Jornal de Fato

STYLE

Mossoró dispõe do serviço Femi T.A.X.I Up

Local ideal para escolha de miss Saiba onde se deu a eleição da miss Mossoró e do mister Mossoró 2019. A coluna Style mostra bastidores. Sua Vida 4

@defato_rn /jornaldefatorn

O serviço de táxi só para mulheres já está disponível em Mossoró.

Saiba o que originou o serviço e como ele funciona. DOMINGO 4

18

Marcos Garcia

anos

@jornaldefato

MOSSORÓ (RN), DOMINGO, 9 DE JUNHO DE 2019 | EDIÇÃO 5.487 – ANO XIX | R$ 2,50

RN desperdiça 50% da água distribuída

Djamila e suas introspecções sobre raça e gênero A filósofa brasileira Djamila Taís Ribeiro esteve em Mossoró e falou sobre raça, gênero e suas inquietações acerca da sociedade. Mossoró 1 Ilustrativa

>> O Rio Grande do Norte desperdiça cerca de 50% da água distribuída pela Companhia de Águas e Esgotos do RN. Levantamento é do Instituto Trata Brasil. Causas são vazamentos e ligações clandestinas. Estado 1 Marcos Garcia

12 de junho é dia de dar presentes

Atlas da Violência vê poder paralelo no estado A disputa de facções criminosas no Rio Grande do Norte pressupõe a presença de um poder paralelo. É o que diz o Atlas da Violência. Mossoró 5 NESTA EDIÇÃO [32 páginas] OPINIÃO...............................................p2 POLÍTICA............................................p3 CÉSAR SANTOS...............................p5 gerais/opinião.............................p6 braSIL/MUNDO...............................p8 CADERNOS

O comércio mossoroense aposta em bons anúncios para chamar a atenção dos consumidores para o Dia dos Namorados, 12 de junho. Promoções pretendem aquecer o comércio local. Mossoró 3

MOSSORÓ..............................p1 a 8 ESTADO ........................................ p1 a 4 DOMINGO ...................................... p1 a 12

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08/06/2019 11:48:27

2 OPINIÃO

DOMINGO, 9 de MAIO de 2019

ESPAÇO JORNALISTA MARTINS DE VASCONCELOS

Organização: clauder arcanjo

O ESCRITOR E SEU FANTASMA Rizolete Fernandes

é escritora, natural de Caraúbas-RN, autora dos livros Luas Nuas, Vento da tarde, Tecelãs, entre outros. Integra o Coletivo Mulherio das Letras. fmariarizolete@yahoo.com.br

Zona de desconforto é lugar do qual todos querem distância, certo? Errado! Essa a que vou aqui me referir, não.

Ela guarda no sóbrio e atraente invólucro, conteúdo capaz de prender quem nele mergulha por horas, dias a fio até sua total fruição. E só então cogitar de emersão. Estou falando de um livro com título homônimo ao que inicia esse parágrafo, que se encontra nas prateleiras das livrarias físicas e virtuais desde o ano passado.

Sim. Zona de desconforto nomeia livro da autora maranhense Lindevania Martins, publicado em 2018, após inclusão entre os cinco livros vencedores do I Concurso Literário Benfazeja. Trata-se do segundo livro no gênero da escritora, antecedido que foi por Anônimos, ganhador do Concurso Literário Cidade de São Luís. Lindevania também escreve poemas que, junto com seu trabalho em prosa, já se espalham por antologias dentro e fora do seu estado.

A escritora Lindevania Martins é bacharel em Direito, mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal do Maranhão e atualmente defensora pública, com atuação na defesa da mulher e da população LGBT. Na trajetória, atuou como delegada de polícia.

Em Zona de desconforto a autora reuniu oito contos com temática abrangente, que de-

Cedida/Ilustrativa

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No engenho da autora, o tema da traição entre casais, com toda sua densidade e suspense inerentes, também enseja o cômico.

Abordagem inovadora, posto que sem o usual recurso à litigiosa separação, ou à violenta fórmula do jorro de sangue.

senvolve ora em poucas (quatro), ora em mais de vinte páginas. Estilo leve, enxuto, linguagem atual. Não se encontrará na escrita de Lindevania chavões e fórmulas repisadas. Suas histórias prendem leitoras e leitores iniciantes ou de longa estrada, porque construídas com argúcia, criatividade e – vale o destaque – expressas na dicção feminina que volta a caracterizar a produção literária da nova geração de escritoras.

Os temas trabalhados dialogam com o mister profissional da autora, quando enfoca a exploração da mão-de-obra infantil das meninas por famí-

di­re­ção ge­ral: Cé­sar San­tos diretor de redação: Edilson Damasceno Ge­ren­te AD­MI­NIS­TRA­TI­VA: Ân­ge­la Ka­ri­na

lias bem situadas no contexto socioeconômico (conto que dá título ao livro); no muito atual crime de sequestro de uma mulher por seu marido (“Tudo vermelho”); no eterno conflito entre pais e filhos (“Querida mamãe”, “Retrato de família”); ou nas inevitáveis ciladas que espreitam os trios amorosos (“O número perfeito”, “O flagrante”). Ainda há aqueles mais introspectivos, que visitam a dimensão psicológica, as dores existenciais da mulher (“A parede de vidro”, “Virulência”). Aspectos psicológicos pontuam vários contos.

Qualquer tema eleito (em-

Um produto da Santos Editora de Jornais Ltda. Fun­d a­d o em 28 de agos­to de 2000, por Cé­s ar San­tos

www.de­fa­to.com E-mail:re­da­cao@de­fa­to.com TWITTER: @jornaldefato_rn | REDAÇÃO E OFICINAS: SEDE: Avenida Rio Branco, 2203, Centro, Mossoró-RN – CEP: 59.063-160 TELEFONES: (84) 3323-8900 (Mossoró) | COMERCIAL/ASSINATURAS: (84) 3323-8913 / 3323-8918

AS CO­LU­NAS E MA­TÉ­RIAS AS­SI­NA­DAS SÃO DE RES­PON­SA­BI­LI­DA­DE DE SEUS AU­TO­RES

bora saibamos todos desde muito explorados pelos ancestrais do ofício), seja pela zelosa carpintaria conferida, seja pelo toque pessoal que lhe imprime, Lindevania o transforma em fabulação singular.

Em “Tudo vermelho”, por exemplo, temos a mulher em cativeiro às escuras, na companhia de alguém que nomina “o homem”. A princípio ignorante de quem a sequestrou, aos poucos vai revelando: o companheiro de esconderijo é seu próprio irmão, que organizou o delito em parceria com uma terceira pessoa próxima dos dois, pessoa esta que mais adiante se apresenta para materializar a extorsão. As exigências feitas à mulher são revoltantes, mas se consumam. O final configura uma volta por cima de todo inesperada, descrita em tão sutis nuances que cogitamos de concepção mental e expressão de um modo feminino de sentir e dizer.

Por questão de espaço, sirvo só mais um aperitivo: o saboroso “O flagrante”. Aqui, temos o recorrente “flagra” dado pelo marido na mulher à cama com seu melhor amigo. Ele está revoltado, porém usa a racionalidade que lhe é peculiar.

A partir de então, a autora estrutura o texto contrapondo tensão que, próxima ao limite, leva a pensar no pior e que, ao invés, é sucedida por reações surpreendentes, inusitadas, no entanto factíveis. E dá-se uma sucessão de momentos tensãoalívio, até o desfecho, que não revelo aqui.

No engenho da autora, o tema da traição entre casais, com toda sua densidade e suspense inerentes, também enseja o cômico. Abordagem inovadora, posto que sem o usual recurso à litigiosa separação, ou à violenta fórmula do jorro de sangue. Como a dizer que a vida e suas dores podem, sim, ter as cores leves e humanas das tintas imaginadas pela escritora Lindevania Martins.

FI­LIA­DO À

entrevista 3

DOMINGO, 9 de junho de 2019

CAFEZINHO COM CÉSAR SANTOS

cesar@defato.com

Eduardo Serrano Rocha

‘Por óbvio que vamos defender as prerrogativas dos advogados’ Advogado com 35 anos de atuação no Direito do Trabalho, Eduardo Serrano Rocha colocou seu nome à disposição da classe na disputa pela vaga de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT 21), aberta após o falecimento, no início deste ano, do desembargador José Rêgo Júnior.

Com quase 4 mil processos na Justiça do Trabalho, Eduardo Rocha já foi presidente da Associação Norte-rio-grandense dos Advogados Trabalhistas (ANATRA) e ocupou o posto de conselheiro da OAB-RN. É especialista em Direito do Trabalho

pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UFRN. Também atua no segmento esportivo, como presidente do América Futebol Clube e da Liga do Nordeste.

Dando sequência à série de entrevistas com candidatos ao Quinto Constitucional, o quadro Cafezinho com César Santos desta semana destaca as posições adotadas por Eduardo Rocha em temas como a reforma trabalhista e as prerrogativas dos advogados, entre outros pontos. Acompanhe.

POR: César Santos – Edição Maricelio Almeida - FOTOS: Marcos Garcia

DE FATO – O senhor tem um berço jurídico, com pai desembargador aposentado. Essa referência positiva pode ter um peso na hora de a classe escolher o nome a integrar a lista sêxtupla para o Quinto Constitucional?

EDUARDO ROCHA – É uma referência, mas não é uma coisa determinante. É preciso falar que já fui presidente da nossa associação de advogados trabalhistas e tive a honra de trazer o primeiro congresso de Direito do Trabalho para o Rio Grande do Norte. É evidente que a gente se orgulha do pai da gente, de ele ter trazido, por exemplo, esse Tribunal para o Rio Grande do Norte, não sozinho, mas com pessoas valorosas, pessoas que conheci de perto e que me inspiraram também. O dr.

José Rocha, o primeiro presidente desta Corte, é também o seu instalador, trazendo diversos empregos para o RN. Para mim, ele serve sim como uma referência elogiosa e positiva, mas não vai ser isso que vai dizer que eu venha a ficar entre os seis ou não; o que vai dizer é a minha história de vida, o fato de ser o único, sem menosprezar os outros, que acho que tecnicamente são superbem preparados, sou o único do tempo em que só havia quatro Varas no RN: uma em Mossoró, uma em Macau e duas em Natal.

SÃO 35 anos de atuação, é isso?

VOU fazer 36 anos de formado pela UFRN. Tenho uma especialização em Direito do Trabalho, que fiz no Rio de Janeiro, na Fundação Getúlio Vargas. Tenho uma pós no RN, na própria UFRN, fui conselheiro federal da OAB, conselheiro estadual, e estou

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com o nome à disposição para que os colegas, em me colocando, saibam que vão ter lá no Tribunal uma pessoa que jamais se esquecerá de onde veio, que é da categoria dos advogados e que tem uma responsabilidade muito grande em chegando lá, eu ou quem chegar, de representar bem os advogados trabalhistas, já que é um Tribunal especializado, e substituir o saudoso Júnior Rêgo, de quem fui colega na advocacia.

QUAIS as principais dificuldades enfrentadas hoje pelos advogados?

OS ADVOGADOS sentem hoje na pele, principalmente os jovens, uma dificuldade de relacionamento.

A gente tem recebido algumas queixas por onde passamos - referentes ao tratamento - de jovens juízes e

até os servidores, e é bom que a gente tenha essa campanha para sentir as agruras dos advogados e advogadas, principalmente aqueles do interior, que são mais desassistidos. Acho que a Ordem tem uma função vigilante, e tem que ser cada vez mais vigilante, porque está havendo sim, em alguns momentos, desrespeito as nossas prerrogativas.

O PRESIDENTE da OAB, Aldo Medeiros, sempre tem enfatizado a união entre as instituições em defesa da Justiça do Trabalho e contra a hierarquização entre as classes. Essa defesa é pelo fato de a Justiça do Trabalho ser vista ou se sentir discriminada dentro do Poder Judiciário?

EU ACHO que a Justiça do Trabalho está aí para

dar lições. Se você verificar, antes da reforma do nosso Código de Processo Civil, a figura da conciliação aparece nos nossos códigos de forma muito tímida no Direito Civil. Não havia uma construção para que as partes chegassem a conciliar. Quando o instituto da conciliação, nas civilizações mais modernas do ponto de vista jurídico, estava no primeiro plano, as partes, ao invés de se digladiar, consensuam, e ao consensuar, elas chegam a um denominador comum de que aquilo foi a melhor coisa para as partes. O bom advogado não é aquele da figuração que nós tínhamos daquele advogado romântico, aquele que mais brigava, que falava mais alto, que mais se empunha; hoje, o bom advogado é aquele que concilia antes

de a coisa acontecer, e isso foi bebido na Justiça do Trabalho, às vezes tão criticada. Alguns ramos da própria Justiça, às vezes, discriminam a Justiça do Trabalho, quando eu acho que ela dá lições. Outra grande lição de ordem prática é a celeridade. Os processos da Justiça do Trabalho são muito mais céleres, talvez até pelo princípio da oralidade que rege as audiências, que rege muitas coisas do processo do trabalho. Sou contra a extinção da Justiça do Trabalho, porque ela tem um papel fundamental de ordem social, porque ela serve de freio, contrapeso entre duas forças que são antagônicas, o capital e o trabalho, mas ao mesmo tempo que são antagônicas, essas forças estão no mesmo barco, têm que conviver.

A OAB também alerta que não há boa aplicação da Justiça sem o respeito às prerrogativas legais deferidas aos advogados em favor dos jurisdicionados. Essa bandeira, o senhor levará para a Justiça do Trabalho, caso seja o senhor o escolhido para o TRT? QUANDO você coloca que as nossas prerrogativas são em favor dos jurisdicionados, é exatamente isso. A prerrogativa não é do advogado; é da parte, na hora em que ela contrata aquele que tem o múnus, dirigido pela Constituição, que é a maior lei do país, para que aquele em defesa do outro possa dizer, dentro da legislação, o que é permitido, e protestar quando for desrespeitada a prerrogativa, que é do jurisdicionado, essa é a beleza da prerrogativa, que por óbvio nós vamos defender.

COMO o senhor analisa a nova relação entre empregados e empregadores estabelecida pela nova legislação trabalhista?

EU DIRIA que essa reforma, como toda lei nova, merece ser analisada e aplicada, agora compete aos operadores do direito o amoldamento dela. Quando se diz que ela só tem defeitos, não é bem assim.

A flexibilização veio para facilitar as contratações. Aí se diz: “Mas temos hoje um exército de desempregados e um exército de pessoas na informalidade.” É verdade. Tudo por conta de coisa mágica que se chama economia de mercado. Nós temos uma crise mundial e o Brasil está dentro dessa crise. Nós pegamos, com todo o respeito, governos que, do ponto de vista da economia, foram desastrosos nos últimos anos. Esse governo está aí há cinco meses. É muito cedo para julgamento. Vou dar exemplos simplórios sobre a reforma trabalhista: há empresários que já ouviram seus funcionários dizer que querem fatiar as férias, porque não gostam de ficar em casa 30 dias sem ter o que fazer; prefeririam 10 dias, para aproveitar mais, se higienizar mentalmente.

No meu escritório, antes mesmo da nova legislação, sempre se tirou férias de forma dividida. Hoje é permitido. Uma coisa que era ruim e que foi corrigida pelo STF: como é que você coloca uma mulher grávida, com um mero atestado de um médico, que ela possa trabalhar num local insalubre? Pelo amor de Deus!

Então, tem coisas na lei que precisam ser retiradas, revisadas. Agora, dizer que ela, de um todo, é ruim, não é verdade.

CONTINUA NA PÁGINA 4

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4 entrevista

DOMINGO, 9 DE junho de 2019

Eduardo Serrano Rocha

‘Tenho um compromisso com a classe’ A REFORMA alterou mais de uma centena de pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Evidentemente, houve críticas e elogios, mais críticas do que elogios, e já estamos há quase dois anos com essa lei em vigor. É possível pontuar mudanças positivas na relação entre empregado e empregador?

ELA tem uma positividade quando ela deixa que os sindicatos e as próprias partes negociem entre si. Aí vão dizer que essa negociação é desequilibrada, porque quem tem o capital, teoricamente, vai negociar em uma base mais fortalecida. Isso é pensar com raciocínio muito antiquado.

As relações têm que fluir, evoluir. Os sindicatos têm que se fortalecer nas negociações. Outro exemplo: agora mesmo, nós passamos 40 dias, nos reunimos umas oito vezes, eu sou ad-

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vogado do Sindicato dos Transportes Urbanos em Natal, e negociamos com uma categoria pesadíssima, que é a do Sindicato dos Motoristas. Por que pesadíssima? Porque, em determinado momento, se fizer greve, paralisa as demais atividades. São sindicatos maduros, que negociam há pelo menos 25 anos, e que, depois de 40 dias, concluíram por fechar uma negociação sem precisar haver a interferência do Poder Judiciário. Então, é essa visão, esse espírito que motivou o legislador. Isso não é ruim; é positivo. Agora, do ponto de vista de ordem prática, o que os colegas reclamam, e com razão, é que houve uma diminuição de 35% a 40% das reclamações trabalhistas em média, em alguns estados mais, em outros, menos. Nos estados mais desaquecidos, como infelizmente estamos nessa linha, foi maior. Limi-

tou-se, talvez, algumas reclamatórias, de cunho exagerado, que existiam. Não que se vá reclamar com a certeza que se vai ganhar tudo, mas hoje se faz uma peneira. Às vezes, advogado é induzido a um equívoco pela própria parte.

PARA encerrar, essa é uma eleição específica do advogado, uma classe que não costuma ir às urnas. Na própria disputa pela OAB, o número de eleitores que vai exercer o voto é pequeno. Como convencer o advogado da importância do Quinto Constitucional e levá-lo às urnas em julho?

A COMISSÃO Eleitoral tem feito um bom trabalho através de seus membros.

E a presidência da Ordem, através do dr. Aldo Medeiros e da sua vice, dra. Rossana Daly, tem convocado os advogados. Um drama

que a gente enfrenta é que nós temos mais de 17 mil inscritos e nós não temos 6,5 mil pagando a anuidade, e isso é muito ruim para a categoria. Eu faço um apelo para que os advogados coloquem em dia e venham exercer o direito de voto, para que depois não fique sentado na cadeira alguém

que não o represente, e ele não tenha do que reclamar, porque foi omisso. Eu particularmente, como candidato, faço uma convocação a todos para que compareçam às urnas e votem naqueles que achem mais preparados, que tenham serviço prestado à Justiça do Trabalho, e eu gostaria

de, lá chegando, bem representar os nossos advogados, eu tenho um compromisso com a classe, pela minha experiência e dedicação à Justiça do Trabalho nesses anos todos, de representar bem a advocacia trabalhista junto ao TRT e de ter lá um gabinete de portas abertas.

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opinião 5

DOMINGO, 9 de junho de 2019

césar santos cesar@defato.com

UERN VAI INVESTIR EM CULTURA

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a edição do último domingo (2) neste espaço, o professor Felipe Caetano criticou o que ele classificou como abandono do auditório Professor Vingt-un Rosado do Edifício Epílogo de Campos, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Segundo ele, o ambiente que no passado recebeu atividades teatrais e outras expressões culturais havia sido transformado em “depósito de material”. O relato faz parte da pesquisa de Felipe Caetano sobre a história do teatro de Mossoró que vai ser narrada em livro.

A Uern reagiu e afirma que o auditório Vingt-un Rosado nunca foi abandonado e não está abandonado. O pró-reitor de Extensão Emanoel Márcio Nunes esclarece que houve um problema no audi-

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tório, isso há 10 anos, ainda na gestão do ex-reitor Milton Marques, quando o teto caiu. Como a instituição não conseguiu recursos para recuperar a estrutura, decidiu evitar a realização de eventos do auditório. Alguns materiais de expediente são colocados no local, mas sem a função de “depósito”.

A boa notícia é que o reitor Pedro Fernandes autorizou a equipe de obras da Uern elaborar o projeto de revitalização do auditório Vingt-un Rosado. A ideia é devolver o local para as atividades culturais da instituição. Também será construído um auditório de 400 lugares no campus central em Mossoró.

Outra boa notícia, confirmada pelo subchefe de Gabinete da Reitoria, professor e jornalista Esdras Marchezan, é o resgate da Associação Cultural e Esportiva Universitária, o Clube Aceu, localizado no centro comercial de Mossoró. O projeto de restauração e reforma do prédio, que foi aprovado em junho de 2016 pela Comissão Estadual de Cultura, agora receberá recursos para a sua execução. O investimento será na ordem de R$ 1 milhão.

Vamos revitalizar o auditório Vingt-un Rosado e construir um auditório no campus central."

será?

Vale lembrar que a revitalização do Clube Aceu ganhou dimensão a partir da conquista da titularidade do imóvel que antes pertencia ao Clube Ipiranga, uma luta iniciada ainda na primeira gestão do reitor Pedro Fernandes, e que agora caminha para a sua execução.

A Uern terá, pelo menos, R$ 20 milhões para fazer os investimentos. São R$ 17 milhões de emendas impositivas da bancada federal do RN e mais R$ 3 milhões de contrapartida do Governo do Estado. Os campi avançados também serão contemplados com obras estruturantes, principal-

1

Pró-reitor de Extensão da Uern

2 túnel do tempo II

Nesta data, em 1956, era inaugurada a nova sede do Colégio Diocesano Santa Luzia, na Rua Dr. João Marcelino, onde funciona até hoje. A bênção inaugural foi dada pelo cônego Luís Soares de Lima, ao lado do bispo diocesano dom Eliseu Simões Mendes. O colégio era dirigido pelo cônego Francisco Sales Cavalcanti e tinha o padre educador Sátiro Dantas como vice-diretor.

Naquele mesmo dia, Mossoró ganhava o primeiro estabelecimento da rede estadual de ensino, a Escola Jardim de Infância Modelo, localizada na Praça Cônego Estevam Dantas, conhecida como "Praça dos Hospitais". A escola foi inaugurada pelo governador Dinarte Mariz. A professora Simone de Queiroz Negreiros Germanos foi escolhida para ser a primeira diretora da escola.

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novo endereço O ex-suplente de deputado Abraão Lincoln vai deixar o PRB, após ter perdido o comando do partido no RN para o deputado federal Benes Leocádio. Recebeu convite para ir com o seu grupo para o Solidariedade, do deputado Kelps Lima, pré-candidato a prefeito de Natal.

tem jeito não

É NOTÍCIA

EMANOEL MÁRCIO NUNES

túnel do tempo

mente na área cultural.

Emanoel Márcio e Esdras Marchezan afirmam que há uma pauta positiva de investimentos na Universidade Estadual, contemplando principalmente projetos importantes para a educação e cultura de Mossoró e do RN. A revitalização do auditório Vingtun Rosado e o resgate do Clube Aceu são a prova disso.

Portanto, o professor Felipe Caetano, que estava preocupado com o auditório Vingt-un Rosado, recebe essa boa notícia e, certamente, narrará um capítulo importante no seu livro sobre a história do teatro de Mossoró.

Um atento – e curioso – observador da cena política de Natal buzina no ouvido do titular da coluna: "Não se surpreenda se o deputado federal Walter Alves for alçado à sucessão do prefeito Álvaro Dias (ex-MDB)." E aconselha: "Observe os passos do filho de Garibaldi."

Vai começar a temporada de shows do Mossoró Cidade Junina. O primeiro a subir no Palco da Estação das Artes Elizeu Ventania é o cantor Wesley Safadão. Quinta-feira (13), a partir das 22h.

Há exatos 20 anos, o Alto Sumaré começava a ganhar aspecto de bairro com a construção de casas e implantação de serviços de energia elétrica e de abastecimento de água. Obra da segunda gestão da prefeita Rosalba Ciarlini.

A temporada do espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró será aberta na quinta-feira (13), data de aniversário de 92 anos da resistência dos mossoroenses ao bando de Lampião.

O cantor Israel Novaes se apresentará no Cidade Junina no dia 27, data reservada para o show de Gabriel Diniz, que morreu em acidente aéreo. A noite será de homenagem a Gabriel Diniz.

A Cosern vai realizar em Mossoró um Workshop de Eficiência Energética para empresas, em parceria com a Aneel. Será na terça-feira (12), no Garbos. Bom para empresários. Gratuito.

O Supremo Tribunal Federal (STF) declinou da competência de julgar o ex-deputado estadual Ricardo Motta (PSB) e o processo da operação Candeeiro desceu para a Justiça potiguar. Vale lembrar que o processo foi para o STF porque a Justiça estadual alegou suspeição para julgar o réu. Motta abriu sorriso de orelha a orelha.

segue Ricardo Motta é acusado de ter recebido, pelo menos, R$ 11 milhões do esquema criminoso que drenou cerca de R$ 20 milhões do Idema.

O dinheiro teria bancado campanha eleitoral, segundo apurou o Ministério Público.

Profissionais já podem indicar municípios para trabalhar no Mais Médicos

O

s profissionais aptos a participar do programa Mais Médicos têm até as 12h desta segunda-feira, 10, para acessar o site do programa para indicar os municípios onde têm interesse de trabalhar. De acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, a inscrição começou na última sexta-feira, 7. A pre-

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visão para que os médicos comecem a atuar nas unidades de saúde das cidades com os mais altos índices de vulnerabilidade social do país é junho deste ano.

São oferecidas 2.149 vagas em 1.130 municípios com os maiores índices de vulnerabilidade social do país nos 26 estados da Federação, exceto no Distrito Federal, além

de 13 distritos sanitários especiais indígenas (DSEIS).

Conforme o ministério, a primeira fase do 18° ciclo do programa dá prioridade à participação de profissionais formados e habilitados com registro em conselhos regionais de Medicina (CRM) de estados brasileiros.

Para garantir a imparcialidade na escolha dos pro-

G1

A previsão é que os profissionais comecem a trabalhar ainda neste mês de junho fissionais, tiveram preferência na classificação médicos com perfil de atendimento para a atenção primária, com títulos de especialista ou residência médica em

medicina da família e comunidade. Caso sobrem vagas, serão oferecidas aos profissionais brasileiros formados em outros países e que já tenham habilitação para o

exercício da medicina no exterior. A previsão do Ministério da Saúde é que os médicos comecem a atuar nas unidades de saúde neste mês de junho.

08/06/2019 12:02:19

6 OPINIÃO/GERAIS

DOMINGO, 9 de junho DE 2019

Agricultura

PROSA

Agricultores de Ielmo Marinho & VERSO recebem visita da Emater e Cecafes Hospital Ruy Pereira. Uma crispinianoneto@gmail.com

Emater/RN

polêmica para encobrir a falência da saúde em Mossoró

A

A visita ocorreu com o objetivo de conhecer os projetos desenvolvidos no local

>> Os agricultores receberam em 2017 investimentos do Governo do Estado que levaram melhorias para as comunidades rurais e aos projetos desenvolvidos no município

N

a última semana, o diretor geral da Emater-RN, César Oliveira, e a coordenadora da Central de Comercialização da Agricultura Familiar de Economia Solidária (CECAFES), Fátima Torres, visitaram os quintais produtivos dos Assentamentos Ramada I e Nossa Terra, no município de Ielmo Marinho. As visitas tiveram como objetivo conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos agricultores familiares em seus quintais produtivos e apresentar o trabalho desenvolvido pela Cecafes.

Em 2017, os agricultores familiares dos assentamentos foram beneficiados

com o projeto do Governo do Estado, por intermédio do Governo Cidadão com recursos do Banco Mundial, com cisternas do tipo “calçadão”, que são reservatórios que chegam a acumular 50 mil litros de água que proporcionam melhoria na condição de acesso aos recursos hídricos, produção, renda e segurança alimentar aos pequenos agricultores. Além da aquisição de equipamentos, insumos e assistência técnica para implantação de quintas produtivos.

De acordo com o diretor geral da Emater-RN, César Oliveira, o assentamento Ramada I tem grande potencial de negócios na área da

fruticultura, já no assentamento Nossa Terra o potencial da região é hortifrúti, ambos podem fornecer a produção para a Central de Comercialização. “Os extensionistas da instituição estão à disposição para prestar assistência técnica e o assessoramento na elaboração de projetos de créditos para investimento”, disse.

A coordenadora da Cecafes, Fátima Torres, explicou o trabalho desenvolvido na central. “Hoje, trabalhamos com 13 cooperativas, mas estamos em busca de novos cooperados. Os agricultores dos assentamentos podem formar grupos ou uma cooperativa para revender para a central”.

Após as visitas as instituições e os agricultores participaram de uma reunião para apresentar as propostas de trabalho de cada órgão e ouvir as demandas dos agricultores.

Participaram das visitas o gestor regional da EmaterRN de São Paulo do Potengi, Sebastião Barreto, o assessor de mercados institucionais, Emanuel Dias, o técnico do escritório local, João Izaías, o representante do Governo Cidadão, Dário Andrade, a secretária municipal de Agricultura, Kaline Medeiros, o chefe de gabinete da Prefeitura, Aécio Varela, agricultores familiares e o representante do Senac.

semana foi marcada pelo debate sobre o fechamento do Hospital Ruy Pereira, em Natal, diferentemente dos hospitais que fecharam em Mossoró nos últimos anos sob profundo silêncio cúmplice do rosadismo em geral, o fechamento do antigo Itorn, sediado em Natal, causou grande moído em nossa terra. Alguns pontos precisam ser esclarecidos: 1. O hospital é alugado e não é do Estado, o aluguel de 200 mil reais por mês, custa a bagatela de 2,4 milhões de reais ao ano; 2. Ali tem leitos que faltam em hospitais do Estado, onde podem estar servindo ao povo, em melhores condições e sem precisar pagar aluguel; 3. Além de ser alugado por um valor muito rico para um Estado muito pobre o hospital, para continuar credenciado no SUS, precisa de uma reforma que, em vez de ser paga pelo locador que ganha muito bem teria que ser feita pelo Estado que paga muito alto por um prédio muito precário; 4. Como se sabe existe a prática de se alugar prédios de amigos para resolver o problema do “amigo do governo” e não os problemas do povo que paga os impostos e sofrem com seu mau uso. O Governo Fátima Bezerra tem uma comissão só para analisar contratos de aluguel e são muitos os esqueletos que estão sendo encontrados neste armário. Aluguéis verdadeiramente criminosos contra a fazenda estadual enquanto centenas de prédios do Estado estão ociosos e se acabando à míngua justamente pela falta de uso; 5. Outro ponto importante a esclarecer é que vários hospitais fecharam nos últimos anos em Mossoró sem nenhum alarde, sem uma palavra de revolta. A começar pelo Hospital Maria Correia, “Hospital da Mulher” que era, em si, um verdadeiro escândalo pela forma como foi criado e pela maneira como vinha sendo administrado com contratos criminosos de terceirização muito mal explicado. O governo Rosalba não teve a mínima responsabilidade nem sensibilidade. Deixou o projeto ir à bancarrota com a mesma naturalidade com que “inventou” um hospital sem a mínima condição de funcionamento, mesmo torrando muito dinheiro público. A Casa de Saúde Dix-sept Rosado está sob intervenção da Justiça há anos, porque, por motivos políticos da briguinha familiar entre as primas Sandra e Rosalba, não lhe foram dadas as condições de funcionar. E depois que a duas se uniram, ficou o prejuízo para Mossoró; a UPA do Belo Horizonte ficou pronta durante anos e nunca era inaugurada nos governos rosados, até que Silveira inaugurou de qualquer jeito; o Hospital da Polícia em Mossoró fechou na gestão Rosalba Ciarlini no Governo do Estado, fechou o Hospital da Unimed, a Uniped e a Unicárdio, a Casa de Saúde Santa Luzia fechou sem um “ai” de lamentação por parte dessa família que hoje paga para queimar Fátima Bezerra, mesmo que esteja claramente falando de corda em casa de enforcado, já que tão pouco fez e faz pela saúde de Mossoró, o Hospital Duarte Filho fechou sob aplausos dos bajuladores de Rosalba que hoje choram copiosamente o fechamento do Ruy Pereira; no setor de Ortopedia, que é o caso do Ruy Pereira, sofremos a imensa vergonha de ver a pequena Russas (CE) dar de dez a um no país de Mossoró. Continuemos nas notas a seguir:

Guerra midiática 6. Públicos ou privados eram todos hospitais que prestavam mais serviços à saúde de Mossoró e região, que o hospital que leva o nome do grande médico Ruy Pereira em Natal; 7. A repercussão do fechamento do Ruy Pereira, em Mossoró, só é maior do que em Natal onde fica a referida casa de saúde, porque isso faz parte de uma guerra midiática de cunho político, financiada pela Prefeitura de Mossoró contra o governo Fátima Bezerra.

Canto do cisne

Rosalba sabe que seu governo falido soa como uma espécie de “canto do cisne”. Sua desaprovação é um sintoma claro de que sua carreira política marcha para um fim melancólico, a não ser que as oposições mossoroenses se percam na mediocridade das idiossincrasias e se queime na fogueira das vaidades, esfacelando as candidaturas adversárias à prefeita.

Um pouquinho de união representará a derrota e o fim da carreira de Rosalba, jogando na lata do lixo da História seu sonho de voltar a ser senador. Derrota feia como aconteceu com seu candidato a governador, cujo vice era seu filho, seus candidatos ao senado, seu candidato a deputado federal Beto Rosado que hoje exerce um mandato ilegítimo, surrupiado, sabe Deus a que custo, de Fernando Mineiro que obteve quase trinta mil votos a mais que o menino... Até Larissa Rosado que sempre teve candidaturas vitoriosas a deputado estadual, ao receber o apoio da prefeita sentiu os efeitos venenosos do “Beijo da morte”.

Caos na saúde é aqui

Encerro lembrando que Mossoró tem mais problemas de saúde que Natal, mesmo tendo a privilegiada condição de “gestão plena” do SUS, que representa um significativo plus orçamentário e financeiro e é a cidade onde mais se fechou hospitais nos últimos dez anos. Lembrando ainda que quando Rosalba era governadora, o RN era manchete em noticiários nacionais quase toda semana, exatamente pela tragédia que foi o seu (des)governo na saúde pública.

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Bem-estar

Uern institui Política de Segurança e Saúde no Trabalho >> Devem ser adotadas medidas para garantir o bem-estar dos trabalhadores que compõem a universidade, trazendo benefícios para toda a comunidade

O

Conselho Diretor da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (CD/FUERN) aprovou por unanimidade, com destaque, a minuta de resolução que institui a Política de Segurança e Saúde no trabalho da Fundação. O relator foi o servidor Almir da Silva de Castro, que deu parecer positivo à aprovação da resolução.

De acordo com a resolução, a Fuern adotará as medidas necessárias ao desenvolvimento das ações de segurança e saúde do trabalho visando a melhoria contínua da qualidade de vida e saúde das pessoas que fazem parte da comunidade acadêmica, incluindo o corpo docente, corpo técnico administrativo, quadro de pessoal prestador de serviços, bem como, os discentes, trazendo influências positivas ao público externo.

O relator Almir da Silva de Castro justifica a aprovação da minuta, destacando que existem muitos casos de pessoas que adoecem no trabalho. “Já está no momento de saber por que existem tantas pessoas doentes em decorrência do trabalho e a universida-

Agecom

Devem ser adotadas medidas para promover o bem-estar dos trabalhadores da Uern

de está buscando esse caminho”, afirmou em sua justificativa.

A Política de Seguran-

ça e Saúde no Trabalho da Fuern também vai priorizar as ações prevencionistas no sentido de assegu-

rar um ambiente de trabalho e de convívio adequados ao desenvolvimento das atividades como bem-

estar e segurança, além de incentivar a participação da comunidade acadêmica no planejamento e im-

Grau de escolaridade interfere na formalização de negócios O empreendedorismo no Brasil ainda é uma atividade profundamente marcada pela informalidade. Dados do IBGE apontam que dos 28,4 milhões de donos de negócio no país, cerca de 1/3 afirma não possuir CNPJ. Estudo inédito do Sebrae, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), mostra que essa informalidade é determinada por aspectos estruturais, em especial o nível de escolaridade.

O nível de formalização dos donos de negócio brasileiros cresce com o nível de escolaridade.

Empreendedores que têm

nível superior apresentam um nível de formalização quase 20 vezes superior ao daqueles sem instrução (57% x 3%). O estudo do Sebrae chama atenção para um outro dado extremamente relevante, que é a disparidade quanto à raça dos empreendedores. Donos de negócio brancos têm o dobro da formalização dos negros (40% x 19%).

A análise feita pelo Sebrae revelou que a formalização dos negócios no Brasil (existência do CNPJ) tem um perfil bastante específico, sendo maior entre os indivíduos que são empregadores, brancos, com nível supe-

rior e estão localizados nas regiões Sul e Sudeste.

Ainda segundo o estudo, a maior concentração de empreendedores formais pode ser encontrada entre os que trabalham mais de 49 horas por semana no próprio negócio, ganham acima de 5 SM, estão há mais de 2 anos na atividade atual, possuem mais sócios e mais empregados e cujos empreendimentos estão no comércio (principalmente em local fixo).

Em contrapartida, a informalidade é maior entre os indivíduos que trabalham por conta própria, negros e com baixa escolaridade. Eles trabalham

plementação das ações dessa política, conferindo plena liberdade à proposição de novas ideias e propiciando a ampla colaboração para o alcance de seus objetivos.

De acordo com a engenheira de Segurança no Trabalho da Uern, Sara Barroso, a Política de Saúde e Segurança do Trabalho da Uern tem um papel fundamental para todas as demais ações que forem realizadas no contexto da qualidade de vida e saúde no trabalho no âmbito da universidade. “Através da política, criamos uma comissão específica para discutir os temas relacionados à segurança e saúde no trabalho e para traçar metas para o alcance das melhorias propostas. Sem dúvidas, a política representa um marco para o avanço da Uern no contexto da segurança e saúde ocupacional”, explicou a engenheira.

Segundo o assessor de desenvolvimento organizacional da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Uern, Márcio Cleiton Lopes, a Política de Segurança e Saúde no Trabalho da Fuern faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e está na agenda de prioridades da instituição para este ano.

Para ele, a resolução vem institucionalizar e ampliar as ações já desenvolvidas na Uern, como cursos de primeiros socorros, prevenção de incêndio, a Semana de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho, entre outros. “Essa política vem coroar todas as ações desenvolvidas voltadas para a saúde e segurança do servidor da Uern já realizadas durante todo o ano”, avaliou.

Brasil News

Estudo mostra que pessoas com maior grau de instrução tendem a formalizar empresas

poucas horas por semana no negócio, ganham baixo rendimento e atuam sem sócios e sem empregados.

Também apresentam alto nível de informalidade os

empreendedores que estão no máximo há 1 mês na ocupação atual, trabalham em “área ou via pública” (ambulantes e camelôs), cujos empreendi-

mentos estão, principalmente, no setor da agropecuária ou da construção e que estão localizados nas regiões Norte ou Nordeste.

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Formação

Projeto das Forças Armadas e FBB contempla estudantes de escolas públicas >> Na primeira fase, o projeto contempla 50 crianças e adolescentes, com idade entre 8 e 14 anos incompletos, alunos de escolas públicas. As turmas serão formadas em Brasília, no CIAB, e em Mossoró, no Tiro de Guerra Picdeer

O

Ministério do Estado da Defesa e a Fundação Banco do Brasil (FBB) firmaram uma parceria com o intuito de promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 18 anos incompletos. O projeto piloto tem previsão de início para agosto deste ano, e a duração será de 18 meses.

As informações foram divulgadas pela Fundação na noite de sexta-feira, 7.

As primeiras turmas serão formadas em Brasília (DF), no Centro de Instrução e Adestramento de Brasília (CIAB), e em Mossoró, na instituição militar Tiro de Guerra. Nessa fase, serão atendidas 50 crianças e adolescentes, com idade entre 8 e 14 anos incompletos, alunos de escolas públicas, três vezes por semana, quatro horas por dia, no turno vespertino.

As atividades envolvem as temáticas de Sustentabilidade (construção de horta, projeto Lixo Zero e água); Cultura e Artes (música, artes visuais, teatro); Jogos e Esportes (brincadeiras, jogos competitivos e não competitivos).

Proporcionar inclusão social, digital e civismo são

Em Mossoró, as primeiras turmas serão formadas no Tiro de Guerra

alguns dos benefícios que a parceria entre as Forças Armadas e Banco do Brasil vão reforçar no Projeto Forças no Esporte. “Desde 2003 mais de 30 mil crianças e adolescentes são atendidas e, agora, são duas instituições de renome unidas pela mesma causa”, declarou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

Com experiências em

programas e projetos anteriores, as instituições decidiram se unir para garantir que crianças e jovens tenham atividades do contraturno escolar. A ação será desenvolvida nas organizações militares, dependências das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército ou Marinha), com a parceria do poder público local.

“Esta é uma ocasião

muito importante para nós do Banco do Brasil e da Fundação Banco do Brasil.

Nosso objetivo, talvez principal, seja promover a inclusão social para darmos oportunidade para as nossas crianças. Isso é a razão de ser da nossa Fundação. E nada melhor para esse objetivo do que aderirmos a esse esforço tremendo que as Forças Ar-

madas estão fazendo para nossos jovens. Eu fui aluno interno do colégio militar e sei bem a importância de valores fundamentais como disciplina, hierarquia, honra, patriotismo e verdade que vocês podem passar para nossos jovens.

Certamente, vocês terão da nossa parte o total apoio", declarou o presidente do Banco do Brasil,

Rubem Novaes.

Com o Programa Forças no Esporte – Profesp, uma vertente do Programa Segundo Tempo, do Governo Federal, desenvolvido pelo Ministério da Defesa (MD), e apoio da Marinha, Exército e Aeronáutica e Ministério da Cidadania, cerca de 23,5 mil crianças e adolescentes de 107 localidades do território nacional são atendidas com atividades esportivas.

A Fundação BB atua há mais de 30 anos com o Programa AABB Comunidade, uma parceria com a Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil (FENABB), que desenvolve ações que integram família, escola e comunidade, e contribui para a inclusão e o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, por meio de atividades socioeducativas, culturais, artísticas, esportivas e de saúde. O Programa é desenvolvido nos clubes das AABB (Associação Atlética Banco do Brasil). Atualmente, 252 projetos estão em execução, beneficiando mais de 32 mil crianças e adolescentes em todo o país.

“O Programa Forças no Esporte é uma ação muito exitosa e a Fundação BB vai agregar muito com a sua experiência em projetos de educação. Na medida em que nos unimos ao Ministério da Defesa, Banco do Brasil e aos governos locais, nós potencializamos os resultados. E esses são os melhores resultados, porque estamos trabalhando com educação para crianças e garantindo a elas melhores oportunidades e um futuro promissor”, disse Asclepius Soares, presidente da Fundação BB.

PMM encerra programação da Semana do Meio Ambiente Entre os dias 2 e 7 deste mês, a Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente, Serviços Urbanos e Urbanismo, realizou uma programação extensa na semana em que se comemorou o dia do meio ambiente. O encerramento das atividades foi marcado pela apresentação de projetos das Unidades de Educação Infantil Zezinha Gurgel e da Escola Municipal Isabel Fernandes no Parque Municipal Professor Maurício de Oliveira.

Jenifer Duarte tem 7

anos e estuda na Escola Municipal Isabel Fernandes.

Ela e os colegas apresentaram o “Bichionário”, feito a partir de materiais recicláveis. Jenifer também aproveitou para curtir o parque.

“Tô aqui apresentando o meu trabalho e também brincando com meus amigos no parque. Gosto muito daqui”, disse ela.

A Semana do Meio Ambiente foi marcada pela realização de blitz ecológica, apresentação do lixômetro, conferência infantojuvenil e a entrega da 1ª etapa da obra do parque municipal, que aconteceu na última

quinta-feira (6) com a inauguração do centro de convivência do parque.

O Parque Municipal Maurício de Oliveira recebeu uma revitalização na sua estrutura que tem como objetivo garantir melhor conforto para os frequentadores do equipamento. O equipamento ganhou estrutura física que irá comportar sala verde, banheiros com acessibilidade, depósito, copa e área de convivência.

Além da estrutura do centro de convivência, o parque ganhou caramanchões espalhados pelo

PMM

Entrega do Parque Municipal foi o ponto chave da Semana do Meio Ambiente

passeio do parque, 20 mesas com bancos serão instaladas, melhora na iluminação e novos brinquedos.

Com a instalação dos ba-

nheiros, o parque também recebeu obra de esgotamento sanitário. O investimento na recuperação do Parque Municipal Maurí-

cio de Oliveira é R$ 784.000,00 oriundos do Fundo Municipal do Meio Ambiente e aprovado no Conselho Municipal.

CIANO MAGNTA AMARELO PRETO

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Mossoró (RN), domingo, 9 de junho de 2019

Intelectualidade

Filósofa “pop star”: Djamila Ribeiro entre livros e aplausos >> Em passagem por Mossoró, a filósofa e escritora Djamila Ribeiro mobiliza uma multidão e afirma: “Temos que ser responsáveis pela sociedade que queremos” André Bisneto

Da Redação

“

Lá vem a Djamila”.

O sotaque sulista carregado preencheu o saguão do hotel. Sentada em um canto, sob a luz fraca que dava um tom melancólico ao ambiente, a assessora avistava de longe a filósofa. Embora amplo, a enorme quantidade de espelho tornava o saguão ainda mais longo e espaçoso. Alta e esguia, a escritora atravessou brevemente todo o ambiente com passos firmes – dissipando a sensação de espaço no lugar.

Djamila Taís Ribeiro dos Santos nasceu em 1° de agosto de 1980, na cidade de Santos (SP). Graduada em Filosofia, tornou-se mestra em Filosofia Política na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em 2015; também atuou como secretária-adjunta de direitos humanos na cidade de São Paulo em 2016. Contudo, foi com a escrita de textos sobre temas como racismo, feminismo, entre outras “estruturas de opressão”, que ela ganhou notoriedade nacional e internacional.

Enquanto deixava o saguão e caminhava até o salão de eventos onde palestraria, parecia passar despercebida pelos demais hóspedes do hotel. Porém, logo se viam pessoas fotografando-a atônitas. Em Mossoró para participar da abertura do congresso científico acadêmico de uma universidade particular, se surpreendeu com o tamanho do salão.

“Nossa, não imaginava que fosse um lugar tão grande. Olhando lá de fora, não dá para se imaginar”, comentou com sua assessora Ísis Vergílio. O salão tinha uma decoração simples: apenas inúmeras cadeiras brancas formando um longo corredor que dava acesso ao palco, onde se viam quatro poltronas marrons acolchoadas dispostas lado a lado.

“Esperamos 2 mil pessoas para a sua palestra”, informou uma integrante da organização do evento. Ribeiro encarou o salão vazio CIANO MAGNTA AMARELO PRETO

por um segundo e seguiu para o camarim, onde se prepararia para a abertura do congresso.

Recém-chegada da França, onde recebeu a honraria de “personalidade do amanhã” pelo combate às desigualdades sociais no Brasil, onde também participou do lançamento do seu livro “La Place de La Parole Noire”, versão francesa do “O que é Lugar de Fala?”, a filósofa encontrou tempo para conhecer a praia de Tibau. “Me falaram que Mossoró não tinha praia, mas que eu poderia ir a Tibau. Fui”, comentou.

Enquanto uma fila ansiosa se formava no térreo, Djamila sentou em um sofá cinza, largo e macio no terceiro andar do hotel, e contava sobre sua expectativa para a palestra que faria dali a alguns minutos.

“Estou bastante feliz de voltar a Mossoró, de poder discutir sobre um tema tão importante que é a educação, sobretudo no momento que estamos vivendo hoje, sobretudo por ser uma pessoa que foi fruto de políticas públicas na área da educação, e que no meu trabalho tenho a educação como ponto focal”, contou.

Embora sulista, o sotaque típico da região é quase imperceptível na voz da Djamila Ribeiro. Sua fala é calma e pausada. Enquanto ouve as perguntas que lhe são feitas atentamente, estrutura a resposta de forma didática e em tom ameno, embora sem jamais perder a segurança no que está sendo dito.

Questionada sobre o fato de o Rio Grande do Norte ser o estado onde mais se matam jovens negros no Brasil, revelou que o combate ao genocídio da população negra deve ser uma preocupação constante da sociedade brasileira.

“Falar desse projeto, né, de extermínio da população negra é algo que fazemos no nosso trabalho, e como que todas essas mortes não geram uma crise ética, não mobilizam a população, o quanto as pessoas estão muitas vezes distante desse debate e não conseguem perceber que há toda uma ideologia

Marcos Garcia

Djamila Ribeiro debate educação e lugar de fala em Mossoró

“Estou bastante feliz de voltar a Mossoró, de poder discutir sobre um tema tão importante que é a educação, sobretudo no momento que estamos vivendo hoje”

“A gente sabe que a educação é importante, que gera oportunidades para que as pessoas saiam de um ciclo de exclusão. Então a gente vê os cortes com muita preocupação”

da criminalização da pobreza, e como o Estado está presente na forma da repressão, mas não na saúde, na educação, no saneamento básico”, argumentou.

Aos 38 anos, Djamila Ribeiro publicou seu primeiro livro (O que é Lugar de Fala?) em 2017. No ano seguinte, a convite da Companhia das Letras, uma das principais editoras literárias do Brasil, escreveu o livro “Quem tem medo do Feminismo Negro?”, obra em que reúne um ensaio autobiográfico e textos da filósofa publicados na revista Carta Capital, da qual foi colunista.

Escrevendo seu terceiro livro, que será publicado pela Companhia das Letras, a escritora também coordena a coleção Feminismos Plurais, que reúne temas contemporâneos como “empoderamento”, “encarceramento em massa”, “racismo recreativo”, entre outros.

“Focar na coleção Feminismos Plurais, hoje, é o que me move. Vamos fazer um lançamento na FLIP [Festa literária de Parati] neste ano de novo. E até o final do ano vamos lançar novos autores”, falou com um tom de felicidade aparente.

Caçula de quatro irmãos, Djamila Ribeiro conta que foi a primeira da família a ter acesso ao ensino superior, e que os atuais cortes na Educação preocupam, com consequências que poderão ser sentidas por muitas gerações futuras.

“A gente sabe que a educação é importante, que gera oportunidades para que as pessoas saiam de um ciclo de exclusão. Então, a gente vê os cortes com muita preocupação, com muita tristeza, porque a gente sabe que isso condena várias e várias gerações de pessoas, principalmente de grupos vulneráveis”, argumentou com tom abatido.

Contudo, ficou feliz ao descobrir que estudantes negros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) estão organizando um clube de leitura sobre autoras e autores negros. E brincou: “Leiam a coleção Feminismos Plurais”, sorriu.

“Tem que ler Milton Santos, um dos maiores pensadores que este país já teve; Abadias do Nascimento, um dos nossos maiores intelectuais. É importante essa nova geração resgatar esses autores que não estavam apenas pensando na questão racial. Estavam pensando o Brasil.”, sugeriu a escritora.

Continua na página 2

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contiação da pág. 1

“Eu leio muita coisa. Minha escritora preferida é Toni Morrison” A dmiradora declarada da filósofa francesa Simone de Beauvoir, a intelectual revela que gosta de ler livros diversos – da poesia a textos teóricos. “Eu leio muita coisa. Minha escritora preferida é Toni Morrison. Mas atualmente estou lendo Chimamanda, Conceição Evaristo… bastante coisa. Gosto muito de poesia. Gosto de [Charles] Baudelaire. Varia do meu estado de espírito, mas Baudelaire, por exemplo, volta e meia eu revisito.”

Quando a escritora voltou ao salão, a sensação era que as 2 mil pessoas aguardadas pela organização resolveram levar convidados. Com todas as cadeiras ocupadas, algumas pessoas ficaram em pé, ao fundo, para terem a chance de ouvir e ver a filósofa. Os espaços que por ventura não estivessem

Marcos Garcia

ocupados eram preenchidos pela profusão de vozes do público ansioso. Era possível distinguir o nome de Djamila sendo invocado entre as fileiras de ca-

deiras.

Contudo, a intelectual conseguiu passar, por um acesso lateral, discretamente pela plateia ansiosa. Mas não durou. Ao per-

ceberem a presença da palestrante, celulares foram rapidamente empunhados e pedidos de fotos e autógrafos começaram a ser feitos.

outras palavras José Nicodemos

P

18 anos

aristida603@hotmail.com

UMA REFLEXÃO DESOLADA ara andar bem, tudo carece de uma filosofia. De uma ética, no sentido mais alto da palavra. Estou pensando no destino dos nossos impostos. O sacrificado imposto nosso de cada dia. Não tem o retorno que se lhe dá nos países sérios. Contabilizado, esquece o caminho de volta.

Isto, a propósito do que acabo de ler sobre o Canadá.

Mais precisamente, sobre a gerência do dinheiro público, lá. Na base da filosofia do retorno dos impostos pagos.

Em forma, naturalmente, de serviços públicos de alta qualidade. Quer dizer, o dinheiro não é apropriado pelas elites, como é cá entre nós.

Todo o mundo sabe a que se destina, aqui, o dinheiro dos nossos impostos. Não é preciso ser intelectual, ou o que isso valha. Salta aos olhos de mais curta visão. A coisa é escancarada, além da conta. E não se leva em consideração o mais mínimo respeito ao povo. Ora, ora essa, o povo que se dane – devem pensar assim.

Muito bem de ver é que o produto dos nossos impostos, desgraçadamente apropriado pelas instituições de prestígio, não cumpre uma finalidade social e administrativa. Com base numa filosofia inflexível. Tanto é certo que, em matéria de prestação de serviços públicos e de

assistência social, o país deixa muito a desejar.

Enquanto isso, luxos e mordomias afrontam as carências de milhões de brasileiros, que votam e pagam impostos. A medicina pública, para ficar num só exemplo, em amplo estado de miséria. Deficiência de leitos hospitalares, gente gemendo e morrendo nas longas filas do SUS. À míngua de assistência médica. Cenário desumano.

Em compensação, o dinheiro dos nossos impostos serve, entre numerosos outros absurdos, para pagar plano de saúde, e vitalício – vejam só – para deputado. A melhor medicina do país, e de fora dele. Se isso não for um soco violento de peso-pesado no estômago do povo, já não se pode saber o sentido exato das palavras.

A propósito, alguém já disse, e com muito acerto, que o Brasil possui uma das elites mais atrasadas e perversas do mundo. Herança maldita da mentalidade da casagrande. Do Brasil dos fazendeiros e coronéis. Quer isso significar que não acompanhamos o espírito do nosso tempo. Ainda menos a ele nos ajustamos.

Pois, então, é isso. O produto dos nossos tão suados e sofridos impostos não tem, aqui, retorno social. Sem filosofia nem ética, no mais elevado sentido do termo, degenera nas rubricas orçamentárias. Penso nisso, instigado pelo que acabo de ler sobre o Canadá. É duro.

SAÚDE

REPRESENTAÇÃO

Só se fala na precariedade do sistema de saúde pública, com o governo alegando falta de recursos. É lógico, o produto da renda nacional vai, pela maior parte, para os duodécimos.

As instituições da representação (?) da sociedade consomem a maior parcela da arrecadação dos nossos impostos, com o detrimento das utilidades coletivas.

Sentada em uma cadeira simples, com um acolchoado verde, Djamila Ribeiro respirava fundo para combater o nervosismo e a ansiedade, que de-

sapareceram no momento em que subiu ao palco.

Durante pouco mais de uma hora, a plateia ouviu atentamente a escritora do “O que é Lugar de Fala?” explicar o protagonismo da educação na formação da sociedade.

Mais: a importância de se conhecer, e reconhecer, as violências históricas sofridas por grupos socialmente vulneráveis no Brasil. Em “tour” pelo Rio Grande do Norte, Djamila Ribeiro ainda passaria pelas cidades de Apodi e Natal.

Com o fim da palestra, as 2 mil pessoas (e seus convidados) aplaudiram de pé a escritora, fazendo-a corar. “Não esperava que eu estivesse sendo lida no interior do Rio Grande do Norte. Esse sempre foi nosso objetivo: poder fazer que nossas produções chegassem. Então, eu sou sempre pega de surpresa. E que me mantém focada nos meus objetivos e ainda sentir frio na barriga; eu me emociono, fico ansiosa perto de um grande evento”, contou em tom de realização.

de compromisso com o jornalismo de verdade @defato_rn

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@jornaldefato

Gaste Os desafios de bem o seu lidar com diabetes décimo na infância

Mais de 200 bilhões vão oxigenar a VERGONHA economia no fim de E, diga-se, aano. bemSaiba da verdade, como que tal representação apenas3 gastar certo. éMOSSORÓ nominal. Broche de latão colocado no peito de um país sem lei e de legisladores a serviço das eli@defato_rn tes. Uma vergonha.

A dona de casa Suzy Kelly deixou de trabalhar para cuidar, integralmente, do filho César de seis anos. Ela fala sobre medicamentos, alimentos e da descoberta da doença. MOSSORÓ 1 /photos/jornaldefatorn

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linguagem RENUNCIAR e DEMETIR-SE. Empregam-se em situações diferentes. Renuncia-se a um mandato eletivo ou a um cargo permanente. Exemplo: Jânio renunciou à presidência da República. Bento XVI renunciou ao papado.

No caso de cargo de exercício temporário, o ocupante se demite: o editor da revista demitiu-se. É bom ter presente o correto emprego desses verbos, conforme a situação em que se usam. Como ficou visto, não dizem a mesma coisa. As palavras não se usam uma pela outra, de forma arbitrária. Pedem lugar adequado. De outro modo, prejudica-se a clareza da frase, como se sabe, a principal virtude do estilo.

17os an

MOSSORÓ �RN�, DOMINGO, 19 DE NOVEMBRO DE 2017 | EDIÇÃO 5.020 � ANO

Mossoró 3

DOMINGO, 9 de maio de 2019

Comércio

Dia dos Namorados deve aquecer comércio de Mossoró >> Empresários afirmam que, apesar de a data não ser a melhor para o comércio, esperam vendas acima do registrado no ano passado Amina Costa

Da Redação aminadabecosta@gmail.com

O

Dia dos Namorados é comemorado nesta semana e a sua proximidade está fazendo que o comércio de Mossoró fique aquecido. Lojistas de vários segmentos já vêm se preparando para essa data, quando o movimento tende a aumentar principalmente por a data ser num período em que ocorrem as festas juninas.

A reportagem do DE FATO conversou com o empresário Alfredo Araújo, que tem uma loja de grande porte de roupas no centro da cidade. O empresário comentou que o comércio está aquecido devido o período junino e que ainda não sentiu, na prática, os efeitos das vendas para o dia dos namorados, uma vez que a maior parte da população está entusiasmada com as compras do são-joão.

“Temos uma expectativa positiva em relação ao

mês de junho como um todo, por ser um mês festivo, com a realização do Mossoró Cidade Junina. Em relação ao Dia dos Namorados, que ocorre na próxima semana, ainda não sentimos uma procura muito forte, porque as pessoas deixam sempre para a última hora. Então, só vamos ter noção da procura dos presentes para o Dia dos Namorados a partir desta semana”, explicou o empresário.

Alfredo Araújo comentou ainda que está apostando na inovação, nas promoções e na divulgação nas redes sociais para fazer que os consumidores consumam seus produtos. “No final do mês de maio, nós lançamos uma coleção nova de roupas, com um evento, onde trouxemos bailarinas para apresentar as novas roupas. Estamos sempre apostando na inovação, na qualidade e na divulgação dos nossos produtos pelas redes sociais”, disse o empresário.

Mesmo sendo uma data

Marcos Garcai

Comércio de Mossoró oferece opções para presentes no Dia dos Namorados

completamente comercial, o Dia dos Namorados ainda não é a melhor data para o comércio de Mossoró.

De acordo com o empresário Alfredo Araújo, o período não é tão forte quanto se imagina, fato que não provoca o aumento do número de funcionários, já que as vendas tendem a ficar dentro da média. Ele disse ainda que outras datas, como o final de ano, são as que, verdadeiramente, impulsionam o comércio local.

“A data não é tão boa quanto se imagina. Temos datas bem melhores, como o final de ano, o Dia das Mães e Dia dos Pais, quando o comércio fica mais movimentado. O que melhora essa data é o fato de ela ocorrer durante o período junino, quando os mossoroenses têm o hábito de fazer compras”, disse o empresário, que atua no setor de vestuário, um dos mais procurados neste período do ano, em decorrência das festas juninas.

Mesmo a data não sendo considerada a melhor para os empresários, a expectativa é que as vendas superem as do ano de 2018, já que a população está mais tranquila em relação à economia e está indo mais às compras. “Esperamos vender mais do que em 2018, até porque realmente sentimos a procura por presentes para os namorados na véspera e até mesmo no Dia dos Namorados em si. As pessoas sempre deixam para a última hora”, finalizou o empresário.

Marcos Garcia

CDL estima gasto médio de R$ 122 para presentes no Dia dos Namorados Os lojistas de Mossoró estão esperançosos com as compras para o Dia dos Namorados, que ocorre no dia 12 de junho. De acordo com a estimativa divulgada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), a média esperada de gasto é de R$ 122,16, em média, para este ano.

A CDL informou que o valor estimado para este ano é menor do que o estimado para o ano passado, mas que a intenção de compras dos mossoroenses aumentou bastante. A Câmara explicou ainda que a data não é a menor para o comércio, mas que, mesmo assim, o consumidor tende a ir até as lojas, mas sem gastar muito.

“Houve pequeno aumento no valor médio da compra e ligeiro aumento no número de intenções de compra. Temos datas mais

importantes para o comércio, como o Natal e Dia das Mães, mas qualquer data que motive o consumidor a fazer compras no comércio é importante, porém o consumidor não dá a mesma importância à data.

Quer presentear, mas não quer gastar muito.

Ainda de acordo com a CDL, a expectativa é de que as vendas superem as ocorridas no mesmo período em 2018, e que os segmentos que mais devem lucrar com essa data são os de roupas, perfumes, cosméticos e calçados, bem como produtos pessoais e de pequeno valor. Também estão sendo procurados produtos personalizados com fotos dos casais, bem como ursos de pelúcia e caixas de chocolate.

O fato de o Dia dos Namorados ser comemorado dentro dos festejos juninos

Média de gasto do consumidor de Mossoró com presente para o Dia dos Namorados é de R$ 122,00

é bastante satisfatório, de acordo com a CDL. “Esse ponto é positivo, na medida em que as pessoas estão mais felizes com o período junino, estão mais propensas a gastar com presente”,

disse a entidade.

O presidente da CDL, Wellington Fernandes, destaca que os lojistas da cidade precisam estar sempre se atualizando das tendências do mercado. “O

comerciante tem que se atualizar sobre as tendências do mercado. Uma boa oportunidade são as convenções lojistas, sejam nacionais ou estaduais, em que o lojista pode ganhar

conhecimentos para direcionar seus negócios. Também deve capacitar seus funcionários para proporcionar um bom atendimento ao cliente”, disse o presidente da CDL.

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DOMINGO, 9 de junho de 2019

Benefício

Núcleo de Prática Jurídica registra aumento de 64% no número de atendimentos

so social sólido com a comunidade, prestando serviço de assistência jurídica gratuita e de qualidade para aqueles que precisam”, destaca a coordenadora acadêmica e administrativa do NPJ, a professoramestra Denise dos Santos Vasconcelos Silva.

Em depoimento que consta no relatório, a servidora Lidiane Mendonça de Alencar enfatiza além da quantidade, o semestre 2018.2 destacou-se pela eficiência e a eficácia dos resultados. “O aumento da quantidade de pessoas carentes beneficiadas só é

importante se houver o outro lado da moeda – a qualidade do serviço público prestado”. Qualidade essa que foi aferida pelos próprios servidores do Núcleo que recebem o feedback dos clientes, “que saem satisfeitos elogiando o atendimento mais célere de toda a equipe que trabalha em conjunto”, declarou.

O NPJ tem como objetivo possibilitar aos estudantes de Direito uma vivência prática da teoria que veem em sala de aula, ao mesmo tempo em que oferece à população carente acesso aos serviços de assistência jurídica. No último semestre, foram 120 alunos envolvidos nas ações do Núcleo.

Para o aluno Tiago Braga, o NPJ é um instrumento essencial no processo de ensino e aprendizagem, “pois através do Núcleo a gente tem acesso a como funciona o processo na sua realidade. Depois de conferir na teoria, todo o ensinamento passado pelos professores, é lá, na Prática Jurídica que a gente começa a atender a população e se depara com os casos concretos, e a partir daí a gente vivencia o dia a dia da advocacia e pode adquirir experiência que nos falta, principalmente para os estudantes que não estagiam em escritório de advocacia”, declara.

Além do atendimento jurídico, também é oferecido no Núcleo atendimento aos assistidos pelo serviço social como fase preliminar ao atendimento jurídico, de modo a viabilizar a conciliação entre as partes.

O NPJ funciona de segunda a sexta-feira, nas instalações do antigo Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, localizado na Avenida Rio Branco, S/N, Centro.

viço social durante o semestre 2018.2, foi possível observar, segundo o relatório, que dos 86 registros realizados, 68 são mulheres, o que corresponde a 79,06%, e 18 são homens, correspondendo a 20,93% dos demandantes.

A faixa etária dos(as) demandantes varia entre 18 e 60 anos e a escolaridade predominante é o ensino médio completo. Também

percebeu-se que um grande número de assistidos está fora do mercado formal de trabalho, vivendo com poucos recursos ou da ajuda de familiares. O setor de serviço levantou ainda que dentre os atendidos, 81,4% vivem na zona urbana, 8,1% na zona rural e 10,5% não souberam ou não responderam.

Ademais, o serviço social também buscou iden-

tificar se famílias atendidas têm acesso a bens e serviços públicos. Conforme o levantamento, 68,6% das famílias disseram acessar algum tipo de política pública, em destaque para a Assistência Social e da Saúde como o Centro de Referência de Assistência Social e para Unidade Básica de Saúde, já 31,4% disseram não acessar ou não informaram.

>> De acordo com o relatório avaliativo das ações do Núcleo, 1.484 pessoas foram atendidas no último semestre

O

Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Faculdade de Direito (FAD) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) atendeu 1.484 pessoas no período de fevereiro a maio deste ano, referente ao semestre letivo 2018.2. Os números representam um aumento de 64% em relação ao semestre letivo anterior.

De acordo com o relatório avaliativo das ações do NPJ do semestre 2018.2, do total de pessoas beneficiadas no período, 421 representam novos clientes. Dos atendimentos, foram ajuizadas 240 ações, entre as quais as mais demandadas são ação de alimentos, ação de execução de alimentos, divórcio consensual e ação de guarda.

Ainda com base no relatório, é possível observar uma crescente no número de atendimentos feitos pelo NPJ, passando de 474 pessoas atendidas no semestre letivo 2017.2 para 903 atendimentos em 2018.1, e 1.484 atendimentos em 2018.2.

Vale destacar que esse número de clientes que tem aumentado gradativamente desde o semestre 2017.2 se deu também em razão da sistemática diferenciada de contagem

Fernando Nícolas

Prática Jurídica funciona na Avenida Rio Branco

que foi adotada em 2018.1 e que continuou em 2018.2.

Anteriormente, contava-se apenas um cliente para cada registro, independente do número total de pessoas beneficiadas; hoje a contagem engloba todas as pessoas atendidas. Com essa nova forma de conta-

gem, que é mais abrangente, é possível anotar o número real de pessoas beneficiadas pela justiça gratuita do NPJ/Uern.

“O número de pessoas beneficiadas pelo NPJ no semestre letivo 2018.2 é expressivo e mostra que a Uern tem um compromis-

Setor de serviço social busca traçar um perfil dos beneficiados pelas ações do NPJ O setor de serviço social do Núcleo de Prática Jurídica divulgou o perfil das pessoas que procuram atendimento na unidade.

Do total de 168 novos cadastros, que equivalem 421 pessoas beneficiadas, a equipe identificou aspectos socioeconômicos dos

cidadãos que buscam a assistência jurídica e gratuita do NPJ/FAD/UERN. Partindo do quantitativo dos novos cadastros no ser-

segurança 5

DOMINGO, 9 de junho de 2019

Imagem meramente ilustrativa

“Poder paralelo”

>> Estudo nacional atribui aumento de homicídios no Rio Grande do Norte também à disputa entre facções criminosas Fábio vale

Da redação

D

ivulgado nesta semana, o Atlas da Violência 2019 atribui o aumento de homicídios em diversas regiões do país também à disputa entre facções criminosas, que funcionariam como uma espécie de “poder paralelo”. A publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) ressalta que 2017 foi um ano “particularmente difícil no campo da segurança pública para o potiguar”.

O estudo de 116 páginas, que apresenta uma espécie de radiografia nacional de homicídios entre 2007 e 2017, com base em dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), lembra que logo no início do ano de 2017 eclodiu na Prisão Estadual de Alcaçuz a guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime (SDC).

O estudo cita que o ocorrido entre as duas facções criminosas teve reflexo nas

ruas do estado. “No final do ano, a população ficou aturdida com o aquartelamento da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar, que durou 14 dias e que ocorreu como forma de protesto aos atrasos de salários e à falta de condições de trabalho, com indisponibilidade de viaturas e de equipamento de proteção”, frisa trecho do Atlas da Violência 2019.

A pesquisa avalia que o

estado ainda “sofreu os reflexos da má condução da política pública, não apenas no que se refere à questão fiscal, mas também à falta de uma política clara e efetiva de segurança baseada em métodos de gestão e evidências científicas”. A publicação aponta o Estatuto do Desarmamento como uma das medidas para frear o aumento dos homicídios e alerta para o fato de que

as facções estariam em um processo de expansão e busca por novos mercados do tráfico de drogas e novas rotas de comercialização.

Um levantamento do Fórum de Segurança Pública Estadual de agosto do ano passado deu conta de que o estado contava 4.200 membros da facção local e 900 da nacional e que as regiões da Grande Natal e de Mossoró figuravam co-

Mulheres de presos no RN reivindicam que detentos sejam separados nas prisões por facções Desde a semana passada, um grupo de mulheres de detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região da Grande Natal, está concentrado no Centro Administrativo, na capital potiguar. O ato reivindica a separação dos presos por facções criminosas, além de melhores condições para os apenados. A unidade abriga membros do PCC e do Sindicato do Crime.

Na última quarta-feira (5), um princípio de tumulto foi registrado no presídio estadual Rogério Coutinho Madruga, na Grande Natal.

O ocorrido foi rapidamente controlado por agentes penitenciários. Na semana passada, foi divulgado um documento atribuído à Polícia Federal (PF) dando conta de que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com atuação no esta-

do estaria planejando uma série de ataques.

Na ocasião, o Governo do Estado disse que estava acompanhando o caso e anunciou a suspensão de visitas nas unidades prisionais. E na madrugada desta terça-feira (4), uma base desativada da Polícia Militar na zona norte de Natal foi incendiada. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu conter as cha-

mo áreas que estavam sendo disputadas pelas organizações criminosas.

HOMICÍDIOS CRESCENTES O Atlas da Violência 2019 colocou o RN no topo do ranking de taxa de homicídios por 100 mil habitantes no país. Segundo o estudo, o estado potiguar apresentou variação de 228,9% entre 2007 e 2017.

O levantamento detalha que no primeiro ano, o estado potiguar teve 589 homicídios, contra 2.203 em 2017. Ainda conforme a publicação, o RN foi o quarto estado brasileiro com maior aumento na taxa de homicídio de jovens entre 2016 e 2017. E em crimes contra as mulheres, dentro dos dez anos pesquisados, o RN aparece com o maior crescimento no país.

mas. Ninguém ficou ferido e nenhum suspeito foi preso, pelo menos até o fechamento desta matéria.

As autoridades afirmaram que o ocorrido não teria ligação com facção. Em janeiro de 2017, 26 presos foram assassinados em Alcaçuz após confronto entre membros do PCC e Sindicato do RN. Nesta semana, o Governo do Estado reuniu representantes de vários poderes para detalhar as medidas que foram tomadas nos últimos dias em relação ao sistema prisional e à segurança pública e mobilizar todas as instituições de maneira preventiva.

SILÊNCIO A reportagem encaminhou, no decorrer desta semana, e-mails à Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESED), Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (SEJUC) – atual Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) – e ao Sindicato dos Agentes Penitenciários Estaduais (SINDASP), com o fim de obter posicionamento sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno da Sesed e Sejuc. Já a assessoria do Sindasp informou que a entidade não se pronuncia sobre facções e sugeriu que entrasse em contato com Seap.

6 segurança

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Cont. pág. 5

RN registra aumento de 340% entre 2007 e 2017 >> Atlas da Violência 2019 coloca o estado potiguar na vice-liderança do ranking nacional dentro dessa variação

A

quantidade de pessoas mortas no Rio Grande do Norte com disparos de arma de fogo cresceu 340% entre os anos de 2007 e 2017. O dado é do Atlas da Violência 2019. O estudo coloca o estado potiguar na vice-liderança do ranking nacional dentro dessa variação.

Segundo a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de homicídios no RN por arma de fogo saltou de 438 casos em 2007 para 1.927, dez anos depois. O levantamento mostra que de 2007 a 2012, as mortes a tiros variaram entre pouco mais de 400 e menos de 900.

Já a partir de 2013, esses crimes superaram a casa das mil ocorrências. O ranking nacional de variação de homicídios por arma de fogo nestes dez anos pesquisados traz o Acre na liderança, com 652,9%. A

Imagem meramente ilustrativa

Número de homicídios no RN por arma de fogo saltou de 438 casos em 2007 para 1.927, dez anos depois “Fica a dúvida, para o futuro da nação, se a guerra das facções penais somada à possibilidade de crescente armamento da população e à adesão a uma retórica de embrutecimento policial e da licença para matar sobrepujarão, ou não, uma tendência de queda de homicídios para os próximos anos”, questiona trecho do Atlas da Violência 2019.

Estudo aponta que maior acesso a armas de fogo implicaria em mais mortes; Governo Federal quer flexibilizar porte e posse

publicação apresenta análises de estudiosos no assun-

to que apontam que estudos de 2016 já indicavam que a

facilitação do acesso a armas de fogo implicaria em

mais mortes e mais insegurança no país.

DECRETO Segue em discussão o novo decreto presidencial sobre armas de fogo no país. Nesta semana, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal decidiu adiar para a próxima quartafeira (12) o debate em torno do assunto. A medida, entre outros pontos, libera o porte e posse de armas para várias categorias profissionais.

esporte 7

DOMINGO, 9 de JUNHO de 2019

Lucas Figueiredo

Amistoso

Seleção

Everton Everton Cebolinha Cebolinha deverá deveráiniciar iniciaroo amistoso amistosocontra contra Honduras Hondurasentre entre os ostitulares titulares

Brasileira busca novos ares contra Honduras

>> Equipe de Tite faz contra Honduras hoje o último teste antes de sua estreia na Copa América

S

neste domingo, 9, às 16h, buscando novos ares após se “afastar” do caso envolvendo Neymar, acusado de estupro.

O duelo dá início a um novo capítulo na preparação do Brasil para a Copa América. Neymar vive um perío-

do delicado de sua carreira e enfrenta uma acusação de estupro. Com o afastamento do atacante, por lesão, o Brasil se desfaz do ambiente midiático do caso e tem a oportunidade de renovar o foco para a competição.

Para o posto de Neymar

Sem Marta, Brasil inicia trajetória no mundial feminino

Sem a jogadora de 33 anos de idade, a dupla de ataque verde e amarela será formada por Cristiane e Bia Zaneratto, algo que, segundo o técnico Vadão, não deve alterar a maneira de jogar da Seleção.

“Essa perda é, logicamente, muito grande. Mas as atletas que estão aí estão aí para jogar. A gente já poupou a Marta em outras oportunidades. As companheiras de ataque vão ser Cristiane e Bia Zaneratto, que vão sair jogando como jogadores de frente”, completou o técnico.

em Neymar, cortado por lesão e com William, seu substituto, a Seleção Brasileira inicia um novo capítulo em sua preparação para a Copa América. Em Porto Alegre (RS), a equipe de Tite encara Honduras em amistoso

Sem a sua principal jogadora, a meia-atacante Marta, a Seleção Brasileira encara a Jamaica neste domingo, 9, no jogo de estreia na Copa do Mundo de futebol feminino. Nos últimos dias, Marta mostrou evolução no quadro clínico de recuperação de uma lesão muscular, mas não ao

ponto de estar em plenas condições físicas de defender o time diante das jamaicanas.

O confronto está marcado para as 10h30 (de Brasília), no Stade des Alpes. As duas equipes formam o Grupo C da competição, ao lado de Austrália e Itália.

Fla-Flu de opostos sob o olhar do novo técnico Atravessando momentos opostos, Fluminense e Flamengo entram em campo neste domingo, 9, às 19h, pela oitava rodada do Brasileirão.

O tricolor vem de elimi-

Mossoró 7 ESPORTE.indd 1

nação da Copa do Brasil no meio de semana, mas o time garante que isso não abalou o grupo e que o momento é foco total no Brasileiro. Próximo da zona do rebaixamento, o Fluminen-

se tem apenas seis pontos e está há dois jogos sem vencer. Contundido, o zagueiro Mateus Ferraz segue de fora.

Já o Rubro-negro vive momento oposto do rival.

no amistoso de logo mais, o último antes da estreia do time na Copa América, Tite deverá optar por Everton Cebolinha assim como aconteceu no jogo anterior contra o Qatar. No entanto, não seria surpresa a escolha por David Neres, que vem

sendo testado nas últimas partidas.

As outras dúvidas estão no gol e também no ataque.

Alisson e Roberto Firmino, que se apresentaram depois e não participaram do amistoso contra o Catar, poderão reaparecer nos lugares de

Luxemburgo evita empolgação após 1ª vitória A primeira vitória do Vasco no Campeonato Brasileiro e sob o comando de Vanderlei Luxemburgo deixou o treinador animado, mas não tanto. Ele disse estar feliz após o triunfo por 2 a 1 sobre o Internacional, na noite da sexta-feira, pela oitava rodada do torneio, mas lembrou que o resul-

Com 13 pontos, é o quarto colocado, vem embalado por duas vitórias seguidas e seu objetivo é se aproximar do líder Palmeiras, que tem 16 pontos.

O time segue sendo dirigido interinamente por Marcelo Salles, mas o novo técnico, o português Jorge Jesus chegou ontem ao Brasil e acompanhará o clássico.

tado é apenas um passo para o time cruzmaltino se afastar da zona de rebaixamento.

"A vitória é boa. Deixa todo mundo contente. Estou bem feliz, mas tem de ser uma felicidade controlada. Tem muita coisa pela frente. Saborear uma vitória, fazer uma recuperação,

Ederson e Gabriel Jesus, respectivamente.

Assim, o provável time será Alisson (Ederson), Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Filipe Luís; Casemiro, Arthur e Coutinho; Richarlison, Everton (David Neres) e Gabriel Jesus (Firmino).

e semana que vem temos um confronto contra o Ceará", afirmou o treinador.

Apesar da vitória, o Vasco ainda continua na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Ocupa a 17ª posição, com seis pontos, e pode ser ultrapassado por Avaí, Grêmio e CSA, que ainda jogam na rodada.

O próximo adversário do time carioca é o Ceará, na próxima quinta-feira, às 19h15, no estádio São Januário. O duelo é o último antes da parada da competição para a disputa da Copa América.

FICHA TÉCNICA Flamengo Diego Alves, Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Piris da Mota e Wiilian Arão; Everton Ribeiro, Diego e Bruno Henrique; Gabriel; técnico interino Marcelo Salles

Fluminense Agenor, Gilberto, Nino, Frazan e Caio Henrique; Allan, Daniel e Ganso; Brenner, Luciano e João Pedro; técnico Fernando Diniz.

Local - Maracanã - Horário - 19h Juiz - Wagner do Nascimento Magalhães/RJ

08/06/2019 13:10:15

8 OPINIÃO/esporte

DOMINGO, 9 de junho de 2019

fábio oliveira fabiowillard@hotmail.com

fabio willard de oliveira

Diretoria do Baraúnas precisa explicar dinheiro não contabilizado

O

jornalista Magno Alves noticiou na semana que passou que o Baraúnas recebeu, ainda pelas mãos da gestão interventora, o dinheiro do patrocínio da Prefeitura, referente ao ano passado, no valor de R$ 95 mil (descontados impostos e comissão). Até aí, nada de outro mundo e já sabido por alguns, inclusive por este colunista, tanto quanto as investidas da antiga direção em tentar receber esses mesmos valores, mesmo após o fim de sua gestão. O peso negativo está na denúncia de que o dinheiro não foi informado na prestação de contas do interventor da época, o hoje presidente Damásio Medeiros. De fato, o valor não apareceu em nenhum momento do balanço oficial do clube até a denúncia, o que

é uma falha, não se sabe se por esquecimento ou de forma proposital, sejam lá quais forem os motivos. Isso não implica em uso indevido, vez que toda movimentação hoje, ao contrário de outros tempos, passa por fiscalização. No entanto, uma coisa não justifica outra. É falha que precisa ser corrigida e explicada publicamente, sob pena de fragilizar a credibilidade, algo tão difícil de se construir, mas que rui em um sopro. E para um momento em que a transparência é defendida como base de seus ideais, essa notícia embassa a imagem e deixa muita gente ressabiada, inspirada pelo passado ainda muito presente no clube. É dar um prato cheio para quem quer ver o circo pegar fogo, com leão e tudo dentro.

iMAGEM QUE MARCA

Cedida

Paredões, campeão do Torneio Início do 1° Suburbão, em 1990 – João Coração, Jeykson, Cleilton, Diassis, Genilson, Neném (falecido) e Paulinho; Toinho Doido, Martinez (falecido), Zé Maria, Lázaro, Roosevelt e Chico.

A semana na história Nesta terça-feira (11), o exatacante de Baraúnas e Potiguar Robertinho completa 33 anos de idade. Bom jogador, profissional e pessoa simples, é lembrado com carinho, sobretudo pela torcida tricolor.

Parabéns!

Estreias na Copa Oeste A Copa Oeste realiza neste domingo (9) a sua segunda rodada, marcando as estreias do atual campeão Triunfo Potiguar, Tibau, Audax e Apodi, que enfrentam Campo Grande, Serra do Mel, UFC e MEC, respectivamente.

Torcedor Futebol Clube Julhia Esterfany e Vander

''

Esperamos sair desse amistoso com os três pontos!”

DEIVID, atacante na época do Flamengo, antes de jogo contra o Londrina. Ele se esqueceu que amistoso não vale ponto nenhum.

Forcinha O ex-volante do Baraúnas e campeão potiguar em 2006 Célio Isidro inicia trabalho como treinador do Força e Luz. O clube, que caiu neste ano, se estrutura e é presença certa na divisão de acesso que se aproxima.

Dentro?

O Mossoró deve participar da segunda divisão, embora mire a construção do seu CT, cujo terreno já foi adquirido e o planejamento de construção preveja serviços ainda para este ano.

Fora?

Por sua vez, o Baraúnas ainda espera audiência com a prefeita para tentar apoio visando sua participação na segunda divisão. Melhor não esperar sentado. Levanta-te e anda, tricolor, rumo a 2020, o que parece mais sensato.

Eleições Em janeiro, o Baraúnas deve realizar eleições. Não há nomes neste momento, porém a situação deve lançar candidato. A dúvida é se a oposição terá peito para organizar-se e proporcionar, depois de um longo inverno, de fato, uma disputa, ao invés de ficar rosnando nas esquinas dos bares.

Eleições II Em tempo, Damásio não deve ser candidato à reeleição. Só topou o mandato tampão porque sabia que não seria obrigado a colocar o time para jogar, uma rotina que requer outra pegada diferente da qual se afeiçoou.

Eleições III Em 2020, as cobranças serão outras, de todos os lados, inclusive de seus pares. O Baraúnas é um clube guerreiro, como canta seu hino, forjado em lâminas para batalhas campais e não para se resumir a movimentos burocráticos.

Cordialidade Embora contestada nas esquinas pelos antigos gestores, engana-se quem pensa que a atual direção do Baraúnas está rompida com os antecessores. Os diálogos sempre foram gentis entre as partes. Inocência pensar no contrário.

Bairro Paredões Torcedores do Flamengo

CLAUDER ARCANJO

Escritor e editor da Sarau das Letras

DAS 11 ÀS 13H

Mossoró 8_COL FÁBIO OLIV-ESPORTE.indd 1

08/06/2019 12:57:11

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Subutilização

Mossoró (RN), DOMINGO, 9 de junho de 2019

Arte: Guilherme Pineiro

RN desperdiça 50% da água distribuída pela Caern >> O levantamento do Instituto Trata Brasil e GO Associados aponta como causa das perdas vazamentos e ligações clandestinas

N

a Semana do Meio Ambiente, chama a atenção o fato de que no Rio Grande do Norte, um dos bens mais preciosos do mundo, a água, é desperdiçado de forma absurda.

Desperdício, falta de manutenção da rede de abastecimento e muito vazamento, fazem com que a cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída no Rio Grande do Norte, 50 litros não cheguem ao destino final. O dado faz parte de um estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, obtido pelo G1 e divulgado na última quarta-feira (5).

Ainda de acordo com o estudo, grande parte da perda de água acontece principalmente por problemas de vazamentos, ligações clandestinas e falhas

de leitura de hidrômetro.

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) confirmou a perda de 49.9% da água que ele destina aos consumidores. Segundo a Caern, o percentual se divide em "perdas físicas", como os vazamentos, e em "perdas comerciais ou aparentes", que se referem à "água que foi consumida, mas não foi faturada e não gerou receita", como ligações clandestinas e fraudes.

Ainda de acordo com a Caern, as perdas comerciais ou aparentes representam cerca de 33% do total. Os outros 67% são "questões técnicas de vazamentos".

Para combater as perdas operacionais, a Caern diz que trabalha "em controles de pressão, macromedição, substituição de

ramais e de redes de água, pesquisa e combate a vazamentos". Já com as perdas comerciais, a companhia tem feito "instalação e substituição de hidrômetros, atualização cadastral e intensificação da fiscalização para combate a fraudes e ligações clandestinas".

A companhia trabalha também atualização cadastral dos clientes e investimento em uma plataforma de inteligência artificial voltada "para a seleção otimizada dos medidores para troca" e para "otimizar a identificação dos fraudadores", que entrará em operação no próximo mês.

A Caern aponta ainda que hidrômetros antigos medem abaixo do consumo real, o que contribui com o aumento no número registrado na perda de água.

Estados do Norte e Nordeste lideram desperdício de água O estudo aponta ainda que em todo o país, oito estados perdem metade ou mais da água que produzem.

Desse total, cinco estão no Norte e três, no Nordeste, regiões que, historicamente, apresentam os piores índices de saneamento do Brasil.

Enquanto 83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, a média da região Norte para o mesmo indicador é de 57,5%.

A do Nordeste é a segun-

ESTADO_CAPA.indd 1

da pior, com 73%. Em relação ao acesso à coleta de esgoto, a situação é ainda mais grave: apenas 10,2% da população do Norte e 26,9% da do Nordeste são atendidas, contra a média nacional de 52,4%.

O recordista em perda de água é Roraima, com 75%. Em seguida, estão Amazonas (69%) e Amapá (66%).

Considerando o país, a média de perda de água potável é de 38%. Isso representa uma perda de

6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia. Em termos financeiros, segundo o estudo, a perda de faturamento custou para o país R$ 11,3 bilhões em 2017, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgoto no Brasil no ano (R$ 11 bilhões).

O estudo utiliza os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.

07/06/2019 18:15:31

2 estado

DOMINGO, 9 de junho de 2019

Continuação pág. anterior

gestão muito ineficiente.

Perda de 50% mostra uma ineficiência grande", diz Pedro Scazfuca,.

O estudo destaca ainda que o indicador de perda de água potável nos sistemas é um dos mais negli-

genciados do país. Entre 2015 e 2017, por exemplo, é possível perceber que houve um aumento na produção de água do país, movimento natural para conseguir atender a uma população crescente. Ao mesmo tempo, porém, as perdas também aumentaram.

"O aumento da produção de água pode nos levar a crer que está havendo um consumo maior pela população e demais usos da água potável, mas, na verdade, podemos estar tirando mais água apenas para compensar o aumento das perdas. Isso seria péssimo para a sustentabilidade do próprio sistema e para os usuários", destaca Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, no estudo.

Para Scazfuca, há um problema de visão de melhoria de gestão em algumas concessionárias que atuam no setor de distribuição de água. Isso porque, segundo ele, para diminuir as perdas de água, é preciso fazer investimentos, mas os retornos são muito maiores.

"Para reduzir a perda, tem que investir na manutenção de rede, implantar controle e troca de hidrômetros, fazer programa de caça à fraude. Vai ter que gastar.

Mas os estudos mostram que é um gasto que tem um retorno alto de maior arrecadação e diminuição de custos. Ou seja, atende as pessoas produzindo menos", diz Scazfuca.

conscientizar a população sobre o problema do lixo eletrônico, oferecendo uma oportunidade acessível e prática para o descarte de diversos equipamentos eletrônicos em desuso, destinando-os de forma ambientalmente adequada.

Estão sendo recebidos celulares, carregadores, notebooks, nobreaks, estabilizadores, tablets, CPUs, monitores, TVs, impressoras, modens, CD-ROMs, telefones, DVDs, videocassetes, rádios, caixas de som, relógios, microondas, liquidificadores, secado-

res, exaustores, ventiladores, pendrives, centrais telefônicas, fios, cabos elétricos, fones de ouvido, teclados, mouses, controles remotos, câmeras fotográficas, decodificadores, geradores, placas de circuitos, dentre outros.

Uma das ressalvas fica para as lâmpadas, que não serão recebidas devido ao alto risco de acidente com os demais resíduos. Nesse caso, orienta-se que estas sejam devolvidas aos lojistas ou revendedores de seus fabricantes que, de acordo com a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, são obrigados a realizarem sua própria logística reversa.

Após o término da campanha, os resíduos serão transportados para a sede da Natal Reciclagem, onde serão pesados, quantificados, descaracterizados e desmontados, a fim de que sejam enviados para as devidas indústrias de reciclagem e processamento final de cada item.

Ao final do processo, o que antes era lixo será transformado em matériaprima para a fabricação de um novo produto.

Perdas estão associadas à má gestão das concessionárias >> Perda de 50% mostra uma ineficiência grande de quem está gerenciando o setor de beneficiamento e distribuição de água

D

e acordo com entrevista concedida à jornalista Clara Velasco, do Portal G1, Pedro Scazfuca, da GO Associados, diz que o índice de perda na distribuição é um indicador de eficiência, o que deixa claro problemas estruturais no setor de saneamento básico do país.

A perda de distribuição é medida através da diferença entre a água produzida pela concessionária responsável pelo setor e o volume que chega às casas das pessoas de forma oficial. Essa diferença significa desperdício através de vazamentos, roubos e furtos de água e erros de leitura ou leituras imprecisas de hidrômetros antigos. Assim, quanto menor é o índice, menores são os problemas de serviço e gestão.

"Perda baixa envolve fazer boa manutenção nas redes, ter processo de fatu-

Tânia Rêgo da Agência Brasil

Falta de manutenção das redes de distribuição causa mais desperdício com vazamentos e “gatos”

ramento adequado, fazer combate às fraudes. Ou seja, as perdas estão associadas a uma melhor gestão

da companhia e mostram a eficiência na prestação do serviço. Isso deixa claro que diversos estados têm

Arrecadação de lixo eletrônico segue até dia 13 A 8ª campanha de Arrecadação de Lixo Eletrônico, que se restringia a Natal, foi expandida para 13 cidades potiguares. Além de Natal, a população de Ceará-Mirim, João Câmara, Macau, Assú, Mossoró, Pau dos Ferros, Caicó, Currais Novos, Apodi, Nova Cruz, Acari e Santa Cruz poderá descartar equipamentos

eletrônicos nas sedes das Promotorias de Justiça.

Com o apoio do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), a arrecadação teve inicio no dia 3 e segue até 13 nos municípios do interior. Em Natal, a ação será articulada foi de 3 a 7 de junho. A campanha é uma iniciativa da empresa Natal Reciclagem.

A expansão da ação educativa para os Municípios, que antes ocorria apenas em Natal, foi um pedido do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (CAOP-MA), que desenvolve o Lixo Negociado.

A iniciativa acontece em alusão à Semana do Meio Ambiente. O objetivo é

Domingo na Cidade agita programação para a criançada por dois meses Dois meses muito festivos para o povo nordestino, que são junho e julho, será o período ideal para realização da primeira temporada do projeto Domingo na Cidade. Alegria e diversão pedem passagem e invadem a Cidade da Criança com uma linda ocupação de atrações culturais que vão animar as famílias potiguares.

A cada domingo vai ter dança, música, teatro, lazer, gastronomia, saúde e mui-

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to mais no único espaço de Natal voltado para a criançada. Sempre a partir das 15h. A programação é gratuita e a entrada do parque custa apenas R$ 2,00.

Neste domingo (9), na primeira edição, haverá aulas de zumba e fitdance a partir das 15h, no anfiteatro. Às 16h, o 'Circo do Peteca' entra em cena com muita alegria. Às 17h, o duo Carmem Pradella e Levi Ribeiro animam o público

com um super-repertório musical. Traga a família para melhor opção de arte, cultura e lazer da capital potiguar.

O projeto Domingo na Cidade tem o patrocínio da Pulse Academia, Unimed Natal e Prefeitura do Natal através da lei Djalma Maranhão. Apoio do Governo do RN e Fundação José Augusto. Promoção InterTV Cabugi e realização da Idearte Produções.

Canindé Soares

Cidade da Criança recebe mais uma edição do Domingo na Cidade, em Natal

07/06/2019 18:18:56

ESTADO 3

DOMINGO, 9 de junho de 2019

Meio ambiente

Agricultura familiar e agroecologia fortalecem economia no campo N o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Instituto Federal de Pau dos Ferros (IF), na cidade de Pau dos Ferros, região Oeste do Rio Grande do Norte, abriu as portas aos agricultores familiares de São Miguel para expor e comercializar os alimentos orgânicos que produzem. Será realizada na manhã de hoje a primeira feira agroecológica no interior da instituição, atividade que será realizada a cada 15 dias.

Essa possibilidade foi levantada durante um dos dias de partilha sobre as estratégias de comercialização dos produtos orgânicos das famílias produtoras de São Miguel e acertada com a direção do IF. Anteriormente, os professores daquela instituição já tinham adquirido produtos orgânicos dessas famílias produtoras de São Miguel. “A feira agroecológica teve resultado positivo. Foi nota 10”, comen-

>> Produção agroecológica começa a ser comercializada em feira no IF de Pau dos Ferros Fabrício Jales

Feira agroecológica do IF de Pau dos Ferros garante escoamento da produção da agricultura familiar

tou o agrônomo Fabrício Edino, do Núcleo do Seapac em Pau dos Ferros,

que acompanha essas famílias produtoras.

Fabrício Jales fez

questão de lembrar que a Organização das Nações Unidas para a Alimenta-

ção e a Agricultura (FAO) lançou, na semana passada, a Década da Agricul-

tura Familiar. A iniciativa mostra cada vez mais a importância dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais na garantia da segurança alimentar e da geração de renda no campo, contribuindo para o combate à fome até 2030.

Desta vez, a ação ressalta o papel fundamental dos agricultores familiares no cumprimento das estratégias que fazem parte do segundo Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Estruturado em sete eixos, o plano da Década propõe criar um ambiente político propício para fortalecer a agricultura familiar; apoiar os jovens; fomentar a igualdade de gênero; impulsionar as organizações de produtores; melhorar sua inclusão e resiliência; conseguir sustentabilidade; e inovar em favor do desenvolvimento territorial. Ao mesmo tempo, a agricultura familiar tem sido a força motriz no fomento à soberania alimentar e à promoção de frentes de trabalhos nos municípios brasileiros. Segundo o último Censo Agropecuário (2017), a agricultura familiar é a base da economia de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes. Além disso, é responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa do país e por mais de 70% dos brasileiros ocupados no campo.

Caern promove ações para Relatório do Igarn aponta combater ligações clandestinas risco de danos em 80% dos reservatórios do RN

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) tem, repetidamente, alertado a população sobre o uso correto do sistema de esgotamento sanitário que opera em várias cidades. Um problema recorrente, que tem trazido transtornos para a própria população, é a ligação clandestina de esgotos, seja quando a pessoa faz a ligação do esgoto de seu imóvel numa rede que ainda não está pronta ou quando direciona a água da chuva para o sistema, que não é dimensionado para isso.

Na semana passada, mais um caso foi registrado na zona norte de Natal, principalmente no bairro Nossa Senhora da Apresentação. Durante o período das últimas chuvas, várias tampas de poços de visita foram abertas para escoar a água que se acumulava nas ruas. Com a intenção de resolver um problema, a população criou outro, jogando carga indevida em uma rede de esgoto que não estava em operação.

Um dos locais atingidos foi a estação elevatória

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Blog do Jair Sampaio

Ligação clandestina na rede de esgotamento sanitário é crime ambiental

06BN, localizada no cruzamento das ruas Araçatuba com Votuporanga, com extravasamento afetando também várias residências.

A estação elevatória não está em operação, visto que faz parte da rede que será interligada à Estação de Tratamento de Esgoto Jaguaribe, ainda em construção na zona norte.

Fazer a ligação numa rede de esgoto que ainda não está concluída é uma irregularidade sujeita a punição. Além de tratar-se de

crime ambiental, a ligação clandestina pode ensejar auto de infração e aplicação de multa. Também está sujeito a penalidades quem liga o esgoto à rede antes da autorização da Caern, nos casos de rede nova que entra em operação. Constatada a ligação, a empresa dá um prazo de 72 horas para que ela seja desfeita.

Se o infrator persistir, ele é notificado e o caso é encaminhado ao Ministério Público, para a Promotoria de Meio Ambiente.

Cerca de 80% das barragens ou reservatórios potiguares com capacidade de armazenamento superior a 3 milhões de metros cúbicos apresentam índices altos para a categoria de risco e possibilidade de dano ambiental, segundo aponta um levantamento do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN). Os dados são de 31 das 60 inspeções feitas neste ano pela equipe técnica do instituto, mas ainda são parciais. Os relatórios restantes destas inspeções estão sendo concluídos.

Até o final de 2019, outras 60 inspeções devem ser realizadas, também gerando relatórios.

Para o Igarn, "é importante esclarecer que a categoria de risco (CRI) é um índice de segurança que faz aumentar a responsabilidade do empreendedor responsável pelo reservatório, de forma que

Reprodução grande ponto.com.br

Açude Gargalheiras aparece como reservatório com risco de danos

ele tenha ciência do risco.

Para isso, a barragem precisa receber manutenção continuada e o responsável sempre deve manter atualizado o Plano de Segurança de Barragem". O Dano Potencial Associado (DPA), "é o que classifica

o risco ambiental, socioeconômico e potencial de perda de vidas humanas que a barragem pode causar se ela vier a romper, sem necessariamente indicar algum perigo disso ocorrer", informa o relatório parcial.

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4 ESTADO

DOMINGO, 9 de junho de 2019

Leite e Genética

Projeto tem 11 mil animais melhorados geneticamente >> O trabalho iniciado há sete anos contribui para o desenvolvimento genético das bovinoculturas de leite e corte no estado

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Sebrae do Rio Grande do Norte desenvolve há sete anos o projeto de melhoramento genético denominado Leite e Genética.

Direcionado a produtores rurais, o projeto do Sebrae tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento genético das bovinoculturas de leite e corte no estado, a partir de ações para identificar, organizar, estruturar e melhorar de maneira estratégica a oferta de leite e carne.

O Leite e Genética envolve desde a análise da qualidade do leite, passando pelo suporte no controle da sanidade do rebanho, com implantação do calendário sanitário que contempla a vacinação contra as principais doenças, incluindo a vacinação das novilhas contra a brucelose.

De acordo com Acácio Brito, gestor do projeto e analista do Sebrae, o que merece ser destacado é a alta tecnologia utilizada que garante um resultado que pode ser observado em grandes escalas. “Nós utilizamos duas biotecnologias que vêm fazendo uma verdadeira revolução na pecuária do Rio Grande do Norte, que é o uso da inseminação artificial em tempo fixo e a fertilização in vitro. A fertilização in vitro é a biotecnologia mais avançada no mundo

Reprodução da Referência Comunicação

Animais melhorados geneticamente estão espalhados por todo o RN

hoje para multiplicar animais de qualidade genética superior em larga escala”, destacou o gestor.

Em sete anos de atuação, o projeto já tem resultados animadores e alcança, em 2019, de acordo com as estatísticas levantadas pelo Sebrae, 11 mil bezerros melhorados ge-

neticamente, espalhados por todo o Rio Grande do Norte. São animais nascidos pelo processo de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) e Fertilização in Vitro (FIV).

Em 2018, a iniciativa já trazia números bastante significativos: mais de 40 mil matrizes avaliadas; 5

mil análises de qualidade do leite; mil bezerras vacinadas contra brucelose; dezenas de animais nascidos através do projeto e premiados em pistas de julgamento e comercializados em leilões especializados.

Ainda segundo Acácio, o diferencial é a abrangên-

cia do projeto. “O Leite e Genética é extremamente democrático, pois faz um trabalho seja com o selecionador ou com o pequeno produtor rural. Aquele que tem apenas duas ou três vacas e quer ter bezerros melhores, pode contar com o apoio do projeto Leite e Genética”, analisou.

Projeto Ventos da Asa Branca inicia atividade em Parazinho Foram iniciadas na última segunda-feira (3) as atividades do projeto Ventos de Asa Branca no município potiguar de Parazinho. Cerca de 120 jovens estão sendo beneficiados com acesso gratuito a arte, cultura, educação ambiental e esporte, com a parceria da Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. As atividades ocorrem três vezes na semana, nos turnos da manhã e da tarde.

O projeto é da Contour Global e conta com o apoio do BNDES. No RN, a iniciativa é realizada pela ONG Associação de Meio Ambiente, Cultura e Justiça Social (AMJUS), com

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objetivo contribuir com o desenvolvimento humano e social das comunidades mais carentes no interior do Rio Grande do Norte.

Atualmente, cerca de 360 alunos são beneficiados com as ações do projeto Ventos da Asa Branca, que também é desenvolvido na cidade de João Câmara totalizando 360 alunos beneficiados. Em cada polo, os jovens participam gratuitamente de atividades esportivas, aulas de música e aulas de Arte Sustentável, com apoio de monitores da própria região. Os responsáveis dos alunos receberam orientações sobre as atividades oferecidas e funcionamen-

to das ações durante todo o ano.

A Associação do Meio Ambiente, Cultura e Justiça Social é uma organização não governamental sem fins lucrativos, nascida do sentimento de um grupo de jovens estudantes e profissionais da comunidade de São Miguel do Gostoso que, já vivendo o compromisso social através de outras ações e projetos, quis se engajar socialmente fundando a ONG em janeiro de 2009, inclusive como instituição de pesquisa. Atualmente, a ONG desenvolve atividades nos municípios de São Miguel do Gostoso, Parazinho e João Câmara.

Projeto visa isenção do ICMS para abate de bovinos Durante a 46ª Exposição Agropecuária do Seridó, que aconteceu em Caicó no último final de semana, a governadora Fátima Bezerra esteve presente anunciando novos projetos que beneficiam o agronegócio potiguar. A governadora assinou decreto que isenta de ICMS o abate de bovinos no Rio Grande do Norte. “A medida foi tomada após análise da Secretaria Estadual de Tributação sobre a situação vivida pelos criadores do estado que enfrentam dificuldades para o abate e pelo fato de que grande parte da carne bovina consumida no RN vem de outros estados e representa R$ 1 bilhão por ano em aquisições”, justificou a governadora.

Fátima Bezerra falou da importância do circuito de exposições agropecuárias e sobre potencializar vocações da região do Seridó.

“O Governo está se aproximando cada vez mais dos produtores rurais, trazendo exatamente suas instituições para cá, como as secretarias. O Sebrae é outro grande parceiro do evento e das ações que fomentam o desenvolvimento rural, a partir da convivência com o semiárido”, elogiou a governadora.

A exposição integrou o circuito estadual de exposições agropecuárias que é organizado pela Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), com apoio de outras secretarias e órgãos do Governo do RN, projeto Governo Cidadão e Banco Mundial. Participam da organização a Associação Seridoense de Criadores (ASSERC), Município de Caicó, Sebrae, Senar, Senai, Banco do Nordeste e outros parceiros.

Fotos: Cedida

Projeto Ventos de Asa Branca realiza atividades com 360 alunos em Parazinho e João Câmara

07/06/2019 10:35:15

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@defato_rn

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DOMINGO, 9 DE junho de 2019

mulher

Chá fitness

combina 9 ingredientes para turbinar a dieta >> Composto por gengibre, chá verde, carqueja, cavalinha, capim limão, hortelã, guaraná, mate verde e canela, Lipochá vem para conquistar quem busca qualidade de vida, saúde e bemestar com maior praticidade

CIANO MAGNTA AMARELO PRETO

A

nova trend da saúde e boa forma são os chás compostos por mix de folhas, 100% naturais para promover redução de inchaço, dar um up de energia e também acelerar o metabolismo. Essas bebidas conquistaram desde as mulheres que querem soluções práticas e eficientes para manter a forma na correria do dia a dia, até mesmo celebridades, influencers e amantes do universo fitness.

Pensando neste fenômeno, o empresário Rafael Salviano desenvolveu uma nova fórmula que chega ao mercado, o Lipochá. Os saquinhos são versões turbinadas que aliam os princípios ativos de 9 ingredientes: gengibre, chá verde, carqueja, cavalinha, capim limão, hortelã, guaraná, mate verde e canela. Eles trazem benefícios diversos que, combinados, potencializam os efeitos no organismo. Ao mesmo tempo, agem como diuréticos para eliminação de toxinas, queimam gordura, agem como antiinflamatórios, antioxidantes, digestivos, além de ter ação termogênica, aumentando o pique e a disposição.

“A vantagem deste tipo de produto é que consegue de uma vez só alcançar as propriedades desejadas. Como o preparo é muito simples, a pessoa consegue ter à mão, em uma garrafinha, e ir consumindo. Ela consegue levar para onde quiser, preparar em qualquer lugar de forma bem simples. É prático e atende bem as pessoas que estão correndo com suas rotinas do dia a dia, mas querem estar atentas

à saúde”, explica Rafael.

Para o nutricionista Arthur Bernardo, os chás são bem-vindos para quem quer emagrecer. “Essas bebidas, associadas a um plano alimentar individual, podem auxiliar a redução de gordura e retenção de líquidos”, destaca.

USO ADEQUADO Vale lembrar que nenhuma fórmula faz milagre sozinha e requer um uso correto e constante para que possa ter o efeito desejado. Para quem quer apenas um recurso para desintoxicar o organismo, a dica é consumir, em média, três vezes ao dia: de manhã, antes de almoçar e a última no fim da tarde. A mesma fórmula pode servir para aqueles famosos dias de “pé na jaca”, seja pela comilança ou bebedeira, é um aliado para eliminar esses excessos.

Para os praticantes de atividades físicas, o ideal é ser usado como pré-treino. Nesses casos, o consumo da bebida meia hora antes dá energia para a malhação e atuará durante as atividades.

O preparo para qualquer um dos casos é bem simples: basta aquecer a água filtrada, sem deixar ferver, e com o fogo desligado colocá-lo sob infusão por cerca de 5 minutos. Isso aumenta a extração das propriedades dos ingredientes. O consumo pode ser feito ainda quente, frio ou gelado, fica a gosto de cada um.

Mas nada de açúcar ou adoçantes. O ideal é consumir in natura ou turbinar em sucos ou outros drinques para ir variando no sabor.

2 opinião

DOMINGO, 9 DE junho de 2019

contexto

“A vida e o tempo são os dois maiores professores. A vida nos ensina a fazer bom uso do tempo, enquanto o tempo nos ensina o valor da vida!”

Sérgio Chaves

www.sergiochaves.com | sergiodefato@gmail.com

Bob Marley

Festa

A Festa dos Destaques 2019 O amigo Lisboa Batista, colunista De Fato em Pau dos Ferros, comemora o sucesso de mais uma edição da sua Festa dos Destaques, evento maior do Alto Oeste, que lotou o clube da AABB naquela ci-

dade no último sábado(01). Noite elegante com decoração assinada pela Mídia Positiva, buffet do Kandice Buffet e a boa música de Thásya Araújo e Banda Skema Sertanejo. Foi show!

Hoje é dia de vivas para o bancário Wagner Azevedo, Lenille Alcântara Bezerra Regis, a jornalista Isadora Mendes, Gabrielle Azevedo e o jurista Paulo Afonso Linhares. Amanhã(10), é dia de comemorar a vida da bacana Ana Cleonice Glvão, Ângela Duarte Medeiros, dr. Antônio Leite da Costa, a querida Laysinha Escóssia, a jornalista Janaína Holanda, a professora Maura Cavalcanti Moraes de Sá, o radialista Paulo Ricardo, a professora Socorro Batista e o amigo Raniere Vasconcelos. Para vocês paz, saúde, amor e alegrias.

Parabéns!

MCJ’19 LB recebendo o casal querido Élder Heronildes/Zélia Macedo.

Casal ex-prefeito Nilton Figueiredo/Maria José.

Rafaella, Tica Soares, Wandilson Ramalho, LB, Josy Maia e Renê Guida.

Lisboa com Esdras Marckezan

Renê, Josy, Marilene Paiva, Carlos Estevam e Rafaella Costa.

Lisboa Batista com o prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo.

E o sucesso do Pingo da Méi Dia ontem, mostra como será o Mossoró Cidade Junina 2019. Tudo começa na quinta(13), mas a Cidadela já abre no dia 12 para comemorar o Dia dos Namorados, além da estréia do espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, teremos antes a missa solene em comemoração aos 100 anos da Capela de São Vicente e homenagem ao poeta Antônio Francisco. Na Cidadela shows com Alzineti e Dodora Cardoso(Palco 1) e Jaina Elne e Bruno Martins(Palco 2). Na Estação, Wesley Safadão, João Neto Pegadão e Felipe Costa. Festival de Coco e Embolada e show com Sueldo Soares(Polo de Cultura Popular no Memorial), e os concursos na Arena das Quadrilhas. Promete viu?

CIRCULANDO @Compromissos profissionais em Mossoró me impediram de prestigiar o amigo/irmão Lisboa Batista na sua Festa dos Destaques. Prometo ser presença no próximo ano. Rafaella Costa, que prestigiou a noite, faz a cobertura para o nosso espaço.

Auxiliadora Azevedo e o casal Ciro Azevedo/ Priscila comemoram o sucesso do Chá das Mães, último sábado(01), reunindo as mamães Mater Christi em grande estilo!

Edson Aires, representando o bairro 12 Anos, foi eleito Mister Mossoró, durante o concurso no domingo(02), no Thermas Hotel & Resort.

A vereadora Sandra Rosado homenageando a querida Tereza Cristina Fernandes na sessão da CMM que comemorou o centenário da ACIM.

Em Brasília, na solenidade do Palácio do Planalto, o vereador Alex Moacir, a presidente da CMM Izabel Montenegro, aniversariante da quinta(13), e o empresário Frediano Rosado.

André com Fernanda, Marcelo Com Luanda, Fernando Júnior com Ludmila, Vera e os netos Fernando Neto, Marcelo Filho e Francisco comemoram Fernando Rosado, aniversariante da quarta(12).

R. Antônio Vieira de Sá, 440 Tel.: 3317-4545 / 3316.0409

A prefeita Rosalba Ciarlini e o deputado Beto Rosado com o presidente Jair Bolsonaro, na solenidade que tornou o nosso sal de interesse social.

Chico Adolfo em vivas para a amada Glenda Gadelha, aniversariante da quarta(12).

Parabéns!

Luana Rodrigues festeja o maridão, o dr.

Eider Medeiros, com idade nova na sexta(14).

Tim Tim

@A Festa dos Destaques 2019 foi um aviso do que será o grande baile dos 20 anos de evento promovido pelo colega Lisboa Batista em Pau dos Ferros; das mais organizadas de todos os tempos, surpreendeu em todos os quesitos, a começar pela escolha das atrações: Thasya Araújo simplesmente dá show, canta de tudo um pouco e canta porque sabe e gosta, recepcionou muito bem os convidados de LB. Para fechar a noite com chave de ouro e fazer todo mundo pegar o sol com a mão, a banda Skema Sertanejo e seu repertório forrozeiro esticou até as 6h da matina. @Voltando ao quesito organização, parabéns ao amigo Walterlin Lopes que coordenou o cerimonial da noite, esse ano mais enxuto e mais rápido; momento em que grandes nomes foram lembrados por serem referências em diversos setores da sociedade do Alto Oeste potiguar. @No item decoração, outro ponto positivo para Lisboa, que num linha clássica e muito chic optou por deixar a AABB ainda mais atrativa com lustres, flores e muita beleza para encantar a todos os convidados. @A mesa farta também chamou a atenção, buffet completíssimo do início ao fim da noite- madrugada: entradinhas, salgados, risotos, doces...

@Lisboa Batista prometeu que em 2020 fará um grande baile, Festa dos Destaques 20 anos... e que podemos esperar uma grande noite. Assim faremos. @Israel Novaes foi o escolhido para substituir Gabriel Diniz, morto no final de maio em um acidente de avião, no palco da Estação das Artes Eliseu Ventania na quinta(27). @O Candidus Restaurante prepara uma noite especial na quarta(12), em comemoração ao Dia dos Namorados.

Música ao vivo com Frequência 2, cardápio especial e um clima propício estão sendo preparados com carinho. @Paulo Pinto comemora o sucesso do lançamento do livro que resgata histórias de ex-alunos do Colégio Diocesano Santa Luzia, que aconteceu na quinta(06). Próxima semana traremos a cobertura do evento. @Jailson Novinho abriu na sexta(07), a filial do seu salão no Thermas Hotel & Resort. Recebeu convivas no início da noite para brindes e boas vindas!

Sucesso! @Carlos Araújo e Vivi a frente do Achieve Oxford Mossoró, anuncia promos para matrículas durante o período junino. Ligue 33141648 e informe-se sobre as opções. @Karenine Fernandes comemorou idade nova na sexta(07), e brindou com amigos e companheiros de trabalho no CAPS, onde atua. Não deu para atender ao convite da amiga. Daqui o nosso desejo renovado de felicidades!

opinião 3

DOMINGO, 9 DE junho de 2019

conexão saúde conexaosaude.defato@outlook.com

Ney Robson Vieira Alencar

Os tratamentos de saúde para dependentes químicos agora acontecerão mesmo sem o consentimento Este cenário já era esperado há muito tempo pela sociedade médica brasileira e familiares, cansada em se deparar com situações dramática de dependentes químicos, “ impedidos” de receberem o tratamento adequado e ter uma nova chance de vida Luci Ribeiro e Paula Felix Do Jornal O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com muitos vetos, uma lei com mudanças na política contra drogas. O texto agora prevê e facilita a internação involuntária de usuários de drogas, quando ocorre sem o consentimento.

A lei diz que ela se dará a pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), com exceção de servidores da área de segurança pública.

A internação involuntária só deverá ocorrer após a formalização da decisão por médico responsável, será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde.

Na lei antidrogas, de 2006, não havia previsão de internação involuntária. Até então, esse tipo de internação era prevista somente para pacientes psiquiátricos, de acordo com a lei 10.216, de 2001, que detalha o modelo de saúde mental.

Esse tipo de internação perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável. No entanto, a nova lei permite à família ou ao representante legal, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.

"A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes", diz a lei. "Todas as internações e altas de que trata esta lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização", acrescenta o texto, que ainda deixa "ve-

no brasil temos:

30 milhões de dependentes químicos de ÁLCOOL E TABACO

PORQUE SÃO LÍCITAS

7 milhões de dependentes químicos de DROGAS ILÍCITAS

PORQUE SÃO ILÍCITAS

dada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras".

O texto altera a Lei 11.343/2006 e mais outras 12 para tratar do Sisnad, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e tratar do financiamento das políticas sobre drogas.

A norma tem origem em projeto de lei de autoria do ex-deputado e hoje ministro da Cidadania, Osmar Terra.

Embora valorize o papel das comunidades terapêuticas no tratamento de dependentes químicos, como previa o projeto aprovado no Congresso, a lei sancionada trouxe vários vetos envolvendo esses centros de reabilitação, que, em sua maioria, funcionam com base em fé religiosa, terapia pelo trabalho e pela abstinência.

Bolsonaro vetou, por exemplo, o artigo que definia a composição do Sisnad. Esse era justamente o trecho que incluía formalmente as comunidades terapêuticas acolhedoras no sistema.

"O dispositivo proposto define regras de competência, funcionamento e organização de órgãos do Poder Executivo, invadindo a competência privativa do Chefe do Poder Executivo para dispor por decreto sobre tal matéria", cita a razão do veto.

O texto determina que o tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, podendo, excepcionalmente, haver internação em unidades de saúde e hospitais gerais, mediante autorização do médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde o estabelecimento da internação é localizado.

De acordo com a nova lei, entendese por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e municípios. "O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS", diz a norma.

O texto sancionado institui a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, que será comemorada anualmente na quarta semana de junho, e dispõe sobre a internação voluntária e a involuntária, que ocorre contra a vontade do dependente.

Sobre os vários vetos, Bolsonaro rejeitou ainda o trecho da reinserção social e econômica, que previa uma reserva de 3% das vagas em empresas vencedoras de licitação para obras públicas voltadas para pessoas atendidas pelas políticas sobre drogas.

Também ficou de fora da nova lei as deduções do Imposto de Renda nas doações por pessoas físicas ou jurídicas a projetos de atenção a usuários de drogas, assim como vários pontos que tratavam da organização do Sisnad, incluindo funcionamento e composição de alguns conselhos.

neY robSon VIeIrA AlencAr é graduado em Odontologia pela UFPB, Pós-graduado em Prótese Dental pela USP e Especialista em Implantodontia

4 MULHER / moda

DOMINGO, 9 DE junho de 2019

STYLE

Fotos: Lucas França Produção: Tráfego Models Styling: Railson Miran e Matheus Henrique Beleza: Salão Bellaria Modelos: Douglas Costa, Alana Sabino, Gabriel Formiga, Eduarda Olegário e Ramon Rêis (Tráfego Models Mossoró) Agradecimentos: Hotel Thermas e Master Produções e Eventos.

Georgiano Azevedo

georgianoazevedo@gmail.com

Gabriel Formiga para Versat Gold Lux.

Ramon Rêis para Hunsky.

Gabriel Formiga para Hunsky.

CIANO MAGNTA AMARELO PRETO

Alana Sabino para Versat Gold Lux.

Sunset Island A ilha do Hotel Thermas foi cenário para uma tarde fashion no último dia 02 de junho com a realização do concurso Mister Mossoró 2019, evento lindo com produção Master Produções e Eventos. Na ocasião, aconteceu desfile de duas lojas: Hunsky, apresentando sua coleção masculina destacando florais e xadrez já em clima junino; e Versat Gold Lux, com belos óculos e viseiras para homens e mulheres de bom gosto.

Final do desfile Versat Gold Lux.

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Douglas Costa para Hunsky.

3

18 anos de

compromisso com o jornalismo de verdade @defato_rn

/jornaldefatorn

domingo

Mossoró (RN), domingo, 9 de junho de 2019

@jornaldefato

FEMIT.Á.X.I.UP. Mossoró

Pensando em uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte geralmente dirigidos por homens, empreendedora mossoroense cria plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres. Aplicativo deve iniciar atividades ainda em junho.

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editorial [ índice

FEMIT.Á.X.I.UP.

Mossoró

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medo de pegar um táxi sozinha, principalmente no período da noite, é uma realidade compartilhada pela maioria das mulheres. Muitas já tiveram experiências negativas, por receber cantadas, conversas inconvenientes e desrespeitosas ou algo pior aconteceu durante o trajeto. E foi pensando em uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte particular ou público, geralmente dirigidos por homens, que a empreendedora Ariany do Vale Fernandes de Oliveira desenvolveu uma plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres: o FEMIT.Á.X.I.UP. Mossoró.

Segundo a proprietária da FEMIT.Á.X.I.UP, além de uma questão de segurança para as mulheres que precisam fazer uso desse serviço de transporte, a empresa surgiu também com o objetivo de inserir mulheres no mercado de trabalho, já que, devido ao desemprego, muitas mulheres estão sem poder ter sua própria renda e autonomia financeira.

A plataforma vai funcionar através de aplicativo disponibilizado na Playstore. Terá a versão para celular android e IOS. A passageira baixa o aplicativo, se cadastra e depois consegue solicitar uma viagem. As motoristas recebem o chamado, aceitam a viagem e vão ate o local de embarque para levar ao destino solicitado.

Boa leitura, Nara Andrade.

FEMIT.Á.X.I.UP Mossoró Empreendedora mossoroense cria plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres. Página 4

Mundo Pet Cães e gatos também passam pela adolescência.

Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas das características desse período. Página 7

Coluna José de Paiva Rebouças Na coluna de hoje, o jornalista José de Paiva Rebouças apresenta mais uma biografia da cultura potiguar. Página 11

Colunas

José Nicodemos

Página 3

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação • Editor-geral – Edilson Damasceno • Editora – Nara Andrade • Dia­gra­ma­ção – Rick Waekmann • Projeto gráfico – Augusto Paiva • Im­pres­são – Grá­fi­ca De Fa­to • Re­vi­são – Gilcileno Amorim • Foto – Marcos Garcia Re­da­ção, pu­bli­ci­da­de e cor­res­pon­dên­cia Av. Rio Bran­co, 2203 – Mos­so­ró (RN) Fo­nes: (0xx84) 3323-8900/8909 Si­te: www.de­fa­to.com/do­min­go E-mail: re­da­cao@de­fa­to.com

Do­min­go é uma pu­bli­ca­ção se­ma­nal do Jor­nal de Fa­to. Não po­de ser ven­di­da se­pa­ra­da­men­te.

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DOMINGO, 9 de junho de 2019

Revista de Domingo 04032018.indd 2

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OPINIÃO [ CRÔNICA

O TROCO DE ZAÍRA josé nicodemos aristida603@hotmail.com

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oça de fazenda, Zaíra estudava na capital. Morava numa pensão honesta para moças estudantes do interior. A dona da pensão, uma senhora portuguesa de princípios morais muito rígidos, não aceitava qualquer uma: tinha lá seus inarredáveis critérios de seleção.

Não aceitava, de jeito nenhum, moça trazer namorado para o seu quarto, os pais poderiam ficar sem cuidado. Se saíam de noite, tinham de chegar no máximo pelas dez horas. Namorado voltava da calçada.

Era o prometido aos pais.

Mais dedicada aos estudos, Zaíra

era a única que não tinha namorado.

E não a seduzia a vida noturna da cidade grande. Costume da fazenda, dormia cedo. De madrugada, já estava de pé, para estudar. Sentia saudade da vida no campo: tirar leite das vacas, essas coisas do cotidiano da vida sitiante. Mas sem deixar de ser vaidosa.

Deu-se que um dia, que foi uma noite, na festa de aniversário da mãe de uma das colegas de pensão, Zaíra arranjou um namorado. E o namorado era estudante de medicina veterinária. Falou-lhe do seu desejo de uns dias numa fazenda, ao sabê-la filha de fazendeiro.

Uma insinuação indireta – de logo Zaíra o percebeu, franqueando-lhe a fazenda do pai, quando chegassem as férias. Foi o que se deu: o rapaz

foi com ela passar as férias (dele e dela) na fazenda. Ziraldo (o nome dele) não cabia em si de tanta satisfação, ainda mais ao lado de Zaíra.

Uma tarde, os dois juntinhos no alpendre, eis que um cavalo, desembainhado, ao alcançar a fêmea que perseguia, tentava penetrá-la, e nada de conseguir. Nisto, Zaíra foi lá e, pegando o órgão do animal, colocou-o na fenda do sexo da égua, com aquela naturalidade de moça habituada à vida de fazenda. Coisa muito normal.

“Minha filha, você faz isso comigo?” – perguntou-lhe o namorado, um ar visivelmente maroto. Zaíra de imediato percebeu-lhe a malícia, repugnando a forma tão grosseira. E em cima da bucha, e na mesma moeda: “Faço, sim, o fundo é seu e o cavalo é de papai.”

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Só para mulheres

FEMIT.Á.X.I.UP >> Idealizadora frisa que plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres tem como objetivo ser uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte que, em sua maioria, são dirigidos por homens

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medo de pegar um táxi sozinha, principalmente, no período da noite, é uma realidade compartilhada pela maioria das mulheres. Muitas já tiveram experiências negativas, por receber cantadas, conversas inconvenientes e desrespeitosas ou algo pior aconteceu durante o trajeto. E foi pensando em uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte, particular ou público, geralmente dirigidos por homens, que a empreendedora Ariany do Vale Fernandes de Oliveira desenvolveu uma plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres: o FEMIT.Á.X.I.UP. Mossoró.

Ariany do Vale, idealizadora do serviço em Mossoró, que também é bacharel em Direito, pós-graduanda em direito criminal e processo penal, conta que a ideia de criar um serviço de transporte só para mulheres surgiu a partir de uma necessidade sua e de suas amigas.

“Sempre que preciso usar um aplicativo de viagem, meus pais ficam preocupados, eu tenho medo de solicitar uma viagem à noite, geral-

!

Serviço nasceu como uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte geralmente dirigidos por homens

A plataforma vai funcionar através de aplicativo disponibilizado na Playstore em smartphones

mente compartilho a localização com alguém para poder me sentir uma pouco mais segura. Mas, o medo nunca passa. Inclusive, já fui beijada à força por um motorista de táxi”, relata.

Segundo a proprietária da FEMIT.Á.X.I.UP, além de uma questão de segurança para as mulheres que precisam fazer uso desse serviço de transporte, a empresa surgiu também com o objetivo de inserir mulheres no mercado de trabalho, já que, devido ao desemprego, muitas mulheres estão sem poder ter sua própria renda e autonomia financeira.

A plataforma vai funcionar através de aplicativo disponibilizado na Playstore. Terá a versão para

celular android e IOS. A passageira baixa o aplicativo, se cadastra e depois consegue solicitar uma viagem. As motoristas recebem o chamado, aceitam a viagem e vão ate o local de embarque para levar ao destino solicitado.

E para trabalhar na empresa, Ariany enfatiza que apenas mulheres são cadastradas e que é necessário ser maior de 18 anos, possuir CNH com a função de exercer atividade remunerada, não ter antecedentes criminais, possuir carro com ano de fabricação a partir de 2008 com ar-condicionado. Toda essa documentação deve ser enviada por e-mail ou através do aplicativo. “Até o momento, temos tido uma boa procura de mulheres para DOMINGO, 9 de junho de 2019

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serem motoristas, estamos realizando o cadastro”, comenta. É importante ressaltar que apenas mulheres podem contratar o serviço de transporte oferecido pela FEMIT.Á.X.I.UP., e precisam estar cadastradas no aplicativo da empresa. O cadastro só pode ser realizado por mulheres e apenas mulheres podem solicitar, no entanto elas podem estar acompanhadas de homens, porém o homem sozinho não consegue solicitar a viagem e nem mesmo se cadastrar.

Além dos ônibus e dos serviços de táxi e mototáxi, que são mais tradicionais, Mossoró também conta com os aplicativos de transporte que prometem ser mais econômicos, como o Uber e o Xoffer, os mais conhecidos. E a FEMIT.Á.X.I.UP chega ao mercado com a proposta de oferecer valores equivalentes ao praticados por esses aplicativos, com taxas definidas de acordo com o tempo da viagem e a quilometragem percorrida.

De acordo com Ariany do Vale, a empresa surge para atender o público feminino neste período de festejos juninos, quando a demanda por serviços de transportes sempre aumenta. No entanto, a ideia é permanecer no mercado pós-festividades, “tornando-se uma opção consolidada de mobilidade urbana para mulheres, inclusive de inves-

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Apenas mulheres podem contratar o serviço de transporte oferecido pela FEMIT.Á.X.I.UP

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Ariany do Vale, idealizadora do FEMIT.Á.X.I.UP. Mossoró

tir em cidades vizinhas, como já nos foi solicitado”, informa.

A empresa, inicialmente, pretendia iniciar as atividades no Pingo da Mei Dia, com viagens contratadas através de telefone e WhatsApp. Mas, em decorrência da grande demanda de cadastros, foi necessária a criação de um aplicativo. “Precisamos comprar a plataforma e o período dado pelo desenvolvedor foi de no mínimo 14 dias e no máximo 30. Acredito que até o dia 20 teremos aplicativo para android e o IOS até o fim do mês.

A partir do momento que tivermos o aplicativo, funcionará 24 horas.

Vai depender da quantidade de motoristas que vão trabalhar na madrugada. Mas, ainda estamos em processo de cadastro”, explica.

Ariany do Vale faz questão de enfatizar que o diferencial da empresa em relação às demais é não ser apenas um aplicativo de mobilidade urbana. “Somos o único que foi criado e pensando para ser uma segurança para as mulheres que precisam se locomover na cidade independente do estado de sobriedade, horário, local, idade, cor, orientação sexual. Nosso aplicativo é feito para as mulheres. Não somos apenas uma categoria em um aplicativo comum. Nosso público e prioridade são as mulheres. Por isso, decidimos esperar o aplicativo ser desenvolvido. Não podemos arriscar a segurança das nossas motoristas e passageiras. Porém, garantimos que a espera valerá a pena”, conclui.

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Mundo pet

Cães e gatos

também passam pela adolescência >> Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas das características desse período após a infância para as crianças, porém cães e gatos também apresentam os mesmos sintomas

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Acredite: animais também têm adolescência e podem passar por essa fase difícil com rebeldia. Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas das características desse período após a infância para as crianças, porém cães e gatos também apresentam os mesmos sintomas. O médico veterinário Cleiton Rupolo, especialis-

ta da Nutrire – indústria de alimentos de alta performance para pets –, explica o que ocorre nessa fase e de que forma os tutores devem agir para garantir bem-estar ao animal.

CÃES Tal e qual acontece com as crianças, os cães também saem da infância para aquela mais conhecida como

“fase da rebeldia”. Além das mudanças físicas, alterações comportamentais acontecem e saber como lidar nesse período é muito importante. “A adolescência de um cão surge no começo dos seis meses de idade e vai até os 18 meses, no máximo. A produção maior de hormônios acarreta nas mudanças de interesses e podem complicar a relação dos pets com DOMINGO, 9 de junho de 2019

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Mundo pet seus tutores”, explica. Mas, afeto e determinação vão auxiliar a passar essa etapa de forma tranquila e feliz com seu pet.

Nessa fase, o treinamento do cachorro requer mais paciência, consistência e persistência. “É bom que todos utilizem as mesmas palavras de comando e compreendam que tudo o que o animal aprender agora, vai levar para a fase adulta”, acrescenta. Quando o cão já é adestrado, pode acontecer dele não obedecer como antes, por isso, a paciência é o segredo da comunicação eficiente. “A fase da adolescência não é fácil para o animal e a rebeldia vai passar com o tempo”, diz.

Além disso, o cachorro pode ficar mais corajoso e instigado a novas descobertas. O ideal é não abrir mão da coleira na hora do passeio, por exemplo, principalmente porque eles desejarão explorar novos lugares e há perigos iminentes se o pet sair correndo pela rua. “O animal adolescente pode desejar a presença de outros companheiros, mas as brincadeiras não devem passar do limite.

Muitas fêmeas, por exemplo, não aceitarão a companhia de outras fêmeas - o que pode gerar confrontos”, alerta Rupolo.

Os machos costumam se interessar pelas fêmeas nesse período e também tendenciam a marcar o território, o que pode gerar brigas com outros machos. Todo cuidado é pouco. “Não se esqueça de deixar sempre claro quem é o líder, mas evite punições, gritos e xingamentos - isso só afasta seu cãozinho de você. Afeto é sempre a melhor forma lidar com a rebeldia do seu pet”, avalia.

GATOS Aprender e brincar são os lemas de um gato adolescente. Além de mais carinhoso, o pet nessa fase da vida é cheio de energia e precisa se divertir bastante para gastar tudo isso. Ao mesmo tempo, os felinos também costumam dormir mais do que quando eram filhotes. “Portanto, não estranhe

O ideal é não abrir mão da coleira na hora do passeio com o cão, principalmente porque ele desejará explorar novos lugares

se o animal descansar por 15 ou 16 horas no dia”, diz o especialista.

Cleiton Rupolo também alerta para os incômodos de móveis estragados. “Se você não deseja ter sofás e poltronas arranhadas, o ideal é investir em um arranhador, pois o gatinho adolescente é extremamente curioso e qualquer ambiente pode ter coisas interessantes e atrativas para afiar as unhas”, sugere. Apesar das brincadeiras ainda serem a grande atração do gato adolescente, outra questão importante é a demarcação do território - feito tanto por machos como pelas fêmeas. “O xixi fora da caixa de areia é a forma mais comum do animal demonstrar que aquele ambiente é dele e de mais ninguém”, diz.

A castração é a forma mais segura de evitar esse comportamento além de ser importantíssimo para a saúde do felino. “Uma gata no cio pode incomodar os vizinhos e é mui-

to desconfortável para o bichano. Por isso, é sempre indicado pedir orientação sobre o procedimento com um veterinário de confiança. Tendo em vista que a superpopulação de animais domésticos é um caso de saúde pública, a castração auxilia a evitar o abandono de filhotes, impede as ninhadas não desejadas e prolifera a cultura da posse responsável”, revela o veterinário.

Independente de o seu companheiro ser filhote, adolescente, adulto ou idoso, seja paciente e afetuoso com ele. Há muitos mitos em torno dos gatos, um deles é de que não são tão apegados às pessoas. Porém, isso é realmente apenas um mito, pois esses animais também se sentem acolhidos, cuidados e seguros quando estão com seus tutores. Um gato adolescente só precisa de atenção e interação para que cresça saudável e se torne um adulto feliz.

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Cerca de 40% dos estudantes não tomam café da manhã e hábito prejudica aprendizado >> Especialista alerta que um aluno mal alimentado ou em jejum prolongado apresenta prejuízo na capacidade de concentração, aprendizado e desenvolvimento pedagógico DOMINGO, 9 de junho de 2019

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ários fatores podem contribuir para que crianças na fase escolar tenham o desenvolvimento pedagógico impactado de maneira negativa, e um deles está relacionado diretamente à qualidade e quantidade dos alimentos consumidos. A nutricionista do Hapvida em João Pessoa, Débora Pinheiro, destaca a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE), realizada pelo IBGE, que aponta que 40% dos estudantes não tomam café da manhã e informa que isso pode trazer problemas cognitivos, com redução da memória e prejuízos ao raciocínio.

A especialista faz um alerta a pais e responsáveis que um aluno mal alimentado ou em jejum prolongado, sem tomar café da manhã, por exemplo, apresenta prejuízos na capacidade de concentração, aprendizado e desenvolvimento pedagógico. “Uma média de 40% das crianças em fase escolar não tomam café da manhã, o que consequentemente gera um pior rendimento escolar, déficit de atenção e pouca interação com outras crianças”.

Débora explica que é preciso que os pais tenham mais atenção à alimentação dos filhos, principalmente, na fase inicial do desenvolvimento cognitivo. “Tudo começa em casa. Os pais servem de modelo para os filhos e além da palavra o comportamento

!

Pais podem incentivar seus filhos a serem mais saudáveis apresentando outras alternativas de lanches mais naturais

Lanches industrializados devem ser descartados, mesmo sendo mais práticos

tem papel importante na educação nutricional das crianças e adolescentes. Logo, fora o exemplo em casa esses pais podem incentivar seus filhos a serem mais saudáveis apresentando outras alternativas de lanches mais naturais ao invés da praticidade dos industrializados”, destaca a nutricionista.

Porém, a má alimentação não prejudica apenas a vida escolar da criança, a saúde é afetada e situações como queda de cabelo, quebra de unha também podem ocorrer. “O futuro dessas crianças, que muitas vezes se tornam obesas, é uma vida adulta ameaçada pela hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, varizes, hérnias, doenças emocionais, câncer e problemas ortopédicos”, alerta a especialista.

LANCHES SAUDÁVEIS Para garantir uma alimentação saudável e saborosa, Débora Pinheiro sugere que os pais e responsáveis de crianças incentivem o consumo de lanches naturais na vida escolar da criança. “Bolo de laranja com suco integral de uva (diluir em água ou gelo para diminuir a concentração); iogurte natural com morangos e castanha de caju ou amendoim (cru sem sal); e pão integral com queijo coalho e tomate (se colocar orégano, fica mais delicioso ainda) com água de coco são algumas opções de lanches ricos em nutrientes e saborosos, que podem contribuir para o bom desenvolvimento de crianças na vida escolar, bem como, garantir uma vida saudável em curto e longo prazo”, conclui.

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Balada do Impostor (biografismo)

Balada do Impostor

(biografismo)

José de Paiva Rebouças Jornalista e escritor @paiva_reboucas

André Prando e o circo dos palhaços Para o bem ou para o mal, a escola é o lugar de conhecimento e definição dos sujeitos, mesmo que seja para transgredir parte do que ela ensina. Curiosamente, é isso que marca a história de André Prando, uma das novas vozes do rock nacional.

M

andei uma mensagem no WhatsApp perguntando se haveria show em Vitória (ES) naquele dia e logo ele confirmou que sim. Explicou que seria algo mais intimista em um barzinho na Rua da Lama, mas que tinha tocado com toda a banda no dia anterior. Vibrei com a informação porque minha experiência não seria a mesma se diversos outros instrumentos e uma performance de palco tivesse existido entre nós dois.

Cheguei ao bar no horário combinado. Ficava a algumas quadras de onde eu estava hospedado, no bairro Jardim da Penha. Fomos a pé, Regiane e eu, cortando uma garoazinha que prometia engrossar a qualquer momento, o que aconteceu. Era uma sexta e havia chovido acima da média na capital capixaba.

No bar, quase vazio ainda, por volta das 21h, o avistei logo na entrada da parte externa. Difícil não identifi-

car a cabeleira e o aspecto meio indiano – coisa da minha cabeça. Rocker com certeza. Eu me apresentei forçando uma intimidade e um jeito descolado que eu não tenho. Carregava comigo velhas impressões de ser maltratado por artistas que gosto e isso imprimia muita insegurança.

Mas isso não aconteceu dessa vez.

Ficamos em pé discutindo sobre como cheguei à sua música por volta de 2015, garimpando na internet, e DOMINGO, 9 de junho de 2019

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Balada do Impostor (biografismo) do contato dele com Natal e com Florizel Bicão, o cara que gravou Sérgio Sampaio em dois momentos na década de 1990, quando o “maldito” esteve no RN passando parte do que seria seus últimos dias.

Dali a pouco, anunciou que começaria o show. Nos organizamos em uma mesa próxima e esperamos o que aconteceria. Pouca gente, grande parte sequer parecia interessada ou talvez não curtisse a onda, não conhecesse o cara. Isso mudou quando ele fez o primeiro acorde.

Mais à frente nesse texto, durante entrevista, André Prando diz que é preciso executar um instrumento com uma forma própria para se destacar, mas antes de ele me falar isso, eu percebi sentindo. Ao puxar os acordes da primeira música, me dei conta de o porquê ter gostado tanto de sua música desde os primeiros contatos.

O show foi dividido em dois momentos. Na primeira parte, cantou sucessos conhecidos da MPB: Caetano, Tom Zé, Mutantes, Secos e Molhados, Luiz Melodia, mas algo acontecia além do comum nas apresentações em barzinhos. Com sua forma, André suplanta as lendas e se estabelece, constata-se e torna-se autor das próprias interpretações.

Doa-se por completo, não importa se ou quem o ouve. Toca e canta antes para ele mesmo, que se respeita muito, para o músico e para a deusa. Depois, os outros que lhe escutem caso tenha a condição sensitiva de sentir as ondas que se espalham pela atmosfera, enquanto se amalgama nas cordas de aço do violão, cúmplice de sua panaceia psicodélica.

A segunda parte da apresentação foi um mergulho maior, pois passou a interpretar as próprias composições e regravações de seus dois discos e o EP que gravou no começo de tudo. O que seria mais um show de barzinho, foi se transformando em um concerto indelével a cada música e as pessoas já paravam na rua para assisti-lo. Dali a pouco, a calçada estava cheia de gente, o bar lotado e a galera cantando junto.

Cumpriam-se, assim, as premissas

anunciadas. Prando é, de fato, um artista autêntico do tamanho de seus discos e, sobretudo, um ídolo acessível, tanto que, no primeiro contato pelo Instagram, dois meses antes de nossa viagem a Vitória, ele imediatamente me passou o número de seu telefone.

Conhecia sua música e agora sua fisionomia, me faltava saber um pouco mais de sua história e das motivações que o tornaram cantor, compositor e este pensador tão promissor e interessante.

André Prando Lucas da Silva nasceu no dia 8 de julho de 1990, em Vitória (ES). Filho da costureira e artesã Adalgisa Prando, que criou a família produzindo bonecas de pano e porcelana, e de José do Carmo da Silva, representante comercial, teve uma infância limitada pela própria estrutura educacional a que foi submetido.

Ele é o caçula da relação entre Adalgisa e José do Carmo, que tiveram primeiro Victor Hugo, um irmão importante na carreira de Prando.

Seu José casou-se novamente e dessa nova relação teve outros dois filhos: Bruno e Gabi.

A parte mais interessante em sua história de vida é que toda a sua construção social e artística é proveniente de sua necessidade de libertação das regras conservadoras e do imperativo de se opor à educação da escola adventista onde estudou. Foi matriculado lá porque seu pai tinha desconto, embora não fosse religioso. Apesar de prestigiada, as metodologias empregadas e o currículo da escola, afetado pela doutrinação religiosa, colocava o jovem Prando à prova com grande constância.

A impressão, contradizendo as teorias que defendo, é que Prando nasceu com algo de inato, tanto para o pensamento quanto para a arte, numa coisa estranha, muito próxima daquilo que chamam de “vocação”.

Isso é perceptível ao se descobrir que, apesar da limitação dos métodos educacionais a que foi submetido, ele transgrediu. Como disse na música “Choro Plebeu”, “quebrou a cara, mas quebrou e foi além”.

Ir além é um contexto conectivo à polissemia de sua realização. Apesar

do estereótipo largado, meio vagabundo, tem cara e comportamento de nerd.

Essa contradição lhe permitira fundar uma carreira trilhada na experimentação e na abertura voluntária de portas, ao mesmo tempo em que manteve estabelecido o contrato social com o mundo regular. Por isso, estudou Segurança do Trabalho no Instituto Federal (IFES) e entrou na UFES para o curso de Desenho Industrial.

Acontece que, desde pequeno, Prando gostava de desenhar. Ver sua mãe mexendo com artesanato abriu em sua cabeça a possibilidade da arte.

Então, ainda cedo, tornou-se um design, o que lhe permitiu alguns empregos. No entanto, a paixão pela música sempre foi maior e, por este motivo, na metade da primeira faculdade, fez reopção de curso e entrou na faculdade de música, onde se graduou.

Essa não foi uma decisão aleatória, pois o canto é um acontecimento tão natural em sua vida que ele se perde na explicação. Lembra da mãe que ouvia muito rádio, mas é seu irmão, Victor Hugo, que o introduz no meio em duas ocasiões. A primeira delas, e mais curiosa, é que Victor gostava de assoviar as trilhas sonoras dos jogos de videogame e Prando, que também adora jogar, seguiu o exemplo e fazia dueto com ele.

Mais tarde, Victor o convidou para assumir a posição de guitarrista na banda Hi-Sky, que tocava rock japonês para essa galera que gosta de anime e coisas da tradição jovem daquele país. Aliás, foi em um desses eventos que Prando cantou para um público pela primeira vez. Era um caraoquê, mas os elogios serviram de confirmação de que ele tinha condições de usar a voz para tal atividade.

Foi ainda na escola que ele se interessou por instrumentos musicais.

Muitos colegas tocavam instrumentos e cantavam rock. Ele decidiu estudar violão sozinho, usando o método das revistinhas de cifras, com intenções mais ambiciosas: musicar suas composições. É que antes da música veio a poesia. Nas aulas de literatura, apaixonou-se pela metrificação dos sonetos.

O amigo Silas Cordeiro gostava de

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Balada adorodo comer Impostor (biografismo) poemas e apresentou a ele algumas formas, principalmente a perfeita simetria musical das estrofes de Augusto dos Anjos.

Tocar, para André Prando, passou então a ser uma forma de musicar os poemas que começou a escrever.

Além do gosto pela poesia, viu nesta escrita uma forma de contravir aquilo que a escola lhe enfiava goela abaixo com sua doutrina bíblica.

“Eu sentia uma vontade de transgredir tudo aquilo que me era apresentado, aquilo não me cabia. Eu escrevia sobre as coisas da Bíblia também, sempre contestando.”

Desobedecer se tornou característica de seu trabalho, mas não só isso, de seu modo de ser, de viver e de agir no mundo. Agir contrário à escola e a seus padrões era uma necessidade e Raul Seixas, que tocava na vitrola do pai, o ajudou muito a refinar o pensamento crítico.

Essas lembranças das limitações impostas ainda afligem sua memória e são expostas em forma de composição, como um paradoxo funcional para se autoexplicar e provocar no outro a importância de desobedecer.

Na música “Na paz do caos”, ele remete duas frases emblemáticas que, embora não estejam nesta ordem, podem ser lidas assim: “Concretos tentarão me atar [...]; Mas tudo que fiz foi em paz”.

De certo modo, e possivelmente sem pretensão, Prando foi engolido pela gentrificação, mas a percebeu no tempo adequado e, embora não possa suprimi-la, a combate com veemência. Pois, como disse na canção “O verme ama”, “...todo gênio em razão, em energia protege seu altar, sua forca...”.

Dessa percepção afloram muitas de suas composições, mas a que mais revela sua necessidade de transgredir talvez seja “Circo dos palhaços dixavadamente imorais”. Nela, ele expõe parte daquilo que Jonathan Raban chamou de “teatro”, ao se referir a uma sociedade carente de se comportar em padrões preestabelecidos a partir de convenções sociais não aleatórias.

A cidade seria, então, uma série

de palcos em que indivíduos podem operar sua própria magia distintiva enquanto representam uma multiplicidade de papéis e sua construção física se faz de forma labiríntica.

Por isso, na canção ele diz: “Sorria sem vontade, você pode ser filmado/ Sorria qualquer hora, é proibido estar zangado/ Sorria se o padeiro te entregou o troco errado/ Sorria pro espelho pra convencer o contrário/ Sorria, tão dizendo que faz bem”.

No final da letra, ainda acrescenta: “Não me leve a mal, eu sou um mero palhaço/ De calças largas que me deram e que já foi de um outro/ Não chore, meu rapaz... Não me interprete mal/ Eles te enganaram e aplicaram um sorriso falso.”

Mas Prando sempre foi maior do que suas próprias palavras e não se limitou a escrever e cantar músicas engajadas ou de crítica social, apesar de todas elas trazerem mensagens bem definidas sobre a vida que se pode ter. Certamente, sua trajetória não é a “autobiografia de um espantalho”, mas de um resiliente.

Quando saiu da Hi-Sky, entrou na banda Outdoor. Cantava ao mesmo tempo em que trabalhava como design e como Segurança do Trabalho, fazendo jus ao que estudou, afinal é preciso ter um segundo plano.

Mais tarde, a banda Outdoor mudou de nome para “Mendigos Cientistas” e o levou a outro nível. A primeira mudança foram as tatuagens.

A banda tinha uma parceria com um

estúdio de tatuagem. Ali fez uma e hoje tem cerca de 20.

Essa banda tocava principalmente na UFES, em pubs e eventos na cidade. Foi início também do YouTube e ele se apoiou nesta ferramenta para fidelizar um público que o encontrava nos palcos.

Em 2011, quando o Festival Prato da Casa, tradicional evento de Vitória, o chamou para tocar, ele se apresentou como a “Banda do André Prando”. Lá, encontrou muita gente que o seguia nas redes e aproveitou para definir duas coisas importantes: seguir carreira solo e agir diferente com seu público assumindo a postura de um “artista acessível”, daqueles que desce e vai abraçar quem quiser abraçá-lo, assim como fez no bar em que o vi pela primeira vez.

A música “Ode à nudez” tem a proposta de falar disso, de lembrar da humanidade e normalidade do artista quando em interação com outras pessoas. Em um trecho ele destaca: “Nos dias que ando sem máscara posso dizer que eu sou você”.

Por vota de 2012, ouvindo a discografia de Raul Seixas, prestou atenção no disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” que Raul gravou junto a Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada. E este Sampaio se destacava.

Quando bateu um Google teve um susto ao descobrir que se tratava de um artista capixaba.

Ouviu a música “Eu quero é botar DOMINGO, 9 de junho de 2019

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Balada do Impostor (biografismo) meu bloco na rua” e percebeu que, apesar de estar presente no inconsciente coletivo do brasileiro, quase ninguém sabia que se tratava de uma composição de Sérgio Sampaio.

Obviamente, se apaixonou pela música do cara. Depois disso, se aproximou do Festival Sérgio Sampaio, importante evento em sua homenagem, e, ainda em 2012, cantou na Sampaiada as músicas “Tem que acontecer” e “Última esperança”.

Quando descobri a música de Prando em meu garimpo pela internet também havia redescoberto Sérgio Sampaio em outras vozes. Mantinha uma versão de “Que loucura” em minha seleção das mais ouvidas na voz, do também capixaba, Juliano Gauche.

Em 2014, Prando gravou um EP com quatro músicas que levou o título de “Vão”. No ano seguinte, com o sucesso dessa empreitada, surgiu o primeiro álbum: “Estranho sutil”, com dez músicas, sendo uma delas uma versão irretocável de “Última esperança”.

Desde o ano passado, ele trabalha o álbum “Voador”, lançado pela Sony junto com a Novíssima Música Brasileira. A produção é de Jr Tostoi, guitarrista de Lenine, e de Henrique Paoli. O novo trabalho já entrou em várias listas de melhores lançamentos de 2018 e compensa cada segundo. Apesar da distribuição, o disco ganhou vida graças a um financiamento coletivo que alcançou 119% da meta.

No próprio site do artista, o disco é descrito como sendo “a visão de alguém que paira atento a si e a seu redor, observando, absorvendo e abduzindo. As músicas refletem nosso tempo, nossos antepassados e nossas utopias. Voar é sonhar, é viajar”.

Depois de ouvir dezenas de vezes, concordo plenamente, embora nossa primeira conversa tenha sido sobre a importância da valorização vertical de sua obra. Lembrei a ele que quando ouvi as primeiras músicas do EP “Vão”, ele ainda era estudante universitário e este talvez seja seu trabalho mais emblemático, pois surgiu em um tempo em que era praticamente só ele, sua vontade e genialidade contra o resto do mundo.

Prando construiu uma trajetória

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– As redes sociais mudam a perspectiva na construção do artista?

– Acho que mudam, cara. Até porque, grande parte das pessoas só tem o contato com o artista a partir das redes sociais. Por exemplo, quando eu vou tocar fora, o entusiasmo das pessoas ao me encontrar é muito grande porque só me veem na internet, assistem vídeos meus há muito tempo e não imaginam que um dia vão encontrar comigo. E aí, de repente, apareço tocando em um teatro para 50 pessoas, acessível, ali para trocar uma ideia e tal. Então, a rede social pode criar uma imagem para o bem ou para o mal. seguindo um curso bem delimitado.

Bebeu na fonte e se alimentou do que é essencial para a construção de um artista autêntico e de personalidade aguçada. Preparou-se academicamente aproveitando as experimentações como base e constituiu-se como um sujeito pensante e questionador, como deve ser todo artista que conhece o poder da arte. Ainda não chegou ao topo, apesar disso, já possui um legado significativo para a música brasileira e a poesia do rock.

Depois do show, sentamos em uma mesa para conversar enquanto sua esposa, a professora de biologia da rede estadual e figurinista, Laura Zucoloto, chegava para a apanhá-lo.

Não tive a chance de conhecê-la, pois já beirava a uma da manhã. Mas o resultado de nossa conversa está aqui, conclusa com um pequeno jogo de perguntas e respostas sobre a música, a vida e a arte.

– O que é ser artista hoje em um mundo conectado?

– É criar algo que faça sentido para alguém. Que faça sentido para mim, para as pessoas que vão ter contato com isso e que isso tenha algum impacto, de alguma forma. No meu caso, muito além do entretenimento, é que este impacto seja para estímulo do pensamento crítico. Eu entendo que nem todo artista enxerga este papel como fundamental, mas acho importante. A arte para mim é crítica, é política, é uma posição.

– Como foi sua passagem por Natal?

– A primeira vez que fui tocar em Natal foi pelo festival Mada (2015).

Aconteceu uma seletiva de bandas do Brasil todo e aí me inscrevi e fui selecionado. Antes de rolar esta seleção, eu recebia muitas mensagens de Natal. Eu recebo sempre muita mensagem de gente do Brasil inteiro chamando para tocar em sua cidade.

Então, eu sabia que algum público existia lá. Então fomos tocar e tinha uma galera. Foi legal. Depois, voltei em 2017 no Festival Do Sol. Conhecia o Foca pela internet e fui lá.

– O que você espera de sua carreira?

– Espero poder viver até o fim de minha vida disso, porque é isso que eu tenho para fazer da vida. Se eu não for capaz de exercer minha música eu acho que não sou capaz de viver. Não é uma fala apaixonada...

– O que é preciso fazer para ser o que se espera da vida?

– Acho que é fundamental criar, criar no sentido da alquimia, de transformar algo em outra coisa, assim.

No meu caso, criar é compor. Nem todo mundo compõe, nem todo mundo executa um instrumento de uma forma própria, com identidade. Acho que isso é fundamental para o artista se destacar; é descobrir sua identidade. Eu acho.

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adoro comer

Coxinha de aipim com carne de sol Ingredientes MASSA 700 g de aipim cozido e amassado no garfo 1 ovo 1 colher de sopa de Margarina Puro Sabor 1 xícara de Farinha de Trigo Finna Tipo I (sem fermento) Sal a gosto Farinha de trigo Finna para empanar Farinha de rosca para empanar 2 ovos batidos Óleo para fritar RECHEIO 2 colheres de Margarina Puro Sabor 1 cebola cortada em cubos 200 g de carne de sol dessalgada, limpa e desfiada 1/2 maço de coentro picado 1/2 maço de cebolinha picada 1 pimenta dedo de moça pequena, sem sementes e cortada em rodelas Sal a gosto

Modo de preparo - Em uma tigela, misture os ingredientes da massa até incorporar. Reserve.

- Em uma panela refogue a cebola na margarina.

- Adicione a carne do sol e refogue mais um pouco.

- Coloque a pimenta dedo de moça, os temperos verdes, e acerte o sal se necessário. Reserve.

- Passe um pouco de óleo nas mãos e abra um pouco da massa, coloque um pouco do recheio e feche modelando em formato de coxinha.

- Repita o processo até acabar a massa e o recheio.

- Frite em óleo quente, em imersão, depois escorra em papel toalha.

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18 anos de

compromisso com o jornalismo de verdade @defato_rn

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Mossoró (RN), domingo, 9 de junho de 2019

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FEMIT.Á.X.I.UP. Mossoró

Pensando em uma solução contra o assédio enfrentado pelas passageiras em outros meios de transporte geralmente dirigidos por homens, empreendedora mossoroense cria plataforma de mobilidade urbana feita exclusivamente para mulheres. Aplicativo deve iniciar atividades ainda em junho.

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tv

>> bastidores

Referência entre novelas praianas, “Tropicaliente” completa 25 anos de exibição

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>> inside

Gabriela Moreyra confessa ansiedade pela estreia da próxima trama das sete

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defato com

>> principal

Gianecchini acumula mais um perfil “bon vivant” com personagem de “A Dona do pedaço” página 3

vinho

Como

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Seriais

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>> por Geraldo Bessa

Destaques das séries e conteúdo “on demand”

Passado revisto Baseado em uma história real que tomou conta dos Estados Unidos, "Olhos que Condenam" narra o caso notório de cinco jovens negros, rotulados como os Central Park Five, que foram condenados por um estupro que não cometeram. A série é um retrata os problemas enfrentados pelos os adolescentes Antron McCray, Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymond Santana e Korey Wise. O início da produção foca as ruas do Harlem, bairro de Nova Iorque, durante a primavera de 1989, onde surgiram as primeiras alegações contra os adolescentes. Em quatro episódios, a série percorre 25 anos entre julgamentos, exonerações e os acordos firmados depois do atestado de inocência. "Olhos que Condenam" foi criada por Ava DuVernay, que também co-escreveu e dirigiu os quatro episódios. A lista de diretores executivos é famosa e premiada, contando com nomes como Jonathan King, Oprah Winfrey e Robert De Niro. No elenco, Michael K. Williams, Vera Farmiga, John Leguizamo e Felicity Huffman, entre outros.

Construções escodidas

(H&H Now, seg, dia 10) Alison Victoria é uma designer de interiores completamente apaixonada pela cidade onde nasceu e vive, Chicago. Junto a seu parceiro profissional, Donovan Eckhardt, ela encontrou um jeito de aliar os interesses profissionais a esse amor pela vizinhança e mostra o resultado da empreitada na nova série do Discovery Home & Health, "Alison e Donovan: Reformando com Estilo". A dupla é especialista em encontrar casas abandonadas com grande potencial para uma reforma geral, para depois comprá-las, transformá-las em lares dos sonhos e revendê-las. Com olho treinado e muita disposição, eles compartilham o processo inteiro. Em cada um dos episódios da temporada de estreia da série, Alison e Donovan trabalham em um imóvel diferente. As rondas pelos quarteirões de Chicago para escolha da próxima casa, as avaliações iniciais que balizam o projeto da reforma, a quebradeira e as surpresas que sempre vêm com ela, os detalhes que fazem toda a diferença e, por fim, a conclusão da reforma e venda da casa – a série segue de perto todas essas etapas em seus sucessos e imprevistos.

Vida em passos

(GloboNews Play, ter, dia 11) A história de uma brasileira inspiradora, que se tornou referência mundial por seu talento, é contada no documentário "Marcia Haydée – Uma Vida pela Dança", já disponível na GloboNews Play. O longa dirigido por Daniela Kallmann é coprodução do canal pago de notícias com a Globo Filmes, Indiana produções e Duddhi Produções e traz imagens raras da bailarina em ensaios e em grandes espetáculos, além de depoimentos de artistas nacionais e internacionais como Bibi Ferreira, Deborah Colker, Pablo Nuñes e Monica Athayde Lopes, sua irmã. Nascida em Niterói, município do Rio de Janeiro, Márcia Haydée atuou em companhias internacionais, mas foi como primeira solista do Stuttgart Ballet, na Alemanha, que alcançou a consagração mun-

dial, em espetáculos como "Carmen", "Romeu e Julieta" e "A Megera Domada". Na década de 1970, após a morte do diretor e coreógrafo do Stuttgart Ballet, John Cranko, Márcia assumiu a direção da companhia e ficou no posto por 20 anos. Conhecida como a "Maria Callas da dança" por seu virtuosismo, se tornou musa inspiradora de coreógrafos renomados e par disputado por grandes bailarinos de todo o mundo.

Plano sequência

(Bis Play, qui, dia 13) O casal de "filmmakers" Diana Boccara e Leo Longo volta à estrada para filmar uma nova série de clipes, dessa vez apenas com bandas brasileiras. Já disponível no Bis Play, "Videoclipers" vai mostrar, em oito episódios, os bastidores, as curiosidades e os desafios das gravações de 16 clipes em plano sequência, a custo zero, com bandas e artistas no Brasil, como Alceu Valença, Dona Onete e Dingo Bells. No primeiro episódio, a série mostra como foi o processo de criação e gravação do clipe da música "Nas Asas de um Passarinho", de Alceu Valença, pela pacata e colorida Rua São Bento, em Olinda, Pernambuco. Já no segundo episódio, a série desembarca em Belém para gravar com dois artistas locais: Dona Onete e Felipe Cordeiro. Para o clipe de "Carimbó Arrepiado", da Dona Onete, Diana e Leo pensaram em uma forma de homenagear a história da cantora através de um teatro de marionete. Entre os desafios enfrentados nesta gravação, o maior deles foi encontrar uma marionete para protagonizar o clipe. Ao longo da temporada, "Videoclipers" passa ainda por Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

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Como vinho

>> principal

Reynaldo Gianecchini acumula mais um perfil “bon vivant” com personagem de “A Dona do pedaço”

O

tempo tem sido generoso com Reynaldo Gianecchini. Aos 47 anos, o ator está em plena forma física para interpretar os galãs que tanto se acostumou a viver em novelas. Desde sua estreia no vídeo, em “Laços de Família”, de 2000, ele vem demonstrando amadurecimento cênico e ferramentas para se aventurar em tipos diferentes.

Mas, de uma maneira ou de outra, o “bon vivant” sempre volta a aparecer nas ofertas de personagens. É o caso de Régis, papel que encarna em “A Dona do Pedaço”. “Acho que na vida todo mundo tem um pouco de tudo. Eu, por exemplo, vejo a vida bem diferente do meu personagem, mas claro que ele tem muita coisa minha.

Acho que essa leveza de querer curtir a vida e não levar nada tão a sério, o prazer pelas coisas da vida”, compara.

Nos próximos capítulos, Régis vai colocar as garras ainda mais para fora. Isso porque ele ultrapassa o limite do golpista sedutor e se torna um ladrão ao roubar uma estátua avaliada em R$ 50 mil de Maria da Paz, protagonista de Juliana Paes. Porém, quem planeja tudo é Jô, de Agatha Moreira, filha da boleira. A jovem leva Rock, de Caio Castro, na casa de sua mãe e arma para que Paz desconfie do lutador. O que, obviamente, vira uma briga homérica entre as famílias.

“Régis e Jô têm muita afinidade porque gostam de viver a vida a mil por hora e têm esse caráter meio duvidoso. Eles vão aplicar alguns golpes e manipular algumas pessoas, principalmente a mãe dela”, avisa.

mentos essa novela me faz lembrar “Laços de Família”, apesar de não ter nada a ver.

Mas a novela não é nada disso, ela dá um salto, dá umas viradas que não têm nada a ver com “Laços de Família”.

P – O que chamou sua atenção em “A Dona do Pedaço”?

R – É um novelão, daquelas que acontecem muitas coisas rápido. O Walcyr não está economizando na história. Tem romance, ação, várias reviravoltas também e é um novelão daquelas que a gente estava acostumado lá atrás.

P – Como assim?

R – Essa história de o Régis estar com a mãe e filha não tem nada a ver com aquela história do Edu, Helena e Camila, de “Laços de Família”. São coincidências que passam longe. Mas é muito gostoso voltar a trabalhar com a Agatha. E são personagens um pouco parecidos também com os de “Verdades Secretas”, a gente tem aquela pilantragem, aquele mau-caratismo e ao mesmo tempo aquele fogo de viver a vida. Mas é diferente.

P – Em determinado momento de “A Dona do Pedaço”, Régis vai viver um triângulo amoroso com mãe e filha. Esta, inclusive, é a segunda vez em que você se envolve com esse tipo de situação através de um personagem - a primeira foi em “Laços de Família”. Você chegou a se lembrar da novela de Manoel Carlos quando conheceu a trama de Régis?

R – Eu estava pensando nisso esses dias, em vários mo-

P – Você consegue defender seu personagem?

R – Acho que meu personagem é muito legal. Claro que ele faz umas coisas terríveis, mas ao contrário da Jô, eu acredito no coração do Régis.

televisão 3 P – Como foi a preparação para viver Régis?

R – A gente não teve muito tempo para fazer preparação para essa novela, nós entramos muito em cima da hora. Eu fui deslocado de uma outra novela para essa. Agora que eu estou começando a descobrir melhor o personagem. A preparação foi muito com base nas conversas com o Walcyr, com a Amora e toda a equipe de direção. E eu vejo alguns filmes de referência, vi vários filmes de atores que eu gosto, de playboys e atores meio “charmosões”.

P – A caracterização do Régis ajuda você de alguma forma?

R – Sim. Inclusive, eu sempre proponho alguma coisa e sugeri esse visual, que é um pouco mais descolado. Eu faço um “playboy” que se veste muito bem, então achei que tinha de ser uma coisa que tivesse esse ar, de quem toma muito sol na piscina. Por isso, dei uma clareada.

P – Você tem o hábito de rever seus trabalhos antigos?

R – Eu gosto de ver umas reprises, é muito legal. Primeiro que a gente olha com um olhar mais distanciado porque, quando estamos no meio do trabalho, não conseguimos ver direito. Claro que, como em qualquer profissão, a experiência vai jogando a seu favor. Você fica mais pronto para fazer um trabalho melhor ou para brincar mais em cena.

P – Nesse sentido, o que mudou para você ao longo de quase 20 anos de televisão?

R – Hoje em dia, eu vou para o estúdio querendo me divertir e também eu não busco resultado. Vou para fazer o meu trabalho. O resultado não é o meu foco. Eu não vou lá para ganhar prêmios, eu vou lá para dar o meu melhor.

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Sexto sentido >> close No ar em “Malhação”, Dora de Assis vive personagem inspirada na cantora Anitta

D

ora de Assis foi bastante intuitiva durante o processo de seleção para a atual temporada de “Malhação”. Pela primeira vez realizando testes para a trama adolescente, a atriz de 22 anos não tinha referências sobre o processo de escolha de elenco.

A oportunidade para a novela surgiu em setembro do ano passado. Dora, que tinha cadastro no banco de talentos da Globo, foi chamada para um teste. “Recebi uma ligação na madrugada. Me chamaram para um teste naquela mesma manhã. Como eu nunca tinha feito teste para ‘Malhação’, acredito que isso me ajudou muito. Eu estava aberta e não sabia mesmo o que precisava ser feito. Foi um processo muito instintivo, onde foquei no que acreditava. Me arrisquei, sem medo, e explorei novas possibilidades”, valoriza.

Na trama de Emanuel Jacobina, Dora vive a doce Raíssa, filha de Carla, papel de Mariana Santos. Excelente aluna do Ensino Médio, a personagem tem talento para a música e compõe desde menina. Com o sonho de se tornar uma grande cantora, Raíssa precisa enfrentar a resistência da mãe para seguir com seu talento musical. “Costumo dizer que a Raíssa é uma tímida ousada. Não sei se a mãe será um entrave, mas, como a

Raíssa ainda é jovem, acaba sofrendo muita pressão da mãe para se formar em Direito. Mas não é isso que faz o coração dela vibrar de verdade! Talvez, por isso, essa relação com a mãe trave muito os movimentos da Raíssa nessa direção. Ela quer muito investir nesse outro lado, mas, por enquanto, não segue por medo de sofrer rejei-

ção da família”, defende. Além de lidar com as proibições da mãe, Raíssa também precisa manter o olho aberto com Nanda, papel de Gabriella Mustafá.

Amigas desde criança, ela não percebe a inveja que a amiga sente dela. “A inveja que a Nanda sente vem de uma força que a Raíssa nem sabe que tem.

Acho que essa insegurança da

Raíssa ainda a impede de reconhecer imediatamente situações que a colocam em extremo desconforto”, afirma.

Vivendo uma personagem que sonha em seguir uma carreira artística, Dora sempre teve uma relação com o universo musical. A atriz já tentou tocar flauta, violão, piano e ukulele, mas não teve sucesso. No entanto, sempre mostrou boa aptidão para o canto. “Nunca tive coordenação para esses tipos de instrumentos. Sempre gostei muito de cantar também, mas cantar em público era e ainda é uma barreira a ser ultrapassada. Parece engraçado, mas isso só me fortalece. Saber que preciso superar esse ‘medo’ só me faz crescer por dentro”, ressalta. A personagem, inclusive, foi inspirada na cantora Anitta. Dora não chegou a conhecer a artista durante o período de gravações. “Seria um sonho conhecê-la. Admiro muito a Anitta e seu trabalho, a trajetória dela me emociona muito. Ela é uma grande guerreira, como tantas mulheres mostram ser”, elogia.

Trabalhando em um meio que valoriza a imagem, Dora não é encanada com dietas ou intensas horas de exercícios.

Para a atriz, uma alimentação saudável consiste em comer o que seu corpo pede no momento. “Não gosto de demonizar nenhum alimento, nem da lógica de culpa ou de recompensa atrelada à minha alimentação. Comer é necessidade básica, cada corpo é um. É importante saber ouvir seu corpo”, explica Dora, que gosta de praticar exercícios físicos ao ar livre. “Sempre dancei, sempre gostei de andar de bicicleta, fazer trilha... Gosto de sentir o meu coração pulsando, gosto de sentir meus músculos trabalhando. Como tenho rinite e frouxidão no ligamento do joelho, sempre precisei fazer muito exercício para me manter em pé (literalmente)”, finaliza.

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>> ponto de vista

Com duas temporadas disponíveis, “Killing Eve” é engenhoso jogo de sedução que subverte os clichês das séries de espionagem

O

s planos da Globo para a Globoplay, sua plataforma de “streaming”, cresceram. Antes visto como uma segunda tela da emissora, local onde o telespectador pudesse ter acesso a uma gama maior de produções originais, agora o projeto ficou robusto e, quatro anos depois de seu lançamento, quer brigar por espaço no mercado “on demand” brasileiro, que já conta com gigantes como Netflix, HBO e Amazon. Sendo assim, só o conteúdo da Globo não é suficiente para atrair assinantes que buscam algo mais sofisticado. A saída para deixar o catálogo mais encorpado foi não apenas buscar séries famosas entre o grande público, como “Will & Grace” e “The Big Bang Theory”, mas também disponibilizar produções que estão em alta no exterior, caso da segunda temporada da premiadíssima “Killing Eve”, mais recente e relevante aquisição da Globo-

play, que liberou na íntegra os oito novos episódios que acabaram de ser exibidos lá fora.

Produzida no Reino Unido pela Sid Gentle Films para a BBC America, a série é baseada no livro “Codename Villanelle”, de Luke Jennings, e foi adaptado para a televisão pela jovem atriz, roteirista e diretora inglesa Phoebe Waller-Bridge. A estreia da primeira temporada, em 2018, acabou levando a série a se tornar a queridinha de diversas premiações importantes, com uma série de indicações ao Bafta, Emmy e o primeiro Globo de Ouro de Melhor Atriz de série dramática para uma atriz de origem asiática, Sandra Oh, conhecida do público por conta das inúmeras temporadas do sucesso “Grey's Anatomy”. Na trama, Sandra é Eve Polastri, uma funcionária do MI5, serviço de inteligência inglês, que integra uma forçatarefa para desvendar uma série de assassinatos por enco-

Gata e

rata

menda cometidos com precisão pela assassina psicopata Villanelle, da ótima Jodie Comer. Na medida em que Eve e Villanelle se aproximam, fica nítido que os crimes cometidos são um mero pano de fundo para uma relação que envolve extremos de sedução e obsessão. No jogo de gata e rata, as duas caem nas próprias armadilhas, muitas vezes de forma proposital, só para não se distanciarem, em cenas onde as duas protagonistas brilham em atuações equilibradas e carregadas de sintonia cômica e dramática.

A segunda leva de episódios esquenta ainda mais a relação entre as duas. Antes de lados opostos, agora Eve e Villanelle têm a chance de trabalhar em um projeto em comum e supersecreto, já que o que está em jogo é a imagem do governo britânico e a eficácia de seus agentes. Antes mais focada em sua presa, a assassina agora também está disposta a atrapa-

lhar o já tão apagado casamento entre Eve e Niko, de Owen McDonnell. Sem escolher lados, roteiro e direção contam essa história com o capricho estético que se espera de uma série com a assinatura da BBC, com direito a passeios por países como França, Rússia e Itália, fotografia com belas escalas de cinza e direção de arte primorosa, sempre de acordo com o clima mais contido e irônico das produções inglesas. Ainda que a trama principal seja suficiente para valer a série, “Killing Eve” apresenta personagens carregados de mistérios e que elevam a sensação de que nada é realmente o que parece, como Carolyn e Konstantin, papéis de Fiona Shaw e Kim Bodnia. O roteiro respeita as obviedades do gênero, porém com tratamento mais realista e cotidiano, o que faz de Eve uma James Bond muito mais divertida e possível. Além disso, no final, ninguém quer que a assassina se dê mal.

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Terça (11/06) – Rita revela a Lígia que Lara subornou Roberval para demiti-la da loja. A festa de aniversário de Jaqueline gera expectativa em todos. Vânia alerta César sobre a ameaça de Karina a Jaqueline. Lígia e Joaquim confrontam Lara, que garante que Rita está inventando mentiras sobre ela. Marco tenta se aproximar de Carla, mas Madureira o provoca. Cléber explica a Anjinha seu temor de Marco.

Quarta (12/06) – Rita e Serginho acredita que é melhor ela confirmar o namoro com Gug César revela a Milena que Jaqueline é sua irm Thiago não consegue se aproximar de Jaquelin Para provocar Marco, Carla beija Madureira. C sar leva Milena à festa de Jaqueline, que fi radiante com a presença da irmã. Todos conh cem Milena. Lara fala mal de Rita para Filip Nanda desconfia do namoro de Rita e Guga.

>>Órfãos da Terra Globo – 18h15

Segunda (10/06) – Davi chega ao Brasil e afirma que não deixará Sara se casar com Ali. Todos comemoram o sucesso do bingo feito para ajudar Missade a recuperar sua barraquinha de comida. Dalila conta a Paul sobre a gravidez de Helena. Benjamin se aproxima de Martin. Paul faz uma proposta arriscada a Miguel sem que Camila saiba. Cibele se frustra quando Benjamin diz que Martin não tem interesse por ela. Latifa e Abner se aproximam.

Terça (11/06) – Laila afirma que jamais perdoará Helena. Davi diz a Ali que prefere sua irmã escolha outro noivo. Bruno conforta Laila, e Jamil se irrita. Orientado por Paul, Adilson leva seu food-truck à oficina de Caetano. Elias pede perdão a Laila. Faruq sugere que Zuleika trabalhe como fisioterapeuta na clínica de Letícia. Davi conhece Cibele. Valéria organiza os preparativos para seu casamento com Norberto. Santinha se interessa por Fauze.

Quarta (12/06) – Elias pede um empréstim a Caetano para comprar o food-truck para Mi sade. Aline anuncia à família que adotará um menina com Caetano. Fauze e Santinha se int ressam um pelo outro. Valéria e Camila fica amigas. Norberto sofre com o comportamen de Valéria. Paul fala com Fauze, e disfarça qua do Dalila chega. Santinha desconfia da orige do dinheiro de Miguel. Cibele e Padre Zoran r cebem Davi no instituto de refugiados.

Globo – 19h15

>>Verão 90

Segunda (10/06) – Dandara decide terminar o casamento com Quinzinho. Lidiane avisa a Jofre que ele terá que participar do concurso de dança como seu parceiro. Horácio aconselha Quinzão a revelar que ele é o fã de Lidiane. Galdino, com o disfarce da guru Adelaide, consegue tirar dinheiro de Álamo. Madá alerta Álamo sobre Adelaide. Lidiane recebe um convite para jantar com seu fã. Diego sugere que Larissa crie um projeto social.

Terça (11/06) – Janaína pede um tempo a Raimundo, depois de trocar beijos com o chef. Dandara aceita fazer a turnê com Ticiano. Patrick paralisa no palco na hora do show, mas Candé o socorre. Quinzão fica arrasado com a indignação de Lidiane ao descobrir que ele é o seu fã. Lidiane avisa a Manu e João que será empresária do casal.

Vanessa afirma a Mercedes que ela deve ser sua aliada se não quiser perder Quinzinho. Jerônimo é hostilizado pelos fãs de Manu e João.

Quarta (12/06) – Mercedes ameaça Vaness João diz a Giovana que não descansará enqua to não provar sua inocência. Vanessa conven Quinzinho a voltar para casa. Horácio tenta an mar Quinzão, que está deprimido por causa Lidiane. João pede Manu em casamento. Mar Aurélio avisa a Ticiano e Dandara que eles despedirão do Brasil abrindo o show de Be Falcão. Patrick tenta fazer Gisela acreditar q ele não se envolveu com Tânia.

>>A Dona do Pedaço Globo.–21h

Segunda (10/06) – Rael não consegue falar com Maria da Paz. Régis se insinua para Maria da Paz e Sueli nota. Rock aceita fingir que namora Jô. Márcio se desespera com a insistência de Kim. Maria da Paz exige que Márcio se entenda com Kim no trabalho. Kim revela a Jô que ela precisará custear sua estadia no hotel no dia das fotos. Kim aconselha Vivi a não ceder às chantagens de Camilo. Eusébio faz um acordo com Antero para investigar sua herança.

Terça (11/06) – Amadeu e Maria da Paz discutem e Jô manipula os dois com a ajuda de Régis. Marlene pede conselhos a Britney para conquistar Antero. Edilene questiona Otávio sobre seu casamento com Beatriz. Maria da Paz se surpreende quando Jô decide sair com Rock. Amadeu afirma a Gilda que não quer mais saber de Maria da Paz. Edilene confidencia a Sabrina que está tentando engravidar de Otávio. Jô dá o dinheiro para Kim montar o estúdio de fotografia.

Quarta (12/06) – Jô pede que Kim não come te sobre a origem do dinheiro que conseguiu. K pede ajuda para conquistar Márcio. Vivi teme reação de Camilo ao ver suas fotos, e Fabiana Kim incentivam a blogueira a não se importar. O policiais provocam Camilo ao ver as fotos de V na internet. Tonho entrega uma encomenda casa de Lyris e ela se interessa pelo rapaz. Ag desconfia do comportamento de Lyris. Régis co trai dívidas de jogo e sofre ameaças.

Segunda (10/06) – Lindomar canta e anima a todos no bazar beneficente. Celsão leva João até a sala de Ruth, e a diretora pede explicações sobre o incidente com Bento. Verônica anuncia o recebimento de uma doação anônima equivalente ao valor necessário para a reforma da casa de Arlete. Bento diz à Poliana que João o empurrou de propósito, Filipa escuta e desmente o menino. Gabriela leva Vini para passar em consulta com seu tio dentista. João se aproxima cada vez mais de Filipa. Waldisney desconfia que Nancy esteja saindo com outra pessoa.

Terça (11/06) – Claudia desabafa com Joana sobre a decepção que teve com o pedido de Durval. Pendleton presenteia Poliana com um novo mural do contente. Débora pede para passar a noite na casa de Marcelo, mas ele a expulsa. Ao levar Poliana para casa, Pendleton conversa com Luisa, e pergunta se ela já pensou na proposta que ele a fez. Ao anoitecer, Zóio e Mosquito invadem a escola para roubar, e deixam um recado na lousa antes de sair. Ruth abre o jogo com Bento, e conta que quer fazer o teste de DNA para comprovar se ele é mesmo seu sobrinho.

Quarta (12/06) – Os professores chegam escola se deparam com os estragos feitos pel invasores. Débora tenta retomar a amizade co Luisa. As embalagens dos docinhos de Nan são encontradas no local denunciado para a p lícia, Dona Branca e a neta são informadas pe telejornal. Lorena compartilha seu sonho co os amigos do Clubinho. Marcelo diz para Lui tomar cuidado com Débora, pois ela é mui oportunista. O recado deixado pelos invasor do colégio cita João, e Ruth quer uma explic ção.

Globo – 17h35

>>malhação

Segunda (10/06) – Rita implora por seu emprego, sem sucesso, e desabafa com Serginho.

Jaqueline fala com Daniel sobre Milena. Hamilton, da Vara da Infância e Juventude, questiona Roberval, o gerente da loja, sobre Rita. Jaqueline sugere que César leve Milena a seu aniversário.

Beto faz um comentário sobre o namoro de Filipe e Martinha ao casal, e ela se incomoda. Karina ameaça Jaqueline. Lígia encontra Rita.

>>As Aventuras de Poliana SBT - 21h

Resumo das novelas

ACESSE

televisão 7

Domingo, 9 de junho de 2019

am ga. mã. ne.

Céica hepe.

Quinta (13/06) – Lúcia afirma a Marco que Zé Carlos não era um bandido, e diz que Cléber deve saber algo sobre o filho. Camelo se desculpa com Guga. Marco pressiona Cléber a contar a verdade sobre Zé Carlos. Jaqueline agradece o carinho de todos e faz uma homenagem a Vânia.

Tadeu diz a Raíssa que é o pai da filha de Rita.

Joaquim e Lígia pensam sobre a audiência que decidirá o destino de Nina.

Sexta (14/06) – Tadeu afirma que é o pai da filha de Rita, que o contradiz na frente de Regina.

Anjinha diz a Marco que está namorando Cléber. Beto questiona Filipe sobre Martinha. Meg lamenta a situação financeira de Martinha, que pensa em usar o fato para chamar a atenção de Filipe. Regina revela a Lígia sobre Tadeu e Rita. Anjinha repreende Marco por sua conduta com Cléber.

mo isma team nto anem re-

Quinta (13/06) – Davi descobre que a família de Cibele é árabe. Almeidinha explica a Elias que ele foi vítima de um golpe. Ester permite que Latifa se mude para sua casa. Abner tenta beijar Latifa. Fauze convida Santinha para sair, e os dois inventam mentiras sobre suas vidas. Benjamin insinua a Caetano que Dalila/Basma pode ser a responsável pelas tragédias envolvendo a família de Laila. Elias confessa a Helena que não pode se separar de Missade.

Sexta (14/06) – Missade e Helena se desentendem, e Padre Zoran tenta apartar as duas.

Missade não perdoa Laila por não ter lhe contado sobre a gravidez de Helena. Davi revela a Cibele que é militar em Israel e é contra o casamento de Sara com Ali. Cibele se afasta de Davi.

Missade confronta Elias, sai de casa e pede a Padre Zoran para passar um tempo no Instituto.

Paul provoca um acidente com o carro em que estão Elias e Helena.

Sábado (15/06) – Letícia pede que Faruq realize a cirurgia de Helena, e o médico teme a falta de licença para trabalhar no Brasil. Camila nota a lateral amassada do carro de Paul. Dalila/ Basma se insinua para Jamil. Laila revela a Missade sobre o acidente de Elias e Helena. Elias explica para Almeidinha e Tomás sobre o acidente. Letícia e Faruq anunciam a Elias que não foi possível salvar o bebê. Helena acusa Elias pelo acidente. Bruno e Marie se beijam.

sa. annce nide rco se eto que

Quinta (13/06) – Quinzinho sente saudades de Dandara. Patrick incentiva Dandara a perdoar Quinzinho. Tânia confirma a Patrick e Gisela que Mercedes a obrigou a mentir. Arrasado, Quinzinho assiste ao show de Dandara e Ticiano.

A Cantora Mascarada se apresenta em seguida.

Gisela desmascara Mercedes e enfrenta a mãe durante um almoço com as amigas. Quinzão sugere que Lidiane o deixe participar do concurso de dança, como uma forma de se redimir.

Sexta (14/06) – Lidiane aceita dançar com Quinzão, e o casal acaba vencendo o concurso.

Dandara deixa claro a Quinzinho que seu casamento acabou. Quinzinho cancela a viagem com Vanessa. Catraca se apaixona pela Cantora Mascarada, sem saber que é Kika. Gisela e Patrick se reconciliam. Lidiane e Quinzão se beijam. Raimundo e Janaína passam a noite juntos. Mercedes demite Lidiane. Álamo aposta nas previsões de Adelaide para sua nova coleção.

Sábado (15/06) – Janaína confidencia a Raimundo que será necessária uma nova prova para reabrir o caso de Nicole e inocentar João.

Tobé revela a Quinzinho que a audiência da PopTV diminuiu com a saída de Manu, Dandara e Vanessa da programação. Jerônimo aconselha Vanessa a apressar seu casamento com Quinzinho. João e Diego descobrem Magaiver, que consegue fugir. Quinzão não consegue pedir a separação a Mercedes.

enKim ea ae Os Vivi na gno on-

Quinta (13/06) – Gladys repreende Régis, que assume para a mãe sua dívida no jogo clandestino. Antero garante a Eusébio que falará com os investigadores para descobrir sua possível herança. Jô aconselha Régis a visitar Maria da Paz e furtar um objeto da mãe para quitar sua dívida.

Fabiana conhece Rock. Vivi pede um tempo para Camilo. Fabiana mente e diz a Camilo que aconselhou Vivi a não divulgar fotos ousadas. Rock cobra de Jô a ajuda que a menina lhe prometeu.

Sexta (14/06) – Maria da Paz desconfia que Rock tenha furtado a estátua e Ellen comenta sobre Régis. Camilo e Vivi reatam o namoro. Maria da Paz fala com Jô sobre sua desconfiança de Rock. Kim invade o apartamento de Márcio. Régis vende a estátua roubada de Maria em um antiquário para quitar sua dívida. Maria da Paz acusa Rock de ter lhe roubado e Eusébio se revolta. Rock confronta Jô e afirma que descobrirá seus planos. Fabiana e Rock combinam um encontro.

Sábado (15/06) – O tiro disparado por Rael não atinge Maria e ela vai depor na delegacia. Jô incentiva Maria a se envolver com Régis. Carlito se preocupa com a demora da cirurgia de Gilda.

Camilo pede Vivi em casamento. Edilene sentese mal e Vivi tenta ajudar a moça. Vivi comenta com Camilo que desconfia de Otávio e Edilene.

Amadeu apoia Gilda após sua cirurgia. Kim divulga uma foto sua com Márcio na rede social e Sílvia vê.

mà los om ncy poelo om isa ito res ca-

Quinta (13/06) – Roger confessa a Nadine que invadiu o computador de Sergio e tramou contra ele, mas não sabe que está sendo observado enquanto isso. Ao invés de separar a sala em grupos, Marcelo pede que todos os alunos trabalhem juntos no programa de TV. O Clube MaGaBeLo compartilha suas descobertas com Marcelo. Preocupada com Glória, Branca faz uma visita a sua galeria. No intervalo do colégio, Poliana propõe que os alunos joguem o jogo do contente para entretê-los, mas a iniciativa não acaba do jeito que a menina esperava,.

Sexta (14/06) – João e Poliana não conseguem se entender e continuam brigados. Verônica tem a ideia de um novo projeto para o CLP, e conta a Arlete. Ruth acata, mas não concorda com a exigência feita por Pendleton. Utilizando a tecnologia, Pendleton sequestra Lindomar para fazer algumas perguntas sem que seja descoberto. Marcelo pede ajuda a Roger para descobrir mais informações sobre Pendleton. Debora vai buscar as malas na casa de Luisa, e se convida para jantar. Yasmin tenta convencer Luigi a fazer algo de diferente juntos.

ACESSE

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>> CINCO

PERGUNTAS: Lucas Gutierrez assume vaga de apresentador titular do “Esporte Espetacular”

Domingo, 9 de junho de 2019

Mil e uma linguagens gar até o limite do que é o esporte e o que é cultura, arte, social, pensamento e misturar tudo isso, não como um especialista de esporte, mas um experimentador de linguagem.

C

om estilo próprio e uma personalidade extrovertida, Lucas Gutierrez faz questão de ressaltar sua identidade diante das câmeras. Trabalhando com televisão há mais de 10 anos, o novo apresentador do “Esporte Espetacular”, da Globo, e do “Fala Muito”, do SporTV, levou um tempo para descobrir sua originalidade no vídeo. Quando se inscreveu para o processo seletivo de estágio do Grupo Globo, Lucas colocou como sua primeira opção de trabalho a internet, mas sua trajetória dentro da emissora ganhou rumos inesperados. “Escolhi fazer jornalismo para escrever. Mas, na televisão, descobri a edição, o poder de juntar palavra com imagem. Aprendi a fazer as duas coisas juntas, a trabalhar o texto e a editar. Me apaixonei por isso. Sempre fui extrovertido, palhaço na escola e na redação, mas o desejo de aparecer no vídeo foi aparecendo aos poucos, uma daquelas ideias que você vai amadurecendo ao longo dos anos. De certa forma, eu sempre gostei da câmera, apesar de ter demorado a perceber”, explica. A partir deste domingo, dia 9, Lucas assume de forma efetiva a vaga de Felipe Andreoli na produção esportiva. Ele, que já cobria as férias do apresentador titular, dividirá a função com Bárbara Coelho. “O 'Esporte Espetacular' é um programa bem icônico, é um pedaço muito grande da história da televisão brasileira e do jornalismo esportivo brasileiro. Fico muito feliz pelo desafio de poder contribuir com essa história, de

colocar um pouco da minha cara nesse programa que é muito maior que todos nós e existe há 45 anos”, elogia.

Recém-chegado ao “Esporte Espetacular”, Lucas tem um longo histórico com o Grupo Globo.

Há 13 anos na emissora, o jornalista passou por diversos setores do SporTV antes de chegar à tevê aberta. Após começar como estagiário, ele participou de todas as áreas de produção de conteúdo do canal.

P – Com a sua ida para o “Esporte Espetacular”, como fica sua participação na produção do “Fala Muito”?

R – Eu ainda estou muito ligado ao “Fala Muito”, é um projeto autoral, e estamos estudando as melhores maneiras para que eu consiga conciliar os dois programas.

P – Você vai ter participação na pré-produção do “Esporte Espetacular”?

R – Espero poder participar entregando conteúdos autorais.

Eu gosto de escrever, gosto de editar e sou apaixonado por lin-

guagem, por criar novas caras e novos formatos e acho que posso contribuir com o “Esporte Espetacular” nesse sentido também. O programa é muito maior que a gente, tem uma equipe gigantesca e competentíssima trabalhando por trás, mas no final os apresentadores acabam ficando a cara do programa também. Então, precisamos dar a nossa contribuição a ele.

P – Você considera o “Fala Muito” o principal ponto de virada da sua carreira na tevê?

R – Com certeza. Acho que essa virada começa com o “Madruga SporTV”, primeiro na Copa de 2014, depois nos Jogos Olímpicos de 2016, mas tem origem quando eu saio da tevê para morar fora. Foi importante para que eu descobrisse outras coisas e para a tevê me descobrir de outro jeito também. De certa forma, voltei outra pessoa, de brinco, de barba, com camisas estampadas, muito mais autêntico com relação ao que eu sou.

Tudo começou com o “Madruga SporTV” e o “Fala Muito” é o pico disso, onde eu posso che-

P – O “Fala Muito” bebe bastante da fonte da internet em seu formato. Você encontrou alguma resistência dentro da emissora para trazer esse tipo de linguagem para a tevê?

R – Não há dúvidas de que o programa segue um ritmo bem acelerado, mas nunca encontramos resistência. A tevê fechada é o melhor lugar para experimentação e incluímos aí esse humor fino, inteligente e sarcástico (sem ofender ninguém) do “Fala Muito”. Por isso, ressalto sempre que o programa tem esse diálogo da televisão com a internet e posto sempre os vídeos nas minhas redes sociais, para que as pessoas possam assistir várias vezes e sempre descobrir coisas novas. Isso é jornalismo, “video making”, televisão, internet, ao mesmo tempo em que também é uma forma de arte.

P – O “Fala Muito” conquistou uma repercussão enorme durante a Copa do Mundo da Rússia, virou quadro no “Esporte Espetacular” e também ganhou uma vaga fixa na grade do SporTV. Você sempre acreditou que o programa tinha potencial para crescer em outras áreas?

R – O que me surpreendeu foi a rapidez com que tudo aconteceu. Mas, ao mesmo tempo, eu já estou nesse negócio há tempo suficiente para identificar quando a ideia é boa. Quando eu e Rafael Noronha editamos o primeiro programa da Copa, em uma consequência do que já tínhamos feito de pilotos, eu tinha consciência de que tinha ficado bom, de que tínhamos acertado a ideia.

Domingo, 9 de junho de 2019

>> raio x Na pele do sírio Saruq Murad, Eduardo Mossri exalta importância do tema central de “Órfãos da Terra”

Espelho meu

I

ntegrar o elenco de “Órfãos da Terra” é uma espécie de volta às origens para Eduardo Mossri. O ator é descendente de libaneses e chamou atenção de Thelma Guedes e Duca Rachid durante uma apresentação da peça “Cartas Libanesas”, que contava a história de sua própria família. As autoras da novela das seis não hesitaram em convidálo para interpretar Saruq Murad.

Agora, ele vive na ficção o drama de um sem-número de refugiados que chegam ao Brasil diariamente. Aliás, falar do assunto diante do atual contexto social do país é fundamental, na opinião de Eduardo. “É preciso entender que imigração, refúgio e exílio são movimentos que sempre existirão, só muda o motivo, o local e o tempo. E a palavra de ordem é empatia porque refugiado pode ser qualquer um. É uma crise humanitária”, destaca.

Com uma trajetória construída no teatro, Eduardo desbrava pela primeira vez a rotina puxada de se fazer novela. A novidade, inclusive, tem sido bem apreciada por ele. “Estou adorando como desafio, pelo tema e pelas pessoas envolvidas nesse projeto”, elogia o ator, que participou de quatro temporadas de “Escola de Gênios”, do Gloob. Para se inteirar ainda mais do tema central de “Órfãos da Terra”, Eduardo assistiu a filmes e leu livros, além de conhecer o trabalho de campo da Missão Paz e da ONG Compassiva. “Ambas as instituições cuidam de pessoas em situação de refúgio”, explica.

Nome: Eduardo de Queiroz Telles Mossri.

Nascimento: Em 1º de setembro de 1981, em São Paulo.

Ao que assiste na tevê: “Assisti a muita novela. Hoje, intercalo com programas diversos, séries e filmes”.

Ao que não assiste na tevê: “Programas que valorizem a desgraça humana”.

O que falta na televisão: “Inserção maior da diversidade nos programas e novelas, presença maior de representantes

negros, participação feminina e pautas que discutam temas da comunidade LGBT”.

O que sobra na televisão: “Curiosidade e exploração da vida pessoal alheia”.

Livro: “Eu Venho de Alepo”, de Joude Jassouma.

Ator: Charles Chaplin.

Atriz: Ana Cecília Costa.

Mania: “Lembrar de músicas quando as pessoas estão falando. Exemplo, se alguém fala: ‘Não quero lhe falar’, lembro ineditamente e canto ‘Não

televisão 9 quero lhe falar, meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos’”.

O primeiro trabalho na tevê: “Vou considerar Faruq, de ‘Órfãos da Terra’”.

Sua atuação inesquecível: “Nos dois monólogos que fiz: ‘Ivan e Os Cachorros’, de Hattie Naylor, e ‘Cartas Libanesas’, de José Eduardo Vendramini”.

Um momento marcante na carreira: “Apresentar o meu monólogo a convite da Embaixada Brasileira e do Consulado Libanês em Beirute, no Líbano”.

Com quem gostaria de contracenar: Drica Moraes.

Se não fosse ator, o que seria: “Insatisfeito”.

Novela preferida: “Renascer”.

Vilão marcante: Perpétua, interpretada por Joana Fomm em “Tieta”.

Personagem mais difícil de compor: “Qualquer um que caia em estereótipos”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Quatro por Quatro”.

Que papel gostaria de representar: “Alguma biografia de cantor. Nelson Gonçalves, por exemplo”.

Par romântico inesquecível: “Diria sempre o atual, para não causar ciúmes em cena.

Agora seria, Doutora Leticia, feita por Paula Bulamarqui”.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Dani Ornellas.

Filme: “Carfanaum”, de Nadine Labaki.

Autor predileto: Manoel de Barros.

Diretor favorito: Lars Von Trier.

Vexame: “Braguilhas esquecidas abertas e feijões nos dentes após refeições”.

Um medo: “Tenho medo do medo que dá”.

Projeto: “Viver e morrer somente do meu ofício e com prazer”.

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Profissão das profissões >> inside Gabriela Moreyra confessa ansiedade pela estreia da próxima trama das sete

G

abriela Moreyra ainda está em fase de construção. Mas já dá para perceber o orgulho que ela está sentindo de sua nova personagem, a professora Francisca, de “Bom Sucesso”, próxima novela das 19 horas da Globo.

A atriz vai interpretar uma mulher que ensina Língua Portuguesa em Bonsucesso, bairro da Zona Norte carioca, onde mora. “Ela enxerga nos seus alunos sua própria trajetória e fará de tudo juntamente com a diretora Elomar (Ju Colombo) para que eles ingressem na Universidade Pública”, antecipa.

O perfil da personagem de Gabriela vem bem a calhar, em um momento em que em que a educação pública sofre com cortes promovidos pelo governo. E é justamente a garra de Francisca o que mais instiga atriz nesse novo trabalho. “O que me chama atenção é a força com que a minha personagem enfrenta suas batalhas diárias”, destaca.

Mas até ter a certeza de que estaria no elenco de “Bom Sucesso”, Gabriela precisou de uma dose de paciência. Ainda em 2018, ela soube da possibilidade de fazer a novela, mas só em fevereiro deste ano foi convidada para um teste. “Estava muito nervosa, mas acreditando que tinha dado o meu melhor”, lembra. Na semana seguinte, foi chamada para fazer um outro teste, com alguns ajustes de interpretação. O ner-

vosismo permaneceu, mas a atriz tentou seguir sua rotina enquanto esperava por uma resposta. “Duas semanas depois, o produtor de elenco me ligou. Eu estava dentro do ônibus e as pessoas do meu lado tomaram um susto porque eu gritava, ria e chorava ao mesmo tempo. A frase dele foi: 'você é a nossa Francisca!'”, alegra-se.

Enquanto “Bom Sucesso” não estreia - o que deve acon-

tecer em julho, Gabriela estuda sua personagem. Até agora, ela já participou de uma preparação junto com parte do elenco.

Foram semanas de trabalhos de voz e de interpretação. Além disso, a atriz assistiu a várias aulas de uma professora de Português. “Também tivemos palestras dentro da Globo”, acrescenta. Ainda gravando poucas cenas nesse começo, Gabriela tem aproveitado para

colocar a leitura em dia e assistir a séries. “Tenho lido mais esse ano, foi um comprometimento comigo mesma”, conta ela, que não esconde a ansiedade para mergulhar de vez na rotina de gravação. “Uma saída foi começar a fazer ioga e tem me ajudado muito. Quando sinto que a respiração está alterada, percebo logo a ansiedade batendo na porta e procuro parar e respirar”, salienta.

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>> BASTIDORES Referência entre novelas praianas, “Tropicaliente” completa 25 anos de exibição

Eterno verão

T

irar as novelas do eixo Rio-São Paulo é uma fixação para Walther Negrão. Entre os destinos já explorados pelo autor, estão desde Minas Gerais em “Cavalo de Aço”, de 1973, passando por Santa Catarina em “Como Uma Onda”, de 2004, e o Rio Grande do Norte de “Flor do Caribe”, de 2013. No entanto, na opinião do próprio novelista, sua melhor viagem na teledramaturgia foi para o estado do Ceará, na quente “Tropicaliente”, exibida há exatos 25 anos. “Fui muito feliz escrevendo essa novela.

Ela acabou virando uma espécie de parâmetro para outras tramas praianas que criei. Eu também concordo com o público. Gosto das histórias entrelaçadas, do clima solar. E o título também é muito bom!”, valoriza o escritor.

Protagonizada por Herson Capri, Silvia Pfeifer e Regina Dourado, o folhetim conta a história de encontros e desencontros entre o pescador Ramiro e a bem-nascida Letícia, personagens de Capri e Pfeifer. “O contraponto entre classes é sempre recorrente em novelas. Abordar isso do ponto de vista da região Nordeste, em crescimento na época, foi muito interessante. Lembro desse trabalho e só penso em sol e mar. Boas recordações”, conta o protagonista. O início da trama mostra Letícia rompendo com o pai, o poderoso Gaspar, de Francisco Cuoco, para morar na vila dos pescadores ao lado de Ramiro. No entanto, em uma de suas viagens para pescar junto com o

fiel escudeiro Samuel, de Stênio Garcia, ele acaba passando cerca de três meses no meio do mar. “Ela se sentiu abandonada. Colocou o orgulho de lado e voltou para a casa do pai. Para esquecer de tudo, foi morar fora do país. A volta dela ao Brasil movimenta a trama”, explica Silvia Pfeifer.

No exterior, Letícia casou-se e teve dois filhos, os mimados Amanda e Vitor, de Paloma Duarte e Selton Mello. Em Fortaleza, Ramiro acaba apaixonando-se por Serena, papel de Regina Dourado, e também tem um casal de filhos, Açucena e Cassiano, de Carolina Dieckmann e Márcio Garcia. “Foi minha primeira novela e um trabalho muito importante para mim. O Negrão assumiu que tinha um carinho especial pelo Cassiano porque o nome era uma homenagem ao Cassiano Gabus Mendes, autor que havia morrido no ano anterior”, deta-

lha Garcia. Aos poucos, o núcleo jovem entrelaça suas histórias, com destaque para o romance de Açucena e Vitor.

“Era muito gostoso interpretar a Açucena. Ela era de uma doçura, de uma inocência... Durante a trama, foi amadurecendo e despertando outras paixões”, conta Dieckmann, referindo-se ao triângulo amoroso que se formou com a chegada de Franchico, picareta interpretado por Cássio Gabus Mendes.

Sob a direção geral de Gonzaga Blota, grande parte do elenco “deitou e rolou” nas dunas e sequências de banho de mar. Entre esses nomes, as então novatas Giovanna Antonelli e Daniela Escobar chamaram a atenção. “Na época, o elenco jovem ficou muito unido. Cada um seguiu um caminho, mas é bacana ver que todo mundo conseguiu escrever uma história”, comemora Giovanna. Prevista para ter cerca de 170 ca-

pítulos, “Tropicaliente” teve sua trama incrementada por conta do sucesso de audiência e terminou com 194 capítulos e média geral de cerca de 40 pontos no Ibope. A repercussão nacional surtiu o efeito esperado pelo Governo do Ceará, grande incentivador da realização da novela nas praias da região, e aumentou o turismo local. Para garantir o ritmo de produção, a Globo teve de montar duas cidades cenográficas para a trama. Uma na praia de Porto das Dunas, a cerca de 20 km da capital de Fortaleza. A outra em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. “O esquema era cansativo, mas necessário. Todo mês, parte da equipe técnica e do elenco viajava até o Ceará para gravar cenas na praia”, detalha o hoje renomado Rogério Gomes, que, na época, fazia parte da equipe comandada por Gonzaga Blota.

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Zapping

>> por Caroline Borges

Novas vilanias Após participar de “Orgulho & Paixão”, Christine Fernandes passou a integrar o elenco da atual temporada de “Malhação”. Na história, ela vive Karina, esposa de César, interpretado por Tato Gabus Mendes. A vilã fará de tudo para manter Jaqueline, de Gabz, longe do verdadeiro pai. “Ela é egoísta, arrogante, do tipo que não enxerga o lado dos outros. Uma personagem com esses extremos me traz muitas possibilidades de atuação”, explica Christine, que participa da trama adolescente pela primeira vez. “Estar em Malhação é uma delícia, os temas tratados são interessantes e maduros”, completa. A trama de “Malhação” é escrita por Emanuel Jacobina, com supervisão artística de Carlos Araújo e direção artística de Adriano Melo.

Nos folhetins

Selton Mello voltará às novelas. O ator foi escalado para “Nos Tempos do Imperador”, nova trama das seis da Globo, que tem estreia prevista para o ano que vem. Seu último folhetim foi “A Força de Um Desejo”, em 1999. No segundo semestre, Selton irá estrear na quarta temporada de “Sessão de Terapia”, que estará disponível no Globoplay.

Nos tempos do império

Alexandre Nero também está reservado para o elenco de “Nos Tempos do Imperador”. O ator será o grande vilão da história escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão. Atualmente, Nero grava a segunda temporada de “Filhos da Pátria”, série escrita por Bruno Mazzeo.

Sucesso na tevê paga

A MTV ainda exibe a quarta temporada “De Férias com o Ex Brasil”. Porém, já começou a produzir a próxima leva de episódios. A emissora dará início às gravações da quinta temporada em julho.

Passo de dança

Maria Paula irá participar da quinta temporada do “Dancing Brasil”, da Record. A apresentadora ficou bastante conhecida por integrar o elenco do “Casseta & Planeta Urgente!”. O programa comandado por Xuxa Meneghel tem estreia marcada para 3 de julho.

Panela no fogo

A Globo marcou a data de estreia de “Mestre do Sabor”, novo “reality show” de culinária da emissora, comandando por Claude Troisgros. A produção irá a ar a partir de 10 de outubro. O projeto é desenvolvido por Boninho e também irá ao ar no GNT.

Gol de placa

No último sábado, dia 1º, jogo entre Tottenham e Liverpool pela Liga dos Campeões da Europa garantiu à TNT a liderança no “ranking” de audiência com média de 10.65 pontos e pico de 12,62 entre domicílios com tevê paga, garantindo ao canal uma marca histórica como o jogo mais assistido de todas as temporadas da competição. Durante a transmissão do Esporte Interativo, o canal se consolidou em primeiro lugar no “ranking” entre toda a televisão (aberta e “PayTV”) nos targets domiciliar (pessoas com 4 anos ou mais e homens) com TV paga.

Dramas pessoais

A cada episódio de “Sob Pressão”, Evandro, papel de Julio Andrade, precisa lidar com as mazelas do sistema público de saúde. Porém, na terceira temporada da série, o personagem também precisa lidar com a vida pessoal atravessando sua rotina profissional.

Casado com Carolina, papel de Marjorie Estiano, o médico alimenta o desejo de se tornar pai. “Além do desejo de se tornar pai, a grande busca do Evandro é tentar se livrar das drogas e se curar. Ele sabe que essa doença acaba atrapalhando a relação dele não só com a mulher, mas também com os pacientes e com o hospital”, explica o ator, que também atuou como diretor em alguns episódios da série.