Estação da Notícia

Veículo Laboratorial impresso, integrante da pedagogia de projetos, produzidos pelos alunos do 4º período de Jornalismo da Faculdade Canção Nova

Ano II - 4ª Edição - Dezembro/2015

Destemida em duas rodas Marcela Ribeiro, fundadora do moto grupo “Destemidas em Duas Rodas”, rompe o preconceito que ainda existe no meio para declarar o amor que sente pelo veículo. O grupo de motociclistas é composto por 12 mulheres. Para elas, andar de motocicleta é uma válvula de escape da correria do dia a dia. Segundo a fundadora, o que mais importa entre as participantes do grupo é o companheirismo e a sensação de liberdade.

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TECNOLOGIA

SAÚDE

CULTURA

MULHER

Estudante de Radio e TV, da Faculdade Canção Nova, busca espaço no mercado de criação de conteúdo para internet.

Suco Detox, a solução saudável para emagrecer, se tornou o “queridinho” das dietas brasileiras

Casal brasileiro tem espírito empreendedor despertado durante intercâmbio cultural, em Dublin, na Irlanda

Movimento feminino, idealizado por jovem gaúcha, propõe união das mulheres no combate ao assédio sexual

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Mariana Kotscho e o novo perfil da mulher no jornalismo

Editorial

Por Juliana Machado Marri Alves

iniciais como profissional de jornalismo?

MK: Bem, tive muitas experiências na infância por ser de uma família de jornalistas. Então desde sempre frequentei redações e acompanhei meu pai em reportagens externas. Como profissional, comecei num jornal de bairro. Trabalhei uns 5 meses e o jornal fechou. Daí, aos 17 anos, fui até o SBT porque queria conhecer uma redação de TV (já que meu pai sempre trabalhou em jornal). Pedi para acompanhar a redação durante um mês, pra conhecer e durante este período surgiu uma vaga como rádio escuta e me contrataram. Fiquei na escuta do SBT até me formar, aos 21 anos (em 1994), quando recebi um convite para ser pauteira na TV Record.

Na TV Record logo passei da pauta para a reportagem. Em 1996 fui chamada pela Rede Globo, onde fiquei como repórter até 2007. Após o nascimento do meu terceiro filho, acabei pedindo demissão para ter mais tempo com as crianças e mudei o rumo da minha carreira. E após um período como freelancer para o SBT Repórter, criei meu próprio programa, o Papo de Mãe, no ar desde 2009 pela TV Brasil. O programa junta jornalismo e maternidade.

JEN: Como você enxerga a mulher a evolução da mulher no jornalismo (em relação à conquista de espaço)?

MK: Acompanhei bem isso. Quando eu era criança (déc 70/80) só tinha homens nas redações, eram poucas mulheres.

Já quando entrei na faculdade (déc 90), tinha mudado. Na minha classe, a maioria era mulher, assim como nas redações.

Hoje somos maioria e as mulheres no jornalismo já alcançam também cargos mais altos de chefia. Uma conquista, sem dúvida.

Reportagens, fotografias, edição, projeto gráfico e editoração.

Coordenador do projeto

Diretoria Geral

Juliana Machado, Amanda Maia, Maristela Alves, Rauane Ferreira, Thamires Silva, Camila Martins, Eliane Alves, Yolanda Pellegrini, Marco A. Costa, Isabelle Praxedes

Prof. Ms. Darwin Mota Prof. Ms. João Rangel Marcelo Profª. Ms. Vaniele Barreiros

Profª Esp. Shirleya Nunes de Santana Vice-diretor Geral Prof. Ms. Denis Duarte Diretor Acadêmico Prof. Dr. Henrique Alckmin Prudente

Contato

Coord. Do Curso de Jornalismo

Realizar o projeto Jornal Impresso, foi um desafio, mas acima de tudo um aprendizado. Todo o projeto foi realizado com muita dedicação, ética, comprometimento e respeito, visando sempre passar a máxima da verdade aos nossos leitores.

Em especial essa edição está voltada para as mulheres, como forma de conscientização, todas as editorias estão com matérias relacionadas ao universo feminino. Nossa intenção é levar a informação de maneira dinâmica, com uma linguagem clara e objetiva.

Que os futuros jornalistas nunca percam sua coragem, que sejam sempre valentes guerreiros, que o compromisso com a verdade não seja somente aquele estudado na faculdade, mas que seja um legado por toda a vida.

“O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar. Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece.

Salva.” (Eliane Brum) Juliana Machado Editora Chefe

desta sociedade. O papel como mãe, mulher, profissional, como pai, homem, como filho. As famílias - e a dinâmica delas - mudam com o tempo. Um programa que debate tudo isso reflete como são as famílias de hoje, como funcionam. A troca de experiências, com orientação de profissionais, ajuda a todos. É uma prestação de serviços.

Você leva informação e com isso todos passam a saber mais sobre seus direitos, seus deveres. Informação também ajuda a quebrar preconceitos. Uma mudança que vejo bastante é a do papel do pai: a gente fala no programa que não é pra dizer que o marido “ajuda” mas sim que ele “divide” (e isso faz muita diferença, é uma mudança de comportamento) JEN: Que mensagem deixaria para os futuros profissionais de comunicação?

MK: Essa é uma profissão maravilhosa.

Vejo o jornalismo com uma missão social.

Informar com respeito e credibilidade é fazer uma prestação de serviço.

Precisa gostar e se dedicar. Aprendi que jornalismo é mais do que uma profissão, é uma opção de vida.

Arquivo pessoaal

Mariana Kotscho, jornalista, 3 filhos (mãe da Laura, Isabel, André).

Apresentadora do Programa Papo de Mãe, que está no ar desde 2009 pela TV Brasil.

Em sua carreira na televisão brasileira, já foi repórter da TV Record, do SBT e da Rede Globo, onde trabalhou por 12 anos e então saiu para unir jornalismo e maternidade para criar o Papo de Mãe.

Vencedora do prêmio Vladimir Herzog de jornalismo pela Globonews.

Filha de Ricardo Kotscho que já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira nas funções de repórter, repórter especial, editor, chefe de reportagem, colunista, blogueiro e diretor de Jornalismo. É, atualmente, comentarista do Jornal da Record News e repórter especial da revista Brasileiros. É casado e pai de duas filhas, sendo uma delas, Mariana Kotscho, também jornalista.

É com muito prazer que recebemos para a entrevista do Jornal Estação da Notícia Mariana Kotscho. Ela é jornalista e apresentadora do programa Papo de Mãe. Mulher, mãe e jornalista com vasta experiência, ela encanta com sua simpatia e generosidade sem falar do talento que faz levar mais informações para nosso dia a dia. O tema da entrevista será Mulher no Jornalismo.

JEN: Como se deu a escolha da sua profissão? Por que Jornalismo?

MK: Como filha, sobrinha e bisneta de jornalistas sempre convivi com muitos jornalistas. Passei minha infância fazendo plantões nos fins de semana com meu pai, Ricardo Kotscho, em jornais como Folha de São Paulo e Jornal do Brasil. Então pra mim, a escolha da profissão foi natural, era algo que eu já queria desde criança. Meu sonho era ser repórter de televisão. E consegui me tornar repórter aos 21 anos, logo que me formei. Na época estava na TV Record - mas já trabalhava em TV desde os 17 anos (havia sido rádio-escuta no SBT) JEN: Quais foram suas experiências

JEN: Como você vê a influencia que exerce no novo perfil da mulher?

MK: Eu acho que a sociedade está sempre mudando, se transformando, assim como os papéis de cada um dentro

EXPEDIENTE Prof. Ms. João Rangel Marcelo

Professores Editores

coordjor@fcn.edu.br

Prof. Ms. João Rangel Marcelo

R. Carlos Pinto Filho, S/N Vila Cacarro - CEP: 12.630-000 Cachoeira Paulista-SP

www.fcn.edu.br Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição Gratuita Impressão : Gráfica Esdeva

TECNOLOGIA

Estudante de rádio e tv busca espaço no mercado de criação de conteúdo para web.

Aplicativos ajudam mulheres a se protegerem contra a violência.

Por Isabelle Praxedes

Por Maristela Alves do mercado.

A partir de bons conteúdos que atraiam a atenção do leitor e bons anunciantes, é possível transformar seu diário virtual em empreendimento, Raquel Castro conta que além de estar colocando em prática o que está aprendendo na faculdade, como tecnologia da informação e roteiro, também pensa em profissionalizar o blog, “Começamos pelo básico, adquirindo um domínio e monetizando através do google adsense”, conta. “Futuramente faremos o portfólio do blog e o mídia kit, para abrir possibilidades de negociar propagandas de anunciantes”, acrescenta a jovem que ainda fala sobre criar uma categoria de podcasts relacionados aos variados assuntos do blog.

Arquivo pessoal

Produzidos de jovens para jovens, diversos segmentos de conteúdo têm surgido nas redes através de blogs e canais no youtube. Algumas revistas adolescentes dos anos 90, inclusive, estão suspendendo suas versões impressas e migrando em definitivo para as versões digitais. A credibilidade das informações passadas pelos meios virtuais se reforça a partir do momento em que os jovens que as consomem confiam nas palavras do blogueiro ou do “youtuber”. A estudante de Rádio e TV da Faculdade Canção Nova, Raquel Castro, 19, comenta que a ideia inicial de seu blog Entre Sem Bater, partiu de sua observação “Percebia que a maior parte de blogs que acompanhava era diretamente ligado a moda ou a livros”. Seu blog trata de assuntos que vão desde dicas de maquiagem até teorias da conspiração, “Chamei mais duas amigas, uma formada pelo Instituto Embeleze em maquiagem e cabelo, e a outra cursando letras. Assim cada uma teria conhecimento de determinado assunto, e eu escreveria sobre variedades e entretenimento”, diz.

Os títulos de blogueiro ou youtuber fazem parte de uma nova fatia

Raquel Castro: de maquiagem a conspiração

A tecnologia está voltando o olhar em prol da segurança das mulheres.

Aplicativos no mundo todo estão sendo desenvolvidos para auxiliar as mulheres em um dos momentos mais trágicos de suas vidas, o abuso sexual violento dentro e fora de casa. Segundo dados das Organizações das Nações Unidas, uma em cada 20 mulheres já sofreu algum tipo de abuso até os 20 anos de idade, ou seja, cerca de 120 milhões de jovens em todo o mundo.

Vamos conhecer alguns aplicativos e sites brasileiros que possibilitam um suporte à mulher que já sofreu algum tipo de violência ou podem ajudá-la em alguma situação de risco.

PLP (Promotoras Legais Populares): tem o objetivo de facilitar o socorro a mulheres vítimas de violência. A ferramenta está conectada a uma rede de cinco pessoas conhecidas pela a usuária e a entidade pública e privada, com varas especializadas e delegacias em defesa da mulher.

A partir da evolução deste aplicativo surgiu o PLP 2.0 é bastante simples. A usuária pode criar uma rede

pessoal de proteção, cadastrando até 5 números de telefone de pessoas que podem socorrê-la caso ela se encontre em situação de risco. Quando o aplicativo está ativado, basta que ela agite o aparelho para que sua localização seja enviada para as pessoas da lista com um pedido de socorro.

O projeto lançado pela Comesp inclui a parceria entre entes públicos e privados para criar uma rede de apoio às mulheres em situação de violência ou de risco. Atualmente em fase inicial, o projeto inclui os Tribunais de Justiça dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul e as entidades privadas Geledés e Themis — Gênero, Justiça e Direitos Humanos.

Chega De Fiu-Fiu: é uma plataforma colaborativa que permite mapear lugares em todo o Brasil que tem características de risco para as mulheres. É possível compartilhar, anonimamente, os locais com as horas de risco e dar características de suspeitos. Assim, outras mulheres podem ter informações sobre as áreas mais perigosas, andar em grupo, pedir patrulhamento de segurança ou evitar esses lugares.

E-commerce: nova modalidade de comércio tem mudado o paradigma de compra e venda.

Por Juliana Machado

No início, o e-commerce era utilizado basicamente para vender bens tangíveis com valores modestos, como: livros e CDs. Hoje, ele é utilizado para comercializar desde produtos que custam milhões, como: iates, carros de luxo e mansões, até produtos que há pouco tempo eram inimagináveis pela sua incompatibilidade com este tipo de comércio, como roupas, perfumes e alimentos.

Mayara da Silva, Publicitária e estilista, nos conta “Vender na internet é uma opção viável, uma vez que os custos para manutenção e controle são mais baixos do que os da loja física.

Para pequenos empreendedores que estão entrando no mercado, a internet permite montar uma loja virtual com as suas características, com investimento pequeno, além de permitir uma atuação e abrangência de público maior”.

O comércio eletrônico tem mudado o paradigma de compra e venda dos consumidores. Esta modalidade de comércio oferece uma maior variedade de opções de produtos e preços, pela facilidade de pesquisa sem sair de casa.

Leandro Ramos, Programador web na FJP II (Fundação João Paulo II). Trabalho

de conclusão de curso em: Mineração de dados através de e-commerce – Pós graduando em Projetos e aplicações web nos diz que “O e-commerce oferece uma maior variedade de opções como produtos e preços para os clientes. O crescimento é inevitável, por causa da propagação da internet, facilidade de compra e venda”. Comprova-se este crescimento com o relatório WebShoppers, realizado pela E-Bit, que pesquisa o volume de pedidos feitos via internet, que chegou a 103,4 milhões em 2014, resultado 17% superior ao apresentado no ano anterior.

Nos últimos anos se observou um enorme crescimento em transações eletrônicas, cada vez mais os consumidores se vêem a vontade em realizar compras pela internet. Sandra Nazaré, dona de casa, declara “Compro várias coisas pela internet como aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e roupas”.

Além do crescimento acima citado o e-commerce possui várias vantagens para o empresário que não tem gastos com colaboradores, loja física, estoque e infra-estrutura. Podendo assim oferecer um melhor preço para seus clientes.

Um panorama do e-commerce no mundo Dados revelam a crescente evolução do negócio digital e seus principais ativos entre 2013 e 2015.

Dados adaptados do faturamento e-commerce Informações ebit. A certificação dos consumidores http://www.profissionaldeecommerce.com.br

MULHER

Movimento feminino “Vamos Juntas?” propõe que mulheres se unam nas ruas “Na próxima vez que estiver em uma situação de risco, observe: do seu lado pode estar outra mulher passando pela mesma insegurança. Que tal irem juntas?”.

É com essa frase que Babi Souza, 24, de Porto Alegre, idealizadora do movimento ‘Vamos Juntas’, incentiva mulheres a andarem juntas nas ruas quando se sentirem inseguras.

Desde o principio de nossa civilização, a mulher se viu obrigada a cuidar dos filhos, da organização da casa e demais tarefas “menos importantes” Ao homem, em uma função “nobre e mais importante”, coube garantir a segurança, alimentação e a preservação da família. Esse conceito generalizado e preconceituoso ainda permanece no pensamento de grande parte da sociedade, colocando a mulher como um ser frágil, submisso e incapaz de se responsabilizar pelas funções normalmente denominadas como fundamentais para a manutenção do ser humano. Esse processo fez com que a imagem da mulher se tornasse deturpada e carregada de preconceitos.

Atualmente, segundo estatísticas de órgãos oficiais e de entidades que cuidam dos direitos das mulheres, ainda temos números elevados de maus tratos e violência contra o sexo feminino. A partir desses índices e da falta de políticas públicas de valorização e proteção à mulher, é crescente a inconformidade e indignação com o que vem acontecendo.

Consequência disso é o surgimento de vários movimentos de apoio à causa feminina que lutam pela valorização e liberdade das mulheres.

Em 30 de julho de 2015, a ideia que já existia se concretizou quando o projeto ‘Vamos Juntas?’ foi publicado nas redes sociais, resultando em mais de 16 mil curtidas em uma semana e pouco mais de 200 mil atualmente.

“O movimento proporciona esperança e valoriza a união entre as mulheres. Poucas páginas nas redes sociais possuem esse objetivo.

Além disso, ele trouxe a questão do empoderamento da mulher através

Natalia Innocente São Carlos-SP

“ Voltando de uma das aulas que dou à noite, parei no ponto de ônibus. De repente, chega uma moça apressada perguntando se uma determinada linha já havia passado, e eu disse que não.

Vi que vinha um ônibus que me levaria até minha casa, quando ela perguntou: “que ônibus você pega?”. Percebendo a aflição, disse: “Posso pegar o mesmo que você, assim fazemos companhia

do amor e da união, uma perspectiva diferente da maioria dos grupos que dizem buscar igualdade de gêneros e que costumam ser carregados de raiva”, conta Babi.

O movimento se declara feminista por incentivar as mulheres que o seguem a terem o direito de ir e vir e também por tentar unir as mesmas, porém, se encaixa num projeto feminista voltado para ambos os sexos, afinal, se um homem souber do movimento entenderá um pouco da realidade do cotidiano de muitas mulheres.

O maior medo de um homem dentro da prisão é ser estuprado, já a mulher possui o mesmo medo, entretanto, sente isso o tempo todo, basta sair nas ruas, andar em ônibus e metrôs. O movimento não incentiva nenhum tipo de discussão entre homens e mulheres, apenas pretende ajudar mulheres a se unirem contra qualquer tipo de assédio, acabar com a rivalidade que existe no mundo feminino, fazendo com que elas se unam.

E o projeto não pode parar, terá uma continuidade: um aplicativo que proporcionará a essas mulheres adeptas ao movimento um pouco mais de segurança. Irá funcionar como uma “arma anti-assédio” em que a mulher poderá relatar lugares por onde passou e se sentiu ameaçada, para que outras mulheres possam ser informadas. O app ainda está sendo planejado e as novidades sobre ele serão publicadas no perfil das redes sociais. A expectativa é que o aplicativo chegue para dispositivos Android e iOS em janeiro de 2016.

O número de curtidas na página oficial do movimento no facebook continua aumentando, recebendo, por dia, cerca de 100 mensagens e depoimentos de pessoas que seguem o ‘Vamos Juntas?’. Para conhecer a página e acompanhá-la, acesse: facebook.com/ movimentovamosjuntas?

uma à outra”. Na mesma hora, vi seu rosto aflito se aliviar e voltamos juntas! Eu desci antes dela, não sei seu nome, mas também, assim como ela, sou grata pelo quentinho no coração que essa companhia me deu.”

Por Yolanda Pellegrini

Marcela Ribeiro fundadora do Moto Grupo Destemidas em duas rodas pilota em Interlagos “Eu nunca imaginei que conseguiria pilotar em Interlagos” 01 de agosto, meu marido me levou á São Paulo – SP, para participar do Bike Day, confesso que na hora que entrei na pista, me preparando e vi 43 pilotos homens eu fiquei nervosa, não sabia nem por onde começar. Mas segui as instruções, levantei a cabeça, pensei eu consigo! Entrei para a volta de apresentação e foi incrível, depois das cinco primeiras voltas, eu já tinha decorado o traçado, pontos de frenagem foi onde embalei e assim foi a manhã toda”.

A fundadora do grupo demonstra grande paixão quando fala de motociclismo, mas não dispensa a segurança. “É o que eu gosto de fazer então preciso investir, e isso não fica barato, mas é extremamente necessário para a segurança”. “O grupo tem pretensão de crescimento, mas em conteúdo, com mulheres que realmente gostam do que fazem”, finaliza.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de motocicletas, nos últimos 3 anos, o aumento de compradores deste veículo por parte feminina subiu de 17% para 25%, o que quer dizer que elas estão saindo do banco traseiro e tomando posse do “guidão”.

Juliana Machado

Destemidas em duas rodas (moto grupo) de Cruzeiro SP, rompem o preconceito que ainda existe para declarar o amor que sentem pelo veículo.

O grupo de motociclista é composto por 12 mulheres, a fundadora é Marcela Ribeiro. Para elas andar de motocicleta é uma válvula de escape, da correria do dia a dia. É um prazer sem igual, sensação de liberdade. A preocupação dentro do grupo entre as participantes é algo impressionante onde podemos observar o companheirismo entre elas, andam juntas, respeitando os limites de cada uma.

Marcela nos conta uma experiência que teve em agosto deste ano. “Tenho uma Suzuki SRAD 750.

Desde que a comprei, tenho pesquisado cursos de pilotagem para aprimorar meus conhecimentos, ter mais segurança. Em 19 de julho, fiz um curso com o piloto Helder Shad no kartódromo de GuaratinguetáSP. Foi um divisor de águas na minha vida de duas rodas, aprendi a controlar melhor a moto, a conhecer os seus limites. Fui convidada pelo piloto para realizar um Bike Day em Interlagos para aperfeiçoamento. Foi quando pensei, estou sonhando? Eu vou mesmo?. No dia

Por Juliana Machado

Marcela e as amigas ‘Destemidas’: Motociclismo para vencer medos e preconceitos

Empresária quebra preconceitos e recebe reconhecimento por trabalhar com materiais de construção.

Ana Sílvia diz que não é difícil lidar com trabalhos direcionados para homens. A diferença está em gostar do que faz.

Por Eliane Alves

Ana Sílvia Leão Bueno Sima, 44 anos, é esposa, mãe de três filhos e empresária. Iniciou sua Loja de materiais de construção juntamente com seu esposo em 1995.

O trabalho no comércio sempre foi seu dom e acredita que por motivo de ter trabalhado desde pequena com seu pai, que está no ramo de venda de móveis há 50 anos, não teve problemas com relação a se adaptar no comércio e conciliar sua vida pessoal e familiar.

“Sempre gostei de estar com meu pai o ajudando! ”, afirma Ana Sílvia.

Ao terminar a faculdade de Administração, Ana casou-se com Luiz e logo começou o trabalho no comércio com materiais de construção. Desde então tem se dedicado ao trabalho tanto quanto seu esposo, que cuida de toda a parte burocrática da empresa, deixando-a com os atendimentos e com uma parte na administração da loja.

O trabalho na loja requer muita dedicação e um conhecimento mais preciso dos produtos, por isso Ana oferece cursos de treinamentos para seus funcionários em atendimento ao cliente e profissionalizante.

Em relação à administração de sua vida como esposa, mãe e empresária, Ana declara: “No começo realmente não é fácil, temos que ter jogo de cintura, uma hora é problema de casa, outra é problema no trabalho. “Graças a Deus sempre soubemos separar isso”.

Quanto ao reconhecimento das pessoas por ter essa desenvoltura em um ramo mais comum a homens, ela admite: “Até hoje as pessoas pensam que serão atendidas por homens, até fazem questão, mas quando escutam minhas sugestões, elas ficam admiradas ”, declara sorrindo.

Ao contrário do que muitos pensam, Ana ressalta que é preciso valorizar e acreditar que trabalhar com

família não atrapalha, mas pelo contrário, ajuda. “Sempre trabalhei normalmente na loja com meus filhos, e faço com que eles se sintam em casa. Claro, como todas as mães, eu tinha que fazer os serviços de casa e levar as crianças para a escola, preparar o almoço e a janta. Era gratificante para mim, e ainda é, porque tenho o caçula de 13 anos que ainda levo na escola. Mas, nas horas vagas sempre

curtimos ficar em família e se divertir”, afirma.

Ana continua trabalhando na sua loja juntamente com seu esposo. Já o filho caçula fica uma parte do tempo na escola e a outra com os pais na loja.

Os seus dois filhos mais velhos, estão na faculdade, onde tem se dedicado a maior parte do tempo devido as necessidades dos estudos.

Eliane Alves

“Até hoje as pessoas pensam que serão atendidas por homens ” Ana Sílvia trabalha muito, mas consegue conciliar as tarefas e manter a família unida

CIDADANIA

Adoção temporária: Uma nova forma de ajudar os animais que vivem na rua Por Camila Martins

Adoção de animais tem se tornado uma ação muito frequente entre pessoas que buscam um companheiro de quatro patas para ter em casa. Mas o que muitos não sabem, é que não precisa adotar e ficar com o animal para sempre.

Uma prática que tem se tornado muito comum é a “adoção temporária”.

Um caso como esse foi da cadelinha Mel, encontrada por Thiago Thomaz, 26. O estudante que sempre foi apaixonado por cachorros, encontrou na frente do portão de casa, quando acabava de chegar do trabalho, uma cachorrinha: “Ela estava bem magra, suja, com frio e um pequeno ferimento na barriga. A veterinária Íris Renata Ramos se prontificou em doar as vacinas para a Melzinha”, conta Thiago, que cuidou dela durante quatro meses, e assim que ela já estava se recuperando, encontrou um lar definitivo para Mel.

O Brasil apresenta mais de 30 milhões de animais abandonados, só entre cães e gatos. Em São Paulo, por exemplo, o número de animais domésticos nas ruas é grande, cerca de 2,5 milhões de cães

vivem nas ruas, segundo a Vigilância Sanitária em parceria com a USP. Para reverter a situação, a adoção é uma solução.

Para a veterinária Íris Renata, a adoção de animais de rua é importante.

“Uma pessoa que adota um animal de rua ou de ONG é alguém que busca de fato um companheiro, sem interesses secundários”.

Mas essa importância é também relacionada à saúde pública. “Quando alguém adota algum desses animais também retira das ruas um possível problema de saúde pública, pois animais abandonados podem ser fontes de doenças, inclusive para o ser humano”, afirma Íris. As doenças são as chamadas zoonoses, como a raiva, leptospirose, toxoplasmose.

A veterinária deixa uma dica para quem resolve adotar “Primeiro tem que ter em mente que o cão ou gato resgatado, vai exigir cuidados, vai gerar gastos e a pessoa precisa estar ciente disso e assumir a responsabilidade. Para eles, ter um lar é ter segurança, ter saúde, ter companhia”.

Destaque feminino representa o Vale do Paraíba no vôlei brasileiro

Fotos: Camila Martins

Thiago Thomaz e Mel: ela estava magra, suja, com frio e machucada

Para a veterinária Íris Renata“Quando alguém adota algum desses animais também retira das ruas um possível problema de saúde pública, pois animais abandonados podem ser fontes de doenças, inclusive para o ser humano”,

Moradora do Embaú transforma própria casa em projeto social Por Amanda Maia

Por Thamires Silva e Camila Martins

A mulher está conquistando cada vez mais lugar especial na sociedade. Invadiram campos de futebol, quadras, piscinas e todo o complexo esportivo, antes só usados por homens, rompendo preconceitos.

Representando o vôlei feminino do Vale do Paraíba, Arlene Xavier, 45, joga como líbero no CEPE (Clube de Empregados da Petrobras) em São José dos Campos-SP. Ela também auxilia jovens meninas que sonham em trilhar uma carreira no esporte, conta que o vôlei a atraiu quando teve a oportunidade de disputar um torneio. “Jogar vôlei é um prazer, abaixo de Deus e minha família, é o que eu amo fazer”, declara.

Entre seus títulos estão o Grand Prix de Vôlei, 2002 e Jogos Olímpicos de Atenas, 2004. Ambos com o 4º lugar.

Arquivo pessoal

Ganhou seu primeiro título disputando a Superliga. “Foi maravilhoso, até porque a Superliga é um campeonato desgastante e quando você conquista vê que tudo valeu a pena”, afirma.

Ela não escapou do preconceito machista. “Quando comecei diziam que só os meninos podiam jogar, porque meninas não suportariam as pressões emocionais e físicas. Quando malhava eles diziam: ‘mulher tem que esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque. E não ficar aqui puxando ferro e parecendo homem!’, conta.

Otimista com o desempenho do vôlei brasileiro para as Olimpíadas de 2016 no Brasil, Arlene afirma: “Acredito que o vôlei está se aproximando do carro-forte que é o futebol”.

Para ela, o país tem condições de se tornar tri-campeão olímpico “Não será fácil, mas temos muita chance”.

Foi como jogadora de vôlei que conseguiu ajudar sua família e conhecer quase todo o Brasil e outros países. Mesmo com essa bagagem, não deixou de ter fé em Deus e nos sonhos. Arlene incentiva meninas e mulheres que, como ela, também almejam um lugar no esporte “Se não erramos não aprendemos, se não fracassarmos não teremos forças para tentar novamente e quando nos julgam, é porque sabem que somos melhores e temos forças para enfrentar qualquer obstáculo! ”.

A Casa das Meninas, em Cachoeira Paulista, é um projeto social que tem como objetivo ocupar o tempo livre das crianças retirando-as das ruas e dando uma perspectiva de vida melhor.

Vanda Valente, a fundadora, é daquelas pessoas que percebe o outro. Uma vez algo chamou sua atenção: todos os fins de semana um pai levava as filhas para o bar em que freqüentava.

“Então eu tive a idéia de chamá-las para passarem duas horas comigo, comermos algo juntas e conversarmos, e, assim, me aproximei delas”.

No começo eram encontros com oito meninas, depois doze e depois dezoito.

“O numero de meninas não parava de aumentar, foi quando começamos a passar as manhãs e o almoço de domingo juntas”.

A Casa das Meninas foi fundada em 2000 e reconhecida como projeto social em 2007, passando a funcionar todos os dias da semana. contando, além dos voluntários, com uma coordenadora pedagógica e uma assistente social.

Na entidade, são oferecidas oficinas para crianças e adolescentes. Algumas dessas oficinas são dirigidas a mulheres adultas, somando mais de 700 atendidas.

As despesas da casa são pagas com uma verba de aproximadamente 800 reais, repassada pela prefeitura, e repasses do Fórum, a partir das

multas de atos infracionais.

Mas isso não basta. Os voluntários são indispensáveis na manutenção do projeto.

A Obra social não possui sede. As atividades acontecem na casa da fundadora que é alugada, e hoje, por exigência legal, há necessidade de um espaço próprio.

Camila Rodrigues, ex–aluna, cresceu na Casa e é voluntaria por uma questão de amor e gratidão. Em meio à dificuldade para a construção da sede, Camila diz que pediu inspiração para Deus, foi quando ela se lembrou de uma ação que participou na faculdade: “cobrar pedágio” como forma de arrecadar dinheiro e, assim, a sede da Casa das Meninas está sendo construída.

Amanda Maia

Camila e Vanda: uma nova perspectiva para crianças que não tem como ocupar o tempo livre

SAÚDE

A busca por um corpo perfeito

Sucos Detox – O “queridinho” das dietas brasileiras

A ditadura da beleza

Uma solução saudável para quem quer emagrecer Por Marco Aurélio

Nos dias atuais é quase unanimidade a busca por um corpo perfeito, cada vez mais atraente e que seja capaz de passar uma boa impressão.

Este padrão estético de beleza serve para ter uma vida saudável, mas também, para atrair consumidores para uma determinada marca de produto, que em sua maioria exploram ao máximo o corpo de homens e mulheres.

Fernanda Soares, jornalista e missionária da Comunidade Canção Nova, para o desenvolvimento de seu trabalho de conclusão de curso, consultou 19 especialistas em várias áreas e entrevistou 14 mulheres. Entre os profissionais entrevistados estavam um doutores em filosofia e teologia, publicitário, cirurgião plástico, nutricionista, personal trainner. Ela relata que das mulheres que entrevistou, encontrou as que se cuidam muito, tanto no equilíbrio quanto no excesso.

“Você já parou pra pensar que você tem um tipo estético, fisiológico e biológico único de ser? Não existe outra pessoa igual a você. Para pra pensar que

você revela um lado desta beleza que só você pode revelar, porque copiar, porque repetir, porque não aceitar a exclusividade e se cuidar a partir daí?”, analisa Fernanda

Não importa o que as indústrias da moda, da beleza e os meios de comunicação impõem, pois cada pessoa tem uma beleza única, só precisam ser aceitas como são. Se cuidar e ter vaidade faz parte da natureza de cada mulher e homem, mas não é preciso se deixar escravizar por isso. Envelhecer é nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser nossa meta.

Arquivo pessoal

Fernanda: vaidade sem excessos

Precisamos falar sobre o câncer de mama É preciso estar atento aos sintomas

Por Rauane Ferreira

No último ano foi realizado pelo Instituto Nacional do Câncer, um levantamento sobre os índices de incidência do câncer de mama nas mulheres brasileiras, registram cerca de 57.120 novos casos. Este tipo de tumor teve um aumento significativo nos últimos vinte anos. Um dos fatores que revelaram esse número é a idade e a genética.

Segundo a pesquisa cerca de 75% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos. A predisposição genética é responsável por mais de 85% dos casos, o histórico de câncer de mama em famílias chegam a ser os responsáveis por estes resultados, quanto maior a proximidade do parentesco, mais alto o risco.

Após os 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença e recomenda-se que seja feito pelo menos uma vez por ano e a partir desse momento a consulta tornnase regular ao mastologista. O câncer de mama apresenta vários sintomas, como: o nódulo único endurecido, inchaço e vermelhidão na pele, sensação de massa ou nódulo em uma das mamas, secreção pelos mamilos, inchaço do braço e dor na mama ou mamilo.

Com os primeiros sintomas, a mulher pode realizar o auto-exame

da mama e para isso é necessário seguir três passos principais que, incluem fazer observação em frente ao espelho, apalpar a mama de pé e repetir a apalpação deitada. Mulheres que apresentam fatores de risco para desenvolver a doença devem procurar o especialista para avaliações radiológicas mais frequentes.

“Após a confirmação pelo resultado dos exames, todos os procedimentos e consultas foram agendados rapidamente. Os primeiros sinais da doença apareceram no final do ano de 2012, começamos 2013 procurando médicos, tentando agilizar os exames e consultas.” Afirma Simone Gomes, filha de Sebastiana Nercina Gomes, 56, que faleceu no ano de 2013, vítima do câncer.

Infelizmente não há como prevenir o câncer de mama. O que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, possibilitando o aumento das chances de cura da paciente. “Toda mulher em tratamento precisa ter apoio estrutural e psicológico. Sempre fomos muito unidos e conversamos abertamente sobre qualquer assunto.

Assim, aos primeiros sinais de que havia algo errado acontecendo procuramos dar todo suporte.” – afirmou Simone.

Por Thamires Silva

Os Sucos Detox têm se tornado um dos aliados na busca pelo corpo ideal. Não é novidade, que além de auxiliar na perda de peso, auxiliam também na saúde, contribuindo no bom funcionamento de alguns órgãos, ajudando na digestão e dando energia.

O famoso suco detox é uma bebida que contém componentes que beneficiam em uma limpeza hepática, potencializando a eliminação de toxinas que sobrecarregam o seu organismo. Os sucos recebem esse nome devido à ação de desintoxicação do fígado, e daí vem o nome dado aos sucos. Assim, ao fazer a limpeza do organismo, as substâncias são eliminadas através da urina.

A nutricionista Rafaela Ribeiro, de Carapicuíba – SP, conta que na maioria das vezes o suco é confundido com os sucos verdes, “Podemos encontrar alguns sucos detox com os mesmos ingredientes do suco verde, mas nem todos são suco verde. O que mais observamos de comum entre os dois são as folhas verdes utilizadas no preparo.

O detox, na maioria das vezes, vai acompanhado de um chá ou uma fruta, o que traz mais benefícios para a saúde também”.

“Depois que comecei a tomar sucos detox meu intestino ficou mais regular, desinchei, minhas unhas pararam de quebrar e meu cabelo ficou mais forte”, conta a arquiteta Bianca Furlanetto, 35, de São José do Rio Preto – SP, que começou a tomar os sucos por orientação nutricional.

“O uso do suco pode ser diário e ingerido por qualquer pessoa. Deve ser tomado necessariamente de manhã, e se possível, em jejum”, explica a nutricionista.

É preciso estar atento na composição dos sucos, eles devem ser direcionados para as necessidades de todas as pessoas e não devem substituir refeições por completo.

Todo alimento consumido em excesso causa risco a saúde. Para o suco não fazer mal a saúde é preciso escolher bem os ingredientes. “No caso de acrescentar muita fruta, o açúcar da fruta em excesso pode fazer mal. Aqueles que têm diabetes devem escolher o que colocar para não aumentar a glicose no sangue”, relata a nutricionista.

É sempre bom ter o acompanhamento de um medico ou nutricionista quanto ao uso de sucos ou dietas. O importante é aliar o consumo dos sucos com hábitos alimentares saudáveis e equilibrados e a prática de exercícios físicos regulares. Desta forma os benefícios serão ainda mais potencializados no seu organismo.

CULTURA

Intercâmbio cultural desperta empreendedorismo em casal brasileiro Publicitário e designer viram chefes de cozinha por amor, em Dublin na Irlanda Realizar um intercâmbio cultural vai muito além da mudança de fuso horário, das milhas de distância do país natal e do aprendizado ou aperfeiçoamento de um novo idioma. Através dos mais diversos programas de intercâmbio, é possível não somente entrar em universidades de renome internacional, seja para realizar uma graduação, pós-graduação ou cursos de verão, como também trabalhar dependendo do destino escolhido, além da oportunidade de viver experiências únicas e estar em contato com novas culturas.

A partir de uma ideia que surgiu durante o intercâmbio que estão realizando em Dublin, o publicitário Lucas Cantão, 25 anos e a designer Bruna di Lorenzi, 27, decidiram transformar em empreendimento uma atividade que já praticavam apenas por hobby no Brasil, a culinária. Após um insight, palavra conhecida no universo publicitário, que significa ideia ou inspiração súbita, o casal do Vale do Paraíba criou o Burger Lab – Dublin, que oferece um serviço ao estilo catering, transformando a cozinha de seus clientes em um laboratório particular, cozinhando e servindo hambúrgueres ao estilo gourmet, seja em

Arquivo Facebook

Lucas, Bruna e os amigos irlandeses e brasileiros: intercâmbio e empreendedorismo pequenas reuniões de amigos, atendendo no mínimo seis pessoas ou festas.

No cardápio, nomes divertidos como Mad Cow (com carne de vaca), Punk Pork (com carne de porco) e Jimi Hendrix Mushroom (hambúrguer vegetariano), ilustram a identidade visual descontraída da hamburgueria.

“Tem sido uma experiência meio maluca, pois não passava pela nossa cabeça que faríamos isso no nosso intercâmbio.

Mas deu muito certo!”, declara o casal.

Inclusive, Lucas e Bruna pretendem conquistar cada vez mais os irlandeses: “Temos atendido bastante brasileiros, mas estamos tentando conquistar o mercado irlandês até mesmo porque, o modelo de negócio do Burger Lab – Dublin é algo que lhes agrada muito”, explica Lucas em entrevista ao site PodIrlanda – que auxilia intercambistas brasileiros na Irlanda através de vídeos

Por Maristela Alves e podcasts.

Para essa aventura, o casal despediu-se não somente de familiares e amigos, como também de itens pessoais usados, como roupas, câmeras e bicicletas, que colocaram à venda em sua página no facebook IDEA, com o intuito de arrecadar dinheiro para agregar no início da tão sonhada viagem. “Vimos a oportunidade de estudar inglês durante 6 meses, com um preço acessível, em um país de grande bagagem cultural e que também nos daria a oportunidade de trabalhar, foi então que viemos pra Irlanda”, comenta Bruna.

A atual facilidade de se fazer intercâmbio somada à vontade de ter o próprio negócio, ultrapassam as limitações territoriais, e empreender a qualquer momento, em qualquer lugar se torna algo real. Lucas e Bruna afirmam, que possuem a intenção de implementar consultoria de cervejas artesanais à hamburgueria e falam até mesmo de um food truck - caminhão adaptado para funcionar como lanchonete – para levarem o Burger Lab - Dublin, para todas as partes da Irlanda.

Para conhecer mais, história, acesse: www.facebook.com/BurgerLabDublin

Cidades históricas buscam a atuação dos jovens

Sr. Antônio, o arquiteto da cidade de papel

Municípios fazem questão de manter vivas as tradições antigas

Passatempo e talento nato, aos 85 anos

O título de estância turística do estado de São Paulo proporciona às cidades históricas incentivo financeiro maior por parte do Estado para que realizem suas atividades culturais, com o intuito de manterem vivas as tradições antigas e transmitirem a importância histórica que esses municípios tiveram em relação ao desenvolvimento econômico do Brasil. Como forma de preservar as culturas locais, são realizadas peças teatrais, intercâmbios entre cidades, concursos literários e festas tradicionais.

Em Bananal, esse incentivo tem acontecido através de peças teatrais realizadas pela Cia Arte In Cena. “A atuação dos jovens no centro cultural tem sido muito importante para preservar a cultura de Bananal” - diz José Luiz, secretário de cultura e turismo. Em Queluz, são realizadas ações jovens no CRAS, que funciona atualmente no prédio da Estação Ferroviária - “Estamos com um projeto de restauração da estação e de implementação de fotografias antigas no prédio, através do programa ação jovem” - conta Lucas, coordenador do CRAS. Em Areias, o professor de português Alício, conta que realizou em

Todos os dias ao entardecer, Sr. Antônio, 85 anos, senta-se na sala em frente a TV. Apesar de embalado pela sonoridade das novelas, sua atenção fica voltada para “projetar” suas casinhas e igrejas, a partir de folhetos publicitários de supermercados e lojas, que são recolhidos pela vizinhança durante o dia.

Com mãos hábeis e memória fotográfica, casas, igrejas, restaurantes de beira de estrada e automóveis são reproduzidos em pequena escala, entretanto, com os mesmos detalhes do tamanho real. Tudo começou quando fez um canudinho com o papel e pensou: acho que dá para fazer ‘qualquer’ coisa com isso. “Aí eu enrolei uma porção deles e inventei de fazer uma casinha e deu certo! ”, declara.

O arquiteto da cidade de papel, que já foi motorista de ônibus e trabalhou com caminhões, pai de 10 filhos, aprendeu sozinho a construir seus pequenos e delicados trabalhos artesanais, e os faz há 5 anos para ocupar sua mente e seu tempo livre. “Depois que me aposentei, fiquei com muito tempo livre e essa foi a maneira que encontrei de fazer uma coisa que me ocupe”, afirma. Entre seus

Por Maristela Alves e Amanda Maia

2014 um intercâmbio entre o município e a cidade de São Luiz do Paraitinga, onde os alunos receberam treinamento para reconhecerem e explicarem os pontos turísticos - “Muitos alunos falaram que o projeto ajudou a abrir seus olhos. Quando eles vêem que pessoas de fora valorizam a cidade deles, eles passam a ver motivos também para valorizarem”, afirma.

Já na cidade de Silveiras, o barbeiro Waldomiro da Silva, 72 anos, possui um verdadeiro acervo histórico em seu estabelecimento e em meio ao receio das tradições locais desaparecerem pela falta de interesse das novas gerações, ressalta que uma de suas filhas é professora de história em uma escola do município e conta “Na escola tem sido trabalhado o concurso literário sobre a história da cidade e da cultura do tropeirismo local”. Silveiras também conta com a forte cultura do tropeirismo, que é reforçada a cada ano com a tradicional festa do tropeiro, organizada atualmente por Marcos, 65 anos que tenta manter viva a festa que já tem mais de trinta anos de existência, mas confessa que o desinteresse dos jovens por esse estilo de vida tem se mostrado grande.

Por Maristela Alves

trabalhos, encontram-se uma réplica da antiga basílica de Nª Srª de Aparecida, uma reprodução de sua própria casa e prédios de bairros vizinhos, que observa durante suas caminhadas e passeios por São José dos Campos onde reside.

Estudos apontam que atividades manuais, são imprescindíveis na terceira idade, para manter o corpo e a mente saudáveis. Filhos e familiares do Sr. Antônio apoiam e incentivam seu trabalho, bem como concordam que essa atividade tem trazido muitos benefícios à sua vida.

Maristela Alves

Seu Antonio e sua cidade de papel.