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III Mostra de Dança e II Mostra de Linguagens 124 96%

III Mostra de Dança e II Mostra de Linguagens

Ano: 2018

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Fotografia: Arquivos da instituição Autores: Felipe Matos Marques e Comunidade Quilombola do Paraguai Campus: Almenara Descrição: A III Mostra de Dança e a II Mostra de Linguagens do Campus Almenara ocorreu nos dias 19 e 20 de novembro de 2018, com o tema Raízes, abordando as culturas africanas, afro-brasileiras, indígenas e de povos nativos de outros continentes. Este projeto foi a culminância do trabalho Interdisciplinar das disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Artes, Educação Física e História, envolvendo as turmas dos 1º, 2º e 3º anos dos cursos Técnicos de Nível Médio (Zootecnia, Agropecuária, Informática e Agropecuária em regime de Alternância). Em 2019, ocorreu a III Mostra de Linguagens com a inclusão das disciplinas de Geografia e filosofia, apresentando a temática “O Negro nas Américas ao Longo da História”, além da participação do 1º ano do curso Técnico de Nível Médio de Administração, também presente na IV Mostra de Dança, cujo tema foi “Volta ao Mundo”.

III Mostra de Dança e II Mostra de Linguagens

Título: Poema “96%”

Ano: 2019

Autora: Kaylane Pinheiro Estudante egressa do IFNMG - atuante no projeto de extensão “UneVerso” Campus: Almenara Descrição: No poema “96%”, escrito em 2019, a poeta Kaylane Pinheiro, aluna egressa do IFNMG – Campus Almenara, atuante no projeto de extensão “UneVerso”, apresenta uma inusitada reelaboração do poema do fim do século XIX “O Adormecido do Vale”, do poeta francês Arthur Rimbaud. Em vez de um soldado ensanguentado que contrasta com uma paisagem acolhedora e exuberante, como expressaria o poema francês, a obra de Kaylane opera interessantes confusões do corpo humano com o ambiente natural, com efeito, o corpo dilacerado se sente desconfortável, mas, de modo surpreendente, está acostumado ou acostumando-se às crises de ambiente, o que não elimina a dramaticidade desse encontro corpo-vale: “A pele afogada pelos riachos \ Que saem pelos olhos cansados”, repensando-se, num momento histórico em que o cuidado com a esfera ambiental seja algo urgente e delicado, uma revisão desse conflito fundamental, a guerra fundamental ao que circunda esse soldado, o humano insano, “Que luta vida \ Vida não sente”.

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No campo mental Do verde transparente O cheiro molhado inunda A pele afogada pelos riachos Que saem dos olhos cansados No leve “laranjar” da manhã Do sol que queima e traz peso Do remédio insônia constante Arde no peito do soldado Que luta vida Vida não sente As feridas pintadas de vermelho corante No peito da mente, urgem Alagadas de álcool E palavras pluma de ferro Brotam dali flores mortas que choram Regando os sentimentos adormecidos No vale da fome de sanidade.

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