juvenis transnacionais, iniciativas jovens, projectos de voluntariado europeu e actividades de formação e criação de redes.

Comfort Keepers organiza oficina

Desafios e Oportunidades de Negócio nos Cuidados Domiciliários A empresa Comfort Keepers - Cuidados Domiciliários, em parceria com a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE Centro) e com o Coimbra iPARQUE, organiza, no próximo dia 4 de Novembro (entre as 16h00 e as 20h00), o primeiro grande evento sobre a importância de encontrar novas soluções para dar resposta às necessidades da população mais sénior e das suas famílias, no que aos cuidados domiciliários diz respeito. Será no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, com participação gratuita e limitada ao número de vagas disponíveis.

Para além de representantes da organização, oradores do IEFP, IAPMEI e do Instituto Superior Bissaya Barreto irão debater o tema “Desafios e Oportunidades de Negócio na Área dos Cuidados Domiciliários”, pretendendo contribuir para o desenvolvimento social e empresarial da zona centro, através da criação de postos de trabalho e da disponibilização de serviços, para colmatar as necessidades da população mais idosa e das suas famílias. Os quadros de empresas ou desempregados qualificados que tenham um espírito empreendedor e que pretendam criar o seu próprio negócio são, por isso, os principais destinatários, visando a sua aposta num sector emergente e socialmente responsável.

Mais informações em http://sites.google.com/site/ comfortkeeperseventos/home.

Portugal ajuda a bater novo Recorde do Mundo

“Levanta-te e Actua” contra a pobreza

Almoço oferecido a cerca de 200 idosos na Golpilheira foi uma das acções O Recorde Mundial do Guinness foi mais uma vez batido! Mais de 173 milhões de pessoas juntaram-se aos cerca de 3000 eventos de “Levanta-te e Actua!”, nos dias 16 a 18 de Outubro, conseguindo um novo recorde como a maior mobilização da história por uma mesma causa: exigir aos seus governos que erradiquem a pobreza extrema e que cumpram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Foi o quarto ano desta realização, registada pelo Guinness como “a maior mobilização humana registada na história”, com um aumento de 57 milhões sobre o ano passado.

Actualmente, 1 bilião de pessoas em todo o mundo passam fome e 500.000 mulheres continuam a morrer anualmente como resultado da gravidez e do parto. A maior parte destas mortes podem ser evitadas.

A mensagem é clara, como refere Salil Shetty, director da Campanha do Milénio das Nações Unidas: “Temos cidadãos e cidadãs determinados em mostrar aos seus governos que os responsabilizam sobre o cumprimento efectivo das suas promessas para acabar com a pobreza, melhorar a saúde materna, utilizar sistemas de protecção social e a eliminação

de subsídios que causam distorções na concorrência como meios de incentivar um comércio agrícola leal; são cidadãos e cidadãs que não aceitarão desculpas sobre o não cumprimento das promessas realizadas em favor dos mais pobres e vulneráveis, que são os mais atingidos pela crise económica, alimentar e ambiental mundial e que não tiveram responsabilidade sobre as suas causas”.

Participaram mais de 100 milhões de pessoas na Ásia, 37 milhões na África, 31 milhões no Médio Oriente, 2 milhões na Europa, 225.000 na América Latina, 190.000 nos Es-

Nova agência bancária na Batalha Abriu, no passado dia 28 de Setembro, mais uma agência bancária na vila da Batalha, desta vez pelo banco Barclays. Situada num edifício novo, junto ao antigo hospital da Misericórdia (Beco Joaquim Salles Simões Carreira, 6-A), surge como “consequência da estratégia de crescimento da rede do Barclays em Portugal”, no âmbito da qual se considera a Batalha como “um mercado extremamente interessante”.

Nuno Quadros é o director de uma equipa de quatro pessoas que ali irão representar a instituição. Com serviços direccionados para clientes particulares e empresas, “o objectivo do Barclays é ser o banco de referência para a população da Batalha”, afirma este responsável, adiantando um exemplo dessa ambição com “a campanha de

DR

Convívio entre estudantes do IPL e os idosos

abertura, que oferece dois produtos com condições excepcionais e exclusivas para os 100 primeiros clientes da agência: um Crédito Habitação com a oferta de menos 0,15% no spread , até um mínimo de 0,35%; e um Depósito a Prazo a um mês com TANB de 7%”.

Quanto às primeiras impressões, o director refere que “um mês após a abertura é com grande agrado que verificamos o interesse que a agência do

Barclays na Batalha tem suscitado junto da população local e mesmo da população de fora”. Prova disso é a resposta recebida à campanha de abertura: “tem sido um sucesso, o que tem contribuído para dinamizar o nosso negócio desde o início e, juntamente com a força que a marca Barclays tem em território nacional, nos permite adiantar desde já que a abertura na Batalha está a ser uma aposta ganha”, conclui Nuno Quadros.

tados Unidos de América e 172.000 na Oceânia.

Portugal voltou a destacar-se por ser o país europeu com mais pessoas em termos percentuais, 147 mil, cerca de 1,4% da sua população, em 10% do total dos eventos mundiais, realizados por associações, ONG, escolas, centros de culto, empresas, meios de comunicação e particulares.

Texto e foto: Luís Miguel Ferraz

Acção ACILIS e PSP

Segurança no Comércio

A ACILIS e o Comando Distrital de Leiria da PSP vão promover uma acção de sensibilização sobre “Segurança no Comércio”, no próximo dia 12 de Novembro, às 21h00, nas instalações da PSP de Leiria. Os temas que vão ser abordados são as medidas de segurança passiva; iluminação, espaço e visibilidade; ao abrir e fechar a loja; o hábito da dupla verificação; dinheiro em caixa; o que fazer em caso de assalto e o que fazer depois do assalto.

SOCIEDADE 7

O Mensageiro

29.Outubro.2009

Tomada de posse do XVIII Governo Constitucional

Pombal

Cavaco garante “cooperação estratégica” com novo Governo de Sócrates A tomada de posse do XVIII Governo Constitucional fica marcada por um discurso de Cavaco Silva cheio de recados, apelando a um esforço de negociação por parte do novo executivo do primeiro-ministro José Sócrates e à responsabilidade da oposição, para que o governo dure toda a legislatura e possa combater aqueles que, no entender do Presidente da República (PR), são os dois grandes problemas do país: o desemprego e o endividamento externo. No seu discurso, Cavaco fez também um esforço para repor a confiança entre a Presidência e o Governo, depois da crise provocada pelo ‘caso das escutas’.

“A ausência de um apoio maioritário no Parlamento não é, por si só, um elemento perturbador da governabilidade. A ausência de maioria não implica o adiamento das medidas que a situação do País reclama. Para qualquer Governo, o horizonte temporal de acção deve ser sempre a legislatura”, considerou Cavaco Silva, avisando que, “perante a gravidade da situação económica do País e a complexidade do actual quadro político, todos somos chamados a actuar com um grande sentido de responsabilidade e de lealdade institucional”.

O PR destacou dois problemas que devem merecer “especial atenção”: o desemprego e o endividamento externo. “O desemprego, pelo que significa de quebra de coesão social e de privação, de angústia e de incerteza quanto ao futuro dos que se encontram nessa situação.

O endividamento externo, pelos constrangimentos que pode impor ao desenvolvimento do País”, explicou.

Para ultrapassar estes problemas, Cavaco Silva defende “um aumento da produção nacional de bens transaccionáveis e um reforço da capacidade competitiva da economia portuguesa, condição para que voltemos a convergir com os países europeus mais desenvolvidos: “Daí a importância dos investimentos que aumentem a produtividade e a competitividade das empresas. Sem o aumento da produção competitiva a nível internacional não será possível criar empregos sustentáveis e conter as necessidades de recurso ao financiamento externo.”

Defesa do diálogo Cavaco Silva defende um governo que dure toda a legislatura, apesar de não ter maioria

Novo Governo (em cima, da esquerda para a direita): Primeiro-ministro, José Sócrates; ministro dos negócios estrangeiros, Luís Amado; ministro das finanças, Teixeira dos Santos; ministro da presidência, Pedro Silva Pereira; ministro da defesa, Augusto Santos Silva; ministro da administração interna, Rui Pereira. (Ao centro, da esquerda para a direita) ministro da justiça, Alberto Martins; ministro da economia, Vieira da Silva; ministro trabalho e da solidariedade social, Maria Helena André; ministro da saúde, Ana Jorge; ministro da educação, Isabel Alçada; ministro da ciência, tecnologia e ensino superior, Mariano Gago. (Em baixo, da esquerda para a direita) ministro da cultura, Maria Gabriela Canavilhas; ministro dos assuntos parlamentares, Jorge Lacão; secretário de estado da presidência do conselho de ministros, João Tiago Silveira; ministro da agricultura, do desenvolvimento rural e das pescas, António Manuel Soares Serrano; ministro do ambiente e do ordenamento do território, Dulce Álvaro Pássaro; ministro das obras públicas, transportes e comunicações, António Ascenção Mendonça. (Foto: Lusa) absoluta na Assembleia da República. “Neste quadro político, o diálogo e a concertação na procura dos consensos possíveis ganham uma relevância acrescida. É necessário encontrar compromissos com as outras forças políticas, ouvir os agentes sociais e as organizações da sociedade civil, estar particularmente atento aos problemas reais que as famílias enfrentam no seu dia-a-dia”, considera o PR, para quem deve haver também “confiança e bom entendimento entre o poder central e as regiões autónomas” da Madeira e dos Açores.

Mas não basta haver diálogo por parte do Governo, alerta Cavaco. Tem de haver “uma cultura de responsabilidade por parte das diversas forças políticas e dos agentes económicos e sociais”: “O nosso futuro colectivo é uma responsabilidade de todos e há com certeza vários domínios em que é possível ultrapassar diferenças e fazer obra em comum”.

Promessa de cooperação Depois de um período eleitoral marcado por uma aparente ruptura entre a Presidência da República e o Governo e PS, devido ao ‘caso das escutas’, Cavaco aproveitou a tomada de

posse do novo executivo de José Sócrates para tentar repor a confiança institucional, garantindo que nunca faltou “ à palavra dada e aos compromissos” que assumiu, “em público ou em privado”, nomeadamente procurar garantir “unidade do Estado, o regular funcionamento das instituições, o equilíbrio do sistema político e o pluralismo democrático”. “É exactamente essa a atitude que terei perante o Governo que agora toma posse. Não me afastarei um milímetro do compromisso que assumi perante os Portugueses e, por isso, este Governo pode contar com a cooperação do Presidente da República. Porque conheço as dificuldades que tem de enfrentar um governo minoritário, porque conheço bem as dificuldades que um Presidente da República pode colocar a um Governo, serei sempre um referencial de estabilidade”, garantiu Cavaco.

O PR assegurou que manterá a “cooperação institucional e estratégica com os outros órgãos de soberania, no respeito pelos limites constitucionais da separação e interdependência de poderes”. “Como afirmei na minha tomada de posse, sou e serei o Presidente de Portugal inteiro”, vincou.

Não esconder a realidade Apesar do tom conciliatório, o PR avisou também que não esconderá a realidade: “Nunca escondi dos Portugueses as dificuldades que o País atravessa, do mesmo modo que sempre procurei mostrar exemplos de sucesso e de boas práticas para estimular o que de melhor existe no nosso País, apoiar as iniciativas meritórias da sociedade civil ou ir junto das vozes que não são ouvidas.”

A concluir o discurso, novo recado às forças políticas: “o País precisa de um rumo de futuro.

Traçar uma linha de rumo que una os Portugueses, que vença o desânimo e a descrença, que estimule a confiança e faça com que os cidadãos acreditem em Portugal é algo que está muito para além de querelas partidárias, é um desafio que interpela todos os órgãos de soberania e todos os agentes políticos. (...) É grande a responsabilidade de todos no momento actual. É grande, sem dúvida, a responsabilidade do novo Governo, mas também das diversas forças políticas e dos agentes económicos e sociais.”

O Mensageiro com DN

“Depositrão” para os pequenos electrodomésticos O Município de Pombal, em parceria com a ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, instalou um depositrão na Central de Camionagem de Pombal, destinado à deposição de pequenos electrodomésticos em fim de vida. Esta parceria surgiu no âmbito do projecto “Portugal Depositrão”, com o estabelecimento de um protocolo de cooperação que visa criar uma rede de pontos de recolha em todo o país, envolvendo as Câmaras Municipais e os respectivos munícipes, num comportamento consciente de boas práticas ambientais, nomeadamente, no que diz respeito aos resíduos eléctricos e electrónicos (REEE) de pequenas dimensões. O “Depositrão” é um contentor, destinado à deposição de pequenos electrodomésticos em fim de vida (secadores de cabelo, torradeiras, batedeiras eléctricas, telefones/telemóveis, leitores de mp3, portáteis, impressoras, entre outros).

Colégio de S. Miguel (Fátima)

Prémio no concurso MEDEA

O Colégio de São Miguel, localizado em Fátima, esteve em destaque no concurso nacional MEDEA, organizado pela Sociedade Portuguesa de Física e pela REN, no qual participou com um trabalho de área de projecto no ano lectivo transacto. Os alunos que desenvolveram o meritório trabalho foram Alda Lopes, Anthony Carreira, Diogo Amado e Diogo Pereira da turma C do 12ºano, com o apoio e orientação do professor Cláudio Barroca.

Dedicaram-se à medição de campos eléctricos e magnéticos no meio ambiente e à análise dos resultados obtidos. O projecto foi então premiado com uma menção honrosa no passado dia 21 de Outubro no Pavilhão do Conhecimento.

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Oferece-se Senhora, responsável e com experiência, para tomar conta de crianças, ao domicilio, e/ou para trabalhos domésticos (12 horas/semana), na zona de Leiria.

Interessados devem contactar O Mensageiro Tel.: 244 821 100 | Email: jornal@omensageiro.com.pt

8 ANO SACERDOTAL Sermão da montanha Manhã cedo, acabava de tomar um refrescante banho no lago. Havia entre nós uma cumplicidade que se traduzia num forte apelo que sentia para mergulhar todas as manhãs naquelas águas calmas e frias. E eu gostava de assim entrar nas águas serenas.

Bastavam três mergulhos demorados nas suas profundezas e logo o dia se enchia de novo colorido para mim. Era assim que agora saia das águas. Sentia-me único, invencível e pronto para a luta. À medida que me afastava das águas e me embrenhava na mata que circundava o lago, iam aumentando os sons e os ruídos.

Havia gente que corria pelas bermas da estrada, outros pediam ajuda para que fossem transportados: havia cegos, coxos, ébrios e vagabundos de todo o género. E todos corriam na mesma direcção; todos pareciam estar conscientes dos desafios que os esperavam. Mas ninguém me soube dizer o que se passava. Lembrei-me então do que no dia anterior alimentara a nossa conversa na tasca do nosso amigo Bartolomeu. Dizia-se que um novo pregador tinha chegado à região e que hoje mesmo passaria pela nossa aldeia.

Dizia-se que a sua pregação era diferente, mais autêntica e mais convincente. Dizia-se até, que este homem seria o messias. Quando regressava a casa, a lua que me seguia dizia-me que este, como tantos outros, era mais um lunático e visionário que pretendia apenas poder e fama. E os meus pensamentos foram tão claros e racionais que mesmo na entrada de casa disse a mim mesmo que não iria ver esse estranho. Amanhã seguiria a minha rotina habitual: o banho da manhã e depois o trabalho nas redes.

Agora ali estava eu escondido por entre a vegetação. Sentado numa pedra, podia vêlo de costas. Tinha longos cabelos que lhe caiam por sobre os ombros. Rodeavam-no os seus amigos e um pouco mais distante um grupo de gente, sentada no chão, bebia todas as suas palavras. Falava de forma calma, serena e alegre. Cada palavra era pronunciada depois de demorada reflexão e ao ser anunciada parecia transportar consigo algumas radiações de alegria contagiante. E uma paz enorme.

Dizia que eram felizes os perseguidos; os que choravam e eram injustiçados.

Anunciava para os pequenos, os humildes, os pobres e os tristes, a recompensa de um Pai sempre atento e generoso. E dizia ainda que a felicidade podia esconder-se na renúncia aos bens temporais em troca dos bens espirituais.

Era na verdade uma nova mensagem. Tão nova que eu não queria acreditar nela. Mas não sei porque dentro de mim ia crescendo a convicção de que tudo o que dizia era verdade. Sentia um calafrio a crescer por dentro e uma vontade enorme de o questionar, de o interpelar sobre as dúvidas que ainda sentia em mim. Aproximei-me lentamente e decidi falar-lhe. Foi quando consegui chegar á distância de um metro, precisamente quando estendi o meu braço para lhe tocar, que ele se levantou e sem olhar para trás dirigiu-se para o lago. De imediato todos se levantaram e seguiram-No. Em pouco mais de 1 minuto fiquei só sentado na pedra que minutos antes lhe servira de apoio. E sem saber porque ecoavam no meu interior as suas palavras: “Felizes os pobres, felizes os perseguidos, felizes sereis por mim….”

Padre Rui Ribeiro

Presença orante

“Encontramos o Messias” Em qualquer história de amor, entre Deus e o homem, a iniciativa é sempre de Deus. É Ele a dar o primeiro passo.

Aconteceu assim no princípio, acontece hoje e acontecerá amanhã. Antes que o homem acolha a Deus em sua casa, primeiro é acolhido na “casa” de Deus. Para quem acredita é importante ter Deus no coração. Contudo, a maior felicidade é ter a certeza de que se está no Coração de Deus.

Qualquer vocação seja ela à vida sacerdotal, consagrada ou missionária, quem tem a iniciativa é sempre o Senhor da História. “Deus é alguém que não pede licença nem dá explicação, mas altera os projectos e invade de surpresa o território da pessoa. Faz a declaração e fica à espera da resposta” (cf.

Inácio Larranaga).

Não foi Abraão que procurou a Deus, foi Deus que desafiou Abraão a deixar a sua terra e ir para a terra que Ele lhe indicava. Não foi Moisés que foi ao encontro de Deus, mas foi Deus que desceu ao encontro de Moisés e se revelou na sarça-ardente. E assim aconteceu a tantos outros Profetas do Antigo Testamento que nas suas vidas foram surpreendidos pela presença e exigência de Deus.

Nossa Senhora, a jovenzi-

nha de Nazaré, na sua profunda humildade, não se achava digna de ser a Mãe do Salvador.

Mas Deus surpreendeu-a no seu aposento interior. É Deus que a convida a assumir essa inefável missão. Então sim, “Eis a escrava do Senhor, façase…”. Completa disponibilidade à vontade de Deus. Antes de acolher o Filho de Deus, no seu seio, foi acolhida no coração do Pai. Antes que Jesus Se hospedasse na casa de Simão, Mateus, Marta ou Zaqueu, hospedou-os Ele primeiro em Sua casa. Mestre onde moras?

– Vinde ver.

Depois de uma profunda experiência com o Mestre e de permanência na Sua casa, nasce algo de incontível, de irresistível no coração dos grandes homens e mulheres – essa inumerável assembleia dos Santos que a Igreja recorda no dia 1 de Novembro – dá-se a explosão do jubiloso anúncio: Encontramos o Messias! André, João e Filipe não conseguem conter esse fogo ardente que lhes queima o coração e correm a anunciá-lo: Encontramos o Messias! A feliz Boa Nova de ontem, de hoje e de amanhã, continua a ser proclamada de forma inequívoca e jubilosa pelos seguidores dos primeiros Apóstolos, que são

os Sacerdotes de hoje. É certo, que a maioria das pessoas parece adormecida e indiferente à mensagem do Evangelho e a todas as realidades sobrenaturais e eternas.

Contudo, é apenas uma aparente indiferença. Este mundo é de grandes contrastes porque, ao mesmo tempo, essas pessoas continuam sensíveis e atentas ao testemunho de vida dos Sacerdotes, que são fiéis e marcam a diferença; e, mesmo sem palavras, proclamam com um secreto brilho no olhar: Encontramos o Messias! E assim pelo seu exemplo de vida, de quem realmente encontrou o Messias, de quem encontrou a verdadeira Fonte da felicidade, muitos encontrarão também, ou reencontrarão, o Mestre, mesmo que reajam como Natanael: De Nazaré poderá vir alguma coisa boa?! Então cada Sacerdote poderá responder: Vem ver.

Na Igreja e no mundo, os Sacerdotes são esses homens grandes, verdadeiramente apaixonados por Cristo e pelo anúncio do Evangelho. Eles proclamam, com a vida e com a palavra, com a oração e com o silêncio, com a celebração da Eucaristia e do perdão, com o acolhimento e a escuta, a alegria de terem encontrado

o Messias. Um encontro que muda, revoluciona, desafia, desinstala.

Neste Ano de graça, Ano Sacerdotal, os Sacerdotes continuam a proclamar essa experiência de Deus, do encontro com o Mestre, continuam a habitar na casa do Senhor todos os dias da sua vida (Sl 83). Eles têm a nobre missão de “anunciar o Evangelho do amor e da presença do Deus vivo, que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo” (Deus Caritas est, 39). É certo que a tarefa não é fácil, é árdua, mas vale a pena arriscar tudo por Ele. E nós, Irmãs de vida claustral, continuaremos a missão, com a nossa presença orante, atendendo ao apelo que o Papa Bento XVI nos fez recentemente: “A vós, Irmãs de Vida Contemplativa, neste Ano sacerdotal, confio, sobretudo, os Sacerdotes, os seminaristas e as vocações. Sede com o vosso silêncio orante o seu amparo “à distância” oferecendo ao Senhor o sacrifício da vossa vida para a sua santificação” (OR 12.09.09).

Irmãs Clarissas de Monte Real

Assembleia do clero

“Reforçar os laços de união” nião” Na passada terça-feira, dia 27 de Novembro, o clero de Leiria esteve reunido em assembleia diocesana para uma experiência de comunhão e partilha. Em ano sacerdotal os organizadores quiseram fazer deste momento uma forma de reforçar a união e a partilha.

A reunião começou com um momento de oração e meditação apresentada pelo senhor bispo D. António.

Pegando na leitura bíblica da Oração da Hora Intermédia, D. António falou da “diversidade de funções na vivência do mesmo espírito. Nesta base se fundam os ministérios, entendidos assim como dom de Deus. Não são propriedade privada. Estão ao serviço da unidade. A vivência dos ministérios exige, porém, uma espiritualidade e uma formação permanentes”.

A espiritualidade tem a ver com o modo de ser e estar. No caso do ministério sacerdotal essa forma de estar concretiza-se no reconhecimento da

presença de Deus entre os homens. Por vezes há “empurrões e provocações” da história que ajudam a tomar consciência desta presença de Deus.

O padre, disse o bispo, faz-se companheiro de caminhada dos homens no concreto da sua história. Ajuda a ver Deus onde por vezes parece que Ele não está. O “analfabetismo espiritual” não deixa muitas vezes descobrir Deus. Ao sacerdote pede-se que ajude a descobri-Lo. Para tanto ele precisa ter experimentado na própria vida essa presença e deve alimenta-la. Daí o segundo ponto que o bispo desenvolveu, a formação.

“A formação aperfeiçoa e cultiva a espiritualidade.

Não é só actualização de conhecimentos. Mas é também deixar-se “formar” (ganhar forma) na vida, ao longo de toda a vida. É plasmar no coração os sentimentos de Cristo. Tudo se torna meio e lugar desta formação. Requer a docilidade, ou seja, deixar-

Fotos: Joaquim Santos

Retratos de mim (VI)

O Mensageiro

29.Outubro.2009

se trabalhar e moldar. Requer o conhecimento das pessoas com quem se trabalha. O evangelizador deixa-se de alguma forma evangelizar pelos colaboradores. Nesse sentido o ministério sacerdotal vivese numa clara consciência diocesana, e do presbitério.

Formados no individualismo os sacerdotes são desafiados

à comunhão e a criar laços de comunhão.

Na continuação dos trabalhos, os sacerdotes viveram uma manhã de partilha de trabalhos e desafios. Muitas intervenções livres deram o mote para essa partilha.

No final da manhã, o almoço, momento de convívio e reforço dos laços de amizade.

IGREJA DIOCESANA 9

O Mensageiro

29.Outubro.2009

Antigos Alunos do Seminário

Encontro para eleição dos órgãos sociais A Associação dos Antigos Alunos do Seminário Diocesano de Leiria está a organizar o encontro magno do ano, encontro que tem uma motivação acrescida e para o qual se espera o máximo de adesão da parte dos antigos alunos do Seminário, bem como os seus familiares.

O encontro irá realizar-se no próximo dia 14

de Novembro, sábado, no Seminário Diocesano de Leiria. Neste encontro irá proceder-se à realização da Assembleia-Geral, este ano com Eleições dos órgãos Sociais, e um magusto ajantarado, uma vez ser altura das castanhas.

O programa deste dia será: 13h30: concentração e visita às obras do Seminário; 14h30: celebração

da Eucaristia (vespertina), na igreja do Seminário; 15h30: Assembleia-Geral da Associação, com eleição dos órgãos sociais para o triénio 2009-2010; 16h30: magusto (castanhas, grelhada mista de carnes, bebidas, fruta, pão e broa). Neste encontro está disponível o livro das actas do congresso pelo preço de 12€ (e inclui um CD multimédia) As inscri-

ções serão até ao dia 9 de Novembro e o preço será de 25€ – adultos; 5€ - crianças dos 6 aos 12 anos (os proveitos serão para as obras do Seminário). O período de inscrições será até ao dia 9 de Novembro.

Para realizar as inscrições ou obter mais informações utilizar os seguintes contactos: 244832760 ou asdleiria@gmsil.com.

“As nações caminharão à sua luz”

Vigília missionária em Ourém No dia 17 de Outubro, a diocese de Leiria-Fátima celebrou a sua vigília de oração missionária, desta vez na igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém (castelo).

A temática da vigília esteve ligada à mensagem do papa “As nações caminharão à sua luz” para este ano 2009. Houve momentos de leitura bíblica e da mensagem do papa, cânticos, tempos de silêncio, testemunhos de missionários, entre os quais do padre David Nogueira, responsável pela Missão do Gungo, em Angola, e que cá está de férias. Em lugar de destaque estava uma corda feita de cinco cores e de muitos nós consecutivos. No fim da vigília a corda foi cortada e

o presidente entregou um nó a cada participante como sinal de recordação e compromisso.

Esta vigília de oração foi presidida pelo padre Armindo Ferreira, pároco; também estiveram presentes os padres Albino Brás e José Luís Pimenta respectivamente da Consolata e do Verbo Divino e que colaboram na animação missionária diocesana e também o padre Vítor Mira, coordenador do Serviço de Animação Missionária. Também estiveram presentes alguns padres da vigararia de Ourém.

A colaborar na celebração estiveram os Jovens Sem Fronteiras, membros do Grupo Missionário Ondjoyetu e pessoas da

Pré Seminário de Leiria-Fátima O Pré-Seminário é um serviço da Diocese de LeiriaFátima que proporciona aos adolescentes e jovens da Diocese um espaço de discernimento e acompanhamento no seu crescimento vocacional e de fé pela descoberta do verdadeiro rosto da Igreja. Procura ajudar a promover na Diocese uma cultura da vocação ao sacerdócio, impelidos especialmente por este Ano sacerdotal.

O Pré-Seminário destina-se a rapazes a partir dos 12 anos que manifestem sinais de abertura ao dom da vocação sacerdotal e estejam disponíveis para descobrir e deixar entrar esse dom na sua vida. A primeira actividade tem início no dia 7 de Novembro “Primeiro Sábado”. As inscrições e outras informações poderão ser feitas para o contacto: 964881054 ou andré_baptista_antunes@gmail.com, padre André Baptista, director do pré-seminário.

Convívio Fraterno em Fátima A equipa coordenadora dos convívios fraternos da diocese de Leiria-Fátima convida todos os jovens a participar no próximo convívio fraterno, a realizar nos dias 28, 29, 30 Novembro e 1 de Dezembro de 2009.

O acolhimento será às 20h00 no Silenciosos operários da Cruz: Centro Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, em Fátima. O preço será de 66 euros por pessoa, inclui estadia e refeições. Os participantes deverão levar saco de cama/lençóis (os cobertores serão fornecidos pela casa) e toalhas de banho. O convívio terminará no dia 1 de Dezembro, com a Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo, no mesmo local do convívio: a ter início às 20h30.

As inscrições devem ser efectuadas até ao dia 5 de Novembro. Os contactos disponíveis para qualquer duvida ou para realizar a inscrição são: 914 148 433/ 939 417 107/ 962 815 845. paróquia de Ourém.

O número de participantes na vigília não foi muito elevado, mas os que participaram viveram um

serão muito rico que os levou a rezar pelas Missões e a sentir-se interpelados pela palavra de Deus.

Padre Vítor Mira

Noviças recebem diploma de finalistas interesse, para fazerdes um belo discernimento da vossa vida e da vossa vocação.

Que Maria vos ajude a viver estas atitudes no vosso encontro com Cristo”.

No final da celebração as finalistas dos dois anos de estudos do ITN receberam o diploma das mãos do Senhor Bispo como sinal do aproveitamento deste tempo de iniciação teológica.

A fim de possibilitar um tempo de convívio entre todos os presentes, cerca de 100 pessoas, as formadoras organizaram no Albergue do Peregrino um lanche de confraternização para todos os que quiseram partilhar este momento rico de alegria e fraterna comunhão.

A colaboração entre Institutos, é uma resposta concreta aos apelos da Igre-

Amar e Servir a Igreja

Aprofundar a experiência de fé

“Um caminho teológico e espiritual” No passado dia 21 de Outubro, pelas 15h30, na Capela da Ressurreição – Igreja da Santíssima Trindade, reuniram-se as antigas e actuais noviças, alguns professores, sacerdotes, congregações religiosas, formadores, noviços, para participar na Eucaristia solene de abertura do ano, presidida pelo Senhor D. António Marto, Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, que nos deu a alegria da sua presença e do seu apreço pela vida religiosa, deixando às noviças a sua palavra de Pastor referindo-se à liturgia do dia: “Entrai de alma e coração como pessoa inteira neste caminho de iniciação que é teológico, mas também espiritual. Entrai com estas atitudes de vigilância, zelo,

Breves

ja para ajudar o religioso e a religiosa a formar-se, realizando a unidade da própria vida em Cristo por meio do Espírito. É esta a razão de ser do Inter-Noviciados de Fátima.

Foi com este objectivo que ele nasceu e continuará a crescer em número e qualidade. De passos firmes iniciou o seu quarto ano de iniciação teológica. De perto e de longe – Coimbra, Elvas, Setúbal – se deslocam a Fátima vários Noviciados para assegurar às novas gerações, uma adequada preparação, “favorecendo a consciência da comunhão eclesial na variedade das vocações e dos carismas, e das múltiplas formas de serviço que constituem a missão da Igreja”.

As Congregações religio-

sas estão gratas pela abertura e apoio da Diocese em colaborar, desde o primeiro momento, na concretização de um Inter-Noviciados em Fátima, centro para onde tudo converge: Maria! Agradecem, particularmente, ao Centro de Formação e Cultura de Leiria que dinamizador este projecto levando à letra o que vem indicado no documento, A colaboração inter-institutos para a formação: Sendo o carisma de cada Instituto um dom original e singular que o Espírito Santo faz à Igreja, esta preocupa-se com assegurar as condições espirituais e os instrumentos que garantam a fecundidade, o desenvolvimento e a harmonia na comunhão eclesial.

Irmã Fernanda Pereira

“Ir ao Coração da Igreja”

Apresentação em DVD da Carta Pastoral Está já disponível em DVD a apresentação da Carta Pastoral “Ir ao Coração da Igreja”, feita pelo Bispo diocesano na Assembleia Diocesana do passado dia 4 de Outubro. A filmagem e edição foi feita pela TV Canção Nova. Pode servir para recordar as palavras de D. António Marto neste lançamento do tema e propostas para o novo ano pastoral de 2009-2010, ou mesmo para uma apresentação em grupos ou assembleias locais. Os pedidos podem ser feitos para o GASPA: 244 832 760.

GASPA

Caminhada e um momento de oração e gratidão

Em memória do Padre Rogério

No dia 7 de Novembro celebra-se o 20º aniversário da morte do Padre Rogério. Com o intuito de homenagear o padre Rogério irá realizar-se uma caminhada de oração e memória rumo a Fátima, organizada por um grupo de cristãos e amigos.

A partida será às 6h45, junto ao Seminário, (itinerário S. Romão - Soutocico) estará disponível veículo de apoio, em caso de necessidade.

A Eucaristia será às 11h00 na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. O regresso ficará ao cuidado de cada um, havendo um autocarro às 14h00, via rodoviária. Os interessados em participar nesta caminhada devem confirmar a sua presença através dos contactos: 963515430 (Belmira de Sousa) – 917621243 (José Carlos Pereira).

10 ECLESIAL

O Mensageiro

29.Outubro.2009

ANO B (01/11/09) Leitura I: Jer 31, 7-9 Salmo Responsorial: Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6) Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Leitura II: 1 Jo 3, 1-3 Aclamação ao Evangelho: Mt 11, 28 Refrão: Aleluia. Repete-se; Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão Evangelho: Mt 5, 1-12a «Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa» Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.

Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.

Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

Palavra da salvação.

Cânticos | 32º

Domingo Comum ANO B (01/11/09)

INÍCIO Escutai Senhor a voz do meu clamor - Lau 344 Escutai Senhor a prece - Lau 343 SALMO RESPONSORIAL Ó minha alma louva o Senhor - Lau 565

Janela sobre a Missão

Uma Missão no coração…. do Gungo (I) Depois da minha aposentação senti a necessidade de doar algum tempo da minha vida a quem mais precisasse. Conheci o Grupo Missionário Ondjoyetu e a sua actividade na Missão do Gungo em Angola. A caminhada com o grupo, a partilha e o contacto com o que se faz naquela zona de África, o testemunho de alguns jovens que têm dado o seu tempo à missão e um sonho de juventude que estava bem cá no fundo, contribuíram para que me decidisse a ir em missão por três meses.

Apesar de ter feito uma caminhada de preparação com o Padre Vítor Mira e algumas das voluntárias que lá estiveram por períodos de 1 e 2 anos, ao chegar senti um choque bem grande tal é a diferença entre as condições de vida que se vivem lá em terras do Gungo e aqui neste “mundo” onde nada nos falta.

A Missão do Grupo Missionário “Ondjoyetu” tem a sua base na cidade do Sumbe (antiga Novo Redondo) mas a actividade desenvolve-se numa área de montanhas de aproximadamente

AO SABOR DA PALAVRA

APRESENTAÇÃO DOS DONS Onde há caridade e amor - Lau 625 Ao teu altar - Lau 160 COMUNHÃO Os ricos empobrecem e passam fome - Lau 636 Saboreai como é bom - Lau 726 ACÇÃO DE GRAÇAS Senhor fazei de mim - Lau 761 Tudo posso - Lau 830 FINAL Confiarei no meu Deus - Lau 236 Cantarei ao Senhor - Lau 211

MISSAS DOMINICAIS

Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 10h00 – Paulo VI 10h00 – Franciscanos 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h45 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário 11h30 – Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação

Pe. Francisco Pereira pe.francisco@mac.com

A nossa lei fundamental Solenidade de Todos os Santos

Todos os grupos de pessoas, instituídos de uma forma estável apresentam um conjunto de conceitos que servem para unir todos aqueles que pertencem a esse grupo: os países possuem a sua constituição; as associações têm estatutos e regulamentos; os jogos têm as suas regras.

São estas regras que orientam toda a vida daqueles que a elas estão sujeitos.

Elas são construídas à sua imagem, procuram corres-

DR

Leituras |Todos os Santos

2100 Km2 (quase o dobro da diocese de Leiria-Fátima). O trabalho é assegurado por uma equipa constituída pelo Padre David Nogueira e algumas voluntárias. As voluntárias mais jovens vão por períodos de 1 ano, 2 anos e há ainda as que vêm por períodos curtos de 2 meses, normalmente nas férias de Verão. Mas também temos voluntários de outras faixas etárias, como é o caso do Armando Franco, um jovem de 58 anos que esteve 6 meses e fez um trabalho na área de formação de mecânica.

A nossa acção incide

na parte da animação da fé e na promoção social e humana.

A área é muito extensa e dispersa, numa zona montanhosa e de muito difícil acesso. A picada encontrase em tão mau estado que percorrer 20 km, tanto pode levar 2 horas como 10 ou 12! É uma zona que foi duramente atingida pela guerra e as pessoas vivem de um modo muito pobre e precário, sem quaisquer recursos para além dos que a terra lhes pode dar.

A falta de acessos não só impede a chegada de bens essenciais como também o

escoamento dos produtos das lavras. O pouco que chega às aldeias é vendido a preços exorbitantes. Para colmatar essas dificuldades a equipa missionária desenvolve alguns projectos que visam ajudar as populações a terem um acesso mais facilitado à fuba (farinha), material escolar, roupas, medicamentos e alguns combustíveis. Muitas vezes estes bens são trocados por milho ou carvão uma vez que as pessoas não têm dinheiro.

Angélica Filipe

ponder aos seus anseios fundamentais surgem todas as outras que dizem respeito aos portugueses, enquanto povo pertencente a uma mesma comunidade.

O que é que estas leis têm a ver com os santos, com todos os santos que hoje celebramos: hoje celebramos aqueles que se libertaram do pecado e da morte e vivem neste momento na presença de Deus, no céu, que é a presença de uma felicidade imensa e eterna “materializada” no amor divino.

E os santos, são-no, porque viveram toda a sua vida de acordo com a lei fundamental dos cristãos: as bem-aventuranças. Que nos foram dadas directamente por Jesus, num monte, à imagem dos mandamentos dados a Moisés no Sinai. Esta nova lei é a lei do amor, do dom da própria vida aos que estão perto de nós.

A pobreza, não apenas material mas sobretudo espiritual (o desapego das coisas que se possuem), a mansidão, o arrependimento, a justiça, a misericórdia, a pureza e harmonia são o objectivo de cada cristão e

só se podem viver na relação com os outros. Não podemos pois ser santos se só vivemos preocupados connosco, com a nossa salvação, com o nosso pequeno mundo. Temos de estar abertos aos outros às suas reais necessidades e fazer o que estiver ao nosso alcance para que eles descubram o caminho e o percorram.

Os eleitos são então todos aqueles que procuraram viver esta nova lei do homem, que não fica limitada a um pequeno grupo de pessoas, ou a um povo, mas que é destinada a todos aqueles que anseiam que este mundo seja uma casa melhor para todos aqueles que nela habitam.

Este conceito das bemaventuranças é completamente diferente daquele que nos é apresentada pela sociedade contemporânea, que dá mais importância ao bem-estar momentâneo.

Mas é pelo amor de Deus que existimos. É por amor que fomos criados, para a felicidade eterna, apesar de presentemente sofrermos os males da nossa condição humana, de pessoas limitadas, mas que sentem dentro de si o

apelo á transcendência que se alcança pelo amor, pela dádiva pessoal da nossa vida, para ultrapassar a nossa dimensão microscópica em comparação com todo o universo.

João Paulo II, em 1999, falando aos Bispos do Sínodo para a Europa dizia: “Fruto da conversão realizada pelo Evangelho é a santidade de muitos homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com simplicidade e no dia a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo. Como não pensar nos inumeráveis filhos da Igreja que, ao longo da história do continente europeu, viveram uma santidade generosa e autêntica no mais recôndito da vida familiar, profissional e social? Todos eles, como “pedras vivas” aderentes a Cristo “pedra angular”, construíram a Europa como edifício espiritual e moral, deixando aos vindouros a herança mais preciosa.

IGREJA EM PORTUGAL 11

O Mensageiro

29.Outubro.2009

Boa nota no teste da liberdade religiosa

Breves

Congresso Internacional Hispano-Português em Léon Em Portugal, a Lei da Liberdade Religiosa está a ser colocada em prática, visto que “alguns aspectos foram implementados”, disse à Agência Ecclesia o padre Saturino Gomes, Director do Instituto Superior de Direito Canónico (ISDC) da Universidade Católica Portuguesa.

E exemplifica: “pontos relacionados com o reconhecimento civil do Matrimónio religioso; as Igrejas radicadas; algumas questões financeiras e, ultimamente, a assistência religiosa nos hospitais, For-

ças Armadas e prisões”.

Este especialista participou no I Congresso Internacional Hispano-Português sobre liberdade religiosa que decorreu, nos dias 22 e 23, na cidade espanhola de Léon.

Em relação ao estatuto da assistência religiosa, nesta área, apesar da Igreja Católica não entrar na Lei da Liberdade Religiosa, o padre Saturino Gomes adianta que “se optou por esta solução, mas a Igreja Católica podia ter um estatuto à parte”. Foi o caminho “seguido pelo governo e

pela Igreja”.

Sobre o ensino religioso nas escolas, o padre Saturino Gomes sublinha que “ao nível da Igreja Católica é o que está em vigor” sobre as outras confissões religiosas “está previsto que desde que haja um número mínimo de alunos de determinada confissão numa certa escola pode leccionar-se”. E acrescenta: “está decorrente na lei e a lei da Comissão da Liberdade Religiosa está a trabalhar nesse sentido”.

Questionado sobre o aparecimento de uma

Criar um Clima para a justiça nova disciplina, o director do ISDC afirma que “não se sabe se é disciplina ou módulo”.

Como o fenómeno religioso “nem sempre é compreendido”, o padre Saturino Gomes pede “uma melhor informação” sobre esta área. Os manuais escolares contêm “imprecisões históricas sobre as religiões”. A revisão dos manuais “não é fácil”, mas essa questão já “foi levantada pela Comissão da Lei da Liberdade Religiosa e apresentada ao Ministério da Educação”.

O desafio da Reconciliação global “Reconciliai-vos!” – foi o grito de S. Paulo que se tornou o lema do XI Fórum Ecuménico Jovem, realizado no Centro Paroquial do Montijo, a 24 de Outubro, com a presença de 150 jovens vindos de todo o país.

As palavras de Boas Vindas foram do P. Carlos Rosmaninho, Pároco do Montijo, que criou todas as condições para acolher bem os jovens das Igrejas Católica, Lusitana, Medotista e Presbiteriana, que organizaram o Fórum.

O P. J. Manuel Pereira de Almeida, Pároco de S. Isabel (Lisboa) e Assistente da Comissão Nacional Justiça e Paz, abordou o tema da Reconciliação a partir do Evangelho de S. Lucas, pegando na Parábola dos dois filhos e na história de Zaqueu. Valorizou o grande abraço do Pai e o convite para a festa, salientando a

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Fórum Ecuménico Jovem no Montijo

experiência de Zaqueu que percebeu uma nova forma de viver: a vida que vale é a que é dada aos outros.

Depois, lançou pistas de reflexão para o trabalho em pequenos grupos.

O almoço foi partilhado e festivo, iniciando a tarde com um filme sobre o Montijo e as palavras de D. Gilberto Reis, Bispo Católico de Setúbal (que recordou aos jovens que é muito mais o que nos une que aquilo que nos separa) e de D. Sifredo Teixeira, Bispo

Metodista e Presidente do Conselho Português das Igrejas Cristãs,COPIC (que considerou estes jovens portadores de uma mensagem de reconciliação, sinal de esperança). O Pastor Salvador, Presidente da Comissão Executiva da Igreja Presbiteriana, também deixou uma palavra de incentivo aos jovens. D. Manuel Felício, em nome da Igreja Católica, enviou uma mensagem a dar graças a Deus “por este importante sinal de comunhão entre cristãos

e comunidades cristãs com diferentes tradições e experiências de Fé’.

Cinco workshops permitiram aos jovens reflectir sobre a reconciliação com Deus, consigo mesmo, com os outros, entre as Igrejas e com a criação. Foi um tempo forte de partilha, de diálogo, de aprofundar conhecimentos, que os jovens apreciaram muito.

O ponto alto foi a Celebração Ecuménica de Envio, com a Cruz, a Bíblia e o ArcoÍris como símbolos de uma reconciliação que é urgente continuar a construir. Duas novidades marcam a caminhada ecuménica jovem em Portugal: a abertura do sitewww.ecumenismojove m.org e a gravação de um novo CD ecuménico, pronto até ao fim do ano.

O XII FEJ vai realizar-se em 2010.

Tony Neves Equipa Ecuménica Jovem

Diocese de Viseu define prioridades

Reunião do Novo Conselho Presbiteral O anúncio de Jesus, a aproximação entre comunicadores e destinatários da mensagem cristã, a criação de uma rede de colaboradores que aprofunde o diálogo e a corresponsabilidade, assim como a aposta nos grandes centros urbanos, são as prioridades que o

bispo de Viseu pretende que “sejam tidas em muita conta” na diocese.

As “intuições” de D. Ilídio Leandro foram apresentadas durante a reunião do renovado Conselho Presbiteral diocesano, que ocorreu nesta Segunda-feira.

De acordo com um

comunicado enviado à Agência Ecclesia, a agenda do encontro incluiu uma reflexão sobre a formação organizada e permanente de alguns ministérios laicais. Os responsáveis dos secretariados diocesanos apresentaram as medidas que os seus departamentos

sugerem para a instituição, nas paróquias e comunidades, dos ministérios de Animador da Pastoral Bíblica, Animador da Pastoral Catequética, Coordenador da Pastoral Litúrgica e Animador da Pastoral da Juventude.

Dia do Voluntário Missionário O Parque Biológico de Gaia recebeu o X Dia do Voluntário Missionário, organizado pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC), com o apoio do GAS’África Porto.

Estiveram presentes cerca de 80 pessoas pertencentes a grupos de voluntariado de todo o país, em redor do tema da campanha “Vamos criar um clima para a justiça”, que reflecte sobre o impacto das alterações climáticas nos países em desenvolvimento.

O dia começou com a celebração da Eucaristia no auditório do Parque, presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que exortou os voluntários presentes a serem testemunhas de Cristo no mundo, tanto em terras de missão como nos seus lugares de origem. No final, foi rezada uma oração de envio por dois voluntários que vão partir nos próximos meses.

Seguiu-se um almoço partilhado no parque de merendas do Parque Biológico, oportunidade para pessoas de diferentes grupos trocarem experiências entre si. À tarde houve uma conferência por Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, sobre alterações climáticas e o seu impacto nos países em desenvolvimento.

Sucesso na Escola, êxito na vida

Obra de Fernanda Batista No próximo dia 7 de Novembro, às 16h00, no salão paroquial de Vagos é apresentado o novo livro de Fernando Batista, docente de EMRC da Escola Secundária de Vagos.

Este novo livro reflecte acerca “do sucesso escolar dos alunos” e é publicado pelas Edições salesianas. Em entrevista ao site EMRCdigital, Fernando Batista afirmou que a ideia de publicar um livro surgiu “depois de colocar em prática estas ferramentas com os alunos, em aulas de tutoria e em sessões de coaching” tendo obtido “bons resultados” e, certo dia, “pelas 5h00 da manhã no mês de Fevereiro surgiu-me a ideia de colocar em livro estas práticas”. O autor agradece às Edições Salesianas que “abraçaram este projecto, e propuseram que fosse lançado nos finais de Outubro”.

Na óptica de Fernando Batista “este é um guia prático para alunos, com agenda motivacional” e que “poderá ser usado dia a dia”, apresentando-se como “uma boa ferramenta para os pais trabalharem com os filhos”. Os temas abordados vão deste a auto-estima, o quadro de vitória, a definição de sonhos/objectivos, até à gestão de tempo afectiva, e dicas para usar antes de testes e durante os testes. No fundo pretende “ajudar alunos menos bons a serem melhores e torna alunos bons em excelentes”, conclui. Na apresentação vai estar presente o actor Paulo Azevedo, autor do prefácio da obra.

“Pobreza, Simplicidade e Alegria” em Lisboa

«Presépio na Cidade»

A iniciativa “Presépio na Cidade” vem de novo para as ruas de Lisboa, a partir do dia 6 de Dezembro. Irá decorrer novamente no Chiado pois, segundo a organização, “ali está representada toda a cidade”.

“A ideia é sempre chegar cada vez a mais pessoas e a mais famílias”, indica comunicado enviado à Agência Ecclesia.

Tal como em anos anteriores, serão trabalhados os temas da “Pobreza, Simplicidade e Alegria”.

Várias figuras em pano - Presépios, Menino Jesus e Ovelhas - irão ser entregues pela mão de voluntários em Hospitais e Prisões, bem como as participantes na tradicional “Via da Alegria”.

12 IGREJA NO MUNDO

“Caritas in veritate”

Papa convida grupo de banqueiros a estudar a sua última encíclica Bento XVI enviou palavras de estímulo a um grupo de líderes do sector financeiro em Londres, que participaram num seminário privado para estudar a encíclica Caritas in veritate. O seminário, realizado a 21 de Outubro no Banco Schroders, foi organizado pelo arcebispo de Westminster, D. Vincent Nichols. O tema era “Liderança no sector financeiro, um desafio moral e espiritual”.

Uma mensagem assinada pelo secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, afirma que o Papa “está agradecido ao saber que figuras importantes no mundo das finanças estão a responder ao desafio de explorar caminhos para construir relações sociais autenticamente humanas de amizade, solidariedade e reciprocidade dentro das actividades económicas”.

Zenit

Comité Pax Christi Internacional

Masika recebe prémio de 2009 O Comité Executivo da Pax Christi Internacional e o Fundo Cardeal Bernardus Alfrink para a Paz decidiram atribuir o prémio de 2009 a Justine Masika Bihamba, de Goma, na Província do Kivu Norte - República Democrática do Congo.

Durante vários anos, Justine Masika trabalhou para melhorar a vida das mulheres rurais, defendeu os direitos humanos e ajudou as vítimas de guerra, especialmente as mulheres que foram alvo de actos de violência sexual.

Desde 2003 tem sido a coordenadora do Synergie des Femmes pour les Victimes des Violences Sexuelles (SFVS), uma ONG, composta por 35 organizações de mulheres na República Democrática do Congo, que defende a dignidade das mulheres e raparigas que foram violadas ou traumatizadas pela violência sexual relacionada com a guerra.

Diocese francesa

Sacerdotes oferecem salário Neste período de crise económica, os sacerdotes da diocese francesa de Lyon foram convidados pelo Conselho presbiteral, instância representativa de todos os sacerdotes da diocese, a entregar um mês do seu salário (cerca de 900 euros) a uma associação caritativa.

Os sacerdotes admitem que este gesto não é suficiente”, mas afirmam “enviar um sinal aos nossos contemporâneos, para quem a imagem da Igreja é frequentemente a da pregação e mais raramente a de uma solidariedade concreta”.

Zenit

Aniversário da eleição de Karekin II

Papa escreveu a Patriarca

Bento XVI enviou uma mensagem ao Patriarca e Catholicos de Todos os Arménios, Karekin II. O motivo da mensagem é o décimo aniversário da eleição e entronização de Karekin II como Patriarca Supremo.

O Papa afirma que conhece o empenho pessoal de Karekin II em prol do diálogo, da cooperação e da amizade entre a Igreja Apostólica Arménia e a Igreja Católica – empenho expresso claramente pelos vários encontros realizados recentemente entre as duas Igrejas.

“Faço votos de que as boas relações que foram estabelecidas entre nós continuem a fortalecer-se nos próximos anos”.

Papa deixa orientações para ler a Bíblia Bento XVI defendeu, no Vaticano, que a leitura da Bíblia exige a “compreensão de cada texto individual a partir do conjunto”.

O Papa falava diante de 400 docentes, estudantes e funcionários do Instituto Bíblico Pontifício, por ocasião dos 100 anos da sua fundação.

Depois de sublinhar o aumento do interesse pela Bíblia no decorrer deste século, Bento XVI afirmou que “graças ao Concílio Vaticano II, em especial à Constituição dogmática Dei Verbum, compreendeu-se ainda mais a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.

Esse mesmo documento, disse ainda, frisou a “legitimidade e necessidade do método históricocrítico, resumindo-o em três elementos essenciais: atenção aos géneros literários: estudo do contexto histórico; exame do que

DR

“Liderança no sector financeiro”

“Fonte da espiritualidade e do vigor da fé”

se costuma chamar Sitz im Leben”.

Para Bento XVI, “o pressuposto fundamental sobre o qual repousa a compreensão teológica da Bíblia é a unidade da Escritura”.

O Papa deixou votos de que “a Sagrada Escritura se torne neste mundo secularizado não somente a alma da teologia, mas também a fonte da espiritualidade e do vigor da fé de todos os fiéis em Cristo”. “É à Igreja que é confia-

do o ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo”, acrescentou.

Bento XVI saudou o que considerou como “autêntica renovação espiritual e pastoral” provocada pelo destaque dado à Bíblia, sobretudo na “pregação, catequese, estudo da teologia e diálogo ecuménico”.

Para esta renovação, afirmou, deu um contribu-

to significativo o Instituto Bíblico Pontifício, com a pesquisa científica, com o ensinamento das disciplinas bíblicas e a publicação de estudos e revistas especializadas. O Papa citou também alguns docentes ilustres, como o Cardeal Bea, que formou mais de sete mil professores de Sagrada Escritura.

Bento XVI encorajou docentes e estudantes a prosseguirem neste caminho com renovado empenho, conscientes do serviço à Igreja que lhes é pedido, ou seja, “aproximar a Bíblia à vida do Povo de Deus”, para que este “saiba enfrentar de maneira adequada os desafios inéditos que os tempos modernos põem à nova evangelização”. O Papa destaca importância de compreender cada texto no conjunto de todos os livros bíblicos.

“Somos as crianças do mundo…” em congresso

Direitos das crianças nos media Cerca de 660 participantes de 70 países participaram no congresso da SIGNIS, Associação Católica Mundial para a Comunicação, que se reuniu entre 17 e 21 de Outubro em Chiang Mai, Tailândia. O encontro teve como tema “Media para uma cultura de paz: Direitos das crianças, uma promessa para o amanhã”.

A assembleia acolheu igualmente uma centena de estudantes entre os 13 e 15 anos, provenientes das escolas da região, que participaram num atelier sobre “direitos da criança num mundo digital”. O congresso contou também com a presença de dez jovens jornalistas de vários países asiáticos.

A infância foi também evocada através da exibição de 200 lenços com mensagens e impressões de palmas das mãos de crianças de todo o mundo.

“As crianças e a juventude desafiaram a SIGNIS a assumir seriamente o nosso papel na promoção dos direitos dos mais novos, no contexto de sociedades que estão a ser transformadas através dos media”,

DR

Breves

O Mensageiro

29.Outubro.2009

afirmou o secretário-geral da organização, Alvito de Souza.

O presidente do comité organizador do congresso, Chainarong Monthienvichienchai, lembrou que “quando perguntavam ao futebolista Johan Cruyff o que fazia dele um jogador excepcional, ele respondia que ia para onde a bola se dirigia, e não para onde ela estava. Este ponto de vista tornou-se o lema de todos aqueles que estão comprometidos nas comunicações sociais, isto é, ir para onde está o futuro”, ou seja, para junto “das crianças, que são a nossa promessa de amanhã”.

A SIGNIS, por seu lado,

“terá que se adaptar para continuar a ser relevante e activa num panorama digital em mudança”, defendeu Alvito de Souza.

“Com as crianças, para as crianças, dando voz aos sem voz: apesar destas intenções tantas vezes repisadas, as crianças são ainda demasiadamente invisíveis nos media; devemos fazer mais”, afirmou o presidente da SIGNIS no discurso de abertura do congresso.

“As autoridades eclesiais, em particular, devem renovar o seu apoio aos profissionais leigos que trabalham nos meios de comunicação católicos e que se encontram numa posição única para assumir de maneira criativa os desafios de um mundo digital, para o bem das nossas crianças”, que são a “promessa de amanhãs melhores”, referiu Augustine Loorthusamy.

Na mensagem dirigida ao Congresso, Bento XVI assinalou que a maneira como as crianças são formadas pelos media e o modo como os mais novos são educados a dar-lhes uma resposta apropriada

“devem estar no centro das preocupações dos profissionais da comunicação”.

O primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, enviou uma saudação de boas-vindas aos participantes, escrevendo que os “os media têm uma grande influência nos comportamentos, e neste mundo sem fronteiras podem ajudar a preparar as gerações futuras a construir a paz e a harmonia”.

Os participantes do congresso assistiram à exibição de um vídeo sobre os direitos da infância, produzido pela SIGNIS e pelo Gabinete Internacional Católico para a Infância.

O documentário apresenta os comentários de crianças de treze países sobre questões relacionadas com respeito, pobreza, violência, família, trabalho, educação, saúde, deficiências físicas, justiceae tecnologia.

OPINIÃO 13

O Mensageiro

29.Outubro.2009

NO CORAÇÃO DA IGREJA

Pe. Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

Como um pai de família Em Setembro e Outubro, na diocese de Leiria-Fátima, houve várias paróquias que mudaram de pároco. O sacerdote que é colocado como pastor à frente de uma comunidade paroquial

é como um pai e mãe de família: cuida de cada um, interessa-se por todos, distribui o pão da Palavra e do Corpo de Cristo, reconcilia, anima, fomenta o amor fraterno, organiza serviços, suscita a cooperação, administra os bens com a ajuda de colaboradores... A sua missão é de ordem espiritual: a todos comunica o amor, a vida e os demais dons de Deus, para que vivam como filhos do pai Celeste, irmãos entre si e com todos os outros. Assim edifica a Igreja e contribui para que esta realize a sua missão no mundo.

São Paulo escreveu aos cristãos de Corinto estas palavras que se podem aplicar também aos párocos e a cada um dos sacerdotes: Deveis pensar que nós somos servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus (1 Cor 4,1). O sacerdote é ministro de Cristo: d’Ele recebeu o chamamento, a graça e a

missão. E serve as pessoas na qualidade de administrador dos bens de Deus em favor delas. Na paróquia, em nome de Jesus Cristo e tendo-o como modelo, o pároco é como um pastor para os fiéis.

Ele não está em nome próprio. A sua ligação a Jesus Cristo é também à Igreja.

Por isso, exerce o ministério com sentido e consciência eclesial, em comunhão, unidade e obediência ao Bispo.

Ao chegar a uma paróquia, encontra uma comunidade com vida e caminho já feito.

Por isso, recebe a tradição viva, dá continuidade ao trabalho de quem o precedeu e enriquece a sua nova família espiritual com os dons ministeriais e pessoais de que é portador. Como pai de família promove nela a boa harmonia, a participação activa e o desenvolvimento da vida cristã. A sua acção não se esgota na paróquia e nas res-

ponsabilidades pessoais que lhe estão confiadas. Colabora numa pastoral integrada na dimensão vicarial, diocesana e universal. A sua acção não permanece fechada no circulo dos baptizados: ama e serve também de vários modos quem não pertence à Igreja católica, propondo de forma respeitosa a vida cristã.

O principal desafio que lhe é feito hoje é o de se aplicar, com zelo e criatividade, no anúncio do Evangelho, que suscita a fé em Jesus Cristo e a revigora.

A paróquia actualmente é uma realidade plural. Por isso, a dinamização dos movimentos, das associações e da catequese, a atenção aos jovens e às famílias e a formação cristã e apostólica dos fiéis, a promoção da partilha de bens e o apoio aos mais desfavorecidos, são campos de acção a que o pároco há-de prestar especial cuidado.

Este pai de família não

pode agir sozinho. Valoriza os colaboradores que encontra na catequese, na liturgia e noutros serviços, para renovar e dinamizar a comunidade paroquial. Lançará oportunamente o convite a novos trabalhadores para “a vinha do Senhor” e cuidará da sua formação cristã e apostólica.

Como órgão de comunhão e coordenação de serviços e acções constitui o Conselho Pastoral Paroquial.

O pároco não é portanto um funcionário de serviços religiosos. E também não tem que estar nem viver sozinho.

Já no Concílio Vaticano II, a Igreja recomendou aos sacerdotes que, para se ajudarem mutuamente na vida espiritual e intelectual, para que mais facilmente possam cooperar no ministério e para se defenderem dos perigos da solidão que possam surgir, promovessem entre eles algum modo de vida comum, ou alguma convivência, que

podem revestir diversas formas, conforme as necessidades pessoais ou pastorais, por exemplo, habitar juntos, onde isso seja possível, ou tomar as refeições em comum, ou pelo menos ter reuniões frequentes e periódicas (cf PO 8).

Acontece aqui ou ali que alguns sacerdotes desejem experimentar esta recomendação da Igreja e formam pequenas comunidades sacerdotais. Esta escolha de habitarem juntos na mesma casa é para se ajudarem entre si. Podem assim apoiar-se mutuamente e partilharem a vida e os bens materiais e espirituais. Daí resulta seguramente um bem para os próprios, para as comunidades que servem e para a Igreja. E pode tornar-se também um bom testemunho da fraternidade cristã e da vida segundo o Evangelho.

PUB CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada no Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro em Porto de Mós, no dia treze de Outubro de dois mil e nove, exarada a folhas cento e vinte e oito e seguintes do livro de notas para escrituras diversas Cento e Oitenta e Nove-A… ENG.º UZIEL FERREIRA BAPTISTA DE CARVALHO, casado, natural da freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, residente em Monte Redondo, Leiria, na qualidade de gerente da sociedade: “UZIEL CARVALHO, LDA”, com o número único de matrícula e de identificação fiscal 501 548 688, com sede em Aroeira, Monte Redondo, Leiria, matriculada na Conservatória de Registo Comercial de Leiria, com o capital social de cem mil euros, declarou: Que a sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, de: Quatro sextas partes indivisas do prédio rústico sito em Cesmos, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, compostos de terrenos de cultura, com a área de sete mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com Vala da Formiga, de nascente com André Pedrosa Gaspar e de poente com Joaquim Duarte Gaspar, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria na ficha mil quinhentos e cinquenta e quatro, direitos inscritos na matriz em nome de Manuel da Cruz Santos Júnior, Manuel Pedrosa da Silva, José Pedrosa Giró Júnior e Maria do Céu Matias Pedrosa Giró, cabeça de casal da herança de sob o artigo 5.750, com o valor patrimonial correspondente de € 109,96; Que, a restante terça parte indivisa deste bem pertence a Maria do Céu Matias Pedrosa Giro (uma sexta parte indivisa) registada a seu favor pela inscrição apresentação seis de dezassete de Agosto de mil novecentos e noventa e três; e a Manuel Maria Pedrosa Giro (uma sexta parte), registada a seu favor pela inscrição apresentação dez de vinte e três de Maio de mil novecentos e noventa e seis; Que os indicados direitos vieram à posse da sua representada por compra verbal, na proporção de uma sexta parte, e no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, a Manuel da Cruz Santos Júnior e mulher Luzia Pedrosa do Carmo, residentes em Outeiro, Coimbrão, Leiria; a Manuel Pedrosa da Silva e mulher Maria Regina Pedrosa dos Santos, residentes em Paço, Monte Redondo, Leiria; a José Pedrosa Giro Júnior, solteiro, maior, residente em Coimbrão, Leiria; E a Maria do Céu Matias Pedrosa Giró e marido José Alcides Pedrosa, já falecidos, em nome de quem se encontram inscritos na matriz, o desta Maria do Céu Matias Pedrosa Giro antes do seu falecimento, falecimento que motivou a alteração administrativa da titularidade da inscrição matricial para, agora, Maria do Céu Matias Pedrosa Giro, cabeça de casal da herança de; Não obstante a sua representada não ter título formal de aquisição dos referidos direitos, foi ela que, conjuntamente com os indicados comproprietários, sempre possuíram o mencionado prédio, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, conservaram-no, colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente; Que essa sua posse é de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacifica, porque sem violência, continua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que a justificante invoca, como causa de aquisição dos seus referidos direitos, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Conferida está conforme.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, treze de Outubro de dois mil e nove.

A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Mendes)

F. Costa Pereira Médico Especialista Doenças da boca e dentes

Rua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA CONSULTAS COM HORA MARCADA 2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h Tel. 244 832406

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA Da Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.

CERTIFICO que por escritura de 13 de Outubro de 2009, iniciada a folhas 13 do livro de notas 161-A, deste Cartório.

Adelino da Fonseca Feijoeiro e mulher Idalina Lourenço Felicio, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, nela residentes na Rua Manuel Francisco Maio, nº 409, Casal dos Maios, NIF 135 130 018 e 135 130 026.

Justificaram a posse do seguinte bem: Prédio rústico sito em Alcaidaria, freguesia de Milagres, concelho de Leiria, composto de terra de pousio, com a área de seiscentos e oitenta e oito metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Rua da Boiça, do sul com Rua do Alcaide, e do poente com Adelino de Sousa da Cruz, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante sob o artigo 11.694, com o valor patrimonial de IMT e atribuído de trezentos e cinquenta euros, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que o imóvel identificado, veio à posse dos justificantes por volta do ano de mil novecentos e oitenta, por doação verbal feita aos dois, por Joaquim Feijoeiro e mulher Joaquina da Fonseca, residentes que foram em Casal dos Maios, Milagres, Leiria, sendo impossível deles obter título por falecimento dos doadores. Que, assim, não têm eles, primeiros outorgantes, título formal de aquisição do mencionado imóvel. Certo é, porém, e do conhecimento geral que o vêm possuindo desde há mais de vinte anos sem interrupção, ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de seres eles os seus verdadeiros donos. Na verdade, tem sido eles e mais ninguém, que durante todo aquele tempo têm desfrutado o referido imóvel, pago impostos por ele devidos e têm praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que, assim, e na falta de melhor título, adquiriram o identificado imóvel por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 13 de Outubro de 2009 A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA Da Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.

CERTIFICO que por escritura de 16 de Outubro de 2009, iniciada a folhas 50 do livro de notas 161 –A, deste Cartório.

João Marques Couteiro e mulher Lucinda de Jesus Antunes, casados em comunhão geral de bens, naturais ele da freguesia de Regueira de Pontes e ela da freguesia de Colmeias, ambas do concelho de Leiria, residentes na Rua dos Cordeiros, nº 236, Cordeiros, Regueira de Pontes, Leiria, NIF 107 753 910 e 184 727 693; Justificaram a posse do seguinte bem: Prédio urbano, sito na Rua dos Cordeiros, nº 236, Cordeiros, freguesia de Regueira de Pontes, concelho de Leiria, composto de casa de rés do chão, para habitação, dependências e logradouro, com a superfície coberta de noventa e dois metros quadrados e logradouro com trinta e cinco metros quadrados, inscrito na respectiva matriz rústica, sob o artigo 542, com o valor patrimonial e atribuído de vinte e dois mil e quatrocentos euros.

Que este bem, foi por eles construído em terreno que veio posse dos justificantes por volta do ano de mil novecentos sessenta e três por doação verbal de João Couteiro e mulher Julieta Duarte Marques, residentes que foram em Regueira de Pontes, Leiria, sendo impossível fazer a escritura por falecimento dos doadores.

Que em consequência daquele acto verbal possuem o identificado bem há mais de vinte anos, sem interrupção, ostensivamente, sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas de serem eles o seu verdadeiro e único dono. Na verdade têm sido eles e mais ninguém que durante todo aquele tempo têm desfrutado o dito bem e praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que, assim e na falta de melhor título, adquiriram o aludido bem por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais a sua aquisição e posse.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 16 de Outubro de 2009 A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

Tribunal Judicial de Leiria 5º Juízo Cível 1ª Publicação ANÚNCIO Processo: 2833/07.8TBLRA Despejo (Sumário) N/Referência: 4920559 Data: 15-10-2009 Autor: Luis Gaspar dos Santos e outro(s)…

Réu: Pedro Ezequiel dos Santos Lourenço e outro(s)…

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o Réu: Pedro Ezequiel dos Santos Lourenço, NIF – 229614558, com último domicílio conhecido na Travessa Olho do Pinhal, Nº 81, Chãs, Regueira de Pontes, 2416-166 LEIRIA para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(s), podendo no mesmo prazo deduzir em reconvenção o seu direito a indemnização e/ou benfeitorias, e que em substância o pedido consiste em declarar-se resolvido o contrato de arrendamento celebrado entre autores e primeiro réu, e este condenado a despejar imediatamente o imóvel arrendado, deixando-o livro e desocupado, e ainda a condenarem-se os réus, solidariamente, a pagar aos autores as rendas relativas aos meses de Outubro/2006 ao de Abril/2007, inclusivé, no montante de 2.160,00€, e as vincendas até efectivo despejo, custas e procuradoria, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados.

O Juiz de Direito, (Dr(a). João Manuel P. Cordeiro Brazão) A Escrivã-auxiliar, (Graça do Pinhal) O MENSAGEIRO • Edição 4781 • 26/10/09

ANÚNCIO Tribunal Judicial da Marinha Grande – 2º Juízo 1ª Publicação Processo:253/06.0TBMGR Execução para pagamento da quantia certa sob a forma comum Exequentes(s): António Manuel Afonso Veiga Executado(s): Rito&Gomes, Lda., José Manuel Pereira dos Santos Rito, Maria da Graça Ferreira Gomes Rito.

Olga Santos, Solicitadora de Execução, cédula 3631, com escritório na Av. Vítor Gallo, nº81, 1º Dto. – 2430-202 Marinha Grande, faz saber que nos Autos acima indicados, se encontra designado o dia 16/11/2009, pelas 13.30 horas, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na secretaria desse Tribunal, pelo(s) interessado(s) na compra do seguinte bem: Imóvel – Verba Única Prédio Rústico, composto por vinha com uma oliveira, 538m2, confronta a Norte, caminho público, Sul, José Matias, Nascente, António Fernandes, Poente, Agostinho Ventura, sito nas Matas, freguesia de Maceira, Concelho de Leiria, com o artigo de matriz n.º8284 – Maceira, e descrito na 2ª Conservatória do Registo Predial de Leiria com a descrição n.º2709 da Freguesia de Maceira.

Valor Base: 5.000,00 euros.

Em relação às propostas, não serão aceites aquelas que forem de valor inferior a 70% do valor base do bem em causa: 3.500,00 euros (5.000,00 euros x 70%).

Das propostas a apresentar, deverão as proponentes juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor (nº1 do art. 897º do CPC).

Executados: Rito&Gomes, Lda., NIF 505763273, residente na Rua 7, Lote 3, Bairro da Cimpor, Maceira Liz. José Manuel Pereira dos Santos Rito, casado, NIF 185144810, residente na Rua 7, Lote 3, Bairro da Cimpor, Maceira Liz. Maria da Graça Ferreira Gomes Rito, casada, NIF 187702292, residente na Rua 7, Lote 3, Bairro da Cimpor, Maceira Liz. Fiel Depositário: O Executado supra mencionados, nos termos do art. 839º, nº 1, al. a) do CPC. Não foram reclamados créditos no âmbito da presente execução.

Não se encontra pendente oposição à execução.

A Solicitadora de Execução, (Olga Santos) O MENSAGEIRO • Edição 4781 • 26/10/09

14 INSTITUCIONAL CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada no Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro em Porto de Mós, no dia treze de Outubro de dois mil e nove, exarada a folhas cento e trinta e seguintes do livro de notas para escrituras diversas Cento e Oitenta e Nove-A… ENG.º UZIEL FERREIRA BAPTISTA DE CARVALHO e esposa DR.ª MARIA EMÍLIA LEAL SINTRA CARVALHO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria e ela da freguesia de Mata Mourisca, concelho de Pombal, residentes em Monte Redondo, Leiria, Nifs: 105 255 777 e 105 255 785, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens: UM: Prédio rústico sito em Murra, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de mil e cem metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Pereira Manso, de sul com Domingos Pereira Frias, de nascente com João Pedrosa e de poente com caminho, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e vinte e sete, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 5.799, com o valor patrimonial de € 18,99; DOIS: Prédio rústico sito em Valadas, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de seis mil metros quadrados, a confrontar de norte com canal de rega, de sul com caminho, de nascente com Manuel Duarte Rolo Júnior e de poente com Maria Duarte Neves, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e vinte e oito, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 5.807, com o valor patrimonial de € 97,79€; TRÊS: Prédio rústico sito em Marmeleiro, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de mil metros quadrados, a confrontar de norte com Marmeleiro, de sul com Ulisses Pereira Matias, de nascente com Vala e de poente com Rio Negro Novo, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e vinte e nove, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 5.816, com o valor patrimonial de €18,10; QUATRO: Prédio rústico sito em Valadas, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de norte com Maria Mercês Gonçalves, de sul com caminho, de nascente com José Duarte Neves e de poente com José de Oliveira Duque, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e trinta, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 5.830, com o valor patrimonial de € 29,79; CINCO: Prédio rústico sito em Murra, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de dois mil e trezentos metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com José Pereira Manso, de nascente com Manuel Ferreira e de poente com Maria Duarte Amado, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e trinta e uma, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 5.861, com o valor patrimonial de € 46,01; SEIS: Prédio rústico sito em valadas, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de quinhentos e dezanove metros quadrados, a confrontar de norte com herdeiros de Luís Pereira Castela, de sul com José Pedrosa Frias, de nascente com Manuel Pereira Matias e de poente com canal de rega. Descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentas e trinta e três, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 6.114, com o valor patrimonial de € 12,70; SETE: Prédio rústico sito em Entre Valas, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de mil e novecentos metros quadrados, a confrontar de norte com serventia, de sul e nascente com José Ferreira

O Mensageiro

29.Outubro.2009

Rosio e de poente com serventia, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e trinta e quatro, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 6.197, com o valor patrimonial de € 41,48; OITO: Prédio rústico sito em Murra, freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria, composto de terra de cultura, com a área de mil e cem metros quadrados, a confrontar de norte com Américo Crespo, de sul com Joaquim Salgueiro, de nascente com Manuel Pedrosa Frias e outros e de poente com Manuel Duarte Rolo Júnior, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e trinta e cinco, inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 6.219, com o valor patrimonial de € 26.65; NOVE: Metade indivisa do prédio rústico sito em Cova da Lezíria, freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, composto de terra de arroz, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar de norte com Ulisses Pereira Matias, de sul com serventia, de nascente com Manuel Ferreira Matias e de poente com Manuel Duarte Pedroso, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil quatrocentos e vinte, direitos inscritos na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 20.768, com o valor patrimonial correspondente de € 19.11; DEZ: Uma terça parte indivisa do prédio rústico sito em Cova da Lezíria, freguesia de Monte Redondo, concelho de Leiria, composto de terra de arroz, com a área de seiscentos e setenta metros quadrados, a confrontar de norte com José Joaquim Duarte, de sul com Joaquim Duarte das Neves, de nascente com João Pedrosa Frias e de poente com estrema da freguesia de Coimbrão, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha seis mil seiscentos e trinta e nove, direitos inscrito na matriz em nome de Manuel Joaquim Braz sob o artigo 20.758, com o valor patrimonial correspondente de € 4,99; Estes bens encontram-se registados a favor de Maria Pedrosa Duque Brás casada com Manuel Joaquim Brás pela inscrição correspondente à apresentação onze de dez de Novembro de mil novecentos e setenta e dois; Que a restante metade indivisa do bem relacionado sob a verba NOVE pertence a Maria Joaquina dos Ramos, a favor de quem se encontra registada pela inscrição correspondente à apresentação uma de catorze de Maio de mil novecentos e seis; Que as restantes duas terças partes indivisas do bem relacionado sob a verba dez pertencem a UZIEL CARVALHO, LDA, a favor de quem se encontram registados pelas inscrições correspondentes às apresentações quarenta e uma de dezoito de Março de dois mil e oito e treze de três de Junho de dois mil e oito; Que os bens acima mencionados vieram à sua posse por compra verbal aos mencionados Maria Pedrosa Duque Brás e marido Manuel Joaquim Brás, já falecidos, no ano de mil novecentos e setenta e sete, já no estado de casados; Não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos bens, foram eles que sempre os possuíram, os relacionados sob a verba nove e dez conjuntamente com os indicados comproprietários, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, conservaram-no, colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente; Que essa sua posse é de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacifica, porque sem violência, continua e publica, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios ou direitos prediais, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Conferida está conforme.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, treze de Outubro de dois mil e nove.

A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Mendes)

CEDILE Telefone 244 850 690

EDITAL N.º 111/2009 INQUÉRITO ADMINISTRATIVO 2.ª Publicação ISABEL DAMASCENO CAMPOS, Presidente da Câmara Municipal do Concelho de Leiria, faz saber, nos termos dos Artigos 223º e seguintes do Decreto - Lei n.º 59/99, de 02 de Março, que se procede pela Secção de Apoio Administrativo às Empreitadas desta Câmara Municipal a Inquérito Administrativo relativo à empreitada de “ BENEFICIAÇÃO DA EM 547 2ª FASE – MACEIRINHA/ PORTO CARRO - MACEIRA “, P,.º N.º T – 57/2007, de que foi empreiteira a Empresa MANUEL DA CONCEIÇÃO ANTUNES, S.A, pelo que, durante os QUINZE DIAS que decorrem desde a data da afixação destes éditos e mais OITO, poderão os interessados apresentar na Secretaria desta Câmara Municipal, por escrito e devidamente fundamentadas e documentadas, quaisquer reclamações a que se julgam com direito por falta de pagamento de salários e materiais, ou de indemnizações e, bem assim, o preço de quaisquer trabalhos que o empreiteiro haja mandado executar por terceiros.

Não serão consideradas as reclamações apresentadas fora do prazo acima estabelecido.

Para constar se pública o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Leiria, 15 de Setembro de 2009.

A Presidente da Câmara Municipal, (Isabel Damasceno Campos) O MENSAGEIRO • Edição 4781 • 26/10/09

EDITAL N.º 110/2009 INQUÉRITO ADMINISTRATIVO 2.ª Publicação ISABEL DAMASCENO CAMPOS, Presidente da Câmara Municipal do Concelho de Leiria, faz saber, nos termos dos Artigos 223º e seguintes do Decreto - Lei n.º 59/99, de 02 de Março, que se procede pela Secção de Apoio Administrativo às Empreitadas desta Câmara Municipal a Inquérito Administrativo relativo à empreitada de “ EDIFÍCIO DE APOIO À ESCOLA FIXA DE TRÂNSITO DA ORTIGOSA – 2ª FASE”, P.º N.º T – 84/2008, de que foi empreiteira a Firma MONJOLO – MADEIRAS, LDª, pelo que, durante os QUINZE DIAS que decorrem desde a data da afixação destes éditos e mais OITO, poderão os interessados apresentar na Secretaria desta Câmara Municipal, por escrito e devidamente fundamentadas e documentadas, quaisquer reclamações a que se julgam com direito por falta de pagamento de salários e materiais, ou de indemnizações e, bem assim, o preço de quaisquer trabalhos que o empreiteiro haja mandado executar por terceiros.

Não serão consideradas as reclamações apresentadas fora do prazo acima estabelecido.

Para constar se pública o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Leiria, 15 de Setembro de 2009.

A Presidente da Câmara Municipal, (Isabel Damasceno Campos) O MENSAGEIRO • Edição 4781 • 26/10/09

ECOGRAFIA / DOPPLER / ECOCARDIOGRAFIA TAC / MAMOGRAFIA / RX / OSTEODENSITOMETRIA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ARTICULAR Telefone +351244850690 / Fax 244850698 Largo Cândido dos Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

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FÁRMÁCIAS DE SERVIÇO Avenida (dia 29), Central (dia 30), Higiene (dia 31), Lino (dia 1), Oliveira (dia 2), Sanches (dia 3) e Avenida (dia 4)

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

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Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb.

Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244

816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

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Tabela de Assinaturas para 2009 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros

DESPORTO 15

O Mensageiro

29.Outubro.2009

Editor de desporto d’O MENSAGEIRO Tinha 23 anos, era norte-americano e praticava basquetebol (Ovarense). Morreu na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, no domingo (dia 25), no intervalo do Ovarense x Académica, disputado no Pavilhão dos Pousos, Leiria, jogo a contar para o Troféu António Prates.

O Correio da Manhã alertava, na edição do dia seguinte, para “a falta de um desfibrilador [equipamento utilizado para tentar reverter paragens cardiorrespiratórias] no pavilhão”, facto replicado pelo presidente da Associação de Basquetebol de Leiria, António Rosa, que referiu que “estava disponível todo o material obrigatório” e que esse equipamento “não faz parte dessa lista”. O mesmo título recorda ainda outros casos, de atletas que faleceram da mesma forma, como os futebolistas Miklos Féher, em 2004, em pleno V. Guimarães x Benfica, ou Hugo Cunha, no ano seguinte, que passou pela U. Leiria e que então jogava futebol com os amigos.

A propósito deste tema, chegou-nos ainda a informação de uma prova de patinagem, decorrida em Alcobaça, onde foi apontada a falta de apoio médico, ao nível de recursos humanos e técnicos. Mais um caso que levanta a questão: a existência de equipamentos e/ou provas desportivas é devidamente acompanhada por recursos médicos?

A prática desportiva é propícia a acidentes e são frequentes as actividades em que não estão presentes técnicos especializados. Veja-se o caso do futebol, que mobiliza milhares de participantes no distrito de Leiria, em que o “spray milagroso”, o gelo, parecem ser a solução para todos os problemas.

A morte de Kevin Widemond é, infelizmente, mais um alerta para os agentes desportivos: Como é possível que uma prova organizada pela respectiva federação, com o apoio da associação local, que contou com quatro das melhores equipas nacionais, não tivesse, no mínimo, uma ambulância presente?

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LABETO, S.A.

Leiria Av. Marquês de Pombal, Lote nº 2 Tel.: 244 830 460 Fátima Rotunda Sul - Ed. Azinheira Marinha Grande Rua das Portas Verdes, 58 Ourém Av. Nuno Álvares Pereira

liga sagres

I LIGA 8.ª Jornada (25.10) V. Setúbal x Leixões (1-0), Benfica

x Nacional (6-1), U. Leiria x Naval (2-0), Porto x Académica (3-2), Belenenses x Olhanense (0-0), Marítimo x P. Ferreira (3-1), Rio Ave x Sp. Braga (1-1),V. Guimarães x Sporting (realizado após fecho) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Benfica Sp. Braga Porto Nacional Rio Ave Sporting Marítimo U. Leiria Leixões Beleneneses P. Ferreira V. Setúbal Olhanense Naval V. Guimarães Académica

J V E D Pts 8 7 1 0 22 8 7 1 0 22 8 6 1 1 19 8 3 2 3 11 8 2 5 1 11 7 3 2 2 11 8 3 2 3 11 8 2 4 2 10 8 2 2 4 8 8 1 4 3 7 8 1 4 3 7 8 2 1 5 7 8 1 4 3 7 8 2 1 5 7 7 1 3 3 6 8 0 3 5 3

liga vitalis

II LIGA 7.ª Jornada (25.10) Gil Vicente x Varzim (1-2), Penafiel x Portimonense (1-0), Carregado x Sp. Covilhã (1-1), D. Aves x Fátima (0-1), Beira-Mar x D. Chaves (2-1), Freamunde x Feirense (1-2), Trofense x Oliveirense (1-0), Santa Clara x Estoril (1-1) Equipa J V E D Pts 1.º Feirense 7 4 2 1 14 2.º Portimonense 7 4 1 2 13 3.º Santa Clara 7 3 3 1 12 4.º Beira-Mar 7 4 0 3 12 5.º Gil Vicente 7 3 2 2 11 6.º Sp. Covilhã 7 3 1 3 10 7.º Carregado 7 2 3 2 9 8.º Penafiel 7 2 3 2 9 9.º Freamunde 7 2 2 3 8 10.º Fátima 7 2 2 3 8 11.º Oliveirense 7 2 2 3 8 12.º Varzim 7 2 2 3 8 13.º D. Aves 7 1 5 1 8 14.º Estoril 7 1 4 2 7 15.º Trofense 7 2 1 4 7 16.º D. Chaves 7 1 3 3 6

9.ª Jornada (01.11) Sp. Braga x Benfica (31.10),

8.ª Jornada (01.11) Portimonense x Santa Clara (31.10),

Académica x V. Guimarães, Sporting x Marítimo, Olhanense x Rio Ave, Porto x Belenenses (30.10), Naval x Leixões, Nacional x V. Setúbal, P. Ferreira x U. Leiria

Feirense x Gil Vicente, Oliveirense x Carregado, Varzim x Beira-Mar, Estoril x Trofense, D. Chaves x Freamunde, Fátima x Penafiel, Sp. Covilhã x D. Aves

U. Leiria tem novo treinador

Volta a Portugal Luís Gregório (União de Ciclismo de Leiria/Plástidom) foi declarado vencedor (veteranos “C”) da 1.ª Volta a Portugal em Bicicleta de Masters, na sequência da desclassificação de dois atletas que acusaram, no organismo e após contraanálise, substâncias proibidas. O caso remonta à quinta etapa, disputada na Póvoa de Varzim, entre os dias 22 e 26 de Julho, que ditou o 3.º lugar do leiriense, atrás de Tito Timóteo (Aluvia/Valongo/AC Sobrado) e (UDAR-Quinchães), respectivamente, os atletas desclassificados.

Paulo Novais/Lusa

Pedro Jerónimo

Ciclismo | Leiria

Toni Vidigal (na foto) sucede a Manuel Fernandes Mudança inesperada no comando técnico da U. Leiria. Sai Manuel Fernandes – mudou-se para o V. Setúbal – e entra, para o seu lugar, Lito Vidigal, que se encontrava a treinar o Portimonense (II Liga). Um regresso à I Liga – estreou-se como treinador, em 2008/09, no E. Amadora – que não poderia ter corrido melhor, uma vez que comandou os leirienses à primeira vitória em casa, a contar para o campeonato.

Com o objectivo manutenção em mente, o novo técnico da U. Leiria aceitou o “convite por ser um desafio aliciante” e porque lhe dá “a possibilidade de voltar a trabalhar na Liga”. Lito Vidigal referiu ainda, no decorrer da apresentação (dia 22 de Outubro), que “o desafio maior é aliar também aos bons resultados um bom futebol, para que se tente puxar um pouco

Orientação | Leiria

Vitória sobre rodas O Clube de Orientação do Centro terminou no primeiro lugar do I Ori-BTT de Idanha-a-Nova, que decorreu nos dias 24 e 25 de Outubro. As vitórias de Daniel Marques (Elite), Catarina Ruivo (D21A), Luísa Mateus (D45) e Albano João (H50), nos respectivos escalões, foram os principais contributos para a classificação do clube leiriense.

Basquetebol | Leiria

Estreia em grande

João Matias/Arquivo

Kevin Widemond: Paz à sua alma

A APD-Leiria (delegação distrital da Associação Portuguesa de Deficientes) entrou a ganhar (76-30) no campeonato nacional da presente época, na recepção à equipa “Tubarões-PriceChek” (Algarve).

fed. portuguesa futebol zona centro

II DIVISÃO

5.ª Jornada (25.10) Ac.Viseu x Pampilhosa (4-5),

Marinhense x Monsanto (2-0), Tourizense x Praiense (1-0), U. Serra x Arouca (0-0), Esmoriz x Operário (3-1), Eléctrico x Mafra (0-1),V. Pico x Sertanense (3-1), Ol. Bairro x Tondela (1-4) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Marinhense Tondela Mafra Tourizense Esmoriz Arouca Praiense Operário Monsanto Ac.Viseu U. Serra Pampilhosa Eléctrico V. Pico Ol. Bairro Sertanense

J V E D Pts 5 3 2 0 11 5 3 1 1 10 5 3 1 1 10 5 3 1 1 10 5 2 2 1 8 5 2 2 1 8 5 2 2 1 8 5 2 1 2 7 5 2 1 2 7 6 2 0 4 6 5 1 2 2 5 5 1 2 2 5 5 1 2 2 5 6 1 1 4 4 5 1 1 3 4 5 1 1 3 4

6.ª Jornada (01.11) Pampilhosa x Ol. Bairro, Monsanto x Ac.Viseu, Praiense x Marinhense, Arouca x Tourizense, Operário x U. Serra, Mafra x Esmoriz, Sertanense x Eléctrico, Tondela x V. Pico

mais pelos adeptos, que normalmente não abundam no estádio. Queremos um futebol positivo para promover a presença dos leirienses no estádio.”

Entretanto, o técnico já começou a concretizar algumas das promessas, ao conseguir uma estreia vitoriosa (2-0) na recepção à Naval 1.º Maio, dia 24. Foi a primeira no Estádio Municipal de Leiria, onde até então registava dois empates e uma derrota – Rio Ave (1-1), Marítimo (00) e Benfica (1-2) –, e a segunda na I Liga (4-0 em Setúbal).

Segue-se uma deslocação a Paços de Ferreira, dia 1 de Novembro. Pelo meio o primeiro jogo na Taça da Liga, no reduto do Santa Clara (Açores), realizado após o fecho desta edição.

Pedro Jerónimo pj@omensageiro.com.pt

João de Barros nas competições europeias

Momento histórico à vista?

Primeira prova superada. O Colégio João de Barros conseguiu levar a bom porto as negociações com a equipa do Zito Prilep (Macedónia) e, assim, irá realizar, em Pombal, as duas mãos da 3.ª eliminatória – primeira para a equipa portuguesa – da Taça Challenge. Um desfecho que evita uma despesa, com deslocações e es-

tada, de “cerca de 27 mil euros”, segundo fonte do clube.

Seguem-se os jogos, a 31 de Outubro e 1 de Novembro, ambos às 17h00. Se o desfecho da eliminatória for favorável, será a primeira vez que uma equipa portuguesa segue em frente na prova.

PJ

fed. portuguesa futebol

III DIVISÃO série D 5.ª Jornada (25.10) Sourense x Sp. Pombal (1-1), B.C. Branco x Gândara (4-4),V. Mocidade x F. Algodres (0-1), Tocha x Nelas (2-0), Anadia x Alcains (1-1), Penamacorense x Mangualde (2-2)

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Equipa F. Algodres Sourense Anadia Gândara Mangualde Sp. Pombal Penamacorense B.C. Branco V. Mocidade Tocha Alcains Nelas

J V E D Pts 5 4 0 1 12 5 3 2 0 11 5 3 1 1 10 5 2 3 0 9 5 2 2 1 8 5 2 1 2 7 5 1 3 1 6 5 1 2 2 5 5 1 1 3 4 5 1 1 3 4 5 0 2 3 2 5 0 2 3 2

6.ª Jornada (01.11) Sp. Pombal x Penamacorense, Gândara x Sourense, F. Algodres x B.C. Branco, Nelas x V. Mocidade, Alcains x Tocha, Mangualde x Anadia

série

E

5.ª Jornada (25.10) Sintrense x Alcochetense (1-0), Portomonense x Casa Pia (1-1), Oeiras x Caldas (1-1), Tojal x Ol. Moscavide (2-1), Torreense x Gavionenses (4-0), Peniche x 1.º Dezembro (2-2)

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Equipa Casa Pia Sintrense Torreense Tojal Peniche 1.º Dezembro Alcochetense Oeiras Caldas Portomosense Gavionenses Ol. Moscavide

J V E D Pts 5 4 1 0 13 5 3 0 2 9 5 3 0 2 9 5 3 0 2 9 5 2 2 1 8 5 2 2 1 8 5 2 1 2 7 5 1 3 1 6 5 1 2 2 5 5 1 2 2 5 5 0 2 3 2 5 0 1 4 1

6.ª Jornada (01.11) Alcochetense x Peniche, Casa Pia x Sintrense, Caldas x Portomosense, Ol. Moscavide x Oeiras, Gavionenses x Tojal, 1.º Dezembro x Torreense

ass. futebol de leiria

HONRA

5.ª Jornada (25.10) Bombarralense x Outeirense

(3-0), Meirinhas x Guiense (2-1), Alq. Serra x Pedroguense (2-0), Alcobaça x Pilado e Escoura (3-1), Pataiense x Gaeirense (2-1), Nazarenos x Marrazes (1-1), Ansião x Beneditense (1-0), Fig. Vinhos x Valcovense (0-1) Equipa J V E D Pts 1.º Bombarralense 5 5 0 0 15 2.º Valcovense 5 3 2 0 11 3.º Guiense 5 3 1 1 10 4.º Alcobaça 5 3 1 1 10 5.º Alq. Serra 5 3 0 2 9 6.º Pataiense 5 3 0 2 9 7.º Gaeirense 5 2 2 1 8 8.º Beneditense 5 2 1 2 7 9.º Meirinhas 5 2 1 2 7 10.º Pedroguense 5 2 0 3 6 11.º Ansião 5 1 3 1 6 12.º Nazarenos 5 1 1 3 4 13.º Marrazes 5 0 3 2 3 14.º Outeirense 5 1 0 4 3 15.º Fig.Vinhos 5 0 2 3 2 16.º Pilado 5 0 1 4 1 6.ª Jornada (01.11) Outeirense x Fig.Vinhos, Guiense x Bombarralense, Pedroguense x Meirinhas, Pilado x Alq. Serra, Gaeirense x Alcobaça, Marrazes x Pataiense, Beneditense x Nazarenos, Valcovense x Ansião

Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...

ÚLTIMA 29OUTUBRO2009

Saint-Exupéry, escritor francês (1900-1944)

Retrato do cardeal leiriense D. Patrício da Silva

Torre do Tombo cede quadro ao Arquivo Distrital de Leiria No dia 27 de Outubro, foi realizada a cerimónia no Arquivo Distrital de Leiria da vinda para Leiria do retrato do Cardeal D. Frei Patrício da Silva. Desde 1943, data da realização do “Iº Congresso das Actividades do Distrito de Leiria”, se pedia a vinda para Leiria do retrato deste insigne leiriense.

Ficam assim cumpridos os desideratos de alguns leirienses para que o quadro de D. Frei Patrício da Silva viesse para a sua terra natal, esforço que o actual director do Arquivo Distrital de Leiria, Acácio de Sousa, diligenciou em 2001. A edição do livro biográfico, sobre o Cardeal, da autoria de Ricardo Charters d’Azevedo, publicado pela Textiverso, em Julho deste ano, talvez tenha sido determinante para que definitivamente viesse o retrato de D. Patrício para a sua terra natal. Assim aconteceu na tarde do dia 27 de Outubro, entre algumas testemunhas.

Mas quem foi este Cardeal?

Cardeal Pa triarca D. Frei Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, nasceu a 15 de Setembro de 1756, nos Pinheiros (Marrazes), e faleceu a 3 de Janeiro de 1840, em Lisboa, com 83 anos. Depois dos estudos básicos professou no Convento de Santo Agostinho de Leiria, tendo sido ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1780, com 24 anos.

Reconhecidos os seus invulgares dotes, foi depois enviado para a Universidade de Coimbra, onde completou a formação teológica de forma brilhante. Concluída a formatura teológica, fez o seu doutoramento solene na Universidade de Coimbra a 31 de Julho de 1785, com 28 anos, ascendendo logo a lente da mesma Faculdade.

D. Patrí cio é 6.° tio-avô de Charters d’Azevedo, e viveu numa época muito conturbada. Lembremos que em 1758 dá-se o atentado

Acácio de Sousa, director do Arquivo Distrital de Leiria e Ricardo Charters d’Azevedo, familiar do D. Patrício, no momento que assinalou a chegada da obra de arte a Leiria

Descrição da obra de D. Patrício Retrato do Cardeal Patriarca de Lisboa, que se encontra a partir de agora no Arquivo Distrital de Leiria, com a seguinte inscrição: «D. Fr. Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, Doutor em Teologia, lente da mesma faculdade na Universidade de Coimbra, Deputado da Junta do Melhoramento das Ordens Regulares, pregador régio e da Sereníssima Casa do Infantado, sócio da Real Academia das Ciências de Lisboa, eleito Bispo de

Castelo- Branco em 13 de Maio de 1818, Arcebispo de Évora em 3 do mesmo mês de 1819, sagrado na igreja deste convento de N. Senhora da Graça em 30 de Abril de 1820, Cardeal Presbítero da Santa Igreja Romana, do Conselho de Estado, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, de que passou a Regedor das Justiças da Casa da Suplicação».

a D. José e no ano seguinte são executados o Duque de Aveiro e os marqueses de Távora e confiscados os bens da Companhia de Jesus e dá-se sua expulsão. Tinha D. Frei Patrício 24 anos, quando, em 1780, se realizam os últimos autos-de-fé, um em Coimbra (17 pessoas queimadas) e o outro em Évora (8 pessoas) e nesse mesmo ano o Marquez de Pombal é julgado e condenado.

D. Patrício “assiste” às mortes de D. José I (1776), de D. Pedro (1786), marido da rainha, do príncipe herdeiro D. José (1788).

D. Maria I enlouquece (1792) e D. João assume a governação. Dá-se a invasão francesa (1807 -1811), a rainha e o príncipe regente partem para o Brasil (1807) com a corte e muita da administração do reino. Volta, em 1821, D. João VI do Brasil, e dá-se a independência do Brasil (1822).

Promulga-se a Constituição nesse ano, assiste-se a sublevações em Trás-os-Montes, á Vilafrancada, à Abrilada (1824) e ao 1º desterro do D. Miguel. O rei vai, nesse ano, refugiar-se num navio no Tejo. Morre D. João VI (1826) e D. Patricio tem de “co-existir” com as guerras resultantes da “zanga real” (1828 – 1834). Morre D. Pedro e D. Maria II é rainha (1834).

D. Maria casa-se com Augusto de Leuchtenberg que morre pouco depois. Introduz-se a máquina a vapor na indústria (1835). No ano seguinte D. Maria II casa-se com Fernando de Saxe-Coburgo Goths e D. Patrício assiste ainda, em 1836, à Revolução Setembrista, à abolição da carta e ao restabelecimento da constituição de 1822 e à nacionalização dos bens das ordens religiosas. Nesse mesmo ano dá-se a tentativa de golpe de

Estado palaciano: Belenzada...

Revolta dos Marchais Saldanha e Terceira, que comanda um movimento cartista, ainda nesse ano.

Em 1837 há uma enorme crise bancária, e pode-se ver tal na correcção que D. Patricio faz ao seu testamento. Nasce, em 1837 o filho D. Fernando, de D. Maria II. Morre D. Patrício em 1840, mostrando que tem valor para resistir a todas estas vicissitudes. É um leiriense!

Na oração fúnebre ao insigne Prelado, proferida por João António Pereira, Prior de S, Nicolau, da Vila de Santarém, por ocasião das exéquias celebradas no dia 4 de Fevereiro de 1840 na Paroquial Igreja do Salvador daquela vila, disse-se, alto e bom som, que «Dom Frei Patrício da Silva (...) foi outrora Eremita Calçado de Santo Agostinho, Doutor na Sagrada Teologia, Mestre na sua Ordem, Pregador Régio, Director dos Estudos e Professor de Teologia Dogmática no Seminário Patriarcal, Director dos Estudos nos Gerais de S. Vicente de Fora, Membro da Junta do Melhoramento, Lente da Faculdade Teológica na Universidade de Coimbra, Grão Cruz da Ordem de Cristo, Ministro, Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, Regedor das Justiças da Casa de Suplicação, Membro da Regência do Reino (por morte do Imperador e Rei), Par do Reino e Vice-presidente da Câmara dos Pares, Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora, Cardeal da Santa Igreja Romana, Patriarca da Santa Igreja de Lisboa, Literato ilustre, Orador eloquente. Homem de Deus, do Rei e da Grei!...» Sem rebuço, um leiriense, como afirmava o Mensageiro a 16 de Julho de 2009!