Jornal Golaço - O jornal dos Esportes - Ed 07

mAceió-AL l Junho de 2022

Ano 1 l número 007

Gol aço AL

EXCLUSIVA | Valentim quer implantar conceito italiano no CSA

golacoal@gmail.com Foto: Ailton Cruz

r$ 2,00

CRIANDO

CAMPEÃS OOUDA UDAsurgiu surgiucomo comoum umsonho sonho amador amadore, e,agora, agora,se setornou tornouuma uma real realpotência potênciado dofutebol futebolfeminino feminino . Páginas 6 e 7

SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CSA

SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CRB

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Maceió-aL l Junho 2022 l golacoal@gmail.com

EDITORIAL Ailton Cruz

Tente outra vez F

az parte da história de conquistas no esporte. Trata-se da rifa, um recurso apropriado para “pedir ajuda financeira”. A tática foi usa pelo UDA para construir sua trajetória vitoriosa, como consta em um capítulo da reportagem do jornalista Marcelo Alves e que estampa a manchete deste periódico. Paro por aqui para não dar spoiler, ou seja, não revelar o desfecho da informação importante da matéria. O que posso fazer aqui é levantar uma reflexão que há nas entrelinhas do trecho da história do União: “a necessidade é a mãe da invenção”. E para ser criativo, deve-se buscar soluções e trilhar caminhos menos fáceis. É preciso superar medos, ter ousadia, obsti-

Ailton Cruz CEO

ANÚNCIOS E SUGESTÕES: (82) 99972-7274 CNPJ 41.073.148/0001-33

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nação, transpor barreiras pessoais. Lutar contra si mesmo. Criatividade, neste caso, vai além de um dom natural. É preciso sair zona de conforto. Sair da repetição. E o UDA estava repetindo o método de pedir apoio: batendo à porta. Depois de tantas negativas, veio a frustração, medo, desistência, tristeza, inquietação, birra autocentrada em recomeçar, uma ideia, a rifa, a adesão na compra, esperança e sucesso. Porém, todo esse caminho não foi traçado tão rápido como aqui descrito. Foi suado. E você, vai ficar aí parado? Qual a rifa (leia-se ideia) que você precisa criar para dar a volta por cima? Não desista.

Tente outra vez, diferente.

Benedito Lima Diagramação

OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES, NÃO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DESTE JORNAL.

Colaboradores: l Marcelo Alves l Maurício Manoel l Dayvidson Soares l Luciano Milano

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SALVADOR PAULISTA

Técnico desembarca em Alagoas

Ail ton Cru z

e tem salvado o CRB no Brasileiro MAURÍCIO MANOEL Com GE/AL

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ra dia 14 de maio quando Marcelo Cabo não sustentou a má fase regatiana e acabou demitido do comando técnico do CRB. O estopim foi a derrota vergonhosa para o Criciúma, por 3x0, em Santa Catarina. A decisão agradou os torcedores do Galo, mas levantou o questionamento: quem vai salvar o CRB de mais uma campanha rumando à terceirona?

Marroquim e companhia apontou para um jovem treinador, oriundo de Ribeirão Preto-SP. Daniel Paulista, com passagem pelo Guarani-SP e Sport, seria o salvador da Pátria regatiana.

A princípio, o objetivo era recuperar emocionalmente e psicologicamente o elenco campeão alagoano da temporada. Depois, passo a passo, galgar posições de destaque na competição nacional. É assim seguiu.

Logo na estreia, contra o Londrina, o CRB de Daniel venceu por 1 a 0, gol do atacante Anselmo Ramon. Na rodada seguinte, diante do Sport, na Arena Pernambuco, a primeira vitória fora de Alagoas. Placar mínimo de 1x0.

Na décima rodada, o CRB ficou no 0x0 contra o arquirrival CSA. Depois, foi derrotado pelo Cruzeiro, no Mineirão, bateu o Vila Nova, por 1 a 0, e tropeçou no Ituano, ao empatar por 1 a 1, no Rei Pelé.

Contra a Chape, a redenção. Conquista de mais uma vitória e saída da zona de rebaixamento. O treinador assumiu a equipe na 8ª rodada do Brasileiro e de lá pra cá sofreu apenas uma derrota e registrou ainda dois empates.

Até o fechamento desta edição, o Regatas ocupa a sétima posição, com 18 pontos. O aproveitamento do treinador até agora é de 66,6%.

“O CRB vem se recuperando dentro da competição, uma equipe que estava muito abalada psicologicamente, com os números também não ajudando dentro da própria sequência de jogos que teve, mas desde a nossa chegada os números têm sido muito importan-

tes. São sete jogos à frente da equipe, quatro vitórias, dois empates, somente uma derrota e essa derrota, inclusive, para o líder da competição e que hoje faz o melhor jogo da Série B. Então é um aproveitamento de mais de 70% nessa sequência, isso fez com que o CRB crescesse no campeonato e na tabela”, relata Daniel Paulista.

Na 10ª rodada, o CRB empatou com o CSA sem gols. Depois, perdeu para o Cruzeiro, no Mineirão, derrotou o Vila Nova, por 1 a 0, e ficou no empate com o Ituano, por 1 a 1, no Rei Pelé. Contra a Chape, conquistou três pontos importantes e deu um salto significativo na classificação.

Na Arena Condá, Paulista manteve a formação

com três zagueiros e atuou com: Diogo Silva; Wellington Carvalho, Gum e Gilvan; Raul Prata (Reginaldo), Marthã, Wallace e Guilherme Romão; Fabinho (Richard), Anselmo Ramon (Iago Mendonça) e Emerson Negueba (Gabriel Conceição).

Anselmo Ramon vem sendo peça-chave com Daniel Paulista. Ele é o principal artilheiro do time na Série B, com cinco gols, e tem participado de jogadas decisivas. Contra a Chape, deu as duas assistências para Fabinho marcar e garantir os três pontos.

O jogo do CRB contra a Chapecoense abriu a 14ª rodada. A equipe volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o Tombense, no Rei Pelé.

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Conceito à moda italiana ENTREVISTA EXCLUSIVA | Ao GOLAÇO, Alberto Valentim falou sobre modelo tático, reforços e o que encontrou no CSA

MARCELO ALVES Repórter

“E

studei na Itália durante três anos e fui atleta durante oito anos e meio, em um período de altíssimo nível do futebol italiano. Então, eu trabalho muito a defesa, dando um equilíbrio ofensivo”, disse o técnico do CSA, Alberto Valentim, sobre a meta de implementar a prática do conceito defensivo originário da Azurra no Azulão. Além disso, o treinador azulino disse que já pensa em contratações pontuais e aguarda a

GOLAÇO – Você é conhecido como treinador de comando firme, conhecimento tático e boa gestão de grupos. Essas são características essenciais para construir time competitivo e com resultados positivos. Como pretende dar um salto de qualidade no CSA e acelerar a aplicação de tudo isso em um curto espaço de tempo?

VALENTIM - Sou muito transparente como treinador.

No meu vestiário, prezo muito pela credibilidade junto aos jogadores, bem como aos clubes por onde passei, tendo grande aceitação. Sou muito correto e muito leal com os jogadores. Trabalho em prol do grupo e não tenho um trabalho individual. Não tem ‘um eu’, em nenhum momento de minha gestão. Os jogadores passam a entender isso. Quanto ao lado tático, os jogadores sabem que eu cobro muito nos treinamentos. É muito importante a parte dos treinamentos.

Tudo é treinado para que seja bem executado bem depois, e estejam prontos para fazer tudo aquilo que eu acredito, e que eu gosto em todas as fases do jogo.

A defesa é um dos setores do time que você busca solidificação. Qual a avaliação que faz do setor defensivo do CSA? Já há pretensão de realizar mudanças táticas e até mesmo de jogadores para buscar essa defesa do estilo Valentim?

Trabalho muito a fase defensiva. Acho muito importante esse equilíbrio defensivo. Venho da escola italiana, quanto à parte defensiva. Estudei na Itália durante três anos e fui atleta durante oito anos e meio, em um período de altíssimo nível do futebol italiano.

Então, eu trabalho muito a defesa dando um equilíbrio ofensivo. Mas com atenção na parte defensiva, porque acho importante para conquistar objetivos e títulos.

Com pouco tempo de carreira, tenho títulos e muitos deles se deve a essa entrega defensiva.

Organização do clube, boa saúde financeira bem e compromissos garantidos dos jogadores são também peças fundamentais para conquistar objetivos e títulos?

A parte maior do clube é a diretoria. Quanto mais organizada for, quanto mais saúde financeira tiver, mais tranquilidade passa, principalmente, para o jogador. Organização e salário em dia são fundamentais para conquistar títulos e objetivos. Para você cobrar atletas em relação à disciplina, comprometimento, entrega e os 100% deles, primeiro tem que estar funcionando tudo lá de cima. E aqui no CSA isso foi uma das coisas que mais me chamou atenção. Eu já tinha ouvido falar. Ximenes (gerente de futebol) também me falou, assim como o nosso presidente Omar. Vi aqui organização, seriedade das pessoas, organização financeira; com a saúde do clube, vivendo dentro de uma realidade. Por isso que os jogadores veem dando resposta e o CSA

reabertura da janela de transferência no próximo dia 18 de julho.

Enquanto não conta com reforços para melhorar o desempenho do time azulino, Valentim usa a experiência de conquistas de títulos da Copa Sul-Americana, com o Athletico Paranaense, do Campeonato Mato-Grossense, pelo Cuiabá, ambos em 2021; da Taça Guanabara, com o Vasco, em 2019 (com 100% de aproveitamento), e do Campeonato Carioca, em 2018, pelo Botafogo.

vem com sucesso nos últimos anos Seus treinamentos têm treinamentos dinâmicos e fortes. O que você já conversou com sua comissão técnica para dar seguimento nos seus treinamentos para evitar um desgaste ainda maior nos jogadores, uma vez que aqui é a temperatura é alta?

Hoje no treinamento, eu procuro fazer com que os jogadores entendam aquilo que se aproxima ao máximo da realidade do jogo. O jogador precisa entender isso. Mas nós temos um cuidado muito grande, ligado à fisiologia, pois aqui é Nordeste, onde há temperatura alta. Mas há ferramentas que temos de tudo no momento exato, sabemos dosar a carga de exercício nos jogadores, na distância percorrida, intensidade que está sendo feita. Estamos muito atentos em condicionar o jogador, e que não extrapole na duração, na quantidade e carga, mas tendo a preocupação de dar o nível exato que fique bem treinado e preparado para depois seguir a sequência de jogos.

Dentro da realidade do que você observou do elenco, dá para aplicar o estilo Valentim, de um time que busca propor o jogo, entender as fases da partida e que marque forme e joga com muita obediência tática?

O que eu mais busco é ter um time equilibrado, que saiba defender, que entenda o momento e fase do jogo, unindo as quatro fases do jogo: ‘momentos que tem que saber sofrer defensivamente; momentos que tem que encurralar o adversário ofensivamente, e outros que se precisa ter muito cuidado com as transições defensivas e ofensivas para sair vitorioso. Resumindo: o que eu mais cobro, o que eu mais peço é o equilíbrio.

Para que suas convicções e ideologias de trabalho sejam solidificadas e percebidas pelo torcedor, você necessitará da contratação de jogadores? Se, sim, qual as posições e para quando pretende que sejam contratados?

Estamos aguardando abrir a janela no dia 18 de julho.

Já estamos estudando a possibilidade de melhorarmos, pontualmente, o elenco. Até conversando com Ximenes. Estamos elaborando reuniões nos próximos dias para analisarmos bem as contratações para fortalecermos o CSA. Repito: sendo muito pontual nas posições.

Ailto n Cr uz

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Fábrica de conquistas e talentos

SINÔNIMO DE VITÓRIAS | UDA é referência do futebol feminino em Alagoas e no Brasil MARCELO ALVES Repórter

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história que se segue é mais uma daquelas que tem no enredo: sonho, desafio, medo, perda, derrota, choro, suor, lágrima, desistência, decepção, superação, persistência, esperança, coragem, conquista, vitória, reconhecimento, alegria, realidade.

Essa é a sucessão de fatos por qual o time de

futebol feminino União Desportiva Alagoana (UDA) vivenciou. Em resumo, o UDA é sinônimo de conquistas. Referência no “mundo da bola”.

Isso mesmo: no “mundo da bola”. São oito títulos de Campeão Alagoano e o bicampeonato na edição Copa Rainha Marta. Além disso, há o legado de revelações para a seleção brasileira e para os clubes da Europa, como as jogadoras Geyse, Brenda, Victória, Ingryd, Érika, Bárbara e Alice.

NAYARA, destaque do UDA

Fotos: Ailton Cruz

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golacoal@gmail.com

Rifa: ato de esperança

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ano é 2010. Adeilson Cassimiro da Silva funda o UDA. Sonho que se torna real. Mas a realidade deste esporte na modalidade feminina é desanimadora. A ideia nasce, praticamente, beirando ao fracasso. Ou seja, sem apoio financeiro, material esportivo e técnicas adequadas de treinamento. A iniciativa do presidente-executivo do UDA, Adeilson da Silva, também conhecido como Palmeira e Belém, chega a ser pior do que amadora. Não levada a sério quando solicita ajuda para custear a equipe em competições de futebol de salão - berço do clube.

Obstinado e seguindo a intuição aguçada, ele tem a ideia de vender rifa próximo aos semáforos instalados em cruzamentos nas principais avenidas de Maceió. O plano ousado, que conta com a colaboração das jogadoras na vendagem, garante o pagamento de inscrições para as competições de futsal. O esforço gera resultados. Das

conquistas nas quadras, o UDA parte para os gramados.

Desafiando as próprias probabilidades de conquistas, aparentemente, impossíveis, Adeilson da Silva inscreve as meninas no Campeonato Alagoano. E contrariando as expectativas, o UDA se sagra campeão da competição. A partir daí, surgem os primeiros apoios financeiros, bem como patrocínios.

A ascensão repentina traz os sentimentos de imbatíveis.

Porém, nos dois anos seguintes, surge a equipe do Cesmac, que leva bicampeonato Alagoano em 2011 e 2012. “Estava até alegre, mas depois da hegemonia do Cesmac que sempre pegava as melhores jogadoras do estado, eu cansei de lutar pelo sonho e abandonei o UDA. Algumas meninas se desgastaram com as derrotas e as dificuldades que aumentaram com as percas de títulos. Só que outras meninas da equipe me ligaram e pediram para voltar. Daí voltei, em 2013”, disse Adeilson da Silva.

>> ColeCionador de títulos De 2013 a 2019, o UDA foi campeão Alagoano. Hegemônico. Oito títulos estaduais no currículo e a inédita classificação às oitavas de finais da Copa do Brasil, em 2014, incluindo conquistas no futebol de areia, futsal e fut7. O que aparentava, no início, ser um fracasso, virou sucesso. Na residência de Adeilson da Silva, falta espaço para as conquistas. A reportagem contou 63 troféus e 73 medalhas.

“Há outros 20 troféus que não estão aqui e medalhas que dou a amigos”, disse.

Quando questionado sobre o que os troféus refletiam, Adeilson da Silva olha para as taças, silencia, passa lentamente a mal direita na cabeça, descendo pelo rosto até segurar a ponta do queixo, respira e responde: “Não foi fácil. Muita gente riu

de mim, bateu à porta na minha cara quando pedia dinheiro para as meninas. Treinava de forma precária e seguia minha intuição”, disse.

DECEPÇÃO - Em seguida, a reportagem questiona sobre as revelações do clube, ele diz, rapidamente, sentir-se decepcionado com algumas atletas. “Tem menina que eu ajudei a chegar na Seleção e até na Europa. E hoje nem sequer faz uma ligação para mim. Não quero nada delas”, comentou.

RECONHECIMENTO “Certo vez, o Vadão, ex-técnico da seleção feminina do Brasil, me parabenizou pelo trabalho à frente do UDA e, principalmente, pelas garotas reveladas e convocadas para a Seleção”, disse.

>> nayara: grave este nome A mais nova revelação do UDA é Nayara, de 19 anos, nascida em Chã Grande, interior de Pernambuco.

A técnica chilena Macarena foi quem a descobriu.

“Quem me trouxe para o UDA foi Maracarena.

Ela foi minha treinadora no 7 de Setembro de Pernambuco. Neste clube, só tive decepção. Morava no alojamento deste clube e tinha dias que eu nem almoçava. Ia estudar e treinar com fome. Macarena era quem ajudava a gente. Mas, deixei o clube. Daí, Maracena veio para o UDA e me indicou para o Adeilson”, disse Nayara.

Com o sentimento de desconfiança, Nayara chegou

ao UDA e tem nova esperança. “Quando cheguei aqui, vi que o UDA tem estrutura e uma história de conquistas e revelações. Senti que poderia realizar meu sonho aqui no UDA”, disse a jogadora.

O ano de 2018 para Nayara, no UDA, foi de conquistas e realizações. Ela obteve títulos em competições de futebol de salão, futebol de sete e futebol de areia, sendo esta modalidade que a credenciou para jogar na seleção brasileira de beach soccer. Ela disputou competições no Paraguai e na Rússia e entrou para a história por participar da primeira seleção brasileira de beach soccer.

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Thalys – “A máquina de

fazer gols” DAYVIDSON SOARES Repórter

“É

uma máquina de fazer gols”, foi assim que o ‘AS’, um dos mais importantes jornais da Espanha, se referiu ao meia Thalys, um jovem alagoano que saiu da cidade de São Miguel dos Campos para se tornar um talento promissor do futebol mundial. Com apenas 17 anos, o garoto é o camisa 10 do time sub-17 do Palmeiras e já chama a atenção do ‘gigante’ Real Madrid.

A reportagem do Golaço-AL foi até o CT do Palmeiras, em Guarulhos-SP, para entrevistar o Thalys e contar quem é o alagoano que vem dando o que falar com a camisa do Alviverde de Palestra Itália.

“O Thalys é um cara humilde, que dentro de campo trabalha muito para a equipe”, apresentou-se o meia, que também afirmou:

“Quando surgem as oportunidades sempre faço meus gols”.

Thalys foi contratado pelo Palmeiras em 2021, após ser aprovado, em período de testes, e logo assumiu a titularidade da equipe sub-17. Ao jornal Golaço, o meia revelou o que fez para não sentir o peso da camisa do Verdão.

“Para não sentir o peso da camisa (do Palmeiras), eu só foquei no meu trabalho do dia a dia.

Pensava na minha família, que eu tinha que dar o melhor para eles e precisava abraçar a oportunidade.

Eu só tinha um ano de contrato e precisava desempenhar o melhor possível todos os dias”, afirmou o camisa 10, revelando também que chegou a sentir dificuldades na adaptação.

“No começo, a adaptação foi um pouco difícil, a maioria dos caras era mais forte, porém, depois fui conhecendo melhor os novos companheiros e tudo ficou mais fácil”, disse.

Também foi camisa 9

T

halys chegou a jogar improvisado como centroavante e não decepcionou. O meia disputou 33 partidas e marcou sete gols em sua primeira temporada no Palmeiras.

O meia iniciou 2022 de uma forma avassaladora na base do Palmeiras. Thalys soma oito gols em apenas nove jogos disputados

neste ano.

“Eu já esperava o bom momento nesta temporada. Após o término da temporada passada, virei a chave de verdade para voltar muito mais forte. O objetivo é ganhar muitos títulos, já ganhamos dois (FAM Cup e Festival TSFC) e agora o objetivo é a Copa do Brasil Sub-17”, afirmou o camisa 10.

>> Treinou com o profissional

Apesar de jovem, Thalys já teve a oportunid participar de treinamentos com o elenco princ Palmeiras, chegando a estar ao lado de craque Dudu, Raphael Veiga, Gustavo Gómez e Wev além de ser acompanhado de perto pelo técni Ferreira.

“Foi um sonho realizado, os caras são todos refe cias para nós da base e estar com eles foi muito b para mim”, falou.

O bom momento no Palmeiras faz Thalys acreditar que em breve também pode realizar o sonho de ser convocado e vestir a camisa da seleção brasileira na base “Eu acredito que sim, pelo que venho apresentando aqui no Palmeiras.

Mas, se também não vier (a convocação), eu vou continuar focado aqui no Palmeiras, que é a minha equipe”, disse Thalys.

Fotos: Fabio Menotti

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golacoal@gmail.com

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>> alagoano virou mancheTe na espanha Em maio deste ano, o jornal ‘AS’, da Espanha, destacou o futebol que Thalys vem demonstrado com a camisa do Palmeiras. O Alagoano foi apontado como mais um talento que surge na base do clube paulista.

“De Patrick de Paula a Gabriel Menino, bicampeões da Conmebol Libertadores às joias da Copinha do ano passado, Endrick e Giovani. Agora a figura de Thalys, meio-campista que desenvolveu seu físico desde a chegada ao Verdão, começa a soar forte e é uma máquina de fazer gols”, apontou a publicação do ‘AS’.

“Tem um passo largo, devastador nos medidores finais e facilidade de drible. Um meio-campista com a capacidade de jogar na segunda ponta. Uma enorme versatilidade que o torna um jogador de futebol muito útil em qualquer time”, destacou ainda o jornal espanhol.

Thalys já estaria sendo monitorado pelo Real Madrid, segundo informou o site espanhol ‘Defensa Central’, que é especialista em notícias do clube merengue.

O portal informou que Thalys estaria na lista que Juni Calafat, olheiro-chefe do Real Madrid, enviou para o clube espanhol.

“Calafat também pediu à equipe branca para não tirar o olho de Thalys, pérola da pedreira Verdão”, escreveu o ‘Defensa Central’, publicou o site.

INÍCIO Thalys iniciou no futebol quando tinha apenas seis anos de idade, jogando em um time de bairro chamado Terrenense. Ainda na cidade São Miguel dos Campos, o camisa 10 passou por times como Ferroviário e Goiteense, até chegar ao CRB. “O CRB treinava na minha cidade. Como já tinha alguns meninos de São Miguel dos Campos

ANTES DE VESTIR A CAMISA 10 DO PALMEIRAS, Thalys brilhava em times de São Miguel dos Campos

que já jogavam lá, me falaram como fazia para chegar ao clube. Então fui fazer o teste no CRB, fui aprovado, e fiquei até 2020.

Com apenas 15 anos de idade, Thalys já era protagonista da equipe sub-17 do CRB. Foi disputando a Copa do Brasil da categoria que o meia foi descoberto pelo Palmeiras.

Ao Golaço, o jogador também contou quem são os jogadores que ele tem como referências no futebol.

“Quando eu comecei gostava muito do Marcelo, pois eu era lateral-esquerdo, mas agora eu me inspiro muito no Messi. No Palmeiras eu me espelho no (Raphael) Veiga, que é da minha posição”, disse o garoto de 17 anos.

Incentivos da mãe coruja

D

esde os primeiros chutes na bola, Thalys sempre foi acompanhado e teve o apoio da mãe dele, Gleicia Gomes, que em São Miguel dos Campos é conhecida como Lico.

“Sempre fui daquelas mães que incentivam, corre atrás e que sempre acredita que um dia dará certo. Acompanho o Thalys desde os 6 anos de idade, quando ele iniciou na escolinha do Terrenense”, explicou Lico.

Ainda quando era criança, Thalys começou a chamar a atenção jogando ao lado de jogadores mais velhos. Mãe do camisa 10, Lico contou que não faltavam convites para ele jogar em times da cidade de São Miguel dos Campos.

“Quando ele começou a se destacar nos jogos com meninos de idade maiores que a dele, as pessoas que o viam jogar sempre me falavam que ele era muito bom pela idade que tinha. Os donos dos times da cidade o convidavam para jogar e ele sempre chamava atenção.

Eram tantos convites que muitas vezes não dava conta. Tanto em futebol de campo, como em quadra”, contou.

Toda orgulhosa, Lico ainda comemorou o momento que Thalys vive no Palmeiras e deixou claro que vestir a camisa 10 do Verdão e a fase goleadora eram objetivos que o garoto já tinha em mente.

“Estamos vivendo um sonho que se tornou realidade. Eu sempre acreditei que o Thalys iria

THALYS sempre teve o incentivo da mãe coruja, Gleicia Gomes

chegar onde está e acredito que é só o início de tudo que ainda irá acontecer na vida dele.

O tamanho da gratidão por Deus e o orgulho que tenho desse menino são inexplicáveis.

Tudo aconteceu muito rápido, a ida dele para o Palmeiras, um clube que o recebeu bem e que está dando todo o suporte para ele melhorar mais ainda. A camisa 10 era um dos objetivos dele, e fazer gols é a consequência do trabalho que está sendo feito e do futebol que ele apresenta. Ele está onde deveria estar, mas é só o começo, ainda tem muitos sonhos e objetivos a serem alcançados”, concluiu.

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Dos pampas ao agreste: Roger brilha no Asa GUILHERME MAGALHÃES Com Redação

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futebol costuma proporcionar grandes histórias. Porém, mais que isso, esse esporte parece diminuir as distâncias entre cidades e países. Uma prova disso é o atacante Roger Gaúcho, atualmente brilhando com a camisa do ASA, mas que percorreu muitos quilômetros antes de pousar em Arapiraca.

Nascido em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, o meia andou cerca de 20 anos e mais de 3.500km até chegar na terra do fumo.

Conhecido nacionalmente e com passagens por clubes tradicionais como Internacional, Santos e Portuguesa, Roger vive uma das melho-

res fases da sua carreira. Contudo, chegar neste nível não é para qualquer um. Em conversa com o Golaço, o meia atacante do Fantasma falou sobre seu início de carreira e quantas portas foram fechadas até embalar de vez no futebol.

“Cheguei no futebol com 16 para 17 anos. Meu pai arrumou uma escolinha, fiquei dois anos jogando. Fiz teste no Goiás, não passei, fui no Grêmio, não passei, fui no Internacional, não passei. Aí continuei treinando nesse clube até meu ex-empresário falar de novo: “Vamos fazer um teste no Inter”.

Voltei lá e graças a Deus consegui.

Dali continua minha trajetória, fiquei 5 anos [no Inter], de 2003 a 2008”, revelou Gaúcho.

Apesar do sucesso com a camisa do Colorado, Roger disse que o momento mais difícil da sua carreira foi justamente no início. Com o sonho de se tornar um jogador profissional desde a infância, o atual camisa 7 do ASA relembrou sua dedicação e esforço para conseguir um lugar dentro do mercado futebolístico.

“A maior dificuldade foi no início da carreira. Porque correr atrás do sonho não é fácil, até ser um jogador profissional, como a gente sempre quer. Foi com muito suor, muito esforço, para chegarn ao Internacional, realizar um sonho de criança. A gente sempre passa algumas dificuldades, é normal. No futebol nada cai do céu, mas se não fizer por onde, as coisas não acontecem”, opinou.

DONO DO MEIO CAMPO DO FANTASMA | Aos 36 anos, Roger Gaúcho conta caminhanda de quase 20 anos de carreira

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Grandes feitos em 20 anos de bola

C

om tanto esforço e trabalho ao longo de quase 20 anos de carreira, Roger lembrou-se com felicidade dos seus grandes feitos. Em seu currículo possui títulos como a Série C de 2012, Campeonato Potiguar, Piauiense, Paraibano, entre outros. Isso é refletido, inclusive, na atualidade, já que suas atuações vestindo as cores do Gigante têm tornado Roger um dos pilares do time do técnico Jota Guerreiro.

“Estou num grande momento da carreira, maioria dos times que passei, fui vitorioso. Sou um jogador muito dedicado, aplicado no que faço, isso faz com que a gente sempre esteja em grande momento. Eu posso dizer que dá para contar nos dedos os times que não pude fazer história. O jogador é lembrado por história, conquista, graças a Deus sempre fui um cara bastante vitorioso”, enfatizou.

Com a camisa do ASA, Gaúcho é titular incontestável. Especialmente, quando faz o trio com Júnior Viçosa e Anderson Feijão.

Assim como o vinho, a idade não parece ser um problema. Ao todo, são 18 jogos na temporada, o vice do Alagoano, além de liderar há 10 rodadas o Grupo D e estar com um pé no mata-mata da competição.

“Hoje estou em um momento bom no ASA. Sou um jogador muito aplicado, determinado. Então, com certeza vivi momentos não muito bons [no futebol], mas isso conto nos dedos. Meu momento melhor é hoje, estou muito feliz com a minha participação, o campeonato que venho fazendo”, revelou

Roger.

Do interior gaúcho, mas quase virando um arapiraquense nato, o jogador mostrou-se à vontade no futebol alagoano. Em 2016, teve uma passagem pelo rival CRB, onde quase subiu para a Série A. Agora, do lado preto e branco da história, o meia volta a sonhar com o acesso para colocar o ASA na Série C após cinco anos.

“No CRB fui bem, a gente quase teve o acesso para a Série A, infelizmente não veio. Agora no ASA, não é diferente. Fazendo um grande campeonato, certeza que tem muito mais a conquistar. A gente chegou até a final [do Alagoano], infelizmente não veio o título.

Agora, a gente está em busca desse acesso”, falou.

Com a fase de grupos da Série D chegando ao fim, os torcedores começam a fazer previsões. Os mais ousados até já sonham com uma vaga na Série C 2023. Contudo, como é normal nas curtas distâncias futebolísticas, o mercado pode ser danoso. Roger, por outro lado, tranquilizou a torcida alvinegra, contando que pretende cumprir todo seu contrato.

“A gente está na Série D muito bem e pretendo ficar aqui até o final do meu contrato. Muito difícil eu sair do clube no meio do caminho. Não penso em sair, penso em fazer um grande campeonato e assim que acabar, quem sabe eu possa renovar. Eu pretendo jogar até o final da Série D. Poder ajudar esse clube, que é Gigante, um gigante adormecido. Foco total, pelo ASA”, declarou.

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