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Na índia, Haddad reforça preocupação com juros altos
from Jornal De Fato
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou durante discurso em reunião do G20, na Índia, preocupação com a elevação dos juros e o endividamento dos países mais pobres. Para o ministro, os bancos multilaterais devem promover reformas internas para direcionar recursos para ações de alimentação, combate à pobreza e no enfrentamento à crise climática. O G20 é o grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
“Mantendo o foco na prosperidade compartilhada e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), devemos aprofundar as discussões sobre reformas nos bancos mul- tilaterais de desenvolvimento que reforcem seu papel de formar parcerias e canalizar recursos para lidar com o nexo clima, alimentação e pobreza”, disse Haddad na sessão de abertura da reunião do G20. Em seu pronunciamento, Haddad disse que essas instituições devem ser capitalizadas para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento de longo prazo, taxas de juros adequadas e estruturas inovadoras para reduzir riscos, estimular Parcerias Público-Privadas e atrair investimentos privados.
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“A elevação dos juros em meio à fragilidade da economia mundial agrava o cenário. Devemos continuar o trabalho que está sendo realizado no Marco Comum e outros esforços de coordenação coletiva. Ter mecanismos para uma reestruturação ordenada e oportuna é do interesse de credores e devedores”.
Haddad disse ainda que o Brasil estava “isolado”, mas que agora vai reconstruir sua presença internacional para promover entendimentos baseados na inclusão e em um futuro sustentável, com redução das desigualdades e no alcance das metas de redução de emissões de carbono, em especial, para projetos dos países em desenvolvimento e emergentes.

“O financiamento climático é mais caro e apresenta taxas de risco mais altas para esses países, o que dificulta o alcance das metas de redução de emissões de carbono”, disse.
O ministro abordou os desafios mundiais enfrentados atualmente, como as consequências da pandemia da covid-19, guerras, conflitos, aumento da pobreza e das desigualdades, obstáculos ao abastecimento de alimentos e de energia limpa. Ele enfatizou que deve haver mais diálogo entre as maiores economias para que se obtenha resultados concretos.
Haddad disse ainda, precisa e incluir quem necessita do benefício”, afirmou Dias. em 2024, quando o Brasil estará na presidência do G20, trabalhará para fortalecer o multilateralismo, mantendo o foco na prosperidade compartilhada e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando o compromisso do governo em acabar com o desmatamento até 2030. cesar@defato.com
Além disso, o ministro declarou que cerca de 2.265 famílias decidiram sair voluntariamente, por meio de um aplicativo disponibilizado pelo governo federal. “Nós abrimos a possibilidade de as pessoas que não se encaixavam se apresentarem voluntariamente e saírem do programa. Isso aconteceu com essas famílias”, afirmou.
Segundo o ministro, outras 700 mil famílias, que se encaixam nas regras do programa e não estavam recebendo, serão incluídas no Bolsa Família.
O ministro confirmou ainda que será criado um valor extra para as famílias que são mais numerosas.
Segundo ele, o modelo do governo Bolsonaro pagava R$ 600 para uma família de um só membro e para outras com seis a sete integrantes.
“Não faz nenhum sentido. Por isso, vamos ter também um valor extra per capita, para atender às famílias mais numerosas. Quem vai tomar a decisão final é o presidente Lula”, explicou.
SERVIDOR FEDERAL vai Pressionar
Representantes de servidores públicos federais apresentaram, nesta sexta-feira, 24, uma contraproposta de reajuste salarial para as categorias, com um pedido de aumento de 13,5% a partir de março deste ano. O governo federal propôs aos servidores um aumento linear de 7,8%, que foi considerado pequeno pelos representantes dos trabalhadores.
O documento com a contraproposta foi apresentado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) ao governo federal, a poucos dias da retomada das negociações dos servidores com integrantes do governo federal.
“Considerando que o percentual de 7,8% está muito aquém das perdas acumuladas nos últimos anos, as entidades que representaram as diversas categorias propuseram que o governo eleve sua oferta para 13,5% a partir do mês de março próximo.
A próxima reunião está marcada para a terça-feira, 28. Para mostrar que a disposição de luta, as entidades vão acampar em frente Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público, que vem conduzindo a negociação.
Na primeira reunião, o governo propôs um reajuste salarial de 7,8% para servidores públicos a partir de março. O documento foi enviado na noite de quinta-feira, 16, aos sindicatos que representam as categorias do Poder Executivo e tem assinatura do Secretário de Gestão de Pessoas, Sérgio Mendonça.
A proposta também inclui um aumento de 46,6% no vale-alimentação, o equivalente a R$ 200. O valor é referente à variação acumulada do IPCA de fevereiro de 2016 a fevereiro de 2023. Se aprovado, o benefício passaria de R$ 458 para R$ 658.
Na contraproposta apresentada nesta sexta (24), o Fonacate elogiou a proposta de aumento no vale-alimentação, mas pediu que os demais benefícios sejam equiparados aos dos demais Poderes nos próximos anos.