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OPINIÃO

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Casa nova

Crédito imobiliário da Caixa cresceu 41% neste ano, afirma Pedro Guimarães

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>> Carteira de crédito imobiliário do banco alcançou R$ 523,1 bilhões em maio, com 5,76 milhões de contratos

luCiano nasCiMento

Repórter da Agência Brasil

ACaixa Econômica Federal disse nesta segunda-feira, 7, que atingiu, entre os meses de janeiro a maio de 2021, R$ 52,4 bilhões em concessão de crédito imobiliário, um crescimento de 41,4% em relação ao mesmo período de 2020. Nos cinco primeiros meses do ano, o banco celebrou 240,6 mil novos contratos e mais de 962 mil de pessoas com casa nova. De acordo com o banco, a carteira de crédito imobiliário do banco alcançou R$ 523,1 bilhões em maio, com 5,76 milhões de contratos.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os números apontam para um resultado expressivo no segmento de financiamento, no qual a Caixa desponta como líder. Atualmente, o banco tem 68% de participação no mercado imobiliário.

“Foram R$ 52,4 bilhões já contratados nos cinco primeiros meses de 2021 e vamos para R$ 130 bilhões de credito imobiliário em 2021. No ano passado atingimos R$ 116 bilhões, o que já foi um recorde. Então, este ano vamos passar 2020, que já tinha sido um recorde histórico da Caixa Econômica, reforçando a nossa atuação no crédito imobiliário”, disse Guimarães durante live com jornalistas para falar dos resultados do banco.

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Guimarães disse ainda que do montante de R$ 52,4 bilhões para financiamento, as contratações com recursos próprios, da poupança, totalizaram R$ 29,6 bilhões, um crescimento de 112% em relação ao período de janeiro a maio de 2020. Na comparação com o mesmo período de 2018, quando o banco disponibilizou R$ 3,8 bilhões para a modalidade de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com aumento de 678,9%.

De acordo com Guimarães, a orientação do banco no segmento de financiamento imobiliário é de aumentar os contratos pelo SBPE, ou seja, com recursos próprios, atendendo à faixa de renda da classe média. Ainda de acordo com o presidente da Caixa, o banco continuará atuando em outros segmentos, como o do Minha Casa, Minha Vida, no qual o banco é responsável por 99% dos contratos.

“Nesta gestão entendemos que é o papel da Caixa, como banco da habitação, ser o líder para baixa renda que é fundamental, mas também na classe média. Isso gera emprego, gera resultado recorde para a Caixa Econômica Federal. Entendemos que é uma estratégia acertada [porque] ano após ano temos crescido e vamos crescer ano que vem”, afirmou.

Guimarães também falou sobre a nova linha de financiamento do banco, batizada de Poupança Caixa, que foi lançada em março. Segundo ele, a modalidade representou mais de 40% de todas as contratações imobiliárias do banco com recursos do SBPE, em maio. O financiamento possui taxas a partir de 3,35% ao ano, somadas à remuneração da poupança. O saldo devedor é atualizado mensalmente pela TR.

marcelo camargo - Agência Brasil

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, apresenta números

Prosa verso&

crispinianoneto@gmail.com

Deputado ex-bolsonarista explica como funcionava o esquema de

compra de deputados de Bolsonaro

Aquela balela de que o “Mensalão” era o “maior escândalo de corrupção da História do Brasil” foi por água abaixo diante de fatos e de descobertas sobre os julgadores da laia de Joaquim Barbosa e depois da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol foi tudo à lona diante dos novos escândalos, especialmente agora a eleição de Arthur Lira para a Câmara Federal e o chamado Orçamento Paralelo, ou o Tratoraço do Ministério de Rogério Marinho, “o homem do saco preto”. Júnior Bozzella, deputado do PSL que rompeu com Bolsonaro quando ele deixou o partido, explica como funciona o esquema de compra de deputados por meio de emendas e garante: “Esse é o governo mais corrupto da história”. Segundo ele, o Palácio do Planalto entrou de cabeça na eleição de Arthur Lira e usou o dinheiro público para cooptar os deputados e eleger o presidente da Câmara. Mas a cada pauta são sempre levadas em conta as emendas extras que são apresentadas a deputados e senadores. A última liberação de verbas foi para garantir a diminuição do auxílio emergencial. A compra de deputados do Centrão por meio de emendas parlamentares, utilizando dinheiro público, é uma prática do governo Bolsonaro para garantir a manutenção do mandato e que os ataques ao povo trabalhador sejam aprovados no congresso. É a corrupção sendo utilizada para lesar os brasileiros duplamente, com rachadinhas e outros sinais de corrupção altamente evidentes.

Cloroquina eM vez de vaCina

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou na manhã da última sexta-feira, 4, que, ao todo, a gestão Jair Bolsonaro deixou de responder 53 e-mails da farmacêutica Pfizer enviados para pedir um posicionamento sobre a compra de vacinas para a covid-19. Randolfe disse, em sua conta no Twitter, que a informação faz parte das investigações feitas pela CPI da Covid no Senado, da qual é vice-presidente. Em uma sequência de mensagens, o senador afirmou que a “omissão na aquisição de vacinas da Pfizer acontecia ao mesmo tempo que o nosso Itamaraty pressionava a Índia para liberar cargas de hidroxicloroquina a uma empresa brasileira” e classificou a ação do Ministério das Relações Exteriores no caso como “advocacia administrativa” – patrocinar interesse privado por meio da administração pública, crime previsto no Código Penal.

e-Mail desesPerado

“O último, datado de 2 de dezembro de 2020, é um e-mail desesperado da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil”, escreveu o senador. O presidente da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, ex-presidente da empresa no Brasil, que esteve na CPI da Covid há duas semanas, havia informado aos senadores que entregaria toda a sequência cronológica de tentativas de negociação da farmacêutica com o governo federal no ano passado, enquanto a vacina era produzida. Durante o depoimento, ele citou nove tentativas de contato, que não tiveram resposta – nem negativa nem positiva.

vendeM a Cura, Mas não se CuraM

O pastor-empresário e picareta bolsonarista Silas Malafaia, da ADVEC- Assembleia de Deus Vitória em Cristo que fez um culto presencial para 1.200 pessoas em Curitiba, e sua esposa, a pastora Elizete Malafaia, testaram positivo para Covid-19. No final do ano passado, Malafaia também divulgou um vídeo em que o médico pneumologista norte-americano Pierre Kory recomendou a prescrição de ivermectina para a prevenção da Covid-19, durante audiência no Senado nos Estados Unidos. Outro pastor empresário que andava vendendo água consagrada para curar a COVID está internado no Rio de Janeiro com COVID-19. A água consagrada deu n’água...

Novas modalidades de pagamentos

Além da nova modalidade de financiamento, a Caixa também divulgounovas alternativas para o pagamento das prestações da casa própria. Agora, os mutuários que estão com dificuldades têm a possibilidade de reduzir a parcela do financiamento em 25% por até 6 meses ou até 75% em até 3 meses. Para isso, é preciso apresentar uma autodeclaração de perda de renda que justifique a redução parcial das parcelas.

Os valores não pagos durante a vigência da negociação por pausa ou pagamento parcial, de acordo com o percentual escolhido, serão incorporados ao saldo devedor do contrato e diluídos no prazo remanescente.

Também há a possibilidade de suspensão do pagamento por até seis meses. Esta modalidade será autorizada apenas para os beneficiários do auxílio emergencial de 2021 ou para os mutuários que estejam recebendo o seguro-desemprego. A solicitação para pagamento parcial ou pausa do pagamento pode ser feita pelo aplicativo Habitação Caixa.

Feirão diGital

O banco ainda anunciou o 1º Feirão Digital Caixa da Casa Própria nos próximos dias 25 de junho a 4 julho, quando serão ofertados cerca de 180 mil imóveis em todo o país. Em razão da pandemia de covid19, o leilão será realizado na modalidade virtual, pela página do feirão. No site, será possível realizar a simulação do financiamento e também receber atendimento dos correspondentes do banco via chat.

iMaGeM quE mARcA

a seleção brasileira que tanta alegria nos deu

jogando e que se queimou com o uso da sua camisa em atos antidemocráticos tem agora a oportunidade de recuperar sua imagem perante a banda democrática do Brasil, não jogando na copa da morte, a tal copa América que está sendo trazida para o Brasil pela insanidade de Jair Bolsonaro com vistas à distorção do debate da cPI e para agradar a Sílvio Santos e ao ministro Fábio Faria, donos do SBT que detém os direitos de transmissão.

PREVISÃO

Mercado financeiro eleva projeção do PIB para 4,36%

>> Instituições aumentaram a projeção para a expansão da economia pela sétima semana consecutiva

KELLY OLIVEIRA

Repórter da Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sétima semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,96% para 4,36%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,25% para 2,31%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

Ilustrativa

Economia brasileira voltou a crescer neste ano

OUTRASPALAVRAS

JOSÉ NICODEMOS

aristida603@hotmail.com

VOZES DA SOLIDÃO

Noite velha. Insone, o passado me aflora a memória. Lembranças desencontradas, algumas pouco nítidas, quase apagadas. É assim esta noite. A bem dizer, toda noite, porque a insônia é, em mim, uma constante. Não tem remédio. E dou-me às recordações, parando aqui e ali nas esquinas meio escuras do tempo, que se perdeu muito longe.

Mas são tantas coisas, as mais vezes sem relação nenhuma entre si, que fico sem saber fixar-me numa delas, naturalmente a que mais se comunica com minha sensibilidade emotiva. Mesmo assim, indeciso, pego o caminho de volta ao chão de morros de areias brancas da infância perdida, em busca de saudades.

Eis que, dos longes do silêncio da noite, como que diluído na dor de uma saudade antiga, me chega aos ouvidos um som de flauta, mas sem identificação musical, quero dizer, não sei o que ela, a flauta, toca. Notas musicais um tanto desencontradas, percebe-se fácil, no entanto agradáveis, talvez pela sugestão sentimental do silêncio.

E de repente meus ouvidos imaginários recordam aquela voz de mulher, desafinada e triste, que nas noites da minha adolescência vinha do mais longe da cidade, de uma rua qualquer, e entrava na minha casa, como se fosse a alma do silêncio lá fora. Eu adormecia ao embalo macio daquela voz cantando modinhas do cancioneiro antigo.

Nunca soube de quem era aquela voz de tom tão profundamente sofrido, em que havia, sinto isso agora, um desfolhar de desventuras e de angustiante solidão. Entrava pelas primeiras horas da madrugada, silenciando com os primeiros cantos dos galos, à volúpia vermelha das barras. Mas deixando no ar seus ecos profundos.

A essa recordação, que me chega tão suave e doce, enchendo-me os ouvidos imaginários, procuro adivinhar dentro dos meus olhos insones, com a nitidez do plenilúnio de maio nas montanhas de Minas, como no soneto antigo, o rosto daquela mulher que nunca vi. Tem nos olhos sombrios e distantes a vertigem de uma solidão sem fim.

Tento identificá-lo entre tantos e tantos rostos de mulher que já passaram pela luz dos meus olhos; não o consigo: é uma como sombra de eterna solidão que se faz figura humana na imaginação dos meus olhos sentimentais. E ela parece olhar-me, o olhar molhado de uma tristeza quase angústia, como a agradecer-me pela audição de sua amargura.

Volto àquela flauta perdida no silêncio fundo desta noite velha, já pegando a madrugada, e, então, percebo que a flauta como que se encantou num recanto da noite. Sumiu dentro do silêncio; mas, como a voz daquela mulher, também deixando no ar seus ecos desafinados, até que se diluam de vez nos primeiros vermelhos das barras.

AGRADECIMENTO NOVO LIVRO

Ao escritor François Silvestre, dos maiores das letras potiguares, ontem e hoje, devo dizer, pelas referências elogiosas a meus escritos, O que, vindo de quem vem, muito me envaidece, no bom sentido da palavra.

Por falar nisso, estou doido pra ler o livro “O roubo do fole”, que Françoise Silvestre anda escrevendo, segundo ele, há sete anos. A sugestão do título já confirma o sucesso que tiveram seus outros livros de ficção-realidade, se digo bem.

ANTOLOGIA

Em andamento o sexto volume da antologia Café & Cultura, reunião de textos publicados na seção denominada Espaço Jornalista Martins de Vasconcelos, no Jornal de Fato. Avisa o escritor e editor David Leite. Vale a pena.

LINGUAGEM

Leitor do Jornal de Fato quer saber se está errado ligar a preposição “de” ao sujeito do infinitivo, em frases do tipo “Está na hora do povo reagir”. Na verdade, a gramática normativa ensina que, no caso, se deve escrever assim: Está na hora de o povo reagir. Pode ser mais elegante, mas não há erro nessa construção, segundo observa o gramático Silveira Bueno, catedrático da Universidade de São Paulo. Um dos nossos maiores. Trata-se de uma questão de eufonia. Seguramente, na frase em questão, a preposição (ligada ou não) não rege o nome sujeito, e sim toda a oração, ou sintagma oracional. Modernamente, os mais acreditados escritores não fazem muito caso dessa prescrição gramatical, conforme se vê, para citar um só exemplo, em Rubem Braga, indiscutivelmente o melhor estilo da literatura brasileira atual. Trata-se, pois, de uma questão de gosto.

As estimativas estão no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, em Brasília, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

INFLAÇÃO

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,31% para 5,44%, na nona alta consecutiva.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,68% para 3,70%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

Lojistas podem registrar recebíveis de cartão

WELLTON MÁXIMO

Repórter da Agência Brasil

Depois de dois adiamentos, começa a funcionar o registro centralizado das receitas de lojistas com as vendas realizadas por cartão. Segundo o Banco Central, a medida deve beneficiar principalmente micro e pequenas empresas, que poderão ter acesso a créditos com juros mais baixos ao oferecerem parte do que têm a receber aos bancos.

A medida aumentará a concorrência entre as instituições financeiras, permitindo a redução do spread bancário – diferença entre as taxas pagas pelas instituições para captarem recursos e as taxas cobradas dos clientes.

O comerciante poderá dividir as agendas de recebíveis, em lotes de dezenas ou centenas de transações, e negociar com várias instituições financeiras ao mesmo tempo, até conseguir o melhor empréstimo.

Os recebíveis valem tanto para as vendas com cartão de crédito e de débito. Como as empresas credenciadoras vão registrar essas transações, os comerciantes poderão conseguir empréstimos ao oferecer os recebíveis para cobrir eventuais inadimplências ou até revender as receitas que têm direito a receber nas vendas com maquininhas.

Atualmente, existem três empresas autorizadas a atuar como credenciadoras de recebíveis no país: CIP, Cerc e Tag. As companhias, no entanto, alegaram dificuldades na montagem dos sistemas e pediram ao Banco Central os adiamentos da entrada em vigor do registro.

Inicialmente prevista para 3 de novembro do ano passado, a data havia passado para 17 de fevereiro e foi novamente adiada para 7 de junho, data confirmada pelo BC.

O BC estima que os recebíveis de cartões têm potencial para movimentar até R$ 1,8 trilhão por ano, dos quais R$ 1 trilhão correspondem às transações com cartões de crédito e R$ 800 bilhões ao fluxo com cartão de débito.

O novo sistema também deve aumentar a segurança para as instituições financeiras. Atualmente, um mesmo recebível pode ser dado como garantia para mais de um banco. Com o registro centralizado, isso não será mais possível.

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