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GERAIS/OPINIÃO
from Jornal De Fato
Elisa Elsie
Professor Jairo Campos e a governadora Fátima Bezerra no Museu de Cultura Popular
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Cultura popular
Museu em Francisco dantas tem acervo de duas mil peças de artistas brasileiros
Agovernadora Fátima Bezerra visitou, no fim de semana, o Museu de Cultura Popular, do município de Francisco Dantas, mantido pela Associação Fundação Cultural Professor Jairo José Campos da Costa. A governadora estava acompanhada do presidente da Fundação José Augusto, jornalista e posta Crispiano Neto.
O acervo contém aproximadamente duas mil peças de artistas brasileiros, além de fotografias, livros, CDs, bonecas de pano e bordados, composto por 90% de arte popular e 10% de antiguidades. A composição das peças é formada por matérias primas variadas como tecido, papel, ferro, madeira, couro, pedra e barro.
O espaço foi criado pelo professor Jairo Campos, doutor em cultura popular, com o objetivo de oferecer uma política museológica que pudesse proporcionar o acesso da população sertaneja, seus conterrâneos, a peças genuinamente populares que reconhecem e valorizam os saberes e fazeres tradicionais. “Você pode contar conosco porque o Rio Grande do Norte tem uma professora que é governadora e aliada da cultura. Temos um poeta que é presidente da Fundação José Augusto e um governo parceiro da cultura”, disse Fátima, em resposta às demandas do criador do museu.
Campos defende políticas para o fortalecimento da cadeia da cultura popular no Rio Grande do Norte. “Pernambuco, Alagoas e Mato Grosso do Sul já profissionalizaram sua cadeia. Os artistas têm uma marca, criada pelo governo.”
Crispiniano Neto fez um relato dos investimentos do governo do RN em cultura e anunciou a abertura de novos editais com recursos da Lei Aldir Blanc.
Do Rio Grande do Norte, estão presentes nomes como Fé Córdula, Zé de China, Manxa, Thomé, Iran, Jair Peny, Xico, além de representantes das artes visuais de quase todos os municípios potiguares.
Há também artefatos de artistas do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão Alagoas, Sergipe, Bahia, Rondônia, Amapá, Acre, Pará, Roraima, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Rio Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
O museu é Ponto de Cultura pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Foi Premiado em 2018 pelo Prêmio Selma do Côco de Cultura Popular da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. O local também é utilizado para eventos culturais como saraus, lançamentos literários e reuniões artísticas.
Projetos aprovados na Lei Aldir Blanc
Foram aprovados três projetos da Lei Aldir Blanc RN, do Governo do Estado, através da Fundação José Augusto. para o Museu de Cultura Potiguar e para o proponente Jairo Campos:
Edital Ecos do Elefante - pessoa jurídica, no valor R$ 35 mil para criação de um site, digitalização do em alta resolução do acervo de mil fotografias e criação de catálogos virtual e impresso do museu.
Edital Ecos do Elefante - pessoa física, no valor de R$10 mil para publicação de um memorial acadêmico do Prof. Jairo José Campos da Costa.
Edital Microprojetos Culturais - pessoa jurídica, no valor de R$ 25 mil para a aquisição de computador, celular, caixa de som, microfone, HD, iluminação adequada do museu e ampliação de acervo de arte popular de artistas potiguares.
Elisa Elsie

Barragem armando ribeiro Gonçalves acumula 56,65% da sua capacidade
Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora 47 reservatórios, com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, divulgado nesta segundafeira, 26, indica que as reservas hídricas superficiais totais do RN somam 2.098.685.538 m³, correspondentes a 47,95% da sua capacidade total, que é de 4.376.444.842 m³. No mesmo período de junho de 2020, as reservas hídricas a c u m u l a v a m 2.439.719.957 m³, percentualmente, 56,30% do seu volume total.
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior manancial do RN, acumula 1.344.364.684 m³, equivalentes a 56,65% da sua capacidade total, que é de 2.373.066.510 m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório estava com 1.538.050.719 m³, percentualmente, 64,81% do seu volume total.
O segundo maior reservatório do Estado, Santa Cruz do Apodi, acumula 246.034.970 m³ , correspondentes a 41,03% da sua capacidade total, que é de 599.712.000 m³. No final de julho de 2020, a barragem estava com 208.131.310 m³, equivalentes a 34,71% do volume total do manancial.
A barragem Umari acumula 202.436.700 m³, correspondentes a 69,13% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório estava com 263.852.616 m³ , percentualmente, 90,11% do seu volume total.
A barragem de Pau dos Ferros acumula 27.874.268 m³, equivalentes a 50,82% da sua capacidade total, que é de 54.846.000 m³. No final de julho do ano passado, o reservatório estava com 19.592.666 m³, correspondentes a 35,72% do seu volume total.
O reservatório Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, acumula 6.708.681 m³, percentualmente, 15,1% da sua capacidade total, que é de 44.421.480 m³. No mesmo período de julho de 2020, a barragem estava com 14.209.184 m³, correspondentes a 31,99% do seu volume total.
O açude Boqueirão de Parelhas acumula 12.881.405 m³, equivalentes a 15,19% da sua capacidade total, que é de 84.792.119 m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório acumulava 23.852.866 m³, correspondentes a 28,13% do seu volume total.
O açude Morcego, localizado em Campo Grande, acumula 3.416.296 m³, percentualmente, 50,93% da sua capacidade total, que é de 6.708.331 m³. No mesmo período do ano passado, o reservatório estava com 6.328.001 m³, correspondentes a 94,33% do seu volume total.
Os reservatórios que permanecem com volumes superiores a 90% da sua capacidade são: Riacho da Cruz II, com 95,96%; o açude público de Encanto, com 96,25%; Flechas, localizado em José da Penha, com 96,31%; Santana, localizado em Rafael Fernandes, com 94,33%; Rodeador, localizado em Umarizal, com 92,92%; Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, com 91,65% e o açude público de Marcelino Vieira, com 91,69% do seu volume total.
Os mananciais monitorados pelo Igarn que estão com volumes inferiores a 10% da sua capacidade são: Zangarelhas, localizado em Jardim do Seridó, com 3,55%; Itans, localizado em Caicó, com 3,23% e Esguicho, localizado em Ouro Branco, com 0,48%. Passagem das Traíras, localizado em São José do Seridó, continua em obras.
Os reservatórios monitorados pelo Igarn que estão secos são: Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará.
Situação daS laGoaS
A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, acumula 10.546.283 m³, correspondentes a 95,71% da sua capacidade total, que é de 11.019.525 m³ .
Já a lagoa do Bonfim, responsável pelo abastecimento da adutora Monsenhor Expedito, acumula 41.616.109 m³, percentualmente, 49,39% do seu volume total, que é de 84.268.200 m³.
A lagoa do Boqueirão, que atende a usos diversos, acumula 9.941.726 m³, correspondentes a 89,77% da sua capacidade total, que é de 11.074.800 m³ .
INDÚSTRIA
Construção deve crescer 4% em 2021, aponta a CBIC
Cedida

Indústria da construção apresenta reação positiva apesar da pandemia
OUTRASPALAVRAS
JOSÉ NICODEMOS
aristida603@hotmail.com
UMA VISÃO PROUSTIANA
“Cansaço da vida,/ cansaço de mim, / velhice chegando / e eu chegando ao fim.” Amanheci hoje com esses versos do samba de Antônio Maria na cabeça.
Algo a ver com algum sonho durante a noite? Pode ser. Mas também pode ser o impacto da consciência com a realidade da vida. A minha. Um cansaço assim mais para angústia.
Dias estes, uma vontade de perder-me de vista por outras terras. Viagens curtas, mesmo. Mais, uma andança pelas ruas antigas minha terra natal, em busca de saudades. Tempos que voltam mais, como canta o harmonioso poeta das Primaveras. Essa pandemia para lá de medonha, tenho medo de arriscar-me. Vou ficando por aqui, acuado em casa.
Saudade dos ambientes das lendas antigas, do imaginário dos velhos salineiros. As salinas. Não existem mais, ao menos como eram. O rancho com aparência de solidão e de saudades pelos longos entardeceres. O moinho, de fabricação inglesa, monstro de dentes escancarados a triturar, feroz, mas sereno, as fibras azuis de um silêncio vago.
Lembro-me da última salina João da Rocha, ali pelos anos 50. Misteriosa às margens do rio do mesmo nome, desenhado pelo manguezal. Quase toda de tardezinha, eu e meu falecido primo Walkírio Edmundo íamos, de barco a vela, dar um passeio em João da Rocha. Voltávamos à cidade com as luzes das ruas já se acendendo. Mais tarde, vezes.
Ao fundo do rancho, agachados sobre as próprias pernas, de músculos nodosos e queimados de sol, Mané Garroncha (não confundir com Garrincha) e Mané Gonçalo atiçando o fogo. Uma trempe de pedras brutas. O cheiro da carne gorda assando. Davam-nos um bom pedaço a provar, numa cuia de farinha do Pará. Uma caneca de café.
Saciados, eles acendiam os cachimbos, sentados nas largas redes de São Bento da Paraíba. Nós, eu e Walkírio, ali em redor. As lendas das salinas. Das camboas misteriosas. Constantes aparições em noite de lua cheia. E tinha a lenda do um índio verde, cabelos de fogo, habitante do rio João da Rocha. Filho de uma sereia fecundada pelo Sol.
Walkírio não era poeta desses de fazer versos, mas possuía aguçada sensibilidade poética: às vezes transformava em poemas as lendas aquelas. Em que falava de Mané Garroncha e Mané Gonçalo, heróis daquele mundo azul e branco. Até que se saía bem na tessitura dos seus versos. Se mais não seja, pura expressão da sua sensibilidade.
Estou lembrando tudo isso, em meio a esse cansaço da vida e de mim, cúmplice dessa vontade de perder-me de mim, na busca das minhas saudades. Um reentro comigo mesmo. O contato imaginário com minhas grandes amizades, que dormem tranquilamente no fundo do nosso chão. Resgatar-me desse cansaço da vida. Cansaço de mim.
REVOLTA
Sábado, 24, movimentos populares, por todo o país, pela deposição do governo Bolsonaro. Não há mais motivos de esperança de melhora. Com efeito, um governo perdido. O povo está aprendendo os caminhos da democracia.
AGRADECIMENTO JORNAL
Muito agradecido ao padre (e escritor) João Medeiros Filho pela lembrança do seu último livro em data – A devoção a Nossa Senhora e orações marianas –, que me fez chegar pela gentileza do amigo comum David Leite. Prometo ler.
Não acredito em povo que não lê jornal impresso, primeira leitura diária dos povos civilizados, em toda parte do mundo. Estou dizendo isso à informação de que o Jornal do Brasil volta à praça. Não há povo culto sem jornal.
LINGUAGEM
Devoção à Nossa Senhora ou devoção a Nossa Senhora? Sem que dúvida nenhum possa haver, a segunda forma (sem crase) é que é correta. Explica-se. Se substituirmos “Nossa Senhora” por “Nosso Senhor”, conforme a regra por demais conhecida, diremos corretamente: Devoção a Nosso Senhor (e não, devoção ao Nosso Senhor). O pronome possessivo, em função de tratamento, não admite o artigo. Não se diz “Gosto da Vossa Excelência, e sim “Gosto de Vossa Excelência”. Sem o artigo, como se vê. Se não aparece o artigo, não se usa o sinal indicativo da crase, que é a fusão da preposição A com o artigo A, ou com o A inicial dos demonstrativos – aquele, aquela, aquilo. É verdade que, não raras vezes, todos nós nos equivocamos no ato de escrever, e lá o demônio vem e coloca o sinal da crase no lugar errado. O demônio anda solto nas redações, já o dizia mestre Dorian Jorge Freire.
ANTÔNIO CLARET GUERRA
Repórter da Agência Brasil
Mesmo com a pandemia de covid-19 e desafios impostos por escassez e aumento nos custos do aço, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o crescimento do setor em 2021 subiu de 2,5% para 4%.
A projeção é do estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC.
O setor da construção começou 2021 com expectativa de crescer 4% no ano. Com os desafios decorrentes da pandemia e a continuidade dos aumentos nos custos dos materiais, a previsão foi reduzida para 2,5%, em março. E agora voltou para 4%, o maior crescimento desde 2013.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse que a estratégia do setor para enfrentar a falta ou o custo de matéria-prima para os empresários da construção será “um choque de oferta por meio da importação de produtos”.
Ele acrescentou que a demanda consistente por imóvel, as baixas taxas de juros e o incremento do crédito imobiliário vão continuar ao final de 2021 e em 2022. Para Martins, com os juros baixos, a prestação pode até ser inferior a um aluguel.
“Um ponto em relação à pandemia é que as pessoas ficaram atualmente mais em casa e perceberam a importância da residência e de ficar junto dos familiares. Isso gerou uma demanda enorme por novas moradias, inclusive moradias adequadas para o novo momento que estamos vivendo”, disse Martins.
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,56%
ANDREIA VERDÉLIO
Repórter da Agência Brasil
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,31% para 6,56%. A estimativa está no Boletim Focus da semana, que apresenta a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,8%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses. inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7% ao ano. Na semana passada, essa previsão era de 6,75%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.
PIB E CÂMBIO
As instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,27% para 5,29%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,1%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.
A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,05 para R$ 5,09 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.