Jornal Golaço - O jornal dos Esportes - Ed 06

Ano 1 l número 006

Ivan Sto rti

Santos FC

mAceió-AL l mAio de 2022

FELIPE XIMENES | Gerente de Futebol é a grande aposta do CSA

Foto: Ailton Cruz

golacoal@gmail.com

. Páginas 6 e 7

SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CSA

r$ 2,00

SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CRB

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Maceió-aL l Maio 2022 l golacoal@gmail.com

EDITORIAL Ailton Cruz

Oportunidades disfarçadas T

odo caminho para uma oportunidade ou sonho é repleto de obstáculos. A começar pelo círculo de amigos e familiares. Em geral, esses grupos ajudam a desencorajar ao invés de motivar a enfrentar problemas e criar algo novo. Chegam a dizer que não vai

Ailton Cruz CEO

ANÚNCIOS E SUGESTÕES: (82) 99972-7274 CNPJ 41.073.148/0001-33

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dar certo, que não vale a pena. E se o argumento ou desculpa é de que faltam recursos, encoraja-se pois é nessa hora que sobra imaginação.

Portanto, diante de um desafio ou dificuldade, permita-se imaginar diversas soluções. Invente, crie, tente saídas diferentes.

Benedito Lima Diagramação

OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES, NÃO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DESTE JORNAL.

Colaboradores: l Marcelo Alves l Maurício Manoel l Dayvidson Soares l Luciano Milano

Rua Dom Santino Coutinho, 219 - Pitanguinha - CEP: 57052-070 - Maceió / Alagoas - E-mail: golacoal@gmail.com - Fone: 82 99972-7274

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ANTOLÓGICO

Golaço de Anselmo

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o baú dos gols marcados durante a carreira, sem dúvidas, Anselmo Ramon vai guardar um bom espaço para o golaço antológico que assinalou na vitória do CRB sobre o Sampaio Corrêa, por 2x1, no Estádio Rei Pelé. O primeiro triunfo regatiano na competição.

O relógio marcava 17 minutos do primeiro tempo, o camisa 9 do Galo recebeu passe de Yago por elevação e, sem deixar a bola cair, pegou de primeira, de perna direita, e a bola foi morrer no canto superior esquerdo do goleiro Luiz Daniel. Abrindo a contagem do Trapichão.

“Não tinha marcado ainda na Série B e Deus me abençoou aqui no Rei Pelé. Acho que foi o gol mais bonito da minha carreira”, comentou Anselmo no intervalo do jogo, em entrevista ao Sportv.

O golaço rapidamente viralizou nas redes sociais. O gol de Alselmo estampava os perfis de futebol espalhados pelo Brasil, e não demorou muito para a expressão “Puskas que Pariu” (fazendo

Ailt on Cru z

estremece as redes sociais e galera diz: “Puskas que Pariu”

MAURÍCIO MANOEL Repórter

referência ao Prêmio Puskas que premia o gol mais bonito do ano) ser ventilado. O autor do gol, inclusive, já lançou que a pintura poderia fazer parte da lista dos gols mais bonitos.

Criado em 2009 pela FIFA, o prêmio Puskas faz referência ao jogador Puskas, húngaro que marcou época na década de 1950 e 1960 e brilhou na Copa do Mundo de 1954.

A premiação organizada pela Federação já teve dois brasileiros vencedores. Neymar, em 2011, premiado por uma jogada magistral quando ainda jogava pelo Santos em um jogo contra o Flamengo, na Vila Belmiro. Você deve lembrar: o camisa 11 iniciou uma jogada na lateral esquerda de ataque, livrou-se de três marcadores, tabelou com um companheiro até entrar na área aplicando um “drible da vaca” no zagueiro adversário e sair na frente do goleiro e tocar pro fundo do gol. Que golaço!

Em 2015, outro atleta brasileiro voltou a vencer a disputa, com votação online. O então desconhecido Wendell Lira marcou um golaço numa espécie de bicicleta rotatória quando atuava pelo Goianésia-GO, em duelo contra o Atlético Goianiense.

A próxima edição do Prêmio Puskas deve acontecer em janeiro de 2023. Com votação aberta pela internet. Alguma dúvida que a torcida regatiana vai fazer mutirão para levar o nome do clube a todo mundo?

VEJA O GOL ANTOLÓGICO DE

ANSELMO RAMON

>> Reação Regatiana Aos poucos o CRB vai tentando se ajustar no Campeonato Brasileiro da Série B. A saída do técnico Marcelo Cabo e a contratação de Daniel Paulista deu resultado logo no primeiro jogo. O Galo bateu o Londrina, por 1x0, com gol do artilheiro Anselmo Ramon que chegou aos 10 gols na temporada com a camisa regatiana.

O resultado, inclusive, fez o CRB alcançar os 7 pontos, deixando a lanterna da competição. Este início de recuperação é um alento ao torcedor alvirrubro que esperava ansiosamente pela reação da equipe.

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FX: O GERENTE DE FUTEBOL

Fot os: Arq uivo pes soa l

ESPERANÇA AZULINA | Elo entre o campo e a diretoria, Felipe Ximenes traz 35 anos de experiência e vivência no mundo da bola MARCELO ALVES Repórter

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á uma expectativa em uma das últimas contratações do CSA. Não se trata de nenhum jogador. O novo contratado que chega para trazer esperanças à torcida azulina, na sequência do Campeonato Brasileiro da Série B, atua fora das quatro linhas.

Elo entre o campo e a diretoria do clube, o gerente de futebol Felipe Ximenes estará atento a todos os detalhes do dia a dia dos atletas, como por exemplo: adaptação, reação junto aos outros jogadores, entre outros fatores, com o intuito de extrair o resultado esperado de um time e fazer ajustes necessários -, ressaltando que tudo isso com o aval da comissão técnica.

Felipe Ximenes, que também é gestor, professor e palestrante, criou a Comunidade FX, formada por 500 gestores, espalhados pelo Brasil e 16 países.

Para Felipe Ximenes, os cinco pilares: físico, técnico, estratégico, mental e organizacional, são essenciais para adotar medidas que visem almejar conquistas e objetivos em médio e longo prazo.

Além disso, ele gosta de colocar em prática uma frase lida em um livro do filosofo Mário Sérgio Cortella e que o inspirou: “Vivência não se transfere.

Experiência sim”. E é tendo como base os seus 35 anos de experiências e vivências por grandes times do Brasil, que Felipe Ximenes chega ao CSA. Vale ressaltar que o gerente de futebol azulino também já esteve dentro de campo. Ele tentou realizar o sonho de ser jogador de futebol com passagens pelas divisões de base do Clube Atlético-MG, em 1985.

Ao não se profissionalizar e perceber que não progrediria no campo, profissionalizou-se como jogador de futebol de

salão atuando pela Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

Antes de vir para o CSA, a convite do presidente-executivo Omar Coêlho, Felipe Ximenes, estava atuando como superintendente de Esportes do Santos entre setembro de 2020 e janeiro do ano passado, tendo participado da gestão que levou o clube ao vice-campeonato da Copa Libertadores da América.

No currículo há passagens, em 2002, pelo Vasco da Gama como Superintendente de Esportes Olímpicos e em seguida como Administrador Geral do CT Vasco Barra.

Entre os anos de 2004 e 2005, atuou como Gerente na Cabofriense, período em que passou a gravar vídeos de lances das partidas e mostrar aos jogadores nos intervalos dos jogos. No período entre 2005 e 2007, atuou no Botafogo como auxiliar-técnico junto ao treinador Paulo César Gusmão.

Exerceu o cargo de gerente-geral de futebol do Atlético-MG entre 2007 e 2008, onde coordenou a defesa e aprovação de projeto de Lei de Incentivo ao Esporte nas divisões de base do clube. Em 2008 atuou como gerente de Futebol no Fluminense Football Club, ano em que passou a lecionar na extinta Escola Brasileira de Futebol (atualmente CBF Academy), integrando o corpo docente da entidade até 2020 e tendo participado da formação de mais de 2.000 profissionais.

Assumiu a Superintendência de Futebol do Coritiba Football Club em maio de 2009, obtendo grande sucesso com o Tetracampeonato Paranaense (2010, 2011, 2012 e 2013) e os dois vice-campeonatos da Copa do Brasil (2011 e 2012). Além disso, em 2011, o clube alcançou o recorde de 24 vitórias seguidas, obtendo o reconhecimento desta marca pelo Guin-

FELIPE XIMENES trocando experiências com o técnico tetracampeão Mundial, Parreira

ness Book.

Após a brilhante passagem pelo Coritiba, Felipe atuou como Diretor Executivo do Fluminense no fim de 2013 e início de 2014 e no Vitória, em abril e

maio de 2014, mês em que foi anunciado como Diretor Executivo de Futebol do Flamengo, onde esteve até dezembro de 2014.

Felipe foi ainda consultor

de Futebol do Criciúma Esporte Clube em 2015 até assumir a Diretoria Executiva de Futebol do Goiás em dezembro deste mesmo ano, cargo em que atuou até julho de 2016.

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Carolina Sá: Lembra dela?

DAYVIDSON SOARES Repórter

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uanto vale um sonho?”. Foi com essa pergunta escrita em uma cartolina que a atleta de jiu-jitsu Carolina Sá foi encontrada em pleno Carnaval, em 2019, vendendo água mineral no Pontal da Barra, em Maceió-AL. A alagoana arrecadava dinheiro

para poder disputar campeonatos. Os anos se passaram e hoje ela mora na Califórnia, onde disputará, no mês de junho, a competição mais importante de sua vida: o Mundial de Jiu-Jitsu.

A reportagem do Golaço-AL conversou com Carolina Sá, que está em preparação para o Mundial. Ela contou que a ideia de vender água surgiu após ficar sem emprego e faltar dinheiro para participar competições em 2019.

CONQUISTAS DE CAROLINA SÁ - Campeã Sul Americana IBJJF - Campeã Mundial CBJJE - Campeã AB Grand Slam - London UAEJJF - 2 vezes Bronze Pan No Gi IBJJF - Bronze Brasileiro CBJJ/IBJJF - 4 vezes Prata American National IBJJF - Prata e Bronze American National No Gi IBJJF - 23 vezes campeã IBJJF International Open (múltiplas localidades dentro e fora do Brasil) - 2 vezes premiada como melhor atleta de JiuJitsu de Alagoas, pelo Governo de Alagoas, através da SELAJ

>> Quanto custa um sonho?

“Vale o que você está disposto a pagar. Eu acredito que diferentes pessoas possuem diferente valores. Muita gente até hoje me parabeniza sobre essa campanha e vê nisso algo extraordinário, particularmente, eu acredito que fiz o que estava ao meu alcance para continuar na busca dos meus objetivos, e isso pra mim é o que qualquer pessoa deveria fazer” - Carolina Sá

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golacoal@gmail.com

Fotos: Joe Vasquez

Ail to nC ru z

“Com o dinheiro da rescisão, paguei os três primeiros campeonatos do ano enquanto pensava em um jeito para seguir o calendário que tinha planejado. Ao voltar do segundo, era semana de carnaval e eu vi que só tinha 144 reais e uns quebrados na conta, todo o resto do calendário em aberto e minha vida para pagar. Foi então que, no sábado de carnaval, voltando para casa, no meio do engarrafamento que sempre se forma na avenida Assis Chateaubriand, percebi que naquele calor vendar água poderia ser uma boa ideia. Cheguei em casa, pedi o carro emprestado a minha mãe, consegui um isopor emprestado com uma amiga da família, fui no mercado e investi tudo que eu tinha em água e gelo, no dia seguinte comecei as vendas”, lembrou a lutadora de jiu-jitsu.

A atitude de Carolina chamou a atenção e ela virou manchete na imprensa esportiva. A repercussão positiva fez a atleta ganhar o patrocínio de um restaurante de Los Angeles, nos Estados Unidos, chamado Panelas Brazil.

A empresa deu hospedagem e alimentação para a alagoana durante um mês e está com ela até hoje.

“O valor da água ficava a critério do cliente, poderia pagar 50 centavos, 1 real, 5 reais... Ela me falou que teve cliente que pagou 100 reais em uma garrafa de água, pela vontade de querer ajudar.

Foi muito emblemático isso. Com a repercussão das reportagens, o Brasil todo ajudou ela poder viajar”, afirmou o treinador de jiu-jitsu Antonio Rodrigues, que atualmente é preparado físico de Carolina.

Com a ajuda, a alagoana viajou para os Estados Unidos, conseguiu mostrar seu potencial como atleta de jiu-jitsu e segue no país desde então.

“Em uma viagem que deveria ser de um mês para lutar dois grandes campeonatos, na Califórnia e em Las Vegas, respectivamente, fui convidada por uma academia aqui na Califórnia para fazer parte da equipe deles como atleta e coach. Foi quando me mudei para a Califórnia, e o jiu-jitsu virou oficialmente minha profissão”, falou a lutadora.

Antes de mudar de país, uma derrota no Mundial da CBJJE, em São Paulo, fez Carolina tomar uma importante decisão na vida.

“Foi um esforço gigante só para chegar em São Paulo. Lá, porém, fui parada na semifinal com uma derrota dolorida.

No dia seguinte, antes do meu voo de volta a Maceió, fui visitar uma renomada academia local, onde alguns grandes nomes do esporte treinavam e ao final do treino, o professor discorreu algumas palavras que me tocaram.

“Se você quer ser um campeão você precisa dizer não para tudo que não lhe faz ser um campeão, sim somente para o que vai lhe fazer chegar lá”, relembra as palavras na academia.

Carolina conta que na época, cursava Design na UFAL. “Nesse mesmo ano, tranquei a faculdade e passei a me dedicar integralmente ao jiu-jitsu e trabalhava em festas para pagar os campeonatos, pouco a pouco os resultados começaram a aparecer”, lembrou.

O interesse de Carolina pelo jiu-jitsu começou quando ela tinha entre 20 e 21 anos, de forma inesperada.

“Eu conheci o jiu-jitsu através do meu ex-namorado. Ele foi para uma aula inaugural de um conhecido que estava começando e fui assisti-lo, acabei me interessando e no treino seguinte já participei da aula e sigo na modalidade até hoje”, contou a atleta alagoana.

>> o foCo agora é o mundial O próximo desafio de Carolina Sá é o Mundial de jiu-jitsu, que será disputado no mês de junho, na Califórnia. Com 26 anos de idade, a atleta é faixa roxa e luta na categoria adulta, peso leve. “É o evento mais importante do calendário do jiu-jitsu e estou preparada para ele.

O mundial é o topo do iceberg”, afirmou a atleta, que está em intensa preparação total visando à competição.

“Eu treino em uma das melhores academias do mundo e estou rodeada de campeões, nosso treino é forte o ano todo. Na preparação física, sigo com meu treinador Antonio Rodrigues Malta, aí de Maceió, que faz um trabalho excelente comigo”, explicou Carolina.

O tão sonhado título de campeã mundial de Carolina Sá foi projetado pelo treinador de jiu-jitsu Antonio Rodrigues.

“Acredito que ela vai ser campeã mundial.

Tenho a certeza que ela vai fazer o máximo possível para ser campeã mundial. Ela está no caminho certo, a Califórnia é a meca do jiu-jitsu mundial, é onde acontece tudo. Hoje ela faz parte da equipe Checkmat, do professor Lucas Leite, que é uma das melhores equipes do mundo e treina com dois campeões

mundiais”, afirmou Antonio Rodrigues.

O preparador da lutadora também fez questão de descrever Carolina Sá como atleta de Jiu-Jitsu.

“A Carol sempre foi uma menina muito para frente, com muito sague nos olhos, que sempre buscou se superar. Tinha lutas dela que era como se fossem brigas. A gente falava que a Carol havia entrado para brigar, não para só lutar, pela vontade dela de colocar toda a energia na luta. Isso vem dela, não se ensina, se nasce desse jeito”, descreveu o professor de Jiu-jitsu, que seguiu exaltando o foco da lutadora: “Eu gostaria que todos os meus alunos fossem como ela, em relação ao foco. Ela colocou na cabeça que quer aquilo e vai conseguir. Nenhuma distração vai tirar os olhos dela dos trilhos. É muito bom trabalhar com ela. A Carolina é teimosa para umas coisas, mas com relação as orientações ela cumpre à risca”.

Apesar de saber a importância do Mundial de Jiu-Jitsu, Carolina Sá apontou outra causa como maior desafio da carreira.

“O maior desafio da carreira de um atleta é sobreviver com dignidade e manter o rendimento em alto nível”, concluiu Carolina.

>> Carta aberta para o treinador Em agosto de 2020, Carolina Sá publicou no Instagram uma carta aberta em homenagem ao treinador Antonio Rodrigues.

“Se você quer saber se alguém é seu amigo de verdade, conte a ele do seu sucesso, diga que você nunca esteve tão bem, e que vai melhorar! Diga como seus projetos vão bem, e como você está feliz! Faça isso e olhe nos olhos dele.

Seu amigo de verdade vai ficar feliz com você, você verá. Já em outras pessoas, você verá nos olhos que se incomodarão. E quem se incomoda não é seu amigo, é concorrente”.

Lembro quando o Mundial (de Jiu-Jitsu) da CBJJE, em São Paulo, era um sonho distante pra mim. Lembro também quando você disse que eu podia (chegar lá), para eu “correr atrás”. Lembro quando tive medo e chorei, e você estava lá, mesmo na sua dor, consolando a minha. Você gritou até o último segundo, mesmo quando o placar já não me favorecia portanto. Quando a rotina era perder e você nunca me deixou esmorecer, dizendo: “Esse ano você tá plantando”. E depois: “Agora é a hora de colher”. Lembro quando o sonho cresceu e nem passaporte eu tinha. Você foi o meu primeiro investidor. E quando eu quis voltar de Portugal, quando eu não tinha lugar para treinar em Londres e você não me deixou desistir, e eu fui e consegui! Lembro do

brilho nos olhos quando vimos a Pirâmide, e de quando você escondeu a frustração de me ver perder e ainda arrumou motivo para eu ficar feliz. Eu nunca deixei de ter um direcionamento em todas as decisões que eu tive que tomar, e na mais difícil delas, você abençoou.

Estava orgulhoso que a filha ia voar mais alto. Não só meu mestre, desde que eu decidi por essa vida, você foi meu mentor, meu amigo, meu irmão, um segundo pai. Onde quer que eu esteja eu vou honrar seu nome, vou honrar a nossa escola e tudo que aprendi.

Aqui você tem uma filha que chora a sua dor e festeja a sua vitória. Sucesso, meu irmão, você é um vencedor!

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Pintou no 7 MARCELO ALVES Repórter

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intou o 7. Há sete meses* surgia o CRBFut7, no popularizado futebol society. Nas entrelinhas deste enredo, coincidências e conquistas. Coincidentemente, CRBFut7 é formado por sete caracteres, tem sete meses de vida, e joga futebol society, ambas as palavras compostas por sete letras. Toda essa relação com o número associado à perfeição só poderia resultar em algo positivo para o time regatiano:

campeão do Campeonato Brasileiro de Futebol-7, disputado em novembro do ano passado.

Para encerrar a abertura desta história, seguem três fatos que chamam a atenção na conquista do título. Primeiro: a competição foi vencida de forma invicta. Segundo: na palavra invicta, há sete letras. E por último: o artilheiro e melhor atleta do Brasileirão da modalidade foi o jogador alvirrubro Léo Maceió. Por incrível que pareça, ele marcou sete gols. (*Esta reportagem foi feita em abril, período em que o CRBFut7 estava com sete meses de vida)

GOLEIRO ERICK con

Ailton Cruz

CRBFUT7 | Em apenas dois meses de vida, a nova hegemonia do futebol society já conquistou o título do Brasileirão da modalidade

Ailton Cruz

Maceió-aL l Maio 2022

Francisco Cedrim/Ascom CRB

CRB FUTEBOL7 posando para foto antes de mais um treino

CRBFUT7 na comemoração do Brasileiro de Fut7

>> Campeão: Sete letraS As coincidências entre o CRBFut7 e o número da perfeição seguem neste capítulo. O clube regatiano de futebol de grama sintética conquistou o título do Campeonato Brasileiro da modalidade. A equipe alvirrubra sagrou-se campeão com apenas dois meses de vida. Vale destacar que campeão tem sete letras.

Coincidências à parte, a iniciativa do surgimento do CRB Futebol-7 se deu através de uma proposta feita pelo diretor de marketing do CRB, de futebol profissional de 11, Lucas Ramires, ao presidente da equipe do Futbarca, Igor Leandro, cujo time era destaque das arenas de Alagoas.

“Lucas Ramires entrou em contato comigo

e lançou a proposta de criar o CRB de Futebol de Sete, unindo-se ao Futbarca.

Meses se passaram, daí voltamos a conversar e resolvemos fazer a junção e criar o CRBFut7. Na ocasião, pedi apoio da equipe do Manchester City, que nos cedeu jogadores “, disse Igor Leandro, que atualmente é cartola do time regatiano de futebol de sete.

“Aceitar vestir a camisa do CRB futebol de sete é uma responsabilidade enorme.

Agora, representamos a nação regatiana que torce para o CRB profissional de campo. Os nossos jogadores já sentiram a pressão e reconheceram dimensão da responsabilidade nos jogos que fizemos

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golacoal@gmail.com

>> Goleiro convocado para Seleção Seleção: sete letras. Mais uma coincidência. Desta vez, envolve o goleiro Erick, de 24 anos. Destaque da Nordeste Cup, o camisa 1 foi convocado para defender a Seleção Brasileira de Fut7, na Copa América, em Buenos Aires, na Argentina.

“Quando eu recebi a ligação da minha convocação, fiquei muito emocionado.

Chorei bastante”, disse Erick. Questionado sobre o que pensou no momento, o arqueiro explicou que havia chorado porque já havia desistido do futebol, uma vez que atuou nas bases do CSA e CRB, de futebol de 11, e Santa Cruz, bem como jogou profissionalmente no Central de Caruaru (PE), em 2017, mas sem perspectiva de futuro. “Quatro anos depois que desisti do futebol, reacende a esperança de tentar ganhar a vida jogando futebol”, disse Erick.

Para o goleiro do CRBFut7, a partida que o carimbou na Seleção foi contra o Bahia, durante a disputa da Nordeste Cup. “Desde o início da competição que eu ouvia comentários de que estava jogando bem.

Daí, veio o jogo contra o Bahia. Fiz várias defesas, entre elas uma sequência onde usei duas técnicas: a de goleiro de futsal, chamada X, e uma de goleiro de campo, chamada Espacate”, disse Erick, ressaltando que as defesas foram por instinto, uma vez que começou a agarrar no futebol de salão aos dez anos e depois migrou para futebol de campo, aos 14.

Depois desse jogo contra o Bahia, Erick contou que no dia seguinte ao entrar na Arena Ouro Preto, no bairro homônio, para jogar a próxima partida da Nordeste Cup, torcedores e jogadores de outras equipes o parabenizavam pelo jogo contra a equipe baiana. “Para ter ideia, os jogadores e o técnico do Bahia vieram me parabenizar”, disse Erick, que tem a esperança de se tornar um profissional do futebol de sete para ganhar ter uma renda financeira. Enquanto isso, o goleiro está prestes a terminar o curso de Direito e fazer o Exame de Ordem, para ingressas na advocacia.

nvocado para a Seleção de Fut7

Leonardo Visgueiro

pelo Brasileiro e pela Nordeste Cup. A mesma torcida que vai aos jogos no estádio Rei Pelé, esteve presente nas arenas torcendo pela gente”, disse Igor Leandro.

O CRBFut7 conta com o apoio da diretoria-executiva do time profissional do CRB, de futebol de onze jogadores.

CLÁSSICO DAS MULTIDÕES No primeiro Clássico das Multidões no futebol de sete, deu CRB. A equipe regatiana despachou o CSAFut7 nas semifinais do Campeonato -Brasileiro após vencer nos shoot-outs por 3 a 1, na partida que terminou empatada no tempo normal por 2 a 2.

LÉO MACEIÓ, artilheiro do Brasileiro de Fut7 com sete gols

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alvinegros preferem Anderson Feijão UNANIMIDADE NA TORCIDA DO ASA | Atacante retorna ao time após 35 dias no Departamento Médico LUCIANO MILANO Repórter

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título desta matéria é uma paródia divertida da letra da musica ‘O Preto que Satisfaz’ de Gonzaguinha (1945 – 1991). Na década de 1980, o cantor exaltava a paixão do brasileiro pelo feijão. Em trecho da música,.Com somente cinco meses de clube, é possível parafrasear o cantor: ‘dez entre dez alvinegros preferem feijão’, neste caso o atacante Anderson Feijão, do ASA. Se na letra da música, o cantor afirma que ‘feijão tem gosto de festa’, para a torcida Gigante de Alagoas, Anderson Feijão tem gosto (e faro) de gol.

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Dez entre dez

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Após 35 dias fora de combate após uma contusão ainda na final do Estadual contra o CRB – jogador do Galo, Vico caiu em cima do pé dreito do atacante e o deixou longe dos gramados até agora. Feijão deve retornar ao time na partida do ASA contra a Jacuipense, domingo (22), às 16h, no Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, em mais uma rodada do Campeonato Brasileiro da Série D. Quando deixou a equipe, o gaúcho Anderson Feijão era unanimidade entre os torcedores do ASA e havia marcado nove gols na temporada, sendo seis deles no Campeoanto Alagoano. Feijão conversou com o Golaço e falou sobre os mais de 30 dias sofrendo com dores, tratamento e ainda ter que acompanhar os companeiros fora de campo.

A contusão, conta Feijão, não foi a mais grave – ele rompeu ligamento do joelho por duas vezes, 2018 e 2019, mas a do tornozelo acontece quando

ele vive sua melhor fase na carreira como jogador.

“Tem significado bastante diferente porque, agora no ASA, vivo meu melhor momento no futebol. É diferente de tudo porque aqui me sinto em casa, fui abençoado por toda a torica alvinegra, me sinto leve e feliz quando entro em campo porque sei que da arquibancada virá o apoio da torcida. Por tudo disso, tem sido muito complicado ficar de fora, e ficar fora é uma coisa que eu particularmente não gosto”, declarou Feijão.

Após o período longo dos gramados e da 10 do ASA, ele lembra que o processo de recuperação foi bastante doloroso. Apesar de não ter ocorrido, o atacante conta que a dor na hora em que Vicou caiu em cima do tornozelo dele foi de uma fratura.

“Senti como se meu pé tivesse quebrado. Foi um trauma muito forte, chorei bastante, tanto pela dor quanto por ter deixar o time durante a final e,

ainda, por saber que aquela contusão me tiraria dos gramados por alguns dias”, explicou Anderson Feijão.

Ainda sem poder atuar 90 minutos porque só retornou aos treinamentos na semana que antecedeu o jogo contra a Jacuipense, Feijão analisa o atual momento do ASA: apesar de ainda ser líder do Grupo 4, com 9 pontos, o Fantasma vem de duas derrotas fora e de dentro de casa. Além disso, durante a semana, o técnico Maurício Copertino deixou a equipe, alegando que havia recebido proposta para trabalhar em Dubai. Auxiliar, Jota Guerreiro assume, mais uma vez, o time.

“Começamos muito bem a Série D. Sofremos duas derrotas seguidas e digerir esse tipo de situação é difícil. Mas temos que voltar a ser o time guerreiro que nos caracterizou e que luta até o fim. Tenho certeza de que se voltarmos a ter esse espírito vamos retomar as vitórias”, declarou Feijão.

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