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Projeto acompanhamento de egressos
Coordenadora: Ana Lúcia Ferreira Oliveira de Freitas Discente bolsista: Isabella Cristina Alves Ferreira Discentes voluntárias: Talita Adrielly Pereira Brandão e Edilayne Basil da Cruz Colaboradores: Valdinice Ferreira da Mota e Jean Carlo Laughton de Sousa Autora do relato de extensão: Ana Lúcia Ferreira Oliveira de Freitas Campus: Arinos Público-alvo: Discentes e egressos do IFNMG- Campus Arinos Período: 01/10/2021 a 31/03/2022
Reunião com a equipe
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Projeto Projeto acompanhamento de egressos
O projeto buscou realizar o acompanhamento dos egressos do IFNMG- Campus Arinos com o intuito de efetuar a mediação, recolher e disponibilizar informações para identificar as experiências profissionais que configuram as trajetórias dos egressos da instituição.
Aprimeira motivação para realização do acompanhamento dos egressos do IFNMG, pela Extensão, é a responsabilidade institucional da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXC) em realizar a mediação, recolher e disponibilizar informações para identificar as experiências profissionais que configuram as trajetórias deste público. Sobretudo, investigar como eles estão inseridos no mundo do trabalho e quais as práticas educativas relevantes para a formação deles como profissionais. Também nos encorajou, para a realização do projeto, a necessidade de avaliar a situação dos egressos no mundo do trabalho, auxiliando no planejamento, definição e retroalimentação das políticas educacionais do IFNMG em nível mais específico, podendo contribuir para uma redefinição didática, curricular e avaliativa do Projeto Pedagógico dos Cursos do Campus Arinos.
No total, foram envolvidas na pesquisa, aproximadamente, 735 pessoas, entre a equipe do projeto formada por docentes, acadêmicas do Curso de Bacharelado em Administração e técnicos administrativos. Todos eles contribuíram com informações sobre os egressos do campus, do ano de 2019 ao primeiro semestre de 2020 e pré-egressos.
Segundo o relato da coordenadora Ana Lúcia, “nosso grande desafio estava em desenvolvermos o projeto totalmente de forma não presencial, por ainda estarmos em um momento pandêmico, conseguir envolver tantas pessoas sem estar no ambiente acadêmico e sem ter o contato físico”. Nesse sentido, teve-se a ideia da criação de um Instagram do projeto, no qual seriam divulgadas informações acerca da importância deste e da necessidade de respostas dos egressos e pré-egressos. De posse das listas enviadas pelas secretarias do campus, foram enviados convites para a sensibilização e participação de todos por meio das redes sociais. Após a sensibilização, foram desenvolvidos dois questionários eletrônicos na plataforma do Google Forms, um destinado para aos egressos e outro aos pré-egressos do campus e enviados a esses via WhatsApp.
Reunião para elaboração Relatório Final

Identidade Visual do Projeto

O questionário eletrônico foi enviado para 133 pré-egressos, Desses, somente 17 responderam. Com relação ao perfil dos respondentes, 64,7% eram do sexo masculino e 35,3% do sexo feminino; a maioria (58,8%) com idade entre 15 a 20 anos e pardos (64,7%). Pôde-se observar que a maioria (70,8%) não é natural de Arinos e possui a pretensão de mudar de cidade após a conclusão do curso (52,9%). Apenas 17,6% declararam que ainda não se decidiram sobre essa questão. Sobre os cursos, um percentual de 35,3% pertencia ao Curso Técnico Integrado em Agropecuária, seguido dos Cursos Técnico Integrado em Informática (23,5%), Tecnologia em Produção de Grãos (23,5%), Bacharelado em Administração (11,8%) e Tecnologia em Gestão Ambiental (5,9%). Apesar das diversas tentativas, não obtivemos respostas dos pré-egressos dos demais cursos do campus.
Ao serem questionados porque escolheram estudar no IFNMG/Campus Arinos, a grande maioria (76,5%) respondeu que a sua escolha se deu por ser uma instituição pública e de qualidade. E, se indicariam a instituição e o curso que estão fazendo para alguém, todos (100%) responderam que sim. A maioria (76,5%) também reconhece que o conhecimento adquirido no curso está ajudando na vida pessoal/ profissional e 68,8% expressaram que o curso atendeu suas expectativas, enquanto 35.3% responderam que o curso atendeu parcialmente suas expectativas.
Questionados se sentem preparados para atuar na área do seu curso, 58,8% disseram que não, 29.4% se sentem preparados e 11,8% já estão atuando na área. Dos que não se sentem preparados, 35,3% acrescentam que irão se especializar. Indagados sobre os estágios, 82,4% não estavam fazendo estágio e todos aqueles que responderam que sim avaliaram que o estágio contribuiu para a sua formação.
Sobre o mercado de trabalho, 76,5% responderam que não estão trabalhando por conta da dedicação exclusiva a atividades acadêmicas, 53,8% alegaram falta de oportunidade de trabalho na sua cidade, 15,4% alegaram não estarem trabalhando por exigência de experiência ou outro motivo. A margem salarial é de um a dois salários mínimos e estão, parcialmente, satisfeitos com seus empregos.
Na avaliação pessoal dos respondentes, estes consideram que foram bons alunos (64,7%), que tiveram um bom desempenho ao longo do curso (58,8%) e nunca ficaram em dependência (58,8%). Desejam manter contato com a instituição (70,6%) e o objetivo principal, após a conclusão do curso, é fazer graduação. Por último, como as atividades estavam sendo realizadas no formato ANP, em virtude da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), foi questionado se isso interferiu, de alguma forma, no desempenho durante o curso: 70,6% responderam que sim,
Reunião remota com a equipe

Isabella Cristina Alves Ferreira
Instagram do Projeto
seguido de 17,6% que disseram ter interferido de forma parcial. Alguns pontos citados pelos alunos, que levaram a esse impacto no desempenho por conta da Covid-19, foram: impacto emocional, dificuldade no processo de aprendizagem, defasagem em algumas matérias, a falta de contato direto com os professores e com o ambiente escolar, falta de disciplina e organização nos estudos, ausência de aulas práticas, falta de foco durante as aulas remotas, entre outros pontos.
Quanto ao questionário eletrônico disponibilizado para os egressos, obtivemos 57 respostas de ex-alunos do Campus Arinos, com o seguinte perfil: 82,5% dos respondentes têm até 20 anos, 17,5% entre 21 a 30 anos. A maioria (57,9%) é do sexo feminino e se autodeclarou parda (56,1%). A maioria (82,5%) reside em Minas Gerais e 10,5% residem em Goiás. 78,9% são egressos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e 15,8% fizeram curso superior na instituição. Desses, 47,4% concluíram seus respectivos cursos no ano de 2019, 35,1% finalizaram em 2021 e 15,8% concluíram no ano de 2020.
Ao serem indagados sobre o mercado de trabalho, 63,2% não esta-


Talita Adrielly Pereira Brandão
Convite enviado
vam trabalhando no momento, por conta de estarem dedicando, exclusivamente, às atividades acadêmicas, 16,7%, por falta de oportunidade na cidade onde moram. Dos que estavam trabalhando, a maioria (52,4%) atuava na sua área de formação e recebia entre um a três salários mínimos (71,4%).
Quando questionados se estavam satisfeitos com seus empregos, 47,6% responderam estar parcialmente satisfeitos e 42,9% totalmente satisfeitos. A grande maioria dos ex-alunos que responderam ao questionário afirmaram que o curso foi de suma importância para procurar outro emprego, ingressar ou manter-se no mercado de trabalho.
Na avaliação da instituição, 64,9% dos respondentes alegaram que o conhecimento adquirido no curso está ajudando na sua vida pessoal/ profissional e todos indicariam o campus a alguém. Os principais pontos destacados para essa indicação foram a qualidade dos professores, as aulas práticas, as bolsas e incentivos, as viagens técnicas e a infraestrutura. Por último, foi questionado se a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) repercutiu no ingresso no mundo de trabalho: 40,4% responderam que sim, 38,6% que não e 21,1% responderam que impactou parcialmente. O atraso na conclusão do curso, a falta de oportunidades, a defasagem no aprendizado, as dificuldades com o ensino on-line, o isolamento social e o fechamento de empresas foram alguns pontos citados pelos egressos como decorrentes da pandemia, que repercutiram em sua entrada no mercado de trabalho. Contudo, mesmo diante de todas as dificuldades, o projeto foi realizado e atendeu seu objetivo de fazer o acompanhamento dos egressos e pré-egressos, escutá-los nas suas ansiedades e dificuldades encontradas após o término dos seus estudos e suas impressões acerca dos cursos e da instituição. Tornar públicas essas informações preciosas adquiridas é importante, na medida que podem ser utilizadas no planejamento da instituição. Finalizamos com a fala da acadêmica Talita, voluntária do projeto, que sintetiza a importância da realização de projetos de extensão como esse: “participar do projeto de extensão Acompanhamento de Egressos foi uma experiência incrível, uma oportunidade para transmitir um pouco dos meus conhecimentos e adquirir muitos outros. Na minha opinião, é um projeto fundamental para acompanhar as expectativas dos alunos com relação ao curso, delinear o perfil do profissional formado e avaliar a sua inserção como egresso no mundo do trabalho”.