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& Negócios Chile reconhece Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação

Segundo Luana, o município estava abastecendo quase mil famílias com apenas um caminhão-pipa e as pessoas estavam ‘brigando’ por água. “Hoje foi colocado mais um caminhão para o abastecimento e também o apoio do Exército”, salienta.

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A vereadora ressalta que, além da água, os produtores pediram R$ 500 mil para a aquisição de silagem e a Prefeitura ficou de estudar a proposta e dar a resposta até quarta-feira. Ela conta que, nos últimos 15 dias, a Prefeitura subsidiou as cooperativas com R$ 177 mil, e o pagamento demorou para sair. “Já estamos sem comida para o gado, tá muito crítica a situação”, frisa.

A informação de que o Chile reconhece o Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação foi confirmada na segunda-feira, dia 6, a partir da publicação no Diário Oficial do país vizinho. A confirmação do atual status sanitário do RS veio após a visita de representantes do país ao Estado, no final de 2022, quando foram avaliados os protocolos de defesa sanitária animal aqui realizados. A decisão é importante para o mercado pecuário gaúcho, principalmente no que se refere à exportação de animais e produtos de origem animal. Também é benéfica porque agrega mais pontos ao Rio Grande do Sul, que já recebera, em 2021, o certificado internacional de área livre de aftosa sem vacinação, reconhecimento concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O secretário da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, destaca que o reconhecimento é consequência do cuidado e da fiscalização das medidas sanitárias por parte do órgão, da responsabilidade das entidades e da conscientização dos produtores. “Essa é uma grande oportunidade para novos negó-

Governo do Estado destaca potencial para novos negócios com decisão cios, inclusive porque o Chile tem acordos bilaterais com diversos países europeus, o que pode abrir portas para a exportação da carne gaúcha”, destaca.

Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o resultado favorecerá o comércio gaúcho. “O Chile é o primeiro mercado a reconhecer o Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação. Isso permitirá que as empresas trabalhem essa área com vistas à exportação dos nossos produtos”, afirma.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Colla- res, destaca que o Chile é “um dos países mais exigentes da América do Sul, tanto que serve de balizador para outras federações procurarem novos mercados de proteína animal”, aponta.

Em março, a Seapi deverá receber uma missão das Filipinas que também objetiva a comprovação de área livre de aftosa sem vacinação. Além disso, a secretaria aguarda retorno de missão da República Dominicana, que esteve no Estado em janeiro deste ano.

Farsul discutirá medidas de enfrentamento da estiagem no Rio Grande do Sul

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Está marcada para ocorrer na próxima quinta-feira, dia 9, uma reunião promovida pela Farsul com os sindicatos rurais do Rio Grande do Sul. O tema abordado do encontro será o enfrentamento à estiagem que assola o Estado desde o final do ano passado.

O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, disse ao Jornal Minuano, que a entidade está muito preocupada e atenta à estiagem que os produtores rurais estão enfrentando. “Estamos preocupados com essa nova estiagem que estamos vivendo. Por um lado, não posso definir se é uma nova estiagem ou a continuidade da anterior, acredito que talvez não tenhamos saído dessa estiagem. O fato é que as perdas já são consideráveis para o setor agropecuário gaúcho”, enfatiza.

Luz ressalta que a Farsul já fez uma reunião com a diretoria executiva na primeira semana de fevereiro e faria uma outra, com o restante da diretoria da entidade, na segunda-feira, dia 06/02. “A reunião de quinta-feira, com os representantes dos sindicatos rurais será para definirmos a discussão de medidas que serão propostas pela Farsul para o combate à estiagem”, comenta ao afirmar que a Federação não divulgará projeções econômicas causadas pelas perdas sofridas com a estiagem. “Isso porque em algumas regiões, caso ocorram precipitações, a situação pode ser amenizada; em outras, agravar-se. Então, não faremos nenhuma projeção econômica em relação ao atual estágio da estiagem e os prejuízos para o setor. Temos responsabilidade e estamos trabalhando com os agentes financeiros, as autoridades do estado, sindicatos e produtores rurais em busca de soluções concretas para esse problema”, finaliza o economista-chefe do Sistema Farsul.

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