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OPINIÃO

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desenvolviMento Regional

Ministro anuncia R$ 34 mi para obras de saneamento básico

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PRosa veRso&

crispinianoneto@gmail.com

nove dízimos e a máfia no poder

>> Rogério Marinho visitou obras de saneamento integrado em bairro da capital do Rio Grande do Norte

Oministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciou nesta segunda-feira, em Natal, a autorização de pagamentos que somam R$ 34 milhões para a continuidade de 20 obras e projetos de saneamento básico em 12 unidades da Federação. Ele visitou uma obra de saneamento integrado em capital do Rio Grande do Norte.

Os repasses vão atender empreendimentos na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.

“As obras que foram iniciadas em diversos estados brasileiros não podem ser paralisadas. Hoje, estamos liberando mais de R$ 34 milhões para a continuidade desses empreendimentos. Isso é uma reafirmação do nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros, que passam a ter maior qualidade de vida e melhor acesso a serviços ligados à área de saúde”, apontou Rogério Marinho.

As obras de saneamento integrado nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul, em Natal (RN), receberão aporte de R$ 5 milhões. Em Sergipe, a cidade de Lagarto vai receber R$ 10,2 milhões para a ampliação do sistema integrado de abastecimento de água da Adutora do Piuaitinga.

Dênio Simões mDR

Obras de saneamento integrado nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul, em Natal

Na Bahia, três municípios receberão aporte de R$ 7,3 milhões. Desse total, R$ 6,8 milhões serão destinados à ampliação do sistema de abastecimento de água Machadinho Sul, em Camaçari. Por sua vez, Salvador contará com R$ 407,1 mil para melhorias no sistema de abastecimento de água, enquanto Lauro de Freitas terá acesso a R$ 460,1 mil para as obras de saneamento integrado no bairro Quintas do Picuaia.

Outro R$ 1,1 milhão será voltado à ampliação da estação de tratamento de água Gramame, em João Pessoa (PB), além do reforço no sistema de distribuição em áreas atendidas por quatro reservatórios da capital paraibana.

Já o repasse de R$ 397,3 mil para o estado do Ceará beneficiará Fortaleza e Cascavel. A capital terá R$ 41,7 mil para as obras no sistema adutor e de reservação do Taquarão. Já o município do interior cearense contará com R$ 355,6 mil para a implantação de uma estação de tratamento de água, além da readequação da captação no Açude Mal Cozinhado e da adução de água bruta e tratada.

centRo-oeste

O Distrito Federal receberá R$ 2,7 milhões do MDR. O valor será destinado à implantação de um centro de reservação no sistema de abastecimento de água do Descoberto.

Empreendimentos no estado de Goiás receberão R$ 2 milhões para obras de saneamento básico. A ampliação do sistema de abastecimento de água de Aparecida de Goiânia terá acesso a R$ 1,9 milhão. Para Luziânia, serão destinados R$ 72,9 mil para intervenções de saneamento integrado e urbanização nos bairros Parque Alvorada I, II e III e Parque JK.

A cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso, contará com R$ 1,4 milhão. O montante será voltado à ampliação do sistema de abastecimento de água local.

safra brasileira chegará a 300 milhões de toneladas este ano

PedRo PeduZZi

Repórter da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segundafeira, 28, que a expectativa do governo é de que a safra 2021/2022 ultrapasse a marca de 300 milhões de toneladas, o que confirmará ao país “a vocação incontornável” de ser o celeiro do mundo. Segundo o presidente, essa posição se deve a um sistema de financiamento moderno e sofisticado que tem à frente, o Banco do Brasil.

A afirmação foi feita durante o anúncio do BB, de que disponibilizará R$ 135 bilhões em créditos para a safra 2021/2022. O valor é 17% superior ao volume aplicado na safra anterior.

“A agricultura brasileira não parou durante a pandemia. Produziu mais ainda, pela vontade e pela coragem do nosso homem do campo. O campo, ao não parar, garantiu cada vez mais não só nossa segurança alimentar, mas a alimentação para mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo”, disse o presidente.

Corroborando da expectativa da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, Bolsonaro disse que seu governo está correndo atrás do desafio de ampliar para 300 milhões de toneladas a safra de grãos, desafio ainda mais surpreendente levando em conta o fato de tratar-se de um recorde a ser batido em meio a um cenário de pandemia.

“A pandemia demonstrou para o mundo a vocação brasileira, de ser o celeiro para alimentar a população mundial. Essa vocação é incontornável, e é inegável que a sustentação disso foi o Banco do Brasil”, disse. “Isso foi possível com modernização e sofisticação e para o financiamento [do setor]”, acrescentou.

Os R$ 135 bilhões em financiamentos a serem disponibilizados pelo banco terão juros que variarão de 3% a 4,5% o ano para pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para os médios produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros praticadas com custeio serão de 5,5% ao ano, e para os grandes produtores, a taxa será de até 7,5% ao ano.

Bolsonaro, assim como os grandes canalhas que o apoiam, chama Lula de “Nove Dedos”, num gesto de preconceito cretino contra quem tem algum tipo de deficiência física. Talvez agora ele leve uma invertida ganhando o apelido de “Nove Dízimos”.

Vamos aos números.

Um contrato de 1,6 bilhão, com superfaturamento de 1.000% significa dizer que o valor real dele é de dez por cento deste total. Ou seja, as vacinas, no seu preço real, custariam 160 milhões de reais, o que quer dizer que o superfaturamento em números reais é da ordem de 1,44 bilhão. Isto é, Um bilhão e quatrocentos e quarenta milhões de reais.

No mundo da corrupção, a propina equivalente a dez por cento já estava “desmoralizada” desde quando, no Governo Collor, diziam que 10% era “gorjeta de garçom”...

Bolsonaro virou de ponta cabeça a tragédia brasileira da corrupção.

Com ele, a propina da corrupção é da ordem de 90%.

O dízimo é o valor da compra. “Pazuello sabia de tudo, mas não disse nada porque tem amor à vida”. Vale lembrar que Pazuello é uma general de Exército da ativa. Dizer que ele calou porque tem amor à vida demonstra o grau de toxidade do grupo que está no poder. Vale lembrar que Ciro Gomes também falou que uma espécie de sindicato do crime tomou conta do poder em Brasília. E também vale lembrar que antes dessa gente chegar ao poder, Teoria Zavascki, ministro do STF, morreu em um acidente nunca devidamente explicado. Do mesmo modelo do acidente aéreo que matou Eduardo Campos e que o assassinato de Marielle, por mais que se tenha chegado perto da verdade, ainda não se sabe oficialmente quem mandou assassiná-la.

Presidente, a compra da COVAXIN está sendo negociada com 1.000% de superfaturamento.

Resposta do presidente: - “Isso é mais um rolo do Ricardo Barros”.

Resta muito claro que tudo funciona como uma máfia de altíssima periculosidade.

seM tRocadilho

Não resta dúvidas que a família imperial do Brasil está “mirando” os irmãos “Miranda”.

seM tRocadilho ii

O deputado Miranda provou que Bolsonaro é um “santo dos pés de barros”...

seM tRocadilho iii

O que se diz lá pelo Paraná, terra de Ricardo Barros, é que o governador Ratinho Júnior pode ser enrolado no imbróglio que já se tornou público na CPI.

Aí tem mais um jogo de palavras: “A montanha de Barros vai parir um ratinho, vai parir um ratinho...”

iMageM quE mARcA

Tempo de lembrar o genial poeta Augusto dos Anjos, com seu soneto “O Lázaro da Pátria”, impagável, como tantos dele.

Tínhamos aí um Lázaro Barbosa, bandido reles, que abalou a nação por despreparo das polícias que o caçavam e da mídia que nele focou quando o País tem problemas gigantescos, além dele, e, ao focar nesta pauta, o glamourizou e o celebrizou.

Há outro Lázaro, o lazarento. Não no sentido literal, pois não alimentamos preconceito contra pessoas doentes, ainda mais da lepra, a Hanseníase, doença tão carregada historicamente de preconceitos. mas, lazarento, no sentido figurado, de insuportável, repulsivo: chefe lazarento...

Bolsonaro sempre foi repulsivo, mas é a partir do depoimento do deputado Luiz miranda, que entregou o esquema de corrupção da compra superfaturada da Vacina covaxin, que fala-se “por uma boca só”: Já se tem motivos para impeachment. Portanto, como diz o poeta: “o Lázaro caminha em seu destino para um fim que ele mesmo desconhece”.

o lÁZaRo da PÁtRia

Filho podre de antigos Goytacazes, Em qualquer parte onde a cabeça ponha, Deixa circunferências de peçonha, marcas oriundas de úlceras e antrazes.

Todos os cinocéfalos vorazes cheiram seu corpo. À noite, quando sonha, Sente no tórax a pressão medonha Do bruto embate férreo das tenazes.

mostra aos montes e aos rígidos rochedos A hedionda elefantíases dos dedos. Ha um cansaço no cosmos. Anoitece.

BOLETIM FOCUS

Previsão para crescimento do PIB sobe para 5,05%

Agência Brasil

Indústria da construção civil dá sinais de crescimento

OUTRASPALAVRAS

JOSÉ NICODEMOS

aristida603@hotmail.com

COMIDA DE SANTO

Releio Woden Madruga em seu gostoso livro “Na gaveta do tempo”. Estilo muito do meu agrado, devo dizer. Convincente, no sentido da impressão da presença. Precisamente a crônica sobre como se faz uma boa feijoada: tripas, de boi (finas e grossas) ou de porco. Ou as duas. Maxixes e quiabos, batata doce. Pois estou com a boca cheia d’água.

E como posso de imediato não me lembrar da feijoada da minha mãe? O cheiro da panela ao fogo enchia a casa e saía portas a fora. Parece que estou vendo o velho fogão de lenha, grosso de tisna, lá no canto da cozinha, que, para ser mais exato, era o amplo puxado que dava para o quintal, cobertura de palhas de coqueiro. Eu estou vendo.

Fogão de lenha, na verdade, era apenas um nome, porque, ao menos lá em casa, usava-se o cavaco de pau, que eu, menino, ia buscar, numa bolsa de palha de carnaúba, no estaleiro da Companhia Comércio de Navegação, ali ao lado do matadouro público. Era isso toda de manhã cedo, sob os ralhos da minha mãe: eu tinha preguiça.

Já um tanto crescido, ficando rapazinho, embora não tivesse namorada, como os meninos da minha idade, era vergonha de sair com aquela bolsa velha, e procurava os atalhos a espaços por entre o matagal. Às vezes, era um saco de estopa com o peso calculado para a força de um menino da minha idade. Aí é que eu tinha vergonha.

Quanto aos maxixes e quiabos, aí era moleza: haviaos à farta no quintal lá de casa, como nas beiras das cercas de varas de marmeleiro, ali nas redondezas. Era só pegar a bolsa, e enchê-la a mais não poder, longe dos olhos curiosos. Só a batata doce, que minha mãe também usava na feijoada, é que não dava ali no quintal e redondezas.

Já o jerimum, como a melancia, era de ruma. Ou quase. Feijoada com guarnição de melancia, outras vezes, manga, de preferência a coité, era o fraco da minha mãe. Gosto culinário que herdei dela, até hoje. Como devia dizer o primoroso estilista Woden Madruga – é comida de santo. Sem falar numa fressura de bode, com maxixe e quiabo.

Pois a crônica de Woden, que eu diria com sabor de uma boa feijoada nordestina, me dá água na boca, e ainda faz melhor: de quebra, me reaviva a saudade do paladar da infância, enchendo-me os olhos com a visão do velho fogão de lenha lá de casa, tão nobre no negrume de sua fuligem velha. A culinária pobre da minha mãe.

Obrigado, meu velho Woden Madruga, não só por isso, mas também pela força do seu jeito, natural e gostoso, de escrever, que tem a faculdade de proporcionar a presença – magistralmente convincente. Quanto à receita de uma boa feijoada, nada que lhe agradecer, pois, menino, já aprendera com minha mãe. Comida de santo, mesmo.

RECADO

Meu caro David Leite, recebi o correio do Rio Grande do Sul, da sua parte. Também, por mão própria, o livro de Valério Mesquita. Li e gostei. Pelo mesmo portador, mandei-lhe dois exemplares do “Verniz dos mestres”, do Franklin Jorge.

COVID

Constrangido, quase toda semana, por assim dizer, me chega, de Areia Branca, notícia de morte de pessoa conhecida pela covid19. Mais, jovens. Sem contar o alto registro de pessoas com diagnóstico da doença. Preocupante.

ANTOLOGIA

Deve sair agora em julho a sexta edição da antologia Café & Poesia, da confraria desse nome, sob a organização do padre Guimarães, David Leite e Eduardo Pinto. São textos publicados na segunda página do Jornal de Fato.

LINGUAGEM

Ronald de Carvalho era de opinião que se devem evitar as orações reduzidas, em favor das desenvolvidas, sob o argumento de que aquelas podem oferecer mais de uma interpretação do sentido. Sucede, porém, que a lição desse grande historiador literário, de grande estilo, não encontra amparo na tradição do idioma português, pois é um recurso linguístico da maior valia relativamente à variedade do estilo. Isso, desde que se saiba usar, sem comprometer a clareza da frase, as formas ditas reduzidas (de infinitivo, de gerúndio e de particípio). É para dizer que, entre escritores despreparados para o ofício, o uso dessas formas, notadamente as de gerúndio, representa, digamos, um verdadeiro desastre sintático-semântico. Não há sentido claro. Nem por isso se pode ensinar que se devem evitar as orações reduzidas, como queria Ronald de Carvalho.

>> Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central estão otimistas com o crescimento da economia

KELLY OLIVEIRA

Repórter da Agência Brasil

Os instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5% para 5,05%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,11%, ante a previsão da semana passada de 2,10%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

As estimativas estão no boletim Focus da semana.

INFLAÇÃO

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,90% para 5,97%.

A estimativa para 2021 supera o limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação permanece em 3,78%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 6,5% ao ano e permaneça neste patamar nos anos seguintes: 2022, 2023 e 2024.

A expectativa para a cotação do dólar segue em R$ 5,10. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,20

Confiança na indústria sobe 3,4% em junho

VITOR ABDALA

Repórter da Agência Brasil

O Índice de Confiança da Indústria, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu 3,4 pontos na passagem de maio para junho deste ano. Essa foi a segunda alta consecutiva. O indicador atingiu 107,6 pontos, o maior patamar desde fevereiro deste ano (107,9 pontos).

O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresariado da indústria no futuro, subiu 5 pontos e atingiu 104 pontos. Já o Índice Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre as condições do presente, subiu menos: 1,8 ponto e chegou a 111,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto percentual, para 79,4%, maior valor desde janeiro (79,9%).

“A recuperação das economias externas e o avanço do processo de vacinação no país contribuem para o aumento do otimismo das empresas. Apesar disso, é preciso cautela considerando que o setor ainda enfrenta dificuldades ainda com a escassez de insumos, aumento dos custos que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre”, afirma a economista da FGV Claudia Perdigão.

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