
12 minute read
GERAIS/OPINIÃO
from Jornal De Fato
FeNaFeS
Advertisement
>> Será o maior evento do setor no país; Centro de Convenções de Natal vai expor produção dos nove estados
ORio Grande do Norte sedia, no período de 15 a 19 de junho próximo, a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária – Fenafes, no Centro de Convenções de Natal, na Via Costeira. O evento é iniciativa da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, coordenada pela governadora Fátima Bezerra, e realizado por meio das secretarias de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedraf), Emater-RN e Fundação José Augusto (FJA). O Governo do RN investiu R$ 640 mil em toda a promoção da I Feira Nordeste da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes). Os recursos foram garantidos pelo empréstimo junto ao Banco Mundial, por meio do Projeto Governo Cidadão, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE).
O objetivo principal é fortalecer iniciativas de integração de políticas públicas em torno do Programa de Alimentos Saudáveis do Nordeste – PAS/NE, principal bandeira dos estados que fazem o Consórcio Nordeste. Além disso, a Feira visa proporcionar o intercâmbio de políticas públicas envolvenGovernadora Fátima Bezerra lança Fenafes que acontece no período de 15 a 19 de junho em Natal
do governos e movimentos sociais; fortalecer o cooperativismo solidário e a comercialização; e oferecer formação, com palestras, oficinas e cursos sobre acesso à terra, sistemas agroalimentares, produção de alimentos saudáveis e agroecologia.
A previsão é da participação de 150 cooperativas e associações, 500 expositores e público visitante de mais de 10 mil pessoas durante os cinco dias de evento que tem entrada gratuita.
A feira também será espaço estratégico para reafirmação da identidade cultural da região, divulgação de saberes e sabores que marcam e caracterizam o povo nordestino, e contará com a cozinha “Sabores da Terra” e Festival Gastronômico, além de programação cultural com shows de artistas de destaque regional e nacional.
“A Fenafes vai mostrar a pujança da Agricultura Familiar na região Nordeste e o apoio dos governos estaduais à economia solidária que traz dignidade e cidadania aos homens e mulheres do campo”, afirmou a governadora Fátima Bezerra na manhã da segunda-feira, 23, na Central de Comercialização da Agricultura Familiar - Cecafes, no ato de lançamento da feira.
A governadora acrescentou que o evento é resultado da integração de políticas públicas e de ações de vários órgãos da administração es-
Assecom/RN
tadual. Ela lembrou que no início da atual gestão foi criada a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedraf) e sancionado o projeto de lei de autoria da deputada estadual Isolda Dantas que criou o Programa de Compras Governamentais da Agricultura Familiar do RN (Pecafes), que determina a aquisição de pelo menos 30% das compras do Estado à agricultura familiar. “Desde o início nossa administração mostrou compromisso com a agricultura familiar. São as mulheres e homens do campo que alimentam a nossa população com produtos de qualidade e saudáveis”, declarou.
O titular da Sedraf, Ale-
Feira proporciona expectativa de aumento da produção e possibilidade de novos negócios
A perspectiva de ampliação da produção e dos negócios foi ressaltada pelo diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio. Ele disse que o evento vai viabilizar também contatos de compradores à agricultura familiar. “Estaremos presente com stand oferecendo mesas de negócios a cada Estado para viabilizar a comercialização entre o produtor e o comprador em escala”.
Integrante da coordenação nacional do MST, Érica Rodrigues, parabenizou o Governo do RN “pela grande estrutura que será disponibilizada na feira, um evento que dialogada com os movimentos de agricultores e agricultoras. Temos certeza que será sucesso”, declarou.
Representando a Assembleia Legislativa, a deputada estadual Isolda Dantas, afirmou que “a feira diz ao Nordeste e ao Brasil que a agricultura familiar produz, e produz sem veneno, alimentos de qualidade. Ela lembrou também que o Pecafes - programa de compras criado por lei de sua autoria e sancionado pelo Governo do RN - é um sucesso e se tornou modelo para o país. A deputada federal Natália Bonavides ressaltou que a Fenafes “é símbolo do compromisso dos governos do RN e dos estados do Nordeste de apoio a quem produz o alimento que a população brasileira consome.
após 52 dias em greve, médicos peritos do iNSS voltam ao trabalho
Após firmarem acordo com o governo federal, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encerraram a greve, que durou quase dois meses, e retomam o atendimento aos beneficiários na segunda-feira (23).
A categoria se comprometeu a repor os 52 dias parados e a trabalhar para reduzir o estoque de perícias não realizadas durante a paralisação.
O anúncio do fim da greve foi feito após reunião entre o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, na última sexta-feira (20).
A categoria comemorou o acordo que resultou no atendimento de 18 itens da pauta de reivindicações.
Em transmissão pela internet, o vice-presidente da associação, Francisco Eduardo Cardoso Alves, explicou o que ficou acertado em relação ao reajuste salarial:
“A questão do aumento tem uma condicionante: se o governo for dar aumento linear para todas as carreiras do serviço público federal, sem nenhuma exceção, a gente, obviamente, vai entrar nesse aumento linear. Porém, se o governo quiser privilegiar uma ou outra carreira, que seja, automaticamente nós vamos entrar nos 19,9% [de reajuste]”. xandre Lima, disse que “o momento da realização da Fenafes é importante por que é no período da colheita e reúne em Natal toda a expressão que a agricultura familiar representa no Nordeste. “Está é a primeira vez que os estados do Nordeste se associam a um evento para melhor organizar o setor e promover o intercâmbio de políticas públicas para a economia solidária. Quem produz alimento de qualidade e agroecológico é a agricultura familiar e este será o maior evento do setor no Brasil”, informou.
Rosana Lima, coordenadora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no RN - Fetraf/RN, considerou que “a feira é a prova de que homens e mulheres do campo resistem ao retrocesso, produzem e demonstram que a agricultura contribui para o desenvolvimento dos estados e do país. Fomos ouvidos, encaramos o desafio e junto com os governos dos estados vamos fazer este grande evento”. A presidente da Unicafes - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária, Fátima Torres, tem avaliação semelhante, e pontuou: “construímos junto com Governo do Estado esta feira que é grande oportunidade para fortalecer o setor”.
LEvantamEnto
Até 2025, o Rio Grande do Norte precisará qualificar 87 mil pessoas em ocupações industriais, sendo 21 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 66 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar.
Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, cerca de 76% serão em aperfeiçoamento. As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia.
O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas
Senai - Divugalção

Rodrigo melo, diretor regional do Senai considera que mapa do Trabalho industrial 2022-2025, como fundamental para o desenvolvimento econômico
outraspaLavras
JoSé nicodemoS
aristida603@hotmail.com
os idiotas da LitEratura
Li, não me lembra em quem, que a leitura de escritores que não sabem escrever também aproveita ao leitor muito exigente em questão de linguagem, ou seja, estruturas claras e eficientes. Foi em João Ribeiro? Não estou bem certo, mas parece. Vamos admitir que sim, para efeito de conversa. Afinal, nada vamos perde com isso, ora.
Só que o grande mestre da língua e da frase, estabelece aí uma condição de todo indispensável: é ter presente a estrutura e o funcionamento da língua, ou nada lhe aproveita, ao leitor, a leitura de autores que tais. Aplica-se aqui aquilo de que só conhece o erro quem conhece o certo. É o que decerto quis dizer o mestre sergipano (como não?).
Sem dúvida, para quem possui o mínimo de gramaticalidade, ou seja, o necessário à inteligência da frase, de todo indispensável a quem se dá ao ofício de escrever, esse tipo de leitura vem a constituir-se em excelente exercício mental. Um modo particular de exercitar o desenvolvimento do raciocínio lógico. Quê? Vejamos.
Semelhantes textos ao avesso da gramaticalidade, ainda, em cima dissp. sem coesão nem coerência textuais, sem dúvida que têm o mérito, aliás, único, de nos fazer sentir e analisar os defeitos da forma. Quando nada, a necessidade de estruturas claras, e lógicas, para que se possa exprimir o pensamento em linguagem inteligível.
Mas é preciso ser dotado de talento? Bom, não se vai negar essa qualidade. Porém, não se pode dizer que, com algum esforço, qualquer pessoa, em estado normal, não seja capaz de escrever claro. Até mesmo, segundo críticos literários do mais alto nome, vir a produzir, por assim dizer, obras literárias dignas das honrarias da arte.
Verdadeiramente, tudo, aqui, depende de estudo e paciência, e isso coisa é que não nada tem a ver com a dádiva dos deuses. Estudo e paciência, eis tudo. Para bem dizer, a língua (língua nenhuma) não tem segredos para quem dela se aproxima, com o propósito de dominá-la como instrumento de comunicação. Ela se dá a todos nós.
Mas, sob esse aspecto, vamos ficar só até aí. Já falei demais. Desculpem-me. Se, com algum proveito, não sei, mas deve valer alguma coisa. Agora quero falar por mim. É isto: não consigo ler escritores que escrevem para o leitor adivinhar o sentido, qualquer coisa assim como aquilo do dizer popular – salve-se quem puder.
Entendam. Fico logo agastado, e confesso que não sou lá muito chegado a isto de adivinhações. Quero, na leitura, de qualquer texto, literário e não, a percepção imediata do sentido da frase. Não precisa ser necessariamente correta, mas que seja clara. Ninguém, em são juízo, escreve para não ser entendido, salvo os idiotas da literatura.
EpidEmia
Epidemia de dengue aqui no estado, com maior incidência na capital. Urge, logo, os senhores prefeitos municipais tomarem a iniciativa do combate à proliferação do mosquito transmissor da doença, em seus municípios, lógico.
coLaBoraÇÃo providÊncias
Da sua parte, as populações devem colaborar, seguindo as recomendações das autoridades da saúde, aliás, recomendações já bastante conhecidas. A dengue também mata, e é mais fácil o combate à doença.
A informação é a de que, em Natal, as unidades de saúde se encontram lotadas de pessoas infectadas pela dengue, e a governadora Fátima Bezerra cuida já das providências preventivas, em todo o estado. Muito bem.
linguagem
Permito-me tornar ao assunto gramaticalidade. Paciência. A razão é porque, sabe-se, sem gramaticalidade, tornase impossível a comunicação clara e eficiente. É o grande mal de certos escritores modernos, equivocadamente aderidos à algaravia, em nome de uma sociolinguística, por assim dizer, mal assimilada. Não se trata, aqui, absolutamente não, de apegar-se ao rigor da gramática das normas, e sim, de reconhecer a gramaticalidade como elemento indispensável à produção de estruturas claras, sem o que, como fica dito, prejudica-se a forma, como fundamento da estética literária, no dizer da crítica mais abalizada. Ainda, não se trata de escrever, em nossos dias, como os veneráveis fósseis da língua, segundo observa mestre Graciliano Ramos, ele próprio exemplo de estilo claro e moderno. A literatura implica a estética da forma, fundamental. É isso.
>> Projeção aponta que, desse total, 66 mil já têm uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas devem se atualizar
tecnologias e mudanças na cadeia produtiva; e, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados.
Em todo o país, a demanda é de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados. Os dados e a avaliação são do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país.
A pesquisa é divulgada em meio à Semana da Indústria, realizada de 23 a 28 de maio, em comemoração ao Dia da Indústria (25). No Rio Grande do Norte, uma programação diversificada traz ciclo de palestras, ação social com serviços de saúde e SST, rodadas de negócios e show cultural.
As áreas com maior demanda por formação são: Têxtil e Vestuário, Construção, Transversais, Logística e Transporte, e Metalmecânica. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.
O diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Diniz de Mello, considera que Mapa do Trabalho Industrial 20222025 apresenta um rumo que a sociedade precisa entender como fundamental para garantir o desenvolvimento econômico. “Também tem as informações necessárias para quem precisa se manter empregado ou conseguir uma oportunidade de trabalho”, afirma. “O SENAI do Rio Grande do Norte está atento a esses dados e aos cenários nos quais estamos inseridos. Por isso, tem buscado se preparar para as novas ocupações, se mantém atualizado tecnologicamente e tem uma contribuição importante para preparar as pessoas que buscam inserção ou melhor colocação no ambiente industrial, neste momento pós-pandemia, no qual Estado apresenta setores aquecidos, como o de energias”, acrescenta. Rodrigo Mello afirma também que as informações do Mapa deixam uma mensagem aos que têm interesse na formação profissional. “Fica um recado para a sociedade: a cada dia cresce a demanda por tecnologia e qualificação. Então, se alguém busca um posicionamento no mercado de trabalho, é importante procurar identificar a qualificação que desperta seu interesse, o setor industrial com o qual se identifica, e se preparar, qualificar para as oportunidades que virão”, destaca.
Estimativas E cEnários
O SENAI é a principal instituição formadora em ocupações industriais no país. Para subsidiar a oferta de cursos, em sintonia com as demandas por mão de obra do setor produtivo, o Observatório Nacional da Indústria desenvolveu a metodologia do Mapa do Trabalho Industrial, referência no Brasil. O estudo é uma projeção do emprego setorial que considera o contexto econômico, político e tecnológico. Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. Para esse cálculo, são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e das mudanças organizacionais nas cadeias produtivas, que orientam o cálculo da demanda por aperfeiçoamento, e uma análise da trajetória ocupacional dos trabalhadores no mercado de trabalho formal, que subsidiam o cálculo da formação inicial. Um trabalho de inteligência de dados e prospectiva que deve subsidiar ações e políticas de emprego e educação profissional.
aprEndizagEm
O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, reconhece que a recuperação do mercado formal de trabalho será lenta em razão da retomada gradual das atividades econômicas no pós-pandemia. Para melhorar o nível e a qualidade do emprego e contribuir para o progresso tecnológico e aumento da produtividade nas empresas, será indispensável priorizar o aperfeiçoamento de quem está empregado e de quem busca novas oportunidades. “Estamos diante de um cenário de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), reformas estruturais paradas, como a tributária, eleições e altos índices de desemprego e informalidade. Nesse contexto, o Mapa surge para que possamos entender as transformações do mercado de trabalho e incentivar as pessoas a buscarem qualificação onde haverá emprego. E essa qualificação será recorrente ao longo da trajetória profissional. Quem parar de estudar, vai ficar para trás”, avalia.