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poesia Poesia armada e Só sei que nada sei

Poesia armada

Eis a frieza a nova ordem mundial? Artistas vivos ou mortos são o prato principal. Tomem partido e carreguem suas munições! É Guerra declarada contra os corações.

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The new tendency é 1, 2 , 3. Mas esqueceram que sem A, B, C não se fala inglês. Silenciem a ameaça! São os tais cantores no sarau da praça.

Os usuários de estudo também vão se dar mal. Traficando o saber em plena Universidade Federal? Acabem com a baubúrdia dessas facções! Quem diria, o pensar banido das tradições.

“Penso, logo existo” fora, em tempos, sensatez. Carentes princípios de Descartes, caminhando para a escassez. Não questione, apenas faça! Sem filosofia o mundo não tem graça.

Pobre Durkheim dizia que toda sociedade é moral. Mas de que valem suas ideias, se o moralismo as tornou banal? Fujam desta doutrinação! Sem sociologia, resta a alienação.

Então vamos à praça e afiemos as palavras! Adotemos como escudo a filosofia, e de livros vamos nos armar. Cultivando rosas e rimas. É só lutando que nos permitiremos pensar.

© Reprodução

Luíse Goulart Duarte

Só sei que nada sei

De muito saber Eu já não sei E sei que eu não sei Por muito saber

Tudo bem não saber E eu sei disso Porque um dia Dois dias Três dias Não soube

Soube só que continuaria aqui E continuei Mas, não sabia dos outros dias E, ainda assim, continuei Porque também não sabia

Eu não deixo de viver Porque eu não sei É por não saber Que eu continuo

Mesmo que eu continue E eu saiba Eu não vou saber Não sei de nada

Não sei de nada que eu sei E do que eu não sei Sabemos disso Por isso continuamos E a vida é um contínuo não saber

Anna Baisi

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